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Estimados familiares, Joyce esposa, amigos e amigas que foram leais e honestos com Lenoir até o final de seus dias neste peregrinar terreno. Boa noite a todas, todos e todes. Fiquei hoje o dia inteiro pensando nesta fala. O que poderia dizer para representar e de uma forma amorosa sintetizar, mesmo que fragilmente o que foi o Lenoir para mim, para nós. Entre uma atividade e outra ia ensaiando o que dizer. Como gosto muito de escrever, parti para escrita que vou dividir em alguns pontos: Peço licença e paciência para dividir com os senhores minhas divagações: 1. Lenoir – significa em francês “o negro”, que pode ser traduzido também por “escuridão”. Pensamento que me remete ao fato de que todxs somos esta mistura de luz e sombra, defeitos e qualidades, bondade e ruindade. Vivemos tempos difíceis e a passagem do Lenoir os tornou momentaneamente mais difíceis ainda. No entanto, o nosso Lenoir era luz, intensidade, era um furacão. Gostaria de ouvir de vocês da assembleia, quem poderia compartilhar conosco mais alguma qualidade dele. Alguém gostaria? 2. Que ninguém se engane só se consegue a simplicidade através de muito trabalho. Dizia Clarice Lispector. Lenoir era um trabalhador. Aproveitou a vida à sua maneira e é desta forma que sua memória deverá ser preservada, principalmente por parte de nós, seus familiares. 3. Lenoir era cristão católico e frequentava esta Igreja dedicada a São José. Tirava sempre um tempo para sua oração pessoal, apesar de ser um homem de luta, de trabalho. Que seu exemplo nos inspire a levar uma vida de comunhão com Deus, a batalhar por nossos sonhos, mas que jamais nos esqueçamos de que por aqui, tudo é breve, passageiro e fugaz. E nossos corpos tem prazo de validade. Assim sendo, que saibamos aproveitar mais a vida. Desacelerar. Ajudar, colaborar, servir. Deus caritas est! 4. Costumo pensar que quando alguém morre, morre com ele toda uma forma de ver o mundo, todo um jeito de fazer as coisas, toda uma dinâmica de viver. Morre também um império. Somos únicos porque criados por Deus e amados de forma toda particular por Ele. Lenoir foi e continua sendo amado. Hoje, na igreja celeste. 5. Finalmente, por mais que seja exigente, façamos neste momento um exame de nossas próprias vidas, nossas escolhas. Estou vivendo ou apenas sobrevivendo? Sobre quais fundamentos minha vida está sendo construída? Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca. Ave-Maria... São José, Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Senhora Aparecida!
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