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01 DIREITO ADMINISTRATIVO - APOSTILA RESUMO

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@projetomonitoriacas 1 
 
Projeto Monitoria 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO - RESUMO CAS/2020 
 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA 
Direito Administrativo é o ramo do direito público que trata de princípios e regras que disciplinam a 
função administrativa e que abrange entes, órgãos, agentes e atividades desempenhadas pela 
Administração Pública na consecução do interesse público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desconcentração e Descentralização 
E como a Administração Pública se organiza? Para isso ela faz uso de técnicas: aqui vamos tratar da 
desconcentração e da descentralização. 
 
DescOncentração ocorre unicamente dentro de um mesmo órgão. Assim, a desoncentração trata-se de 
uma mera técnica administrativa de distribuição interna de competências dentro de uma mesma 
pessoa jurídica. Na desconcentração não se cria outra entidade e há hierarquia. 
(DescOncentração observe O de órgão) 
 
DescEntralização ocorre quando o Estado não dá conta de exercer suas tarefas sozinho. É a 
transferência da atividade administrativa para outra pessoa, física ou jurídica, integrante ou não do 
aparelho estatal, que no momento oportuno será estudado. Ou seja, ele cria outra Entidade. A chamada 
Administração Pública Indireta. (DescEntralização observe E de entidade) 
 
Órgão Público 
São repartições internas do Estado, criadas a partir da desconcentração administrativa e necessária a 
sua organização, sendo justificada pela necessidade de especialização, tornando a atuação estatal mais 
eficiente. 
 
Características 
• A criação e a extinção de um órgão público dependem de lei, em regra, sendo de iniciativa do 
Chefe do Executivo; já seu funcionamento será estabelecido por decreto do chefe do Executivo. 
• O órgão público não tem capacidade processual, isto é, não pode demandar ou ser 
demandado em juízo (não pode processar ou ser processado). Tem exceção? Sim. Quem? Os 
Sentido Subjetivo ou 
Formal: conjunto de 
órgãos, entidades e agentes 
incumbidos de exercer a 
função administrativa. 
 
 
Sentido Objetivo ou 
Material: as atividades da 
administração. A própria função 
administrativa. 
 
 
@projetomonitoriacas 2 
 
Projeto Monitoria 
 
 
que atuam em defesa do consumidor ou os que são da cúpula da hierarquia administrativa que 
atuam em defesa de suas prerrogativas institucionais. 
 
Classificação dos órgãos 
 
❖ Quanto à posição que o órgão ocupa na escala governamental ou administrativa: 
 
Órgãos independentes 
São órgãos originários da Constituição e representativo dos Poderes do Estado (Legislativo, Executivo 
e Judiciário); Não se subordinam a nenhum outro órgão público, e somente submetendo-se ao controle 
recíproco previsto no teto constitucional. 
 
Órgãos autônomos 
Imediatamente subordinados aos órgãos independentes, isto é, aso chefes dos órgãos independentes. 
Desenvolve as funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle, como Ministérios, 
Secretária estaduais e municipais, por exemplo, a SEPM. Ampla autonomia administrativa e 
financeira. 
Órgãos superiores 
Estão subordinados a uma chefia.São órgãos que não tem autonomia administrativa e financeira. 
Possui o poder de direção e controle sobre assuntos específicos de sua competência, como por exemplo, 
coordenadorias dentro da SEPM. 
 
Órgãos subalternos 
Aquele que se encontram na base da pirâmide, com reduzido poder de decisão. São órgãos de mera 
execução, como os batalhões. 
 
❖ Em relação ao enquadramento federativo: 
Órgãos federais (Integrantes da Administração Federal. Exemplo: Presidência da República, Ministérios, 
Congresso Nacional) 
Órgãos estaduais (Integrantesda AdministraçãoEstadual. Exemplo:Governadoria, Secretarias estaduais, 
Assembleia Legislativa) 
Órgãos distritais (Integrantes da Administração Distrital (exemplo: Governadoria e Câmara Distrital) 
Órgãos municipais (Integrantes da Administração Municipal (exemplo: Prefeitura, Secretarias 
municipais, Câmara dos Vereadores) 
 
❖ Quanto a composição: 
Órgãos singulares ou unipessoais (Quando compostos por um agente público, como a chefia do 
Executivo). 
 
@projetomonitoriacas 3 
 
Projeto Monitoria 
 
 
Órgãos coletivos ou pluripessoais (Quando compostos por mais de um agente público, como os 
Conselhos do Ministério
 
Público e Conselho Nacional de Justiça). 
❖ Em relação as atividades que preponderante são exercidas pelos órgãos públicos: 
Órgãos ativos (Órgãos responsáveis pela execução concreta das decisões administrativas, como órgão 
responsável pela execução de uma obra pública.) 
Órgãos consultivos (Órgãos responsáveis pelo assessoramento de outros órgãos, como a procuradoria) 
Órgãos de controle (Órgãos que fiscalizam as atividades de outros órgãos, como Tribunal de Contas) 
Administração Indireta 
Compreende as entidades administrativas que exercem funções administrativas a partir da 
descentralização legal, e que estão vinculados ao respectivo Ente Federativo, como: 
As autarquias/As empresas públicas (e suas subsidiárias)/As sociedades de economia mista (e suas 
subsidiárias)/As fundações públicas. 
 
Autarquia 
Pessoa jurídica de direito público, criada por lei e integrante da administração Pública Indireta, que 
desempenha atividade típica de Estado, como IBAMA, INSS. 
 
CARACTERÍSTICAS 
❖ A criação é através de lei de iniciativa do chefe do Executivo, sendo que sua 
personalidade jurídica começa a vigência da lei criadora. 
❖ A autarquia deve exercer atividades típicas e Estado, como quelas que exercem poder de polícia, 
sendo vedado a autarquia desempenhar atividades econômicas. 
❖ O patrimônio das autarquias é constituído por bens públicos, na forma do art. 98, CC. 
❖ As mesmas têm imunidade tributária e prerrogativas processuais, no primeiro caso é a vedação 
de instituição de imposto sobre o patrimônio, a renda e os serviços das autarquias, desde que 
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes; já em relação as prerrogativas 
processuais, a autarquia é enquadrada no conceito de Fazenda Pública e goza das mesmas 
prerrogativas, como prazos dobrados para todas as suas manifestações. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
❖ Quanto a vinculação federativa das autarquias: 
Monofederativas – quando integrantes da Administração Indireta de um Ente federado determinado 
(autarquias federais, estaduais, distritais ou municipais). 
Plurifederativas – quando a autarquia integrar ao mesmo tempo a Administração Indireta de dois ou 
mais Entes federados, como por exemplo, associação pública. 
 
❖ Em relação ao campo de atuação ou ao objeto: 
Autarquias assistenciais ou previdenciárias – INSS 
Autarquias de fomento – SUDENE 
 
@projetomonitoriacas 4 
 
Projeto Monitoria 
 
 
Autarquias profissionais ou corporativas – CRM, CREA 
Culturais ou de ensino – UFRJ 
Autarquias de controle ou de regulação – ANP 
 
❖ Quanto aos regimes jurídicos: 
Autarquias comuns ou ordinárias – são as autarquias em geral, responsáveis pela execução de 
atividades administravas tradicionais e típicas de Estado. 
Autarquias especiais – são as agências reguladoras. 
 
Agências Reguladoras 
As agências reguladoras têm o objetivo de corrigir falhas do mercado. Então podemos afirmar que as 
agências reguladoras são autarquias com regime jurídico especial, dotado de autonomia reforçada em 
relação ao Ente central, tendo em vista dois fundamentos principais: 
Despolitização – conferindo o tratamento técnico é maior segurança jurídica ao setor regulado. 
Necessidade de celeridade na regulação de determinadas atividades técnicas. 
 
Atividade regulatória 
As agências reguladoras envolvem o exercício de três atividades diversas, entre as quais: administrativa, 
poder normativo e judicante. 
No poder administrativo um exemplo clássico é o exercício do poder de polícia;já em relação poder 
normativo, as agências reguladoras têm a prerrogativa de editar atos normativos, dentro dos limites e 
atribuições da agência reguladora. 
Já em relação ao poder judicante é a possibilidade resolver conflitos entre os agentes regulados, porém 
não afastando a possibilidade de buscar a tutela jurisdicional. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Podemos classificar as agências reguladoras, quanto ao tipo de atividade regulada ou a partir da 
quantidade de setores regulados. 
 
❖ Quanto ao tipo de atividade regulada. 
Agência reguladora de serviços públicos concedidos. Exemplo : ANEEL, ANATEL, ANTT. 
Agências reguladoras de atividades econômicas em sentido estrito. Exemplos: ANP, ANCINE 
 
❖ Quantidade de setores regulados. 
Agência reguladoras monossetoriais. Exemplos: ANEEL, ANATEL, neste caso, é possível constatar que 
a agência regula um único setor, como de energia elétrica ou telecomunicações. 
Agência reguladora plurissetoriais. Exemplos: AGESC (Agência Reguladora de Serviços Públicos de 
Santa Catarina), no caso desta agência, todos os serviços delegados pelo Ente estadual aos particulares 
são fiscalizados por esta autarquia especial. 
 
 
 
@projetomonitoriacas 5 
 
Projeto Monitoria 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
- Tem autonomia administrativa, com a estabilidade reforçada dos dirigentes, impossibilidade de 
recurso hierárquico impróprio. 
- Os dirigentes das agências reguladoras têm mandato fixo, não coincidente com o mandato do 
chefe do Executivo, buscando diminuir a influência política, e assim, reafirmando o papel de 
uma autarquia especial técnica. 
- Em decorrência dessa característica o chefe do Executivo não pode exonerar o dirigente, sendo 
que os mesmos só perdem o cargo em três situações específicas: Renúncia; Sentença transitada 
em julgado; Processo administrativo, com observância da ampla defesa e do contraditório. 
- Impossibilidade de recurso hierárquico impróprio, isto é, é quando o recurso é encaminhado 
para pessoa jurídica diversa daquela que proferiu a decisão recorrida. Então nas agências 
regulatórias o objetivo é que a decisão final na esfera administrativa seja da autarquia 
regulatória. 
- Autonomia financeira e as taxas regulatórias. Já que encaminham propostas orçamentárias ao 
Ministério ao qual estão vinculadas e podem instituir taxas regulatórias que terão a natureza de 
tributo, quando a finalidade da agência regulatória for regular atividades econômicas, enquanto 
terá natureza de taxa quando for regular a prestação de serviços públicos. 
Empresas Estatais: Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista 
Empresas estatais 
É toda e qualquer entidade, civil ou comercial, sob controle acionário do Estado, é o gênero, sendo as 
espécies: as empresas públicas, as sociedades de economia mista, suas subsidiárias e as demais 
sociedades controladas pelo Estado. 
Empresa pública 
É uma pessoa jurídica de direito privado, integrante da Administração Indireta, criada por autorização 
legal, sob qualquer forma societária admitida em direito, que prestam serviços públicos ou executam 
atividades econômicas. 
 
Sociedade de Economia Mista 
É uma pessoa jurídica de direito privado, integrante da Administração Indireta, criada por autorização 
legal, sob a forma sociedade de sociedade anônima, que presta serviços públicos ou executa atividades 
econômicas. 
 
 
 
 
 
 
@projetomonitoriacas 6 
 
Projeto Monitoria 
 
 
Diferença Empresa Pública 
Sociedade de Economia 
Mista 
 
 
Composição do Capital 
 
É formado por capital 
público. 
Formada por capital público e 
privado, mas o controle 
acionário é do 
Estado. 
 
Forma societária 
Pode ser revestida por 
qualquer forma societária 
admitida em direito. 
 
São sociedade anônimas. 
 
 
 
 
Foro competente
 para julgamento 
de litígios 
 
 
O foro competente é a 
Justiça Federal para as 
empresas públicas 
federais, as demais, o foro 
competente é a Justiça 
Estadual. 
O foro competente é a Justiça 
Estadual, é a regra. Poderá ir 
para a Justiça Federal, se a 
União intervier como assistente 
ou oponente ou para julgar 
mandado de segurança contra 
ato praticado por sociedade de 
economia 
mista federal. 
 
CARACTERÍSTICAS EM COMUM 
Criação : Para a sua criação deve ser por uma lei específica, porém o início da personalidade jurídica 
ocorrerá com a inscrição dos atos constitutivos no respectivo registro. 
Objeto: Podem desenvolver atividades econômicas ou prestação de serviços públicos. 
Regime de pessoal: O regime é celetista (CLT), porém a demissão desses empregados deverá ser 
motivada, visto o respeito aos princípios constitucionais da moralidade e impessoalidade. 
 
Patrimônio: O patrimônio é privado, porém sofre modulações do direito público, visto que aquelas 
empresas ou sociedade de economia mista que prestam serviço público a limitação do patrimônio, como 
a penhora, não pode atingir os bens que estiverem afetados ao serviço público e forem necessários a sua 
continuidade. Os bens privados das empresas estatais podem ser adquiridos por usucapião, 
independentementedanaturezadoserviçoouatividadeeconômica desempenhados. 
 
Fundações Públicas 
São entidades ligadas à Administração Pública Indireta , instituida por lei, com o objetivo de exercer 
atividades sociais sem fins lucrativos. 
As fundações públicas devem se destinar às atividades que de alguma forma tenham um fim coletivo, 
como relacionadas à assistência social, médica e hospitalar, educação e ensino, pesquisa e atividades 
culturais, todas de relevo coletivo o que justifica a vinculação de bens e recursos públicos para sua 
realização. 
 
@projetomonitoriacas 7 
 
Projeto Monitoria 
 
 
O regime de pessoal daqueles que trabalham nas fundações públicas é estatutário; já em relação ao 
patrimônio é composto por bens públicos. O foro processual das fundações públicas serão a Justiça 
Federal, excetuando- se os casos de falência, acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral. 
 
Terceiro Setor são entidades da sociedade civil sem fins lucrativos, que desempenham atividades 
de Interesse social, mediante vínculo formal de parceria com o Estado. O terceiro setor está situado entre 
o Estado e o mercado, executando atividades sociais e recebendo benefícios públicos. 
 
Entre as entidades do terceiro setor podemos indicar: os serviços sociais autônomos (sistema S); as 
organizações sociais (OS); as organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs). 
 
Serviços sociais autônomos – Sistema S 
Criados pelas Confederações privadas, após autorização legal, para exercer atividades de amparos para 
determinadas categorias profissionais, através das contribuições sociais. 
Os exemplos são SESI, SENAI, SENAC 
Organizações Sociais (OS) 
São entidades privadas que celebram contratos de gestão com o Estado para cumprimentos de 
determinadas metas de desempenho e recebimento de benefícios públicos. 
 
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPS) 
Entidades privadas que não exercem atividades lucrativas e desempenham atividades sociais 
especialmente citadas pela lei, devendo atender um dos objetivos : 
Promoção da assistência social; promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e 
artístico; promoção gratuita da educação; promoção gratuita da saúde; promoção da segurança alimentar 
e nutricional; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento 
sustentável; promoção do voluntariado; promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à 
pobreza; experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio produtivos e de sistemas alternativos 
de produção, comércio, emprego e crédito; promoção de direitos estabelecidos, construção de novos 
direitos e assessoria jurídicagratuita de interesse suplementar; promoção da ética, da paz, da cidadania, 
dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais; estudos e pesquisas, 
desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos 
técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo; estudos e pesquisas 
para o desenvolvimento, a disponibilização e a implementação de tecnologias voltadas à mobilidade de 
pessoas, por qualquer meio de transporte. 
 
CARACTERÍSTICAS 
• São criadas pela iniciativa privada. 
• Não possuem finalidade lucrativa. 
• Não integram a Administração Pública Indireta 
• Prestam atividade privadas de relevância social 
 
@projetomonitoriacas 8 
 
Projeto Monitoria 
 
 
• Possuem vínculo legal ou o negocial com o estado 
• Recebem benefícios públicos. 
• E relação ao regime de pessoal todos são celetistas (CLT), porém a contratação deve ser através 
de processo seletivo objetivo, observando os princípios da impessoalidade e moralidade. 
• Os bens são privados, porém os bens adquiridos com recursos públicos repassados pelo Poder 
Público sofrem as limitações do regime público. 
• As imunidades tributárias são estendidas as instituições privadas de educação de assistencial 
social, em relação aos impostos sobe patrimônio, renda e serviços relacionados com as suas 
finalidades. 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
Conceito é a manifestação unilateral da vontade da Administração Pública e seus delegatórios que 
buscam produzir efeitos jurídicos com objetivo de implementar o interesse público. Uma outra forma de 
conceituar ato administrativo é como sendo a exteriorização da vontade de agentes da Administração 
Pública ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à produção de 
efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público. (é necessário que a vontade venha do agente 
da administração pública, que seu conteúdo propicie a produção de efeitos jurídios e que os atos sejam 
regidos basicamente pelo direito público) 
 
ELEMENTOS: Competência – Finalidade – Forma – Motivo – Objeto = 
COFIFOMOOB 
 
Competência é a prerrogativa atribuída pelo ordenamento jurídico às entidades Administrativas e aos 
órgãos públicos, habilitando os seus agentes públicos para o exercício da função pública. Dessa maneira, 
o agente poderá exercer legitimamente suas atividades. 
 
CARACTERÍSTICAS 
Irrenunciabilidade: o agente público não pode renunciar à prática de ato que é de sua competência 
(relembramos: trata-se de um poder-dever). Tal característica tem caráter relativo em função dos 
institutos da delegação e da avocação. 
Inderrogabilidade: um agente (ou órgão público) não pode transferir a outro, por acordo ou por 
assentimento das partes da Administração envolvidas, atribuições típicas que são de sua exclusiva 
competência. 
Improrrogabilidade: o agente só pode praticar os atos para os quais a lei lhe conferiu competência, 
ressalvadas as hipóteses de delegação e avocação. 
Imprescritibilidade: As competências devem ser exercidas a qualquer tempo, salvo, é claro, nos casos 
em que a lei estabelece prazos para a Administração. 
 
CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
❖ Em razão da matéria 
As matérias são distribuídas conforme a especificidade da função para sua melhor execução, por exemplo 
Secretaria de Educação, Secretaria de Saúde. 
 
@projetomonitoriacas 9 
 
Projeto Monitoria 
 
 
❖ Em razão do território 
As funções administrativas são distribuídas, em razão, do território, permitindo uma maior 
aproximação entre o administrado e a Administração Pública. O exemplo pode ser as subprefeituras, 
as seccionais de órgãos públicos. 
 
❖ Em razão da hierarquia 
As matérias podem ser distribuídas a parir da posição hierárquica do agente público. O exemplo são as 
matérias de atribuição exclusiva de uma determinada autoridade. 
 
❖ Em razão do tempo 
Algumas funções administrativas só podem ser exercidas, em determinado período de tempo. O exemplo 
clássico é o exercício do mandato eletivo, onde aquele só poderá praticar seus atos de ofício durante o 
exercício do mandato. 
 
DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO 
Delegação de competência é quando a norma autorizar que um agente transfira a outro, normalmente 
em plano hierárquico inferior, funções que originariamente lhe são atribuídas. 
Avocação, quando o delegante atrai para a sua esfera decisória a prática de ato objeto de delegação, 
sendo esse um meio de evitar decisões concorrentes e eventualmente contraditórias. 
 
Objeto é a alteração no mundo jurídico que o ato administrativo se propõe a processar. Significa, o 
objetivo imediato da vontade exteriorizada pelo ato, a proposta do agente que manifestou a vontade com 
vistas a determinado alvo. O objeto deve ser lícito, isto é, em conformidade com ordenamento 
jurídico, também deve ser possível (realizável concretamente) e por fim, moral (de acordo com os 
padrões éticos ou morais) 
 
DISCRICIONARIEDADE E VINCULAÇÃO (estão relacionados ao poder hierárquico) 
Vinculação: é quando a administração age totalmente dentro dos limites da lei. A administração não tem 
“margem de liberdade”. Obedece ao princípio da legalidade. 
 
Discricionariedade: a administração pública age com “liberdade de ação”. A administração pode 
escolher por conveniência, oportunidade e necessidade e conteúdo do ato. Dentro dos limites da lei. O 
ato depende de conveniência da administração. O ato é praticado quando for conveniente. 
 
Forma é o meio pelo qual se exterioriza a vontade, é o revestimento externo do ato administrativo para 
a produção de efeitos jurídicos. (Na maioria dos casos, escrita, porém aceita exceção) 
 
PRINCÍPIO DA SOLENIDADE DAS FORMAS 
A solenidade das formas funciona como garantia para o administrado, trazendo a certeza que o agente 
praticou o ato de acordo com o estabelecido em lei, sob pena de vício de legalidade suficiente para a 
sua invalidação.Ocorre situações que a própria vontade administrativa permite que a Administração 
Pública possa exteriorizar suas vontades por outros meios como é o caso de gestos (guardas de trânsito), 
 
@projetomonitoriacas 10 
 
Projeto Monitoria 
 
 
palavras (atos de polícia de segurança pública) ou sinais (semáforos e placas de trânsito), esses meios, 
porém, são excepcionais. 
 
Motivo é a situação de fato ou de direito que gera a vontade do agente quando pratica o ato 
administrativo. O motivo é a causa do ato. 
 
Motivo discricionário (motivo de fato) e motivo vinculado (motivo de direito) 
❖ Motivo de direito (vinculado): 
É a situação de fato eleita pela norma legal como ensejadora da vontade administrativa, é por exemplo, 
quando o servidor atinge determinada idade prevista em lei, o mesmo é aposentado compulsoriamente, 
restando ao administrador cumpri-la; 
É uma escolha do legislador. 
 
❖ Motivo de fato (discricionário) 
É a própria situação de fato ocorrida sem descrição na norma legal, um exemplo é a dispensa da 
licitação em determinados casos que a lei prevê; neste caso o administrador pautado nos princípios 
constitucionais poderá atuar conforme oportunidade e conveniência, já que a lei não determinou de 
maneira taxativa a adoção de determinada medida. 
É uma escolha do administrador. 
. 
MOTIVO E MOTIVAÇÃO 
O motivo é a situação de fato por meio da qual ocorre a manifestação de vontade da Administração. 
A motivação é a justificativa do pronunciamento tomado, exprime de modo expresso e textual todas as 
situações de fato que levaram o agente à manifestação da vontade. 
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES 
O motivo do ato administrativo deve sempre guardar compatibilidade com a situação de fato que gerou 
a manifestação da vontade. Deve haver relação entre o motivo e a motivação.Finalidade é o atendimento do interesse público. A finalidade é o resultado do ato. 
Desvio de Finalidade o atendimento de interesses meramente privado, em desacordo com a legislação, 
é conhecido como desvio de poder, que acarreta nulidade do ato. 
 
FINALIDADE E OBJETO 
A finalidade e o objeto podem ser considerados como vetores do resultado do ato, mas o objeto 
representa o fim imediato, ou seja, o resultado prático a ser alcançado pela vontade administrativa. A 
finalidade, reflete o fim mediato, o interesse coletivo que deve o administrador perseguir. 
 
ATRIBUTOS = características. 
Senhores, sempre que no direito administrativo os senhores lerem sobre atributos do ato administrativo, 
quero que os senhores se lembrem da PATI...isso aquela PATI. 
 
@projetomonitoriacas 11 
 
Projeto Monitoria 
 
 
Presunção de Legitimidade 
Autoexecutoriedade 
Tipicidade 
Imperatividade 
 
Presunção de Legitimidade - os atos administrativos presumem-se editados em conformidade 
com ordenamento jurídico (presunção de legitimidade), bem como as informações nele contidas 
presumem-se verdadeiras (presunção de veracidade), visto que os agentes públicos estão sujeitos ao 
princípio da legalidade, a necessidade de cumprimento de certas formalidades, atendimento do interesse 
público. 
A presunção de legitimidade tem o caráter relativo, isto é, admite-se prova em contrário. Um dos efeitos 
que a presunção de legitimidade são a autoexecutoriedade dos atos administrativos, visto que editado o 
ato, o administrado é obrigado a cumpri- los. 
 
Autoexecutoriedade – são os atos autoexecutórios são os que podem ser materialmente 
implementados pela administração, diretamente, inclusive mediante o uso da força, se necessária, sem 
que a administração precise obter autorização judicial prévia. A autoexecutoriedade não é um atributo 
presente em todos os atos administrativos. Afirma-se que ela é qualidade própria dos atos inerentes ao 
exercíciode atividades típicas da administração, quando está atuando na condição de poder público. 
 
Tipicidade - É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas 
previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Esse atributo, corolário do princípio 
da legalidade, teria o condão de afastar a possibilidade da administração praticar atos inominados. Dessa 
forma, para cada finalidade que a administração pretenda alcançar, deve existir um ato típico definido 
em lei. 
Como consequências desse atributo, temos a representação de uma garantia para o administrado, pois 
impede que a administração pratique um ato, unilateral e coercitivo, sem prévia previsão legal, e afasta 
também a possibilidade de ser praticado um ato totalmente discricionário; pois a lei, ao prever o ato, já 
define os limites em que a discricionariedade poderá ser exercida. 
 
Imperatividade é a possibilidade de a administração pública, unilateralmente, criar obrigações para 
os administrados, ou impor-lhes restrições. Este atributo não está presente em qualquer ato 
administrativo, mas apenas naqueles atos que implicam obrigação para o administrado, ou que são a ele 
impostos, e devem ser por ele obedecidos, sem necessidade de seu consentimento, como é nos casos 
punitivos e no exercício do poder de polícia. Em decorrência do atributo da presunção de legitimidade, 
presente em todos os atos administrativos, os atos caracterizados pela imperatividade podem ser 
imediatamente imposto aos particulares a partir de sua edição. 
Extinção dos Atos Administrativos 
 
Recusa é a extinção do ato administrativo antes da produção de seus efeitos. 
Renúncia é a extinção do ato administrativo por vontade unilateral do particular. 
Caducidade é a extinção do ato administrativo quando a situação nele contemplada não é mais 
tolerada pela nova legislação, tornando-se ilegal. 
Cassação é a extinção quando ocorre descumprimento das condições fixadas pela Administração ou 
ilegalidade por parte do beneficiário. 
 
@projetomonitoriacas 12 
 
Projeto Monitoria 
 
 
 
 Anulação Revogação 
Quem pode ordenar? Administração e Judiciário Administração 
Motivos? Ilegalidade Conveniência e 
oportunidade 
 
Não podem ser revogados: 
• Os atos vinculados; 
• Os atos que exauriam seus efeitos ou com prazo expirado; 
• Os atos preclusos no processo administrativo – é quando no decorrer do ato; 
• Os atos que geram direitos adquiridos – são aqueles atos que geram direitos adquiridos; 
• Os meros atos administrativos – as exemplos certidões, atestados, pareceres, pois os efeitos 
desses atos estão estabelecidos em lei. 
 
Convalidação dos Atos Administrativos 
 
É o salvamento do ato administrativo que apresenta vícios sanáveis, produzindo efeitos retroativos, 
preservando o ato ilegal anteriormente editado. 
Na convalidação os vícios sanáveis são aqueles relacionados à competência, à foram e ao objeto, 
quando este último for plúrimo, isto é, mais de um objeto. De forma contrária, os vícios relativos ao 
motivo, finalidade, ao objeto (quando for único) e à falta de congruência entre motivo e resultado do 
ato administrativo não admitem convalidação. 
 
PODERES ADMINISTRATIVOS 
 
Espécies de Poderes Administrativos : regulamentar (normativo); de polícia, disciplinar, 
hierárquico, vinculado e discricionário. 
 
Poder normativo - Poder regulamentar é a prerrogativa conferida à Administração Pública de 
editar atos gerais para complementar as leis e possibilitar sua efetiva aplicação. Seu alcance é apenas 
de norma complementar à lei; não pode, pois, a Administração, alterá-la a pretexto de estar 
regulamentando-a. Se o fizer, cometerá abuso de poder regulamentar, invadindo a competência do 
Legislativo. 
Poder hierárquico: Poder hierárquico é o de que dispõe o Executivo para organizar e distribuir as 
funções de seus órgãos, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de 
pessoal. Inexistente no Judiciário e no Legislativo, a hierarquia é privativa da função executiva, sendo 
elemento típico da organização e ordenação dos serviços administrativos. 
O poder hierárquico tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades 
administrativas, no âmbito interno da Administração Pública. Ordena as atividades da administração ao 
repartir e escalonar as funções entre os agentes do Poder, de modo que cada qual exerça eficientemente 
o seu cargo, coordena na busca de harmonia entre todos os serviços do mesmo órgão, controla ao fazer 
 
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cumprir as leis e as ordens e acompanhar o desempenho de cada servidor, corrige os erros administrativos 
dos seus inferiores, além de agir como meio de responsabilização dos agentes ao impor-lhes o dever de 
obediência. 
Poder discricionário - é a liberdade de ação administrativa, dentro dos limites permitidos em lei, 
ou seja, a lei deixa certa margem de liberdade de decisão diante do caso concreto, de tal modo que a 
autoridade poderá optar por uma dentre várias soluções possíveis, todas, porém, válidas perante o direito. 
É, portanto, um poder que o direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, para a 
prática de atos administrativos, com a liberdade na escolha segundo os critérios de conveniência, 
oportunidade e justiça, próprios da autoridade, observando sempre os limites estabelecidos em lei, pois 
estes critérios não estão definidos em lei. Exemplo: autorização para porte de arma, exoneração de um 
ocupante de cargo em comissão. 
Poder vinculado – é aquele em que a lei estabelece todos os elementos, pressupostos ou requisitos 
do ato, não havendo para o agente qualquer liberdade de escolha, como acontece no exercício do poder 
discricionário. Caso o agente verifique a ocorrência dofato que dá origem ao ato administrativo, seu 
dever é executá-lo nos exatos termos previstos na lei. Exemplo: realização de lançamento tributário. 
Poder disciplinar: Faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores, o poder 
disciplinar é exercido no âmbito dos órgãos e serviços da Administração. É considerado como 
supremacia especial do Estado. 
Correlato com o poder hierárquico, o poder disciplinar não se confunde com o mesmo. No uso do 
primeiro a Administração Pública distribui e escalona as suas funções executivas. Já no uso do poder 
disciplinar, a Administração simplesmente controla o desempenho dessas funções e a conduta de seus 
servidores, responsabilizando-os pelas faltas porventura cometidas. 
Poder de polícia : é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o 
uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado". 
A polícia administrativa rege-se pelo direito administrativo enquanto a polícia judiciária rege-se pelo 
direito penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Polícia Administrativa x polícia judiciária 
 
*A polícia administrativa se exaure em si mesma, a judiciária é reparatória para 
a atuação do Poder Judiciário. 
*A polícia administrativa atua sobre atividades, bens e direitos dos indivíduos e 
a judiciária sobre os próprios indivíduos. 
*O caráter de polícia é basicamente preventivo, enquanto a judiciária é 
predominante repressiva. 
 
 
 
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Excesso e Desvio de Poder 
 
É quando o agente público utiliza os poderes administrativos de forma abusiva. Esse abuso de poder pode 
ocorrer de duas formas: 
 
❖ Excesso de poder (elemento competência) É quando a atuação do agente extrapola a competência 
estipulada em lei. 
❖ Desvio de poder (elemento finalidade) É quando o agente pretende alcançar finalidade diversa 
do interesse público. 
 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
ESPÉCIES DE CONTROLE 
Ciclo do Poder de Polícia 
1) Ordem (ou norma de polícia ou legislação de polícia): são comandos abstratos e coercitivos que 
visam normatizar, disciplinar e regulamentar atos e condutas que em tese são nocivos a sociedade. Ex: 
CTB quando limita velocidade. 
2) Consentimento: Traduz-se na anuência prévia da administração, quando exigida, para a prática de 
determinadas atividades privadas ou para determinado exercício de poderes concernentes à propriedade 
privada. Esse consentimento se materializa nas licenças e autorizações. 
 3) Fiscalização: São os atos materiais que decorrem da própria ordem. São atos de natureza executória. 
Exemplo: fiscalização de trânsito, fiscalização da vigilância sanitária e etc. 
4) Sanção: É a aplicação do preceito secundário da norma pelo descumprimento do preceito primário. Será 
oriundo do poder de polícia quando o vínculo jurídico for genérico. Se o vínculo for específico estaremos 
diante do poder disciplinar. 
 
Características do Poder de Polícia 
Discricionariedade: a Administração dispõe de liberdade de atuação, podendo valorar a 
oportunidade e conveniência de sua prática, dentro dos limites legais. 
Auto executoriedade: a Administração impõe diretamente, sem necessidade de prévia autorização 
do Poder Judiciário, as medidas ou sanções. Porém, não afasta a possibilidade do administrado 
recorrer ao judiciário para obter a anulação dos atos praticados contra ele. 
Coercibilidade: as medidas adotadas pela Administração são impostas coativamente ao particular, 
inclusive mediante emprego da força, se necessário. 
 
 
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❖ Quanto ao órgão que exerce responsável pelo controle 
Controle interno ou autocontrole (É o controle realizado pelo próprio Poder Executivo). 
Controle externo (É o controle exercido pelo Poder Judiciário e pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal 
de Contas) 
Controle social (É implementada pela sociedade civil, por meio da participação popular no 
planejamento, acompanhamento e avaliação das políticas públicas) 
❖ Quanto ao momento do controle 
Controle prévio (É o controle realizado antes da publicação do ato administrativo). 
Controle posterior (É o controle realizado sobre o ato administrativo, após finalizado. Seu objetivo é 
desfazê-lo, se ilegal, inconveniente ou inoportuno, corrigi-lo ou confirma-lo). 
 
❖ Controle de legalidade e controle de mérito 
Controle de legalidade (é verificado no âmbito interno, na autotutela ou no controle externo, da 
compatibilidade formal do ato administrativo com a legislação infraconstitucional) 
 
Controle de mérito (É avaliação da conveniência e da oportunidade relativos ao motivo e objeto, que 
ensejaram a edição do ato administrativo discricionário). 
 
CONTROLE ADMINISTRATIVO 
 
É a prerrogativa que tem à Administração Pública para fiscalizar e corrigir sua própria atuação, 
utilizando critérios de legalidade ou de mérito. 
 
Controle Legislativo 
É exercido pelo Poder Legislativo sobre atos do Poder Executivo, a partir de critérios políticos e 
financeiros e nos limites do texto constitucional. 
Os casos de controle são os seguintes: sustação de atos normativos, convocação de autoridade e 
requisição de informações, autorização e aprovação de ato administrativos, comissões parlamentares de 
inquérito (CPI), julgamento do chefe do Executivo e controle financeiro. 
 
Tribunal de Contas 
É um órgão que tem por objetivo a fiscalização financeira e orçamentária a parir de três critérios: 
legalidade, legitimidade e economicidade. As suas atribuições são consultivas, fiscalizadora, julgadora, 
registro, sancionadora, corretiva e ouvidoria. 
 
Controle Jurisdicional 
 
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É apreciação pelo Poder Judiciário dos atos administrativos oriundos do próprio poder, bem como do 
Legislativo e Executivo. O controle jurisdicional sobre os atos do Poder Legislativo ou do Executivo é 
apenas nos aspectos de legalidade. 
 
Instrumentos de Controle Judicial da Administração Pública 
 
HABEAS CORPUS 
 
• É uma ação constitucional que tem por objetivo corrigir ou evitar violência ou coação em sua 
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abusou de poder. 
• Pode ser dividido em habeas corpus preventivo ou repressivo. 
• O habeas corpus será preventivo quando houver ameaça de violência ou coação de locomoção, 
onde será expedido o “salvo-conduto”. 
• O habeas corpus será repressivo quando cessar a efetiva violência ou coação à liberdade de 
locomoção, é chamado de “alvará de soltura”. 
• A legitimidade ativa, isto é, qualquer pessoa, nacional ou estrangeira, poderá impetrar em seu 
nome ou de terceiros, sem necessidade de representação ou assistência. 
• Na legitimidade ativa a pessoa que sofre a ameaça é chamada de paciente e aquela que impetra 
o habeas corpus é chamada de impetrante. 
• Não tem prazo para impetrar o habeas corpus, desde que verificada a lesão ou ameaça de lesão 
à liberdade de locomoção do indivíduo. 
• A competência será delimitada dependendo da qualificação da autoridade coatora ou do 
paciente. 
• A legitimidade passiva são as autoridades ou particulares responsáveis pela ilegalidade, que são 
chamados de coatores. 
 
MANDADO DE SEGURANÇA 
• É ação constitucional que tem por objetivo proteger direito líquido e certo, não amparado por 
habeas corpus ou habeas data, contra atos ilegais ou abuso de poder praticados pelo Estado ou 
por seus delegatários. 
 
ESPÉCIES DE MANDADO DE SEGURANÇA 
❖ Quanto ao momento de impetração 
Mandado de segurança preventivo – quando houver ameaça (justo receio) de lesão ao direito líquido e 
certo. 
Mandado de segurança repressivo – quando buscar reparar a lesão efetiva ao direito líquidoe certo. 
❖ Em relação ao objeto da impugnação e dos legitimados 
Mandado de segurança individual – defende direito líquido e certo do próprio impetrante. 
Mandado de segurança coletivo – é impetrado defender direitos coletivos e individuais homogêneos, 
líquidos e certos. 
 
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A legitimidade ativa para os mandados de segurança individual é da pessoa física (nacional ou 
estrangeira) ou jurídica; já para o mandado de segurança coletivo é pelos partidos políticos com 
representação no Congresso Nacional; organizações sindicais, entidades de classe e associações 
legalmente constituídas, por no mínimo um ano. 
A legitimidade passiva atualmente é da autoridade coatora, bem como, da pessoa jurídica. A autoridade 
coatora é o agente público que exerce a função pública. 
O prazo é 120 dias a partir da ciência do interessado, do ato impugnado. 
A competência para o julgamento depende, em regra, da qualificação da autoridade coatora (federal, 
estadual, distrital ou municipal), levando em consideração a função exercida pela autoridade coatora. 
 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
É uma ação constitucional que tem por objetivo suprir omissão normativa e efetivar o exercício dos 
direitos e liberdades constitucionais das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania. 
Espécies de mandado de injunção 
❖ Mandando de injunção individual 
A finalidade é efetivar direitos, liberdade e prerrogativas constitucionais do impetrante. 
❖ Mandado de injunção coletivo 
Já em relação ao mandado de injunção coletivo é impetrado para defender direitos coletivos e 
individuais homogêneos 
A legitimidade ativa é de todos aqueles prejudicados pela ausência de norma reguladora, entre eles: as 
pessoas físicas e jurídicas, o Ministério Público, partido político e organização sindical, entidade de 
classe ou associação, nos mesmos moldes do mandado de segurança coletivo. 
A legitimidade passiva – é da autoridade ou órgão público responsável pela omissão legislativa, sendo 
essa posição majoritária. 
A competência para o processo e julgamento de mandado de injunção depende do órgão o da autoridade 
responsável pela edição da norma regulamentadora faltante. 
 
HABEAS DATA 
É uma ação constitucional que tem por objetivo assegurar o conhecimento, retificação ou anotaçãode
informaçõesrelativasà pessoa do impetrante, constantes de registrosoubancodedadosdeentidade 
governamental ou de caráter público. 
A legitimidade ativa – qualquer pessoa, física ou jurídica, nacional ou estrangeira. 
A legitimidade passiva – são as entidades governamentais ou de caráter público. 
A qualquer momento pode impetrar o habeas data, não estabelecendo prazo fatal. 
A competência para julgar dependerá da autoridade ou do órgão que recusou a fornecer informações 
ao impetrante. 
 
 
AÇÃO POPULAR 
 
 
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É uma ação constitucional que pode ser proposta por todo e qualquer cidadão com objetivo de invalidar 
atos e contratos administrativos considerados ilegais e lesivos ao patrimônio público, à moralidade 
administrativas, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. 
A legitimidade ativa – é de qualquer cidadão, é aquele que se encontra no pleno gozo de seus direitos 
políticos ativos. 
A legitimidade passiva – são os entes da Administração Direita e Indireta; entidades privadas com 
participação do Estado ou que recebam subvenção dos cofres públicos, autoridades, funcionários ou 
administradores que tenham aprovado, praticado ou ratificado o ato impugnado e os beneficiários 
diretos do ato. 
O prazo prescricional é de 05 (cinco) anos, ressalvadas as hipóteses de ressarcimento ao erário. 
A competência é do juiz de 1ª instância, federal ou estadual, dependendo da origem do ato impugnação, 
não se aplicado o foro por prerrogativa de função às ações populares. 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
É um instrumento processual que tem por objetivo prevenir ou reprimir danos causados a qualquer 
interesse difuso ou coletivo. 
A legitimidade ativa – é restrita ao Ministério Público, Defensoria Púbica, aos Entes federados e as 
entidades da Administração Pública Indireta e as associações constituídas, há pelo menos 01 (um) ano. 
A legitimidade passiva – é toda e qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou de direito 
privado, responsável pela ameaça ou lesão aos interesses e direitos coletivos tutelados pela lei. 
 Em relação ao prazo a lei é omissa, ficando o prazo prescricional de 05 (cinco) anos, no mesmo sentido 
na Ação Popular. 
A competência deve ser proposta no foro do local onde correr o dano, perante a Justiça Estadual, salvo 
nos casos que a União, autarquias federais e as empresas públicas federais estejam nas condições de 
autoras, rés, assistente e oponente, sendo que a partir daí a competência será da Justiça Federal. 
 
 
SERVIDORES PÚBLICOS 
 
Agentes Públicos: Conceito e Classificação 
 
A expressão agentes públicos tem sentido amplo. Significa o conjunto de pessoas que, a qualquer título, 
exercem uma função pública como prepostos do Estado. Essa função pode ser remunerada ou gratuita, 
definitiva ou transitória, política ou jurídica. Tais agentes quando atuam no mundo jurídico estão de 
alguma forma vinculados ao Poder Público. O Estado só se faz presente através das pessoas físicas que 
em seu nome manifestam determinada vontade, e é por isso que essa manifestação volitiva acaba por ser 
imputada ao próprio Estado. São todas essas pessoas físicas que constituem os agentes públicos. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 
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❖ Agentes Políticos 
São aqueles aos quais incumbe a execução das diretrizes traçadas pelo Poder Público. São estes agentes 
que desenham os destinos fundamentais do Estado e que criam as estratégias políticas por eles 
consideradas necessárias e convenientes para que o Estado atinja os seus fins. Como regra, sua 
investidura se dá através de eleição, que lhes confere o direito a um mandato, e os mandatos eletivos 
caracterizam-se pela transitoriedade do exercício das funções, como deflui dos postulados básicos das 
teorias democráticas e republicana. Por outro lado, não se sujeitam às regras comuns aplicáveis aos 
servidores públicos em geral; a eles são aplicáveis normalmente as regras constantes da Constituição, 
sobretudo as que dizem respeito às prerrogativas e à responsabilidade política. São eles os Chefes de 
Estado (Presidente, Governadores e Prefeitos), seus auxiliares (Ministros e Secretários Estaduais e 
Municipais) e os membros do Poder Legislativo (Senadores, Deputados e Vereadores). 
 
❖ Agentes Particulares Colaboradores 
Esta categoria de agentes públicos, embora sejam particulares, executam certas funções especiais que 
podem se qualificar como públicas, sempre como resultado do vínculo jurídico que os prende ao Estado. 
São exemplos: os jurados e pessoas convocadas para serviços eleitorais. 
 
❖ Servidores Públicos 
A categoria dentre os agentes públicos que contém a maior quantidade de integrantes, 
formando uma grande massa dos agentes do Estado, desenvolvendo, em consequência, as mais 
variadas funções. Tais agentes se vinculam ao Estado por uma relação permanente de trabalho e 
recebem, a cada período de trabalho, a sua correspondente remuneração. 
As categorias de servidores públicos são classificadas em: Servidores Públicos Civis e 
Militares; Servidores Públicos Comuns e Especiais; Servidores Públicos Estatutários, Trabalhistas 
e Temporários. 
 
DEVERES DOS SERVIDORES 
 
Dever de lealdade também denominado dever de fidelidade, exige de todo servidor a maior dedicação 
ao serviço e o integral respeito às leis e às instituições constitucionais, 
identificando-o com os superioresinteresses do Estado. 
 
Dever de obediência 
Impõe ao servidor o acatamento às ordens legais de seus superiores e sua fiel execução. Está assentado 
no princípio disciplinar que informa toda organização administrativa. 
 
Dever de conduta ética 
Decorre do princípio constitucional da moralidade administrativa e impõe ao servidor público a 
obrigação de jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. 
Assiduidade: É a regularidade do cumprimento das obrigações funcionais. 
Sigilo: Impõe ao servidor o dever de nada divulgar acerca de assuntos de que tinha conhecimento em 
razão de suas funções ou, mesmo, acidentalmente, apresentem ou não caráter confidencial ou secreto. 
 
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Probidade: é a particularização do dever ético geral do servidor público. 
 
Boa conduta: Dever externo. O servidor deve manter sempre correção de atitudes, decoro em seus 
hábitos e dignidade de procedimento. 
 
Proibição de intermediação: Compreende-se na proibição a aceitação, a qualquer título, de 
gratificações, propinas e gorjetas oferecidas pelas partes. 
 
DIREITOS DOS SERVIDORES 
 
Direito à função pública - Surge com a estabilidade ou com a vitaliciedade (esta em grau mais elevado, 
como direito ao cargo público), consiste em não poder ser discricionariamente desligado, senão por ato 
material e formalmente vinculado, dela desprovido; 
 
Direito ao exercício É do exercício que derivarão os demais direitos funcionais, entre os quais a 
percepção ordinária dos vencimentos. 
 
Responsabilidade dos Servidores – Civil, Penal e Administrativa 
Responsabilidade Civil 
Para imputar-se a responsabilidade civil ao servidor é preciso que haja a comprovação do dano causado, 
seja lesada a Administração, seja o terceiro. Sem o dano inexiste responsabilização. 
 
Responsabilidade Penal 
 
A responsabilidade penal do servidor é a que decorre de conduta que a lei penal tipifica como infração 
penal. 
Responsabilidade Administrativa 
 
Quando o servidor pratica um ilícito administrativo, a ele é atribuída responsabilidade administrativa. 
O ilícito pode verificar-se por conduta comissiva ou omissiva e os fatos que o configuram são os 
previstos na legislação estatutária. 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
 
O termo Responsabilidade civil do Estado é aplicado em todo caso onde há a necessidade do Estado de 
reparar danos causados ao terceiro por meio de sua máquina burocrática. A complexidade do aparato 
público, bem como sua magnitude, inevitavelmente acaba por provocar problemas de omissão, abuso no 
exercício de função além de outras falhas que acabam por atingir um terceiro. 
 
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Decifrando: o Estado possui responsabilidade civil objetiva. E essa responsabilidade 
para se concretizar é necessário que tenha: conduta estatal, dano e o nexo de casualidade entre a conduta 
e o dano. Não é necessário comprovar dolo ou culpa. O Estado arca com o prejuízo causado e 
posteriormente pode (ou não) cobrar do agente. 
Existem dois aspectos que devem ser destacados: 
❖ A entidade pública para voltar-se contra o agente, deverá comprovar já ter sido condenada a 
indenizar, pois seu direito de regresso nasce com o trânsito em julgado da decisão judicial 
condenatória, prolatada na ação de indenização; 
❖ Não se deve confundir a responsabilidade da Administração perante o particular com a 
responsabilidade do agente para com a Administração; aquela é do tipo objetiva, na modalidade 
risco administrativo, que, conforme vimos, independe de culpa ou dolo do réu na ação de 
indenização; esta, do agente perante a Administração, só ocorre no caso de dolo ou culpa 
daquele (responsabilidade subjetiva do agente). 
 
Em suma, a Administração Pública que causou o dano indeniza o particular independentemente de 
comprovação de dolo ou culpa, mas o agente só será condenado a ressarcir a Administração 
regressivamente, se houver dolo ou culpa do agente. 
 
IMPROBIDADADE ADMININSTRATIVA 
 
INTRODUÇÃO 
 
É o ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da Administração Pública no Brasil, cometido por 
agente público, durante o exercício de função pública ou decorrente desta. A improbidade administrativa 
se dará com toda conduta ilegal, dolosa ou culposa do agente público no exercício de função, cargo, 
mandato ou emprego público, com ou sem participação de terceiro, que ofenda os princípios 
constitucionais da Administração Pública, em atuar com probidade na gestão da coisa pública, 
conforme prevê o art. 37§4º, Constituição Federal. 
 
Dolo é quando o agente quis o resultado. Ou assumiu o risco de produzi-lo. 
Culpa é quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, imperícia ou negligência. 
A responsabilidade civil do Estado está inserida na teoria da responsabilidade civil objetiva, e possui 
por elementos: a conduta estatal, o dano, e o nexo de causalidade entre a conduta e o dano, não há 
necessidade de comprovação de dolo ou culpa. 
O fundamento da responsabilidade civil do Estado está no princípio da legalidade, que faz parte do 
regime jurídico administrativo, prelecionando: o Estado deve agir de acordo com a lei, só age 
positivamente ou negativamente se a lei permitir. 
 
 
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Art. 37, §4º, da CFRB – Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos 
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento 
ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
 
Elementos da Improbidade Administrativa SUJEITO PASSIVO, SUJEITO 
ATIVO, CONDUTA ÍMPROBA, ELEMENTO SUBJETIVO. 
 
SUJEITO PASSIVO: Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou 
não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio 
público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 
cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. 
Resumindo: 
• As pessoas da Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal e Municípios); 
• Pessoas da Administração Indireta (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e 
sociedades de economia mista); 
• Empresa incorporada ao patrimônio público; 
• Entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 
cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual; 
• Entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público, 
limitando-se nesse caso a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos 
cofres públicos; e 
• Entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 
cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se nesse caso a sanção 
patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. 
 
SUJEITO ATIVO: O sujeito ativo é aquele que pratica o ato de improbidade administrativa, concorre 
para sua prática ou aufere alguma vantagem indevida em razão desse ato. A Lei 8.429/1992 identifica 
duas espécies de sujeito ativo: 1.ª) agentes públicos; e 2.ª) terceiros. 
 
AGENTES PÚBLICOS como agente público todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou 
sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de 
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades que podem ser sujeitos 
passivo do ato de improbidade administrativa. 
 
TERCEIROS O particular (terceiro) submetido à lei que tutela a probidade administrativa pode ser 
pessoafísica ou jurídica. Apesar de por óbvio não ser possível a aplicação às pessoas jurídicas das 
sanções de perda da função pública e suspensão dos direitos políticos, são-lhe comináveis as demais 
penalidades previstas na Lei. 
 
CONDUTA ÍMPROBA: A conduta ímproba, segundo previsto na Lei 8.429/1992, dá origem a três 
espécies distintas de atos de improbidade. São eles: 1) atos de improbidade que importam 
 
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enriquecimento ilícito; 2) atos de improbidade que causam prejuízo ao erário; 3) atos de improbidade 
que atentam contra os princípios da Administração Pública. 
 
ELEMENTO SUBJETIVO: é o dolo ou a culpa, que deve obrigatoriamente estar presente na conduta 
do sujeito ativo. 
 
E o que é enriquecimento ilícito? 
São atos de improbidade que importam em enriquecimento ilícito aqueles em que os agentes públicos 
envolvidos auferem qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de seu cargo, 
mandato, função, emprego ou atividade (art. 9º, da Lei 8.429/92). Exemplo: 
 
❖ Receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem 
econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de 
quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou 
omissão decorrente das atribuições do agente público; 
❖ Utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de 
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no 
art. 1.º da Lei 8.429/1992, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros 
contratados por essas entidades; 
❖ Receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração 
ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de 
qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; 
❖ Adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, 
bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda 
do agente público; 
❖ Receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de 
ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; 
❖ Usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das 
entidades mencionadas no art. 1.º da Lei 8.429/1992. 
 
E o que é Lesão ao Erário? São atos que causam lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou 
culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens e 
havers das entidades que podem ser sujeitos passivos de atos de improbidade. Exemplos: 
 
❖ Permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou 
valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1.º da Lei 
8.429/1992, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
❖ Doar à pessoa física ou jurídica, bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins 
educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das 
entidades mencionadas no art. 1.º da Lei 8.429/1992, sem observância das formalidades legais e 
regulamentares aplicáveis à espécie; 
 
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❖ Permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de 
qualquer das entidades referidas no art. 1.º da Lei 8.429/1992, ou ainda a prestação de serviço 
por parte delas, por preço inferior ao de mercado; 
❖ Realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar 
garantia insuficiente ou inidônea; 
❖ Permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; 
❖ Permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou 
material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades 
mencionadas no art. 1.º da Lei 8.429/1992, bem como o trabalho de servidor público, 
empregados ou terceiros contratados por essas entidades; 
 
E o que são atos contra os principios da Administração Pública? São atos que atentam contra os 
princípios da Administração Pública qualquer ação ou omissão que violem os deveres de honestidade, 
imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições (art. 11 da Lei 8.429/1992). Nesta última categoria, 
a tipificação do ato estará presente mesmo que não haja enriquecimento sem causa do agente ou mesmo 
que não exista prejuízo aos cofres públicos, sendo suficiente apenas a violação aos princípios aplicáveis 
à Administração Pública para configurar a improbidade administrativa. Exemplos: 
 
❖ Praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra 
de competência; 
❖ Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; 
❖ Revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva 
permanecer em segredo; 
❖ Negar publicidade aos atos oficiais; 
❖ Frustrar a licitude de concurso público; 
❖ Deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; 
❖ Revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação 
oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou 
serviço. 
 
E o que são atos decorrentes de concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário? 
São os atos de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter 
benefício financeiro ou tributários Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou 
Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário. 
 
 
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Sanções 
 
O indivíduo que comete o ato de improbidade induz ou concorre para sua prática ou dele se beneficia 
está sujeito à aplicação de certas penalidades (sanções) previstas na Constituição Federal e na Lei de 
Improbidade Administrativa, desde que o agente seja condenado por improbidade administrativa em 
específica ação judicial. 
O ato de improbidade possibilita a aplicação das sanções previstas na Lei 8.429/1992, que podem ser 
de natureza administrativa (perda da função pública e proibição de contratar ou de receber incentivos 
do Poder Público), civil (perda de bens, ressarcimento do dano ao erário e multa civil) e política 
(suspensão dos direitos políticos). E naqueles casos que o fato também seja considerado crime também 
terá uma sanção de natureza penal, como detenção ou reclusão. 
Nesse caso, os responsáveis poderão sofrer sanções de natureza administrativa, civil e política 
cumuladas com as penalidades de natureza penal. 
A Constituição Federal estabeleceu as seguintes consequências para o sujeito ativo dos atos de 
improbidade administrativa: 
 
❖ suspensão dos direitos políticos; 
❖ ressarcimento ao erário; 
❖ perda da função pública. 
A lei de Improbidade Administrativa ampliou o leque das medidas previstas na CF, possibilitando ainda 
a aplicação das seguintes consequencias aos responsaveis por atos de improbidade administrativa 
❖ perda de bens e valores; 
❖ ressarcimento integral do dano; 
❖ perda da função pública; 
❖ suspensão de direitos políticos; 
❖ multa civil; e 
❖ proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios. 
 
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Enriquecimento 
ilícito 
Prejuízo ao 
erário 
Lesão a 
princípios 
Concessão Indevida de 
Benefício 
Ressarcimento 
ao Erário 
Aplicável AplicávelAplicável Aplicável 
Perda da 
função pública 
Aplicável Aplicável Aplicável Aplicável 
Suspensão dos 
direitos 
políticos 
 
De 8 a 10 anos 
De 8 a 
10 anos 
De 8 a 10 
anos 
De 5 a 8 anos 
Perda dos bens 
acrescidos 
ilicitamente 
 
Deve ser 
aplicada 
 
Pode ser 
aplicada 
 
 
- 
 
 
- 
 
 
 
Multa civil 
 
 
Até 3x o valor 
do acréscimo 
patrimonial 
 
 
Até 2x o 
valor do 
dano 
Até 100x o valor 
da remuneração 
recebida pelo 
agente 
Até 3x o valor do 
benefício financeiro ou 
tributário 
concedido 
Proibição de 
contratar com o 
Poder 
Público 
 
 
Por 10 anos 
 
Por 5 
anos 
 
 
Por 3 anos 
 
 
Por 10 anos 
Casos Especiais 
 
E quando o autor morre? Como proceder? Em caso de morte daquele que causar lesão ao patrimônio 
público ou se enriquecer ilicitamente, seus herdeiros (sucessores) estão sujeitos ao ressarcimento do 
dano, até o limite do valor da herança recebida . 
Aplicação das sanções 
As penas de perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só podem ser aplicadas depois 
do trânsito em julgado da sentença condenatória, ou seja, quando não houver mais qualquer recurso 
judicial cabível, conforme prevê o art. 20 da Lei 8.429/1992. As demais sanções não precisam esperar 
o trânsito em julgado da decisão condenatória, podendo ser executadas desde a publicação daquela 
sentença. 
 
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Prescrição 
❖ A prescrição é de 05 (cinco) anos após o término do exercício de mandato, de cargo em 
comissão ou de função de confiança. 
❖ Nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego, aplica-se o prazo prescricional previsto 
em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público. 
❖ 05 (cinco) anos contados da data da prestação de contas, no caso de entidades privadas 
beneficiárias de recursos públicos ou de cujo patrimônio ou receita anual o Poder Público 
contribua com menos de 50%. 
❖ As ações civis de ressarcimento ao erário, decorrentes de atos de improbidade, são 
imprescritíveis. 
DIREITO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR MILITAR – CONTROLE DA 
ADMINISTRAÇÃO 
CONCEITO 
É um sub-ramo especializado do direito administrativo comum, afeto às atividades de administração 
praticadas no âmbito das Forças Armadas e das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares. 
Não se trata, portanto, de ramo do direito público dotado de autonomia científica, mas, sim, de uma 
especialização técnico- funcional do direto administrativo. 
 
Ato Administrativo Disciplinar Militar 
 
O ato administrativo militar pode ser conceituado como toda manifestação volitiva unilateral da 
Administração Pública Militar, regida por regime jurídico de direito público, capaz de gerar efeitos 
jurídicos imediatos para si e para os administrados em geral. Os atos administrativos militares podem 
ser divididos em típicos e atípicos. 
Os atos administrativos militares atípicos são aqueles comuns à atividade administrativa em geral, cujo 
objeto não envolve questões intrínsecas à atividade e carreira militar. Como exemplos: nomeação, 
demissão, punição de servidor público civil pertencentes aos quadros das Forças Armadas e Auxiliares; 
aplicação em processos licitatórios, de penalidades de advertência ou multa, na forma prevista na Lei 
8.666/1993 e autorização de fabricação, exportação, importação e comércio de armas de fogo e demais 
produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores, 
atiradores e caçadores, nos termos do artigo 24 da Lei 10.826/2003, etc. 
 
Em regra, são destinados aos membros das Forças Armadas e Auxiliares. Como exemplos: punição 
disciplinar de agente militar, incorporação, desincorporação, desligamento, licenciamento, demissão, 
exclusão do serviço ativo, reforma, promoção, transferência, convocação, nomeação e exoneração de 
cargos militares, comissionamento, portarias, instruções de comando, normas padrão de ação, diretriz 
de comando, etc. 
Em tempo de guerra, os atos administrativos militares típicos que resultem em atos de guerra, como a 
destruição de pontes, de indústrias, aeroportos, aeronaves, navios, ainda que civis, serão considerados 
atos de império. 
 
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Requisitos dos Atos Disciplinares Militares 
Competência – Finalidade – Forma – Motivo – Objeto = COFIFOMOOB 
 
Processo Administrativo Disciplinar Militar – PAD 
 
O processo administrativo disciplinar é o instrumento formal através do qual a Administração apura a 
existência de infrações praticadas por seus servidores e aplica as sanções adequadas. 
 
Princípios Aplicáveis ao Direito Disciplinar Militar 
 
A Administração Militar, parte integrante da Administração Pública Direta, está sujeita aos mesmos 
princípios que informam o direito administrativo comum. 
 
Legalidade: A administração militar não pode conceder direitos ou impor obrigações ou vedações, 
via ao administrativo, sem prévio suporte legal. Se assim o fizer, o ato administrativo poderá ser 
invalidado. Logo, o agente público militar, no exercício de sua atividade funcional, não poderá se afastar, 
desviar ou extrapolar os limites da lei, sob pena de nulidade do ato praticado e violação de preceito da 
ética militar. Tal conduta poderá, inclusive, configurar a prática de crime militar ou de transgressão 
disciplinar, como, também, de ato de improbidade administrativa. 
Impessoalidade: O administrador público deve praticar seus atos, colimando sempre o interesse 
público, sem beneficiar, por meio de favoritismo, ou prejudicar, por meio de perseguições, esta ou aquela 
pessoa. 
 
Moralidade: A administração além de seguir os ditames legais, também deverá observar à moral, 
os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios de justiça, equidade e honestidade. O 
militar que venha a praticar ato contrário a este princípio estará violando obrigações e deveres militares, 
razão pela qual sua conduta poderá constituir crime militar ou transgressão da disciplina, bem como a 
invalidação do ato praticado. 
Publicidade: Os atos praticados pela Administração devem ser divulgados de forma ampla e 
irrestrita, ressalvadas, apenas, as hipóteses em que o sigilo seja imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado. O princípio da publicidade viabiliza o controle do ato praticado pela 
Administração, permitindo-se aferir sua legalidade, legitimidade, moralidade ou quaisquer outras 
ofensas a ordem jurídica. Com a regular publicação, o ato administrativo, em regra, começa a produzir 
efeitos, não podendo o administrado alegar desconhecimento do mesmo. 
 
Eficiência: Para a Administração Pública, o princípio da eficiência está relacionado à ideia, dentre 
outras, de presteza, rapidez, perfeição, racionalização da estrutura organizacional da máquina 
administrativa, maximização do emprego de meios materiais e humanos, qualificação e 
aperfeiçoamento profissional dos servidores, a fim de se satisfazer, de forma eficaz, os interesses da 
coletividade. 
 
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Supremacia do interesse público: Em nome do bem de toda a coletividade, o interesse 
público sobrepõe-se ao privado. Por isso, o legislador, quando da elaboração das leis, deve conferir à 
Administração, em nome desta supremacia, poderes para desapropriar, promover intervenções, punir, 
fiscalizar, etc., observados os direitos e garantias fundamentais, a fim de legitimar a atuação da 
autoridade administrativa que, em função do princípio da legalidade, necessariamente, se vincula à 
vontade da lei. Com base nesse princípio, a Administração Pública Militar poderá promover requisições 
militares em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; efetuar servidõesmilitares e 
desapropriações; convocar o cidadão brasileiro para o serviço militar obrigatório, etc. 
 
Presunção de legitimidade e veracidade: Diante do dever de obediência ao princípio da 
legalidade, presume-se que todos os atos praticados pela Administração Pública estão em conformidade 
com as normas legais e que são verdadeiros. Por consequência, os atos administrativos criam, de 
imediato, obrigações para o administrado independente de sua anuência, podendo ser executados, desde 
logo, pela própria Administração, na forma prevista em lei. 
 
Autotutela: Por esse princípio, a Administração Pública tem o dever de controlar seus próprios 
atos, anulando os ilegais, independentemente de prévia chancela do Poder Judiciário, e revogando os 
inconvenientes e inoportunos. 
 
Continuidade do serviço público: Este princípio visa assegurar a regularidade na prestação 
dos serviços públicos essenciais e necessários à coletividade. 
 
Motivação: Pelo princípio da motivação, a Administração deve expor os fundamentos de fato e de 
direito da decisão administrativa. A motivação atende ao aspecto formal, porque está expressa no texto 
constitucional básico, e a substancial, pois sem motivação não há possibilidade de aferição da 
legalidade ou ilegalidade, da justiça ou da injustiça de uma decisão administrativa. 
 
Razoabilidade e proporcionalidade: A razoabilidade pressupõe uma correlação lógica e 
racional entre o fato (motivo) e a correspondente ação da Administração Pública, que deve ser pautada 
no senso comum, na eficiência, moralidade, economicidade, justiça, prudência. Exige-se da 
Administração uma adequação entre os meios por ela utilizados e os fins a serem alcançados, evitando-
se os excessos que caracterizam a desproporcionalidade da medida. 
 
Segurança jurídica: É condição indispensável para a própria existência do Estado de Direito. Sem 
ela, situações que se encontravam consolidadas sob a égide de uma determinada interpretação 
normativa poderiam ser desconstituídas em função de mudanças de entendimento, acarretando graves 
crises de insegurança. Por isso, é proibida a aplicação retroativa de uma nova interpretação. 
Boa-fé: A relação entre a Administração Pública e o administrado deve ser pautada, inteiramente, na 
confiança. Para tanto, ambos devem agir com boa-fé, ou seja, com honestidade, lealdade, moralidade. 
Comprovada a má- fé do administrado, a administração deve, a qualquer tempo, anular o ato 
administrativo do qual decorram efeitos favoráveis para ele. 
 
@projetomonitoriacas 30 
 
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Hierarquia: A hierarquia administrativa, instituto do qual deriva o princípio da hierarquia, é um 
critério de estruturação organizacional verticalizado, de forma piramidal, no qual os diversos órgãos que 
compõem a Administração são dispostos, na forma da lei, em vários níveis hierárquicos distintos. A 
estrutura hierarquizada viabiliza o exercício desconcentrado das diversas funções administrativas, 
assegurando aos superiores o poder de rever atos dos subordinados, de delegar e avocar atribuições, de 
coordenar, de dar ordens, de punir, de decidir conflitos de competência entre subordinados e impondo 
aos subordinados o dever de obediência. Na Administração Militar, este princípio deve possuir 
contornos extremamente rígidos, sob pena de se instaurar a subversão nas instituições militares. Por 
isso, o respeito à hierarquia deve ser mantido em todas as circunstâncias da vida entre militares da 
ativa, da reserva remunerada e reformados, independentemente de estarem ou não nas dependências 
dos quartéis ou no exercício de atividades militares. Ainda em razão da hierarquia, o acesso às 
autoridades superiores deve seguir rigorosamente a cadeia de comando, sob pena de transgressão 
disciplinar. 
	Direito administrativo - RESUMO CAS/2020
	ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA
	Desconcentração e Descentralização
	Órgão Público
	Características
	Classificação dos órgãos
	 Quanto à posição que o órgão ocupa na escala governamental ou administrativa:
	 Em relação ao enquadramento federativo:
	 Quanto a composição:
	 Em relação as atividades que preponderante são exercidas pelos órgãos públicos:
	Administração Indireta
	Autarquia
	Características
	Classificação
	Atividade regulatória
	As agências reguladoras envolvem o exercício de três atividades diversas, entre as quais: administrativa, poder normativo e judicante.
	Classificação
	Podemos classificar as agências reguladoras, quanto ao tipo de atividade regulada ou a partir da quantidade de setores regulados.
	Características
	Empresas Estatais: Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista
	Empresas estatais
	Empresa pública
	Sociedade de Economia Mista
	Características em comum
	Criação : Para a sua criação deve ser por uma lei específica, porém o início da personalidade jurídica ocorrerá com a inscrição dos atos constitutivos no respectivo registro.
	Objeto: Podem desenvolver atividades econômicas ou prestação de serviços públicos.
	Regime de pessoal: O regime é celetista (CLT), porém a demissão desses empregados deverá ser motivada, visto o respeito aos princípios constitucionais da moralidade e impessoalidade.
	Patrimônio: O patrimônio é privado, porém sofre modulações do direito público, visto que aquelas empresas ou sociedade de economia mista que prestam serviço público a limitação do patrimônio, como a penhora, não pode atingir os bens que estiverem afet...
	Fundações Públicas
	Serviços sociais autônomos – Sistema S
	Organizações Sociais (OS)
	Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPS)
	Características
	ATOS ADMINISTRATIVOS
	Conceito é a manifestação unilateral da vontade da Administração Pública e seus delegatórios que buscam produzir efeitos jurídicos com objetivo de implementar o interesse público. Uma outra forma de conceituar ato administrativo é como sendo a exteri...
	Elementos: Competência – Finalidade – Forma – Motivo – Objeto = COFIFOMOOB
	Elementos: Competência – Finalidade – Forma – Motivo – Objeto = COFIFOMOOB
	Características
	Critérios de fixação da competência
	Delegação e Avocação
	Objeto é a alteração no mundo jurídico que o ato administrativo se propõe a processar. Significa, o objetivo imediato da vontade exteriorizada pelo ato, a proposta do agente que manifestou a vontade com vistas a determinado alvo. O objeto deve ser líc...
	Discricionariedade e Vinculação (estão relacionados ao poder hierárquico)
	Forma é o meio pelo qual se exterioriza a vontade, é o revestimento externo do ato administrativo para a produção de efeitos jurídicos. (Na maioria dos casos, escrita, porém aceita exceção)
	Princípio da Solenidade das Formas
	Motivo é a situação de fato ou de direito que gera a vontade do agente quando pratica o ato administrativo. O motivo é a causa do ato.
	Motivo discricionário (motivo de fato) e motivo vinculado (motivo de direito)
	Motivo e Motivação
	Teoria dos Motivos Determinantes
	Finalidade é o atendimento do interesse público. A finalidade é o resultado do ato.
	Desvio de Finalidade o atendimento de interesses meramente privado, em desacordo com a legislação, é conhecido como desvio de poder, que acarreta nulidade do ato.
	Finalidade e Objeto
	Atributos = características.
	Senhores, sempre que no direito administrativo os senhores lerem sobre atributos do ato administrativo, quero que os senhores se lembrem da PATI...isso aquela PATI.
	Presunção de Legitimidade
	Autoexecutoriedade
	Tipicidade
	Imperatividade
	Presunção de Legitimidade - os atos administrativos presumem-se editados em conformidade com ordenamento jurídico (presunção de legitimidade), bem como as informações nele contidas presumem-se verdadeiras (presunção de veracidade), visto que os agente...
	Presunção de Legitimidade - os atos administrativos presumem-se editados em conformidade com ordenamento jurídico (presunção de legitimidade), bem como as informações nele contidas presumem-se verdadeiras

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