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AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO DOS REQUISITOS DA NR-18 EM CANTEIROS DE OBRAS DE SANTA ROSA (1)

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO 
GRANDE DO SUL – UNIJUI 
 
 
 
CHARLES EDUARDO ASSMANN 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO DOS REQUISITOS DA NR-18 EM 
CANTEIROS DE OBRAS DE SANTA ROSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Rosa 
2015 
 
CHARLES EDUARDO ASSMANN 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO DOS REQUISITOS DA NR-18 EM 
CANTEIROS DE OBRAS DE SANTA ROSA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia 
Civil apresentado como requisito parcial para 
obtenção do título de Engenheiro Civil. 
 
 
 
Orientador: Fernando Wypyszynski 
 
 
 
Santa Rosa 
2015 
 
 
 
CHARLES EDUARDO ASSMANN 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO DOS REQUISITOS DA NR-18 EM 
CANTEIROS DE OBRAS DE SANTA ROSA 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de 
ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro da 
banca examinadora. 
Santa Rosa, 09 de novembro de 2015 
Prof. Fernando Wypyszynski 
Especialista pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - Orientador 
Prof. Eder Claro Pedrozo 
Coordenador do Curso de Engenharia Civil/UNIJUÍ 
BANCA EXAMINADORA 
Prof. Fernando Wypyszynski (UNIJUÍ) 
Especialista pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões 
Profª. Marcelle Engler Bridi (UNIJUÍ) 
Mestre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos meus pais, 
 a base de minha existência, e 
a minha namorada Patrícia, pela 
paciência e incentivo nos momentos difíceis. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Aos meus pais José Marcelo e Zenaide, por todo o amor, carinho e dedicação durante a 
minha vida. Agradeço por todo o esforço realizado podendo me dar conforto e educação para me 
tornar a pessoa que sou hoje. Sou o que sou por causa de vocês. 
Ao meu querido avô Isédio (in memoriam), pelos ensinamentos e principalmente por todo 
o carinho que sempre me ofereceu. 
A minha namorada Patrícia, pela paciência, compreensão e principalmente pelo apoio e 
incentivo na hora das dificuldades e nos momentos difíceis, obrigado. 
Ao Prof. Fernando Wypyszynski, orientador deste trabalho, pelas ideias, pelo apoio, 
confiança e incentivo na realização desta pesquisa. 
Agradeço a Profa. Marcelle Engler Bridi, pelas excelentes ideias, e, principalmente pelas 
críticas construtivas, que me motivaram para a realização deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, 
lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram 
conquistadas do que parecia impossível. 
Charles Chaplin 
 
 
RESUMO 
ASSMANN, C. E. Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras 
de Santa Rosa. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade 
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Santa Rosa, 2015. 
Segurança e Saúde no Trabalho (SST) são ciências multidisciplinares destinadas a estudar 
alternativas que tornem qualquer atividade livre de oferecer riscos a quem a estiver realizando. 
Conforme dados estatísticos do setor da construção civil, este, é um dos setores que apresenta 
elevados índices de acidentes. Isto ocorre devido a não observância e a falta de cumprimento das 
normas regulamentadoras, em especial a NR 18, norma específica de segurança para a indústria da 
construção. Este trabalho faz referência a conceitos de gestão de segurança e de acidentes do 
trabalho segundo normas técnicas, e considerações efetivadas por diversos pesquisadores. Além 
disso, a pesquisa relaciona dados estatísticos a fim de demonstrar como as normas 
regulamentadoras desde sua criação auxiliaram na redução dos acidentes de trabalho no Brasil. A 
NR 18 representa a principal norma regulamentadora com relação as condições de segurança na 
construção civil. Pesquisas realizadas em várias cidades brasileiras, através da aplicação de uma 
lista de verificação do atendimento dos requisitos da norma, demonstram uma evolução na 
observação dos itens da NR. Entretanto, apesar de existir legislação específica, a mesma não é 
atendida em sua totalidade pelas empresas. Este trabalho traz resultados relevantes, com base em 
levantamentos realizados no município de Santa Rosa, objetivando trazer uma referência das 
condições de segurança em obras selecionadas, e uma análise dos resultados trazendo os pontos 
em que estas obtiveram deficiências em relação a norma. 
 
Palavras-chave: Acidentes, NR 18, Segurança, Trabalho. 
 
ABSTRACT 
ASSMANN, C. E. Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras 
de Santa Rosa. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade 
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Santa Rosa, 2015. 
 Safety and Health (OSH) are multidisciplinary science designed to study alternatives that 
make any free activity pose risks to those who are performing. According to statistics from the 
construction industry, this is one of the sectors that has high rates of accidents. This is due to non-
compliance and lack of compliance with regulatory standards, especially NR 18, specific safety 
standard for the construction industry. This work refers to security management concepts and work 
accidents according to technical standards, considerations and effect by several researchers. In 
addition, the research related statistical data in order to demonstrate how the appropriate standard 
since its inception helped in reducing work-related accidents in Brazil. The NR 18 is the main 
regulatory standard regarding security conditions in construction. Research carried out in several 
Brazilian cities, by applying a checklist of compliance with the standard requirements, demonstrate 
an evolution in the observation of items of NR, and however, although there is specific legislation, 
it is not fulfilled in its entirety by companies. This paper presents relevant results, based on surveys 
conducted in the municipality of Santa Rosa, aiming to bring a reference of the security situation 
in selected works, and an analysis of the results by bringing the point where they obtained 
deficiencies regarding the norm. 
 
Keywords: Accidents, NR – 18, Security, Work. 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Gráfico comparativo entre as pesquisas...............................................................27 
Figura 2: Delineamento de pesquisa....................................................................................29 
Figura 3: Anexo I da NR-28................................................................................................31 
Figura 4: Notas dos canteiros ............................................................................................ 34 
Figura 5: Distribuição das notas ........................................................................................ 35 
Figura 6: Distribuição das penalidades .............................................................................. 36 
Figura 7: Distribuição das notas por categorias ................................................................ 38 
Figura 8: Bebedouro localizado no pavimento .................................................................. 40 
Figura 9: Bebedouro localizado na obra ............................................................................ 40 
Figura 10: Banheiro sem mictório ..................................................................................... 41 
Figura 11: Papel higiênico e lixeira com tampa ................................................................ 41 
Figura 12: Refeitório ......................................................................................................... 42 
Figura 13: Refeitório ......................................................................................................... 42Figura 14: Vestiário ........................................................................................................... 43 
Figura 15: Proteção periférica ........................................................................................... 44 
Figura 16: Falta de Proteção periférica.............................................................................. 44 
Figura 17: Aberturas no piso com fechamento .................................................................. 46 
Figura 18: Escada com corrimão ....................................................................................... 46 
Figura 19: Plataformas com tela ........................................................................................ 47 
Figura 20: Plataformas ...................................................................................................... 47 
Figura 21: Escada de mão sem fixação ............................................................................. 48 
Figura 22: Fechamento provisório do poço do elevador ................................................... 48 
Figura 23: Andaime sem proteção ..................................................................................... 50 
Figura 24: Andaimes suspensos mecânicos....................................................................... 50 
Figura 25: Elevador ........................................................................................................... 53 
Figura 26: Torre fixada na estrutura .................................................................................. 53 
Figura 27: Quadro com identificação ................................................................................ 56 
Figura 28: Serra Circular ................................................................................................... 56 
Figura 29: Placa sinalizando uso de EPI ........................................................................... 60 
Figura 30: Local sem sinalização ...................................................................................... 60 
Figura 31: Extintor de incêndio ......................................................................................... 61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Notas por categorias .......................................................................................... 37 
Tabela 2: Notas por itens das áreas de vivência ................................................................ 39 
Tabela 3: Notas por itens de proteções contra quedas ....................................................... 43 
Tabela 4: Notas por itens dos elevadores .......................................................................... 52 
Tabela 5: Notas por itens das instalações elétricas, máquinas e equipamentos ................ 55 
Tabela 6: Notas por itens dos procedimentos gerenciais ................................................... 57 
Tabela 7: Notas por itens dos elementos gerais ................................................................. 59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ART Anotação de Responsabilidade Técnica 
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
CLT Consolidação das Leis do Trabalho 
CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas 
DRT Delegacia Regional do Trabalho 
EPC Equipamento de Proteção Coletiva 
EPI Equipamento de Proteção Individual 
INSS Instituto Nacional de Seguridade Social 
MTE Ministério do Trabalho e Emprego 
NBR Norma Brasileira 
NR Norma Regulamentadora 
PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção 
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 16 
1.1 PROBLEMA ................................................................................................................ 18 
1.1.1 Questões de Pesquisa .............................................................................................. 19 
1.1.2 Objetivos de Pesquisa ............................................................................................. 19 
1.1.2.1 Objetivo geral..........................................................................................................19 
1.1.2.2 Objetivos específicos..............................................................................................19 
1.2 DELIMITAÇÃO .......................................................................................................... 19 
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................ 20 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 21 
2.1 ASPECTOS CONCEITUAIS DE SST ....................................................................... 21 
2.1.1 Segurança e Saúde no Trabalho ............................................................................ 21 
2.1.2 Acidente do Trabalho ............................................................................................. 22 
2.2 NORMATIZAÇÃO EM SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ..................... 23 
2.2.1 NR - 18 ..................................................................................................................... 24 
2.3 RESULTADOS DE PESQUISAS ANTERIORES ..................................................... 26 
3 MÉTODO DE PESQUISA .......................................................................................... 28 
3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA .................................................................................. 28 
3.2 DELINEAMENTO ...................................................................................................... 29 
3.2.1 Revisão Bibliográfica .............................................................................................. 30 
3.2.2 Revisão da Lista de Verificação da NR -18 .......................................................... 30 
3.2.3 Coleta de Dados ....................................................................................................... 31 
3.2.4 Análise e Interpretação dos Resultados ................................................................ 32 
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................. 33 
4.1 ANÁLISE GERAL ...................................................................................................... 33 
4.2 ANÁLISE POR TÓPICOS .......................................................................................... 36 
4.2.1 Áreas de vivência .................................................................................................... 39 
4.2.1.1 Fornecimento de água potável nos locais de trabalho........................................39 
4.2.1.2 Instalações Sanitárias ....................................................................................... 40 
4.2.1.3 Local para refeições .......................................................................................... 41 
4.2.1.4 Vestiário ............................................................................................................ 42 
4.2.2 Proteções contra quedas de altura ........................................................................ 43 
4.2.2.1 Proteção Periférica ........................................................................................... 44 
4.2.2.2 Serviços em telhados e coberturas .................................................................... 45 
4.2.2.3 Aberturas no piso .............................................................................................. 45 
4.2.2.4 Corrimão das escadas permanentes .................................................................45 
4.2.2.5 Ancoragem ........................................................................................................ 46 
4.2.2.6 Plataforma de proteção ..................................................................................... 47 
4.2.2.7 Escadas, rampas e passarelas ........................................................................... 48 
4.2.2.8 Poço do elevador ............................................................................................... 49 
4.2.2.9 Andaimes ........................................................................................................... 49 
4.2.2.10 Andaimes fachadeiros ........................................................................................ 50 
4.2.2.11 Andaimes simplesmente apoiados ..................................................................... 51 
4.2.2.12 Andaimes suspensos mecânicos ........................................................................ 51 
4.2.3 Elevadores ............................................................................................................... 51 
4.2.3.1 Elevador de passageiros ................................................................................... 52 
4.2.3.2 Elevador de carga ............................................................................................. 52 
4.2.3.3 Posto do guincheiro .......................................................................................... 53 
4.2.3.4 Torre do elevador .............................................................................................. 53 
 
 
4.2.3.5 Plataforma do elevador ..................................................................................... 54 
4.2.3.6 Elevador de cremalheira ................................................................................... 54 
4.2.4 Instalações elétricas, máquinas e equipamentos .................................................. 54 
4.2.4.1 Armações em aço .............................................................................................. 55 
4.2.4.2 Instalações elétricas .......................................................................................... 55 
4.2.4.3 Máquinas e equipamentos ................................................................................. 56 
4.2.4.4 Central de carpintaria ....................................................................................... 57 
4.2.5 Procedimentos gerenciais ....................................................................................... 57 
4.2.5.1 PCMAT .............................................................................................................. 58 
4.2.5.2 Comunicação prévia ......................................................................................... 58 
4.2.6 Elementos gerais ..................................................................................................... 59 
4.2.6.1 Escavações ........................................................................................................ 59 
4.2.6.2 Sinalização de segurança .................................................................................. 60 
4.2.6.3 Tapumes e galerias ........................................................................................... 61 
4.2.6.4 Proteção contra incêndio .................................................................................. 61 
4.2.6.5 Equipamentos de proteção individual (EPI) ..................................................... 62 
4.2.6.6 Armazenamento e estocagem de materiais ....................................................... 62 
4.2.6.7 Ordem e limpeza ............................................................................................... 63 
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 64 
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 66 
ANEXO A – LISTA DE VERIFICAÇÃO DA NR 18 .................................................. 69 
 
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Charles Eduardo Assmann (assmann.c@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUÍ, 2015 
1 INTRODUÇÃO 
A Segurança e Saúde no Trabalho (SST) encontra-se em irregular evolução (FONSECA, 
2007). Esta ciência surgiu devido aos elevados índices de doenças e de acidentes sofridos por 
trabalhadores ao longo da história, devido as precárias condições em que o trabalho era 
concretizado (SALIBA, 2004). 
Segundo Saliba (2004) até iniciar-se a Revolução Industrial havia poucos relatos sobre 
acidentes e doenças do trabalho. Com o advento das máquinas, a produtividade aumentou, e, 
consequentemente, junto com ela surgiram os riscos de acidentes e de doenças relacionados ao 
trabalho (SALIBA, 2004). Naquela época, o trabalho era realizado focado apenas na produção, 
sendo que houve um notável aumento do número de agravos relacionados ao trabalho, decorrentes 
do uso crescente de máquinas, do acúmulo de operários em locais confinados, das longas jornadas 
laborais, da utilização de crianças nas atividades industriais, além das péssimas condições de 
salubridade nos ambientes fabris (CHAGAS; SALIM; SERVO, 2011). Ao mesmo tempo, os 
trabalhadores não recebiam qualquer tipo de informação ou treinamento acerca dos riscos 
ambientais existentes em suas atividades, tampouco recebiam equipamentos de proteção individual 
(EPI) para proteger sua integridade física (SALIBA, 2004). 
“A Construção é um dos ramos de atividade mais antigos do mundo” (SAMPAIO, 1998, p. 
13). De acordo com Sampaio (1998) desde os tempos das cavernas até hoje, a indústria da 
construção passou por amplas transformações em praticamente todas as suas áreas, o que trouxe 
consigo grandes obras por todo o mundo. Para que tudo isso se concretizasse, muitas vidas foram 
ceifadas, provocadas por acidentes e doenças, causadas principalmente pela falta de controle e 
ações em SST (SAMPAIO, 1998). 
“A Construção Civil é uma das atividades econômicas críticas em relação aos riscos de 
acidentes, apresentando consequentemente uma elevada frequência e gravidade de acidentes” 
(MALLMANN, 2008, p. 12). As condições de segurança do trabalho na construção civil brasileira 
sempre foram muito precárias (FILGUEIRAS et al, 2015). Segundo Noronha (2009), no que se 
refere aos aspectos relacionados à segurança no trabalho, quando comparados às demais indústrias, 
a indústria da construção civil apresenta-se como um dos setores mais deficitários, levando-se em 
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Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
conta os altos índices de acidentes do trabalho, geralmente acompanhados de lesões graves e óbitos. 
Para Saliba (2004) a indústria da construção apresenta elevados indicadores de acidentes devido as 
suas características dinâmicas em que os riscos são múltiplos e variáveis em cada fase do processo. 
Este setor contribui significativamente nos dados e estatísticas referentes a acidentes do 
trabalho, inclusive muitos com afastamento e também com óbitos. Conforme dados informados 
pelo Ministério da Previdência Social, a Indústria da Construção contabilizou no ano de 2013 um 
total de 61.889 acidentes de trabalho, representando 8,62% dos acidentes ocorridos no Brasil 
(BRASIL, 2013). Mallmann (2008) justifica que esse quadro na construção se deve, em parte, a 
algumas características próprias do setor, como, por exemplo, mudanças que ocorrem 
constantemente no ambiente de trabalho e a alta rotatividade da mão-de-obra. 
Levando em consideração apenas os empregados formalmente vinculados aos CNAES 
(Classificação Nacional de Atividade Econômica) que integram a Construção e os dadosdos 
últimos Anuários Estatísticos de Acidentes de Trabalho do Instituto Nacional de Seguridade Social 
INSS, morrem mais de 450 trabalhadores no setor, a cada ano, no país (FILGUEIRAS et al, 2015). 
Com o intuito de mudar este cenário e reduzir os altos índices de acidentes e de óbitos na 
construção civil, o Ministério do Trabalho criou a NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho 
na Indústria da Construção. Segundo dados estatísticos disponíveis no Anuário Estatístico da 
Previdência Social (Brasil, 2013), percebe-se algumas melhorias com o passar dos anos, como 
redução no número de óbitos e diminuição na incidência de acidentes de trabalho. 
O interesse no tema surge a partir do interesse profissional na área de engenharia de 
segurança do trabalho, onde o autor deste atua como técnico de segurança do trabalho, e que 
pretende especializar-se seguindo carreira no futuro. 
Considera-se uma excelente oportunidade de agregar conhecimento, explorando a 
segurança do trabalho, uma área de extrema importância para a construção civil, tendo em vista 
que atualmente é um dos ramos de atividade econômica com elevados índices de acidentes de 
trabalho em nosso país, levando a óbito muitos trabalhadores. 
Além disso, a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tem autoridade 
plena para aplicar autos de infração e até mesmo embargar obras que ofereçam riscos iminentes 
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Charles Eduardo Assmann (assmann.c@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUÍ, 2015 
aos trabalhadores, ou que não atendam aos requisitos da Norma Regulamentadora 18 (Brasil, 
2015). Estas medidas podem interferir claramente nos dispêndios da obra, através de custos que 
não estavam previstos em orçamento, prejudicando o andamento da obra (FILGUEIRAS et al, 
2015). 
 
1.1 PROBLEMA 
Segundo Silva et al. (2014) a construção civil enfrenta problemas com acidentes de trabalho 
devido às características das atividades que abrangem o setor: como o manuseio de materiais 
pesados e cortantes, trabalhos em alturas e diversos riscos que acarretam inúmeros acidentes ou 
lesões ao trabalhador. 
Neste sentido, surgiu o interesse em criar metodologias que fossem capazes de avaliar a 
segurança, e apurar quais os pontos críticos existentes nos canteiros de obras possíveis de causar 
acidentes. Saurim (2000), Mallmann (2008), Alvarenga (2009), Noronha (2009) entre outros 
realizaram pesquisas para avaliar o grau de atendimento dos requisitos da Norma Regulamentadora 
nº 18 (NR 18) - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, em obras de 
diversas cidades brasileiras. O resultado destes estudos resultou em ótimas ferramentas de 
avaliação, o que evidenciou o baixo nível de atendimento da norma por parte das empresas em 
geral, além de uma notável evolução, com o passar dos anos. 
Este trabalho dirige-se a aplicação de uma lista de verificação com o intuito de avaliar o 
nível de atendimento dos requisitos da NR-18 nos canteiros de obras localizados no município de 
Santa Rosa. Através desta pesquisa pretende-se obter uma referência para o município de Santa 
Rosa que permita futuramente através de novas pesquisas constatar a evolução ou o retrocesso com 
o passar dos anos. Além disso, pretende-se evidenciar quais os requisitos da norma que apresentam 
os maiores índices de não conformidade com a norma. 
 
 
 
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Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
1.1.1 Questões de Pesquisa 
Após a identificação do problema, chegou-se a seguinte questão de pesquisa: qual é o grau 
de atendimento da NR-18 em canteiros de obras de edificações de Santa Rosa? 
 
1.1.2 Objetivos de Pesquisa 
1.1.2.1 Objetivo Geral 
Verificar o nível de atendimento da NR-18 em construções de edificações verticais 
localizados em Santa Rosa, para demonstrar as condições de segurança do trabalho nos canteiros 
de obra. 
1.1.2.2 Objetivos Específicos: 
a) Verificar quais são os pontos críticos, ou seja, onde as obras apresentam os maiores índices 
de não conformidade com a norma NR 18; 
b) Constatar se as medidas de segurança já existentes nas obras, estão realmente de acordo 
com a legislação de segurança e saúde no trabalho, e se atendem aos itens da norma; 
c) Estimar o valor da penalidade que seria aplicado nas obras, referente aos itens da norma 
que não estão sendo cumpridos; 
d) Apresentar as empresas avaliadas os resultados da pesquisa, com o intuito de auxiliar na 
implementação de ações que visem a melhoria das condições de segurança do trabalho e 
atendam aos requisitos da NR 18. 
 
1.2 DELIMITAÇÃO 
A pesquisa foi direcionada para obras de edificações multifamiliares localizadas no 
município de Santa Rosa, sendo que os itens da NR 18 analisados foram somente aqueles que 
competem de acordo com o tipo dos canteiro de obras, e etapas existentes no dia das visitas. 
Aqueles itens que não eram aplicáveis, foram desconsiderados. 
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Charles Eduardo Assmann (assmann.c@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUÍ, 2015 
As avaliações que originaram os dados desta pesquisa foram realizados em empresas 
selecionadas, que possuíram interesse em verificar o nível de atendimento e que apresentaram 
empenho em implantar melhorias nos canteiros de obras. Foi realizada apenas uma visita em cada 
obra avaliada, assim não coletou-se informações de fases que não estavam sendo executadas 
naquele período. 
 
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO 
O presente trabalho está estruturado em 5 capítulos. Neste primeiro capítulo foram 
apresentados o contexto, o problema, questões de pesquisa, objetivos e delimitações. 
No capítulo 2 é realizada a revisão a bibliografia, onde abordou-se alguns aspectos 
conceituais, normatização em segurança e saúde no trabalho, normas regulamentadoras, com 
ênfase na NR – 18, tema principal deste trabalho. Além disso, traz trabalhos anteriores realizados, 
apresentando metodologias e resultados que foram utilizados como referência para esta pesquisa. 
No terceiro capítulo é apresentado a metodologia de pesquisa utilizada, apresentando as 
atividades, e a maneira como a mesma foi desenvolvida. 
No capítulo 4, há a apresentação e discussão dos resultados obtidos. 
No capítulo 5, são apresentadas as conclusões do trabalho. 
 
 
21 
 
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Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
A revisão a bibliografia oportunizou ao autor do trabalho uma melhor lucidez e 
compreensão da importância e da relevância do tema abordado no mesmo. Por outro lado 
oportunizou a possibilidade de descobrir e entender as dificuldades encontradas por aqueles que 
dedicam sua vida profissional a área de Segurança e Saúde no Trabalho. Além disso, esta busca 
por conhecimento oferece elementos imprescindíveis para a interpretação de itens da norma e a sua 
aplicação. 
 
2.1 ASPECTOS CONCEITUAIS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (SST) 
Neste item são abordados conceitos básicos de segurança e saúde no trabalho, de forma a 
tornar compatível a compreensão das dificuldades e dos objetivos da gestão da segurança. 
 
2.1.1 Segurança e Saúde no Trabalho 
“A gestão da segurança e saúde no trabalho consiste em um conjunto de medidas e ações 
aplicadas para prevenir acidentes e doenças ocupacionais nas atividades das empresas ou 
estabelecimentos” (ZOCCHIO, 2002 apud BRIDI, 2012). 
Segundo Rocha (1999, p. 31): 
[...] O objetivo geral da segurança do trabalho é garantir que as atividades se 
desenvolvam conforme planejado sem perigo paraos trabalhadores, eliminando também 
os riscos e qualquer outro fator que possa levar o trabalhador a sofrer qualquer tipo de 
acidente ou incidente. 
De acordo com Saliba (2004, p. 19) “a segurança do trabalho é a ciência que atua na 
prevenção dos acidentes do trabalho decorrentes dos fatores de risco operacionais”. Desta forma, 
ao analisar antecipadamente os potencias riscos existentes em determinada atividades, pode-se 
prevenir contra acidentes já conhecidos (RIGOLON, 2013). Do ponto de vista da prevenção, o 
acidente do trabalho é o mais abrangente, incluindo também os quase acidentes e os acidentes que 
não provocam lesões, mas que geram outros danos como perda de tempo ou danos materiais 
(SALIBA, 2004). 
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Charles Eduardo Assmann (assmann.c@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUÍ, 2015 
2.1.2 Acidente do Trabalho 
A NBR 14280 - Cadastro de Acidente do Trabalho (ABNT, 2001, p. 2) define acidente do 
trabalho como “ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o 
exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal”. Entende-se como acidentes 
os acontecimentos anormais, imprevistos e involuntários que causam danos físicos ou materiais 
(CHAGAS; SALIM; SERVO, 2011). 
Por outro lado, Saurin (2002) discorda deste conceito, afirmando ser inadequado 
generalizar como um evento imprevisto, tendo em vista que muitos acidentes são previsíveis. Desta 
forma, Saurin (2002) define acidente como a ocorrência não planejada, imediata ou não, decorrente 
da influência mútua do ser humano com o seu ambiente físico e social de trabalho e que provoca 
lesões e/ou danos materiais. 
Saurim (2002) classifica esta definição em três aspectos: 
a) Ao citar que os acidentes são eventos não planejados, é reconhecido o papel de acaso 
na sua ocorrência; 
b) Os acidentes não tem relação exclusivamente com o meio ambiente físico do trabalho 
(máquinas, ferramentas e condições de iluminação e ruído, por exemplo), mas 
envolvem, também, o meio ambiente social (organização do trabalho) dentro do qual o 
trabalho é realizado; 
c) Os acidentes apenas com danos materiais também são considerados acidentes de 
trabalho. 
Almeida e Binder (2000, apud Rigolon, 2013), reforçam que os acidentes do trabalho são 
fenômenos previsíveis, portanto podem ser adotadas medidas de prevenção com o intuito de 
minimizar ou evitar a repetição de episódios semelhantes e a ocorrência de novos incidentes. 
Acidente também é definido pela NBR 18801 - Sistema de gestão da segurança e saúde no 
trabalho como um evento ou conjunto de eventos de ocorrências anormais, ou qualquer intervenção 
no processo normal de trabalho, que resultem em consequências que possam causar lesões ao 
trabalhador (ABNT, 2010). 
23 
 
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Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
Segundo Morais (2011, p. 4): 
[...] Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço 
da empresa, contando desde a hora em que o trabalhador se desloca de sua casa para o 
trabalho, até quando o trabalhador torna a se deslocar do trabalho até sua casa, desde que 
ele não altere seu itinerário, a menos que este itinerário seja alterado por motivo inerente 
ao próprio trabalho. 
 
2.2 NORMATIZAÇÃO EM SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 
As Normas Regulamentadoras foram aprovadas em 8 de junho de 1978, pelo Ministério do 
Trabalho, através da Portaria 3.214 (BRASIL, 1978). Atualmente são 36 as NR, relativas à 
segurança e medicina do trabalho. Estas são de observância obrigatória pelas empresas privadas e 
públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos 
Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do 
Trabalho – CLT (BRASIL, 2015). Destaca-se neste contexto, a Norma Regulamentadora nº 18 
(NR-18) - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. 
A criação das NR, foi um marco para a segurança do trabalho no Brasil. A partir daí, teve 
início um maior controle, e uma redução significativa nos índices de acidentes de trabalho em nosso 
país. De acordo com o Anuário Estatístico da Previdência Social (Brasil, 2013), na década de 80 
houve uma redução média de 29,04% nos acidentes. Já na década seguinte teve uma redução média 
de 57,94%, ou seja, nos anos 90 os acidentes foram reduzidos pela metade (BRASIL, 2013). 
Contudo, apesar do surgimento de normas e ferramentas visando melhorar as condições de 
segurança no trabalho, e o aumento da fiscalização pelos órgãos competentes, a partir dos anos 
2000, houve um retrocesso na prevenção de acidentes (BRASIL, 2013). O Anuário Estatístico da 
Previdência Social (Brasil, 2013) demonstra que o número médio anual de acidentes que na década 
de 90 que era de 470.210, passou a ser 512.275, tendo um aumento de 8,95%. 
 
 
 
24 
 
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Charles Eduardo Assmann (assmann.c@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUÍ, 2015 
2.2.1 NR - 18 
Estabelecendo diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e organização, a NR 18 
objetiva a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos 
processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho construção civil (WELTER, 2014). 
Esta norma, foi criada junto com as demais 28 NR, através da portaria 3.214, com a 
nomenclatura de “Obras de construção, demolição e reparos”. Devido a ocorrência de altos índices 
de acidentes nesse setor, e dando encadeamento a um plano governamental de avaliação periódica 
das Normas Regulamentadoras, o governo resolveu nomear uma comissão tripartite, com 
participação de representantes do governo, dos trabalhadores e dos empresários, para reavaliá-la 
(ARAÚJO, 2002). Em 1995 a norma sofreu uma reformulação, passando a receber o seguinte 
título: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. 
Essa alteração da norma trouxe consigo a criação do Programa de Condições e Meio 
Ambiente de Trabalho (PCMAT), ferramenta que visa a prevenção de acidentes nos canteiros de 
obras. Segundo Simon (2012), a NR 18 obriga todas as obras com mais de 20 trabalhadores a 
implantar o PCMAT. “Embora não estejam obrigadas a elaborar o programa, as obras menores 
devem seguir as determinações de segurança da NR-18, realizando inclusive o treinamento dos 
funcionários em função dos riscos envolvidos” (SIMON, 2012, p. 34). Conforme Rocha (1999) o 
PCMAT é de fundamental importância dentro do contexto da norma, por destacar a visão gerencial 
da segurança nos canteiros de obra por meio de um plano de segurança. 
Segundo a NR 18, o PCMAT deve contemplar as exigências contidas na NR 9 – Programa 
de Prevenção de Riscos Ambientais. O PPRA, de acordo com a NR 9 (Brasil, 2015) é um programa 
que visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, contendo as etapas de 
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais 
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do 
meio ambiente e dos recursos naturais. 
De acordo com a CLT (BRASIL, 1977), em seu artigo 163 prevê a implantação da 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), devendo estar em conformidade com as 
exigências do Ministério do Trabalho e Emprego. Conforme a NR 18, empresas que possuem na 
25 
 
______________________________________________________________________________ 
Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
mesma cidade 1 (um) ou mais canteiros de obra ou frentes de trabalho, com menosde 70 (setenta) 
empregados, deve organizar CIPA centralizada. No entanto, empresas que tiverem 1 (um) ou mais 
canteiros de obra ou frentes de trabalho com 70 (setenta) ou mais empregados em cada 
estabelecimento, fica obrigada a organizar CIPA por estabelecimento (BRASIL, 2015). 
A CIPA tem por objetivo, de acordo com a Norma Regulamentadora nº 5, a prevenção de 
acidentes e doenças que possam se originar do trabalho, de modo a tornar compatível 
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador 
(BRASIL, 2015). 
Por outro lado, a NR 18 traz que é obrigação das empresas fornecer aos trabalhadores, 
gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, 
consoante as disposições contidas na NR 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI. 
Outro requisito de extrema importância é a aplicação dos Equipamentos de Proteção 
Coletiva (EPC), como por exemplo, proteção guarda corpo, extintores de incêndio, linhas de vida, 
entre outros. Segundo Rocha (1999, p. 111), “a Norma deveria procurar modificar a atual filosofia 
predominante, que dá mais importância e evidência ao uso de EPI do que a prática do EPC. 
Além disso, a norma 18 (BRASIL,2015) prevê que todos os empregados devem receber 
treinamentos admissional e periódico, visando a garantir a execução de suas atividades com 
segurança. Este Treinamento deve ter carga horária de 6 horas, e deve conter os seguinte itens: 
a) informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho; 
b) riscos inerentes a sua função; 
c) uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI; 
d) informações sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC, existentes no canteiro 
de obra. 
 
 
 
26 
 
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DCEENG/UNIJUÍ, 2015 
Quanto ao treinamento e a qualificação dos trabalhadores Rocha (1999, p. 29) afirma que: 
[...] Em relação à falta de qualificação do trabalhador, a sua relação com os acidentes é 
clara, visto que o mesmo não está preparado para desenvolver as suas atividades, 
principalmente quando diversas das que normalmente executa. A solução para esse 
problema está no trabalho de qualificação e treinamento dos operários de forma que eles 
possam utilizar procedimentos adequados para a produção e segurança. 
 
Welter (2014), refere que estudos realizados recentemente evidenciam que apesar dos 
esforços realizados pelo governo, sindicatos, classes, especialistas em segurança do trabalho, e 
instituições de pesquisa, a NR 18 ainda encontra obstáculos para ser praticada nos canteiros de obra 
brasileiros. Muitas das exigências da NR 18 não são cumpridas, entre outras causas, pela falta de 
planejamento da atividade e conscientização de sua importância, contando que algumas são de 
baixo custo, breves e simples de serem executadas nas próprias obras (ROCHA, 1999). 
 
2.3 RESULTADOS DE PESQUISAS ANTERIORES 
Com o intuito de avaliar o cumprimento por parte das empresas dos itens exigidos pela NR 
18, Saurin et al. (2000) realizaram uma pesquisa em Porto Alegre/RS que teve como finalidade 
colaborar com melhorias que pudessem ser implantadas ou modificadas na norma 
regulamentadora. Foi elaborada e aplicada uma lista de verificação, constando os requisitos 
cobrados pela NR 18 em diversos canteiros de obras de empresas de construção. Posteriormente, 
no ano de 2002, foram avaliadas obras em diversas cidades gaúchas como Porto Alegre, Santa 
Maria, Passo Fundo, além de municípios de outros estados como Fortaleza/CE, Salvador/BA e 
Feira de Santana/BA. 
Outros estudiosos também realizaram pesquisas semelhantes, até mesmo utilizando a 
mesma metodologia utilizada por Saurin (2000), porém realizadas em períodos posteriores ao 
trabalho deste, com o intuito de comparar os resultados com o trabalho já apresentado. Mallmann 
(2008) em Porto Alegre/RS, Alvarenga (2009) e Noronha (2009) em Belém/PA apresentaram 
trabalhos em que os canteiros de obras avaliados obtiveram resultados médios superiores em 
comparação com o realizado anteriormente por Saurim. 
27 
 
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Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
Segundo Mallmann (2008) nas obras avaliadas, as notas apresentam uma escala que pode 
variar de 1 a 10, de acordo com seu desempenho, conforme os itens da NR18. No estudo realizado 
por Saurin (2000), os canteiros de obras apresentaram a nota 5,2, em uma escala de 1 a 10. 
Mallmann (2008) em sua pesquisa apresentou uma pequena evolução, com nota de 6,5. Por outro 
lado, as pesquisas efetivadas por Alvarenga e Noronha, ambas em 2009, demonstraram notas ainda 
melhores, 7,4 e 8,91, respectivamente. 
Segundo Noronha (2009), comparando-se os resultados expressos na Figura 01, percebe-se 
que, quando se considera o cumprimento legal da NR-18, sem outros critérios, houve melhora 
significativa entre 2000 a 2009, passando de (5,2) em 2000, para (6,5) em 2008 e para (7,4) e (8,91) 
em 2009, para os itens selecionados do escopo deste estudo, o que segundo a autora traduz um 
avanço da ordem de 71,34%, conforme ilustrado na Figura 1. 
 
Figura 1: Gráfico comparativo entre as pesquisas 
 
Fonte: NORONHA (2009) 
 
28 
 
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3 MÉTODO DE PESQUISA 
Segundo Ludke e André (1986), para a realização de uma pesquisa é preciso promover um 
confronto entre dados, evidências e informações coletadas sobre determinado assunto e o 
conhecimento teórico acumulado a respeito dele. Desta forma pode-se definir método como a 
observação sistemática dos fenômenos da realidade através de uma sucessão de passos, orientados 
por conhecimentos teóricos, buscando explicar determinadas questões, suas correlações e aspectos 
não-revelados (GOLDENBERG,1997). 
Há diversos métodos de pesquisa citados e descritos pela literatura, entretanto há alguns 
que se fazem mais adequados para determinados temas a serem abordados. Desta forma buscou-se 
através de técnicas apropriadas e convenientes para o desenvolvimento da pesquisa. 
 
3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA 
O método de pesquisa empregado neste trabalho, foi através de levantamento (survey) para 
gerar dados quantitativos. Segundo Freitas et al. (1998), a pesquisa survey pode ser definida como 
a obtenção de informações, dados, características, ações, e até mesmo opiniões de determinados 
grupos de pessoas. Neste contexto, uma das principais características deste método é o interesse 
em se produzir descrições quantitativas, ou seja, traduzir em números determinadas informações 
através de um instrumento predefinido (FREITAS et al., 1998). 
 Quanto aos modelos, neste contexto destaca-se o método Survey interseccional. A principal 
característica deste modelo é que a coleta dos dados ou informações pretendidas é realizada em um 
único intervalo de tempo, no caso da utilização de questionário, onde a recepção das respostas do 
questionário ocorre durante um intervalo de dias que é considerado como único (BABBIE, 1999). 
Segundo Babbie (1999), este é o método usualmente mais utilizado. 
 Assim, existem dois tipos básicos de amostragem, a probabilística e a não probabilística 
(FERREIRA; MARTINS, 2011). Segundo Babbie (1999), o princípio que motiva a amostragem 
probabilística é que para uma amostra se tornar representativa da população selecionada, todos os 
membros dela devem ter igual oportunidade de serem selecionados para a amostra. Por outro lado, 
o método de amostragem não probabilística é utilizada em situações em que a amostragem 
29 
 
______________________________________________________________________________Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
probabilística seria dispendiosa demais ou quando a representatividade exata não é necessária 
(BABBIE, 1999). 
O método de amostragem utilizado nesta pesquisa foi o interseccional não probabilístico e 
seguiu as seguintes etapas: Escolha de um questionário de verificação, atualização do mesmo, 
definição das obras em que o mesmo seria aplicado, aplicação do mesmo nestas obras, processar 
os dados obtidos após a aplicação do Check List, e análise e interpretação dos resultados. 
 
3.2 DELINEAMENTO 
A pesquisa dividiu-se em várias etapas, que serão desenvolvidas em sequência, sendo 
ambas paralelas a revisão bibliográfica. Estão dividas nos seguintes itens: 
a) Revisão Bibliográfica; 
b) Revisão da lista de verificação da NR - 18; 
c) Coleta de dados; 
d) Análise e interpretação dos resultados; 
e) Divulgação dos resultados as empresas interessadas. 
Figura 2: Delineamento da pesquisa 
 
 
 
 
 
 
Fonte: autoria própria 
 
 
30 
 
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3.2.1 Revisão Bibliográfica 
A revisão a bibliografia referente a segurança e saúde no trabalho oportuniza o entendimento 
e a compreensão de sua aplicação, bem como discernir as dificuldades e problemas enfrentados 
pela área (MALLMANN, 2008). Além disso, segundo Mallmann (2008) o estudo oferece subsídios 
para a interpretação de itens da norma e a importância de sua aplicação. 
 
3.2.2 Revisão da Lista de Verificação da NR -18 
A lista de verificação utilizada na pesquisa desenvolvida por Saurim et al (2000) e revisada 
por Mallmann (2008) dispõe de três alternativas a serem preenchidas: “Sim”, “Não” e “Não 
Aplicável”. As respostas “Sim” indicam que os itens da NR 18 estão sendo cumpridos, enquanto 
as respostas “Não” representam que estes itens estão em desacordo com a norma. Já as respostas 
“Não aplicável” representam que determinados itens não são necessários devido ao tipo ou a etapa 
em que a obra se encontra e/ou demais exceções no momento da coleta dos dados. 
A lista de verificação foi novamente atualizada, incluindo itens importantes que surgiram 
através de portarias posteriores a data da última atualização do questionário, sendo que foram 
incluídos 32 itens, somados aos 201 já existentes, chegou-se a um total de 233 itens. A lista de 
verificação foi inserida em uma planilha que possibilita calcular a nota de obra na escala de zero a 
dez, sendo que dez é a nota máxima, indicando total adequação a NR 18. 
Além disso, para os itens com resposta “Não”, estimou-se o valor da penalidade para cada 
item não cumprido, por obra avaliada e o valor total das penalidades, incluindo todas as obras 
analisadas. As infrações são calculadas da seguinte maneira: para cada item não cumprido há um 
peso que varia de 1 a 4, conforme a sua gravidade, prevista no anexo I da Norma Regulamentadora 
28 (figura 3) e o número de empregados do empreendimento. O auto de infração que as obras estão 
sujeitas a receber é o somatório do valor de todos os itens que não foram atendidos. 
 
 
 
31 
 
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Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
Figura 3: Anexo I da NR 28 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (BRASIL, 2015) 
 
3.2.3 Coleta de Dados 
Entrou-se em contato diretamente com as maiores e principais empresas construtoras do 
município que tivessem obras de edificações verticais para a coleta dos dados. Deste modo, foi 
aplicada a lista de verificação naquelas que demonstraram interesse em examinar as suas obras. 
Foram analisadas no máximo duas obras por empresa, de modo que as características de uma não 
prevalecessem sobre as demais. 
A lista de verificação foi aplicada em 8 obras das 4 empresas participantes. As obras 
levantadas encontravam-se nos mais diversos estágios como estrutura, alvenaria, revestimentos 
externo e interno, somente estrutura, estrutura e alvenaria. Durante as visitas nas obras houve o 
acompanhamento de mestres de obras, operários e técnicos de segurança do trabalho que 
auxiliaram na conferência para o correto preenchimento dos itens de verificação. Ao mesmo tempo, 
foram tiradas fotos dos canteiros de obras, a fim de comprovar determinadas situações ocorridas 
nos levantamentos. 
 
 
32 
 
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3.2.4 Análise e Interpretação dos Resultados 
Os dados foram transferidos para a planilha eletrônica e foram geradas as notas por obra, e 
a nota geral de todos os canteiros, obtendo-se o grau de cumprimento da NR 18. Do mesmo modo, 
foram analisados os itens que obtiveram resultados negativos e procurou-se avaliar as dificuldades 
que as empresas possuem para o cumprimento de determinados requisitos. 
Além disso, as notas dos itens foram agrupadas por tópicos, obtendo-se uma nota média 
para cada um, levando-se em consideração as notas de todas as obras. 
Para a obtenção das notas para cada um dos itens utilizou-se a metodologia descrita nas 
instruções da ferramenta utilizada nas avaliações. As notas de cada elementos são o número de 
itens assinalados “sim” multiplicado por dez, dividido pelo número de itens aplicáveis. Por 
exemplo, se há disponíveis quatro itens para verificação em determinado elemento, destes dois 
foram assinalados “sim”, um assinalado “não” e um assinalado “não se aplica”, teremos a seguinte 
equação para gerar a nota: 2×10÷3= 6,67. 
Para a obter a nota geral de cada obra, multiplicou-se o número total de itens assinalados 
“sim”, dividindo-se o valor obtido pelo número total de itens aplicáveis em toda a lista de 
verificação. Já a nota geral de todas as obras avaliadas é a média da nota de todas aquelas que foram 
avaliadas. 
 
 
 
33 
 
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Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 
A apresentação dos resultados obtidos nos levantamentos realizados divide-se em duas partes: 
o primeiro expõe um diagnóstico geral das 8 obras, já a segunda parte analisa detalhadamente cada 
um dos itens avaliados individualmente. 
 
4.1 ANÁLISE GERAL 
Na avaliação geral dos canteiros de obras levantados, estes obtiveram nota média de 7,2. Isto 
significa que os mesmos atenderam 72,0% dos itens aplicáveis da lista de verificação da NR 18. 
Apesar das obras se encontrarem em estágios significativamente avançados, o que 
possibilitaria a inclusão de grande parte dos itens da lista de verificação, observou-se que 40,8% 
dos itens listados não foram aplicáveis nas mesmas. Isto se deve principalmente as obras se 
encontrarem em etapas diferentes, ou o porte das obras, como pode ser citado por exemplo o fato 
de apenas 3 das obras visitadas possuírem elevador de cargas e/ou pessoas, sendo que os itens 
referentes a esta exigência tornavam-se sem aplicação nas demais obras. Outros itens que tornaram-
se não aplicáveis foram referentes as instalações móveis e as gruas, pois não havia existência destas 
em nenhuma das obras avaliadas. Além disso, nenhum dos canteiros de obra tinham pelo menos 
70 empregados, ficando desobrigados de possuir CIPA estabelecida na obra. 
Quanto aos principais motivos responsáveis pelo não cumprimento de parte dos itens da NR 
18, destacam-se a falta de informação das empresas, de engenheiros, técnicos e demais envolvidos 
nas atividades. Muitos dos itens da norma, eram desconhecidos ou interpretados de maneira 
errônea.Além disso há casos de negligência em relação as adaptações nos canteiros de obras, para 
atender aos dispostos na norma, com alegações que isso tornaria inviável o trabalho, que exige 
custo financeiro elevado, ou seja, falta de conhecimento da importância da prevenção de acidentes 
e de doenças decorrentes do trabalho. 
As notas obtidas pelos canteiros de obras avaliados estão disponíveis na Figura 4. 
 
34 
 
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Figura 4: Notas dos canteiros 
 
Fonte: Autoria própria 
 
 A maior nota obtida nos canteiros avaliados foi 8,9. A mais baixa foi de 5. O coeficiente de 
variação encontrado nesta amostra foi de 18,19%. A média foi de 7,2. Desta forma, percebe-se que 
há um equilíbrio entre a distribuição das notas das obras, tendo três obras com notas entre 8 e 9, 
uma na faixa entre 7 e 8, e as demais em faixas localizadas abaixo da média, como pode ser visto 
na figura 5, um histograma com a classificação das notas em determinados intervalos. Pode ser 
observado que as notas ficam distribuídas em apenas cinco faixas de notas, que variam de 4 a 9. 
 
 
 
 
 
8,9
8,6 8,4
7,6
6,7 6,6
5,8
5
OBRA 1 OBRA 2 OBRA 3 OBRA 4 OBRA 5 OBRA 6 OBRA 7 OBRA 8
Notas
35 
 
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Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
Figura 5: Distribuição das notas 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Com relação a estimativa de penalidade pelo não cumprimento dos itens da norma, chega-se 
ao um valor médio aproximado de 76.266,75. Já o valor total encontrado é de aproximadamente 
610.134,00, ambos calculados de acordo com a NR 28, em UFIR. Este valor é referente aos itens 
da NR 18 que não estavam sendo cumpridos nos canteiros no momento da visita, levando em 
consideração todas as obras. Na figura 6 pode-se analisar o valor estimado por obra. 
Analisando-se o gráfico da figura 6, e realizando uma comparação com o gráfico já visto na 
figura 4, onde apresenta-se as notas por canteiros, pode-se chegar à conclusão que o valor das 
penalidades é maior naquelas obras que obtiveram as menores notas. Por outro lado, percebe-se 
que esta não é uma regra, pois há obras que obtiveram notas inferiores que outras, e penalidades 
menores que as mesmas, ou notas superiores com penalidades maiores. Este fato pode ser explicado 
pelo fato da NR 28 classificar com peso as infrações, de acordo com a sua gravidade. As infrações 
de peso 4, refletem em um valor de penalidade superior as demais. 
 
 
0
1
2
3
0 a 1 1 a 2 2 a 3 3 a 4 4 a 5 5 a 6 6 a 7 7 a 8 8 a 9 9 a 10
Bloco
Histograma
Freqüência
36 
 
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Figura 6: Distribuição das penalidades 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Esta ocorrência fica explícita na figura 6. Desta forma destaca-se a obra 3, que mesmo 
obtendo uma nota inferior as obras 1 e 2, chegou a um valor de penalidade inferior. Além disso, 
cita-se a obra 4, que apesar de obter uma nota superior as obras 5 e 6, alcançou um valor de 
penalidade mais alto que as outras duas. 
 
4.2 ANÁLISE POR TÓPICOS 
Realizou-se um agrupamento dos tópicos em classes, para facilitar a análise dos dados. 
Dividiu-se nas seguintes categorias: Áreas de Vivência; Proteções contra Quedas de Altura; 
Elevadores; Instalações Elétricas, Máquinas e Equipamentos, Procedimentos Gerenciais e 
Elementos Gerais. Na tabela 1, apesenta-se as notas de adequação aos itens da NR 18 destes grupos 
acima mencionados. 
 
43164
50615
42256,5
88219
77467,5 80576,5
113511 114325
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
OBRA 1 OBRA 2 OBRA 3 OBRA 4 OBRA 5 OBRA 6 OBRA 7 OBRA 8
Penalidade / UFIR
37 
 
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Tabela 1: Notas por categorias 
CATEGORIAS NOTAS 
Elementos gerais 8,30 
Elevadores 8,21 
Inst. Elétricas, máquinas e equipamentos 7,24 
Proteções contra quedas em altura 7,07 
Áreas de vivência 6,93 
Procedimentos gerenciais 6,45 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Percebe-se que os agrupamentos que têm notas distantes da média são Elevadores e 
Elementos Gerais, que se destacam de forma positiva. Com notas mais baixas, destacam-se 
negativamente Áreas de Vivência e Procedimentos gerenciais. Isto evidencia a falta de interesse 
das construtoras em relação ao cumprimento de itens que dependem excepcionalmente de sua 
gerência, além de não oferecer áreas de vivência compatíveis com a exigência da norma. 
A seguir, a figura 7 apresenta a média das notas dos trinta e sete elementos analisados pela 
Lista de verificação. 
Os itens que obtiveram as maiores notas são aqueles referentes aos elevadores, escavações e 
armazenagem e estocagem de materiais, destacando-se sobre os demais tópicos. Chamou a atenção 
as baixas notas referentes a itens como ancoragem, PCMAT, serviços em coberturas e telhados, 
posto do guincheiro e máquinas e equipamentos. 
 
 
 
 
 
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Figura 7: Distribuição das notas por categorias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria própria 
 
6,2
6,3
8,2
6,5
7,5
2,8
8,7
9,5
3
8,6
8,5
9,4
5,6
6,4
6
8,8
9,7
9,6
0
10
10
10
6,2
8,2
5,3
9,2
5,4
7,5
10
6,1
9,3
5,7
9,4
9,8
7,9
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
ÁREAS DE VIVÊNCIA
Água potável
Instalações sanitárias
Local para refeições
Vestiário
PROTEÇÕES CONTRA QUEDAS EM ALTURA
Proteção Periférica
Serviços em telhados
Aberturas no piso
Corrimão das escadas permanentes
Ancoragem
Plataforma de proteção
Escadas, rampas e passarelas
Poço do elevador
Andaimes
Andaimes fachadeiros
Andaimes simplesmente apoiados
Andaimes suspensos mecânicos
ELEVADORES
Elevador de passageiros
Elevador de carga
Posto do guicheiro
Torre do elevador
Plataforma do elevador
Elevador de Cremalheira
INST. ELÉTRICAS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Armações em aço
Instalações elétricas
Máquinas e equipamentos
Central de carpintaria
PROCEDIMENTOS GERENCIAIS
Pcmat
Comunicação prévia
ELEMENTOS GERAIS
Escavações
Sinalização de segurança
Tapumes e galerias
Proteção contra incêndio
EPI
Armazenamento e estocagem de materiais
Ordem e limpeza
39 
 
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4.2.1 Áreas de vivência 
Este tópico obteve uma nota média de 6,93. As maiores notas foram 10 e as menores 3,1 e 
5. O item referente a instalações móveis não foi analisado devido ao fato de nenhuma das obras 
visitadas conter este tipo de instalações. A tabela 2 mostra as notas individuais por item analisado. 
 
Tabela 2: Notas por itens das áreas de vivência 
Elementos Nota média Nota máxima Nota mínima 
Instalações móveis - - - 
Água potável 6,2 10 5 
Instalações sanitárias 6,3 9,4 3,1 
Local para refeições 8,2 9,1 5,5 
Vestiário 6,5 10 5,7 
 
Fonte: Autoria própria 
 
4.2.1.1 Fornecimento de água potável nos locais de trabalho 
Este componente mede a disponibilidade de água potável nos canteiros de obras, de forma 
a atender todos os trabalhadores. Em geral, todas as obras havia o fornecimento de água potável 
aos trabalhadores. Este item obteve notas máximas de 10 e mínimas de 5, obtendo uma média de 
6,2 pontos. 
Em 50% dos canteiros,havia disponibilidade de bebedouros. Destas em apenas 12,5% 
havia bebedouro nos pavimentos de modo que os operários não precisassem percorrer 15 metros 
no plano vertical ou 100m no plano horizontal. Nos demais a água era fornecida por meio de 
garrafas armazenadas junto as geladeiras localizadas no refeitório. As figuras 8 e 9 mostram a boa 
prática referente aos bebedouros, de acordo com a NR 18. 
 
 
 
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Figura 8: Bebedouro localizado no pavimento Figura 9: Bebedouro localizado na obra 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autoria Própria Fonte: Autoria Própria 
 
4.2.1.2 Instalações Sanitárias 
Este elemento tende a verificar as condições em que se encontram as instalações sanitárias 
nos canteiros, de modo que estejam dimensionadas de acordo com o número de operários da obra, 
e contemplem todas as diretrizes previstas em norma. As instalações sanitárias geraram notas que 
variaram de 9,4 até 3,1, com média de 6,3. 
Neste quesito destaca-se negativamente que 37,5% dos canteiros obtiveram notas muito 
distantes da média. Este fato comprova a falta do cumprimento por boa parte dos canteiros 
avaliados, de itens referentes a conservação, higiene e limpeza. 
De forma geral, em todos os canteiros havia chuveiros, lavatórios e vasos sanitários. Porém 
em muitos casos estes não estão dispostos em quantidade suficiente a atender a norma. Desta forma, 
houve 4 canteiros (50%) em que não havia disponibilidade de mictórios, como pode ser visto na 
figura 10. 
Quanto a ventilação das instalações sanitárias, constatou-se que em 75% dos canteiros 
avaliados, a mesma não atendia o previsto na norma, que exige ventilação adequada. Houve casos 
em que não havia nenhuma janela nas instalações. 
41 
 
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Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
 Figura 10 – Banheiro sem mictório Figura 11 – Papel higiênico e lixeira com tampa 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
 
Como ponto positivo, pode ser destacado o fato de todos os chuveiros oferecerem água 
quente, e que em todos os canteiros havia a disponibilidade de papel higiênico e lixeiras com 
tampas, como pode ser visualizado na figura 11. Por outro lado, em apenas 25% das obras havia 
suporte para toalha e sabonete nos locais para banho. Outro ponto negativo é em relação a estas 
instalações é que em 50% dos casos as paredes adjacentes aos chuveiros não são de material que 
resista a água e possibilite a lavagem e desinfecção. 
 
4.2.1.3 Local para refeições 
Este tópico avalia os locais destinados a refeições dos operários. Das áreas de vivência este 
foi o local que obteve as melhores notas, atingindo uma média de 8,2. As notas variaram de 9,1 a 
5,5. Destaca-se que 75% dos canteiros obtiveram notas iguais ou acima da média. 
De modo geral, todos os canteiros dispunham de lixeiras, lavatórios próximos, fogões para 
aquecimento de alimentos, e geladeiras. Nas figuras 12 e 13 pode-se visualizar imagens de locais 
destinados as refeições. 
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Charles Eduardo Assmann (assmann.c@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
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 Figura 12 - Refeitório Figura 13 - Refeitório 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
 
Entretanto houve alguns itens que não foram cumpridos, como em alguns casos, de não 
haver bancos em quantidade suficiente a todos os trabalhadores, falta de fechamento do local para 
não permitir a entrada de pequenos animais ou isolar das áreas de produção, outros não contendo 
mesas com material lavável. 
 
4.2.1.4 Vestiário 
Este elemento avalia o local destinado a troca de roupas dos operários, armazenamento de 
itens particulares bem como guarda de objetos pessoais. 
Quanto aos vestiários, os canteiros tiveram notas que variam de 10 a 5,7 pontos, estando 
dentro da faixa média das áreas de vivência. Todos os canteiros de obras possuíam vestiário, porém 
havia falhas como a falta de cadeados para o fechamento dos armários, roupas e pertences pessoais 
jogados em qualquer lugar, ou pendurados nas paredes, como pode ser visto na figura 14. 
 
 
 
 
43 
 
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Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
Figura 14 - Vestiário 
 
 
 
 
 
Fonte – Autoria própria 
 
4.2.2 Proteções contra quedas de altura 
Este tópico obteve uma nota média de 7,1, estando muito próximo da média geral. As 
maiores notas foram 10 e as menores 0. A tabela 3 mostra as notas individuais por item analisado. 
 
Tabela 3 – Notas por itens de proteções contra quedas 
Elemento Nota média Nota máxima Nota mínima 
Proteção Periférica 7,5 10 5 
Serviços em telhados e coberturas 2,8 5 0 
Aberturas no piso 8,7 10 0 
Corrimão das escadas permanentes 9,5 10 8 
Ancoragem 3 8 2 
Plataforma de proteção 8,6 10 2,5 
Escadas, rampas e passarelas 8,5 10 7,1 
Poço do elevador 9,4 10 5 
Andaimes 5,6 10 5 
Andaimes fachadeiros 6,4 7,1 5,7 
Andaimes simplesmente apoiados 6 10 5 
Andaimes suspensos mecânicos 8,8 9,2 8,3 
 
Fonte: Autoria própria 
 
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4.2.2.1 Proteção Periférica 
Este tópico trata de proteções constituídas por barreiras físicas que impeçam a queda de 
pessoas e de materiais nas periferias das obras. Nesta avaliação obteve nota média de 7,5, sendo 
um dos itens que está levemente acima da média geral. As notas encontradas nas obras, referente a 
estas proteções, variam de 10 a 5. 
Estas proteções não são utilizadas durante toda a execução da estrutura. Costumeiramente 
antes de sua execução, utiliza-se linhas de vida, constituídas por cabos de aço, que atendem toda a 
periferia da edificação. Estas ficam a uma determinada distância da periferia, onde devem ser 
fixados os cintos de segurança, limitando o acesso do trabalhador nas extremidades, 
impossibilitando quedas. A maior dificuldade deste método é que muitas vezes os trabalhadores 
esquecem de prender o cinto nestes cabos, além destes não protegerem contra quedas de materiais 
que possam ocorrer nas edificações. 
 
Figura 15 – Proteção periférica Figura 16 – Falta de Proteção periférica 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autoria Própria Fonte: Autoria Própria 
 
De modo geral, a maioria dos canteiros apresentou proteções periféricas compostas de 
madeira, contendo guarda-corpo principal, intermediário e rodapé de acordo com a norma, como 
visto na figura 15. Em alguns casos não havia partes destas proteções em pontos isolados das obras, 
como pode-se ver na figura 16. Alegou-se que era pelo motivo de quebra da madeira, ou pelo fato 
de dificultar as atividades naquele local. 
45 
 
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Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
4.2.2.2 Serviços em telhados e coberturas 
Este elemento possibilita avaliar a adoção de medidas de segurança em trabalhos 
executados em telhados e coberturas. 
Os itensreferentes a serviços em telhados e coberturas trouxeram resultados insatisfatórios, 
tendo como nota média apenas 2,8 pontos, tendo como nota máxima 5 e mínima 0, o que significa 
que em alguns casos nenhum dos itens deste tópico estavam sendo atendidos. Aproximadamente 
43% dos canteiros avaliados não atendiam a nenhum dos quesitos avaliados neste item. Os demais 
obtiveram nota 5, o que significa que apenas a metade dos itens vinham sendo cumpridos. 
 
4.2.2.3 Aberturas no piso 
Este tópico avalia a existência de fechamento de aberturas existente no piso das edificações, 
que podem ocasionar quedas de pessoas e materiais. 
O elemento apresentou resultados positivos, de modo que atingiu a nota média de 8,7, uma 
das mais altas referentes ao grupo de proteção contra quedas. De modo geral, 7 das obras que 
representam 87,0%, apresentaram as aberturas no piso devidamente fechadas, algumas adotando 
malha de aço fixa na estrutura além de fechamento com madeira. A figura 17 evidencia a boa 
prática adotada pelos canteiros. 
 
4.2.2.4 Corrimão das escadas permanentes 
Este item avalia a existência de proteção contra quedas em escadas fixas utilizadas para a 
circulação dos trabalhadores. Estas proteções são compostas de corrimão, sendo o superior a 1,20m 
do piso, intermediário a 0,70m do piso e o rodapé deve partir do piso e ter 0,20m. 
O item obteve a nota mais alta dos elementos de proteção contra quedas, o que significa 
que a maioria dos canteiros esteve atendendo estes requisitos da norma. Neste elemento 75% dos 
canteiros obteve nota 10, o que caracteriza que as mesmas atendiam todos os itens referentes a 
46 
 
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Charles Eduardo Assmann (assmann.c@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
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corrimão das escadas permanentes. A figura 18 mostra um exemplo de boa prática existente em 
uma das obras avaliadas. 
 
Figura 17 – Aberturas no piso com fechamento Figura 18 – Escada com corrimão 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
 
4.2.2.5 Ancoragem 
Este tópico avalia o emprego de dispositivos para a ancoragem de sistemas de segurança 
para fixação de andaimes e cabos de segurança. As notas referentes a este item, variaram de 8 a 2, 
com média 3. Obteve-se uma nota média muito baixa, pois a maioria dos canteiros não dispõe deste 
tipo de procedimento. 
A baixo nível de atendimento não se refere apenas a existência de dispositivos de 
ancoragem, pois 62% das obras possuíam tal sistema. Entretanto, itens como existência destes em 
todo o perímetro da edificação e constar no projeto estrutural, tornaram o nível de atendimento a 
este tópico muito baixo, pois a maioria das empresas não atendiam a estes itens. 
Os dispositivos de ancoragem tornam-se uma preocupação apenas quando surgem as etapas 
da obra em que o seu uso é necessário, sendo que em grande parte dos casos realizou-se perfurações 
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Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
na estrutura para a fixação destes dispositivos, principalmente quando utilizados os andaimes 
suspensos mecânicos. 
 
4.2.2.6 Plataforma de proteção 
Este elemento verifica a utilização de plataformas de proteção, que ficam distribuídas em 
torno da edificação, com a finalidade de impedir a queda de materiais e pessoas. Através do 
resultado da avaliação foi possível perceber a preocupação das empresas quanto ao cumprimento 
deste item, pois é possível visualizar do lado externo da obra a existência ou não destas plataformas, 
podendo chamar a atenção da fiscalização e até mesmo deixar uma imagem negativa da 
construtora. 
As notas para este tópico foram muito boas, conquistando uma média de 8,6, sendo que 
50% dos canteiros obtiveram nota 10 neste quesito. Percebe-se que as plataformas de modo geral 
atendem aos requisitos da norma, sendo interrompidos apenas em locais onde é instalado o elevador 
ou guincho. 
 
Figura 19 – Plataformas com tela Figura 20 – Plataformas 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
 
Por outro lado, foi possível observar que em 28% dos canteiros que possuíam plataformas 
primárias e secundárias, não continham fechamento entre as mesmas com tela, fato que acabou 
48 
 
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Charles Eduardo Assmann (assmann.c@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
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descontando o bom desempenho deste quesito. Nas figuras 19 e 20 podem ser vistas plataformas 
existentes nos canteiros, bem como a tela entre duas plataformas. 
 
4.2.2.7 Escadas, rampas e passarelas 
Este item avalia o emprego de escadas, rampas e passarelas para a movimentação de 
materiais e pessoas em locais com diferença de nível. Estes elementos obtiveram notas boas, tendo 
uma média de 8,5, o que significa que 85% dos itens destes elementos estavam sendo cumpridos 
na data dos levantamentos. 
Observou-se boas práticas em algumas obras, em que a escada de mão encontrava-se fixada 
em ambos os pisos, além de dispor de corrimão para auxiliar nas subidas e descidas. Verificou-se 
que em todas as obras a madeira utilizada para escadas e rampas estava livre de pintura que 
encobrisse nós ou rachaduras, e que na maioria dos canteiros as escadas estavam adequadas. 
 
Figura 21 - Escada de mão sem fixação Figura 22 – Fechamento provisório do poço do elevador 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autoria própria 
 
 
 Fonte: Autoria própria 
 
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Avaliação do Atendimento dos Requisitos da NR-18 em Canteiros de Obras de Santa Rosa 
Por outro lado, observou-se que em 37,5% dos canteiros, escadas de mão não ultrapassavam 
1 metro do piso superior, o que pode representar risco de queda de trabalhadores. Além disso, em 
25% das obras, haviam escadas de mão que não estavam fixadas no piso superior e inferior, afim 
de evitar escorregamento. Houve um caso especifico, ilustrado na figura 21, em que a escada de 
mão localizada próxima a periferia encontrava-se sem fixação, tornando-se um risco grave e 
iminente aos trabalhadores. 
 
4.2.2.8 Poço do elevador 
Este elemento avalia a adoção de proteções temporárias nos poços dos elevadores, afim de 
evitar quedas de trabalhadores. Este item obteve uma ótima nota, alcançando 94,0% de 
atendimento. Cabe salientar que sete obras obtiveram nota 10 neste quesito, comprovando que este 
é um item que é cumprido à risca pelas construtoras. 
Foram encontrados diversos tipos diferentes de proteções. Entre elas pode-se citar a 
proteção mais usual, com guarda-corpo de madeira, outra como demonstra a figura 22, foi com a 
utilização de guarda corpo com portão metálico. Uma proteção muito bem utilizada, adotou-se 
guarda-corpo de madeira e além disso, foi concretada junto a laje no poço uma malha de aço para 
impedir a queda de materiais de um pavimento a outro. 
 
4.2.2.9 Andaimes 
Este tópico avalia dois itens que se aplicam a todos os tipos de andaimes. O primeiro avalia 
as condições dos pisos de trabalho dos mesmos, já o segundo verifica existência de sistemas de 
guarda-corpo e rodapé, bem como tela de arame para dar sustentação a quem estiver na área de 
trabalho. As notas referentes e estes quesitos ficaram com uma média de 5,6, variando de 10 a 5. 
De modo geral, em todos os canteiros o piso de trabalho

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