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Apostila 7º ano

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(
7º ANO
)
“Acredito que os filósofos voam como as águias e não como pássaros pretos. É bem verdade que as águias, por serem raras, oferecem pouca chance de serem vistas e muito menos de serem ouvidas, e os pássaros pretos, que voam em bando, param em todos os cantos enchendo o céu de gritos e rumores, tirando o sossego do mundo”. 
 (Galileu Galilei)
Fonte: odineifilosofando.blogspot.com
	
Apresentação
Caro aluno:
	
Em algum momento você já deve ter se perguntado por que tem que estudar filosofia, se isso não irá acrescentar nada de bom em sua vida, mas o objetivo de estudar filosofia é de ter uma consciência mais crítica. Estar buscando o sentido da vida, analisando os diferentes olhares sobre uma questão. Para quem estuda, filosofia é estar buscando uma reflexão, fazendo uma análise crítica sobre toda a realidade que está a sua volta. 
Aprender Filosofia é aprender a olhar o mundo e os fatos com mais atenção e mais responsabilidade, procurando analisar os seus porquês. 
É também, analisar o comportamento da sociedade com mais abrangência, procurando compreender as diferentes atitudes das pessoas e dos grupos, para poder intervir no momento certo e de forma acertada, para alcançar os seus objetivos.
Devemos sempre ter curiosidade, questionando, fazendo uma análise imparcial dos fatos e incentivando a criatividade a cada instante, desenvolvendo-nos intelectual e emocionalmente.
Espero que, com essa apostila, você possa compreender como a filosofia é importante em nossas vidas...
Professor Afrânio
Sumário
Unidade 1- Mito e filosofia..............................................................................................07
Atividade..................................................................................................................................56 Unidade 2 - O nascimento da filosofia.......................................................................09 Atividade..................................................................................................................................57 Unidade 3 - Mitos.................................................................................................................12
Atividade..................................................................................................................................57
Unidade 4 - A origem do mundo...................................................................................19
Atividade..................................................................................................................................58
Unidade 5 - Consciência....................................................................................................23
Atividade..................................................................................................................................58
Unidade 6 - As forças que nos comandam................................................................26
Atividade..................................................................................................................................59 Unidade 7 - Superioridade...............................................................................................29
Atividade..................................................................................................................................59
Unidade 8 - Agressividade e convívio.........................................................................32
Atividade..................................................................................................................................60
Unidade 9 - Equilíbrio.......................................................................................................34
Atividade..................................................................................................................................60
Unidade 10 - Dinheiro X felicidade.............................................................................37
Atividade..................................................................................................................................61
Unidade 11- Sentir vergonha Parte I..........................................................................40
Atividade..................................................................................................................................62
Unidade 12 - Sentir vergonha Parte II.......................................................................42
Atividade..................................................................................................................................62
Unidade 13 - Altruísmo X Egoísmo.............................................................................44
Atividade..................................................................................................................................63
Unidade 14 - Cultura...........................................................................................................47
Atividade..................................................................................................................................64
Unidade 15 - Serenidade....................................................................................................49
Atividade..................................................................................................................................65
Unidade 16 - Harmonia......................................................................................................51
Atividade..................................................................................................................................65
Unidade 17- O fim do mundo..........................................................................................48
Atividade..................................................................................................................................66
Referências bibliográficas.............................................................................................67
Anexos....................................................................................................................................69
A cobra e o vaga lume............................................................................................................70 
O preguiçoso...........................................................................................................................71
A lição da caveira....................................................................................................................71
Era glacial / porcos-espinhos..............................................................................................72
Primavera.................................................................................................................................73
Unidade 1 - Mito e filosofia
Fonte: anthero1socialista.blogspot.com
	Um mito é uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico, profundamente relacionado com uma dada cultura e/ou religião. O mito procura explicar os principais acontecimentos da vida, os fenômenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis (todas elas são criaturas sobrenaturais). Pode-se dizer que o mito é uma primeira tentativa de explicar a realidade. Apesar de tentar isso, ela não é feita com a preocupação de ser realidade fática. 
	Ela não precisa de comprovação. Filosofia trata de entender os fatos, buscando a verdade. É um constante questionamento dos conhecimentos adquiridos para ver até onde é o que sabemos é o certo.
	A explicação mítica é contrária à explicação filosófica. A Filosofia procura, através de discussões, reflexões e argumentos, saber e explicar a realidade com razão elógica enquanto que o mito não explica racionalmente a realidade, procura interpretá-la a partir de lendas e de histórias sagradas, não tendo quaisquer argumentos para suportar a sua interpretação.
Condições históricas para o surgimento da Filosofia!
	Podemos apontar como principais condições históricas do surgimento da filosofia na Grécia: 
	• As viagens marítimas – que permitiram aos gregos descobrir que os locais que os mitos diziam habitados por deuses, titãs e heróis eram, na verdade, habitados por outros seres humanos; e que as regiões dos mares que os mitos diziam habitadas por monstros e seres fabulosos não possuíam nem monstros nem seres fabulosos. As viagens produziram o desencantamento ou a desmistificação do mundo, que passou, assim, a exigir uma explicação sobre sua origem, explicação que o mito já não podia oferecer; 
	• A invenção do calendário – que é uma forma de calcular o tempo segundo as estações do ano, as horas do dia, os fatos importantes que se repetem, revelando, com isso, uma capacidade de abstração nova, ou uma percepção do tempo como algo natural e não como um poder divino incompreensível; 
	• A invenção da moeda – que permitiu uma forma de troca que não se realiza através das coisas concretas ou dos objetos concretos trocados por semelhança, mas uma troca abstrata, uma troca feita pelo cálculo do valor semelhante das coisas diferentes, revelando, portanto, uma nova capacidade de abstração e de generalização; 
	• O surgimento da vida urbana – com predomínio do comércio e do artesanato, dando desenvolvimento a técnicas de fabricação e de troca, e diminuindo o prestígio das famílias da aristocracia proprietárias de terras, por quem e para quem os mitos foram criados; 
	• A invenção da escrita alfabética – que, como a do calendário e a da moeda, revela o crescimento da capacidade de abstração e de generalização, uma vez que a escrita alfabética ou fonética, diferentemente de outras escritas – como, por exemplo, os hieróglifos dos egípcios ou os ideogramas dos chineses –, supõe que não se represente uma imagem da coisa que está sendo dita, mas a idéia dela, o que dela se pensa e se transcreve;
	• A invenção da política – que introduz três aspectos novos e decisivos para o nascimento da filosofia: 
1. A idéia da lei como expressão da vontade de uma coletividade humana que decide por si mesma, o que é melhor para si e como ela definirá suas relações internas. 
2. O surgimento de um espaço público que faz aparecer um novo tipo de palavra ou de discurso, diferente daquele que era proferido pelo mito.
3. A política estimula um pensamento e um discurso que não procuram ser formulados por seitas secretas dos iniciados em mistérios sagrados, mas que procuram, ao contrário, serem públicos, ensinados, transmitidos, comunicados e discutidos
Unidade 2 - O nascimento da filosofia
 
Fonte: guiadacarreira.com.br
	A filosofia, ao nascer, teve definida a sua busca: uma explicação racional sobre a origem e ordem do mundo, o kósmos (cosmos). Por tal motivo os primórdios da filosofia grega são considerados de caráter cosmológico. Os primeiros filósofos se ocuparam principalmente de indagações a respeito do mundo ao seu redor, que também envolviam a percepção do lugar do homem nele. Essa busca trouxe à luz uma divergência entre a ciência e o senso comum.
	
	Conforme Reale (1993), antes do nascimento da filosofia os educadores dos gregos foram os poetas, principalmente Homero. Nos poemas homéricos, estes buscaram alimento espiritual e extraíram “modelos de vida, matéria de reflexão, estímulo à fantasia e, portanto todos os elementos essenciais à própria educação e formação espiritual”. Neste sentido: Pode-se dizer que, para o homem homérico e para o homem grego filho da tradição homérica, tudo é divino, no sentido de que tudo o que acontece é obra dos deuses. Todos os fenômenos naturais são promovidos por numes: os trovões e os raios são lançados por Zeus do alto do Olimpo, as ondas do mar são levantadas pelo tridente de Posseidon, o sol é carregado pelo áureo carro de Apolo, e assim por diante (REALE, 1993, p. 21)
	
	Até então, o homem tinha como herança cultural a crença de que tudo – desde as quatro estações até a morte - era relacionado a um deus ou um mito. Surge então uma nova mentalidade, que passa a substituir as antigas construções mitológicas pela forma intelectual, expressa por meio de especulação livre sobre a natureza do mundo e as finalidades da vida. Neste espírito houve o desenvolvimento da matemática, da ciência e da filosofia. O primeiro a levantar essas questões foi Tales de Mileto. 
	
	A grandeza desses primeiros filósofos está no fato, não de com eles ter começado a filosofia, mas por terem “formulado questões, problemas e condições da ciência e da filosofia, que permanecem significativas até hoje” (OLIVA; GUERREIRO, 2000, p.10).
 (
Ninfas
Fonte: 
caminhospagao.blogspot.com
 
Centauro
 
 
Fonte: 
grupos.emagister.com
 
Medusa
 
 
 
 
 
Fonte:shockbooks.blogspot.
)Entendendo a Mitologia Grega.  
	Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. 	
	Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. 
	A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. 
	Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.
Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram:
Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou Hércules e Aquiles.
Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo. 
Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo : Medusa
Quimeras : mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas. 
 
Deuses gregos
	De acordo com os gregos, os deuses habitavam o topo do monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. 	
 (
 Zeus
 
 Fonte: 
gijda.zip.net
 
)	Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos. Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis. 
Conheça os principais deuses gregos: 
Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu
Afrodite - deusa do amor e da beleza
Poseidon - deus dos mares 
Hades - deus dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo
Hera - deusa dos casamentos e da maternidade
Apolo - deus da luz e das obras de artes
Artemis - deusa da caça
Ares - divindade da guerra
Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas
Hermes - divindade que representava o comércio e as comunicações
Hefestos - divindade do fogo e do trabalho
 Atena AdesFonte: mundorpgmaker.com Fonte: flogao.com.br
 (
Fonte: 
mitosgregos2b.blogspot.com
)Unidade 3 - Mitos
· Prometeu e Epimeteu
 
	Conta Protágoras que, ao criar os seres viventes, os deuses do Olimpo encarregaram Epimeteu e Prometeu de repartir os dons naturais. Epimeteu propôs a seu irmão encarregar-se dessa tarefa deixando-lhe a função de comprovar depois que tudo funcionava bem. Prometeu concordou. 
	Então, Epimeteu empenhou-se em distribuir as faculdades de modo a que existisse um equilíbrio entre os seres vivos, dando a um a força, a outro a velocidade, a outro uma couraça protetora, etc. 
	Porém, pouco avisado, ao chegar ao homem verificou que já nada havia para repartir de modo que o deixou nu e indefeso. Prometeu, ao verificar o desastre que o seu irmão tinha cometido, idealizou uma solução: foi ao céu e roubou o fogo e outras técnicas para dar aos homens, o que enfureceu os deuses e lhe valeu um terrível castigo: ser atado a um penhasco no Cáucaso, sendo o seu fígado devorado todos os dias por uma águia (regenerando-se todas as noites) até que, ao fim de trinta mil anos, foi libertado por Hércules. 
· A caixa de Pandora
 
Fonte: acxdepandora.blogspot.com
	Hefesto fez uma mulher belíssima chamada Pandora e a apresentou a Zeus . Zeus, admirado com a obra de Hefesto, despachou Pandora para a Terra, mas antes lhe deu uma grande e belíssima caixa de marfim ornamentada fechada e também lhe deu a chave, dizendo-lhe: “Quando você se casar, ofereça esta caixa como dote ao seu marido, mas a caixa só pode ser aberta após seu casamento”.
	Em pouco tempo, Pandora conheceu Epimeteu, irmão mais novo de Prometeu e logo se casaram. Epimeteu viajava constantemente e, certa vez, ficou muito tempo longe de casa. Pandora sentia-se só e triste. Lembrou-se da caixa e foi até o canto onde estava guardada e passou a examiná-la curiosamente. Enquanto observava os lindos detalhes e adornos externos, Pandora pareceu ouvir pequenas vozes gritando lá de dentro e dizendo: 	“Deixe-nos sair! Deixe-nos sair... ”Pandora não podia esperar mais. Foi correndo buscar a chave e imediatamente abriu a tampa da caixa. 
	Para sua grande surpresa centenas de pequeninas e monstruosas criaturas, parecendo terríveis insetos, saíram voando lá de dentro, com um zumbido assustador. Logo a nuvem desses insetos cobriu o sol, e o dia ficou escuro e cinzento. Apavorada, Pandora fechou a caixa e sentou-se sobre a tampa.
	Ela estava tendo toda a espécie de sentimentos e pensamentos sombrios e odiosos que nunca tivera antes. Sentiu raiva de si mesma por ter aberto a caixa. 
	Sentiu uma grande onda de ciúme de Epimeteu. Sentiu-se raivosa e irritada. Percebeu que estava doente de corpo e de alma. Súbito pareceu-lhe ouvir outra voz gritando de dentro da caixa: “Liberte-me! Deixe-me sair daqui!”. 
	Pandora respondeu rispidamente: “Nunca! Você não sairá! Já fiz tolice demais em abrir essa caixa!” Mas a voz prosseguiu de dentro da caixa: “Deixe-me sair, Pandora! Só eu posso ajudá-la!” Pandora hesitou, mas a voz era tão doce, e ela se sentia tão só e desesperada, que resolveu abrir a caixa. De lá de dentro saiu uma pequena fada, com asinhas verdes e luminosas que clarearam um pouco aquele quarto escuro, aliviando a atmosfera que se tornara pesada e opressiva. “Eu sou a esperança”, disse a fada. 
	E prosseguiu: “Você fez uma coisa terrível, Pandora! Libertou todos os males do mundo: egoísmo, crueldade, inveja, ciúme, ódio, intriga, ambição, desespero, tristeza, violência e todas as outras coisas que causam miséria e infelicidade. Zeus prendeu todos esses males nessa caixa e deu a você e a seu marido. 
	Ele sabia que você iria, um dia, abrir essa caixa. Essa é a vingança de Zeus contra Prometeu e todos os homens, por terem roubado o fogo dos deuses! Chorando copiosamente, Pandora disse: “Que coisa terrível eu fiz! Como poderemos pegar todos esses males e prendê-los novamente na caixa?”“ Você nunca poderá fazer isso Pandora!”Respondeu tristemente a fada da Esperança. “Eles já estão todos espalhados pelo mundo e não podem mais ser presos!” “Mas há algo que pode ser feito: Zeus enviou-me também, junto com esses males, para dar esperança aos sofredores, e eu estarei sempre com eles, para lembrar-lhes que seu sofrimento é passageiro e que sempre haverá um novo amanhã !”
· O Minotauro 
		É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha de Creta. 
 (
 Fonte: 
ahistoriadamitologia.blogspot.com
)	Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos tentaram matar o minotauro, porém acabavam se perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro. Certo dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta seu filho, Teseu, que deveria matar o minotauro. Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um novelo de lã e uma espada. O herói entrou no labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o caminho percorrido.
· Mito de Narciso 
 
Fonte: folklusitania.heavenforum.org
	Narciso era filho do deus-rio Cephisus e da ninfa Liriope, e era um jovem de extrema beleza. 	Porém, a despeito da cobiça que despertava nas ninfas e donzelas, Narciso preferia viver só. 
	 Narciso debruçou sobre a fonte para banhar-se e viu, surpreso, uma bela figura que o olhava de dentro da fonte.Com certeza é algum espírito das águas que habita esta fonte. E como é belo! Disse. Apaixonou-se pelo aspecto saudável e pela beleza daquele ser que retribuía o seu olhar. 
	Não podia mais se conter. Baixou o rosto para beijar o ser, e enfiou os braços na fonte para abraçá-lo. Porém, ao contato de seus braços com a água da fonte Narciso ficou por dias a admirar sua própria imagem na fonte, esquecido de alimento e de água... Assim o jovem morreu. 
Prepararam uma pira funerária e teriam cremado seu corpo se o tivessem encontrado. 
	No lugar onde faleceu encontraram apenas uma flor roxa, rodeada de folhas brancas. E, em memória do jovem Narciso, aquela flor passou a ser conhecida pelo seu nome. 
	Podemos refletir sobre as pessoas narcisistas, já que essas pessoas vivem como se olhassem num espelho: não conseguem ver o mundo e assim, o interpretam em função de seus próprios valores desconhecendo assim, as diferenças. 
· O mito de Aracne
 
 Fonte: deusadafofoca.blogspot.com
	Aracne era a melhor tecelã da região da Lídia e sua arte era tal que as pessoas diziam que sua mestra havia sido Palas Atena, a deusa da sabedoria. Mas Aracne não gostava desta história e, certa vez, disse a todos:
	— Não aprendi minha arte com a deusa e como prova disso convido-a a competir comigo, caso ela vença, aceitarei qualquer punição.
	A deusa não gostou e disfarçou-se de uma velhinha para aproximar-se de Aracne, puxou conversa e disse que a mortal deveria demonstrar humildade com os deuses e pedir perdão a Atena. Aracne chamou a velhinha de louca e disse-lhe que se Atena quisesse dizer-lhe algo, o convite já havia sido feito. 	Furiosa, a deusa da sabedoria teve sua paciência esgotada, retirou o disfarce e disse a Aracne que a competiçãopara ver quem tecia o tapete mais belo deveria começar imediatamente. Ambas colocaram-se a tecer.
	Atena teceu no seu tapete a imagem do penhasco da acrópole de Atenas, lugar que ela conquistou após uma luta com Posídon, deus dos mares, teceu também a luta entre ela, armada de escudo e lança, que quando tocou a terra, deu origem à oliveira na terra infértil, com Posídon, retratado empunhando seu tridente. 
	Além de desenhar sua vitória, Atena colocou em cada um dos quatro cantos do tapete, imagens que simbolizavam a arrogância humana: Hemo e Ródope que chamavam-se de Zeus e Hera e foram transformados em montanhas; a mãe dos pigmeus transformada em garça; Antígona com serpentes na cabeça que não paravam de mordê-la, já que ela comparara-se a Hera, e depois transformada em cegonha; Cíniras chorando por suas orgulhosas filhas.
	Já Aracne, desonrara Zeus no seu tapete: desenhou-o transformado em touro, águia, cisne, sátiro, fogo e chuva de ouro. Quando Atena viu o tapete de Aracne, golpeou-a com um ódio terrível e a perfurou três vezes na testa com a agulha de tecer; além disso, Atena fez os cabelos, o nariz e os ouvidos de Aracne desaparecerem, fez seu corpo diminuir bastante de tamanho e condenou-a a praticar sua antiga arte eternamente, tecendo fios como uma aranha. Segundo do mito, eis Aracne: origem dos aracnídeos.
· O mito de Perseu
	O rei Acrísio consultou um oráculo quando seu neto nasceu, ouvindo a previsão de que seria morto e destronado pelo próprio neto, resolveu colocá-lo junto com a mãe em uma caixa, dentro de uma embarcação, para que esta levasse os dois para bem longe. Protegida por Zeus, pai da criança, de nome Perseu, a embarcação chegou à ilha de Serifo, onde foi encontrada pelo príncipe da cidade, que casou-se com a mãe de Perseu, Dânae. 
 
Fonte: linguadope.blogspot.com
	Crescido, Perseu teve autorização de seu padrasto para aventurar-se pelo mundo, em gratidão, Perseu prometeu-lhe trazer a cabeça de uma das três górgonas como presente. Conduzido pelos deuses, Perseu passou pela morada das grisalhas, seres de um só olho e uma só dente e que conseguiam usá-los, apenas, alternadamente. Perseu roubou-lhes os olhos e dentes, dizendo que só devolveria se elas dissessem onde moravam as ninfas. A chantagem deu certo e foi para lá que Perseu se dirigiu.
	Com as ninfas, criaturas conhecidas por ajudar pretendes a heróis, Perseu conseguiu sapatos alados, uma bolsa e um capacete que o tornava invisível; ademais, Hermes o presenteou com uma foice de bronze e, armado, viajou pelo Oceano até a morada das górgonas. Lá, ajudado pela deusa Atena, escolheu a górgona imortal, conhecida como Medusa, para golpear. Arrancou-lhe a cabeça e colocou-a na bolsa sem olhá-la nos olhos para que ele não fosse transformado em pedra.
	Fugindo das irmãs da Medusa, Perseu voou sobre o deserto da Líbia, as gostas de sangue que caiam da cabeça da Medusa transformaram-se em serpentes ao tocarem o chão e, até hoje, esta região tem muitas cobras. Cansado, pediu abrigo ao rei Atlas para descansar, mas foi mal recebido e desrespeitado, além disso, o rei expulsou Perseu. Este, enfurecido, transformou seu reino em pedra ao apontar a cabeça da Medusa em todas as direções.
	Continuando a viagem, Perseu avistou uma mortal acorrentada em uma pedra à beira da praia. Conversando com ela, Perseu ouviu que ela estava ali porque os deuses puniram sua família e que o reino de Cefeu só não seria inundado se a princesa fosse colocada em sacrifício a um monstro marinho. Perseu aguardou, então, que a maré subisse e derrotou o monstro, salvando a princesa Andrômeda e a pedindo em casamento.
	A família de Andrômeda ficou maravilhada com o feito de Perseu, que se casou com Andrômeda após derrotar um antigo pretendente dela. Morando agora nas terras de um rei estrangeiro, Perseu participou de uma competição esportiva e, na prova de arremesso de discos, fazendo um lançamento desastroso, acertou seu avô sem saber que ele estava ali. Assim, cumpriu-se a previsão oracular.
· Mito de Édipo 
 Fonte: paideuma.net
	Laio, Rei de Tebas e marido de Jocasta, vivia amargurado por não ter filhos, pelo que, decidiu consultar o Oráculo, tendo-lhe, este, advertido que filho que gerasse havia de o assassinar. Apesar das advertências, Jocasta engravida e Laio, quando o bebê nasceu, ordenou a um servo que o pendurasse pelos pés numa árvore, para que este morresse. Daí o nome Édipo (que significa pés inchados).
	
	O servo de Laio, desrespeitando as ordens, acabou por colocar a criança num cesto e jogou-a ao rio, acabando este, por ser resgatado por um rei duma terra distante, que o elegeu como seu filho. Este, já homem, também consultou o Oráculo, o qual o aconselhou a evitar a sua pátria, pois iria ser o assassino de seu pai e marido de sua mãe. Desconhecendo as suas origens e pensando-se filho de Pôlibo e Mérope, reis de Corinto, Édipo decidiu partir rumo a Tebas.
	
	Durante o seu percurso, e no meio de uma encruzilhada, deparou-se com um velho com o qual manteve uma acérrima discussão acabando por matá-lo. Chegado a Tebas decifrou o enigma da Esfinge (monstro com cabeça de mulher e corpo de leão), que impossibilitava a entrada na cidade, e como nunca ninguém o havia decifrado, a Esfinge jogou-se ao mar, tendo Édipo libertado a cidade da sua maldição. 	
	Creonte, irmão de Jocasta, havia prometido a mão desta a quem libertasse a cidade da Esfinge, ganhando assim, Édipo, o direito a casar com Jocasta, agora viúva.
	Casaram, Édipo foi proclamado Rei e tiveram dois filhos e duas filhas, reinando sem grandes dificuldades, até ao dia em que se instala a peste na cidade e Édipo decide consultar o Oráculo, que lhe refere que a peste cessaria quando fosse expulso o assassino de Laio. 	
	
	Édipo dispôs-se a encontrá-lo, mas quando se apercebeu que ele próprio fora o assassino de Laio, seu pai, e o esposo de sua mãe, e vendo que apesar de fugir contra a profecia esta acabou por se realizar, arrancou os olhos e deixou a sua pátria.
· O enigma da Esfinge 
 Fonte: brasilescola.com
	A Esfinge foi um importante tema mitológico nas antigas civilizações do Egito e da Mesopotâmia. Possuía cabeça de mulher, corpo de leão e asas de águia. Conta uma lenda grega que essa figura monstruosa, enviada por Hades ou Hera, invadiu Tebas destruindo os campos e afugentando os moradores. A criatura propôs a se retirar do local se alguém conseguisse decifrar o seu enigma, porém aquele que não o decifrasse seria devorado – decifra-me ou devoro-te! 
	Seu Enigma era: "Que animal caminha com quatro pés pela manhã, dois ao meio-dia e três à tarde e é mais fraco quando tem mais pernas?" Édipo, filho do rei de Tebas e assassino inconsciente de seu próprio pai, solucionou o mistério, respondendo: "o homem, pois ele engatinha quando pequeno, anda com as duas pernas quando é adulto e usa bengala na velhice." Ao ver seu enigma solucionado a Esfinge suicidou-se, lançando-se num abismo, e Édipo, como prêmio, recebeu o Reino de Tebas e a mão da rainha enviuvada, sua própria mãe.
Unidade 4 - A origem do mundo
 Fonte: espiritualismo.hostmach.com.br
	No começo, era o nada. Então alguém resolveu contar a origem de tudo. E assim nasceu a tentativa do homem de explicar a origem do Universo. 
	As civilizações mais antigas já tinham essa questão existencial. E as religiões, preocupadas em dar respostas a seus fiéis, não poderiam deixar de formular suas respostas. “Como surgiu tudo? Como é a origem do planeta, das coisas, do homem? Essas são as primeiras perguntas que o homem faz asi mesmo. 
	Sejam indígenas, africanas, orientais, grandes ou pequenas, novas ou antigas, todas as religiões terão respostas para isso”, diz o teólogo da PUC-SP, Rafael Rodrigues, especialista no Antigo Testamento, que começa com a narrativa do livro do Gênese.
· Mesopotâmia. 
	Os povos mesopotâmicos, em especial sumérios e babilônios, desenvolveram uma cosmogonia completa que se preservou em textos como o Poema de Gilgamesh e o Enuma elish, com mitos consolidados durante o terceiro e o segundo milênios antes da era cristã. Entre esses povos representava-se o início da criação como um processo de procriação: os deuses teriam sido os elementos naturais que formaram o universo, muitas vezes por meio de lutas contra forças desagregadoras.
	Os babilônios, numa epopéia sobre a criação, glorificavam a vitória de Marduk, o único deus bastante forte para derrotar o dragão Tiamat, personificação do caos e das águas do mar. 
	Em linhas gerais, a mitologia mesopotâmica apresentava como princípio do mundo Abzu e Tiamat, elementos masculino e feminino das águas, origens do universo celeste e terrestre. Tiamat produziu o céu, de que nasceu Ea (o conhecimento mágico), que engendrou Marduk. Este derrotou os outros deuses e dividiu o corpo de Tiamat, separando assim o céu da Terra e, com o sangue de um monstro derrotado, produziu o primeiro homem. 
· (
Fonte:
 
excursaodoconhecimento.wordpress.com
)A Bíblia. 
	Base religiosa de judeus e cristãos, em diferentes cânones, os textos bíblicos, segundo um consenso da atualidade, devem ser interpretados predominantemente como alegorias, que variam conforme os autores que os escreveram.
	O Gênesis, primeiro livro do Antigo Testamento, descreve a origem do mundo e do homem com linguagem e imagens semelhantes às dos relatos mesopotâmicos. 
	O primeiro capítulo diz: "No princípio, Deus criou o céu e a terra. Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o abismo, um vento de Deus pairava sobre as águas. Deus disse: 'Haja luz' e houve luz. Deus viu que a luz era boa, e Deus separou a luz e as trevas. Deus chamou a luz 'dia' e as trevas 'noite'. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia. (...) Deus disse: 'Fervilhem as águas, um fervilhar de seres vivos e que as aves voem acima da terra, diante do firmamento do céu' e assim se fez. (...) Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, homem e mulher ele os criou." 
	
	O segundo capítulo do Gênesis traz um relato mais antigo sobre a criação: "Então Iavé Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente." 
1º Dia – “Deus criou o Céu e a Terra”
2º Dia – “Deus fez o firmamento e separou umas águas das outras e chamou firmamento de Céu”
3º Dia – Houve a Terra e os Mares
4º Dia – Deus separou os dias e as noites
5º Dia – Surgem peixes e aves
6º Dia – Surgem outros animais. Deus cria o Homem
7º Dia – “Deus descansou”     
· Mito iorubá.
 Fonte: artemutante.blogspot.com
	Olorum criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio das terras. Criou plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que Oxalá criasse o homem.
	Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram rígidos demais. Criou o homem de pedra - era muito frio. Tentou a água, mas o ser não tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo. Fez um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar. Tentou, ainda, o azeite e o vinho sem êxito.
	Triste pelas suas tentativas infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação. Oxalá fala sobre o seu insucesso. Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama. Mergulha novamente e lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de mover os olhos, os braços, as pernas e, então, sopra-l
· O hinduísmo.
 Fonte: almacarioca.net
	A cosmologia do hinduísmo também explica, além da origem do mundo, sua organização social. Segundo os Vedas, 3 divindades são responsáveis pelos ciclos de criação e destruição do Universo: Brahma cria, Vishnu preserva e Shiva o destrói para que o ciclo recomece. Para criar o mundo e os humanos, Brahma fez dois deuses de si: Gayatri e Purusha, o homem cósmico de onde foram feitas todas as coisas. Mas, enquanto alguns homens nasceram da boca de Purusha, e se tornaram sacerdotes, outros nasceram dos pés, e se tornaram os escravos da sociedade indiana.
	O exemplo da sociedade hindu é apenas mais um exemplo de como os mitos sobre a criação do Universo fazem bem mais que resolver questões existenciais ao estabelecer relações de poder e detalhar códigos de conduta. O que faz deles ferramentas importantes para a coesão social, como parte indispensável da cultura e da identidade de um povo.
· Na Grécia.
Fonte: loucurasdarapha.blogspot.com
	Segundo os gregos antigos, o princípio de todas as coisas está associado a um Caos Primordial, num tempo em que a Ordem não tinha sido ainda imposta aos elementos do mundo. Do Caos nasceu Gea (a Terra) e depois Eros (o Amor). Posteriormente, Caos engendrou o Érebo (as trevas infernais), o dia, à noite e o éter. Gea engendrou o céu, as montanhas e o mar. De Gea nasceram também os Deuses, os Titãs, os Gigantes e as Ninfas dos Bosques. Prometeu, filho do titã Jápeto, criou artesanalmente a raça humana – homens e mulheres – moldando-os com argila e água. E então Atena, deusa da sabedoria, ao ver essas criaturas, insuflou em seu interior alma e vida.
Unidade 5 - Consciência 
 Fonte: olimpiadadaeemariamontessori.blogspot.com
	A consciência é a percepção imediata do sujeito daquilo que se passa, dentro ou fora dele.
É talvez uma das maiores fontes de problemas de toda a filosofia, por ser ao mesmo tempo o fato mais básico e também o que traz mais dúvidas quanto ao que na realidade é.
	A consciência pode definir-se como o conhecimento que o Homem possui dos seus próprios pensamentos, sentimentos e atos. Podem-se distinguir dois tipos de consciência, a consciência imediata e a refletida. A consciência imediata ou espontânea caracteriza-se por ser a que remete para a existência do Homem perante si mesmo, no momento em que pensa ou age. A consciência refletida ou secundária é a capacidade do Homem recuar perante os seus pensamentos, julgá-los e analisá-los.
	A consciência possibilita ao Homem pensar o mundo que o rodeia e é nela que estão enraizados o sentimento de existência e o pensamento de morte, por exemplo. A consciência é a essência do ser humano e fonte de conhecimento e de verdade. 
	De acordo com Descartes, e o seu princípio "penso, logo existo", a consciência surge como fundamento e modelo de todo o conhecimento. Através dela sabe-se que se existe e que se é, ou seja, uma coisa pensante, uma alma separada do corpo. 
É verdade que muitas pessoas parecem não ter consciência. São criaturas que agridem, prejudicam outras pessoas, são desonestas, fazem toda sorte de maldades e acham isto natural. São pessoas que endureceram seus sentimentos e embruteceram a consciência, mas elas não são felizes; não conhecem o gostinho bom de ser uma pessoa boa. Não conhecem o contentamento que sentimos sempre que praticamos alguma boa ação, ou quando percebemos que alguém nos valoriza pelo nosso bom caráter e pela forma honesta e pacífica com que vivemos.
Tipos de consciência
· Consciência moral
 
Fonte: blognuto.blogspot.com
	A consciência moral é um juízo da razão pelo qual a pessoa humana reconhece a qualidade moral de um atoconcreto. Cada homem leva em seu coração uma lei. Por isto, com sua inteligência e vontade pode distinguir o bem e o mal, o justo e o injusto, o permitido e o proibido. O homem sabe que um ato concreto é bom ou mau mediante sua consciência moral.
· Consciência ambiental
 
 Fonte: bloglog.globo.com
	Consciência ambiental é a predisposição que um indivíduo tem em saber previamente que alguns problemas podem afetar o meio ambiente, e que estão cientes de ações que possam interferir nesses causando problemas..
· (
 
Fonte
:
 
parabolicadoblum.blogspot.com
)Consciência crítica
	Ter consciência crítica é ser capaz de conhecer a si mesmo criticar seus próprios atos e saber quais os elementos que influenciam no modo de ser. É estar aberto ao novo, tudo evolui de tempo em tempo.
	 Muita gente tem senso crítico, isto é, sabe julgar com precisão as pessoas e as coisas que estão exteriores a si, mas não é capaz de olhar para dentro de si. Ter consciência é saber das “minhas potencialidades” e dos “meus limites”.
· Consciência Social
	A consciência social vai sendo adquirida depois que a pessoa descobre que é sujeito de sua história e passa ter maior interesse pelas coisas da sociedade. Ela deixa de pensar somente nela ou em seu grupo e passa a ver e viver o social. A consciência neste momento é reflexiva, amadurecida e crítica.
	A pessoa percebe que o mundo é uma construção do homem e está sempre passando por transformações. Descobre que tudo se transforma a realidade pessoal, comunitária e social. A construção de um mundo novo, justo e fraterno é missão de todos e não apenas de alguns. 
A consciência pode equivocar-se?
	Sim, a consciência pode equivocar-se se não está bem formada, porque frente a um ato concreto poderia fazer um juízo errôneo contra a razão e a lei divina.
Unidade 6 - As forças que nos comandam
 
 Fonte: escritatrocada.blogspot.com 
Todo gesto nosso, tudo que fazemos, tem por trás um comando... Esse comando pode estar na nossa mente. Se eu apanho caneta e papel para escrever alguma coisa, isso acontece porque a minha mente está gerando esse comando, está mandando que o faça.
Mas nós temos também outros comandos paralelos. 
Esses outros comandos são o instinto e a vontade. 
O instinto é necessário à nossa sobrevivência.
Alguém sabe dar um exemplo do modo como o instinto atua em nossa vida?
Digamos que alguém apanha um livro e jogue em um de vocês? A reação de quem está no alvo do livro é sair da frente para não se machucar, não é isso?
Pois bem, nós temos três opções para explicar essa reação.
Opção 01 - A reação foi gerada pela mente.
Opção 02 - A reação foi gerada pelo instinto.
Opção 03 - A reação foi gerada pela vontade.
A mente pensa nos comanda através do raciocínio, da razão. O instinto nos comanda de forma direta, não passa pelo raciocínio. Imaginem como seria no caso do livro atirado numa pessoa. Se ela começar a refletir sobre o perigo de se machucar, não dá tempo de ela se defender. Quando tiver terminado de pensar, o livro já atingiu o alvo. 
O comando da mente nem sempre é resultado do raciocínio. Nem sempre é preciso que a mente fique pensando para comandar alguma ação. Vejamos um exemplo. 
Quando vocês se levantam pela manhã e se aprontam para vir à escola, não precisam ficar pensando assim: eu vou levantar e me arrumar para ir à escola. Isto se dá porque a mente já sabe disso e não precisa ficar pensando. Entenderam? Já em relação ao instinto, não há pensamento. O instinto é um comando inteligente, mas sem a participação do pensamento, sem raciocínio. 
E qual é a terceira força que nos move? Essa terceira força, a vontade, é como um cavalo xucro, que a mente procura controlar. Quanto ao animal, é o instinto que o controla. Por exemplo, uma gazela pode estar com vontade de comer determinado vegetal que lhe faria mal. Então, é o instinto que a impede de comê-lo. Já com o ser humano é diferente porque sabemos pensar, sabemos raciocinar, escolher o que é bom para nós e desprezar o que não nos serve. O ser humano ainda não está muito evoluído, porque muitas vezes obedece mais à sua vontade do que ao que a mente lhe diz... e olha que a vontade erra muito! Quantas pessoas sabem que deveriam se alimentar de coisas mais saudáveis, mas a vontade é que domina e elas comem de tudo que querem e depois... engordam, ficam com problemas de saúde, até muito graves, mas a mente não consegue controlar a vontade?! Observem como a natureza é sábia. 
No ser humano, que sabe pensar, refletir, que conhece muitas coisas, a inteligência é mais forte que o instinto. Mas, no reino animal, o instinto é mais forte, tanto que comanda tudo nesse reino. E esse comando é tão incrível que nos deixa perplexos.
Vejamos como exemplo a questão das migrações. Como elas funcionam?
Imaginem uma tartaruga botando seus ovos numa praia e deixando-os lá para serem chocados pelo próprio calor do ambiente. Uns dois meses mais tarde, nascem as tartaruguinhas, que correm logo para o mar. Ali, na imensidão do oceano, elas viajam centenas de milhares de quilômetros, crescem e, mais ou menos 30 anos mais tarde, elas voltam ao mesmo lugar onde nasceram, para botar seus próprios ovos. 
Como é que uma tartaruga, que saiu da sua praia assim que nasceu, consegue voltar ao mesmo lugar depois de tantos anos? E olha que no oceano não existem ruas, estradas nem outras coisas para elas se guiarem. É o instinto que as conduz. Mas, voltando ao ser humano, existe em nós outra força, muito grande, trabalhando junto com a mente para nos conduzir. É o coração, ou melhor, são os sentimentos. 
Existem muitas situações nas quais a mente diz uma coisa e o coração diz outra. Esse fato de a cabeça dizer uma coisa e o coração dizer outra cria muitos conflitos em nós. 
Foi o caso da Geovana, uma jovem que estava namorando o Tito há mais de meio ano quando descobriu que ele era ladrão de automóveis. A cabeça dizia a ela que saísse daquele namoro, que aquilo era “uma roubada”, mas o coração não deixava. 
Vamos refletir um pouco sobre esse caso da Geovana?A sua mente lhe dizia que acabasse com o namoro, porque um ladrão não tinha os valores morais necessários para constituir uma família e educar os filhos. Além disso, um dia ele seria preso, e ela se tornaria mulher de um presidiário. A cabeça de Geovana lhe deu uma orientação segura e certa. Mas ela escolheu obedecer ao sentimento, e aí tudo se complicou. 
A coitada ficou com o Tito, casou-se com ele, teve dois filhos. Um dia, Tito foi apanhando pela polícia e acabou na prisão.
Vamos refletir assim: a cabeça fica acima do coração. É ela que deve mandar em nós porque pode refletir, pode analisar e escolher com mais acerto. Mas é importante também ouvir o coração. 
Digamos que alguém nos pede ajuda. Cabe à cabeça analisar a situação para perceber se a pessoa que está pedindo ajuda não é apenas uma aproveitadora. Se a cabeça entender que essa pessoa está realmente necessitada e que podemos ajudá-la sem que isto nos cause dificuldades, então devemos obedecer ao coração. Para tudo é necessário haver equilíbrio. É preciso ter bom senso e também amor. 
O bom senso ajuda a não “entrarmos numa fria”, e o amor nos leva a ser pessoas fraternas e solidárias. Isto é fundamental em nossa evolução, porque o amor é a mais importante das leis cósmicas. Mas existem situações em que não conseguimos ter certeza do que seria o melhor. Muitas vezes estamos nervosos, irritados, com raiva ou ansiosos, e assim fica difícil pensar com equilíbrio. 
Nesses casos é importante relaxar e desenvolver umestado de espírito tranquilo. Vimos, então, que o comando da mente acontece quando a ação é pensada ou mesmo feita de forma automática, como quando estamos com sede e vamos beber água. 
Quando agimos ou reagimos de forma instintiva, é o instinto que nos comanda. 
Quanto a essa terceira força, a vontade, é muito importante que ela seja controlada pela mente. Mas o ser humano ainda não está muito evoluído, porque muitas vezes obedece mais à sua vontade do que ao que a mente ou a razão lhe diz. 
Vimos igualmente como é importante usar sempre a cabeça, num raciocínio equilibrado, mas também ouvir o coração. Mas para isso é importante estar relaxado e em harmonia interior, a fim de poder encontrar as melhores respostas, ou soluções.
Unidade 7- Superioridade 
 
 Fonte: exadventistas.blogspot.com
Existem dois tipos de superioridade: um é efêmero, porque vem e passa; o outro é duradouro, é verdadeiro, porque faz parte da própria natureza da pessoa. 
A superioridade efêmera é aquela que alguém adquire ou conquista, quando, por exemplo, passa a ter uma posição de chefia no trabalho, um cargo político, ou mesmo quando passa a ser “o cara” como vocês gostam de dizer. 
Mas esse tipo de superioridade não é real porque um dia se acaba. Já a superioridade verdadeira reflete o próprio interior da pessoa, os valores que ela já conquistou. 
Vamos dar um exemplo. Amadeu e Fernando eram dois amigos que se conheciam desde crianças. Estudaram nas mesmas escolas, formaram-se na mesma universidade. 
Alguns anos mais tarde, tornaram-se gerentes na mesma empresa. 
No setor que Amadeu gerenciava, todos os seus subordinados o admiravam e gostavam muito dele, pela maneira como sabia lidar com eles; era um chefe que exigia dedicação e eficiência por parte dos seus subordinados, mas tratava-os com respeito e com fraternidade. 
Certa vez um deles, o Tadeu, sofreu um acidente de moto e ficou muito tempo hospitalizado. Amadeu ia sempre visitá-lo e, um dia, quando o encontrou muito aflito porque o filho mais novo estava doente, prontificou-se a ajudar. 
Levou o bebê ao médico e comprou os remédios que foram receitados, pois sabia que Tadeu estava sem dinheiro.
Amadeu era assim, muito rigoroso no trabalho, mas honesto e de bom coração.
Já Fernando era bem diferente. Para se dar bem, ele era capaz de mentir, enganar e passar por cima de qualquer um. No trabalho, com seus subordinados, era frio e até cruel. Gostava de ser bajulado, e, se alguém o contrariasse, era demitido na hora. 
Ele próprio vivia bajulando o diretor-geral da empresa, pois achava que, assim, poderia acabar sendo promovido.
Vejamos outro caso.
Dr. Cipriano havia bebido muito e resolveu levar o casal de filhos ainda pequenos para passear, mas, enquanto dirigia, seu carro caiu num canal. 
A correnteza estava forte, e, quando o carro já ia ser arrastado pela água, seu Tinoco, um gari que percebera a situação, conseguiu uma corda, amarrou-a num poste; arriscando a própria vida, desceu pela corda e conseguiu salvar Dr. Cipriano e as duas crianças.
O valor verdadeiro está no coração, nos bons sentimentos; está na ética, no esforço que alguém faz para aprender e para alcançar seus ideais. Ele está em se viver esses valores que são ensinados nestes nossos encontros. Mas será que podemos rotular as pessoas, sem uma análise mais profunda?
Para responder a essa questão, vamos acompanhar durante algum tempo nossos dois personagens, o Dr. Cipriano, aquele homem cujo carro caiu no canal porque ele estava dirigindo embriagado, e seu Tinoco, o gari que salvou a ele e a seus dois filhos. 
Dr. Cipriano era um excelente cirurgião e trabalhava num pronto-socorro. Certa noite ele voltava do plantão e percebeu que, na rua à sua frente, estava havendo forte tiroteio. Quis retornar, mas não conseguiu, porque a rua atrás dele estava congestionada. Não tinha outro jeito além de ficar ali, pedindo a Deus para não ser atingido por uma bala perdida.
De repente, um homem cambaleou e caiu no meio da rua, atingido por um tiro. 
Dr. Cipriano, sem mesmo pensar no perigo, apanhou sua maleta de médico, rasgou o bolso do jaleco e, segurando-o bem alto à guisa de bandeira branca junto à maleta de médico, foi se aproximando do ferido com cuidado, andando sempre pelo meio da rua.
Esse gesto foi tão inusitado, demonstrando tanta coragem e profissionalismo, que os atiradores pararam de atirar por algum tempo, até que o ferido recebesse os primeiros socorros e fosse retirado do local. Quanto ao seu Tinoco, ele era um bom pai e bom marido durante a semana, mas, nos fins de semana, sempre bebia e transformava a vida da família num inferno. Ficava agressivo, batia na mulher, dona Aparecida, e ameaçava matá-la na frente dos filhos. 
Dona Aparecida teve de abandonar o emprego, porque não podia sair de casa aos sábados para trabalhar, com medo do que o marido pudesse fazer com as crianças. 
Por causa disso, a situação ficou muito difícil. Do dinheiro que seu Tinoco recebia como gari, boa parte ele gastava nos bares, nos finais de semana, e o que sobrava mal dava para pagar o aluguel do barraco e pôr alguma comida dentro de casa. 
Dona Aparecida aguentou o quanto pôde, mas acabou indo embora com os filhos, para morar com a mãe. Deu para perceber o quanto é difícil classificar as pessoas?
 Por isso nunca devemos rotular alguém. Para dizermos que uma pessoa é boa ou má, que é superior ou inferior, precisamos conhecê-la melhor.
É verdade que muita gente demonstra desde logo que o seu lado mau é muito mais forte que o lado bom. Também há muitas pessoas que deixam transparecer os valores positivos que já conseguiram desenvolver, mostrando ser boas pessoas.
Texto II - Lençol sujo
 
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Fonte: 
8amores.blogspot.com
)Um casal, recém casados, mudou-se para um bairro muito tranquilo. Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomava café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
— Que lençóis sujos ela está pendurando no varal!
— Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!O marido observou calado. Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
 — Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu ensine a lavar as roupas! E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal. Passando um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
—Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, será que outra vizinha ensinou? O marido calmamente respondeu: — Não, hoje levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela! E assim é. Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos. Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e limitações. 
Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo. Só assim poderemos ter noção do real valor de nossos amigos. Lave sua vidraça. Abra sua janela!!!
Unidade 8 - Agressividade e convívio
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Fonte: 
minhasvivenciasnopathwork.blogspot.com
) 	 	Nos últimos anos, criou-se uma cultura de agressividade entre as pessoas, tanto entre os adultos, quanto entre as crianças. Isto é muito ruim. A agressividadenunca é boa.
O ser humano é um ser grupal, ou seja, vive em grupo. Pensem como seria se todas as pessoas vivessem isoladas, sem se comunicar umas com as outras. 
Vamos fazer um exercício de imaginação.
Vamos fechar os olhos e imaginar que a Terra está toda dividida em espaços do tamanho de um campo de futebol, cercados por muros altos, e cada um de nós vive isolado num desses espaços, sem poder sair nem se comunicar com os outros. 
Nesses nossos espaços, temos um lugar para morar, alguns animais domésticos e alimento. Não há computadores, nem telefones; não há aparelhos de rádio ou de tevê. Nós só podemos nos comunicar com outras pessoas através de cartas.
Viver isolado realmente seria uma coisa horrível, mas, felizmente, nós podemos viver em sociedade. Por isso, para que a nossa vida em sociedade não seja uma coisa ruim, precisamos aprender a conviver bem uns com os outros. Para haver um bom convívio, é preciso, antes de tudo, respeitar as diferenças e aceitá-las.
Carlito começou a apresentar tendências agressivas aos 6 anos. Um dia envolveu-se numa briga de rua e acabou no hospital, todo machucado e com o braço quebrado.
No dia seguinte, seu avô Gilmar foi visitá-lo e, assim que se acomodou, foi logo dizendo: — Eu vim até aqui porque preciso conversar com você. 
Diante do ar de interrogação do garoto, seu Gilmar continuou:
— Sabe Carlito, quando tinha a sua idade, eu também era muito agressivo, vivia procurando confusão. Na escola ninguém gostava de mim, a não ser alguns poucos colegas, que também eram arruaceiros. Depois que cresci e fiquei adulto engajei-me na Marinha...
Seu Gilmar ficou pensativo por instantes e continuou, com ar sonhador.
—Eu amava o mar... Amava minha profissão, mas vivia criando encrenca em cada porto onde o navio ancorava. Numa dessas quebrei o braço de um colega e acabei levando uma surra tão grande que quase morri.
— E aí, o que aconteceu? — perguntou Carlito.
— O comandante me mandou tomar conta de um farol, no Atol das Rocas. Longe como só... Fica no oceano Atlântico a 260 km da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Pense num lugar isolado... Para qualquer lado, só água...
— E não moravam outras pessoas lá? – perguntou Carlito.
— Ninguém... só eu, sozinho – respondeu seu Gilmar, com o olhar distante, e continuou – Quando acontecia uma tempestade era horrível... Dava medo. Nenhum navio podia se aproximar, porque poderia naufragar.
Olhando fixo nos olhos de Carlito, seu Gilmar falou com ênfase:
— Passei um ano inteirinho lá, sozinho... E foi lá, naquela horrível solidão, que eu aprendi a dar valor às outras pessoas. Eu queria gente perto de mim, fosse lá quem fosse, e foi naquele desespero que fiz um juramento.
— Que juramento, vô?
— Foi numa noite de tempestade. Parecia que o mundo estava vindo abaixo, então eu senti, com toda intensidade, o que significa a gente poder ter outras pessoas por perto. Eu não tinha ninguém, só os relâmpagos cortando o céu, o ribombar dos trovões, o uivo do vento e o ronco das ondas...
— Então vô, que juramento foi esse? – perguntou Carlito, aflito.
— Eu jurei que se saísse dali com vida, e quando pudesse voltar, nunca mais iria brigar, nem criar confusão. Eu iria ficar tão feliz por ter pessoas por perto, fosse lá quem fosse, que iria tratar todo mundo muito bem.
Para haver um bom convívio, é preciso haver alteridade, que significa aceitar as diferenças, respeitá-las e aprender com os que são diferentes de nós, porque sempre temos algo de bom a aprender com os outros. O nosso planeta só será um mundo de paz, um mundo bom para todos, quando todos aprenderem a respeitar os direitos dos outros.
O ser humano é um ser grupal, ou seja, vive em grupo. Seria realmente horrível se todas as pessoas vivessem isoladas, sem poderem se comunicar umas com as outras. Mas, felizmente, nós podemos viver em sociedade. Por isso, para que a nossa vida em sociedade seja uma coisa boa, devemos nos esforçar para conviver bem uns com os outros.
O primeiro passo para um bom convívio está em respeitarmos os outros, os seus direitos, o seu espaço.
 Fonte: professorare.blogspot.com Fonte: viaseg.com.br
Unidade 9 - Equilíbrio 
 Fonte: brasilescola.com
Alguém aqui gosta de aparecer? 
Então procure fazê-lo pelos seus valores, não pelo seu lado feio.
É importante que fiquem sabendo que querer sempre levar vantagens pode ser ruim... muito ruim.
Dedé era um garoto que sempre queria levar vantagem em tudo. Seu pai, o seu Jeremias, ficava preocupado com as atitudes do filho e sempre procurava aconselhá-lo, mas sem obter resultado. 
Certa manhã de domingo, chamou Dedé e lhe perguntou:
— O que você acha mais importante, se dar bem ou ser feliz?
— Ora, pai – respondeu Dedé – eu acho que ser feliz é o mesmo que a gente se dar bem.
Seu Jeremias olhou com tristeza para o filho e disse:
— Você está enganado. Há milhões de pessoas na Terra que se deram bem, mas não são felizes. Quantas pessoas passam a vida de olho em tudo com que possam ter lucro, ter vantagens, mas vivem tão assoberbadas que não têm paz interior? Tais pessoas não são capazes de parar junto de uma flor para observar a textura macia das pétalas, as suas cores, o seu perfume. Elas não sentem nem enxergam a vida...
— É verdade, pai. Quando eu comecei a observar o quanto a natureza é maravilhosa, eu senti uma sensação muito boa, assim, de paz, de alegria... Será que isso é felicidade?
— É sim, meu filho. A felicidade é uma coisa que nasce no nosso interior, mas para isso é preciso abrir o coração e dar espaço a ela. Aí ela vai tomando conta e se instala dentro de nós.
Dedé estava aprendendo muitas coisas importantes. É como se a força da natureza tivesse varrido de dentro dele aquelas ideias de que o importante na vida era “se dar bem”.
Seu Jeremias havia notado essas mudanças no filho e estava muito satisfeito com isso. Certa tarde, sentado ao lado de Dedé à beira de um riacho, comentou:
— Sabe, meu filho, para haver felicidade, é preciso haver equilíbrio. Quando alguém quer sempre levar vantagem, está gerando desequilíbrio.
— Como assim, meu pai? – perguntou Dedé, curioso.
Seu Jeremias pensou um pouco e respondeu:
— Nós podemos comparar essa questão de querer levar vantagens em tudo a uma balança, daquelas que ainda são usadas em algumas mercearias e que têm dois pratos. Digamos que o cliente quer comprar um quilo de feijão. 
Então, o merceeiro coloca num dos pratos um peso de ferro de um quilo e no outro vai colocando feijão até que os dois pratos fiquem em equilíbrio, ou seja, na mesma altura.
 Devido a esse equilíbrio, o cliente fica satisfeito porque foi atendido honestamente, e o merceeiro também fica porque vendeu mais um pouco do seu produto. 
Seu Jeremias calou-se por instantes e continuou:
— Sabe, meu filho, a lei cósmica é a lei do equilíbrio. Ninguém leva vantagens sem merecer, e mesmo essas pessoas que querem levar vantagens em tudo estão enganando a si mesmas, porque, mais cedo ou mais tarde, a vida irá cobrar-lhes as devidas compensações. Desde que somos concebidos, ainda no ventre das nossas mães, já começamos a receber benefícios da vida. Quanto aos benefícios que recebemos durante nossa infância e ao longo da vida, esses são imensos. 
O simples fato de participarmos da comunidade planetária já é um benefício, assim como podermos nos locomover, falar, sentir alegria, brincar, ter uma escola para estudar e professores para nos ensinar; podermos ouvir, sentir o afago que nos fazem, assim como o vento soprando em nosso corpo. 
Dá para perceber o quanto recebemos de benefícios durante a nossa existência? Assim, é fácil entender o quanto nós devemos à vida. Então, para haver equilíbrio, se recebemos muito da vida, também devemos retribuir, dando a ela o que tivermos de melhor.
Observem que a terra dá e recebe, assim como também as plantasrecebem e dão.
As árvores oferecem suas folhagens para os pássaros se abrigarem e construírem seus ninhos; dão-lhes as frutas e as sementes que os alimentam. Em compensação, os pássaros conduzem as sementes para outros lugares, onde elas nascem e dão continuidade às árvores. Essa lei da compensação também está presente em nossas vidas.
Vejamos alguns exemplos do modo como isto acontece:
1 - As pessoas trabalham e recebem os salários com os quais se mantêm.
2 - Quando queremos comprar alguma coisa, damos dinheiro como compensação.
3 - O aluno estuda e, como compensação, recebe o aprendizado, tão importante em seu futuro.
4 - Quando somos atenciosos e gentis, os outros nos compensam com sua simpatia.
Na natureza, a lei da compensação funciona em tudo de forma harmoniosa, mas no reino humano muitas vezes ela é desvirtuada. 
Vamos ver alguns exemplos. Os pais cuidam dos filhos, dando-lhes alimento, roupa, carinho, levando-os à escola para que possam aprender e ter um futuro melhor. Os filhos, por sua vez, recompensam os pais com seu carinho e com as alegrias. 
Porém essa lei se desvirtua quando os filhos só dão desgosto aos pais, e em alguns casos os agridem e até matam. Essa lei também se desvirtua quando damos nossa amizade a alguém e esse alguém nos prejudica ou nos magoa.
Mas o mais comum ocorre quando recebemos muitas coisas boas da vida e nada lhe damos como compensação. Vocês se lembram do que falamos sobre o equilíbrio cósmico, que funciona assim como uma balança? Então, se recebemos muito da vida, também devemos retribuir, dando a ela os nossos bons sentimentos, as nossas boas ações, e desenvolvendo esses valores de que temos falado nestes encontros.
A humanidade só será feliz quando aprender a obedecer a todas as leis naturais, ou leis cósmicas.
 Fonte: maguyshantty.com.br
Unidade 10 - Dinheiro x felicidade
 
 Fonte: fernandocaldini.blogspot.com
Honório era um garoto muito inteligente e também ganancioso. Quando algum colega lhe pedia ajuda em alguma matéria, ele ajudava, mas cobrava. 
No início o preço da ajuda era um bombom ou um pastel, mas, com o passar do tempo, começou a cobrar em dinheiro mesmo. Certa vez, quando seu amigo Lúcio demonstrara estranhar o fato de Honório cobrar por uma ajudinha qualquer, respondeu:
— O mundo, meu caro, é dos espertos. Os otários, como você, passam a vida puxando carroça. Eu não! Eu vou chegar ao topo do mundo, você vai ver...
Algum tempo depois, Honório foi morar em outra cidade, e os dois só voltaram a se ver alguns anos mais tarde, quando Honório foi passar umas férias em sua cidade natal. Chegou num carro importado, esbanjando luxo. Foi à procura de Lúcio e, quando o encontrou, foi logo dizendo:
— Eu voltei aqui, para essa cidadezinha fuleira, só pra te convidar a vir trabalhar comigo... é pra ganhar muito dinheiro. O trabalho seria simples, explicou, já que Lúcio era muito inteligente e bem preparado, estava fazendo faculdade e poderia fazer provas de vestibular em lugar de outros alunos, cujos pais pagavam muito bem.
— Deixa ver se entendi direito – disse Lúcio. – Você quer que eu vá fazer prova de vestibular, me fazendo passar por algum aluno preguiçoso que não quis estudar... e então quem passa é o aluno, cujo nome usei para fazer a prova... é isso? — Isso mesmo – respondeu Honório. – Os pais desses alunos pagam uma nota preta porque sabem que somos bons e temos toda chance de fazer as melhores provas. 
Eu mesmo nunca perdi um vestibular desses. Lúcio estava tão decepcionado com o amigo, que só conseguiu dizer: — Não conte comigo. Alguns meses mais tarde, todos os noticiários do país falavam numa gangue de fraudadores de vestibular que a polícia tinha prendido, e lá aparecia o Honório na tevê, sendo apresentado como o chefe da quadrilha. Era possível ver como estava envergonhado, tentando cobrir o rosto com as mãos... 
Lúcio sentiu pena. Como alguém pode estragar assim a própria vida, só para ganhar dinheiro? Honório certamente pegaria alguns anos de cadeia e, quando saísse, iria viver de quê? Ninguém daria emprego a uma pessoa desonesta. A felicidade é diferente para todas as pessoas, é como se tivesse várias caras. 
Para alguns, ela está em um bom relacionamento amoroso, em um bom convívio com a família, em ter saúde, ou, ainda, em estar em paz com a própria consciência. 
Para outros, ela está em uma roupa nova, em um passeio muito desejado, em um carro novo, em viver numa casa bela e confortável, em ir a festas, em ter muito dinheiro e por aí afora. Certamente o dinheiro é importante e necessário para nossa sobrevivência, mas há pessoas que vivem em função do dinheiro. 
Quanto mais têm, mais querem, e com isso acabam se tornando suas escravas. É muito importante que tenhamos equilíbrio em tudo.
Podemos usar das coisas que a vida nos oferece, mas com prudência, porque o nosso excesso pode estar fazendo falta a outras pessoas.
	Muitas pessoas são capazes das maiores loucuras por dinheiro, antigamente era usada a troca como moeda de compra, depois que foi inventado o dinheiro as pessoas começaram a se transformar a mudar o seu caráter. 
	Mas será que o dinheiro traz felicidade? A ganância do homem é tamanha que a consciência deixou de existir e passou a ser dominada pelo desespero de ter mais e mais dinheiro custe o que custar.
	A sociedade é a grande culpada por esta situação exigindo das pessoas uma condição social elevada para poder freqüentar as grandes festas e sair nas páginas das revistas famosas. Mas não podemos pensar que o dinheiro é o causador dos males da sociedade, pois, isto é uma grande inverdade. 
	O dinheiro traz muita felicidade para quem sabe usar de maneira correta e investir para o crescimento saudável. O dinheiro serve para financiar grandes descobertas na área da saúde, como vacinas para a cura de doenças, a construção de escolas e hospitais, construção de casas populares para famílias carentes, enfim é possível sim usar o dinheiro de maneira saudável a sociedade, uma vez que até grandes empresas pedem dinheiro ao governo, para terem como vencer a crise.
	Uma pessoa que tem condições financeiras de custear os estudos dos filhos é uma pessoa feliz com o seu compromisso realizado, mas é uma realidade muito distante para a maioria das pessoas que vivem de salário mínimo e dependem do governo para que seus filhos tenham boas escolas públicas com bons professores. 
	O dinheiro pode comprar um carro importado, uma casa com piscina em um bairro nobre, uma viagem ao exterior, um casaco de pele, mas o dinheiro não consegue comprar a felicidade que conquistamos através das nossas realizações pessoais ajudando os outros e trabalhando honestamente.
	A valorização pessoal só é conquistada através do trabalho honesto e suado para conseguir adquirir algo, é como se tivéssemos ganhado um premio na loteria tamanha a felicidade que sentimos quando realizamos um sonho. 
	O dinheiro deixa de ser um mau quando usamos para o bem sem distinção e nem olhar para quem. È muito bom saber que podemos deitar no travesseiro e dormir sossegado com a consciência tranqüila de que estamos vivendo de maneira honesta perante a sociedade adquirindo e realizando nossos sonhos. 
Por isso, devemos respeitar todos que trabalham honestamente. Ruim é quando alguém não quer estudar nem trabalhar. Então fica encostado na família ou, pior ainda, envolve-se em alguma atividade desonesta ou criminosa. 
Vemos, então, como o dinheiro e o trabalho são importantes. O dinheiro é necessário para nossa sobrevivência, e é no trabalho que passamos grande parte das nossas vidas.
Mas existem outros valores fundamentais para a nossa felicidade. São valores que estão dentro de nós; eles não dependem do fato de sermos ricos, pobres, cultos ou ignorantes. Os maiores valores que alguém pode ter são honestidade, boa educação, bonssentimentos, respeito, responsabilidade, não violência, ética, solidariedade.
A pessoa que desenvolve tais valores pode andar de cabeça erguida e dormir tranquila, porque está vivendo de acordo com as leis cósmicas.
 Fonte: planobeta.com
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Fonte: bangdiario.blogspot.com
)Unidade 11 - Sentir vergonha: parte - I
 	Antero era filho de pais muito pobres. A mãe, dona Joana, trabalhava como faxineira numa casa de pessoas muito ricas, e o pai, seu Arnaldo, era mecânico. 
	O dinheiro era tão pouco que precisavam economizar em tudo para poderem sobreviver. 
O fogão, de tão velho, precisava ficar escorado por tijolos. A geladeira estava toda enferrujada, e os móveis da casa estavam em péssimas condições. 
A comida era bem simples: arroz, feijão, alguns pedaços de carne ou de frango cozidos com soja e salada de legumes. Frutas e legumes nunca faltavam, porque dona Joana ia sempre ao mercado buscar os que não estavam muito bonitos e seriam jogados fora, mas dava para aproveitar muito bem.
Só as roupas e os calçados de Antero eram bonitos, de marca, embora usados, porque eram dados pelos patrões de dona Joana, que tinham um filho um pouco maior que ele. Como era excelente aluno, Antero conseguiu bolsa de estudos numa escola particular. Ele fazia o que podia para ninguém descobrir que era pobre.
Uma vez que não havia dinheiro para comprar lanche na escola, ele levava de casa e, quando alguém tirava onda com ele, dizia:
– Minha mãe não quer que eu fique comendo esses lanches daqui, pois não são saudáveis.
 A pobreza, a riqueza ou qualquer outra situação na qual a vida nos coloca devem ser vistas como uma oportunidade de aprendizado para nós. 
O rico tem ocasião de aprender a ser fraterno, solidário, e a utilizar os bens que possui em benefício da comunidade. Quanto mais dinheiro alguém tem, maior é a sua responsabilidade perante a vida.
O pobre tem a oportunidade de trabalhar, estudar e lutar para melhorar sua condição e, com isso, com essa luta, vai adquirindo valores como a força de vontade, a tenacidade e experiência. Nós só devemos sentir vergonha pelas nossas atitudes erradas, pelas coisas erradas que fazemos, porque elas só dependem de nós, da nossa vontade. 
Vamos analisar essa questão, começando pelo primeiro item: “ser feio”.
A beleza que está em nosso corpo e no rosto é passageira, porque todos envelhecemos com o passar do tempo. Vêm as rugas, a pele e os músculos ficam flácidos, e ficamos bem “caidinhos”, no entanto a beleza interior não passa, ela fica ainda melhor com o passar do tempo, porque vamos adquirindo mais experiência e fortalecendo nossos valores. Por isso a beleza interior é muito mais importante. É a nossa verdade, que não envelhece, não fica enrugada nem caída.
É claro que é muito importante também cuidar do corpo, fazer exercícios físicos, ingerir alimentos saudáveis, evitando tudo que possa prejudicar a saúde. Assim, precisamos ter sempre dois cuidados: com o corpo e com o nosso interior.
Ser mal-educado 
Uma pessoa mal-educada age de forma que suas atitudes e ações incomodam outras pessoas, ferem a sensibilidade alheia e podem ser inoportunas ou inconvenientes.
As pessoas mal-educadas não são bem aceitas em todos os ambientes e encontram dificuldade para fazer amizades.
Devemos, sim, sentir vergonha pelas nossas atitudes erradas, pelas coisas erradas que fazemos e também pela nossa falta de educação, porque tudo isso só depende de nós, da nossa vontade. Ninguém nasce mal-educado. 
As pessoas se tornam mal-educadas porque querem. E olha que há muita gente que gosta de ser mal-educada, de chocar os outros pela sua falta de educação.
Ser invejoso
É comum encontrar, em estabelecimentos comerciais, um cartaz que diz assim: “Se a sua estrela não brilha, não queira apagar a minha”. Os dizeres desses cartazes falam com muita clareza sobre o que acontece no íntimo de um invejoso. 
A inveja é um sentimento de aversão ao que alguém tem; o invejoso quer, mas não tem, ou seja, ele deseja apagar a estrela brilhante do outro, porque a dele está apagada, em sentido figurado. Mas a inveja tanto pode focar-se em coisas materiais como em qualidades inerentes ao ser. 
Como o invejoso não tem capacidade para conquistar de forma legítima aquilo que deseja, ou talvez tenha preguiça de ir à luta, fica invejando os que foram à luta e conseguiram. A inveja é uma das qualidades mais detestáveis numa pessoa.
Porém é importante lembrar que tudo que fazemos contrariando as leis cósmicas reverte em prejuízo de nós mesmos. No caso do invejoso, ele se prejudica de várias maneiras:
a) dificilmente consegue ter amizades verdadeiras, porque ninguém gosta de invejosos;
b) atrasa a própria evolução como ser humano, porque, ao invés de estudar, trabalhar, ir à luta para conseguir o que quer, perde tempo e energia invejando os outros;
c) a inveja obscurece a consciência do invejoso;
d) os sentimentos de inveja prejudicam a saúde em muitos sentidos.
Unidade 12 - Sentir vergonha: parte - II
 
Fonte: amnenoteatrodepalavras.blogspot.com
Ser desonesto 
Quem atira sobre outra pessoa a própria culpa, além de desonesto, é também covarde. É o caso da Ester, que cursava o segundo ano do ensino médio. 
Ela tinha uma colega de turma, a Janaína, que não era bonita, mas todo mundo na escola gostava dela porque era simpática, educada, atenciosa e estava sempre disposta a ajudar a quem precisasse.
Já Ester era linda, mas, como era também antipática e mau caráter, quase não tinha amigos, e isso lhe provocava terríveis crises de inveja. Pensou, pensou e resolveu armar contra a Janaina. Num site de relacionamentos, na Internet, fazendo-se passar pela Janaína, divulgou que estava sendo perseguida pela professora de Português, porque estava tendo um caso com o marido dela.
Isso estourou como uma bomba na escola. Janaína foi chamada na diretoria para explicar-se e, como é natural, negou ter sido a autora da calúnia. Como era uma garota que sempre agira com dignidade, a diretora chamou um técnico em Internet para investigar e a burla foi descoberta.
Diante disso, a escola resolveu expulsar Ester, mas Janaína foi interceder por ela, argumentando que a colega já recebera castigo suficiente e que, certamente, havia aprendido a lição. A desonestidade é falta de caráter. 
Muitas pessoas aprenderam a ser desonestas com os adultos com os quais conviveram desde a infância, mas o convívio com pessoas desonestas não serve como desculpa. São inúmeros os casos de pessoas que crescem em meio a pessoas desonestas, mas não se corrompem. São pessoas de caráter, que se guiam pela própria consciência.
Mas ser desonesto não é somente roubar. É também levantar falso contra alguém, conseguir as coisas passando por cima de outras pessoas, mentir, enganar, etc.
Alguns sábios da antiguidade deixaram citações interessantes sobre a desonestidade. Um deles foi Públio Siro, um escritor que viveu em Roma há mais de 2.000 anos. Ele disse: “Como é desonesto aquele que atira sobre outro a própria culpa!”
Cícero foi um dos mais famosos filósofos da Roma antiga, que viveu há mais de 2.000 anos. Ele disse: “É da natureza do desonesto enganar usando mentiras”. 
Um poeta da Roma antiga, conhecido como Juvenal, porque seu nome em latim é meio complicado, certa vez disse: “Nenhum homem desonesto é feliz, muito menos o corruptor”.
Também o rei Salomão, que viveu muito tempo antes de Cristo e que ficou conhecido pela sua sabedoria, disse: “Aquilo que se consegue com desonestidade não serve de nada”.
Outro italiano, Aldo Manuzio, que viveu há mais ou menos 500 anos, disse: “O ganho desonesto traz a desgraça”. Muitas pessoas se tornam desonestas por ambição, pelo desejo de ter o que não podem comprar.
Outras

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