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Artigo - Atuação do assistente social no enfrentamento da violência sexual em face de crianças e adolescentes no âmbito intrafamiliar

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1 
 
 
 
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO ENFRENTAMENTO DA 
VIOLÊNCIA SEXUAL EM FACE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
NO ÂMBITO INTRAFAMILIAR 
 
ACTION OF THE SOCIAL ASSISTANT IN FACING THE SEXUAL 
VIOLENCE IN FACE OF CHILDREN AND ADOLESCENTS IN THE 
INTRA-FAMILY FRAMEWORK 
 
CLEANE VIEIRA DOS SANTOS1 
SIMONE SANTOS SILVA MATOS2 
VALDENIZA RIBEIRO DA SILVA BORGES3 
WESLEY CARLOS ROCHA RIBEIRO4 
Resumo: 
Este trabalho tem como objetivo geral, expor a relevância da quebra do sigilo, por meio da intervenção profissional 
do assistente social no enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes no contexto intrafamiliar, 
por meio da viabilização de políticas públicas e acompanhamento interdisciplinar. Destaca-se a necessidade de 
valorização da criança e do adolescente enquanto sujeitos de direitos, enfatizando a necessidade de proteção 
integral conforme preconiza o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e Lei 8.069 de 13 de julho de 1990, que 
diz que o Estado tem papel fundamental para com as políticas públicas, junto à criança e ao adolescente. Tem-se 
a intenção de ressaltar a importância da atuação do assistente social na construção de ações efetivas, buscando 
minimizar os resquícios da violência sexual intrafamiliar contra a criança e o adolescente. Utilizou-se de revisão 
da literatura como livros, artigos científicos, legislação sobre o assunto, seminários e fundamentações dentro do 
Estatuto da Criança e Adolescente. 
 
Palavras chave: Violência sexual. Intrafamiliar. Criança. Assistente social 
 
 
Abstract: 
This article has as a objective show the breach of confidentiality significance, by means of the social assistance, 
against children sexual violence in the family core, as a result of public measures and disciplinary help. 
Teenagers and children are citizens and have their rights, stressing the need of full tome protection agreeing with 
the Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) and Law 8.069, July 13 of 1990, that says the government have 
essencial part in the public measures, together with teenagerns and children. We want to strees the social 
assistance significance in the construction of effective actions, trying to minimize sexual violence vestige in the 
family core. We will use books, scientific articles, legislation and the ECA. 
 
Keywords: sexual violence. family core. Children. social assistance. 
 
 
 
1 Acadêmica do Curso de Serviço Social da FacUnicamps. E-mail: cleanevrommanel@outlook.com 
2 Acadêmica do Curso de Serviço Social da FacUnicampos. E-mail: simonewsmacedo@gmail 
3 Acadêmica do Curso de Serviço Social da FacUnicamps. E-mail: valdeniza13@gmail.com 
4 Professor do curso de Serviço Social da FacUnicamps e orientador do trabalho. E-mail: wesley.juris@gmail.com. 
mailto:cleanevrommanel@outlook.com
mailto:valdeniza13@gmail.com
mailto:wesley.juris@gmail.com
2 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
 
A violência sexual contra crianças e adolescentes no âmbito intrafamiliar infelizmente 
tem sido algo corriqueiro no Brasil e, não se trata de uma questão que afeta apenas à área 
criminal, mas também é uma questão de saúde pública. 
Trata-se de um fenômeno desafiador e o seu debate e enfretamento não é apenas uma 
reponsabilidade do Estado, mas, sobretudo, de toda a sociedade, conforme se verifica na Lei 
Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 do Estatuto da criança e adolescente, doravante ECA, 
o qual visa a proteção integral da criança e do adolescente. 
O presente trabalho tem como objetivo geral expor a relevância da quebra do sigilo, por 
meio da intervenção profissional do assistente social no enfrentamento à violência sexual contra 
crianças e adolescentes no contexto intrafamiliar, através da viabilização de políticas públicas e 
acompanhamento interdisciplinar. 
Temos ainda como objetivos específicos destacar a valorização da criança e do 
adolescente enquanto sujeito de direitos, defender a proteção integral dos infantos através das 
políticas públicas, enfatizar a importância do assistente social na garantia de seus direitos, enfim 
demonstrar as atribuições do profissional assistente social. 
Podemos destacar como problemática, quais as consequências da negligência familiar 
no desenvolvimento da criança e adolescente em relação à violência sexual? Uma vez que a 
negligência familiar afeta diretamente a criança e o adolescente. Trata-se da omissão ou 
descuido para com o infante, sendo dever da família garantir o cuidado e proteção dos filhos 
com respaldo no Estatuto da Criança e Adolescente – ECA. 
A vítima que sofre violência sexual passa por graves consequências que afetam 
profundamente o seu desenvolvimento pessoal, entre tais consequências podemos frisar: o 
medo, a vergonha, o sentimento de culpa, as dificuldades no aprendizado, as consequências 
psicológicas devido às lesões e traumas sofridos pelo ato abusivo e, consequentemente, 
dificuldades de se relacionar. 
A criança que passa por negligência intrafamiliar sofre uma desvalorização como 
pessoa, devido à violação de seus direitos, podendo resultar em riscos como a reincidência da 
violência sofrida, deficiência do desenvolvimento pessoal, privação dos direitos fundamentais, 
lesões graves que podem até mesmo ocasionar em morte. 
Para a realização desse artigo serão desenvolvidas pesquisas qualitativa, e quantitativa 
de forma secundária, de caráter exploratório que possibilita a observação dos índices sobre 
3 
 
 
 
 
violações sexuais contra crianças e adolescentes, que pode ser explicado pela negligência 
familiar. Realizou-se uma revisão da literatura por meio de livros, artigos científicos, legislação 
sobre o assunto, seminários e fundamentações dentro do Estatuto da Criança e Adolescente. 
Em relação ao tema exposto é imprescindível interligar a violência sexual contra a 
criança e adolescente, como uma expressão da questão social, em que o assistente social 
intervém de forma crítica, com uma visão holística, defendendo os interesses da sociedade, com 
respaldo no Código de Ética, lei 8.662/93. Fazendo-se necessário haver um enfrentamento a essa 
violência, afim de fortalecer os direitos humanos. 
 
 
 
1.1 VIOLÊNCIA 
 
 
 
A Violência possui ambiguidades de conceitos podendo ser caraterizada como a 
utilização da força para dominar e infligir a natureza do outro contra sua vontade, desrespeitando 
sua liberdade, configurando-se como um ato agressivo cometido contra um grupo de pessoas, 
classes sociais e a sociedade como um todo, gerando consequências físicas, psicológicas, 
morais, sexuais e espirituais contra si e em relação ao outro. 
A violência não é uma, é múltipla. De origem latina, o vocábulo vem da palavra vis, 
que quer dizer força e se refere às noções de constrangimento e de uso da 
superioridade física sobre o outro. No seu sentido material, o termo parece neutro, 
mas quem analisa os eventos violentos descobre que eles se referem a conflitos de 
autoridade, a lutas pelo poder e a vontade de domínio, de posse e de aniquilamento do 
outro ou de seus bens (MINAYO, 2006, p.13). 
 
Diante do processo histórico da humanidade, a violência de forma geral perpassa por 
constantes transformações, é no interesse de compreender a violência e seus impactos na 
sociedade, que possibilita fazer uma reflexão sobre a vulnerabilidade sofrida pela sociedade, em 
especial a criança e o adolescente. Considera-se violência, segundo Organização Mundial da 
Saúde (OMS) (2002), como o uso intencional da força física ou poder com grande possibilidade 
de resultar em lesão, morte, deficiência de desenvolvimento ou privação. 
O ECA (1990) afirma no artigo 17 que o direito ao respeito consiste na inviolabilidade 
da integridade física, psíquica, e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da 
imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos 
pessoais. 
[...] todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveiscontra crianças 
e/ou adolescentes que – sendo capaz de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à 
vítima – implica de um lado numa transgressão do poder/dever de proteção de adulto 
4 
 
 
e, de outro, numa coisificação da infância, isto é, numa negação do direito que crianças 
e adolescentes têm de ser tratados como sujeitos de direitos e pessoas em condição de 
desenvolvimento (AZEVEDO; GUERRA, 1995, p.36). 
 
De acordo com dicionário Houaiss (2009), violência significa opressão, constrangimento 
físico ou moral exercido sobre alguém, e regime de violência entre várias faces, que pode ser 
configurada como agressão, maus-tratos, danos psicológicos, sociais entre outros. Caracterizada 
como violação de direitos e, por conseguinte uma expressão da questão social que afeta 
mundialmente. 
Segundo Leal (1999), a violência é vista como um fato que ocorre desde os antepassados, 
frutos dos conflitos de autoridade, de maneira desigual, podendo ser manifestada contra uma 
pessoa vulnerável fisicamente, de forma afetiva ou social. 
Há também a violência intrafamiliar que, pode ser classificada como direta ou indireta. 
A direta ocorre quando a criança sofre a agressão seja ela física, psicológica ou sexual, já a 
violência intrafamiliar indireta se dá quando a criança presencia cenas violentas na família, 
onde a mesma está exposta em um lar conturbado, podendo comprometer seu desenvolvimento. 
 
 
 
1.2 Violência Sexual 
 
 
 
A violência sexual contra infantes é um processo histórico, tendo em vista que em 
tempos remotos as crianças não eram vistas como um ser em desenvolvimento, e nem tão pouco 
eram passivas de direitos, portanto eram comuns as práticas de abuso sexual bem como o seu 
envolvimento em jogos sexuais. 
Ao falar de criança e adolescente é importante mencionar a classificação da faixa etária, 
de acordo com o Estatuto da Criança e adolescente (ECA). Conforme preconiza o artigo 2°do 
ECA, considera-se criança toda pessoa com idade entre 0 e 12 anos incompletos, e adolescente 
de 12 anos até 18 anos completos. 
A violência sexual contra criança e adolescente nos traz uma ambiguidade de conceitos 
e vertentes. Esta violência deixa sérias marcas tanto emocional como física que se refletem ao 
longo da vida. O artigo 5° do Eca evidencia a proteção integral à criança e adolescente contra 
qualquer forma de violência. 
Art.5° Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão punido na forma da lei 
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais (ECA 2015, 
p.10) 
5 
 
 
 
 
 
Violência sexual é conceituada como todo ato libertino com ou sem penetração que 
ocorre sem o consentimento do outro, profanando contra a liberdade sexual da pessoa, violando 
os direitos humanos, causando consequências marcantes como medo, opressão, depressão, 
tristeza, vergonha, e, muitas vezes, o violador faz com que a vítima se sinta culpada pela prática. 
A violência sexual também é classificada como carícias em órgãos genitais, atos 
obscenos, masturbação, sexo oral, vaginal e anal, tornando violência não só a penetração, mas a 
tentativa, a sedução e a ameaça. 
Conforme Nepomuceno (1999), violência sexual caracteriza-se pela intimidação de 
crianças e adolescentes, e uso da força para prática de atos sexuais que podem ocorrer dentro ou 
fora do ambiente familiar, ressalta-se também que a exploração sexual está relacionada ao lucro, 
independente da sua forma, seja por prostituição ou pornografia, violência física ou psicológica 
sendo também caracterizada como violação aos direitos humanos. 
A violência sexual contra a crianças e adolescentes intrafamiliar pode configurar como 
uma relação consanguínea, em que o abuso é praticado por parte de membros da família ou, 
quando o autor exerce um papel afetivo, o que também pode ser denominado como incesto 
configurando um ato libidinoso, que vai além da conjunção carnal, ferindo a moral. 
Alguns fatores de risco podem potencializar a violência no seio familiar, o alcoolismo, a 
drogadição, o ambiente conflituoso, e o pauperismo estão entre eles. Para tanto é importante 
apontar esses fatores para clarificar a intervenção do assistente social. 
A violência sexual sendo uma questão de extrema violação dos direitos da pessoa 
humana infringe a liberdade sexual infanto-juvenil. Neste entendimento Guerra (1998) afirma 
que a violência sexual está relacionada com envolvimento sexual, seja ele hétero ou 
homossexual, entre adultos e infantes, com o intuito de despertar o desejo sexual da criança e do 
adolescente a fim de satisfazer o seu desejo sexual. 
Existem vários tipos de violências sexuais, dentre algumas podemos destacar a pedofilia, 
a exploração sexual ou comercial, a violência sexual extrafamiliar, a violência sexual 
intrafamiliar. A pedofilia é quando o adulto pratica o abuso contra criança ou adolescente, 
cometendo ou não a conjunção carnal, visto como ato libidinoso e também como patologia, já 
que a pessoa pode apresentar problemas mentais e de comportamento, e estão classificados no 
Cid 10 F64. 
A pedofilia pode ser caracterizada como uma preferência sexual por infantes, 
geralmente no início da puberdade. Tendo em vista que esse tipo de violência cometida contra 
criança e adolescente, menores de quatorze anos, é considerado estupro de vulnerável e está 
6 
 
 
 
 
previsto, e denominado como crime que acerva, pena-reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos de 
acordo com o Código Penal no artigo 217 A. 
Exploração sexual ou comercial é todo ato sexual que gera lucro ou renda em que 
terceiros se beneficiam com a exploração. Correlacionado a essa prática podemos mencionar o 
turismo sexual, prostituição infantil, tráficos de pessoas, para fins sexuais, e pornografia infantil, 
que frequentemente ocorre fora de suas casas, ou seja, é extrafamiliar que é quando o violador 
não tem vínculo familiar. 
Conforme Ponchion (2012, p. 43) “[…] o abuso sexual infantil é entendido em um 
sentido amplo, dentro do qual se encontram a violência e a exploração. Esta, por sua vez, divide- 
se em: prostituição, pornografia infantil, turismo sexual e tráfico para fins sexuais”. Em relação à 
prostituição sexual infantil, o turismo também se inclui nesta prática, sendo o meio onde ocorre 
maior índice de exploração comercial, realizado por aliciadores ou facilitadores da prostituição, 
mas podem ocorrer casos que não tenha os agenciadores. 
O tráfico de pessoas caracteriza-se pela prática da ação de transferência de crianças ou 
adolescentes, pode ser interestadual ou internacional, com intuito de obter lucro. Já a 
pornografia infantil é a comercialização de imagens, produção e reprodução. Esta conduta 
alimenta uma rede inteira de contraventores e o pedófilo é considerado como um facilitador e 
propagador de materiais pornográficos como vídeos, fotografias, desenhos e filmes. 
A violência sexual intrafamiliar infanto-juvenil é complexa e dolorosa e envolve a 
relação entre a vítima, o violador e membros da família. Em várias situações a agressão não é 
denunciada por medo da punição, de que os laços familiares se desfaçam, pela falta de apoio no 
lar, ameaças constantes por parte do violador e, em muitos casos, à conivência por parte de 
integrantes do seio familiar, fazendo com que essa violência fique em segredo no lar. Firmando 
este entendimento, a família tem o papel de educar, cuidar e fazer valer os direitos humanos para 
a criança e do adolescente o que não ocorre em muitas situações. 
 
 
 
1.3 Violência Sexual no Contexto Familiar 
 
 
 
A família, ao longo do processo histórico, tem passado por profundas transformações e 
adaptações, porém nunca deixou de ser considerada a estrutura básica da sociedade, sendo 
impossível restringi-la, nos dias atuais, apenas a uma relação decorrente do matrimônio. 
7 
 
 
 
 
A famíliase trata do sinônimo de afeto, confiança e respeito, por isso é inaceitável que 
ocorra qualquer tipo de violência, sendo a agressão sexual uma das violências mais cruéis que 
a criança possa sofrer, levando em consideração que na maioria dos casos, o autor é pai, 
padrasto, irmão, tio, pessoas que deveriam lhe dar amor, carinho e proteção. 
Conforme evidencia Bernadi (2012, p. 23), “arranjos familiares diversos devem ser 
respeitados e reconhecidos como potencialmente capazes de realizar as funções de proteção e de 
socialização de suas crianças e adolescentes”. Contudo para falar de família é importante 
destacá-la no plural, pois não há um modelo único familiar, na atualidade há arranjos familiares 
que ampliam esse agrupamento de pessoas. Podemos mencionar a família nuclear, constituída 
pela mãe, o pai e filhos; monoparental, a mãe ou o pai é o cuidador dos filhos; recomposta 
formada por pessoas que vieram de outro matrimônio, tendo filhos da relação passada ou não; 
homoafetiva composta por casal de pessoas do mesmo sexo, com ou sem filhos. 
Ainda segundo Bernardi (2012), a família pode ser caracterizada como conjunto de 
pessoas, com laços consanguíneos, por afinidade, uma aliança, lugar de vínculos afetivos, 
evidenciando a relação de geração e por gênero. Sendo assim, a família é a principal responsável 
em garantir a proteção dos filhos de maneira igualitária com o intuito de assegurar o seu 
desenvolvimento pessoal de forma plena com respeito e com afeto. 
A Constituição Federal, em seu art. 226, afirma que a família é a base da sociedade, e 
tem especial proteção do estado em assegurar a assistência a ela na pessoa de cada um dos 
membros que a integram, a fim de criar mecanismos que coíbam a violência no âmbito de suas 
relações. 
Nota-se que a família exerce a relação de poder sobre a criança e o adolescente pois são 
responsáveis legais por eles, e tem a obrigação de defender seus direitos e deveres. Com isso, é 
inadmissível a criança passar por qualquer forma de maus-tratos, negligência ou conivência por 
parte de membros da família, pois quando ocorre esse tipo comportamento pode-se configurar 
como abuso do poder familiar. 
O abuso de poder na família em relação à criança ocorre quando o adulto aproveita da 
sua condição de autoridade para violar a liberdade e os direitos da criança, sendo ela indefesa, 
frágil e vulnerável. Em muitos casos a violência cometida fica encoberta, pois o infante não tem 
apoio de terceiros, e o medo o faz sofrer calado, provocando depressão, mudanças bruscas de 
comportamento, revolta, afetando seu desenvolvimento, podendo até mesmo vir a ser um adulto 
problemático ansioso e depressivo. 
Conforme o art.1634 do Código Civil, “os pais têm o dever, independente do estado 
conjugal a qual se encontra, e é imprescindível o desempenho do poder familiar, que constitui- 
8 
 
 
 
 
se aos filhos, seja na criação, educação ou guarda [...]”. A história da criança é marcada por 
inúmeras violências, os infantes eram vistos como objetos perante a sociedade, eram mal- 
tratados por adultos e passavam por castigos muitas vezes desumanos, tratados como seres sem 
direitos. Houve algumas evoluções significativas, como o Código de menores de 1979, que em 
sua origem deu margem a conflitos e críticas. 
Em 1980, os movimentos sociais obtiveram algumas conquistas. O Movimento Nacional 
de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR) e o Movimento Nacional dos Direitos Humanos, por 
meio de manifestações conquistaram vários direitos, dentre eles o de maior relevância que foi o 
Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), lei 8.069/1990, um amparo a criança e adolescente 
como ser de direito, promovendo a proteção integral infanto-juvenil. 
O Eca adotou como doutrina única a proteção integral de crianças e adolescentes. A 
População infanto-juvenil passou a ter a proteção integral como respaldo legal de uma 
legislação pública e universalizadora de atenção a esse segmento vulnerável 
socialmente (PARO, 2016, p. 48). 
 
O art. 25 do Estatuto da Criança e do Adolescente compreende como família natural a 
sociedade formada por pais e herdeiros, e extensão familiar que vai além de pais e filhos, como 
parentes mais próximos que faz parte da vida da criança e que conserva vínculos, havendo uma 
compatibilidade afetiva. 
Algo bastante preocupante na violência sexual intrafamiliar é a chamada cifra negra, ou 
seja, os casos que não foram denunciados. Muitos crimes acabam não sendo revelados ficando 
impunes, devido às constantes ameaças e à dependência que a criança possui sobre o adulto. Em 
alguns casos a vítima só tem noção do que está acontecendo quando alcança uma idade maior, 
porque muitas vezes a violência é confundia com carinho, pelo fato de a criança viver em 
ambientes que também à violência física. 
Um fator significativo que contribui para o aumento da cifra negra é quando o autor do 
crime seduz e dá presentes à criança, fazendo com que a mesma se sinta culpada por tal ato, 
levando-a assim a ficar em silêncio. Segundo Silva et al (2013, p.46), as vítimas são tomadas 
pelo silêncio “escancarados ou sutis, os abusos ficam encobertos pelo silêncio, pois o abusador 
faz ameaças e não se furta a ardilosamente trabalhar com barganhas. Somadas a isso, encontram-
se a vergonha e o medo da vítima”. 
Analisando os casos de violência sexual contra infantes, estudando um possível perfil 
do violador, percebe-se que na maioria dos casos o violador foi abusado na infância, e carrega 
consigo um comportamento adquirido, não que isso justifique o crime, o ato cometido, mais na 
visão profissional é necessário ter uma intervenção psicossocial para com o abusador, afim de 
9 
 
 
 
 
tratar os distúrbios psicológico, de comportamentos e as atitudes do violador perante a 
sociedade com o intuito de evitar novos crimes. 
 
 
 
2 A PRÁXIS DO ASSISTENTE SOCIAL 
 
 
 
Conforme Martinelli (2000), o serviço social surgiu no Brasil em 1930, com o apoio da 
igreja católica, inicialmente inspirado no modelo filantrópico europeu. Nasceu através do 
domínio da burguesia, visando os interesses capitalistas para obter um controle da sociedade, 
com a intenção de servir o capital, pautado por princípios de caridade e moralidade, assegurando a 
efetivação na história. Diante dessa perspectiva salienta-se que o profissional assistente social 
trabalha dentro das relações sociais em conjunto com o capitalismo de forma contraditória. 
O Serviço social foi marcado por mazelas provocadas pelo capitalismo sobre vários 
aspectos implícitos como, alienação, contradição, oposição, pois nessa corrente foi estruturado e 
desenvolvido. O surgimento do profissional de assistente social está para além da divisão de 
classes, é algo mais complexo no intuito de atender as demandas da sociedade relacionado ao 
pauperismo exacerbado, gerado pela exploração do homem pelo homem, sendo uma 
determinação histórica, colaborando para o surgimento do objeto do profissional, ou seja, as 
expressões da questão social, sendo assim: 
O objeto de trabalho, aqui considerado, é a questão social. É ela, em suas múltiplas 
expressões, que provoca a necessidade da ação profissional junto a criança e ao 
adolescente, ao idoso, [...] essas expressões da questão social são a matéria prima ou 
objeto do trabalho profissional (IAMAMOTO, 2015. P.62) 
 
Firmando este entendimento, as expressões da questão social originam-se das 
desigualdades sociais, responsáveis por ampliar as mais variadas problemáticas relacionadas às 
violações de direitos humanos, agravando mais ainda quando se trata também de saúde pública. 
Dentre as problemáticas existentes o assistente social utiliza de sua força de trabalho para 
intervir em prol da sociedade, contribuindo com o processo de mudança social, promovendo 
meios e subsídios para a comunidade, através do fazer profissional. 
De acordo com Guerra (2000), as transformações no serviço social sofridas aolongo do 
processo histórico foram moldando e evoluindo a profissão do assistente social, deixando de 
ser assistencialista, passando por uma transição e rompendo com o caráter conservador, lugar 
de atuação do profissional na garantia e efetivação de direitos, relacionando assim as dimensões 
10 
 
 
 
 
da prática profissional, sendo elas, teórico-metodológico, ético político e técnico operativo, 
atendendo às demandas da realidade social. 
Estas dimensões são instrumentalidades da prática profissional do assistente social, 
considera-se que essas três dimensões estão interligadas, porém cada uma tem suas próprias 
características e particularidades, sendo de grande importância para a atuação profissional, entre a 
teoria e a prática. 
[...] a instrumentalidade é uma propriedade e/ou capacidade que a profissão vai 
adquirindo na medida em que concretiza objetivos. Ela possibilita que os profissionais 
objetivem sua intencionalidade em respostas profissionais. É importante por meio 
desta capacidade adquirida no exercício profissional, que os assistentes sociais 
modificam, transformam, alteram as condições objetivas e subjetivas e as relações 
interpessoais e sociais existentes num determinado nível da realidade social: no nível 
do cotidiano (GUERRA, 2000, p. 22). 
 
1. A dimensão histórico-metodológica trata de um conjunto de conhecimentos teóricos 
e explicações enquanto sua totalidade histórica. 
2. A dimensão ético-política refere-se à apreensão dos compromissos ético-políticos a 
luz dos valores e princípios expressos no código de ética profissional, de 1993. Dimensão esta 
que defende: 
 Ampliação e consolidação da cidadania e garantia dos direitos sociais; 
 Defesa intransigente dos direitos humanos; 
 Posicionamento em favor da equidade e justiça social; 
 Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população, entre outros. 
3. A dimensão técnico-operativa é a dimensão que permite a apreensão das 
competências e habilidades através de instrumentais. A viabilização dessas ferramentas torna- se 
indispensável na prática profissional sendo elas: visitas, relatórios, perícias técnica, laudos, 
pareceres, escuta qualificada e encaminhamento para as redes de proteção. 
Desta forma as dimensões são apenas um guia para direcionar o profissional sobre; 
porque fazer, o que fazer e como fazer para poder interferir na realidade de maneira adequada, 
com clareza e domínio, frente às demandas emergentes e preventivas, sendo um profissional 
crítico, criativo, propositivo e ético, desenhando um status de competência acerca da realidade 
cotidiana. 
Segundo Pereira (2006 apud FURNESS, 1991, p. 38), a partir do momento em que o 
profissional intervém em casos de violência sexual contra criança no âmbito familiar, ocorre um 
rompimento da barreira do silêncio, e a família passa a ser vista por um olhar profissional, que 
realiza um trabalho protetivo a criança, respaldado dentro dos parâmetros legais e externo
11 
 
 
 
que influencia diretamente na intervenção. Diante da descoberta da violação, ocorre uma 
interligação entre o profissional e a família. 
É relevante ressaltar a importância da escola como possuidora de relações sociais 
estabelecidas com a família, sendo também responsável pelo desenvolvimento e autonomia da 
juventude por estabelecer um vínculo de confiança, podendo contribuir com a quebra de 
silêncio. Segundo Bernardi et al (2012), em muitos casos a violência sexual intrafamiliar contra 
criança e adolescente são descobertas na escola, e deve ser denunciada ou encaminhada para o 
Conselho Tutelar da região, onde os profissionais tomarão as devidas providências. 
As instituições de saúde são consideradas uma das portas de entrada ao atendimento da 
saúde da criança e adolescente, onde são descobertas violações sexuais, através de lesão 
corporal. Outros órgãos governamentais e não-governamentais, como Ministério público, 
Ministério dos Direitos Humanos (MDH), Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente 
(DPCA) e DISQUE 100, destacam-se porque recebem denúncias e é por meio delas que os casos 
chegam até o Juizado da Infância e da Juventude responsáveis por tomarem as devidas 
providências. 
O Ministério público é uma instituição essencial à função jurisdicional do Estado, na 
defesa da ordem jurídica, e dos interesses individuais e sociais Art. 127, CF/88. É responsável 
pela ação civil pública com o objetivo de responsabilizar a pessoa física ou jurídica por um dano 
causado à sociedade. 
O disque 100 é um serviço de caráter emergencial referente aos direitos humanos de 
proteção a crianças e adolescentes vinculado ao Programa Nacional de enfrentamento da 
violência sexual contra crianças e adolescentes. Os atendimentos prestados são geralmente em 
caráter de urgência, envolvendo ameaças e violência física. 
É importante salientar que no Estado de Goiás houve uma variação relevante nos dados 
quantitativos, em relação à violência sexual contra crianças e adolescentes, coletados no disque 
100. Levando em consideração as denúncias citadas no gráfico 1, cujas notificações são 
referentes a todos os tipos de violência sexual contra infantes. 
Em relação aos dados extraídos do Ministério do Direitos Humanos, no gráfico 1, foram 
notificados 4.899 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes no disque 100, entre 
os anos de 2011 - 2018 só no Estado de Goiás. 
Gráfico 1: Denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes em Goiás, de 2011 ao 
1° semestre de 2018
12 
 
 
 
 
 
FONTE: Ministério Dos Direitos Humanos (MDH), 2018. 
 
Em análise aos resultados referentes ao gráfico 1, percebe-se que o ano de 2012 lidera o 
maior índice de denúncias de violência sexual com 24% do total, e variações consideráveis entre 
o ano de 2012 e 2018. Contudo fica evidente as oscilações das denúncias. 
O disque 100 trabalha na resolução de conflitos sociais, em articulação com outros 
órgãos públicos, como por exemplo o conselho tutelar, e outros serviços do sistema de garantia 
de direitos previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. O disque 100 tem como 
competência, examinar e encaminhar denúncias e reclamações sobre violações de direitos 
humanos como forma de oferecer suporte jurídico. 
Neste mesmo contexto podemos destacar a Delegacia de Proteção à Criança e 
Adolescente como um órgão da Polícia Civil que possibilita a proteção à criança e ao 
adolescente, tendo como competência instaurar inquéritos e procedimentos policiais, em casos 
de transgressão à lei. 
A DPCA é responsável por desenvolver estratégias para romper com o ciclo de 
impunidade dos agressores, e incentivar que toda prática de violação aos direitos da criança e 
adolescente sejam denunciados, tendo como público alvo crianças e adolescentes vítimas de 
violência sexual, abandono, maus tratos e outros tipos negligências. 
De acordo com os casos de violação sexual registrados na Delegacia de Proteção à 
criança e adolescente-DPCA de Goiânia, nos anos de 2016 e 2018 verifica-se um aumento no 
registro de violações aos direitos sexuais de crianças e adolescentes, clarificando a diferença 
entre o ano de 2016 em que foram registrados 110 casos, em 2017, 157 casos, e de janeiro à 
outubro de 2018 foram 263 casos. Desta forma fica evidente o alto índice de registros constados 
no período de três anos, com o total de 530 registros. 
VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E 
ADOLESCENTES 
GOIÁS 
1500 
1197 
1032 
1000 778 
623 581 
500 
228 230 230 
0 
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 
13 
 
 
 
 
Gráfico 2: Casos de violação sexual registrados na Delegacia de Proteção à Criança e ao 
Adolescente-DPCA. 
 
FONTE: Sistemas De Procedimentos Policiais (SPP), 2018. 
 
 
Conforme os dados apresentados pelo gráfico 2, observa-se que metade dos casos foram 
registrados no decorrer dos anos de 2016 até outubro de 2018, isto é, 50% de registros foram 
investigados no anode 2018 até outubro. Tendo um grande exponencial a evolução das 
denúncias com o passar dos anos, visto que, é gradativo o aumento da porcentagem de 
denúncias realizadas de ano a ano. 
Todavia estes dados coletados relatam as formas de violência sexual como estupro, 
resultando em lesão corporal de natureza grave ou morte, tentativa de estupro e estupro mediante 
fraude. Destaca-se que não foi possível fazer a verificação de dados específicos de violência 
sexual intrafamiliar, devido à própria instituição não ter estes dados separadamente. 
Em análise aos números de denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes 
do disque 100, gráfico 1, e os números de registros da DPCA, gráfico 2, nota-se, que no gráfico 1 
os números de denúncias estão em relativas variáveis. Já nos registros do gráfico 2 percebe- se 
que houve gradativamente um aumento que pode ser explicado pela negligência familiar, como 
um dos fatores que mais contribui para a omissão dos direitos dos infantes que pode refletir nos 
baixos índices de denúncias. 
Dentre os órgãos não jurisdicional de proteção à criança e ao adolescente podemos 
destacar o conselho tutelar, como um importante possuidor de atribuições acerca do direito da 
criança e do adolescente. De acordo com o artigo 131 do ECA, o conselho tutelar é um órgão 
permanente e autônomo, encarregado pela sociedade de zelar pelos cumprimentos dos direitos 
da criança e adolescente, definido na lei 8.069/90 do ECA. 
Podemos evidenciar também o Centro de Referência Especializado em Assistência 
Social (CREAS), como um importante órgão de defesa e proteção as crianças e adolescentes. 
Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente-DPCA de Goiânia. 
Registro de violação Sexual 
600 
500 
400 
300 
200 
100 
0 
 110 
2016 2017 out/18 total 
157 
263 
530 
14 
 
 
 
 
Esse órgão desenvolve um serviço de proteção social especial, socioassistencial e 
realiza atendimento às pessoas que sofrem violação de direitos, vínculos fragilizados, pessoas 
em situação de vulnerabilidade social, competindo à assistência social, resguardar e garantir 
os direitos socioassistenciais da família. 
De acordo com a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), são considerados 
serviços de média complexidade aqueles que oferecem atendimentos às famílias e indivíduos 
com seus direitos violados, mas cujos vínculos familiares e comunitários não foram rompidos. 
Neste sentido, requerem maior estruturação técnico operacional e atenção especializada e mais 
individualizada, e/ou de acompanhamento sistemático e monitorado entre eles o serviço de 
orientação e apoio sócio familiar. 
A proteção especial de média complexidade envolve também o CREAS visando a 
orientação e o convívio sócio familiar e comunitário. Difere-se da proteção básica por se tratar 
de um atendimento dirigido às situações de violação de direitos. Segundo Iamamoto (2015), é 
pertinente destacar que o assistente social não trabalha sozinho, realiza um trabalho combinado, 
ou desenvolve as atividades em conjunto com equipes de profissionais de várias especialidades. 
 É indispensável identificar os fatores de risco que potencializam a violência no seio 
familiar, para romper as barreiras da impunidade, dando visibilidade a essa questão social. 
Sendo assim o assistente social deve se articular com outros profissionais, para intervir de forma 
efetiva com intuito de erradicar ou reduzir o índice dessa violência. 
Firmando este entendimento, o assistente social lida com uma multiplicidade de 
expressões da questão social, para as quais não há modelos de respostas únicas, em alguns casos a 
situação socioeconômica é um dos fatores de risco, no qual contribui com os elevados índices de 
violações de direitos da juventude. 
É importante destacar que o perfil socioeconômico não é uma justificativa, mas um 
agravante, por ser gerador de conflitos por situações adversas como desemprego, insuficiência 
de creches e escolas públicas de qualidade, uso de álcool e drogas, inexistência ou ineficácia de 
políticas públicas e falta de suporte familiar, tornando as famílias vulneráveis. Configura-se 
também como omissão por parte do Estado em oferecer subsídios às famílias em situações de 
vulnerabilidade e risco social, sendo assim, o assistente social atua no campo de contradições. 
Para tal entendimento Rizzini (2006, apud MDS/CNAS, 2004) aponta que a perda ou 
fragilidade de vínculos afetivos das famílias e indivíduos em situação de desvantagem pessoal, 
em termos ético, cultural e sexual, é resultante de deficiências de exclusão pela pobreza no 
acesso às demais políticas públicas, podendo apresentar risco pessoal e social. Considerando 
estas constatações o assistente social tem o dever de intervir com clareza, ética, 
15 
 
 
 
 
responsabilidade e competência de acordo com as atribuições do profissional de assistente 
social respaldado no Código de Ética lei 8662/93. 
O assistente social trabalha visando a proteção integral das famílias em diversas 
instituições, tanto no âmbito público ou privado, tendo sempre o objetivo de priorizar e 
assegurar os direitos do usuário, dando visibilidade aos direitos da juventude, intervindo com 
apoio de pedagogos, psicólogos e outros profissionais, articulando com a rede de atendimento, 
em conjunto com as políticas públicas. 
O assistente social realiza um trabalho inicial de acolhimento e escuta social, tudo que é 
relatado pelo usuário é sigiloso, compartilhado apenas com a equipe interventiva se necessário, 
levando em consideração a preservação da identidade e proteção a vítima. Nesse contexto, o 
Código de Ética do assistente social (2012) afirma que o assistente social deverá atuar com 
sigilo profissional, não podendo expor o usuário, salvo quando a situação for grave, configurada 
como crime ou prejudicar o usuário ou terceiros. 
O trabalho em equipe é primordial para uma intervenção assertiva, Coutinho (1991) 
discorre que a interdisciplinaridade se desenvolve na prática, juntando a especificidade de cada 
profissional, resultando em um trabalho de qualidade e com maior chance de resolver o que for 
estipulado. O trabalho em conjunto com outros profissionais de outras áreas é relevante pela 
troca de conhecimento e ideias para a práxis, respeitando a liberdade cultural e ideologia de cada 
profissional. 
Diante do exposto fica evidente que a atuação profissional qualificado e preparado é o 
diferencial para intervenção efetiva do assistente social quanto ao enfretamento desta questão, 
podendo intervir de maneira efetiva com o apoio das leis, redes de proteção e o conjunto de 
políticas públicas. 
Portanto, não basta apenas conhecer a lei, é necessário que os profissionais se atentem 
para um olhar mais crítico, sensível, interventivo, olhar para além do aparente e subjetivo, nos 
desejos e nas escolhas dos indivíduos como seres sócio histórico. 
 
 
 
3 DIREITOS HUMANOS 
 
 
 
Os direitos humanos viabilizam a proteção e dignidade ao cidadão, abrangendo 
mundialmente o direito universal regido pela Organização das Nações Unidas (ONU). 
16 
 
 
 
 
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta da ONU, sua 
fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano e na 
igualdade de direitos entre homens e mulheres, e que decidiram promover o progresso 
social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla. (DECLARAÇÃO 
UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, 2009, p. 3). 
 
As crianças e os adolescentes são indivíduos protegidos e respaldados pelos direitos 
humanos, os quais deixam evidente que a criança merece uma vida digna, objetivando [...] “o 
direito à vida, a saúde, ao bem-estar, à assistência e à convivência comunitária e familiar [...] 
resultante de tratamento jurídico social e igualitário” [...], conforme Mazzuoli (2014 p. 239). 
Para Mazzuoli (2014), os direitos humanos têm amplitude universal e defesa 
internacionalpara todos. É um amparo jurídico destacado com clareza na Constituição Federal 
caso o Estado viole algum direito do cidadão, o mesmo possui proteção de âmbito internacional 
respaldado por leis que visam o bem comum. 
Os direitos humanos garantem a todos os cidadãos brasileiros, meios de reivindicar os 
seus direitos em território nacional e até mesmo internacional pela Comissão Interamericana de 
Direitos Humanos, podendo chegar até a Corte Interamericana de Direitos Humanos. 
Os direitos humanos zelam pela dignidade do ser humano. Independente dos atos 
cometidos, todo ser humano tem que ser visto sem preconceitos e discriminação, porque, 
segundo o art. 5° da Constituição Federal de 1988, "todos são iguais perante a lei, sem distinção 
de qualquer natureza [...]”. 
Conforme preconiza o Código de Ética do Assistente Social (1993), os direitos humanos 
são tratados com prioridade, expondo a necessidade do amparo dos DH em relação ao serviço 
social, correlacionando a ética e o direcionamento social, que são dois fatores relevantes nos 
direitos humanos, ou seja, o código de ética age dentro dos valores estabelecidos pelos DH. 
Conforme cresce as violações e a barbárie, ampliam-se as reivindicações pelos DH 
por parte dos que são violados e das forças progressista. Essa demanda rebate nas 
profissões que atuam com populações afetadas por esses processos. Como trabalhador 
assalariado e profissional voltado ao atendimento das expressões mais extremas da 
questão social vincula-se duplamente a esse processo de barbarização da vida[…] 
(BARROCO, 2012, p. 65). 
 
Em 1946, a Assembleia Geral das Nações Unidas criou o Fundo das Nações Unidas para 
a Infância (UNICEF), um importante órgãos que lida em específico com crianças e 
adolescentes, e tem como objetivo apoiar as mudanças relevantes em relação à infância e à 
juventude. A UNICEF colabora, por exemplo, com a diminuição do índice de mortalidade 
infantil, a evolução do ensino, salubridade e saúde, incentiva práticas esportivas, dá apoio para 
meninas que engravidaram precocemente e também lida com a prevenção da violação dos 
direitos, segundo Mazzuoli (2014). 
17 
 
 
 
 
Ao mencionar a proteção da criança e do adolescente, é pertinente destacar a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, que dá garantia de proteção à 
maternidade e aos infantes o “direito a cuidados e assistência especiais”, ressalta que 
“todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção 
social”, de acordo com Mazzuoli (2014). 
Afim de assegurar os direitos humanos que são alvo de constante omissão, 
negligenciados quando delegamos a responsabilidade de proteção somente ao judiciário, 
considerando somente como caso de polícia, é imprescindível reconhecer que esta é 
uma responsabilidade de toda sociedade que deve se atentar a própria prática diária, na 
construção e desconstrução dos direitos humanos cabendo à sociedade quebrar a lei do 
silêncio. 
 
 
4 METODOLOGIA 
 
 
 
Para a elaboração deste artigo utilizou-se de revisão da literatura por meio de 
pesquisas em livros, artigos científicos, bem como da legislação sobre o assunto, como 
por exemplo, o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) por tratar de forma específica 
o respectivo tema, primando sempre os direitos dos infantes. 
O estudo metodológico destaca a aquisição eficiente dos resultados e alcance dos 
objetivos e explicitação dos fatos, portanto: 
A pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já 
realizados, revestidos de importância por serem capazes de fornecer dados 
atuais relevantes relacionados com o tema. O estudo da literatura pertinente 
pode ajudar a planificação do trabalho, evitar publicações e certos erros, e 
representa uma fonte indispensável de informações, podendo até orientar as 
indagações. (MARCONE E LAKATOS 2016, p. 142) 
 
Para maior compreensão utilizou-se de pesquisas quantitativas de forma 
secundária apresentando dados mediante gráficos, expondo informações sobre violência 
sexual contra crianças e adolescentes. A coleta desses dados aconteceu por meio de 
buscas diretamente nos sites dos respectivos órgãos: Ministério dos Direitos Humanos 
(MDH) e Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA). 
 
18 
 
Importante frisar que esta pesquisa quantitativa ocorreu com o intuito de chamar 
atenção para os altos índices dessa forma de violação de direitos. Para tanto, descartou-
se o objetivo de aprofundar nas estatísticas, pois para tal precisaríamos de um tempo 
maior que três meses. 
O desenvolvimento de pesquisas possui fundamental relevância na profissão de 
assistente social, pois o conduz para o conhecimento da realidade de forma crítica, 
visando à melhoria e a evolução de planejamento e desenvolvimento de estratégias 
interventivas diante das demandas sociais. 
 
 
CONSIDERAÇÕES 
 
 
 
Com o avanço dos índices de violência sexual contra criança e adolescente, 
muito se cobra das redes de proteção e, principalmente, do assistente social que atua 
diretamente nos casos de violações sexuais. Todos têm o dever de garantir a efetivação 
dos direitos da criança e do adolescente, promovendo ações que possibilitem a quebra 
do silêncio, que tem sido um dos fatores primordiais para iniciar a intervenção, e assim, 
tomar as providências necessárias, com intuito de minimizar as consequências desse ato. 
Dentro deste contexto o assistente social realiza um trabalho de 
acompanhamento interdisciplinar, composto por uma equipe de profissionais sendo, o 
assistente social, o psicólogo e o pedagogo prezando o trabalho em conjunto no sentido 
de reestabelecer os vínculos familiares, visando assegurar os direitos do usuário, 
articulando com as políticas públicas, de acordo com a particularidade de cada família. 
Conforme especificado no objetivo geral, verificou-se que foi cumprido, nota-se 
que no tópico 2, foi exposto a relevância da intervenção profissional do assistente social 
no enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes no contexto 
intrafamiliar. Pois a partir da pesquisa percebe-se que foi averiguada a importância do 
assistente social em traçar estratégias, para que as leis e políticas públicas fossem 
efetivas diante da realidade familiar, visto que, a família necessita ter subsídios para 
cuidar e educar os filhos, nesta sociedade permeada de contradições. 
Ao ressaltar a proteção da criança e do adolescente no tópico 1.2, espera-se que 
este estudo contribua para valorização dos direitos dos infantos conforme preconiza o 
ECA, para que ambos tenham desenvolvimento pleno, livre de qualquer tipo de 
19 
 
negligência. 
A reflexão que se propôs no capítulo 2, sobre as atribuições do assistente social, 
nota- se que o profissional deve ter clareza, ética, responsabilidade e competência de 
acordo com as incumbências da profissão descritas no Código de Ética lei 8662/93. 
A fim de que se proporcione proteção integral às famílias entre as diversas 
instituições, sejam elas na esfera pública ou privada, tendo sempre o objetivo de 
priorizar a qualidade de vida não só da criança e do adolescente, mas de toda a família 
levando em conta as necessidades individuais e coletivas de cada família, 
proporcionando apoio profissionais, articulações com as redes de atendimento e de 
proteção. 
 O assistente social deve viabilizar políticas públicas, por meio da elaboração 
de programas, projetos, campanhas e ações, que incentivem o valor do afeto familiar 
para maior valorização da criança e adolescente, potencializando o desejo de construir no 
conjunto familiar a busca pela liberdade e dignidade humana, colocando a toda potência 
a ação profissional do assistente social como forma de inibir e erradicar o direito 
abstrato. 
Assim, o assistente social deve focar no fortalecimento do vínculo familiar, para 
o desenvolvimento de estratégias que possibilitam o acesso aos direitossocioassistenciais. Contudo a Política Nacional de Assistência Social (PNAS) tem como 
foco a promoção da matricialidade familiar, com o comprometimento de promover os 
mínimos sociais a cada integrante, contribuindo para o processo de inclusão, proteção e 
sociabilidade da criança e adolescente. 
A presente pesquisa não tem a intensão de esgotar a discussão, bem como dar 
por resolvida, de maneira simplista, as questões aqui discutidas. Pelo contrário, o que 
pretende-se é chamar a atenção para um problema que estar presente cada vez mais na 
sociedade e com isso instigar a continuidade da discussão no âmbito acadêmico, por 
meio de pesquisas mais aprofundadas no sentido de fomentar cada vez mais a busca 
por possíveis soluções e a constante produção do conhecimento. 
 
 
 
 
 
20 
 
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