Buscar

Código de Defesa do Consumidor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2
Fundação Getúlio Vargas - FGV 
Pós-Graduação- MBA 
Direito do Consumidor
Professor Marcos Cesar de Souza Lima, M.Sc
souzalimaadvs@openlink.com.br
marcoscesardesouzalima@gmail.com
mailto:souzalimaadvs@openlink.com.br
3
Currículo Resumido do Professor Marcos Cesar de Souza Lima, Ms
Advogado. Consultor Jurídico do Rocha & Calderon Advogados
Associados,Doutorando m Direito Pela Universidade Federal Fluminense(UFF)
Mestre em Direito Pela Universidade Gama Filho (UGF). Especialista em Direito
Civil e Processo Civil pela Universidade Gama Filho (UGF), Professor da
Universidade Federal do Rio de Janeiro – Faculdade Nacional de Direito
(UFRJ/FND).Professor da Escola de Magistratura do Estado do Rio de
Janeiro(EMERJ), Professor da Fundação Escola do Ministério Publico do Estado
do Rio de Janeiro(FEMPERJ),Professor de Direito Civil dos cursos de Graduação
e Pós-Graduação da Universidade Gama Filho (UGF). Professor dos Cursos de
Pós – Graduação da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Professor convidado dos
cursos de pós-graduação da PUC-RJ, Coordenador dos cursos de Pós-
Graduação em Direito Civil e Processo Civil da Universidade Candido Mendes
(UCAM). Professor de Direito Civil e Direito do Consumidor dos cursos de
Graduação e Pós-Graduação da Universidade Veiga de Almeida (UVA).
Coordenador Geral e Acadêmico dos cursos de Pós-Graduação em Direito da
Universidade Gama Filho (UGF) na Cidade de São Paulo (SP). Coordenador
Acadêmico do Instituto de Pesquisa em Ciências Políticas e Jurídicas (IPOJUR
/SP).
Áreas de Magistério: Direito Civil e Direito do Consumidor
4
Teoria Geral do Direito das Obrigações
.1 Obrigação: Conceito
“ Obrigação é a relação transitória de direito, que nos constrange a 
dar, fazer ou não fazer alguma coisa, em regra economicamente 
apreciável, em proveito de alguém que, por ato nosso ou de alguém 
conosco juridicamente relacionado, ou em virtude da lei, adquiriu o 
direito de exigir de nós essa ação ou omissão”
(Clóvis Bevilaqua).
“ Obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida 
entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal 
econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, 
garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio”
(Washington de Barros Monteiro).
5
Elementos da obrigação
a) Sujeitos da obrigação:
* ativo: credor ou crédito
* passivo: devedor ou débito
B) Vinculo Juridíco
C) Prestação: Dar, fazer ou não fazer alguma coisa
6
Direito Contratual. Teoria Geral dos Contratos
Conceituação:
* Contrato em sentido amplo: É todo negócio jurídico que se forma 
pelo concurso de vontades.
* Contrato em sentido restrito: Designa acordo de vontades 
produtivo de efeitos obrigacionais.
Conteúdo dos contratos
* Pela concepção subjetivista: O contrato é composto por direitos 
e obrigações das partes.
* Pela concepção objetivista: O contrato é composto de preceitos 
que visam a conduta das partes.
7
DIREITO DO CONSUMIDOR
8
INOVAÇÕES DO CDC.
• Resp. objetiva para fornecedor-art.12 e 14
• Boa fé objetiva-art. 4,III 
• Revisão ou Modificação dos Contratos-art.6, V
• Inversão do ônus da prova-art.6,VIII
• Vicio de informação-art.30
• Desconsideração da personalidade. Jurídica 
art.28
9
Aplicação 
do Código do Consumidor
- Há relação de consumo ?
- Produto/serviço com defeito ou vício?
- Prática ou cláusula abusiva ?
10
Como identificar uma relação de 
consumo ? 
11
DA RELAÇÃO JURÍDICA DE 
CONSUMO
RELAÇÃO DE CONSUMO
FORNECEDOR
(ART.3 CAPUT)
PRODUTO (ART.3,§1)
SERVIÇO (ART.3,§2)
CONSUMIDOR
ART.2, CAPUT (PADRÃO)
EQUIPARAÇÃO
(ART.2,P.ÚNICO, 17 e 29)
12
CONSUMIDOR
Qual o conceito jurídico de 
consumidor ?
13
Consumidor
conceito
• Art. 2º - Consumidor é toda pessoa 
física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produtos ou serviço como destinatário 
final.
14
Consumidor
• Característica
• adquirir ou utilizar produto/serviço
• destinatário final(para uso próprio sem 
comercialização)
15
Consumidor
padrão
• destinatário final
• O que se entende por destinatário final ? É 
retirar o bem do mercado, vale dizer: adquirir 
o produto para uso próprio ou de sua família, 
sem comercializar. 
16
• Um ônibus da empresa Lentos & Barbeiros 
LTDA, desgovernado colide com um muro de 
uma creche escolar, causando lesões nos 
passageiros e crianças da referida creche ... 
17
• Os passageiros são 
consumidores ?
• E as crianças ?
18
CONSUMIDOR
• Art. 17 - Para os efeitos desta Seção, 
equiparam-se aos consumidores todas as 
vítimas do evento.
19
FORNECEDOR
QUAL O CONCEITO JURÍDICO 
DE FORNECEDOR ?
20
FORNECEDOR
• Art. 3º - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, 
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os 
entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de 
produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou 
comercialização de produtos ou prestação de serviços.
21
FORNECEDOR
• § 1º - Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material 
ou imaterial.
• § 2º - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado 
de consumo, mediante remuneração, inclusive as de 
natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, 
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
22
FORNECEDOR
• CARACTERÍSTICAS
• ATIVIDADE (habitualidade)
• REMUNERAÇÃO (lucro)
23
• Comprador de objeto utilizado para prestar 
serviços não é considerado consumidor final 
O contrato de leasing para a compra de 
equipamento que será utilizado para prestar 
serviços não caracteriza uma relação de consumo. 
Esse é o entendimento, por maioria, da Segunda 
Seção do Superior Tribunal de Justiça. De acordo 
com a Seção, a empresa que adquire um objeto 
para prestar serviços não pode ser considerada 
“consumidora final”. Essa compra, na realidade, é 
um insumo à atividade da empresa.
Superior Tribunal de Justiça 
24
Artigo 4º - Política Nacional de Relações de 
Consumo
• Quando se fala em “política nacional de relações de
consumo”, o que se busca é a “harmonia” das
sobreditas “relações de consumo”, se por um lado se
preocupa com o atendimento das necessidades básicas
dos consumidores (respeito à sua dignidade, saúde,
segurança e aos seus interesses econômicos, almejando-
se a melhoria de sua qualidade de vida), por outro visa as
boas relações comerciais, a proteção da livre
concorrência, do livre mercado, da tutela das marcas e
patentes, inventos e processos industriais, programas de
qualidade e produtividade.
• Enfim, é uma política que diz respeito ao mais perfeito
relacionamento entre consumidores e fornecedores.
25
Artigo 4º Princípio I - Vulnerabilidade do 
Consumidor
• “O consumidor é o elo mais fraco da economia, e nenhuma
corrente pode ser mais forte do que o seu elo mais fraco.” (Henry
Ford)
• O princípio da vunerabilidade, pressupõe que o consumidor é
hipossuficiente.
• O protótipo do consumidor carente, não está em condições de fazer
valer as suas exigências em relação aos produtos e serviços que
adquire, pois tem como característica carecer de meios adequados
para se relacionar com as empresas com quem contrata.
• É tamanha a desproporção entre os meios que dispõem as empresas
e o consumidor normal, que este tem imensas dificuldades de fazer
respeitar os seus direitos.
• Já dizia Adam Smith, em seu livro “Riqueza das Nações”, que a
produção deve ser orientada para as necessidades do consumidor
(demanda) e não ser voltada para a produção em si mesma (oferta).
26
Artigo 4º Princípio I - Vulnerabilidade do 
Consumidor
• O desenvolvimento tecnológico gerou métodos sofisticados de
produção por parte das empresas, incluindo as transnacionais,
acentuando-se a desproporção entre produtor e consumidor,
ficando este numa situação de inferioridade maior devido à
dificuldade de informações, inclusive, sobre como reivindicar
seus direitos.
• Em caso de reivindicá-los, os meios de que dispõe são reduzidos
face à forçaeconômica dos produtores e fornecedores.
• Portanto, há necessidade do consumidor ser tutelado legalmente
nesta relação. Por exemplo, atualmente, se adquirimos um
aparelho de som fabricado por uma empresa do Japão, não há
necessidade de irmos ao Japão ou contratarmos um advogado no
Japão.
• Resolve-se o problema diretamente com o fornecedor, que
reclamará do distribuidor, este do importador e este da empresa,
fabricante do aparelho de som, que tem sua fábrica no Japão.
27
Artigo 4º Princípio III - Harmonização dos Interesses dos 
Fornecedores e Consumidores
• Harmonia – para haver a harmonização dos interesses dos
participantes das relações de consumo há necessidade de
nivelá-los, tratando desigualmente os desiguais e assim
alcançando o equilíbrio.
• Para que isso aconteça deve haver consciência de que há
uma terceira força no mercado, além da indústria e do
trabalho: o consumidor.
• Quando o consumidor passa a interferir no mercado, com
repercussões sobre a produção tanto sob o ponto de vista da
qualidade e quantidade como da necessidade, o mercado se
tornará mais eficiente sem desperdício econômico.
• A redução das desigualdades é condição “ sine qua non”
para a harmonização e equiparação entre consumidor e
produtor. A força dos consumidores deve ser reconhecida e
se fazer sentir no mercado.
28
Banco Real é condenado por 
cobrança indevida no DF
• A cobrança indevida de parcelas de anuidade de cartão de 
crédito não solicitado gerou a condenação do Banco Real, 
no Distrito Federal, ao pagamento de R$3.045,00 a um 
cliente
• Banco Real enviou cartão de crédito sem autorização do 
usuário, que pagou três anuidades de R$15,00
• Cliente alega que mesmo tendo os valores das anuidades 
estornados, estes agravaram sua situação financeira 
obrigando-o a fazer uso do limite do cheque especial, 
suportando altíssimas taxas de juros
29
STJ estipula indenização de R$ 20 mil a 
consumidor por danos morais 
• A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça 
(STJ) estipulou indenização de R$ 20 mil, a ser 
pago pelo Clube dos Diretores Lojistas do Rio de 
Janeiro, por danos morais, a Antonio Paulo da 
Silva, por ter seu nome inserido no cadastro do 
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) sem a 
comunicação prévia sobre a inscrição, exigida pelo 
Código de Defesa do Consumidor (CDC)
30
Banco deve indenizar correntista 
perseguido pelo gerente
• O correntista Gilberto Francisco Martins Pinho 
deve ser indenizado em R$ 12 mil pelo Banco do 
Estado de Santa Catarina (Besc), porque foi 
perseguido por um dos gerentes da empresa.
• O gerente provocou o bloqueio da conta e do 
cartão de Pinho, a redução do limite de crédito e a 
devolução de cheques dele. Motivo: queria se 
vingar da mulher do cliente, sua professora na 
universidade.
CONTINUA
31
• A decisão do TJ manteve parte do entendimento 
de primeira instância. O relator, desembargador 
José Mazoni Ferreira, confirmou a existência dos 
danos morais a partir da premissa que é necessário 
existir bom relacionamento entre cliente e 
instituição financeira por ele escolhida. "A quebra 
dessa confiança, por meio de atos injustificados, 
com o intuito de dificultar o dia-a-dia do 
correntista, como foi o caso dos autos, é que 
autoriza o reconhecimento do dano moral", 
afirmou.
32
Dos Direitos Básicos do 
Consumidor 
Art. 6° São direitos 
básicos do 
consumidor
33
Defeito ou vício ?
• Conceito de produto defeituoso:
• “Art. 12 –
• § 1º - O produto é defeituoso quando não 
oferece a segurança que dele legitimamente 
se espera, ...”
34
Defeito ou vício ?
• Conceito de serviço defeituoso
• Art. 14 -
• § 1º - O serviço é defeituoso quando 
não fornece a segurança que o 
consumidor dele pode esperar, ..... 
35
Defeito ou vício ?
• Produto de qualidade inferior é defeituoso ? 
• Art. 12
• § 2º - O produto não é considerado 
defeituoso pelo fato de outro de melhor 
qualidade ter sido colocado no mercado.
36
Defeito ou vício ?
• E o serviço ?
• Art. 14
• § 2º - O serviço não é considerado 
defeituoso pela adoção de novas técnicas.
37
Responsabilidade Civil do fornecedor
• Responsabilidade civil objetiva
• Teorias da responsabilidade civil
• Causas de exclusão da responsabilidade
38
Responsabilidade do fornecedor
• Art. 12 - O fabricante, o produtor, o construtor, 
nacional ou estrangeiro, e o importador 
respondem, independentemente da existência de 
culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, 
fabricação, construção, montagem, fórmulas, 
manipulação, apresentação ou acondicionamento 
de seus produtos, bem como por informações 
insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e 
riscos.
39
Responsabilidade do fornecedor
• Art. 14 - O fornecedor de serviços responde, 
independentemente da existência de culpa, 
pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos relativos à 
prestação dos serviços, bem como por 
informações insuficientes ou inadequadas 
sobre sua fruição e riscos.
40
Responsabilidade do comerciante
• Subsidiária - produto com defeito - art. 13
• Art. 13 - O comerciante é igualmente responsável, nos 
termos do artigo anterior, quando:
• I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador 
não puderem ser identificados;
• II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu 
fabricante, produtor, construtor ou importador;
• III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
41
Responsabilidade civil do profissional 
liberal
• Art. 14 –
• § 4º - A responsabilidade pessoal dos 
profissionais liberais será apurada 
mediante a verificação de culpa.
42
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA 
RESPONSABILIDADE
• Art. 12 
• § 3º - O fabricante, o construtor, o produtor ou 
importador só não será responsabilizado quando 
provar:
• I - que não colocou o produto no mercado;
• II - que embora haja colocado o produto no 
mercado, o defeito inexiste;
• III - a culpa exclusiva do consumidor ou de 
terceiro.
43
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA 
RESPONSABILIDADE
• Art. 14
• § 3º - O fornecedor de serviços só não será 
responsabilizado quando provar:
• I - que, tendo prestado o serviço, o defeito 
inexiste;
• II - a culpa exclusiva do consumidor ou de 
terceiro.
44
Defeito ou vício ?
• produto/serviço
• defeito
• Acidente de 
consumo
45
Defeito ou vício ?
• Produto/serviço
• c/ defeito ofensa a int. física
• produto/serviço ofensa a int. econ.
• c/ vício
47
• A decisão baseou-se no Código de Defesa do Consumidor: "o 
fabricante é responsável pela falha e manipulação dos seus 
produtos".
• A ação de responsabilidade civil foi proposta por Tereza Regina e 
seu marido, o motorista Marcelo Casagrande, na 11ª Vara Cível 
da Capital. No dia 8 de julho, a juíza Lindalva Soares Silva julgou 
procedente o pedido do casal e fixou em R$ 12 mil a reparação por 
danos morais. Na sentença, a juíza excluiu do processo a 
distribuidora e a loja de animais, onde os biscoitos foram 
comprados.
•
A dona-de-casa e seu marido recorreram da sentença pedindo o 
aumento do valor da indenização e a Pedigree entrou com recurso 
para anular a sentença. 
Na sessão do dia 1º de dezembro, a 11ª Câmara acolheu, por 
unanimidade, o voto do relator e manteve parte da sentença, 
atendendo apenas ao pedido do casal. A Pedigree ainda terá que 
pagar as custas do processo e os honorários dos advogados. (Proc. 
nº 2005.001.43124 - com informações do TJ-RJ).
50
A empresa alegou que, no dia anterior ao acidente, a vítima participou de 
uma aula explicativa sobre os preceitos de segurança da corrida, inclusive 
sobre a forma como o piloto deveria prender os cabelos, e que a estudante 
foi negligente ao tomar o lugar da irmã na corrida e não ter usado o 
macacão. Alegou ainda que foi dada uma bandeirada para que a 
estudante parasse quando seus cabelos se soltaram, mas ela não respeitou. 
Os desembargadores Dárcio Lopardi Mendes (relator), Valdez Leite 
Machadoe Dídimo Inocêncio de Paula entenderam que a empresa agiu de 
forma negligente, pois não acompanhou o exercício da atividade que lhe 
dizia respeito, deixando ocorrer um dano que poderia ser evitado. 
Segundo o relator, cabia à empresa, “além de orientar o piloto, exigir e 
obrigar a utilização de todo o equipamento recomendado. Além disso, 
observando que o piloto possuía cabelos longos, deveria também determinar 
que o colocasse para dentro do macacão, sendo que, no caso, a vítima sequer 
pilotava de macacão, utilizando somente touca, protetor cervical e capacete”. 
Os desembargadores entenderam que os sócios Laura Maria Carvalho 
Figueiredo e José Augusto Sampaio) também devem se responsabilizar 
pela indenização pleiteada pela vítima, já que a empresa “encerrou suas 
atividades e exalou como um ‘gás’ na atmosfera, não comunicou à junta 
comercial ou quem quer que seja, incorrendo em irregularidade como a 
violação do contrato e da lei, ato flagrante em detrimento dos direitos do 
consumidor”. (Proc. n° 2.0000.00.509648-6/000 - com informações do TJ-
MG).
PROPAGANDA ENGANOSA
Art. 36 do C D C
52
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
• Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal 
forma que o consumidor, fácil e imediatamente, 
a identifique como tal. 
• Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade 
de seus produtos ou serviços, manterá, em seu 
poder, para informação dos legítimos 
interessados, os dados fáticos, técnicos e 
científicos que dão sustentação à mensagem.
53
• Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa 
ou abusiva. 
• § 1° É enganosa qualquer modalidade de 
informação ou comunicação de caráter 
publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, 
por qualquer outro modo, mesmo por omissão, 
capaz de induzir em erro o consumidor a 
respeito da natureza, características, 
qualidade, quantidade, propriedades, origem, 
preço quaisquer outros dados sobre produtos e 
serviços. 
54
• § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade 
discriminatória de qualquer natureza, a que 
incite à violência, explore o medo ou a 
superstição, se aproveite da deficiência de 
julgamento e experiência da criança, desrespeita 
valores ambientais, ou que seja capaz de induzir 
o consumidor a se comportar de forma 
prejudicial ou perigosa à sua saúde ou 
segurança. 
• § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é 
enganosa por omissão quando deixar de 
informar sobre dado essencial do produto ou 
55
Práticas e cláusulas abusivas
• Prática abusiva
• art. 39 CDC
• práticas comerciais
• são taxativas ?
• Cláusula abusiva
• art. 51 CDC.
• contrato de adesão
• são taxativas ?
56
Produto da China
Quem nunca teve um problema de consumo e acabou enganado justamente por não conhecer seus 
direitos? A artista plástica Antonine Fessenko conseguiu mudar as regras desse jogo, graças à 
informação. Associada do Idec, ela comprou um espremedor de frutas da marca Black & Decker 
no dia 18 de julho do ano passado. Quarenta dias depois, o produto, que ainda estava no período 
de garantia dado pelo fabricante, quebrou.
Antonine procurou uma autorizada e foi informada de que o aparelho era fabricado na China e 
não havia peças de reposição no mercado. A associada relata que ficou surpresa: “Nem sabia 
que o espremedor não era feito no Brasil”. No mesmo dia, ela ligou para o Serviço de 
Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa. A orientação foi completamente diferente: o 
produto deveria ser levado para o conserto.
Passados 30 dias após o espremedor ter sido encaminhado novamente à autorizada – prazo limite 
para a resolução do problema, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC) –, a 
paciência de Antonine acabou. Ela já tinha entrado em contato com o SAC várias vezes e ouvido 
as mais diversas desculpas: “As peças vão chegar em três dias” ou “As peças estão vindo do 
Sul”. A artista plástica conta que ligou para a empresa mais uma vez e exigiu uma solução 
imediata. Acuada, a funcionária da empresa, a mesma que cuidou do caso desde o início, teve de 
assumir que realmente a fabricante não tinha peças de reposição, mas a consumidora receberia 
um espremedor novo do mesmo modelo.
57
Como Antonine negou a proposta, a atendente acrescentou que, pela lei, o 
consumidor não poderia recusar um aparelho novo. Por meio da orientação 
do Idec, ela descobriu que essa alegação não era verdadeira. A associada 
enviou então um modelo de carta de reclamação à Black & Decker.
Desta vez, a funcionária da empresa apressou-se em ligar para a 
consumidora. Informou que se esqueceu de dizer que Antonine tinha o direito 
de ter o seu dinheiro de volta. “Se eu não fosse associada do Idec, teria de 
engolir o espremedor feito na China. Não queria um produto fabricado 
naquele país por vários motivos: por não ter sido produzido por mão-de-obra 
brasileira, pela exploração de trabalho que existe por lá e, além do mais, 
inevitavelmente teria de trocar de novo o aparelho em um ou dois meses”, 
conclui a associada.
Como agir
Segundo o artigo 18 do CDC, se o defeito não for resolvido em 30 dias, o 
consumidor pode exigir uma das três opções: a substituição do produto por 
outro da mesma espécie em perfeitas condições de uso; a restituição imediata 
da quantia paga monetariamente atualizada; ou o abatimento proporcional do 
preço. 
58
Vitória rara
Carlos Machado diz ser um apaixonado pela defesa do consumidor. Após muito 
estudo, pela demanda do trabalho e também por interesse pessoal, o subsecretário do 
II Juizado de Defesa do Consumidor de Salvador, Bahia, conseguiu um feito raro 
contra uma empresa de assistência privada à saúde: a cobertura da cirurgia de 
miopia, mesmo tendo grau inferior a 7,5. Segundo uma resolução da Agência Nacional 
de Saúde Suplementar (ANS), a operadora deve arcar com a intervenção cirúrgica 
para distorções a partir de 7,5 graus. 
Em 2001, Machado pediu autorização ao seu plano, Sul América, para realizar a 
operação. A empresa negou. Segundo a Sul América, o contrato vedava a cirurgia 
expressamente. Machado leu o contrato e viu que realmente a cobertura excluía a 
ceratotomia. “Eu não compreendia o que queria dizer esse termo, a operadora disse 
ser o nome da técnica de cirurgia de miopia. Ainda assim, enxerguei uma abusividade, 
uma vez que o Código de Defesa do Consumidor determina que o contrato seja escrito 
numa linguagem de fácil entendimento”, explicou.
Como a operadora não cedeu, Machado recorreu à Justiça pedindo uma das 
condições: ou uma liminar para realizar a operação ou pagaria pela cirurgia, mas 
exigiria a restituição do dinheiro em dobro (já que se tratava de uma cobrança 
abusiva). Apesar de não exercer a profissão de advogado – o subsecretário é formado 
em direito –, ele mesmo fez sua queixa, ação e sustentação no Juizado Especial, e 
acabou conseguindo a liminar. 
59
A Sul América resistiu e apresentou as mais diferentes argumentações nas três 
instâncias em que o processo percorreu, citando inclusive a resolução da 
ANS. “No dia da operação, três ou quatro advogados tentaram me convencer 
de que eu acabaria gastando mais se fizesse o procedimento por meio judicial, 
porque ninguém ganhou esse tipo de causa e eu ainda teria de pagar as custas 
do processo”, conta.
Machado não se intimidou e foi em frente. Realizou a operação, e quem saiu 
perdendo foi a Sul América, derrotada nas três instâncias do processo, que já 
está encerrado e arquivado. Entre as argumentações do subsecretário, a 
principal envolvia a resolução da ANS. Para ele, o grau estabelecido pela 
agência é ilegal por conflitar com a norma pública de proteção ao 
consumidor, ou seja, condiciona o tratamento à piora do quadro do paciente.
Seu caso abriu um precedente nos tribunais. De acordo com Machado, sob 
sua orientação mais três pessoas conseguiram, por intermédio da Justiça, que 
o plano de saúde arcasse com a cirurgia de miopia. “Concordo que é difícil 
para o cidadão comum se defendersozinho, mas a principal arma é o 
conhecimento. 
60
Makro é multado por se negar a
receber pagamento em dinheiro !
A empresa pode se utilizar de “passaporte” para controlar o acesso de clientes cadastrados, mas 
não pode proibir a aquisição de produtos mediante pagamento em dinheiro. A decisão é da 2ª 
Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, que confirmou que o 
Supermercado Makro é obrigado a aceitar pagamento de mercadorias com dinheiro em espécie.
A ação iniciou-se a partir da reclamação de um cliente no Procon-DF de que o supermercado 
teria se recusado a receber pagamento em dinheiro. O Makro foi notificado a pagar multa no 
valor de mil Ufirs. Insatisfeito com a punição ingressou com ação anulatória de débito fiscal, 
considerada procedente em primeira instância - desconstituindo-se, dessa forma, a notificação e 
declarado inexistente o débito.
Apesar de considerarem legal a exigência do “passaporte Makro” para a compra de 
produtos vendidos pela empresa, os desembargadores entendem que a exigências e que o 
pagamento seja feito com cheque representa um empecilho à circulação da moeda corrente, 
situação vedada pela legislação em vigor.
Para a 2ª Turma, o Código de Defesa do Consumidor proíbe expressamente os estabelecimentos 
comerciais de se negarem a receber dinheiro, em reais, como forma de pagamento. A leitura está 
no artigo 39, inciso IX do CDC: “É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras 
práticas abusivas, recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se 
disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação 
regulados em leis especiais”.
61
Por outro lado, os desembargadores decidiram que não há nenhuma ilicitude 
na exigência de cadastro e na entrega dos cartões. “Justificam-se os 
cadastramentos daqueles que manifestam interesse em adquirir os produtos 
porque a empresa tem autonomia para escolher com quais empresas de crédito 
lhe é oportuno estabelecer convênio”, afirmaram.
O problema estaria, então, em deixar de receber a moeda corrente como 
forma de pagamento. Ultrapassada a questão da ilegalidade ou não da 
exigência do passaporte, os julgadores da 2ª Turma consideraram “irregular”
e “até mesmo abusiva” a recusa do real - moeda do País - para aquisição de 
qualquer produto: “Atos dessa natureza são atentatórios à própria função do 
comerciante em disponibilizar, de forma universal, a circulação de mercadorias 
e riquezas” - conclui o julgado. (Proc. nº 2000.01.105.118-67 - com 
informações do TJDFT).
62
Abuso recorrente
As cobranças indevidas lideram o ranking de atendimento do Idec no segmento de telefonia. Entre 
os assuntos com maior número de reclamações e consultas está a cobrança de contas que já 
foram pagas. Foi o que aconteceu com o associado e gerente de vendas Vicente Expedito do 
Prado. Surpreendido com o corte de sua linha telefônica às vésperas do fim de semana, Vicente 
entrou em contato com a Telefônica e descobriu que o motivo do cancelamento do serviço era um 
débito de junho de 2002 que, conforme a atendente da empresa, não tinha sido quitado.
Sem qualquer aviso prévio, a linha foi suspensa mais de um ano depois, em julho de 2003. Para 
religá-la, a funcionária da Telefônica exigiu que o associado apresentasse o comprovante de 
pagamento do débito de R$ 189,87 ou que pagasse a conta. Vicente argumentou que já tinha 
quitado a fatura, porém, não tem o hábito de guardar comprovantes antigos. “A atendente até 
chegou a alegar que existe uma lei que obriga o consumidor a guardar esse tipo de documento 
por cinco anos. No entanto, o volume de papel é muito grande. Imagine arquivar o comprovante 
de tudo que pago: aluguel, mensalidade escolar etc.”, desabafa o associado.
O gerente de vendas resolveu, então, procurar o Idec em busca de auxílio para resolver a 
questão. Ele foi orientado a enviar uma carta à empresa e recebeu o retorno em uma semana. 
“Um funcionário da Telefônica me ligou, assumindo que o sistema da empresa acusou 
indevidamente o atraso do pagamento”, conta ele. O associado foi informado de que receberia 
uma segunda via da fatura telefônica de agosto de 2003, na qual seria descontado o valor de R$ 
190,00. A diferença, segundo a operadora, seria para compensar o engano.
63
Conta Compulsória
Em outubro de 2005, a costureira Quitéria Maria Gomes, de 36 anos, recebeu em casa 
dois funcionários do banco Banespa Santander com uma proposta de abertura de 
conta. Quitéria aceitou e ainda fez um seguro de vida no valor de R$ 11,00 mensais. A 
proposta seria analisada e, se não houvesse nenhum problema, dentro de 15 a 20 dias 
ela receberia em casa o talão de cheques e o cartão magnético. Negócio fechado, 
esperou pelo cumprimento da promessa.
Após 40 dias, ela pensou que a proposta havia sido recusada e nem quis saber o que 
havia acontecido. Em junho deste ano veio a surpresa: um telefonema do banco 
informando um débito de R$ 600,00 em aberto.
Quitéria foi à agência, solicitou um extrato e pediu explicações. Soube que a conta 
aberta em 2005 estava em pleno vigor e que, para o pagamento do seguro de vida, o 
banco havia concedido um cheque especial com limite de R$ 500,00 na abertura da 
conta. Informaram ainda que o talão de cheques e o cartão haviam sido entregues, 
conforme combinado.
64
“Eu continuei dizendo que não tinha movimentado a conta durante todo esse período e 
aguardaria a emissão do extrato, que demorou cerca de 15 dias”, conta Quitéria, 
indignada. E mais: ela descobriu que seu nome estava na lista da Centralização dos 
Serviços Bancários (Serasa).
“Quando vi o extrato, soube que o banco havia liberado um cheque especial para 
cobrir o débito do seguro. Enquanto tinha dinheiro, eles foram descontando, quando a 
conta ficou negativa, partiram para a cobrança”, conta.
A costureira nunca recebeu um extrato ou qualquer contato do banco. O Santander 
reconheceu o problema, mas não resolveu. O setor de cobrança continuou a ligar para 
Quitéria. Foi advertida de que, se não pagasse a dívida, seu caso seria encaminhado 
ao departamento jurídico.
Por meio de um amigo da família, ela e o marido souberam da existência do Idec. 
Entraram em contato, associaram-se e descobriram que a atitude do banco era 
completamente ilegal. Receberam ainda um modelo de carta para ser enviada ao 
banco. Quando Quitéria foi entregar a carta na agência do Banespa em Itaquera, mais 
uma surpresa: após ler a carta, o gerente negou-se a protocolá-la, alegando que 
poderia ter problemas futuros.
65
Quitéria foi embora desnorteada. Para seu 
espanto, duas horas depois, recebeu um 
telefonema do mesmo gerente dizendo que o 
problema seria resolvido em no máximo dez 
dias. Depois de cinco dias, nova ligação 
afirmando que tudo estava resolvido. O nome de 
Quitéria também foi retirado da lista da Serasa. 
“Conhecer os seus direitos foi fundamental, pois 
sem isso o banco sairia ganhando por conta do 
poder de pressão que exerce”, afirma, aliviada.
66
• DAS SANÇOES PENAIS 
NO CDC
• Art. 61 a 80 
67
Fonte: www.idec.org.br
COM BASE: Código de Defesa do Consumidor , Artigo 66)
O QUE PRESCREVE O ARTIGO 66 do CDC: Fazer afirmação 
falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, 
qualidade, quantidade segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de 
produtos ou serviços:
PENA: Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa. 
1º - Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta.
2º - Se o crime é culposo;
PENA: Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.
68
Fonte: www.idec.org.br
CASO 3:
“Adoçantes e bebidas light desrespeitam o 
Código de Defesa do Consumidor”
69
CASO NÚMERO 3
Fonte: www.idec.org.br
DESCRIÇÃO DO CASO 3: “Adoçantes e bebidas light desrespeitam o Código 
de Defesa do Consumidor”
Os fabricantes de adoçantes e bebidas light ou diet desrespeitam o Código deDefesa do Consumidor (CDC) ao não divulgarem a informação de risco à saúde 
ao consumidor em suas embalagens. Em todos 24 adoçantes de mesa analisados, 
nenhum deles trazia a comunicação sobre o limite de consumo diário. O mesmo 
ocorreu com 25 Bebidas dietéticas e 4 sucos em pó convencionais
Eles comentem um erro ao não divulgarem o limite de consumo diário, onde o 
grande risco está no fato de o consumidor ultrapassar a IDA (Ingestão Diária 
Aceitável) do edulcorante sem saber.
70
CASO NÚMERO 3
Fonte: www.idec.org.br
DESCRIÇÃO DO CASO 3: “Adoçantes e bebidas light desrespeitam o Código 
de Defesa do Consumidor”
Proibido nos Estados Unidos, mas utilizado no Brasil, o ciclamato sódico pode 
comprometer a saúde do consumidor, pois há indícios de que seja responsável por 
alterações genéticas e atrofia testicular!!!!!!. O produto é contra-indicado para 
hipertensos e portadores de problemas renais. No Brasil, ele é encontrado em vários 
refrigerantes como Coca-Cola Light Lemon, Sprite Zero, Dolly Guaraná 
Diet, Guaraná Diet, Soda Limonada Diet Antarctica, entre outros. 
Se uma criança (de 30kg) consumir 1 lata de Sprite Zero, já excedeu o seu limite diário de ciclamato. 
O mesmo ocorre se um homem (70kg) consumir 2,8 latas de Coca-Cola Light Lemon ou se uma 
mulher (55kg) consumir 2 latas de Dolly Guaraná ou Limão Diet. 
O Código de Defesa do Consumidor prevê que o consumidor tenha 
informações claras e precisas sobre o produto e seus riscos 
71
COM BASE: Código de Defesa do Consumidor , Artigo 63)
O QUE PRESCREVE O ARTIGO 63 do CDC: Omitir dizeres ou 
sinais ostensivos sobre a nocividade ou periculosidade de produtos nas embalagens 
, nos invólucros, recipientes ou publicidade:
PENA: Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. 
1º - Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, mediante 
recomendações escritas ostensivas, sobre a periculosidade do serviço a ser 
prestado.
2º - Se o crime é culposo;
PENA: Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.
72
CASO NÚMERO 3
Fonte: www.idec.org.br
DESCRIÇÃO DO CASO 3: “Adoçantes e bebidas light desrespeitam o Código 
de Defesa do Consumidor”
Determinação:
Aos órgãos reguladores
• Obrigar, no âmbito nacional e do Mercosul, a declaração das quantidades de 
edulcorantes usados na formulação de todos os alimentos que os contenham;
• Determinar também que cada produto com aditivo informe em seu rótulo as sua 
respectivas IDAs.
Aos fabricantes
Declarar em seus rótulos as quantidades de todos os aditivos usados na formulação 
de seus produtos, especialmente em relação aos edulcorantes contidos em adoçantes 
de mesa, bem como de suas respectivas IDAs, mesmo que tal declaração não seja 
exigida por normas específicas 
73
CASO NÚMERO 3
Fonte: www.idec.org.br
DESCRIÇÃO DO CASO 3: “Adoçantes e bebidas light desrespeitam o Código 
de Defesa do Consumidor”
Respostas das empresas
A Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas 
(ABIR), representando o Sistema Coca-Cola do Brasil, a American Beverage 
Company - AmBev (Antárctica e Pepsi-Cola) e a Rede Bull, concordou com a 
necessidade de mais informações, mas discorda que o rótulo seja o melhor meio 
de divulgar a informação sugerindo que devam ser veiculadas pelo Serviço de 
Atendimento ao Consumidor (SAC).
Essa também foi a resposta da Gold Nutrition (Assugrin, Doce Menor, Gold e Tal 
Qual) e da Nova América (União Light). A Boehringer Ingelheim (Finn) esclarece 
que já informa as quantidades dos edulcorantes utilizados e as quantidades máximas 
de consumo diário, embora não julgue a informação relevante para os 
consumidores. A Lightsweet (Magro, Stevia Plus) afirmou que estuda a 
possibilidade de acrescentar as informações solicitadas à rotulagem de seus 
produtos. A Steviafarma (Stevita) julga que segue as normas vigentes. A DM 
Farmacêutica não enviou sua resposta.
74
CASO NÚMERO 3
Fonte: www.idec.org.br
DESCRIÇÃO DO CASO 3: “Adoçantes e bebidas light desrespeitam o Código 
de Defesa do Consumidor”
Respostas das empresas
Se alguns responderam que as informações sobre os edulcorantes estão disponíveis 
nos SACs. No entanto, pesquisa do Idec com os SACs das empresas para verificar a 
capacidade desses serviços em informar o IDA dos edulcorantes deixaram muito a 
desejar. Atendendentes da Coca-Cola, DM Farmacêutica, Dolly, Gold Nutrition, 
Lightsweet e Stevita Industrial não sabiam o que responder. 
75
76
Campeão Brasileiro de 2012
Obrigado!!!!!

Outros materiais