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Morfologia aplicada à odontologia

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- -1
MORFOLOGIA APLICADA À 
ODONTOLOGIA
EMBRIOLOGIA BÁSICA APLICADA À 
ODONTOLOGIA
Thiago de Amorim Carvalho
- -2
Olá!
Você está na unidade Conheça aqui os eventos celulares eEmbriologia Básica Aplicada à Odontologia.
teciduais que culminam na formação de um embrião e a formação dos diversos órgãos e tecidos humanos.
Entenda como o embrião se fixa ao útero e os diferentes períodos de desenvolvimento que se sucedem para que
todos os sistemas possam ser adequadamente formados. Perceba como o embrião se desenvolve e se transforma
em feto, e é protegido e nutrido pela placenta e outras membranas fetais. Compreenda ainda como os tecidos
bucais são formados e como falhas durante a organogênese acarretam sequelas que podem interferir
diretamente na conduta clínica do cirurgião-dentista.
Bons estudos! 
- -3
1 Núcleo interfásico
Núcleo é a central de comando da célula. Nele está contido o material genético e todas as informações que serão
repassadas para organelas e células como um todo, para que saibam o momento de se dividir e até mesmo de
morrer. Essa estrutura é composta de outras estruturas que organizam sua função: a no caso dascarioteca 
células eucariontes, o , a e os . Geralmente se encontra no suco nuclear cromatina nucléolos centro da célula, e
 No que concerne ao tamanho, quanto maior a atividadesua forma varia de acordo com a forma da célula.
metabólica da célula, maior será o núcleo.
1.1 Carioteca
Compreende a uma membrana que individualiza o material genético dentro do núcleo na célula eucarionte. Não
é visível ao microscópio de luz, apenas ao microscópio eletrônico. Possui canais para transporte de substâncias e
estruturas entre o núcleo e o citoplasma.
1.2 Suco nuclear
Trata-se do dentro do núcleo, mas, pensando em composição, esse fluido é maiscorrespondente do citoplasma
concentrado de proteínas, até pela grande atividade de síntese proteica que acontece a nível nuclear.
1.3 Nucléolos
São estruturas proteicas condensadas com formato semelhante ao núcleo, mas com tamanho diminuto quando
comparado a este. , estruturasProduzem RNA ribossômico que dará origem aos ribossomos no citoplasma
que são primordiais para a síntese proteica. Por se tratar de uma estrutura não membranosa, desaparecem no
momento da ocorrência da mitose, reaparecendo ao final do processo em ambas as células-filhas.
1.4 Cromatina
A cromatina é o , favorecendo a compactação dele. É composta de histonas, que são proteínasinvólucro do DNA
que mantêm estável a organização do DNA celular envolvido pela cromatina. No caso do DNA das células
humanas, a cromatina vai tornar possível a manutenção em dupla hélice das moléculas dentro do núcleo e
inclusive a estabilização do mesmo, já que essas moléculas estão preferencialmente dispostas na periferia do
núcleo.
- -4
1.5 Características do núcleo interfásico
O núcleo interfásico corresponde ao núcleo da célula que se encontra entre dois processos de divisão
. Por muito tempo, acreditou-se que durante essa etapa nada aconteceria na célula. No entanto, acelular
tecnologia permitiu mostrar que é durante essa etapa que a célula sintetiza boa parte do material genético que
possibilitará a divisão celular e distribuição desse material para ambos os clones.
Figura 1 -
Representação esquemática do núcleo da célula
Fonte: Designua, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer A imagem apresenta um núcleo celular com recorte identificando as estruturas que compõem o:
núcleo.
- -5
 A , por exemplo, que inicia aBoa parte das etapas da divisão celular ocorre no núcleo interfásico. etapa G1
síntese de proteínas e enzimas para uma próxima divisão celular, ocorre no núcleo interfásico e dá à célula duas
possibilidades: continuar a divisão celular ou se manter estáveis conforme necessidade e sinalização
externa.
No caso de a célula caminhar para a divisão, a também ocorre no núcleo interfásico, em que a sínteseetapa S 
proteica está em franca atividade dando origem a uma quantidade suficiente para ser dividida entre as duas
células-filhas.
O ainda acontece no núcleo interfásico, mas este já está Aintervalo G2 preparado para entrar em mitose.
partir daí, inicia-se a divisão do núcleo e este passa ser um núcleo mitótico.
- -6
2 Ciclo celular e divisão celular
Células são os constituintes fundamentais de um organismo. Dessa forma, apresentam um ciclo definido, que é
dependente do tecido do qual fazem parte e da função que cumprem no organismo.
Ciclo pode ser definido como a sucessão de eventos que ocorrem nessas estruturas, desde sua formação celular 
até a divisão celular. Esse ciclo pode ser curto, médio ou longo dependendo da demanda a qual a célula está
exposta.
Neste contexto, as células podem ser classificadas como lábeis, estáveis ou perenes.
CÉLULAS
LÁBEIS
Têm ciclo celular curto, ou seja, entram em divisão celular com rapidez e maior
facilidade. Geralmente estão presentes em tecidos que requerem uma taxa de renovação
alta, por exemplo no tecido epitelial que reveste a mucosa bucal, que constantemente
sofre impactos dos alimentos durante a mastigação, logo descamam e se renovam em
um prazo aproximado de 7 a 14 dias.
CÉLULAS
ESTÁVEIS
Têm um ciclo celular de período intermediário e se renovam com um tempo um pouco
maior do que das células lábeis. No entanto, requerem um maior estímulo para que isso
aconteça. São exemplos as células cardíacas e as células dos túbulos renais.
CÉLULAS
PERENES OU
PERMANENTES
São as células cujo núcleo já tem a condição interfásica como permanente, não sendo
mais capaz ou tendo baixíssima capacidade de divisão celular. Exemplos dessas células
com ciclo celular permanente são os neurônios.
O ciclo celular passa então por duas etapas fundamentais: a interfase e a divisão celular propriamente
dita.
A interfase é a fase na qual, apesar da célula apresentar atividade acentuada, não está se multiplicando. A mitose
é quando de fato ocorre a divisão de uma célula em duas células-filhas idênticas, a célula-mãe.
Para que se entenda sobre a proliferação celular, alguns conceitos precisam ser esclarecidos: diferenciar mitose
e meiose, identificar as fases da mitose e os pontos de controle para que eventos adversos, como o aparecimento
de neoplasias sejam evitados quando da divisão celular.
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2.1 Divisão celular 
Divisão celular é o processo pelo qual a célula se divide e se multiplica, dando origem a células-filhas,
quando o tecido é demandado pelas necessidades do organismo. Pode ser feita por dois mecanismos diferentes:
a mitose e a meiose. Ambos acontecem nos organismos eucariontes, mas cada qual para sua função, estando a
mitose mais relacionada ao reparo e regeneração tecidual, enquanto a meiose está mais associada à
gametogênese e à composição cromossômica dos organismos.
Para que possamos prosseguir é importante ressaltar que as células no âmbito do núcleo carregam o material
 constituído por elas. No caso das células eucariontes esse material é o genético do organismo ácido
 que quando organizado em várias sequências longas dá origem aos cromossomos.desoxirribonucleico (DNA),
Os cromossomos por sua vez variam em número de acordo com a espécie.
Os cromossomos são herdados da metade do genitor masculino e metade do genitor feminino. Células como os
gametas que apresentam apenas a informação de um dos genitores são chamadas de células haploides.
Já células que apresentam os cromossomos de ambos genitores, ou seja, a informação genética completa, são
chamadas de Essas últimas são as células que sofrerão divisão celular por meio de mitose.células diploides.
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2.2 Mitose
Sem dúvida, Para que os eventos que culminam nao processo mais clássico de divisão celular é a mitose.
divisão propriamente dita ocorram da melhor maneira possível, é necessário que mecanismos regulatórios
estejam envolvidos em todo o processo. Desde o tempo gasto pela célula para a divisão para que se preservem
parâmetros como volume, função e tamanho da célula, bem como mecanismosque interrompam o ciclo no caso
de haver problemas graves com as células-filhas, mesmo que estes eventos culminem com a morte celular
programada ou apoptose.
O processo da mitose se caracteriza por fases bem definidas e por uma fase intermediária ou interfase, que é
quando apesar da célula não estar se dividindo, eventos a nível de núcleo estão ocorrendo para que haja a
divisão do material genético e este evento propicie a evolução da divisão celular.
OA divisão celular passa por 4 etapas. intervalo G1, que vai do fim de uma mitose, até o início da síntese de
material genético no núcleo para um próximo evento.
A etapa S vem da síntese de DNA no núcleo interfásico. Nessa fase são sintetizadas quase todas as proteínas para
ambas as células-filhas, por meio da transcrição e tradução do DNA, que se replica para que ambas as cópias
tenham material genético.
, já que desse ponto em diante não há maisA partir da etapa S, pode-se dizer que a mitose será inevitável
necessidade de estímulo extracelular para desencadear a divisão celular. O corresponde aointervalo G2 
momento onde todos os requisitos para que a ocorrência da mitose seja possível.
- -9
Figura 2 -
Etapas do ciclo celular
Fonte: Designua, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: A imagem apresenta as etapas da mitose em representação diagramática com uso de setas e
imagens.
A mitose é a divisão do núcleo propriamente dito e ocorre em fases bem definidas, que são: a prófase, a
 Após essas etapas ocorre a , que é a divisão a nívelprometáfase, a metáfase, a anáfase e a telófase. citocinese
de citoplasma e duplicação da célula.
Fique de olho
A mitose é o processo mais comum de divisão celular. Que tal acompanhar todos os eventos
em vídeo para fixar melhor seu conteúdo? Você poderá ver inclusive a movimentação das
estruturas celulares durante o processo. Acesse o do canal Creative Learninglink 
disponibilizado nas referências desta unidade!
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PRÓFASE
As fibras de cromatina vão gradualmente se condensando de forma que os cromossomos
se tornam individualizados com visualização clara das cromátides, que são partes do
cromossomo. Sem essa condensação, provavelmente a fita de DNA se romperia ou
perderia sua organização durante as etapas, que se seguirão para a divisão celular.
O envoltório nuclear ainda começa a ser desfeito e eventos a nível de citoesqueleto vão
possibilitando a aproximação das cromátides, que continuam passando por condensação
rumo ao centro da célula.
PROMETÁFASE
Corresponde à etapa de ruptura do envoltório nuclear e da aproximação das cromátides
ainda em condensação do centro da célula.
METÁFASE
Compreende os eventos de completo alinhamento das cromátides com o centro da célula
e da formação da placa metafásica, onde as cromátides estão alinhadas e unidas
estaticamente e assim ficam por pouco tempo, enquanto os componentes do antigo
núcleo vão sendo armazenados no retículo endoplasmático.
ANÁFASE
As cromátides são separadas e vão para os polos (extremidades) do núcleo celular, e
após eventos moleculares ambas as células-filhas têm que reconstruir a carioteca,
culminando na individualização dos novos núcleos e este processo se inicia ainda na
anáfase.
TELÓFASE
Ocorre quando as cromátides estão completamente polarizadas, inicia-se a divisão
citoplasmática e principalmente ocorre o desenovelamento das cromátides em um fluxo
contrário a prófase, dando origem novamente aos nucléolos, e retorno das atividades de
transcrição de DNA e consequente síntese proteica.
A carioteca também é completamente restabelecida. Nessa fase da mitose, a citocinese é iniciada, porém em uma
fase mais tardia é que de fato as células-filhas serão divididas, e o citoplasma será dividido em duas partes iguais.
O citoesqueleto tem papel importante nesse momento, já que boa parte da movimentação celular que culmina na
clivagem da célula se dá por meio das moléculas de actina e miosina.
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Figura 3 - Fases da mitose
Fonte: Akor86, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: A figura mostra as etapas de uma mitose em representação esquemática.
2.3 Controle do ciclo e divisão celular 
Com tantos eventos simultâneos e orquestrados acontecendo durante a divisão celular, de fato muitas falhas
podem ocorrer. Mas o organismo também tem mecanismos para reduzir essas falhas. Esses mecanismos
envolvem processos moleculares complexos, mas a maioria deles se relaciona com as quinases
 Essas enzimas regulam a ativação ou inativação da próxima etapa da mitose, dedependentes de ciclina (CDK).
acordo com a condição do material genético e das proteínas produzidas no processo, permitindo a continuação
da divisão ou barrando os eventos moleculares até que as correções aconteçam, ou ainda programando a morte
celular.
Células cancerígenas perdem principalmente esses mecanismos de controle o que as leva a terem uma divisão
descontrolada, e com células defeituosas. Além desse mecanismo relacionado às ciclinas, os telômeros também
 Telômeros são cadeias finais de DNA quecontribuem significativamente para o controle da divisão celular.
ficam nas extremidades dos cromossomos e tendem a ir se encurtando a cada divisão celular, até que em
determinado momento elas se tornam tão curtas que impedem o reconhecimento do material genético como
adequado para continuidade do ciclo e divisão celular. Nesses casos, a célula entra em apoptose ou se torna
permanente para não permitir que material genético defeituoso se perpetue para as próximas gerações.
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/3b49de001aa3c9c62d7caea83dbd648e
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3 Gametogênese
Para o estudo da gametogênese é necessário que se entenda o . Enquanto na mitose aprocesso da meiose
divisão celular é única e gera células-filhas diploides, com a quantidade de cromossomos idêntica à da célula-
mãe, na meiose ocorrem duas divisões celulares e no resultado final são geradas quatro células-filhas haploides.
Os gametas são exemplos de células haploides. Nos seres humanos estão presentes dois gametas: os óvulos
 de maior diâmetro, imóveis e que são produzidos em quantidade limitada eque são os gametas femininos,
liberados pelos ovários durante o ciclo menstrual, e os espermatozoides que são os gametas masculinos,
produzidos nos testículos durante toda a vida e em quantidades na casa dos milhões e liberados junto com o
esperma no momento da ejaculação.
- -14
3.1 Meiose
Caracteriza-se como meiose o processo de divisão celular que origina quatro células-filhas com metade da
 Esse processo é mais lento do que a mitose e essaploidia (n), ou número de cromossomos de uma espécie.
redução do número de cromossomos é compensada no momento da fecundação, em que as duas células
haploides(n) se fundem para dar origem a um embrião com toda carga cromossômica (2n). A meiose, assim
como a mitose, passa pela etapa S de síntese de DNA, porém com maior duração e maior número de eventos que
na mitose. A meiose ainda ocasiona uma dupla divisão na célula com etapas denominadas meiose I e
meiose II.
 Na meiose I, ocorre a sequência de divisão da célula iniciando pela prófase I, que é um evento muito
demorado podendo levar dias ou anos. Portanto, é dividido em quatro subprocessos, denominados:
leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese.
LEPTÓTENO
A cromatina inicia sua condensação em cromossomos, mas ainda de maneira incipiente em
fitas delgadas. Apesar de já ter havido a divisão dos cromossomos, não é possível visualizá-
la ao microscópio óptico.
ZIGÓTENO Consiste no início do pareamento dos cromossomos.
PAQUÍTENO
Os cromossomos homólogos divididos já são visíveis ao microscópio, e as possíveis trocas
de material genético entre eles acontece. A permuta de material genético é importante
para que a organização do cariótipo seja adequada em forma e posição.
Fique de olho
Diferente da mitose que culmina na separação de uma célula em duas células-filhas diploides,
na meiose a célula precisase dividir duas vezes para originar células haploides, que possuem
apenas metade dos cromossomos de uma espécie. Assista ao vídeo “Meiose” do canal de Tiago
Savignon indicado nas referências desta unidade e acompanhe esse processo.
- -15
DIPLÓTENO Compreende a separação dos cromossomos homólogos e sua consequente
individualização, estando ainda ligados apenas por pequenas porções denominadas
quiasmas, áreas que provavelmente estiveram relacionadas a troca de material genético.
DIACINESE
É a separação total dos cromossomos, no entanto ainda mantidos alguns quiasmas que
irão orientar a correta distribuição dos cromossomos.
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/9a4d579b909aa3ed1a0689d1c2725def
Neste momento a carioteca é rompida, os nucléolos desaparecem e ocorre a migração para dos cromossomos,
iniciando-se a metáfase I. Na anáfase os cromossomos são polarizados na célula de maneira semelhante ao que
acontece na mitose. Os nucléolos reaparecem e, ao final da telófase, o citoplasma se separa dando origem
ao primeiro par de células-filhas haploides e após um curto espaço de tempo se inicia a meiose II.
Durante a meiose II ainda é possível diferenciar as etapas da divisão celular. Mas nesse momento as etapas são
bastante semelhantes às etapas da mitose.
Ressalta-se que de meiose I para meiose II não há duplicação de material genético da célula como ocorre
na meiose I e na mitose.
Na prófase 2, ocorre o desaparecimento dos nucléolos, a desorganização da cromatina e a migração dos mesmos
para a placa metafásica no centro da célula. A metáfase 2 compreende a migração completa dos cromossomos
para o centro da célula. Na anáfase 2 ocorre a polarização das cromátides, uma em cada polo da célula como
cromossomos individuais. Na telófase 2 os nucléolos são reconstruídos e ocorre a separação do citoplasma de
cada uma das duas células-filhas originadas na meiose 1, dando origem então a quatro células-filhas haploides.
- -16
Figura 4 - Fases da meiose
Fonte: Ody_Stocker, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: A imagem apresenta a representação esquemática das etapas da meiose I e meiose II separadas
por chaves e com identificação abaixo das figuras.
3.2 Ovogênese: formação dos gametas femininos 
A meiose como demonstrado no tópico anterior é um processo mais demorado que a mitose. Os gametas
 já que começam a se formar ainda na quinta semana de vidafemininos são bons exemplos dessa demora,
intrauterina na forma de ovogônias e darão origem aos ovócitos, que são diploides (2n) ainda nesse
 e a continuação de suas meiosesestágio e assim eles se manterão em prófase 1, até a puberdade feminina
se dará até a menopausa. A meiose I é completada a cada 20 a 50 células no início da ovulação, e o processo
evolui até chegar na fase de metáfase II, em que passa a ser chamada de ovócito II (ou óvulo). No caso de
 casofecundação do ovócito II, ele completa à meiose II, transformando-se em uma célula haploide,
contrário ele será eliminado no momento da menstruação.
- -17
3.3 Espermatogênese: formação dos gametas masculinos 
No caso dos espermatozoides apesar da meiose ser mais prolongada que a mitose, o início do processo não se,
dá na vida intrauterina e sim quando se atinge a puberdade e a produção está associada aos túbulos
 O crescimento continua e são originadasseminíferos dando origem às espermatogônias, que são diploides.
outras células diploides, que são os espermatócitos I. Essas passam por meiose I e originam os espermatócitos
 que são haploides.II,
A meiose II se completa e os espermatócitos II se tornam espermátides, essas darão origem ao
 A partir de uma perda brusca do citoplasma, inicia-se a formação do flagelo. Próximo à baseespermatozoide.
deste e ligada à célula terão grandes quantidades de mitocôndrias, fornecendo energia para a movimentação do
espermatozoide. Enquanto os óvulos são imóveis, os espermatozoides precisam de movimentação para que a
fecundação ocorra. O material genético fica armazenado no núcleo que está situado na cabeça do
espermatozoide.
Fique de olho
Agora que você entendeu os dois processos de mitose e meiose, assista a um vídeo do canal
Amoeba Sisters indicado nas referências desta unidade e compare esses dois processos de uma
forma bastante didática. O vídeo está em inglês, mas não se preocupe, basta ativar as legendas.
- -18
4 Fertilização, clivagem e implantação do blastocisto
A função primordial dos gametas é a reprodução da espécie, consequentemente, a manutenção dessa. Por isso,
essas células têm que ser extremamente especializadas, inclusive no número de cromossomos, mantendo a
haploidia para não transmitir números de cromossomos duplicados para as próximas gerações celulares.
Para que ocorra reprodução, o primeiro evento celular que deve ocorrer é a fecundação, que ocorre a nível de
tuba uterina no aparelho reprodutor feminino.
Neste tópico iremos conversar sobre esse evento, sobre a clivagem celular e a implantação do blastocisto que
ocorrem durante a fase de maior divisão celular na formação do embrião.
- -19
4.1 Fertilização
Ocorre quando o gameta masculino e o gameta feminino se encontram e por meio de uma série de
eventos celulares e moleculares. O encontro é possível após a liberação do óvulo pelo ovário durante o
período fértil. Este, por movimentos de contração das tubas uterinas, segue em direção ao útero. O
espermatozoide é liberado pelo homem no momento da ejaculação e vai de encontro ao óvulo em um tempo
curto que pode ser mensurado em minutos.
No momento que há o contato do espermatozoide com o óvulo, o primeiro libera enzimas digestivas presentes
no acrossomo, que facilitam a penetração do gameta no óvulo. A partir do momento em que ocorre a passagem
do espermatozoide para a parte interna do óvulo, a membrana celular desse gameta passa por transformações
que impedem a entrada de outros espermatozoides. As enzimas liberadas pelos espermatozoides são
necessárias, pois o óvulo possui uma membrana especializada para proteção com estruturas chamadas de dentro
para fora de zona pelúcida e corona radiata.
Figura 5 - Representação esquemática de um espermatozoide e de um óvulo e da fecundação
Fonte: SVETLANA VERBINSKAYA, Schutterstock, 2002.
#PraCegoVer: A imagem apresenta no canto direito um espermatozoide e à esquerda o gameta entrando em um
óvulo com suas estruturas.
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Após a entrada do espermatozoide na célula, o mesmo perde o flagelo e libera seu material genético no interior
do óvulo. Esse evento estimula o óvulo a produzir o núcleo onde está contido o seu material genético. Ocorre
então a liberação dos 23 cromossomos de cada gameta no citoplasma, devolvendo a característica
que por sua vez inicia um processo de mitoses sucessivas que caracterizam o início dodiploide a célula, 
processo de clivagem e desenvolvimento embrionário.
- -21
4.2 Clivagem e implantação do blastocisto
Após os eventos de fecundação, o conjunto formado por óvulo e espermatozoide, chamado de ovo ou
zigoto, começa a se dividir de maneira rápida por meio de mitoses sucessivas, que aumentam o número e
 A esse primeiro momento de divisão celular, dá-se o nome de clivagem ou segmentação.não o volume celular.
Esse processo conforme evolui seu desenvolvimento passa por etapas sucessivas: a mórula, a blástula, a
gástrula e a nêurula.
 que se dividem de 5 a 6 dias após a fecundação, ainda naA mórula é um conjunto maciço de 12 a 32 células,
tuba uterina. É nesse estágio que ocorre a ou também chamada de implantação do blastocisto nonidação 
endométrio, que é a parede interna do útero. Com a reorganização celular de marginalização das células, uma
cavidade se forma no centro da mórula e é preenchida por líquido liberado pelas próprias células, formando o
conjunto de blastoderme e blastocele respectivamente. A partir desse momento, inicia-se a fase de , queblástula
possui aproximadamente 58 células.
Figura 6 - Clivagem e desenvolvimentodo blastocisto
Fonte: diluck, Schutterstock, 2020.
#PraCegoVer: A figura mostra cortes de um zigoto em diferentes estágios de desenvolvimento desde a
fecundação até o blastocisto.
- -22
As células que compõem o zigoto até a fase de blástula são totipotentes ou seja, podem dar origem a,
qualquer tipo de célula e tecido que compõem o organismo humano. A blástula é dividida por dois tipos células,
os blastômeros trofoblastos, que darão origem às membranas do feto; e embrioblastos, que darão origem ao feto
propriamente dito.
Após a primeira semana de gestação, o blastocisto já estará nidado na parede do útero de maneira superficial e
as células externas se dividirão em duas camadas, o citotrofoblasto e o sincitrofoblasto, este último que prolifera
e por meio de ação enzimática penetra o epitélio do endométrio, propiciando então a fixação da blástula. Nesse
período a nutrição do blastocisto é dada por meio das secreções endometriais.
Neste momento o hormônio gonadotrofina coriônica (HCG) começa a ter seus níveis aumentados já podendo ser
detectado em exames de gravidez. Esse hormônio é importante pois mantem os níveis hormonais sexuais altos
para evitar a menstruação e manter o endométrio adequado para a fixação do embrião.
- -23
5 Período da segunda e terceira semana do 
 desenvolvimento embrionário
Com o passar dos dias, , cujo nome deriva de um evento primordial dessa etapa, e oocorre a gastrulação
surgimento do arquêntero ou intestino primitivo, e os folhetos embrionários são formados. Os folhetos
embrionários são estruturas que darão a origem a diferentes órgãos e tecidos conforme sua posição e
 e são eles a ectoderme, que dará origem entre outros tecidos a estruturas da face, glândulascomposição celular
lacrimais, pele. O mesoderma orirginará rins, útero e coração. Já o endoderme é quem dará origem ao pâncreas
ao fígado e outros órgãos e tecidos. Nessa etapa o zigoto é chamado de gástrula.
A placenta ainda não está completamente desenvolvida nessa etapa O coração embrionário passa a receber.
sangue a partir da segunda semana de gestação, já que o sistema vascular começa a se desenvolver a partir das
projeções trofoblásticas para o interior do endométrio. A cavidade amniótica e a cavidade vitelínica são
formadas na segunda semana.
Fique de olho
A terceira semana de gestação é muito sensível a agentes teratogênicos. O uso de álcool pode
inclusive causar danos a estruturas craniofaciais, como a holoprosencefalia. Dessa forma, os
profissionais de saúde devem se atentar para as medidas de promoção à saúde durante a
gestação. Nas referências desta unidade você encontrará o de acesso ao artigo “Perfil delink
habilidades do desenvolvimento em crianças com holoprosencefalia e holoprosencefalia like”
para obter mais informações sobre a holoprosencefalia. Boa leitura!
- -24
6 Período da quarta a oitava semana do desenvolvimento 
 embrionário
Por último ocorre a organogênese, que se inicia coma formação da nêurula.
Nêurula tem esse nome porque o evento marcante dessa etapa é o desenvolvimento do tubo neural, que
futuramente dará origem ao sistema nervoso central. Os órgãos começam seu desenvolvimento e o embrião
começa a ganhar peso. Membros superiores e inferiores começam ficar visíveis parcialmente e se inicia o
desenvolvimento facial. Na terceira semana o embrião começa a ter curvatura e apresenta boa parte de sua
estrutura representada pela cabeça.
No que diz respeito à cavidade oral, a formação do estomodeu ou cavidade bucal primitiva se dá a partir
. A partir daí, com a migração das células da crista neural, originam-se osda divisão cefálica do tubo digestivo
arcos branquiais, em número de quatro e bem delimitados, e mais dois que não são bem visualizados no embrião
humano. Dois processos originam o primeiro arco branquial, que tem bastante relevância para a odontologia: o
processo maxilar e o processo mandibular.
O processo maxilar dará origem à maxila e ao osso zigomático e o processo mandibular dará origem à
mandíbula. A cavidade oral ainda será delimitada pela fusão dos processos frontal e o processo nasal, que
 A porção anterior da maxila, o palato e a porção medial dose fundem dando origem ao processo frontonasal.
nariz são formados pelos processos nasais mediais que após crescimento em direção a linha média darão origem
também ao lábio superior. Esses eventos ocorrem por volta da sétima semana de vida intrauterina.
Ainda nesse período haverá a que só acontecerá após a formação do palato secundário, formação da língua,
que ocorre por volta da quarta semana de vida intrauterina e tem diferentes origens embriológicas, sendo os
dois terços anteriores de origem ectodérmica, e o terço posterior de origem endodérmica. Essa multiplicidade
 que podem posteriormente interferir nas condutasde origens da língua ocasiona em múltiplas inervações,
clínicas, especialmente na necessidade de realização de procedimentos anestésicos odontológicos. A fusão do
palato e a união entre palato primário e secundário se dá após o rebaixamento da língua e a sínfise palatina é
formada neste momento, podendo restar epitélio desta fusão que pode futuramente dar origem a cistos de
desenvolvimento.
Assista aí
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Cabe ressaltarA mandíbula se forma de maneira peculiar e a partir da sexta semana de vida intrauterina. 
que os eventos são simultâneos, sendo separados apenas com fins didáticos para melhor compreensão do
conteúdo. A mandíbula se forma por ossificação intramembranosa a partir da Cartilagem de Meckel, que se
organiza em placas pelo processo mandibular. Essas placas se fundem na linha média formando a sínfise
mandibular, que passa por ossificação endocondral. Os nervos mandibulares são formados durante essa
ossificação, além das criptas que darão origem aos germes dentários.
 PorNo desenvolvimento inicial dos arcos branquiais, a mandíbula tem maior volume do que a maxila.
volta da oitava semana a maxila fica maior do que a mandíbula por conta do desenvolvimento dos processos
nasais mediais e frontonasais, mas logo em seguida a mandíbula por apresentar crescimento mais acentuado, e a
maxila acaba ficando do mesmo tamanho desta. E ao nascimento, a mandíbula se encontra levemente retruída
em relação à maxila, o que é compensado pelo crescimento mais duradouro da mandíbula.
Os dentes começam a se desenvolver nessa etapa, por volta da oitava semana de vida intrauterina. São órgãos de
formação lenta, só tendo sua formação completa após os oito anos de idade.
Figura 7 - Relação dos arcos branquiais e do desenvolvimento das estruturas craniofaciais
Fonte: stihii, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Ao centro da imagem, um corte colorido dos arcos branquiais se relaciona com as imagens em cor 
semelhante a estrutura de origem.
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O ectoderma então dáÉ a partir da quarta semana que se inicia o desenvolvimento dos órgãos genitais. 
origem às cristas neurais, que no futuro darão origem às estruturas faciais importantes, tais como os tecidos
conjuntivos e ossos da face e do crânio, dos odontoblastos, que darão origem à dentina, que é um dos
componentes do órgão dentário, e ao melanócitos, também presentes no epitélio da mucosa oral.
As células-tronco hematopoiéticas colonizam o fígado embrionário de modo que este se torna o principal
 até ser substituído pela medula óssea por volta do sétimo mês deórgão produtor de células sanguíneas
gestação. O mesoderma dá origem aos vasos sanguíneos e ao sistema vascular de maneira geral.
Um apontamento interessante para a odontologia é que os hemangiomas que são más formações vasculares
que geralmente acometem a face estão relacionados aos distúrbios nesse folheto embrionário e a esse período
de formação do sistema vascular. São lesões relativamente frequentes na clínica, mas que raramente carecem de
tratamento. Na oitava semana de gestação o feto já possui aproximadamente29 mm de comprimento.
7 Placenta e membranas fetais
Enquanto a as demais membranas fetais placenta tem como função principal separar o feto do endométrio,
têm funções diversas, tais como respiração, proteção, nutrição, excreção e são órgãos materno-fetais. A placenta
 estando relacionada inclusive com a manutenção dos níveiscorresponde à sexta parte do peso total do feto,
hormonais da mãe durante a gestação. Serve ainda como local de trocas gasosas do feto, via artérias e veias
umbilicais, que se formam após a oitava semana de gestação. O âmnio serve como barreira física contra
 regula temperatura e protege contra choques mecânicos. O alantoide não é funcional nos embriõesinfecções,
humanos, degenerando ainda na segunda semana de gestação.
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• caracterizar a mitose celular e suas etapas;
• caracterizar a meiose e seu papel fundamental na formação dos gametas;
• perceber a relação entre as divisões celulares, a fertilização e a implantação do blastocisto;
• identificar o núcleo celular e sua função de coordenação na célula;
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Referências
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CASSAB, T. V. et al. Perfil de habilidades do desenvolvimento em crianças com holoprosencefalia e
holoprosencefalia like. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rcefac/v14n3/167-10.pdfAcesso em: 27
mai. 2020.
CREATIVE LEARNING. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DwAFZb8juMQAcesso em: 27 mai.
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JUNQUEIRA L.C.; CARNEIRO, J. . 9.ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.Biologia celular e molecular
KATCHBURIAN, E.; ARANA, V. . 4 ed. Rio deHistologia e embriologia oral: texto, atlas e correlações clínicas
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
MEZZOMO, L.C., et al. . Porto Alegre: SAGAH, 2019. Embriologia clínica
SADLER, T. W. Langman, . 13 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.Embriologia médica
SANTOS, V. S. . Meiose Brasil Escola . Disponível em: . Acessohttps://brasilescola.uol.com.br/biologia/meiose.htm
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SAVIGNON, T. Meiose. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=I1cD-fnimu0 Acesso em: 27 mai.
2020.

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