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TRABALHO DE MICROBIOLOGIA - PARCIAL AV1

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FACULDAE ESTACIO DO AMAZONAS 
CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
Klebsiela pneumoniae 
Neisseria meningitidis 
 
 
 
 
 
 
 
FERNANDA PEREIRA SALES 
MARIA GABRIELA MELO DA COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 MANAUS-AM 
 2021 
 
FACULDAE ESTACIO DO AMAZONAS 
BACHARELADO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
Klebsiela pneumoniae 
Neisseria meningitidis 
 
 
 
 
 
 
 O trabalho apresentado para a disciplina 
de Microbiologia Clínica, para obtenção 
de nota parcial da av1 do curso de 
Farmácia da Faculdade Estácio do 
Amazonas. 
 
 Prof: Luana Casas 
 
 
 
 
 
 
 MANAUS-AM 
 2021 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 1 
Klebsiella pneumoniae ............................................................................ 2 
Caracteristicas gerais ............................................................................. 2 
Ensaios utilizados na identificação ......................................................... 2 
Provas Bioquimicas ................................................................................ 3 
Neisseria meningitidis ............................................................................. 4 
Características Gerais ............................................................................ 4 
Meningite ................................................................................................ 4 
Ensaios utilizados na identificação ......................................................... 5 
2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 O aumento no cuidado dos pacientes internados em Unidades de Terapia 
Intensiva (UTI) está cada vez mais rigoroso, pela resistência adquirida pelas 
bactérias. As infecções por gram positivos como Staphylococcus aureus Meticilina 
Resistente (MRSA) e por gram negativos como a Klebsiella pneumoniae resistente 
a carbapenemases (KPC) e a Pseudomonas aeruginosa multirresistente, vem se 
destacando como a de maior risco para os pacientes debilitados que internam na 
UTI.4 Considerando a alta resistência aos antimicrobianos e o grande poder de 
disseminação, a KPC constitui um importante patógeno hospitalar, atualmente em 
isolamento crescente em nosocômios no mundo inteiro. Torna-se importante e 
necessária a rápida detecção laboratorial desse mecanismo de resistência, assim 
como a adoção de medidas rigorosas de prevenção e controle de disseminação, 
como a implementação de precauções de contato e tratamento adequado. 
 A bactéria Neisseria meningitidis é a principal bactéria causadora de 
meningite. As epidemias de meningite meningocócica podem ocorrer por vários 
fatores como: aglomeração populacional, tipo de microorganismo envolvido, 
localização geográfica e clima. Os casos de epidemia de meningite apresentam se 
com maior ocorrência em indivíduos adultos e adolescentes, quando há mudança 
da faixa etária que normalmente acomete crianças menores de cinco anos, mais 
especificamente de 0 a 12 meses de idade. O período onde são notificados mais 
casos de meningite meningocócica, é no inverno (Secretaria de Vigilância em 
Saúde., 2012). 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Klebsiella pneumoniae 
 A Klebsiella pneumoniae carbapenemase, também conhecida como 
superbactéria, é um tipo de bactéria, resistente à maior parte dos remédios 
antibióticos, que quando entra no organismo é capaz de produzir infecções graves. 
Klebsiella pneumoniae é importante agente etiológico de infecções no meio 
ambiente hospitalar e o uso indiscriminado de antimicrobianos de amplo espectro, 
produz pressão seletiva que favorece a proliferação de cepas multirresistentes. 
(CANDAN; AKSÖZ, 2015). As enzimas do tipo KPC são frequentemente 
encontradas em Klebsiella pneumoniae associadas com infecções nosocomiais, tais 
como infecções do trato urinário, sepse, pneumonia e infecções intra-abdominais, 
porém não é comum sua ocorrência em infecções adquiridas na comunidade (CHEN 
et al., 2014). 
 
 Caracteristicas gerais 
 A K. pneumoniae é um bacilo gram-negativo, anaeróbio facultativo, membro 
da família Enterobacteriaceae, capaz de sobreviver em objetos inanimados ou 
fômites (objetos com capacidade de absorver, reter e transportar organismos 
contagiantes ou infecciosos, como por exemplo, sapatos), colonizar o corpo humano 
e causar infecções graves em pacientes imunocomprometidos (DEINSTMANN et al., 
2010; CORREA et al., 2013). 
 
 Ensaios utilizados na identificação 
 As principais provas para a identificação das enterobactérias de importância 
clínica são: fermentação de glicose e/ou lactose, motilidade, utilização de citrato, 
descarboxilação da lisina, oxidase, produção de sulfeto de hidrogênio (H2S), gás 
(CO2), indol, urease, fenilalanina desaminase ou triptofanase, de gelatinase ou 
DNAse. Como provas complementares de identificação temos a fermentação de 
outros carboidratos, como sacarose, maltose, arabinose, salicina, dulcitol, manitol, 
etc; utilização de aminoácidos: arginina e ornitina; hidrólise da esculina; ONPG; 
utilização de acetato; vermelho de metila; teste de Voges-Proskauer; crescimento 
em KCN; Ágar Tartarato de Jordan e lipase (BROOKS et al., 2014). 
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Figura 1 Colônias de klebsiella pneumoniae de bactérias rosa fermentam cultura de lactose em Macconkey. 
 
 Fonte: Google imagens 
 
Provas Bioquímicas 
 A. K pneumoniae apresenta as seguintes provas bioquímicas que permitem 
sua identificação: reação de oxidase negativa, fermentação da glicose, redução à 
nitrato, lisina positiva, citrato e indol negativos, tríplice açúcar ferro (TSI) positivo 
com produção de gás, ornitina negativa, metabolização da lactose, utilização do 
citrato como fonte de carbono e hidrolise da uréia, formando gás ou não, seu 
tamanho varia de 0,3 a 1,0 μm de diâmetro e 0,6 a 6,0 μm de comprimento, sendo 
imóvel (BRASIL, 2013). Quando semeadas no ágar MacConkey as colônias de K. 
pneumoniae apresentam-se elevadas e de consistência mucóide, cor rósea brilhante 
e com aspecto viscoso, devido à cápsula polissacarídica (antígeno K) a qual 
também tem função de proteger a célula bacteriana contra fagocitose e auxiliá-las 
na adesividade (RIBEIRO, 2013; LIMA et al., 2014). A K. pneumoniae é uma 
bactéria que expressa resistência a até 95% dos antimicrobianos existentes no 
mercado farmacêutico (MOREIRA et al., 2010) 
 
 
 
4 
 
 Neisseria meningitidis 
 A N. meningitidis é um patógeno primário, que causa diversos processos 
infecciosos, desde sepse subclínica com recuperação rápida, até doença fatal 
fulminante incontrolável. Alguns pacientes podem apresentar poucos elementos 
desse espectro clínico, enquanto outros podem evoluir ao longo de todo o espectro 
com rapidez alarmante. Um fator de virulência significativo de todas as cepas de N. 
meningitidis associadas a essa doença é a cápsula polissacarídica. 
 
Características Gerais 
 É uma bactéria Gram- Negativa, pois tem parede celular mais delgada, 
membrana externa, membrana plasmática, espaço periplasmático, 
lipopolissacarídeos, e proteínas inseridas na membrana externa que podem ser 
porinas ou outras proteínas que interagem com o sistema imune do hospedeiro. Ao 
microscópio se apresenta em forma de cocos em pares (diplococos). A bactéria é 
encontrada apenas em humanos e é classificada em 13 sorogrupos de acordo com 
a composição química dos polissacarídeos capsulares (de Filippis.,2009). 
 Cinco sorogrupos são responsáveis por cercade 90% dos casos de doença 
meningocócica (A, B, C, Y e W-135). O microrganismo pode ainda ser classificado 
em sorotipos e subtipos, de acordo com os antígenos proteicos da membrana 
externa da bactéria. Para os quatro sorogrupos existem vacinas, menos para o 
sorogrupo B (Comanducci et al.,2002). 
 
 Meningite 
 A doença meningocócica é causada pela bactéria Neisseria meningitidis. Ela 
é a principal bactéria causadora de meningite. As epidemias de meningite 
meningocócica podem ocorrer por vários fatores como: aglomeração populacional, 
tipo de microorganismo envolvido, localização geográfica e clima. Os casos de 
epidemia de meningite apresentam- se com maior ocorrência em indivíduos adultos 
e adolescentes, quando há mudança da faixa etária que normalmente acomete 
crianças menores de cinco anos, mais especificamente de 0 a 12 meses de idade. 
5 
 
 Os sintomas mais comuns da DM são febre alta, fortes dores de cabeça, 
vômitos, mal-estar, rigidez do pescoço, moleza, irritação, fraqueza, coma e 
manchas. 
 Figura 2 criança com manchas na pele 
 
 
 Fonte:Google imagens 
 
 vermelhas na pele (que estão associadas à quantidade de bactérias presentes no 
sangue, e a gravidade da doença). O início da doença é repentino evoluindo muito 
rápido, podendo levar o paciente ao óbito em 24 a 48 horas (Stephens DS, 
Greenwood B, Brandtzaeg P.,2007). 
 
Ensaios utilizados na identificação 
Cultura – pode ser realizada com diversos tipos de fluídos corporais, principalmente 
líquido cefalorraquidiano (LCR), sangue e raspado de lesões petequeais. É 
considerada padrão ouro para diagnóstico de Meningite Bacteriana e 
Meningococcemia, por ter alto grau de especificidade. Tem como método o 
isolamento da bactéria para identificação da espécie, teste de sensibilidade 
(antibiograma) e posteriormente o sorogrupo, sorotipo e soros subtipo do 
meningococo invasivo, e o sorotipo de penumococo e Haemophilus influenza. 
Teste de sensibilidade – Antibiograma – ensaio capaz de medir a susceptibilidade 
ou resistência de uma bactéria aos antibióticos por meio do espectro de 
sensibilidade observados na placa de cultura. É, por definição, um teste de 
sensibilidade in vitro. 
Bacterioscopia direta – pode ser realizada a partir do LCR e de outros fluídos 
corpóreos, normalmente estéreis, e pela raspagem de petéquias. A coloração do 
LCR pela técnica de Gram permite, ainda que com baixo grau de especificidade, 
6 
 
caracterizar morfológica e tintorialmente as bactérias presentes – no caso do 
meningococo, um diplococo Gram-negativo; do pneumococo, um diplococo Gram-
positivo e do Haemophilus influenzae um bastonete Gram-negativo pleomórfico. 
Aglutinação pelo látex – detecta o antígeno bacteriano em amostras de LCR e/ou 
soro. Partículas de látex, sensibilizadas com antissoros específicos, permitem, por 
técnica de aglutinação rápida (em placa), detectar o antígeno bacteriano nas 
amostras. 
Reação em Cadeia da Polimerase quantitativa (qPCR) – detecta o DNA 
da Neisseria meningitidis, nas amostras clínicas (LCR e/ou soro). Também permite a 
genogrupagem dos sorogrupos de Neisseria meningitidis e a genotipagem dos tipos 
de Haemophilus influenzae. A PCR quantitativa em tempo real (qPCR) é uma 
modificação da técnica tradicional de PCR, que identifica o DNA alvo com maior 
sensibilidade e especificidade e em menor tempo de reação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. Alves AP, Behar PR. Infecções hospitalares por enterobactérias produtoras de KPC em 
um hospital terciário do sul do Brasil. Rev AMRIGS. 2013;57(3):213-8. 
2. BIREME / OPAS / OMS - Márcio Alves. “Biblioteca Virtual Em Saúde MS.” 
Saude.gov.br, 2021, bvsms.saude.gov.br/. Accessed 27 Sept. 2021. 
3. De Faria, Sonia, and Calil Farhat. “ARTIGO de REVISÃO S46 Jornal de 
Pediatria Meningites Bacterianas -Diagnóstico E Conduta Bacterial Meningitis -
Diagnosis and Treatment.” S46 Jornal de Pediatria, vol. 75, no. 1, 1999, 
www.jped.com.br/conteudo/99-75-S46/port.pdf.z 
4. Nordmann P, Girlich D, Poirel L. Detection of carbapenemase producers in 
Enterobacteriaceae by use of a novel screening medium. J Clin Microbiol. 
2012;50(8):2761-6. 
5. 3.Organização Mundial da Saúde – OMS (2012). A crescente ameaça da resistência 
microbiana. Recuperado em 8 de abril de 2014, de Acesso em: 13 março 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.jped.com.br/conteudo/99-75-S46/port.pdf.z

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