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Introdução à Histologia: Tecidos e suas Funções

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HISTOLOGIA – CLARA CARIRI
Introdução a Histologia 
Estudo dos tecidos, ou seja, união funcional das células. 
...Célula Tecidos órgãos...
Importância em patologia 
4 Tecidos básicos: 
· Epitelial Ecto, meso, eno e derma 
· Conjuntivo Mesoderma
· Muscular 
Mesoderma 
· Nervoso
Ectoderma 
Função, onde ele ocorre, constituição e origem embrionária. Dá origem aos tecidos.
Matriz extracelular (fora da célula) Funções: ancoragem dos tecidos, resistência, preenchimento, transporte, migração. 
Componentes: água, glicosaminoglicano, proteoglicanos, glicoproteínas. Fibras: elásticas, colágenas e reticulares. 
Tecido epitelial revestimento glandular 
Tecido muscular estriado esquelético estriado cardíaco liso 
Tecido conjuntivo TCPD frouxo ou denso com modelado e não modelado. Adiposo (armazena gordura), cartilaginoso, ósseo, hematopiético, sanguíneo. 
Tecido Epitelial
O tecido epitelial é caracterizado por células que se apresentam justapostas e com pouca matriz intercelular. Esse tipo de tecido é encontrado revestindo superfícies e também secretando substâncias. A seguir, apresentaremos um pouco mais deste tecido, suas características, constituição, classificação, bem como suas funções.
Características gerais do tecido epitelial:  O tecido epitelial apresenta células poliédricas, com muito citoplasma, já que essas células são responsáveis por realizar diversos processos metabólicos, e que se encontram justapostas, em razão da presença de junções celulares, formando aglomerados tridimensionais.
O tecido epitelial apresenta também uma pequena quantidade de matriz extracelular e não é vascularizado (com exceção de um epitélio estratificado na orelha interna). Sua irrigação ocorre por difusão a partir dos vasos presentes no tecido conjuntivo.
 
Funções do tecido epitelial O tecido epitelial apresenta diversas funções, como veremos a seguir:
· Revestimento e proteção da superfície do corpo, dos órgãos e cavidades corporais;
· Absorção de substâncias, como ocorre nos intestinos e rins;
· Secreção de substâncias – nas glândulas, por exemplo;
· Função sensorial, como por meio do neuroepitélio olfativo.
Classificação do tecido epitelial O tecido epitelial pode ser classificado em dois tipos principais: epitélio de revestimento e glandular. Essa divisão tem finalidade didática, já que nem sempre é possível distinguir de forma clara os dois tipos de epitélio. 
Tecido epitelial de revestimento As células formam camadas que revestirão tanto a superfície do corpo como órgãos e a cavidade interna. O tecido epitelial de revestimento pode ser classificado de acordo com a quantidade de células e formas.
De acordo com o número de células:
· Simples: constituído por uma camada de células;
· Estratificado: constituído por mais de uma camada de células.
· Pseudoestratificado: constituído por uma única camada de células de diferentes alturas, com seus núcleos ocupando diferentes posições. O fato de o núcleo ocupar diferentes posições na célula faz com que esse tecido aparente ser constituído por mais de uma camada de células.
De acordo com a forma das células:
· Pavimentoso: as células apresentam a sua largura e comprimento maiores que a altura;
· Cúbico: as células apresentam a sua largura, o comprimento e a altura com as mesmas dimensões;
· Prismático (colunar ou cilíndrico): as células apresentam a sua altura maior que a largura e o comprimento.
Tecido epitelial glandular As células do tecido epitelial glandular são especializadas na secreção de substâncias. Essas células secretoras podem ser encontradas em epitélios de revestimento, sendo chamadas de glândulas unicelulares. Essas células podem também se proliferar, invadir o tecido conjuntivo adjacente e depois se diferenciar formando as glândulas pluricelulares, conhecidas amplamente apenas por glândulas.
As glândulas podem ser classificadas em:
· Glândulas exócrinas: mantêm-se conectadas ao epitélio, formando um ducto que lança secreções para alguma cavidade ou para fora do corpo. São exemplos de glândulas exócrinas as glândulas mamárias e salivares.
· Glândulas endócrinas: não possuem conexão com o epitélio, lançando suas secreções na corrente sanguínea. São exemplos de glândulas endócrinas a tireoide e a paratireoide.
· Glândulas mistas: alguns autores consideram como glândulas mistas alguns órgãos que lançam suas secreções tanto na corrente sanguínea como em cavidades abertas. As chamadas glândulas mistas podem apresentar células que exercem tanto a função endócrina quanto a exócrina ou células diferenciadas para as duas funções. Um exemplo de glândula mista é o pâncreas. Na sua parte endócrina, secreta os hormônios insulina e glucagon e lança-os na corrente sanguínea. Já na parte exócrina, secreta o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado.
Constituição do tecido epitelial O tecido epitelial apresenta em sua constituição células poliédricas em diversos formatos, assim como seus núcleos. As células do tecido epitelial apresentam também uma grande quantidade de citoplasma.
As células do tecido epitelial encontram-se sobre a lâmina basal, uma camada secretada pelas células epiteliais que é constituída por glicoproteínas e proteoglicanos. A lâmina basal funciona como uma ligação entre os tecidos epitelial e conjuntivo, além de selecionar as substâncias que se deslocarão entre os dois tecidos.
Essas células encontram-se fortemente aderidas em virtude da presença de pouco material extracelular e das especializações existentes. São exemplos de especializações das células epiteliais as interdigitações, que são dobras da membrana plasmática que se encaixam nas dobras das membranas adjacentes, e as junções intercelulares, que estão presentes nas membranas laterais das células e podem ser de diversos tipos, apresentando também diversas funções, como adesão, comunicação e vedação.
Além dessas especializações laterais, as células epiteliais também apresentam especializações em sua face apical, a saber:
· Microvilos (ou microvilosidades)
São projeções do citoplasma, em forma de dedos, apresentando de 1 a 3 µm de comprimento, responsáveis pelo aumento da superfície de absorção das células. Os microvilos estão presentes em grande quantidade em células do intestino delgado e rins.
· Estereocílios
São microvilos longos e finos, imóveis, podendo chegar a 120 µm de comprimento. Podem ser ramificados, o que aumenta a superfície da célula, e estão presentes, por exemplo, no epidídimo e ductos deferentes, além de atuarem como mecanorreceptores, estando presentes na orelha interna.
· Cílios 
São prolongamentos móveis (5 a 10 µm de comprimento) revestidos pela membrana plasmática e com dois microtúbulos em seu interior e nove pares ao seu redor. Microtúbulos são estruturas rígidas constituídas por proteínas que apresentam como uma de suas funções a manutenção da forma das células.
Os movimentos de flexão dos cílios são coordenados e permitem o fluxo de substâncias sobre o epitélio em uma única direção. Os cílios podem ser encontrados, por exemplo, revestindo a traqueia.
· Flagelos
São prolongamentos semelhantes aos cílios, mas mais longos, apresentando cerca de 55 µm de comprimento. Diferentemente dos cílios, encontrados em grandes quantidades nas células, os flagelos geralmente são únicos. Os flagelos estão relacionados à mobilidade da célula, sendo encontrados, por exemplo, nos espermatozoides. 
Tecido Conjuntivo 
O tecido conjuntivo é caracterizado por apresentar célulasbastante diversificadas, tanto em origem como em função.
Essas células encontram-se dispersas em uma abundante matriz celular, cuja composição também é variável, sendo dependente do tipo de célula presente no tecido conjuntivo.
Funções do tecido conjuntivo
O tecido conjuntivo apresenta inúmeras funções, conforme os seus diferentes tipos. Podemos destacar como funções:
· Sustentação;
· Preenchimento;
· Elasticidade;
· Proteção contra impactos;
· Armazenamento (gordura e íons);
· Defesa do organismo;
· Transporte de gases e nutrientes, entre outras.
Tipos de tecido conjuntivo
O tecido conjuntivo pode ser classificado, segundo a composição de suas células e matriz extracelular, como tecido conjuntivo propriamente dito e tecido conjuntivo especial.
O tecido conjuntivo propriamente dito pode ser dividido em:
· Tecido conjuntivo frouxo: as fibras de sua matriz extracelular estão dispostas frouxamente, o que confere a esse tecido uma maior flexibilidade. Dentre suas funções, podemos destacar a ligação do epitélio aos tecidos adjacentes e o preenchimento dos espaços entre órgãos e tecidos.
· Tecido conjuntivo denso: sua constituição é semelhante ao conjuntivo frouxo, no entanto, apresenta uma maior concentração de fibras colágenas, o que o torna menos flexível. Esse tecido pode ainda ser dividido em modelado, no qual as fibras colágenas estão dispostas paralelamente aos fibroblastos, e não modelado, no qual as fibras não apresentam uma distribuição ordenada. São funções desse tecido a sustentação e a resistência à tração.
São tipos de tecidos conjuntivos especiais:
· Tecido adiposo: constituído por células adiposas, especializadas em armazenar gordura. Dentre suas funções, podemos citar a absorção de impactos, isolamento térmico e armazenamento de energia.
· Tecido cartilaginoso: constituído por células denominadas de condrócitos e condroblastos. Os condrócitos secretam continuamente colágeno e sulfato de condroitina, um complexo de proteínas e carboidratos que confere resistência e flexibilidade à cartilagem. Esse tecido está presente em embriões, pois depois é substituído por tecido ósseo, permanecendo apenas em algumas regiões do corpo, como nos discos intervertebrais.
· Tecido ósseo: constituído por células denominadas de osteoblastos, osteócitos e osteoclastos e uma matriz mineralizada, que lhe confere rigidez e dureza. Dentre suas funções, podemos citar a sustentação, movimento do corpo e armazenamento de íons.
· Tecido sanguíneo: constituído pelas células sanguíneas, como os eritrócitos (hemácias ou glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e fragmentos celulares, denominados de plaquetas. A sua matriz extracelular é líquida e denominada de plasma. O plasma é constituído por água, sais e proteínas. Dentre as funções do tecido sanguíneo, podemos destacar o transporte de gases e nutrientes e a defesa do organismo.
Composição do tecido conjuntivo
O tecido conjuntivo é constituído por células de diferentes origens e funções, além de uma matriz extracelular abundante. 
Células mesenquimais
Células-tronco multipotentes, a partir das quais se originam as demais células do tecido conjuntivo. Essas células possuem o formato estrelado ou fusiforme e apresentam prolongamentos, os quais detêm junções comunicantes com as células vizinhas.
→ Fibroblastos
Apresentam um formato estrelado ou alongado, prolongamentos e seu núcleo é bem desenvolvido, com nucléolos evidentes. Seu retículo endoplasmático rugoso e complexo golgiense são bastante desenvolvidos. Os fibroblastos têm a função de secretar os componentes da matriz extracelular. Trata-se das células mais abundantes do tecido conjuntivo.
→ Macrófagos
Essas células apresentam diferentes formas, dependendo de seu estado funcional, além de núcleo na forma de rim e retículo endoplasmático rugoso e complexo golgiense bem desenvolvidos. São originadas a partir dos monócitos produzidos na medula óssea e que depois migram do sangue para o tecido conjuntivo, onde passam por algumas mudanças, transformando-se em macrófagos.
Os macrófagos têm função de defesa, fagocitando restos celulares, bactérias e outras substâncias estranhas presentes no organismo. Além disso, os macrófagos secretam substâncias que auxiliam na defesa, como a lisossoma (enzima que destrói as paredes das bactérias), e na reparação de tecidos, como a enzima colagenase.
→ Plasmócitos
São células ovoides, apresentam grande quantidade de retículo endoplasmático rugoso e são responsáveis pela síntese de anticorpos (glicoproteínas produzidas em resposta à penetração de moléculas estranhas no organismo). Os plasmócitos são encontrados em maior abundância em regiões mais suscetíveis à presença de substâncias estranhas e em locais de inflamações crônicas.
→ Mastócitos
Os mastócitos imaturos originam-se na medula óssea e, por meio da corrente sanguínea, chegam aos tecidos, onde se diferenciam em mastócitos. São encontrados, principalmente, na pele, nos sistemas respiratório e digestório.
Os mastócitos são células grandes e apresentam núcleo pequeno e central. Em seu citoplasma, estão presentes grânulos com mediadores químicos das reações alérgicas e processos inflamatórios. Em sua superfície, são encontrados receptores específicos para imunoglobulina E (IgE), que são proteínas produzidas pelos plasmócitos e que atuam como anticorpos. Os mastócitos atuam nas reações imunes, alérgicas e inflamatórias.
→ Células adiposas
As células adiposas são grandes, esféricas, apresentam núcleo periférico e são especializadas no armazenamento de gordura. São encontradas em pequena quantidade; quando em maior quantidade, formam o tecido adiposo, um tipo de tecido conjuntivo.
→ Leucócitos
Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células de defesa do organismo. Eles migram do sangue para o tecido conjuntivo, onde são encontrados em pequena quantidade. Essa quantidade aumenta mediante a ação de micro-organismos.
Matriz extracelular
A matriz extracelular é abundante e apresenta uma parte fibrilar e uma não fibrilar, denominada de substância fundamental.
→ Fibras
O tecido conjuntivo apresenta fibras, as quais são formadas por proteínas que se polimerizam e formam estruturas alongadas. As fibras colágenas e reticulares apresentam a proteína colágeno em sua constituição.
As fibras colágenas conferem força e flexibilidade aos tecidos, já as fibras reticulares atuam na união do tecido conjuntivo aos tecidos adjacentes. As fibras elásticas apresentam a proteína elastina em sua composição, conferindo aos tecidos uma maior elasticidade.
→ Substância fundamental
É uma substância viscosa, transparente e, geralmente, constituída por glicosaminoglicanos (polissacarídeos), proteoglicanos (proteínas) e glicoproteínas (proteínas ligadas a glicídios).
A sua constituição pode variar conforme o tipo de tecido conjuntivo. Ela preenche os espaços intercelulares e atua na sustentação do tecido, como lubrificante e como barreira contra micro-organismos invasores.
Tecido Nervoso 
Quais as principais características do tecido nervoso? As células do tecido nervoso constituem o nosso principal sistema de integração corporal, o sistema nervoso. O tecido possui metabolismo elevado, sendo altamente vascularizado.
As células do tecido nervoso são capazes de transferir de forma rápida e eficiente, as informações entre células distantes no corpo, com um impulso nervoso, fazendo a integração entre elas e permitindo que o organismo dos animais funcione de modo harmônico.
Quais são os principais componentes do sistema nervoso? Os principais componentes do sistema nervoso dos vertebrados são o encéfalo e a medula espinhal (sistema nervoso central) e os nervos e gânglios nervosos (sistema nervoso periférico).
Sistema nervoso central e periférico
A medula espinhal é protegida pela coluna vertebral, enquanto o encéfalo é protegido pela caixa craniana. O encéfalo pode ser dividido em: telencéfalo, que corresponde ao cérebro; diencéfalo,corresponde ao tálamo e ao hipotálamo; mesencéfalo, responsável pelo controle da visão; metencéfalo onde fica o cerebelo, responsável pelos movimentos e equilíbrio; miencéfalo onde fica o bulbo cefálico, responsável por controlar e regular diversos órgãos e sistemas; e a ponte, que auxilia o bulbo e proporciona a inversão dos estímulos nervosos.
Divisões do encéfalo
Os nervos podem ser nervos espinhais, que se ramificam a partir da medula espinhal, ou nervos cranianos, que se ramificam a partir do encéfalo, e formam os gânglios nervosos. Os gânglios nervosos podem ser sensitivos (apenas com fibras sensitivas), motores (apenas com fibras motoras) ou mistos (com fibras sensitivas e motoras).
Substância cinzenta e substância branca
Ao observamos um corte de um encéfalo humano a olho nu, percebemos uma camada externa de cor acinzentada e uma região mais interna esbranquiçada. A camada acinzentada mais externa é onde se concentram os corpos celulares dos neurônios encefálicos e certos tipos de gliócitos, formando a substância cinzenta.  A porção esbranquiçada, conhecida como substância branca, é constituída principalmente por neurofibras. Na medula espinhal, a posição das substâncias cinzenta e branca se invertem. 
Quais são as células do tecido nervoso? O nosso sistema nervoso é composto por neurônios (10%) e por gliócitos ou células gliais (neuroglia) (90%). As células jovens são chamadas de neuroblastos.
Neurônios Os neurônios são células especializadas na condução de impulsos nervosos. A estrutura do neurônio é composta pelas fibras nervosas e pelo corpo celular, onde se localiza o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas.
As fibras nervosas são prolongamentos citoplasmáticos que podem ser de dois tipos: dendritos (especializados na recepção de impulsos nervosos) e axônios (especializados na transmissão de impulsos nervosos provenientes dos dendritos e do corpo celular para outras células).
Diferentes tipos de neurônios. A cor vermelha representa o dendrito e a azul, o axônio.
Os neurônios unipolares não possuem dendritos, e não são muito comuns, estando presentes em algumas estruturas sensoriais (por exemplo, no olfato). Os neurônios bipolares possuem apenas um dendrito, e o corpo celular centralizado, e também está presente em estruturas sensoriais.
Os neurônios pseudounipolares possuem um prolongamento que se divide a partir do corpo celular, formando uma região que de dendrito e outra de axônio. Estes neurônios estão presentes na medula espinhal. Por fim, os neurônios multipolares são os mais comuns do sistema nervoso, e possuem vários dendritos.
Gliócitos Gliócitos ou células gliais são componentes do tecido nervoso cuja função é envolver, proteger e nutrir os neurônios. 
– Astrócitos: estabelecem uma ponte nutritiva entre os neurônios e o sangue. Além disso, fornecem sustentação física ao tecido nervoso e participam da recuperação de lesões. Se eventualmente ocorrer a morte de neurônios, os espaços que eles ocupavam serão preenchidos por um tecido de cicatrização resultante da multiplicação dos astrócitos.
– Microglias: são macrófagos especializados em fagocitar detritos e restos celulares presentes no tecido nervoso.
– Oligodendrócitos: presentes no sistema nervoso central; enrolam-se sobre as neurofibrilas, envolvendo-as com camadas concêntricas de sua membrana plasmática. Esse envoltório constitui a bainha de mielina, que atua protegendo o neurônio e auxiliando o desempenho de suas funções.
– Células de Schwann: são gliócitos presentes no sistema nervoso periférico, e desempenham papel semelhante ao dos oligodendrócitos do sistema nervoso central.
Tecido Muscular 
Tecido muscular é um tipo de tecido animal que apresenta como característica mais marcante sua capacidade de contração. Esse tecido é essencial para o funcionamento do nosso corpo, sendo ele o responsável por garantir, por exemplo, os nossos movimentos e o batimento do coração.
O tecido muscular apresenta células com capacidade de contração, sendo também chamadas de fibras musculares. Essas células, ou fibras, são alongadas e apresentam grande quantidade de filamentos de proteínas contráteis, como actina e miosina.
Algumas estruturas das células musculares têm denominações específicas. A membrana celular, por exemplo, é denominada sarcolema. O citosol apresenta a denominação de sarcoplasma. Já o retículo endoplasmático liso é denominado retículo sarcoplasmático. 
Importância do tecido muscular
Devido a sua capacidade de contração, extensibilidade, elasticidade e excitabilidade, o tecido muscular desempenha um papel importante no nosso corpo. É devido à presença dele que conseguimos:
· Movimentar nosso corpo;
· Garantir o batimento cardíaco;
· Permitir a movimentação de várias substâncias, como o sangue e o alimento;
· Garantir a estabilização do corpo e a manutenção da postura;
· Permitir que alguns órgãos aumentem seu tamanho e retornem ao tamanho original;
· Produzir calor pela sua contração.
Classificação do tecido muscular O tecido muscular pode ser dividido em três grupos: tecido muscular estriado esquelético, tecido muscular não estriado e tecido muscular estriado cardíaco. Falaremos um pouco mais sobre cada um desses tipos: 
· Tecido muscular estriado esquelético
Apresenta células longas, cilíndricas e com vários núcleos, os quais estão localizados na periferia delas. Como o nome sugere, esse tecido apresenta estriações, sendo elas transversais. Seus feixes de células são longos e podem atingir até 30 cm, enquanto o diâmetro das fibras varia entre 10 µm a 100 µm.
Cada fibra muscular apresenta uma série de feixes de filamentos, as miofibrilas. Quatro proteínas diferentes são encontradas nessas miofibrilas (miosina, actina, tropomiosina e troponina), e são a miosina e actina as mais abundantes.
Quando vistas pelo microscópio óptico, as fibras musculares esqueléticas apresentam alternância de faixas claras e escuras que garante o padrão de estriações transversais. A faixa escura é chamada de banda A e é formada por filamentos finos (actina) e grossos (miosina), enquanto a faixa clara recebe a denominação de banda I e é formada somente por filamentos finos.
No centro de cada banda I, observa-se a presença de uma linha escura transversal, denominada de linha Z, que delimita o chamado sarcômero. A banda A apresenta uma região mais clara no centro, chamada banda H, que é formada apenas por filamentos grossos. 
Nesses músculos observa-se a repetição de unidades chamadas de sarcômeros, que são unidades repetitivas das miofibrilas e básicas desse tipo de músculo. Cada sarcômero é constituído pela parte que fica entre duas linhas Z sucessivas: duas metades de banda I e uma banda A, ao centro.
A contração desse tipo de tecido é rápida e vigorosa, porém não involuntária. Para que ocorra a contração dessas células, são fundamentais os nossos comandos, e nesse processo verifica-se o encurtamento dos sarcômeros. Os músculos estriados esqueléticos estão presos aos nossos ossos, garantindo que a contração muscular converta-se em movimento. Como exemplo temos o bíceps e o tríceps.
· Tecido muscular estriado cardíaco
Está localizado no coração e, assim como o anterior, apresenta estriações em suas células. Elas são alongadas e ramificadas, sendo essas ramificações unidas por estruturas denominadas discos intercalares.
Esses discos transmitem sinais de uma célula para outra, garantem a sincronização da contração cardíaca e atuam impedindo que as células separem-se quando ocorre o batimento do coração. Diferentemente do tecido muscular esquelético, as fibras do músculo cardíaco apresentam um ou dois núcleos, que estão na posição mais central ou próxima a essa região.
As contrações do músculo estriado cardíaco são involuntárias, ou seja, acontecem independentemente do nosso controle. Nesse tipo de músculo, as células apresentam uma série de mitocôndrias, o que é fácil de ser compreendido, uma vez que elaspossuem grande metabolismo e necessitam constantemente de ATP.
· Tecido muscular não estriado ou liso
É formado por células que não apresentam estriações, sendo essa uma característica que permite fácil diferenciação dos outros tipos de tecido. Suas células são longas, com centro mais espesso e extremidades afiladas. Elas apresentam apenas um único núcleo, disposto no centro de cada uma delas.
O tecido muscular não estriado apresenta contração involuntária, não vigorosa como observado nos outros tecidos. A contração é controlada pelo sistema nervoso autônomo. Esse tecido é encontrado formando as paredes de vários órgãos internos, tais como as do trato digestório, da bexiga e até mesmo das artérias.
Diferença de Osteoblastos e Osteoclastos 
Osteo: osso.
Blasto: dar origem, germinar.
Clasto: quebrar, fragmentar.
Enquanto o osteoblasto dá origem a matriz e as fibras dos ossos, transformando-se em osteócito, o osteoclasto vai de encontro aos ossos já formados para retirar deles fósforo e cálcio, para quebrar e reconstruir os ossos durante o crescimento.
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