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PORTUGUES EJA - Pág 11 a 18

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PORTUGUÊS 
 
 
EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
Texto I 
Detector de mentira por e-mail. 
 
Cientistas norte-americanos garantem que 
criaram método para identificar uma mentira contada 
em mensagens eletrônicas (Revista Língua, nº 18, 2007 
– Texto adaptado) 
 
Cientistas da Universidade de Cornell, nos 
Estados Unidos, anunciaram no fim de fevereiro, início 
de março, ser capazes de identificar uma mentira 
contada por e-mail. Analisando cinco características de 
textos falaciosos, identificaram “pistas” que mentirosos 
deixam em textos escritos. 
Segundo os cientistas, a margem de acerto nos 
testes é de 70%. Os conhecimentos podem ser 
condensados em um programa de computador 
disponível já a partir do próximo ano. 
Textos falsos têm, por exemplo, 28% mais 
palavras que textos verdadeiros, descobriram os 
cientistas. Mas a ocorrência de frases casuais, que 
possam despertar ambigüidade, é bem menor nos 
verdadeiros que nos mentirosos. Mais detalhadas que 
as verdades, mentiras são contadas por meio daquilo 
que os pesquisadores chamam de “expressão de 
sentido”, como “sentir”, “ver”, e “tocar” – usadas para 
criar um cenário que nunca existiu. 
Mentirosos desconfortáveis com a própria 
lorota tenderiam ainda a usar palavras com sentido 
negativo, como “triste”, “estressado”, “irritado”. [...] 
O professor Jeff Hancock, coordenador do 
estudo, disse que, mais que ajudar as pessoas a 
identificar mentirinhas privadas contadas por seus 
parceiros amorosos, a pesquisa pode ter diversos usos 
públicos. 
 
01. A leitura global do texto nos permite inferir que o 
autor quer: 
A) chamar a atenção para uma descoberta 
revolucionária: a mentira por e-mail pode estar com 
os seus dias contados. 
B) mostrar que a mentira é comum nos e-mails: todos 
mentem porque não serão descobertos. 
C) enfatizar que há recursos modernos para o homem 
se esconder atrás de uma cortina, a da mentira 
eletrônica. 
D) lembrar de que a mentira faz parte da vida dos 
homens: tanto faz mentir como dizer a verdade, não 
há problemas. 
 
 
02. No texto: “Detector de mentira por e-mail” 
predominam as marcas de um texto: 
A) narrativo. C) descritivo. 
B) dissertativo. D) narrativo-argumentativo. 
 
TEXTO II 
Não existe essa coisa de um ano sem Senna, 
dois anos sem Senna ... Não há calendário para a 
saudade. 
(Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil) 
 
03. Segundo o texto, a saudade: 
a) aumenta a cada ano. 
b) é maior no primeiro ano. 
c) é maior na data do falecimento. 
d) é constante. 
e) incomoda muito. 
 
04. A segunda oração do texto tem um claro valor: 
a) concessivo c) causal 
b) temporal d) condicional e) proporcional 
 
05. A repetição da palavra não exprime: 
a) dúvida c) tristeza 
b) convicção d) confiança e) esperança 
 
TEXTO III 
Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os 
leitores. (José Sarney, na Veja) 
 
06.Deduz-se pelo texto uma mudança na vida: 
a) esportiva c) profissional 
b) intelectual d) sentimental e) religiosa 
 
07.O autor do texto sugere estar passando de: 
a) escritor a político d) senador a escritor 
b) político a jornalista e) político a escritor 
c) político a romancista 
 
08.Infere-se do texto que a atividade inicial do autor 
foi: 
a) agradável c) simples 
b) duradoura d) honesta e) coerente 
 
09.O trecho que justifica a resposta ao item anterior 
é: 
a) e agora c) passei a vida 
b) os leitores d) atrás de eleitores e) busco 
 
10.A expressão que não pode substituir o termo 
agora é: 
a) no momento c) presentemente 
b) ora d) neste instante e) recentemente 
Português - Prof. JocelenePág. 01
 
PORTUGUÊS 
- LEI 5.810/94 
 
 
 
TEXTO IV 
Os animais que eu treino não são obrigados a 
fazer o que vai contra a natureza deles. 
(Gilberto Miranda, na Folha de São Paulo, 23/2/96) 
 
11.O sentimento que melhor define a posição do autor 
perante os animais é: 
a) fé c) solidariedade 
b) respeito d) amor e) tolerância 
 
12.O autor do texto é: 
a) um treinador atento d) um adestrador consciente 
b) um adestrador frio e) um adestrador filantropo 
c) um treinador qualificado 
 
13.Segundo o texto, os animais: 
a) são obrigados a todo tipo de treinamento. 
b) fazem o que não lhes permite a natureza. 
c) não fazem o que lhes permite a natureza. 
d) não são objeto de qualquer preocupação para o 
autor. 
e) são treinados dentro de determinados limites. 
 
Texto V 
 
14. O humor provocado pela tirinha se estabelece pela 
leitura: 
(A) do primeiro quadrinho, somente. 
(B) do segundo quadrinho, somente. 
(C) do terceiro quadrinho, somente. 
(D) do primeiro e do terceiro quadrinhos. 
(E) do segundo e do terceiro quadrinhos. 
 
TEXTO VI 
Segunda maior produtora mundial de embalagem longa 
vida, a SIG Combibloc, principal divisão do grupo suíço 
SIG, prepara a abertura de uma fábrica no Brasil. A 
empresa, responsável por 1 bilhão do 1,5 bilhão de 
dólares de faturamento do grupo, chegou ao país há 
dois anos disposta a brigar com a líder global, Tetrapak, 
que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado. 
Os estudos para a implantação da fábrica foram 
recentemente concluídos e apontam para o Sul do país, 
pela facilidade logística junto ao Mercosul. Entre os oito 
atuais clientes da Combibloc na região estão a Unilever, 
com a marca de atomatado Malloa, no Chile, e a 
italiana Cirio, no Brasil. 
(Denise Brito, na Exame, dez./99) 
15) Segundo o texto, a SIG Combibloc: 
a) produz menos embalagem que a Tetrapak. 
b) vai transferir suas fábricas brasileiras para o Sul. 
c) possui oito clientes no Brasil. 
d) vai abrir mais uma fábrica no Brasil. 
e) possui cliente no Brasil há dois anos, embora não 
esteja instalada no país. 
 
16) Segundo o texto: 
a) O Mercosul não influiu na decisão de instalar uma 
fábrica no Sul. 
b) a SIG Combibloc está entrando no ramo de 
atomatado. 
c) a empresa suíça SIG ocupa o 2º lugar mundial na 
produção de embalagem longa vida. 
d) a Unilever é empresa chilena. 
e) a SIG Combibloc detém 2/3 do faturamento do 
grupo. 
 
17) Os estudos apontam para o Sul porque: 
a) o clima favorece a produção de embalagens longa 
vida. 
b) está próximo aos demais países que compõem o 
Mercosul. 
c) A Cirio já se encontra estabelecida ali. 
d) nos países do Mercosul já há clientes da Combibloc. 
e) o Sul é uma região desenvolvida e promissora. 
 
18) " ... que detém cerca de 80% dos negócios 
nesse mercado." Das alterações feitas nessa 
passagem do texto, a que não mantém o sentido 
original é: 
a) a qual detém cerca de 80% dos negócios em tal 
mercado. 
b) que possui perto de 80% dos negócios nesse 
mercado. 
c) que detém aproximadamente 80% dos negócios 
em tais mercados. 
d) a qual possui aproximadamente 80% dos negócios 
nesse mercado. 
e) a qual detém perto de 80% dos negócios nesse 
mercado. 
 
19) " ... e apontam para o Sul do país ... " O trecho 
destacado só não pode ser entendido, no texto, 
como: 
a) e indicam o Sul do pai 
b) e recomendam o Sul do país 
c) e incluem o Sul do país 
d) e aconselham o Sul do país 
e) e sugerem o Sul do país 
 
 
Português - Prof. JocelenePág. 02
 
PORTUGUÊS 
 
 
Prova de Soldado/Fadesp 
Está chegando perto 
"Ando cansada de espreitar da janela de 
meu carro para ver se o carro vizinho me 
aponta a metralhadora ou se é apenas um 
conhecido me cumprimentando" 
Lya Luft 
 
Houve um tempo em que o sonho da maioria 
das pessoas era morar numa casa em rua calma e 
arborizada. Hoje queremos edifício em rua 
movimentada e... sorte em relação à violência, que 
chega cada dia mais perto. Na minha infância (leia-se 
década de 40), a primeira violência de que tive notícia 
foi o assassinato de um motorista de táxi. Táxi, 
chamado então, se não me engano, de carro de praça, 
era raramente usado. Os motoristas eram pois 
personagens conhecidos da gente. Aquelefoi enforcado 
por bandidos, depois colocado no porta-malas do seu 
carro e levado pela cidade enquanto eles iam para a 
"zona" – lugar obscuro para uma criança de então, que 
os adultos evitavam explicar criando mais confusão –, 
bares e outros. Muitas noites insones passei, 
apavorada, no escuro, imaginando aquele defunto 
ambulante. Alguém comentou que ele tinha grandes 
olhos azuis e risada alegre. Aquele morto no seu porta-
malas povoou muitas noites insones da criança que fui, 
ele e eu de olhos arregalados no escuro. Hoje, notícias 
de violência fazem parte do cotidiano de meus netos e 
netas, por mais sossegada e protegida que seja a sua 
vida. Mesmo numa cidade não tão grande nem perigosa 
como Rio e São Paulo, jornal, noticiosos de TV e rua de 
bairro são cenário de assalto, medo e morte. E nem nos 
ocorre deixar que essas crianças façam o que seus pais 
faziam nesse mesmo bairro: andar de bicicleta na 
calçada, jogar futebol em terreno baldio, brincar na rua, 
ir a pé para a escola, pegar ônibus para ir ao centro. 
 Homens bem vestidos, metralhadoras 
modernas e granadas de mão invadem condomínios 
aparentemente seguros. Temos de um lado os 
marginais, de outro os chiques: o terror cada vez mais 
perto. Onde as autoridades redescobrem seu poder e 
sua função, essas organizações começam a ser 
desmanteladas, mas é um trabalho duro e complexo. 
 Se tivesse recursos (escrever livro não dá para 
tais luxos), eu colocaria segurança na porta de cada uma 
das pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua 
algo que possa atrair bandidos. E, se tivesse filhos 
solteiros, faria o que nunca fiz quando os tinha em casa: 
só dormiria quando todos estivessem salvos debaixo do 
nosso teto. O morto no escuro do porta-malas talvez 
nem me assustasse se eu fosse criança hoje. Vivemos a 
banalização da morte absurda. Neste país a cada 
semana morrem várias dezenas de civis inocentes e 
policiais corajosos. Aqui se morre mais do que na 
Guerra do Iraque, tantos jovens são assassinados que 
em breve seremos um país de velhos. 
 Estou cansada do medo generalizado que vai 
disseminando uma generalizada tristeza. Cansada de 
espreitar da janela do meu carro para ver se do carro 
vizinho me apontam a metralhadora ou se é apenas um 
conhecido me cumprimentando. Cansada de não saber 
se o menino pedinte tem na mão uma navalha, se o 
carro atrás do meu não vai me fechar ali adiante, se... 
se... se... Não vivo em pânico, apesar do que escrevo 
aqui. Não sou particularmente covarde. Nem 
singularmente ousada. Sou uma mulher comum que já 
viveu bastante, viu bastante, mas nada que de longe se 
pareça com o que hoje experimentamos, nas cidades 
grandes e pequenas: a violência cada vez mais perto. 
 A bela ideia de colocar 700 cruzes na Praia de 
Copacabana simbolizando os mortos por violência no 
Rio em apenas alguns dias devia ser repetida por todo o 
país. Em praias, praças, ruas, parques. Lá estariam, 
vigilantes, as vítimas dessas mortes tão evitáveis, a nos 
alertar de que, com vontade real de acabar com essa 
guerra civil, o terror sem remédio terá remédio. 
Educação, emprego, aconselhamento familiar, controle 
muito maior das drogas, leis mais severas, polícia mais 
valorizada, autoridade firme e corajosa, determinação 
de todos e menos palavrório. 
 Ou logo nos crescerão orelhas e rabos: com 
focinho trêmulo e olhinhos assustados, seremos ratos 
apavorados disparando pelas ruas, entrando 
sorrateiramente nos edifícios e casas, espiando o 
mundo através de grades e olhos mágicos, organizando 
nossos lares como minishoppings dos quais só se sai por 
obrigação: com comida pré-pronta, diversão 
cibernética, amizades idem, e lá fora uma trágica 
paisagem de cruzes. 
http://veja.abril.com.br/280307/ponto_de_vista.shtml 
 
01. Segundo Lya Luft, a violência 
(A) faz parte da vida de todos os brasileiros, mesmo 
daqueles que levam uma vida sossegada e protegida. 
(B) pode ser mantida longe, se as pessoas puderem se 
refugiar em condomínios seguros, protegidos por 
seguranças armados. 
(C) está cada vez mais perto das cidades onde as 
autoridades redescobrem seu poder e sua função, 
combatendo as organizações criminosas. 
(D) ainda está longe das cidades menores, onde 
crianças podem andar de bicicleta na calçada, jogar 
futebol em terreno baldio, brincar na rua, ir a pé para a 
escola, pegar ônibus para ir ao centro. 
 
Português - Prof. JocelenePág. 03
 
PORTUGUÊS 
- LEI 5.810/94 
 
 
 
02. Embora declare não ser particularmente covarde, 
Lya Luft tem medo da “guerra civil” instalada no Brasil. 
Essa ideia só não aparece no enunciado 
(A) “...se tivesse filhos solteiros, faria o que nunca fiz 
quando os tinha em casa: só dormiria quando todos 
estivessem salvos debaixo do nosso teto”. 
(B) “Se tivesse recursos (escrever livro não dá para tais 
luxos), eu colocaria segurança na porta de cada uma das 
pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua 
algo que possa atrair bandidos”. 
(C) “Educação, emprego, aconselhamento familiar, 
controle muito maior das drogas, leis mais severas, 
polícia mais valorizada, autoridade firme e corajosa, 
determinação de todos e menos palavrório”. 
(D) “Estou cansada do medo generalizado que vai 
disseminando uma generalizada tristeza. Cansada de 
espreitar da janela do meu carro para ver se do carro 
vizinho me apontam a metralhadora ou se é apenas um 
conhecido me cumprimentando”. 
 
03. Apesar da tristeza e do desânimo, a autora 
(A) acredita que a violência pode ser combatida e 
aponta soluções para isso. 
(B) propõe que casas e edifícios reforcem a segurança 
com grades e seguranças armados. 
(C) defende a ideia de que o homem, para se afastar do 
terror, precisa voltar a morar em cidades menores, de 
ruas calmas e arborizadas. 
(D) julga possível viver com mais tranquilidade, desde 
que os cidadãos organizem suas vidas para não 
precisarem sair de suas casas a não ser por obrigação. 
 
04. Na passagem “entrando sorrateiramente nos 
edifícios e casas, espiando o mundo através de grades e 
olhos mágicos, organizando nossos lares como 
minishoppings dos quais só se sai por obrigação: com 
comida pré-pronta, diversão cibernética, amizades 
idem, e lá fora uma trágica paisagem de cruzes”, a 
autora descreve um tipo de vida caracterizado, 
principalmente, pelo(a) 
(A) isolamento e pelo medo. 
(B) acomodação e pelo conforto. 
(C) conciliação e pela segregação. 
(D) sociabilidade e pela comodidade. 
 
05. Em “... autoridade firme e corajosa, determinação 
de todos e menos palavrório”, Lya Luft reconhece que 
tem havido, em relação às medidas contra a violência, 
muito(a) 
(A) oratória e muita eficiência. 
(B) prolixidade e muita ação concreta. 
(C) palavreado inútil e pouca ação efetiva. 
(D) retórica produtiva e providências esparsas. 
06. O texto de Lya Luft é uma crônica. Sobre esse 
gênero textual, só não se pode dizer que 
(A) contém ironia e humor. 
(B) é um registro de acontecimentos do cotidiano. 
(C) o autor escreve como se estivesse dialogando com o 
leitor. 
(D) o autor interpreta e analisa dados da realidade por 
meio de conceitos abstratos. 
 
07.No trecho “E, se tivesse filhos solteiros, faria o que 
nunca fiz quando os tinha em casa: só dormiria quando 
todos estivessem salvos debaixo do nosso teto”, o 
futuro do pretérito foi utilizado para indicar um(a) 
(A) fato já consumado. 
(B) ação anterior a outra já passada. 
(C) fato incerto, duvidoso ou impossível de se realizar. 
(D) ação que poderá se realizar, agora ou no futuro, 
dependendo de certa condição. 
 
08. Quanto às regras de ortografia e acentuação gráfica, 
é incorreto afirmar que, em 
(A) “lugar obscuro para uma criança de então”, a 
palavra “obscuro” tem três sílabas. 
(B) “com focinho trêmulo e olhinhos assustados”, há 
um dígrafo na palavra “trêmulo”. 
(C) “Aquele morto no seu porta-malas povoou muitas 
noites”, há um hiato na palavra “povoou”. 
(D) “espiando o mundo através de grades”, a palavra 
“através” é acentuada porser oxítona terminada em 
“e”. 
 
09. No enunciado “Hoje queremos edifício em rua 
movimentada”, existe um 
(A) objeto direto. (C) agente da passiva. 
(B) objeto indireto. (D) predicativo do sujeito. 
 
10. Em “Homens bem vestidos, metralhadoras 
modernas e granadas de mão invadem condomínios 
aparentemente seguros”, o sujeito é 
(A) oculto. (C) composto. 
(B) simples. (D) indeterminado. 
 
11. Quanto à semântica das palavras, não está correto 
afirmar que 
(A) “adivinhar” é sinônimo de “espreitar” em “Cansada 
de espreitar da janela do meu carro...”. 
(B) “desocupado” conserva o mesmo sentido de 
“baldio” em “... jogar futebol em terreno baldio...”. 
(C) “ignorado” poderia substituir “obscuro” em “... para 
a ‘zona’ – lugar obscuro para uma criança de então...”. 
(D) “zelosas” tem o mesmo sentido de “vigilantes” em 
“Lá estariam, vigilantes, as vítimas dessas mortes tão 
evitáveis...”. 
Português - Prof. JocelenePág. 04
 
PORTUGUÊS 
 
 
12. Há uma palavra formada por derivação 
parassintética no enunciado 
(A) “Vivemos a banalização da morte absurda”. 
(B) “... seremos ratos apavorados disparando pelas 
ruas...”. 
(C) “Lá estariam, vigilantes, as vítimas dessas mortes tão 
evitáveis...”. 
(D) “... autoridade firme e corajosa, determinação de 
todos e menos palavrório”. 
 
13. No enunciado “enquanto eles iam para a ‘zona’ – 
lugar obscuro para uma criança de então”, a expressão 
em destaque poderia ser substituída, sem prejuízo de 
sentido, por 
(A) “em tal caso”. (C) “daquele tempo”. 
(B) “desse gênero”. (D) “nessa situação”. 
 
14. Há uma sequência predominantemente descritiva 
no seguinte fragmento de texto: 
(A) “Na minha infância (leia-se década de 40), a 
primeira violência de que tive notícia foi o assassinato 
de um motorista de táxi”. 
(B) “Não vivo em pânico, apesar do que escrevo aqui. 
Não sou particularmente covarde. Nem singularmente 
ousada. Sou uma mulher comum que já viveu bastante, 
viu bastante...”. 
(C) “Se tivesse recursos (escrever livro não dá para tais 
luxos), eu colocaria segurança na porta de cada uma das 
pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua 
algo que possa atrair bandidos”. 
(D) “Neste país a cada semana morrem várias dezenas 
de civis inocentes e policiais corajosos. Aqui se morre 
mais do que na Guerra do Iraque, tantos jovens são 
assassinados que em breve seremos um país de velhos”. 
 
15. Em relação ao emprego da crase, é incorreto 
afirmar que, em 
(A) “por mais sossegada e protegida que seja a sua 
vida”, não há crase por causa do pronome possessivo. 
(B) “ir a pé para a escola, pegar ônibus para ir ao 
centro”, não há crase na locução “a pé” porque “pé” é 
uma palavra masculina. 
(C) “...essas organizações começam a ser 
desmanteladas”, não há crase porque o verbo que 
segue a preposição está no infinitivo. 
(D) “edifício em rua movimentada e... sorte em relação 
à violência”, a crase assinala a fusão da preposição “a”, 
exigida por “relação”, com o artigo “a” que acompanha 
“violência”. 
 
 
 
 
Prova de oficial/ Fadesp 
 
Educação e violência televisiva 
 Nos EUA, programas de TV convenientes às crianças já 
podem ser selecionados automaticamente. Na França, 
cada programa é aberto com uma tarja verde (livre), 
laranja (atenção!) ou vermelha (não recomendado). 
Embora o sistema apareça na tela em menos de cinco 
segundos, pesquisa comprovou que 80% dos 
telespectadores sabem o que significam as tarjas. No 
Brasil, apenas a TV Globo adverte, por áudio, que o 
programa é recomendável a crianças a partir de 
determinada idade. 
 Cientistas e educadores constatam que muitas 
crianças não têm condições de diferençar a ficção da 
realidade. Afinal, quem de nós não acreditou em Papai 
Noel ou na existência da Branca de Neve? Certas cenas 
de filmes suscitam angústia nos telespectadores 
infantis, levando-os ao estresse precoce (insônia, 
diarréia, pavor etc.). 
 A UNESCO pretende desenvolver um programa 
de educação para a imagem, a ter início com os 
desenhos animados. Fala-se, hoje, em "inteligência 
televisual" das crianças. Daí a importância de conexões 
entre escola e TV. No Brasil as crianças passam, em 
média/dia, 4 horas na escola e 4h30min diante da TV! 
 Há escolas brasileiras que começam a dar os 
primeiros passos na educação para a imagem. Os alunos 
gravam em vídeo os anúncios e, depois, repassam na 
classe e debatem. Esse recurso ajuda a desenvolver um 
distanciamento crítico frente à publicidade. Minha 
geração educou-se, nos anos 50 em Belo Horizonte, em 
cineclubes. Os debates que se seguiam à exibição dos 
filmes favoreciam a nossa educação artística e política. 
Porém, falar em consciência crítica nessa onda de 
globalização que assola o Planeta é quase um palavrão. 
Prejudica os interesses de quem se empenha em 
formar, não cidadãos, mas consumidores. 
 Nossa geração tinha referências altruístas: 
Jesus, Maria, São Francisco e, mais tarde, Gandhi, 
Luther King, Che Guevara etc. Éramos educados no 
idealismo, no sonho de mudar o mundo e fazer todas as 
pessoas felizes. Os paradigmas atuais são quase todos 
egocêntricos, violentos ou excessivamente erotizados: o 
exterminador do futuro, Rambo/Schwarzenegger, 
tartarugas Ninja, moças do Tchan etc. 
 A educação resulta da confluência de ações da 
família, da religião, da escola e da mídia. Seu papel é 
interiorizar valores, padrões e normas de 
comportamento, e a ótica pela qual se encara a 
realidade, a vida, a história. Ocorre que, hoje, com a 
mercantilização crescente da mídia, mais interessada 
em entretenimento que em cultura (vide os programas 
Português - Prof. JocelenePág. 05
 
PORTUGUÊS 
- LEI 5.810/94 
 
 
 
dominicais na TV, que levam ao paroxismo a 
imbecilização), o interesse em transformar as crianças 
em consumidoras precoces se sobrepõe ao empenho 
em incutir-lhes ética, amor ao próximo, cidadania e 
valores espirituais. O resultado são seres humanos 
agressivos, inseguros quanto às suas referências, 
medrosos diante do futuro e dependentes – da família, 
da droga ou de amizades que são cúmplices em veredas 
obscuras... 
 É bom relembrar o caso dos rapazes que, há 
tempos, em Brasília, acenderam a pira de nossos 
preconceitos e queimaram um índio pataxó. Vale a 
pergunta: o que ouviam, em casa, seus pais 
comentarem sobre índios, mendigos, negros e 
desocupados? Acredito que o modo como a família se 
refere aos demais segmentos da sociedade influi 
decisivamente na ótica que os filhos têm de seus 
semelhantes. Se uma patroa trata sua empregada 
doméstica como se fosse uma escrava, não deveria ficar 
surpresa se sua família demonstra nojo frente a pessoas 
subalternas e tem vergonha de fazer trabalhos 
domésticos, como lavar, varrer etc. Os pais são sempre 
modelos para uma criança. 
 É verdade que a TV é, hoje, uma máquina de 
incentivo à violência. Porém, não descarreguemos sobre 
ela toda a culpa por nossas omissões. Uma boa 
educação familiar reduz o impacto que ela pode ter 
sobre as crianças. Pesquisa recente revela que, por ano, 
uma criança assiste, na TV, cerca de 18 mil assassinatos 
(telejornais, filmes e desenhos). Se os pais nunca 
debatem com os filhos o conteúdo dos programas, é 
possível que eles se tornem mais vulneráveis. Contudo, 
quem reage coletivamente a programa de TV? Quem 
escreve para os patrocinadores dos programas 
antiéticos? Quem deixa de comprar os seus produtos? 
 Muitas vezes a falta de uma educação melhor 
dos mais jovens tem como causa principal a omissão 
dos adultos. Passivos, tornamo-nos cúmplices de tudo o 
que condenamos nessa cultura hedonista e violenta. Só 
a consciência de cidadania, a defesa dos direitos 
humanos e uma efetiva participação na vida social 
podem nos salvar de um futuro menos bárbaro. 
 *Frei Betto é escritor e teólogo. 
Artigo divulgado no site Mídia da Paz 
(http://www.midiadapaz.org) e originalmente publicado 
em www.hypertexto.com.br.Com base no texto, assinale a única alternativa que 
completa corretamente as questões de 01 a 15. 
 
01. Da leitura do texto, pode-se concluir que, para Frei 
Betto, 
(A) a televisão é a única responsável pela incitação à 
violência. 
(B) cabe à família e à escola lutar contra os efeitos 
nocivos da televisão. 
(C) é absolutamente desnecessário implementar a 
censura televisiva no Brasil. 
(D) os programas televisivos estabelecem paradigmas 
confiáveis para a educação infantil. 
 
 
02. Frei Betto considera difícil desenvolver o senso 
crítico nas novas gerações, porque a 
(A) TV exibe cerca de 18 mil assassinatos por ano. 
(B) globalização impõe modelos únicos de 
comportamento e pensamento. 
(C) escola se recusa a fornecer valores altruístas, 
padrões e normas de comportamento. 
(D) mercantilização crescente da mídia deixa de lado o 
entretenimento, em favor da erotização. 
 
 
03. Frei Betto, entre outras coisas, 
(A) critica um sistema que transforma as crianças em 
consumidoras precoces. 
(B) defende a importância da televisão como 
instrumento de educação artística e política. 
(C) constata que no Brasil a maioria das crianças segue a 
contento um programa de educação para a imagem. 
(D) mostra os resultados de pesquisas que 
responsabilizam os meios de comunicação pelo alto 
índice de criminalidade. 
 
04. O que mais surpreende, quanto ao papel da 
televisão no Brasil, é o fato de 
(A) os programas dominicais levarem ao paroxismo a 
imbecilização. 
(B) as crianças passarem mais tempo diante da TV do 
que na escola. 
(C) certas cenas de filmes suscitarem angústia nos 
telespectadores infantis e adultos. 
(D) os espectadores serem advertidos quanto aos 
programas com cenas de violência e sexo. 
 
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05. Releia a seguinte passagem do texto: 
“Se os pais nunca debatem com os filhos o conteúdo 
dos programas, é possível que eles se tornem mais 
vulneráveis.” 
 
O enunciado implícito que poderia dar continuidade a 
esse trecho, sem interferir na coerência do texto, é 
 
(A) à omissão dos adultos. 
(B) a telejornais, filmes e desenhos. 
(C) à efetiva participação na vida social. 
(D) aos efeitos negativos da violência televisiva. 
 
06. O único enunciado em que não há referência à 
responsabilidade dos adultos na formação das crianças 
é: 
(A) “Porém, não descarreguemos sobre ela toda a culpa 
por nossas omissões”. 
(B) “Passivos, tornamo-nos cúmplices de tudo o que 
condenamos nessa cultura hedonista e violenta”. 
(C) “Cientistas e educadores constatam que muitas 
crianças não têm condições de diferençar a ficção da 
realidade”. 
(D) “Vale a pergunta: o que ouviam, em casa, seus pais 
comentarem sobre índios, mendigos, negros e 
desocupados?”. 
 
07. Com relação à estrutura e à organização textual, 
pode-se afirmar que, no texto “Educação e violência 
televisiva”, predomina a intenção de 
(A) informar o leitor. 
(B) defender um ponto de vista, uma opinião. 
(C) referir características de pessoas, objetos e 
situações. 
(D) relatar fatos e acontecimentos sequenciados 
cronologicamente. 
 
08. No que se refere às relações de retomada de 
sentido, não é correto afirmar que, em 
(A) “Seu papel é interiorizar valores, padrões e normas 
de comportamentos...”, o pronome “seu” retoma 
“educação”. 
(B) “... da família, da droga ou de amizades que são 
cúmplices em veredas obscuras...”, a palavra “que” 
retoma “amizades”. 
(C) “...não deveria ficar surpresa se sua família 
demonstra nojo frente a pessoas subalternas...”, o 
pronome “sua” retoma “empregada doméstica”. 
(D) “Certas cenas de filmes suscitam angústia nos 
telespectadores infantis, levando-os ao estresse 
precoce...”, o pronome “os” retoma “telespectadores 
infantis”. 
 
09. Quanto às regras de ortografia e acentuação gráfica, 
não é correto afirmar que 
(A) as palavras “suscitam” e “crianças” apresentam 
dígrafos. 
(B) há ocorrência de hiato em “confluência”, 
“conteúdo” e “reage”. 
(C) a palavra “recomendável” é acentuada porque é 
proparoxítona. 
(D) “artística”, “cúmplices” e “domésticos” são 
acentuadas em razão da mesma regra. 
 
 
10. Em relação ao uso dos sinais de pontuação, é 
correto afirmar que, em 
(A) “Fala-se, hoje, em ‘inteligência televisual’ das 
crianças”, as aspas simples indicam citação. 
(B) “levando-os ao estresse precoce (insônia, diarreia, 
pavor etc.)”, os parênteses introduzem uma explicação. 
(C) “... dependentes – da família, da droga ou de 
amizades que são cúmplices em veredas obscuras...”, o 
travessão indica mudança de interlocutor. 
(D) “Minha geração educou-se, nos anos 50 em Belo 
Horizonte, em cineclubes”, as vírgulas separam o 
aposto. 
 
 
11. Há um desvio em relação às recomendações da 
gramática normativa no enunciado 
(A) “É verdade que a TV é, hoje, uma máquina de 
incentivo à violência”. 
(B) “Há escolas brasileiras que começam a dar os 
primeiros passos na educação para a imagem”. 
(C) “Passivos, tornamo-nos cúmplices de tudo o que 
condenamos nessa cultura hedonista e violenta”. 
(D) “Pesquisa recente revela que, por ano, uma criança 
assiste, na TV, cerca de 18 mil assassinatos...”. 
 
 
12. Para o autor do texto, vivemos em uma cultura 
“hedonista”. Isso significa dizer que se trata de uma 
cultura em que as pessoas 
(A) desrespeitam a ética e os princípios morais. 
(B) empenham-se na busca da cidadania e de valores 
espirituais. 
(C) dedicam-se à busca do prazer e procuram evitar o 
sofrimento. 
(D) valorizam a consciência crítica e abominam a 
mercantilização. 
 
 
 
 
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13. Quanto às noções de sintaxe, é correto afirmar que, 
em 
(A) “Embora o sistema apareça na tela em menos de 
cinco segundos...”, o verbo “aparecer” é intransitivo. 
(B) “Certas cenas de filmes suscitam angústia nos 
telespectadores infantis...”, o verbo “suscitar” é apenas 
transitivo direto. 
(C) “... tornamo-nos cúmplices de tudo o que 
condenamos nessa cultura hedonista e violenta”, há um 
desvio de regência verbal. 
(D) “Acredito que o modo como a família se refere aos 
demais segmentos da sociedade influi decisivamente na 
ótica que os filhos têm de seus semelhantes”, há três 
orações. 
 
14. No enunciado “Embora o sistema apareça na tela 
em menos de cinco segundos, pesquisa comprovou que 
80% dos telespectadores sabem o que significam as 
tarjas”, o elemento coesivo sublinhado 
(A) introduz uma explicação. 
(B) expressa uma concessão. 
(C) assinala uma relação de adição. 
(D) estabelece uma relação de conclusão. 
 
15. No que concerne à morfologia, é correto afirmar 
que 
(A) as palavras “antiético”, “inseguro”, “preconceito” 
são formadas por derivação parassintética. 
(B) a palavra “quem”, no trecho “Quem deixa de 
comprar os seus produtos?”, é um pronome indefinido. 
(C) há uma conjunção comparativa no fragmento de 
texto “Acredito que o modo como a família se refere...”. 
(D) o verbo “descarregar”, no trecho “Porém, não 
descarreguemos sobre ela toda a culpa”, está no 
imperativo negativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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