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Prof. Me. Evandro Rafael UNIDADE III Contabilidade Pública e Governamental Plano de contas é uma estrutura básica formada por uma relação padronizada de contas contábeis, que permite o registro (escrituração) contábil dos atos e fatos praticados no setor público. As principais finalidades segundo o MCASP (2018): Padronizar os registros; Distinguir a natureza do registro (patrimonial, orçamentária e controle); Permitir detalhamento das contas para atender peculiaridades de cada ente; Permitir a consolidação nacional das contas; Permitir a elaboração das DCPG (DCASP, RREO, RGF); Permitir a adequada prestação de contas; Contribuir para a adequada tomada de decisão; e Contribuir para a transparência da gestão e do controle social. Plano de contas aplicado ao setor público Alcance do PCASP Obrigatório para todos os órgãos e entidades da administração pública (direta e indireta). Prazo para implantação do PCASP Obrigatório para os órgãos e entidades da administração pública (direta e indireta) a partir do exercício de 2015. O PCASP é atualizado anualmente para uso obrigatório no exercício seguinte. Plano de contas aplicado ao setor público O PCASP foi estruturado segregando as contas em grandes grupos de acordo com as características dos atos e fatos a serem registrados. A ideia é que os registros sejam organizados a facilitar a análise de acordo com a sua natureza. Natureza da informação (subsistemas) É um sistema de informação com o objetivo de consolidar os registros para gerar as informações segundo as mais diversas necessidades e características dos usuários. Esse sistema está estruturado em: Natureza da informação orçamentária; Natureza da informação patrimonial; e Natureza da informação de controle. Estrutura e natureza da informação contábil PCASP Natureza da Informação Classes Patrimonial 1. Ativo 2. Passivo 3. Variação Patrimonial Diminutiva 4. Variação Patrimonial Aumentativa Orçamentária 5. Controle da Aprovação Planejamento e Orçamento 6. Controle da Execução Planejamento e Orçamento Controle 7. Controles Devedores 8. Controle Credores Estrutura e natureza da informação contábil O PCASP é dividido em 8 classes, sendo as contas contábeis classificadas segundo a natureza das informações. As contas contábeis do PCASP são identificadas por códigos com 7 níveis de desdobramento, compostos por 9 dígitos. Exemplos: 1.2.3.1.1.02.01 – Equipamentos de Processamento de Dados 2.1.1.1.1.00.00 – Salários, Remuneração e Benefícios Estrutura das contas contábeis Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019, p. 383. 1º Nível – Classe (1 dígito) 2º Nível – Grupo (1 dígito) 3º Nível – Subgrupo (1 dígito) 4º Nível – Título (1 dígito) 5º Nível – Subtítulo (1 dígito) 6º Nível – Item (2 dígitos) 7º Nível – Subitem (2 dígitos) X . X . X . X . X . XX . XX O PCASP possui a seguinte estrutura básica, em nível de classe (1º nível) e grupo (2º nível). Estrutura das contas contábeis Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019, p. 384. PCASP 1 – Ativo 1.1 – Ativo Circulante 1.2 – Ativo Não Circulante 2 – Passivo e Patrimônio Líquido 2.1 – Passivo Circulante 2.2 – Passivo Não Circulante 2.3 – Patrimônio Líquido 3 – Variação patrimonial diminutiva 3.1 – Pessoal e encargos 3.2 – Benefícios previdenciários e assistenciais 3.3 – Uso de bens, serviços e consumo de capital fixo 3.4 – Variações patrimoniais diminutivas financeiras 3.5 – Transferências e delegações concedidas 3.6 – Desvalorização e perda de ativos e incorporação de passivos 3.7 – Tributárias 3.8 – Custo das mercadorias vendidas, dos produtos vendidos e dos serviços prestados 3.9 – Outras variações patrimoniais diminutivas 4 – Variação patrimonial aumentativa 4.1 – Impostos, taxas e contribuições de melhoria 4.2 – Contribuições 4.3 – Exploração e venda de bens, serviços e direitos 4.4 – Variações patrimoniais aumentativas financeiras 4.5 – Transferências e delegações recebidas 4.6 – Valorização e ganhos com ativos e desincorporação de passivos 4.9 – Outras variações patrimoniais aumentativas O PCASP possui a seguinte estrutura básica, em nível de classe (1º nível) e grupo (2º nível). Estrutura das contas contábeis Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019, p. 384. PCASP 5 – Controles de aprovação do planejamento e orçamento 5.1 – Planejamento aprovado 5.2 – Orçamento aprovado 5.3 – Inscrição de restos a pagar 6 – Controles de execução do planejamento e orçamento 6.1 – Execução do planejamento 6.2 – Execução do orçamento 6.3 – Execução de restos a pagar 7 – Controles devedores 7.1 – Atos potenciais 7.2 – Administração financeira 7.3 – Dívida ativa 7.4 – Riscos fiscais 7.5 – Consórcios públicos 7.8 – Custos 7.9 – Outros controles 8 – Controles credores 8.1 – Execução dos atos potenciais 8.2 – Execução da administração financeira 8.3 – Execução da dívida ativa 8.4 – Execução dos riscos fiscais 8.5 – Execução dos consórcios públicos 8.8 – Apuração de custos 8.9 – Outros controles O registro contábil deve ser feito pelo método das partidas dobradas e os lançamentos devem debitar e creditar contas que apresentem a mesma natureza de informação. Registros/lançamentos contábeis 1. ATIVO 2. PASSIVO 3. VPD 4. VPA 5. Controle Aprovação Planej. Orçamento 6. Controle Execução Planej. Orçamento 7. Controles Credores Controles Devedores D D C C Para se fazer o lançamento dos eventos econômicos é necessário identificar minimamente em que estágio (fase), seja da receita ou da despesa, o evento se encontra e quais naturezas de informação serão impactadas. Exemplo: Fixação de despesas Registros/lançamentos contábeis Natureza da informação: orçamentária 5.2.2.1.x.xx.xx Orçamento Aprovado – Dotação Inicial 6.2.2.1.x.xx.xx Execução do Orçamento – Cred. Disponível Lançamento do pagamento de uma obrigação, concomitante à execução orçamentária (todas as fases). No Empenho Registros/lançamentos contábeis Natureza da informação: orçamentária 6.2.x.x.x.xx.xx Crédito Disponível 6.2.x.x.x.xx.xx Crédito Empenhado a Liquidar Natureza da informação: orçamentária 6.2.x.x.x.xx.xx Crédito Empenhado a Liquidar 6.2.x.x.x.xx.xx Crédito Empenhado em Liquidação Natureza da informação: controle 8.2.x.x.x.xx.xx Ex.Ad.Fin.-DDR 8.2.x.x.x.xx.xx Ex.Ad.Fin.-DDR comprometido por Empenho Lançamento do pagamento de uma obrigação, concomitante à execução orçamentária (todas as fases). Na Liquidação Registros/lançamentos contábeis Natureza da informação: orçamentária 6.2.x.x.x.xx.xx Crédito Empenhado em Liquidação 6.2.x.x.x.xx.xx Crédito Empenhado Liquidado a Pagar Natureza da informação: controle 8.2.x.x.x.xx.xx Ex.Ad.Fin.-DDR comprometido por Empenho 8.2.x.x.x.xx.xx Ex.Ad.Fin.-DDR comprometido por Liquidação Natureza da informação: patrimonial 3.3.x.x.x.xx.xx VPD – Uso de Bens, Serviços e Consumo 2.1.x.x.x.xx.xx Passivo Circulante – Fornecedores Nacionais Lançamento do pagamento de uma obrigação, concomitante à execução orçamentária (todas as fases). No Pagamento Registros/lançamentos contábeis Natureza da informação: orçamentária 6.2.x.x.x.xx.xx Crédito Empenhado Liquidado a Pagar 6.2.x.x.x.xx.xx Crédito Empenhado Liquidado Pago Natureza da informação: controle 8.2.x.x.x.xx.xx Ex.Ad.Fin.-DDR comprometido por Liquidação 8.2.x.x.x.xx.xx Ex.Ad.Fin.-DDR Utilizada Natureza da informação: patrimonial 2.1.x.x.x.xx.xx Passivo Circulante – Fornecedores Nacionais 1.1.x.x.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa Previsão da receita Registros/lançamentos contábeis Natureza da informação: orçamentária 5.2.1.1.x.xx.xx Previsão da Receita 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a Realizar Lançamento do ingresso de recursos quando coincide com o fato gerado. Na Arrecadação Registros/lançamentos contábeis Natureza da informação: orçamentária 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a Realizar 6.2.1.2.x.xx.xx Receita Realizada Natureza da informação: controle7.2.1.1.x.xx.xx Controle da Disponibilizada de Recursos 8.2.2.1.x.xx.xx Disp. Por Destinação de Recursos (DDR) Natureza da informação: patrimonial 1.1.x.x.x.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa 4.x.x.x.x.xx.xx VPA - Qual(is) natureza(s) será(ão) usada(s) para registrar (lançar) uma aquisição de material de consumo após a confirmação (ateste) da entrega? a) Somente a Orçamentária. b) Somente a Orçamentária e a Patrimonial. c) Somente a Orçamentária e a de Controle. d) Somente a Patrimonial e a de Controle. e) Orçamentária, Patrimonial e de Controle. Interatividade Qual(is) natureza(s) será(ão) usada(s) para registrar (lançar) uma aquisição de material de consumo após a confirmação (ateste) da entrega? a) Somente a Orçamentária. b) Somente a Orçamentária e a Patrimonial. c) Somente a Orçamentária e a de Controle. d) Somente a Patrimonial e a de Controle. e) Orçamentária, Patrimonial e de Controle. Resposta Onde são evidenciadas as alterações patrimoniais ocasionadas pelos eventos relacionados à execução orçamentária, à movimentação financeira ou à de controle. A Lei n. 4.320/1964 e NBT TSP 11 apresentam o conjunto das Demonstrações Aplicadas ao Setor Público (DCASP), as quais são: Balanço Patrimonial; Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro; Demonstração das Variações Patrimoniais; Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração do Fluxo de Caixa; Notas Explicativas; e Informações Comparativas com o período anterior. Demonstrações contábeis aplicadas ao setor público O Balanço Patrimonial demonstra os bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido (situação líquida) da entidade em determinado momento. A Lei n. 4.320/1964 chama o patrimônio líquido de Ativo Real. Assim como separa o ativo e o passivo em dois grupos, financeiro e permanente. A portaria STN n. 438/2012, para atender aos novos padrões da CASP, alterou sua estrutura e atualmente é composto por: a. Quadro Principal; b. Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes; c. Quadro das Contas de Compensação (controle); e d. Quadro do Superávit/Déficit Financeiro. Observação: os saldos das contas intragovernamentais deverão ser excluídos para viabilizar a consolidação das contas no ente. Balanço patrimonial Balanço patrimonial – quadro principal <ENTE DA FEDERAÇÃO> BALANÇO PATRIMONIAL Notas Exercício Atual Exercício Anterior Ativo Circulante Ativo Não Circulante TOTAL DO ATIVO Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido TOTAL DO PASSIVO + PL Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. Balanço patrimonial – quadro ativo/passivo financ./permanente <ENTE DA FEDERAÇÃO> QUADRO DOS ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS E PERMANENTES Exercício Atual Exercício Anterior Ativo Financeiro Ativo Permanente TOTAL DO ATIVO (I) Passivo Financeiro Passivo Permanente TOTAL DO PASSIVO SALDO PATRIMONIAL (III) = (I – II) Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. Balanço patrimonial – quadro contas de compensação <ENTE DA FEDERAÇÃO> QUADRO DAS CONTAS DE COMPENSAÇÃO Exercício Atual Exercício Anterior Atos Potenciais Ativos • Garantias • Direitos Contratuais Atos Potenciais Passivos • Garantias • Obrigações Contratuais Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. Balanço patrimonial – quadro superávit/déficit <ENTE DA FEDERAÇÃO> QUADRO DO SUPERÁVIT/DÉFICIT FINANCEIRO Exercício Atual Exercício Anterior <código fonte> <descrição fonte> <código fonte> <descrição fonte> <código fonte> <descrição fonte> (...) (...) TOTAL DAS FONTES DE RECURSOS Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. Onde são evidenciadas as receitas e despesas orçamentárias, bem como os ingressos e dispêndios extraorçamentários, conjugando os saldos de caixa (anterior e o seguinte). O Balanço Financeiro é composto por um único quadro que evidencia a movimentação financeira das entidades do setor público, demonstrando: a) A receita orçamentária realizada e a despesa orçamentária executada, por fonte/destinação de recurso, discriminando as ordinárias e as vinculadas; b) Os recebimentos e os pagamentos extraorçamentários; c) As transferências financeiras recebidas e concedidas, decorrentes ou independentes da execução orçamentária, destacando os aportes de recursos para o RPPS; e d) O saldo em espécie do exercício anterior e para o exercício seguinte. Balanço financeiro A apuração do resultado financeiro do exercício pode ser efetuado de dois modos: Balanço financeiro MODO 1 Saldo em espécie para o exercício seguinte ( - ) Saldo em espécie do exercício anterior = Resultado Financeiro do Exercício MODO 2 Receitas Orçamentárias + Transferências Financeiras recebidas + Recebimentos extraorçamentários ( - ) Despesas Orçamentárias ( - ) Transferências Financeiras concedidas ( - ) Pagamentos extraorçamentários = Resultado Financeiro do Exercício Balanço financeiro – estrutura dos ingressos <ENTE DA FEDERAÇÃO> BALANÇO FINANCEIRO INGRESSOS Notas Exerc. Atual Exerc. Anterior Receitas Orçamentárias (I) • Ordinárias • Vinculadas Recursos Vinculados [...] Transferências Finan. Recebidas (II) Recebimentos extraorçamentários (III) • Inscrição de restos a pagar Saldo do exercício anterior (IV) TOTAL (V) = ( I + II + III + IV) Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. Balanço financeiro – estrutura dos dispêndios <ENTE DA FEDERAÇÃO> BALANÇO FINANCEIRO DISPÊNDIOS Notas Exerc. Atual Exerc. Anterior Despesas Orçamentárias (I) • Ordinárias • Vinculadas Recursos Destinados [...] Transferências Finan. Concedidas (II) Pagamentos extraorçamentários (III) • Pagamento de restos a pagar Saldo do exercício seguinte (IV) TOTAL (V) = ( I + II + III + IV) Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. Os valores inscritos em restos a pagar no exercício serão lançados na coluna de Ingressos, mais especificamente nos Recebimentos Extraorçamentários. Esse lançamento tende a anular o efeito da consideração dos restos a pagar como despesas do exercício, já que as despesas, para fins de resultado, são consideradas aquelas empenhadas e não as despesas pagas. Já os valores de restos a pagar que estarão na coluna de Dispêndios, mais especificamente nos Pagamentos Extraorçamentários, são referentes aos valores pagos de restos a pagar que foram inscritos em exercícios anteriores. Balanço financeiro – importante A seguir são apresentadas algumas das demonstrações contábeis de propósito geral (PCPG). I. Balanço Orçamentário. II. Balanço Financeiro. III. Demonstração das Variações Patrimoniais. IV. Demonstração do Resultado Financeiro. Assinale a alternativa que indique as demonstrações obrigatórias prescritas pela Lei n. 4.320/1964 e NBT TSP 11. a) I, II, III e IV. b) I, II e III. c) II, III e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV. Interatividade A seguir são apresentadas algumas das demonstrações contábeis de propósito geral (PCPG). I. Balanço Orçamentário. II. Balanço Financeiro. III. Demonstração das Variações Patrimoniais. IV. Demonstração do Resultado Financeiro. Assinale a alternativa que indique as demonstrações obrigatórias prescritas pela Lei n. 4.320/1964 e NBT TSP 11. a) I, II, III e IV. b) I, II e III. c) II, III e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV. Resposta O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas detalhadas por categoria econômica e origem, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo, que corresponde ao excesso ou déficit de arrecadação. Demonstrará, também, as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação. O Balanço Orçamentário é composto por: a. Quadro Principal, contendo as receitas e despesas do exercício fiscal; b. Quadro da Execução dos Restos a Pagar Não Processados; e c. Quadro da Execução dosRestos a Pagar Processados. Balanço orçamentário Balanço orçamentário – quadro principal – receitas <ENTE DA FEDERAÇÃO> BALANÇO ORÇAMENTÁRIO ORÇAMENTO FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL Previsão Inicial Previsão Atualizada Receitas Realizadas Saldo Receitas Correntes Receitas de Capital SUBTOTAL (III) Operações de Créditos SUBTOTAL (V) DÉFICIT (VI) TOTAL (V + VI) Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. Balanço orçamentário – quadro principal – despesas Dotação Inicial Dotação Atualiz. Despesas Empenhadas Desp. Liquidadas Desp. Pagas Saldo Despesas Correntes Despesas de Capital SUBTOTAL (III) Amortização de Dívida SUBTOTAL (V) SUPERÁVIT (VI) TOTAL (V + VI) Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. Balanço orçamentário – quadro execução de RPNP <ENTES DA FEDERAÇÃO> EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS Inscritos Liquidados Pagos Cancelados Saldo a PagarEm Exercícios Anteriores Em 31 de Dezembro do Exercício Anterior Despesas Correntes Despesas de Capital TOTAL Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. Balanço orçamentário – quadro execução de RPP <ENTES DA FEDERAÇÃO> EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR PROCESSADOS Inscritos Pagos Cancelados Saldo a PagarEm Exercícios Anteriores Em 31 de Dezembro do Exercício Anterior Despesas Correntes Despesas de Capital TOTAL Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. O Resultado Orçamentário deriva da conjugação do resultado da arrecadação das receitas orçamentárias e da execução da despesa orçamentária. O Resultado Orçamentário pode ser: Superávit Orçamentário ou Superávit na Execução, quando as Receitas Arrecadadas são superiores às Despesas Executadas; Déficit Orçamentário ou Déficit de Execução, quando as Receitas Arrecadadas forem menores que as Despesas Executadas; Equilíbrio Orçamentário, quando as Receitas Arrecadadas forem iguais às Despesas Executadas (dificilmente ocorre na prática). Apuração orçamentária (resultado orçamentário) Podemos analisar o desempenho dos resultados orçamentários em relação: Apuração orçamentária (resultado orçamentário) Às receitas Receita prevista = Receita arrecadada Receita prevista < Receita arrecadada Receita prevista > Receita arrecadada Equilíbrio na execução da receita Excesso (superávit) de arrecadação Insuficiência (déficit) de arrecadação Podemos analisar o desempenho dos resultados orçamentários em relação: Apuração orçamentária (resultado orçamentário) Às despesas Despesas fixadas = Despesas executadas Despesas fixadas > Despesas executadas Equilíbrio na execução das despesas Economia orçamentária Os resultados orçamentários podem ser: Apuração orçamentária (resultado orçamentário) Receitas arrecadadas > Despesas executadas Receitas arrecadadas < Despesas executadas Receitas arrecadadas = Despesas executadas Superávit orçamentário Déficit orçamentário Equilíbrio orçamentário Exemplo: Com base nos dados a seguir, iremos demonstrar como apurar o resultado orçamentário: Apuração orçamentária (resultado orçamentário) Receita Prevista – Capital 110.000 Receita Prevista – Corrente 90.000 Despesas Fixadas – Capital 120.000 Despesas Fixadas – Corrente 80.000 Receita Arrecadada – Capital 120.000 Receita Arrecadada – Corrente 70.000 Despesas Executadas – Capital 115.000 Despesas Executadas – Corrente 80.000 Exemplo (continuação): Feita a separação, deve-se fazer a apuração efetiva do resultado: Confrontando a Receita com as Despesas, apura-se que o Resultado Orçamentário é um déficit orçamentário de R$ 5.000. Apuração orçamentária (resultado orçamentário) Receitas arrecadadas = 190.000 Menor que Despesas executadas = 195.000 Déficit orçamentário = 5.000 Receita Arrecadada – Capital 120.000 Despesas Executadas – Capital 115.000 Receita Arrecadada – Corrente 70.000 Despesas Executadas – Corrente 80.000 Total das Receitas Arrecadadas 190.000 Total das Despesas Executadas 195.000 Ainda com base no exemplo, pode-se fazer outras análises sobre o desempenho orçamentário, como segue: Apuração orçamentária (resultado orçamentário) Receitas previstas – Capital = 110.000 Menor que Receitas arrecadadas – Capital = 120.000 Excesso (superávit) de arrecadação de Capital = 10.000 Despesas Fixadas – Capital = 120.000 Menor que Despesas Fixadas – Capital = 150.000 Economia orçamentária de Capital = 5.000 A seguir são apresentadas informações extraídas do sistema contábil de um ente público. Com base nessas informações, pode-se dizer que houve: a) Um superávit orçamentário de R$ 416.000. b) Um excesso de arrecadação de R$ 2.500. c) Um déficit orçamentário de R$ 76.000. d) Uma insuficiência de arrecadação de R$ 84.000. e) Uma economia orçamentária de R$ 7.750. Interatividade Receita de Capital – Prevista 215.500 Receita Corrente – Prevista 284.500 Despesa Corrente – Fixada 325.750 Despesa de Capital – Fixada 174.250 Receita Corrente – Arrecadada 198.000 Receita de Capital – Arrecadada 218.000 Despesa de Capital – Empenhada 174.000 Despesa Corrente – Empenhada 318.000 A seguir são apresentadas informações extraídas do sistema contábil de um ente público. Com base nessas informações, pode-se dizer que houve: a) Um superávit orçamentário de R$ 416.000. b) Um excesso de arrecadação de R$ 2.500. c) Um déficit orçamentário de R$ 76.000. d) Uma insuficiência de arrecadação de R$ 84.000. e) Uma economia orçamentária de R$ 7.750. Resposta Receita de Capital – Prevista 215.500 Receita Corrente – Prevista 284.500 Despesa Corrente – Fixada 325.750 Despesa de Capital – Fixada 174.250 Receita Corrente – Arrecadada 198.000 Receita de Capital – Arrecadada 218.000 Despesa de Capital – Empenhada 174.000 Despesa Corrente – Empenhada 318.000 Demonstração das variações patrimoniais A Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. O resultado do período é apurado na DVP pelo confronto entre as variações patrimoniais quantitativas aumentativas e diminutivas. Esse demonstrativo tem função semelhante à Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). De acordo com a NBC TSP, a demonstração do resultado – DVP deve incluir itens que apresentam os seguintes valores do período contábil: a. Variações patrimoniais aumentativas; b. Variações patrimoniais diminutivas; c. Parcela do resultado mensurada pelo método da equivalência patrimonial; d. Ganhos ou perdas na alienação de ativos ou pagamento de passivos relativos a operações em descontinuidade; e e. Resultado do período. Demonstração das variações patrimoniais <ENTE DA FEDERAÇÃO> DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS Notas Exercício Atual Exercício Anterior Variações Patr. Aumentativas • Impostas, Taxas e Contrib. • Exploração e venda de bens TOTAL DAS VPA Variações Patr. Diminutivas • Pessoal e Encargos • Uso de bens, serviços TOTAL DAS VPD RESULTADO PATRIMONIAL Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) apresenta as entradas e saídas de caixa através das: Atividades de financiamento: aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da entidade. Atividades de investimento: são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos em equivalentes de caixa. Atividades operacionais: são as atividades da entidade que não as de investimento e de financiamento. A soma dos três fluxos deverá corresponder à diferença entre os saldos iniciais e finais de Caixa e Equivalentes de Caixa do exercício de referência. A DFC identificará: a. As fontes de geração dos fluxos de entrada de caixa; b. Os itens de consumo de caixa durante o período das demonstrações contábeis; e c. O saldo do caixa na data das demonstrações contábeis. Demonstração dos fluxos de caixa A DFC é composta por:a. Quadro Principal; b. Quadro de Transferências Recebidas e Concedidas; c. Quadro de Desembolsos de Pessoal e Demais Despesas por Função; d. Quadro de Juros e Encargos da Dívida. Demonstração dos fluxos de caixa Demonstração dos fluxos de caixa – quadro principal <ENTE DA FEDERAÇÃO> DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Notas Exercício Atual Exercício Anterior Fluxo das Ativ. Operacionais • Ingressos e desembolsos Fluxo das Ativ. Investimentos • Ingressos e desembolsos Fluxo das Ativ. Financiamentos • Ingressos e desembolsos GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA CAIXA INICIAL CAIXA FINAL Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. Demonstração dos fluxos de caixa – quadro transferências <ENTE DA FEDERAÇÃO> QUADRO DAS TRANSF. RECEBIDAS E CONCEDIDAS Exercício Atual Exercício Anterior Transf. Correntes Recebidas • Intergovernamentais • Intragovernamental TOTAL DAS TRANSF. RECEBIDAS Transf. Correntes Concedidas • Intergovernamentais • Intragovernamental TOTAL DAS TRANSF. CONCEDIDAS Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. Demonstração dos fluxos de caixa – quadro desemb. pessoal <ENTE DA FEDERAÇÃO> QUADRO DE DESEMBOLSO PESSOAL E DEMAIS DESPESAS POR FUNÇÃO Exercício Atual Exercício Anterior Legislativa Judiciária Administração Defesa Nacional Segurança Pública Assistência Social Previdência Social Saúde TOTAL DES. PESSOAL/POR FUNÇÃO Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. Demonstração dos fluxos de caixa – quadro juros e encargos <ENTE DA FEDERAÇÃO> QUADRO DE JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA Exercício Atual Exercício Anterior Juros e Corr. Monetária – Dívida Interna Juros e Corr. Monetária – Dívida Externa Outros Encargos da Dívida TOTAL DOS JUROS E ENCARGOS Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. A Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido (DMPL) demonstrará a evolução (aumento ou redução) do patrimônio líquido da entidade durante um período. A DMPL é obrigatória para as empresas estatais dependentes constituídas sob a forma de sociedades anônimas e facultativa para os demais órgãos e entidades dos entes da Federação. Demonstração das mutações no patrimônio líquido <ENTE DA FEDERAÇÃO> DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Especificação Part. Social/Capital Social Adiant. Para Futuro Aumento Reserva de Capital Continuação Ajuste Avaliação Patrimonial Demais Reservas Resultados Acumulados Ações em Tesouraria TOTAL Fonte: Adaptado de: MCASP, 2019. São informações adicionais às apresentadas nos quadros das DCASP e são consideradas parte integrante das demonstrações. Seu objetivo é facilitar a compreensão das demonstrações contábeis a seus diversos usuários. Portanto, devem ser claras, sintéticas e objetivas. Englobam: informações de qualquer natureza exigidas pela lei; informações exigidas pelas normas contábeis; e outras informações relevantes não suficientemente evidenciadas ou que não constam nas demonstrações. As notas explicativas devem ser apresentadas de forma sistemática. Cada quadro ou item a que uma nota explicativa se aplique deverá ter referência cruzada com a respectiva nota explicativa. Notas explicativas A fim de facilitar a compreensão e a comparação das DCASP com as de outras entidades, sugere-se que as notas explicativas sejam apresentadas na seguinte ordem: Informações gerais, como: Natureza jurídica/domicílio da entidade; Natureza das operações e principais atividades da entidade; Declaração de conformidade com a legislação e as normas de contabilidade; Resumo das políticas contábeis significativas; Informações de suporte e detalhamento de itens apresentados nas demonstrações contábeis pela ordem em que cada demonstração e cada rubrica sejam apresentadas. Outras informações relevantes, como: Divulgações não financeiras, tais como: os objetivos e políticas de gestão do risco financeiro da entidade e pressupostos das estimativas; Ajustes decorrentes de omissões e erros de registro. Notas explicativas As notas explicativas às Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP): a) São partes adicionais às demonstrações contábeis e sua divulgação é optativa. b) Devem possuir informações exigidas pelas súmulas do Supremo Tribunal Federal e normas contábeis aplicadas ao setor público. c) Devem ser claras, sintéticas e objetivas. d) Devem demonstrar as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. e) Indicam a distribuição dos resultados obtidos quando superavitários. Interatividade As notas explicativas às Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP): a) São partes adicionais às demonstrações contábeis e sua divulgação é optativa. b) Devem possuir informações exigidas pelas súmulas do Supremo Tribunal Federal e normas contábeis aplicadas ao setor público. c) Devem ser claras, sintéticas e objetivas. d) Devem demonstrar as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. e) Indicam a distribuição dos resultados obtidos quando superavitários. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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