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Glicólise e Metabolismo anaeróbio Temos os tipos de Glut e cada tipo temos em locais diferentes do corpo. Glut2 (que ta no pâncreas, fígado, rim etc) tem baixa afinidade a glicose, então precisa ter muita glicose pra ela pegar a glicose e jogar a glicose pra dentro, pq como tem baixa atividade, precisa ter muita glicose pra glut2 começar a funcionar. Com o glut3 isso já não ocorre pq ele tem alta afinidade (e ta no neurônio) então com um pouquinho de glicose ela já coloca pra dentro do neurônio. Em situações de hipoglicemia, continua entrando glicose no neurônio, pq se não o cara apaga ne, então sempre tem que ta entrando glicose la, portanto, precisa ter alta afinidade. E ai quando não usa glicose usa outras coisas, outras macromoléculas. Glicose no meio intracelular A primeira via metabólica que a glicose vai entrar quando entrar dentro da célula é a glicólise (ou via glicolítica). A glicose vai sofrer diversas transformações até virar piruvato. Entra 6 C na glicose e sai 3 C no piruvato, então para cada molécula de glicose temos 2 moléculas de piruvato. Entra uma molécula com 6 C, sofre algumas reações e ganha dois fosfato. Depois sofre uma lise, uma quebra, e formam duas moléculas com 3 C e um fosfato cada. Depois add um fosfato em cada uma dessas duas moléculas e ai faço a ultima etapa da via glicolítica, em que eu retiro o fosfato e aproveito a energia que tava contida nas reações químicas, formei o ATP, e ai libero duas moléculas com 3 C sem fosfato, mas cada uma dessas duas moléculas deu origem a dois ATPs, tendo como resultado 4 ATPs mas um saldo final de 2 ATPs. Entra uma molécula de glicose, e ai essa molécula de glicose ganha um fosfato que veio do ATP. Ai como resultado temos uma molécula de glicose 6 fosfato e ADP. 1) Glicose 2) Piruvato 3) Citoplasma 4) ATP para ADP + H (enzima hexoquinase, Fosfofrutoquinase 1) e 2 ADP + 2H para 2 ATP (enzima piruvato quinase). Só temos 3 reações irreversíveis nessa via. 5) 2 6) 4 7) 2 8) NAD 9) Reduzida A via glicolítica tem como função oxidar a glicose. Não consegue oxidar a glicose toda, mas consegue oxidar de forma parcial pq se fosse oxidar completamente produziria CO2. Metabolismo da glicose ou via glicolítica ou glicólise A via glicolítica vai de glicose ate piruvato. Depois o piruvato pode ir para o ciclo de Krebs (fosforilação oxidativa) ou para a fermentação. A fermentação pode ser de vários tipos, mas as mais relevantes são a alcoolica e a lática. A glicólise pode ser dividida em duas etapas de maneira didática 1ª Etapa (fase preparatória): a etapa em que se tem o depósito de ATP, to colocando, inserindo ATP, isso pq eu to pegando o fosfato dele. Colocando dois fosfatos nessa molécula 2ª Etapa: é a fase de pagamento, em que eu recebo ATP e NADH também, fico com a coenzima reduzida – pra conseguir produzir atp eu precisei reduzir essas coenzimas também. VAMO LA Glicose recebe um ATP, virou glicose 6 fosfato (reação irreversível catalisada pela enzima hexoquinase em que coloca um fosfato na glicose e o ATP vira ADP, fosforilação da glicose, deixando ela mais polar, e ela é irreversível pq se a glicose continuar sem o fosfato ela sai fácil da célula pelo glut, dessa forma, com o fosfato, eu prendo a glicose dentro da célula). Ai depois ela vira frutose 6 fosfato, ganha outro atp e vira frutose 1, 6 bifosfato, que é quebrada e forma duas moléculas (gliceraldeído 3P e di hidroxiacetona P). A di hidroxiacetona é transformada em gliceraldeiro. Na segunda etapa, começa com dois gliceraldeído, que vai tendo muitas transformações ate ter o piruvato. Com isso temos 4 ATPs mas como usei 2 o meu saldo final é só de 2 ATP. A glicólise tem como função começar a quebrar a molécula de glicose, só que nessa quebra inicial eu já consigo formar ATP – essa glicólise é ate o piruvato. E ai o piruvato tem dois destinos, um deles é entrar na mitocôndria e la ele sofre uma série de reações associadas com o oxigênio que vão resultar em ATP – reação que é chamada de fosforilação oxidativa, só porque precisa de oxigênio recebe esse nome. Na glicólise não tem a entrada de oxigênio hora nenhuma, e ai a reação já é chamada de fosforilação em nível de substrato (glicólise anaeróbica). A fosforilação oxidativa ocorre na mitocôndria (que não é o tema de hoje da aula), hoje é só a fosforilação não oxidativa e o outro destino do piruvato. Na mitocôndria, o NADH entra dentro da mitocôndria e é oxidado la dentro. Mas o piruvato tem um outro caminho. As coenzimas vêm das vitaminas da dieta. Dentro das células, as coenzimas sempre serão substancias limitantes, pq existe uma quantidade limite de coenzimas dentro das células, então sempre serão o limitante. Na presença de oxigênio, os carbonos da glicose (isso na mitocôndria) viram CO2, que são eliminados pela respiração. O piruvato ou vai pro ciclo de Krebs (e ai é a via com presença de oxigênio – fosforilação oxidativa) ou vai pra fermentação (que é quando não ta com oxigênio, processo anaeróbio), que pode ser alcoolica ou lática, isso para que o NADH produzido na via glicolítica seja oxidado para se ter NAD+, já que esse último é o limitante dentro da célula, portanto, sempre precisa ter. O NAD precisa ta na forma oxidada para ele ta na reação da glicólise, então eu sempre preciso transformar o NADH em NAD+, o reduzido em oxidado. Pode utilizar o oxigênio para fazer isso e em situações de anaerobiose é na fermentação lática (ou alcoolica mas que não é o caso dos seres humanos). Quando eu não tenho oxigênio, o piruvato vira lactato (em animais e alguns microorganismos) ou vira etanol (em leveduras), e pode virar outras coisas também em outros organismos, mas as que importa é isso que eu disse mesmo. O que determina se ele vai virar lactato ou etanol é o conjunto de enzimas que estão ali disponíveis e mais a quantidade de oxigênio. A que interessa é a que vira lactato. Junto com o piruvato, formamos atp e NADH reduzido, que é o nosso fator limitante (pq na celula precisa ser o oxidado, o NAD+, que se não tiver, para a via glicolítica). Ai formou o piruvato que vira lactato ne, o piruvato ganha hidrogênio e os elétrons vao juntos. Então o NADH joga os elétrons no piruvato e junto com os elétrons vai o H, oxidando o NADH e tendo NAD+. Esse lactato vai sair das células, portanto, o lactato é a molécula que vai receber os elétrons que foram retirados do processo de oxidação da glicose e ta no NADH, que vai virar NAD+. O rendimento energético de uma glicose em uma hemácia é baixo, pq como ela faz fermentação, não produz o ATP dentro das mitocôndrias, só os 2 até o piruvato. As outras células fazem a fosforilação oxidativa e produzem outrooos ATPs. Então a hemácia precisa ter glut1 que tem alta afinidade por glicose, pq se fosse baixa morria tudo ne pq ela sempre ta precisando de glicose já que o rendimento energético dela é baixo. Então hipoglicemia danifica as hemácias também. A glicólise anaeróbia é chamada de fermentação, no nosso caso, fermentação lática porque produzimos lactato. A pessoa que faz muita atividade física fica doendo porque produziu muito lactato, mas chamamos erroneamente de ácido lático. Não pode ser ácido pq ta na corrente sanguínea que tem pH básico e não ácido pq precisaria ter um pH menor que 3,8. O exercício físico é tão rápido que não da tempo de chegar oxigênio na célula muscular, ai ela faz glicólise anaeróbica já que ta demandando muita energia. E ai ela meio que vai fazendo as duas. E ai o que o corpo faz com o lactato? Vamos ver isso em Setembro, but o corpo faz gliconeogênese com esse lactato, ou seja, aproveita esse lactato pra fazer mais glicose. Misericordia gente. Depois que a glicose entra na celula e sofre a ação da hexoguinase, não é sempre que ela vai entrar na via glicolítica, depende de diversos fatores pra saber pra onde ela vai. O piruvato dentro dos adipócitos pode ir pra glicóliseaeróbica la ou ele pode pegar o piruvato e transformar ele em gordura. Nos músculos o piruvato vai pra glicólise oxidativa, fosforilação oxidativa ou vai pra anaeróbica com produção de glicogênio, ou então pode fazer glicogênio. O hepatócito parece que pode fazer tudo, sei la, olhar a via glicolítica no slide depois. Ele pode fazer quase tudo com a glicose que entra nele, até glicose de novo. As 3 enzimas la das reações irreversíveis, são os 3 pontos de regulação da via glicolítica, que irão ativar ou desativar ela, serão nesses pontos. Alguns autores chamam essas enzimas de enzimas marca passo. A ativação ou inativação vai depender do tecido e do momento metabólico. Passos de regulação da glicólise Essa regulação pode ocorrer nas 3 enzimas ali acima, portanto, na primeira, terceira e última reação. • PRIMEIRA REAÇÃO Hexoquinase: vai ta no musculo, adiposito e em qualquer outra celula que não seja tecido hepático e no pâncreas (tecidos extra hepáticos), pq la temos outra enzima que tem a mesma função mas tem cinética diferente (afinidade pela glicose) e é chamada de glicoquinase. A Hexoquinase tem maior afinidade a glicose pq tem um Km menor, Km menor afinidade enzimática maior. Km é uma constante da molécula la, e se ele for menor, significa que eu preciso de menos substrato para que uma enzima trabalhe na sua atividade máxima AAAAAAA. Portanto, se eu tiver em uma concentração de glicose baixa no sangue, a hexocinase ta no máximo de atividade aproveitando toda a glicose que entra transformando ela em glicose 6 fosfato. Já a glicoquinase tem o máximo de atividade enzimática em situações de hiperglicemia. O fígado tem varias funções, dentre elas produzir glicose, portanto, não faz sentido o fígado ter a hexocinase que vai trancar, deixar a glicose la dentro em situações de baixa glicemia, então ele precisa liberar ela pra fora, por isso que a glicocinase tem alto Km. Entao a via de glicose do fígado só ta ativada no pos prandial. Já no pâncreas (ele não produz glicose ne) mas ele produz insulina. Então se essa hexocinase segurasse glicose, levaria a alta produção de ATP e eu iria liberar insulina o tempo todo, então isso tem que funcionar só quando ta em hiperglicemia. A glicose 6 fosfato inibe a hexoquinase, feedback negativo. Isso porque se eu continuar tendo muita glicose, o excesso de glicose 6 fosfato impede a hexoquinase de funcionar, portanto, a glicose não é transformada, não será processada pela hexoquinase, essa glicose vai sobrar la na célula e vai sair dela, podendo cair no sangue e pode cair no fígado e virar gordura. • TERCEIRA REAÇÃO Aqui é a segunda etapa de inibição da via, que é catalisada pela fosfofrutoquinase 1. Essa etapa é a que tem o maior poder de controle da via glicolítica. Ela é inibida por níveis elevados de ATP. Quando a célula já tem muito ATP, não precisa mais produzir pela via glicolítica (ta em riqueza energética) ai o ATP vem nessa enzima e inibe ela quando ele ta em grande quantidade. O citrato é uma outra molécula que também representa riqueza energética e que consegue inibir essa enzima também. O contrário de riqueza energética é a pobreza energética, quando tem pouco ATP, e ai nesse caso temos uma molécula chamada de AMP que aumenta sua quantidade ali na célula e esse AMP consegue ativar essa fosfofrutoquinase 1. O álcool inibe a gliconeogênese (formação de glicose), por isso que quando alguém vai pro hospital toma glicose na veia. • ÚLTIMA REAÇÃO Aqui tem a enzima piruvato quinase hepática é inibida quando eu tenho glucagon. Então a glicólise no tecido hepático esta inibida em situações de hipoglicemia que é quando eu tenho glucagon. Isso pq o fígado em hipoglicemia libera, produz glicose, então não faria sentido ele usar glicose e ficaria um ciclo improdutivo. O principal substrato energético do fígado é lipídio, então ta tudo certo.
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