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GLICÓLISE ANAERÓBIA - principal enzima: hexoquinase → GLICOSE - fontes: → exógena (dieta) → endógena - necessidade diária: 160 g - cérebro: 150 g → GLUT-3 (proteína transmembrana transportadora - internalização da glicose) → glicólise anaeróbia - via opcional → considerando a produção hepática (fonte endógena) - outros tecidos e tipos celulares: 40 g → eritrócitos - GLUT-1 glicólise anaeróbia é fundamental (obrigatória) para sua funcionalidade (hemácias maduras não possuem mitocôndrias - sem metabolismo dependente de oxigênio) → tecidos embrionários → testículos → medula renal A presença física de glicose estimula a liberação de insulina pelas céls beta- pancreáticas - hormônio crucial para internalização do açúcar obs. os GLUT podem ser dependentes da insulina ou não (nesse último caso: internalização do açúcar por gradiente de concentração - ajuste conformacional → ex. GLUT-3, GLUT- 1, GLUT-2) é de extrema importância o GLUT-3 não depender da insulina, haja vista a necessidade de um grande aporte energético para a atividade cerebral esse mecanismo de internalização da glicose independente da insulina antecede a liberação desta (por não depender dela e ocorrer justamente pelo gradiente - diferenças - de concentração) FÍGADO - GLUT-2 - independente da ação da insulina - GLUT-2 assegura que o fígado só utilize o açúcar quando este estiver excedente - a glicólise anaeróbia não é a via prevalente, apenas a inicial MÚSCULO ESQUELÉTICO - GLUT-4 - GLUT-4 depende da ação da insulina para a internalização do açúcar NÍVEIS GLICÊMICOS - normal: até 99 mg/dL → 3 mM - 10 mM (milimolar) - pré-diabético: 100 a 125 mg/dL - diabético: igual ou maior a 126 mg/dL Diabetes: dificuldade de internalização do açúcar GLICÓLISE NO ESTADO ALIMENTADO (CIRCUNSTÂNCIA METABÓLICA) AÇÃO DA INSULINA 1. sensibilização do receptor tirosina- quinase → receptor presente no músculo esquelético 2. síntese de GLICOQUINASE (enzima) para captação de glicose pelo fígado (GLUT-2) → glicoquinase é um tipo de hexoquinase → ganha essa denominação no fígado → só é expressa mediante ao excedente de açúcar no sangue (por causa da insulina, que a produz) 3. ativação das enzimas glicolíticas A ativação da glicólise ocorre em todos os tecidos e tipos celulares - via metabólica universal Mas, então, a via glicolítica ou glicólise não é ativada no jejum (quando dormimos ou não nos alimentamos)? SIM! É ativada o tempo todo. Aqui (privação de nutrientes) o corpo vai usar as reservas de açúcar do fígado - para o cérebro e hemácias, por ex., que precisam estar em atividade todo o tempo Quando nos alimentamos e ingerimos glicose, a insulina é liberada - o açúcar fornece energia necessária para as céls beta-pancreáticas liberarem (secretarem) a insulina para o organismo - destaca-se também a importância da mitocôndria nesse processo - glicose → ATP Entrada de glicose na cél pancreática pelo GLUT-2 → glicólise na mitocôndria → liberação de ATP → sensibilização de receptores → ativação de ATPase → liberação da insulina - ou seja, o acúmulo de glicose na corrente sanguínea ativa rotas metabólicas nas céls beta-pancreáticas GLICÓLISE: uma via catabólica - quebra da glicose para gerar energia - via ativada por muitas enzimas - ocorre estritamente no citosol das céls FUNÇÕES - geração rápida de ATP - gerar intermediários para a síntese de outros compostos - regenerar NADH citosólico → coenzima derivada da vitamina niacina - impulsiona o metabolismo mitocondrial - balanço redox e energético favorável 1940 - elucidação completa da via - sistema multienzimático S (substrato) → B → C → D → P (produto final) - B, C e D - intermediários (todos fosforilados) - P: piruvato/ácido pirúvico → ácido orgânico → forma enol e cetônica se alternam na cél → pode apresentar diferentes destinos metabólicos - ex. originar lactato - conversão de energia útil (contida nas ligações) em ATP obs. a estrutura cíclica da glicose (anel pirano) a protege contra possíveis degradação no organismo e favorece o reconhecimento molecular ETAPAS (como a glicose entra na célula) 1. insulina circulante 2. sensibilização do receptor tirosinaquinase (uma proteína transmembrana) - presente na membrana de algumas céls - intermediário para ação da insulina 3. síntese de glicoquinase (GCK) - isoforma/isoenzima de HK, ou seja, possui uma estrutura diferente, mas catalisa a mesma reação química (em tecidos diferentes) - ação exclusiva no fígado - pode catalisar a primeira reação da via, assim como a HK - tudo depende da distribuição dessas enzimas pelas céls 4. ajuste conformacional de GLUT 5. internalização da glicose 6. destinos metabólicos A insulina é uma “barreira” realmente necessária? Não, a internalização do açúcar pode ocorrer sem o estímulo desse hormônio - exemplo: GLUT-2 DIABETES MELLITUS 2 - hiperglicemia no sangue - ausência de glicose em algumas céls (que dependem da insulina para sensibilizar receptores e internalizar o açúcar) → menor quantidade de ATP e de NADH (cofator enzimático) - sem energia ocorre insuficiência RELATIVA da insulina (ciclo) - pode acontecer, com o passar do tempo, que o receptor tirosinaquinase torne-se insensível à insulina → 10 REAÇÕES ENZIMÁTICAS - a primeira reação ocorre logo após a internalização do açúcar - isoenzimas: HEXOQUINASE (HK) - I (amplamente distribuída), II (prevalente no coração) e IV (prevalente no fígado) - cofator: Mg+2 → forma um complexo com ATP - permite a transferência do P para o açúcar (hidroxila do carbono 6) → por meio de um ataque nucleofílico ajuste conformacional induzido (acoplamento HK + glicose - complexo enzima-substrato) → ligações fracas, não- covalentes - permitem a liberação do produto após as modificações necessárias → isso garante que esse açúcar fosforilado permaneça no interior da cél → variação de energia livre negativa - reação espontânea (termodinamicamente irreversível) a energia livre contida nas ligações que organizam a molécula do açúcar (substrato) é maior do que a contida na molécula do produto Glicose - HK, GCK → glicose 6-P → produto imediato: glicose-6-fosfato → metabólito (intermediário) fosforilado → dá continuidade à sequência de reações da glicólise - forma frutose 6- fosfato e posteriormente o piruvato - na maioria dos tecidos, a glicose 6-P é um potente inibidor alostérico da hexoquinase, permitindo ao tecido ajustar o consumo de glicose à sua demanda → a HK tem sua atividade modulada pelo “próprio” produto final Retomada do conceito de Km - para entender por que o fígado só “consome” glicose quando estiver sobrando → ATP é considerado um substrato - se associa à região do sítio catalítico da enzima para ser processado como doador do grupo fosfato → hexocinase apresenta uma maior afinidade à D-glicose - Km menor consequentemente, o Km também permite comparar a velocidade a qual a enzima se associa ao substrato 1ª FASE - INVESTIMENTO DE ENERGIA - ativação da glicose - geração de intermediários fosforilados (por meio do gasto de ATP) - nas 5 primeiras reações enzimáticas - conversão de hexoses em trioses - enzima ALDOLASE (4ª enzima) → frutose 1,6-bifosfato ⇒ gliceraldeído 3- fosfato + diidroxicetona fosfato - 5ª enzima: TRIOSE-FOSFATO ISOMERASE (enzima TIM) → catalisa a conversão de diidroxicetona em gliceraldeído 3-fosfato (GAP) - ou seja, o GAP é produto tanto da aldolase como da TIM obs. todos os intermediários são fosforilados - a glicose não é metabolizada se não for fosforilada a GLICOSE-6-FOSFATO Importante para que as enzimas reconheçam os intermediários subsequentes e para produzir ATP (finalidade da via) 2ª FASE - PRODUÇÃO DE ENERGIA (ATP) - início com DUAS moléculas de GAP (gliceraldeído-3-fosfato) → enzima TIM duplicou esse GAPno citosol das céls - a enzima 6 (GLICERALDEÍDO 3- FOSFATO DESIDROGENASE) depende de fosfato inorgânico e de vitamina niacina (cofator NAD+) para atuar → é uma das etapas limitantes (se faltar NAD+ a via não procede) Etapas 7 e 10 - os substratos são intermediários considerados com alto valor energético (ligações químicas) → ao serem processados pelas enzimas, contribuem para a geração de ATP A partir de GAP, que se encontra duplicado, toda essa segunda fase encontra igualmente duplicada → saldo: 4 ATP e 2 moléculas de ácido pirúvico/piruvato (produto final) Quais os destinos metabólicos do piruvato gerado aqui no citosol? Como nesse caso o metabolismo é anaeróbio, ele vai servir para estimular a fermentação lática (gerar o lactato) → enzima LDH: lactato desidrogenase presente no citosol de todos os tipos celulares → no citosol da hemácia - gera o lactato atua nos diferentes tecidos na forma de isoenzima (catalisando a mesma reação) importante para a continuidade da via glicolítica - recicla NAD+ no citosol → lactato é direcionado ao fígado para metabolização ETAPAS LIMITANTES DA VIA GLICOLÍTICA A coenzima NADH pode bloquear a glicólise? SIM, na sua forma oxidada (que é o cofator da enzima 6) - fase 2 da glicólise é bloqueada Por que uma vida que produz pouco ATP é amplamente utilizada? - alguns tipos celulares dependem dessa via para a geração rápida de ATP - hemácias, córnea, cristalino, céls da retina, medula renal - permite as atividades do SNC - astrócito/neurônio - permite a obtenção de ATP com baixo suprimento de O2 → músculo esquelético - tipos de fibras: resistentes à fadiga glicolítica rápida - necessita de uma condição de anaerobiose mais intensa ⇒ fermentação lática → via adaptativa/facultativa (quando nessas condições), pq também existem mitocôndrias nas céls → aumento LDH → aumento CPK (creatina fosfoquinase) - ajuda no suprimento de ATP; é a única dessas enzimas que não faz parte da via glicolítica → aumento PFK (fosfofrutoquinase - 3ª enzima da via glicolítica) raras, elevada capacidade oxidativa Glicólise no citosol - saldo líquido de 2 ATP (das 10 reações enzimáticas) e produção de lactato 1ª fase - gasto de 2 ATP 2ª fase - produção de 4 ATP (pela duplicação do GAP) Restrição de glicose em trauma crânio- encefálico → para evitar: acúmulo de lactato, acúmulo de EROS e morte celular - controle metabólico interno - lactato tem translocadores específicos para os neurônios - lactato é convertido em piruvato (pela LDH) → ácido pirúvico que estimula a produção de energia na mitocôndria Músculo esquelético - resistente à fadiga; glicolítica rápida; raras, elevada capacidade oxidativa FONTES DE ATP PARA O MÚSCULO - hidrólise ATP - creatina fosfato - atende a uma demanda rápida - metabolismo anaeróbio - metabolismo aeróbio CPK - fosfocreatina quinase não é glicolítica LDH - lactato desidrogenase PFK - fosfofrutoquinase Importância da glicólise no câncer: via glicolítica rápida anaeróbia → alta demanda por ATP (nos tipos céls que já apresentam descontrole no ciclo celular e que requerem alta quantidade de açúcar para a proliferação celular)
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