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Direito Administrativo

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DIREITO ADMINISTRATIVO
1
CONCEITO
 “Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os
órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a
realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados
pelo Estado”.
Hely Lopes Meirelles
2
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
1. LEI
 Ato que emana do Poder Legislativo com as seguintes
características:
 Regra escrita, geral, abstrata, impessoal.
 A lei deve ser compreendida, em seu sentido material, como
todo ato normativo imposto coativamente pelo Estado aos
particulares, regrando as relações entre ambos e dos
particulares entre si.
3
2. DOUTRINA
 A doutrina se refere ao conjunto de estudos, interpretações,
trabalhos de pesquisa e comentários a respeito de matéria de
lei
 e os contornos de sua aplicação bem como o estudo dos
mais diversos temas relacionados ao ordenamento jurídico e
suas nuances.
4
3. JURISPRUDÊNCIA
 Conjunto de decisões reiteradas por parte dos Magistrados e
Tribunais que formam um entendimento acerca da aplicação
das leis e atos normativos, num determinado sentido.
5
PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
1. Legalidade
 Na Administração Pública não há liberdade nem vontade
pessoal. Enquanto na administração particular é lícito fazer
tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é
permitido fazer o que a lei autoriza.
Hely Lopes Meirelles (2000, p. 82):
6
2. Impessoalidade
 A Administração deve manter-se numa posição de
neutralidade em relação aos administrados, ficando proibida
de estabelecer discriminações gratuitas.
 Só pode fazer discriminações que se justifiquem em razão
do interesse coletivo, pois as gratuitas caracterizam abuso
de poder e desvio de finalidade, que são espécies do
gênero ilegalidade.
7
3. Moralidade
 Implica no agir de forma ética primando sempre pela
escolha do mais adequado ao interesse público.
8
4. Publicidade
 A administração pública deve zelar pela observância da
publicidade de seus atos como regra geral;
 Deve ficar tão somente em sigilo os atos referentes a
interesses nacionais e os que a lei classifica como sigilosos.
9
5. Eficiência
 Implica em fazer mais com menos, sem perder a qualidade
na administração pública.
 O gestor público deve primar pelo máximo de efetividade em
suas ações de modo a obter resultados efetivos e legais de
forma eficiente.
10
PODERES ADMINISTRATIVOS
 A Administração Pública possui poderes que lhe são
inerentes, e decorrem dos princípios administrativos;
 Não são os poderes uma faculdade da Administração, mas
um tipo de poder-dever, já que são irrenunciáveis.
11
PODERES ADMINISTRATIVOS
1. Poder Discricionário - faculdade conferida à autoridade
administrativa escolher uma dentre várias soluções possíveis.
 Há liberdade na escolha de conveniência e oportunidade.
Ex.: pedido de porte de armas – a administração pode ou
não deferir o pedido, após analisar o caso.
12
2. Poder Vinculado – atribuído à Administração, para o ato de
sua competência, estabelecendo elementos e requisitos
necessários para sua formalização.
 A norma legal condiciona a expedição do ato aos dados
constantes de seu texto.
 A Administração fica sem liberdade para a expedição do ato. 
 É a lei que regula o comportamento a ser seguido.
Ex.: aposentadoria compulsória aos 70 anos.
13
3. Poder Disciplinar - Poder dado a autoridades
administrativas, com o objetivo de apurar e punir faltas
funcionais.
O poder disciplinar não se confunde com o poder punitivo
do Estado mediante a da justiça penal.
14
4. Poder regulamentar - poder de que dispõem os executivos,
por meio de seus chefes (presidente, governadores e prefeitos)
de explicar a lei, a forma correta de execução.
5. Poder normativo - faculdade que tem a Administração de
emitir normas para disciplinar matérias não privativas de lei.
15
6. Poder de polícia - atividade da Administração Pública que,
limitando ou disciplinando direitos, interesses ou liberdades
individuais, regula a prática do ato ou abstenção de fato, em
razão do interesse público.
16
ATO ADMINISTRATIVO
 Toda manifestação unilateral de vontade da Administração
Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato
adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar
direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si
própria.
Hely Lopes Meirelles
17
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
1. Presunção de Legitimidade
 Todo ato administrativo tem presunção de legitimidade.
Portanto devem ser considerados como válidos até prova
em contrário. A presunção de legitimidade do decorre do
princípio da legalidade.
18
2. Imperatividade
 Imperatividade, ou coercibilidade, é o atributo pelo qual os
atos administrativos se impõem a terceiros.
 Ex.: A luz vermelha no farol é um ato administrativo que
obriga unilateralmente o motorista a parar, mesmo que ele
não concorde.
19
3. Auto-executoriedade
 A auto-executoriedade “consiste na possibilidade que certos
atos administrativos ensejam de imediata e direta execução
pela própria administração, independentemente de ordem
judicial.
"(MEIRELLES, 2007, pág. 162.)
20
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
1. Negociais
 Ato administrativo negocial é aquele que contém uma
declaração de vontade do Poder Público coincidente com a
pretensão do particular, visando à concretização de
negócios jurídicos públicos ou à atribuição de certos direitos
ou vantagens ao interessado.
21
2. Normativos
 Atos Normativos contêm comando geral do Executivo,
visando à correta aplicação da lei. A essa categoria
pertencem os Decretos regulamentares e os regimentos,
bem como as resoluções, deliberações e portarias.
22
3. Enunciativos
 São aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato,
ou emitir opinião sobre determinado assunto.
 Ex.: Certidões; Atestados.
23
4. Ordinatórios
 Decorrem do poder hierárquico e objetivam disciplinar o
funcionamento da Administração e a conduta de seus
agentes.
 Exemplos: avisos, portarias, instruções, ordens de serviço,
despachos.
24
5. Punitivos
 São atos que implicam em aplicação de sanção
administrativa ao agente público ou particular em
decorrência sanções impostas aos particulares e servidores.
 Ex: Interdição de estabelecimento comercial em vista de
irregularidade; Aplicação de multas e etc.
25
LEI Nº 8429/92 – IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA
 Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos
nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de
mandato, cargo, emprego ou função na administração
pública direta, indireta ou fundacional e dá outras
providências.
26
 Aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo
agente público, induza ou concorra para a prática do ato de
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou
indireta;
 Dar-se-á o integral ressarcimento do dano:
 Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou
omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro.
27
 Improbidade Administrativa - Os atos de
improbidade praticados por qualquer
agente público, servidor ou não, contra a
administração direta, indireta ou
fundacional de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Municípios, de Território, serão
punidos na forma desta Lei.
28
ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
1. Quando o agente público auferir qualquer
tipo de vantagem patrimonial indevida em
razão do exercício de cargo, mandato,
função, emprego ou atividade nas entidades
mencionadas acima, e notadamente:
29
2. Receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem
móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem
econômica, direta ou indireta, a título de comissão,
percentagem, gratificação ou presente de quem
tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser
atingido ou amparado por ação ou omissão
decorrente das atribuições do agente público;
30
3. Perceber vantagem econômica, direta ou
indireta, para facilitar a aquisição, permutaou
locação de bem móvel ou imóvel, ou a
contratação de serviços pelas entidades
referidas acima por preço superior ao valor de
mercado, bem como a alienação de bem
público por valor inferior a de mercado;
31
4. Perceber vantagem econômica, direta ou
indireta, para facilitar a alienação, permuta
ou locação de bem público ou o
fornecimento de serviço por ente estatal por
preço inferior ao valor de mercado;
32
5. Utilizar, em obra ou serviço particular,
veículos, máquinas, equipamentos ou
material de qualquer natureza, de
propriedade ou à disposição de qualquer das
entidades mencionadas, bem como o
trabalho de servidores públicos, empregados
ou terceiros contratados por essas
entidades;
33
6. Receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de
azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura
ou de qualquer outra atividade;
34
7. Receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou
declaração a que esteja obrigado;
8. Usar ou incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio:
bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas.
35
 PENA - Independentemente das sanções penais, civis e
administrativas, previstas na legislação específica, está o
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações:
 perda da função pública;
 ressarcimento integral do dano, quando houver;
 perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio;
36
CONSTITUI ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE
CAUSA ENRIQUECIMENTO ILÍCITO:
 Auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em
razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou
atividade nas entidades mencionadas no art. 1° da lei Nº
8429/92, notadamente:
37
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou
imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou
indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que
possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão
decorrente das atribuições do agente público;
38
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para
facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou
imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas
no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para
facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o
fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao
valor de mercado;
39
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,
equipamentos ou material de qualquer natureza, de
propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de
servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por
essas entidades;
40
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de
azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura
ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de
tal vantagem;
41
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza,
direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição
ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou
sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica
de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei;
42
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de
mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de
qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à
evolução do patrimônio ou à renda do agente público;
43
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de
consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica
que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público, durante a atividade;
44
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a
liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou
declaração a que esteja obrigado;
45
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial
das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou
valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1° desta lei.
46
CONSTITUI ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE
CAUSA LESÃO AO ERÁRIO
I - Facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação
ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial
das entidades já mencionadas;
47
II - Permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica
privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
acervo patrimonial das entidades já mencionadas, sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares;
48
III - Doar à pessoa física, jurídica, bem como ao ente
despersonalizado, ainda que de fins educativos ou
assistenciais, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio
de qualquer das entidades já mencionadas, sem observância
das formalidades legais e regulamentares;
49
IV - Permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem
integrante do patrimônio de qualquer das entidades já
mencionadas, ou ainda a prestação de serviço por parte delas,
por preço inferior ao de mercado;
V - Permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem
ou serviço por preço superior ao de mercado;
50
VI - Realizar operação financeira sem observância das
normas legais e regulamentares ou aceitar garantia
insuficiente ou inidônea;
VII - Conceder benefício administrativo ou fiscal sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares;
51
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo
seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins
lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;
IX - Ordenar ou permitir a realização de despesas não
autorizadas em lei ou regulamento;
52
X - Agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda,
bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio
público;
XI - Liberar verba pública sem a estrita observância das
normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular;
XII - Permitir, facilitar ou concorrer para que 3º se enriqueça
ilicitamente;
53
XIII - Permitir que se utilize, em obra ou serviço particular,
veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer
natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das
entidades já mencionadas, bem como o trabalho de servidor
público, empregados ou terceiros contratados por essas
entidades;
54
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por
objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão
associada sem observar as formalidades previstas na lei;
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem
suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as
formalidades previstas na lei;
55
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a
incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou
jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos
transferidos pela administração pública a entidades privadas
mediante celebração de parcerias, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie;
56
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica
privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos
transferidos pela administração pública a entidade privada
mediante celebração de parcerias, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentaresaplicáveis à
espécie;
57
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com
entidades privadas sem a observância das formalidades
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e
análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela
administração pública com entidades privadas;
58
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela
administração pública com entidades privadas sem a estrita
observância das normas pertinentes ou influir de qualquer
forma para a sua aplicação irregular;
59
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela
administração pública com entidades privadas sem a estrita
observância das normas pertinentes ou influir de qualquer
forma para a sua aplicação irregular.
60
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE
ATENTAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
 Qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às
instituições, e notadamente:
61
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou
diverso daquele previsto, na regra de competência;
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
ofício;
62
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em
razão das atribuições e que deva permanecer em segredo;
IV - negar publicidade aos atos oficiais;
V - frustrar a licitude de concurso público;
63
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de
terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida
política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria,
bem ou serviço;
64
VIII - descumprir as normas relativas à celebração,
fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela
administração pública com entidades privadas;
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de
acessibilidade previstos na legislação.
65
 PENA: Independentemente das sanções penais, civis e
administrativas, previstas na legislação específica, está o
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações:
 perda da função pública;
 ressarcimento integral do dano;
66
 perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, se concorrer esta circunstância;
 suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito)
anos;
67
 pagamento de multa civil de até 2 (duas) vezes o valor do
dano;
 proibição de contratar com o Poder Público ou receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 5 (cinco)
anos;
68
 suspensão dos direitos políticos de 3 (três) a 5 (cinco)
anos;
 pagamento de multa civil de até 100 (cem) vezes o valor da
remuneração percebida pelo agente;
69
 proibição de contratar com o Poder Público ou receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 3 (três) anos.
70
DA DECLARAÇÃO DE BENS
 A posse e o exercício de agente público ficam
condicionados à apresentação de declaração dos bens
e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim
de ser arquivada no Serviço de Pessoal competente.
(art. 13, Lei 8429/92)
71
 A declaração de bens será anualmente atualizada e na
data em que o agente público deixar o exercício do
mandato, cargo, emprego ou função.
72
 Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço
público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente
público que se recusar a prestar declaração dos bens,
dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.
73
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO
JUDICIAL
 Qualquer pessoa poderá representar à autoridade
administrativa competente para que seja instaurada
investigação destinada a apurar a prática de ato de
improbidade. (art. 14, Lei 8429/92).
74
 O Ministério Público, se não intervier no processo como
parte, atuará, obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob
pena de nulidade. (art. 17, § 4º, Lei 8429/92)
75
 Havendo fundados indícios de responsabilidade, a
comissão representará ao Ministério Público ou à
procuradoria do órgão para que requeira ao juízo
competente a decretação do sequestro dos bens do agente
ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado
dano ao patrimônio público. (art. 16, Lei 8429/92)
76
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,
DF, Senado, 1998.
________ Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis
aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato,
cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá
outras providências.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 27. ed. São Paulo:
Malheiros, 2002.
MINAS GERAIS – Constituição (1989). Constituição do Estado de Minas Gerais e
atualizações. Belo Horizonte: Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais,
1989.
77

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