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unid_3 Politicas de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente

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POLÍTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
Unidade III
7 PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO (PNI)
Em 1904, foi realizada no Brasil a primeira campanha de vacinação em massa, idealizada por Oswaldo 
Cruz, o fundador da saúde pública no país. O objetivo era controlar a varíola, doença que dizimava boa 
parte do povo do Rio de Janeiro. A vacina era obrigatória, mas a população era formada por pessoas 
pobres e que não conheciam os efeitos e funcionamento de uma vacina. Assim, houve muitos conflitos, 
que resultaram na Revolta da Vacina, ocorrida entre 10 e 16 de novembro de 1904, deixando mortos 
e feridos. Como não era possível controlar a varíola, a revolta foi seguida de uma epidemia, vitimando 
muita gente.
Figura 19 – Revolta da Vacina 
Criado em 18 de setembro de 1973, o PNI almeja atender gratuitamente a todos os cidadãos 
brasileiros com vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. É uma referência 
internacional de política pública de saúde, tendo erradicado doenças como a varíola e a poliomielite.
“É essencial reconhecer e reafirmar a vacinação como ação intrinsecamente vinculada à atenção 
básica em saúde, como um cuidado preventivo de promoção e de proteção da saúde, oferecido, de modo 
geral, na porta de entrada do SUS” (BRASIL, 2013b).
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Unidade III
Figura 20 – Zé Gotinha, mascote da Campanha Nacional de Vacinação 
7.1 Conceito de vacina, objetivo, imunidade ativa e passiva
Vacinas são produtos biológicos que, ao serem administrados em uma pessoa, conferem proteção de 
determinadas doenças. Sua função é estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos contra um 
micro-organismo antes de o indivíduo ter contraído a doença.
 Observação
As vacinas são produtos imunobiológicos produzidos a partir de 
micro-organismos vivos ou de subprodutos ou componentes destes. 
Podem ser feitas com micro-organismos, bactérias ou vírus vivos (vacina 
atenuada) ou por micro-organismos mortos por agentes químicos ou 
físicos (vacina inativa).
Assim, a resposta imune do organismo às vacinas depende tanto dos fatores inerentes às vacinas 
quanto aos relacionados com o próprio organismo.
7.1.1 História da vacina
Em meados do século XVIII, a varíola matava muitas pessoas na Europa. Edward Jenner, médico 
inglês, quando ainda era um estudante, ouviu uma frase de uma paciente que não sairia de sua 
cabeça: “eu não posso ter smallpox, pois já tive cowpox”. Smallpox era o termo utilizado para a 
varíola humana e cowpox para a varíola bovina. Anos depois, Jenner realizou uma observação 
minuciosa nas vacas que possuíam a doença e também das mulheres que faziam a ordenha as 
vacas. Quando elas entravam em contato com as lesões dos úberes e, consequentemente, com o 
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vírus, apresentavam uma versão atenuada da doença, ficando imunes à varíola humana. Em 1796, 
Jenner coletou um pouco do líquido da ferida da mão de uma dessas mulheres, arranhou o braço 
do filho de seu jardineiro e passou o líquido em cima dos arranhões. O menino teve um pouco de 
febre e algumas lesões, mas recuperou-se. Então Jenner expôs o menino ao material da ferida de 
um humano doente e o menino passou ileso à doença. Estava descoberta a vacina antivariólica 
(REZENDE, 2009).
7.1.2 Imunidade ativa e passiva
A imunidade ativa se refere à imunidade adquirida quando o organismo entra em contato com um 
micro-organismo, que pode ser contraída natural ou artificialmente.
A imunidade naturalmente adquirida dá-se quando o organismo entra em contato com um 
micro-organismo e desenvolve uma espécie subclínica da doença, como aconteceu com as mulheres 
responsáveis pela ordenha das vacas que Jenner observava. Já a obtida artificialmente ocorre quando 
administramos micro-organismos vivos ou mortos no organismo, processo efetuado ao vacinarmos 
alguém. Contudo, quando o organismo entre em contato com um patógeno pela transferência de 
soro ou gamaglobulinas de um doador imune para um indivíduo não imune, chamamos de imunidade 
passiva. Por exemplo, quando a mãe amamenta seu filho com o colostro, ela passa imunoglobulina A 
dela para o bebê por meio do colostro (naturalmente adquirida). A imunidade passiva artificialmente 
adquirida ocorre quando se aplica injeção com gamaglobulinas de outros indivíduos ou gamaglobulinas 
de um animal imunizado.
7.2 Cuidados necessários para a vacina segundo as recomendações da Rede 
de Frio
Conforme Brasil (2013a), Rede de Frio “é um sistema amplo, inclui uma estrutura técnico-
administrativa orientada pelo PNI, por meio de normatização, planejamento, avaliação e financiamento 
que visa à manutenção adequada da Cadeia de Frio”.
Já a Cadeia de Frio “é o processo logístico da Rede de Frio para conservação dos imunobiológicos, 
desde o laboratório produtor até o usuário [...], assegurando a preservação de suas características 
originais” (BRASIL, 2013a).
As vacinas são produtos imunobiológicos termolábeis, ou seja, modificam suas características 
se expostos ao calor, ao frio ou à luz. “Assim, de forma a manter sua potência, devem ser 
armazenados, transportados, organizados, monitorados, distribuídos e administrados 
adequadamente” (BRASIL, 2013a).
Os imunobiológicos são acondicionados em uma embalagem primária (frasco bisnaga ou 
ampola). As embalagens primárias são agrupadas em uma embalagem secundária e depois essa 
embalagem secundária é colocada em uma embalagem terciária, sendo agrupadas novamente 
(BRASIL, 2013a).
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Unidade III
Embalagem 
primária
Embalagem 
secundária
Embalagem 
terciária
Figura 21 – Esquema das embalagens dos imunobiológicos 
“Consideradas as limitações biológicas que podem impactar na potência e inocuidade das vacinas, os 
fabricantes determinam nas bulas o prazo de validade que garante a estabilidade de cada produto, após 
abertura do frasco, desde que mantidas em condições ideais de conservação e biossegurança” (BRASIL, 
2013a).
Os imunobiológicos devem ser acondicionados na sala de vacina a uma temperatura entre +2 e +8 ºC, 
nunca chegando a esses extremos. Não devem ser armazenadas doses aspiradas de frascos multidoses 
em seringas, é proibido esse tipo de conserva (BRASIL, 2013a).
O refrigerador destinado à reserva dos imunobiológicos deverá ser exclusivo para esse fim. Precisa 
ter um termômetro com visor externo para controlar a temperatura interna e devem ser realizadas 
verificações dessa temperatura em formulário específico ao início da manhã, durante o dia e antes de 
encerrar o atendimento.
 Lembrete
O PNI almeja atender gratuitamente a todos os cidadãos brasileiros 
com vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde.
7.3 Calendário nacional, estadual e municipal
O Programa Nacional de Imunização (PNI) organiza toda a política de imunização brasileira, e é 
considerado uma das mais relevantes ações de saúde pública no País. 
As diretrizes e responsabilidades para a execução das ações de vigilância 
em saúde, entre as quais se incluem as ações de vacinação, estão definidas 
em legislação nacional que aponta que a gestão das ações é compartilhada 
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pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios. As 
ações devem ser pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e na 
Comissão Intergestores Bipartite (CIB), tendo por base a regionalização, a 
rede de serviços e as tecnologias disponíveis (BRASIL, 2014c).
O Brasil é enorme, com muitas diferenças culturais, climáticas, geográficas e, consequentemente, 
epidemiológicas.Assim, o PNI elabora um calendário nacional básico e os estados e municípios incorporam 
vacinas conforme surtos ou situações especiais. Como exemplo de situações especiais, destacamos as 
áreas endêmicas da febre amarela, nas quais a vacinação faz parte do calendário regional. 
Área endêmica
Área de transição
Área de risco
Área índene
Figura 22 – Áreas endêmicas da febre amarela no Brasil 
Em Campo Grande (MS), a vacina da febre amarela é oferecida a toda população, conforme o 
calendário vacinal nacional. Todavia, na cidade de São Paulo, não faz parte do calendário municipal, 
pois é uma área indene, ou seja, é responsável pela vacinação de viajantes para área endêmica ou 
de transição.
8 PROGRAMA NACIONAL DE TRIAGEM NEONATAL (PNTN) 
É uma agenda transversal às políticas, coordenações e áreas técnicas (Sangue e Hemoderivados, 
Saúde da Criança, e Saúde da Pessoa com Deficiência) e às Redes Temáticas do SUS (Rede Cegonha e 
Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência) (BRASIL, 2016c). 
O PNTN tem como objetivo geral identificar distúrbios e doenças no recém-nascido em tempo 
oportuno para intervenção adequada, garantindo tratamento e acompanhamento contínuo às 
pessoas com diagnóstico positivo, conforme estabelecido nas linhas de cuidado. Pretende reduzir a 
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morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida das pessoas portadoras das doenças previstas de 
serem triadas por essa política (BRASIL, 2016c). 
Em geral, os critérios aplicados para a inclusão de doenças no PNTN seguem as orientações 
promovidas pelos pesquisadores James Wilson e Gunnar Jungner em 1968. Parte desse conteúdo foi 
publicada pelo Portal da Saúde (BRASIL, [s.d.]a):
– A história natural da doença deve ser bem conhecida.
– Deve ser possível a identificação da doença antes do início das 
manifestações clínicas.
– A possibilidade de tratamento em estágio precoce deve trazer maiores 
benefícios comparado ao tratamento após manifestação clínica da doença.
– Existência de um teste adequado para o diagnóstico em estágio 
precoce, passível de incorporação nas rotinas para diagnóstico de 
outras doenças já incorporadas em testes de triagem neonatal.
– A incidência da doença deve ser alta na população.
– O custo-benefício da triagem populacional deve ser considerado bem 
como sua efetividade.
– Deve existir uma ampla aceitação por parte da população.
Para compreender melhor o tema, vale salientar o excerto a seguir: 
[...] o termo triagem origina-se do vocábulo francês triage, que significa 
seleção. Em saúde pública, triar significa identificar, em uma população 
assintomática, os indivíduos que estão sob risco de desenvolver determinada 
doença ou distúrbio e que se beneficiariam de investigação adicional, ação 
preventiva ou terapêutica imediatas. O procedimento de triagem deve ser 
capaz de alterar a história natural da doença em uma parcela significativa 
da população elegível. A partir da identificação por testes específicos, pode-
se iniciar o tratamento adequado visando minimizar riscos ou complicações 
advindas da condição identificada (BRASIL, 2016c, p. 10).
A triagem neonatal é realizada através de testes capazes de detectar precocemente um grupo 
de doenças e alterações, geralmente assintomáticas no período neonatal, porém potencialmente 
causadoras de danos durante o crescimento e o desenvolvimento das crianças acometidas. O PNTN 
engloba a triagem neonatal biológica, auditiva e ocular (BRASIL, 2016c).
A triagem neonatal é feita pelo uso da metodologia de rastreamento no período neonatal – de 
0 a 28 dias de vida. A triagem neonatal biológica (TNB) constitui um conjunto de ações preventivas 
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para identificar o quanto antes crianças com doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e 
endocrinológicas, objetivando instaurar o tratamento integral e o acompanhamento em tempo 
oportuno para evitar sequelas e óbitos.
Nesse sentido, o Ministério da Saúde destaca:
O diagnóstico presuntivo em triagem neonatal refere-se à interpretação 
de correlações clínicas e/ou clínico-laboratoriais, indicando impressão, 
suspeita ou probabilidade obtidas por utilização unicamente dos testes de 
triagem conforme protocolos técnicos estabelecidos para os distúrbios ou 
doenças específicas.
O diagnóstico definitivo ou de certeza refere-se à constatação da presença 
do distúrbio ou doença, nos casos previamente suspeitos à triagem, por 
meio de testes confirmatórios e/ou avaliação clínica.
A melhoria da efetividade do acesso ao tratamento e acompanhamento dos 
casos diagnosticados, obtidos com as ações operacionais de monitoramento 
e acompanhamento das pessoas com diagnóstico positivo, incluem a 
busca ativa para recoleta, reteste, reavaliação, agendamento de consultas e 
acompanhamento de comparecimento.
A incorporação e uso de tecnologias voltadas para promoção, prevenção 
e cuidado integral nas Redes de Atenção à Saúde (RAS), incluindo 
tratamento medicamentoso e fórmulas nutricionais, quando indicados 
no âmbito do SUS, devem ser resultado das recomendações formuladas 
por órgãos governamentais a partir do processo de avaliação e 
aprovação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no 
SUS (Conitec) e Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do 
Ministério da Saúde.
As ações do PNTN devem ser articuladas entre o Ministério da Saúde, 
Secretarias de Saúde dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Distritos 
Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Os entes federativos organizam os 
fluxos da triagem neonatal, incluindo-os nas Redes de Atenção à Saúde do 
SUS e os integram aos componentes: Atenção Básica, Atenção Especializada 
e Maternidades.
Os níveis de atenção estão articulados entre si, de forma a garantir a 
integralidade do cuidado e o acesso regulado a cada ponto de atenção e/ou 
aos serviços de apoio, observadas as especificidades inerentes e indispensáveis 
à garantia da equidade na atenção às pessoas com diagnóstico positivo na 
triagem neonatal (BRASIL, 2016c, p. 13).
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Iniciado em 2001, o PNTN é uma das estratégias para reduzir a mortalidade infantil. Está 
amparado legalmente no ECA: “Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de 
gestantes, públicos e particulares, são obrigados a [...] proceder a exames visando ao diagnóstico 
e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação 
aos pais [...]” (BRASIL, 1990).
Dessa forma, o PTN foi instituído no SUS por meio da Portaria GM/MS nº 822, de 6 de junho de 
2001. Fixou ações de triagem neonatal em fase pré-sintomática em todos os nascidos vivos, bem 
como acompanhamento e tratamento das crianças detectadas nas redes de atenção do SUS. O PNTN 
foi implantado em fases. Vejamos quais são: 
• Primeira fase (2001), com triagem das seguintes doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo 
congênito, fibrose cística, doença falciforme e outras hemoglobinopatias. 
• Segunda fase (2012), incluindo hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.
• Terceira fase, que está em fase de avaliação pelo Ministério da Saúde para integração das 
triagens clínicas: 
— Triagem neonatal ocular (TNO) ou teste do reflexo vermelho, conhecida como “teste do olhinho”. 
— Triagem neonatal auditiva (TNA) – “teste da orelhinha”. 
— Triagem da cardiopatia congênita – “teste do coraçãozinho” (BRASIL, 2016b).
8.1 Doenças diagnosticadas – triagem neonatal biológica (TNB)
O Programa Nacional de Triagem Neonatal biológica tem em seu escopo seis doenças que são triadas: 
• fenilcetonúria (PKU);
• hipotireoidismo congênito (HC) primário;
• doenças falciformes (DF) e outras hemoglobinopatias;
• fibrose cística (FC);
• hiperplasia adrenalcongênita (HAC) ou hiperplasia congênita da suprarrenal;
• deficiência de biotinidase (DB). 
É importante que o acompanhamento e o tratamento dos pacientes detectados sejam baseados nos 
protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas (publicados pelo Ministério da Saúde) para cada uma das 
doenças identificadas.
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8.1.1 Fenilcetonúria (PKU)
A sigla PKU tem origem do nome da doença em inglês – phenylketonuria, que é um dos erros 
inatos do metabolismo, de herança autossômica recessiva. O defeito metabólico está na enzima 
hepática fenilalanina hidroxilase, causando o acúmulo do aminoácido fenilalanina (FAL) no sangue, 
que, por sua vez, leva ao aumento da fenilalanina e da excreção urinária de ácido fenilpirúvico. 
Foi a primeira doença genética a ter tratamento estabelecido com uma terapêutica nutricional 
específica (BRASIL, 2016c). 
Segundo o Ministério da Saúde:
É uma doença metabólica rara, com prevalência global média estimada de 
1:10.000 recém-nascidos. A incidência varia entre as diferentes nações do 
mundo e os diferentes grupos étnicos. As maiores taxas são encontradas na 
Irlanda (1:4.500) e na Turquia (1:2.600), e as menores, na Finlândia, no Japão 
e na Tailândia (1:200.000, 1:143.000 e 1:212.000, respectivamente) (9,10) 
(BRASIL, 2013c, p. 363). 
 Observação
No Brasil, tem sido encontrada uma prevalência de PKU, variando de 
1:15.000 a 1:25.000.
Sem a instituição do diagnóstico precoce, para poder realizar o tratamento antes dos 3 meses 
de vida, a criança deverá apresentar um quadro clínico clássico, marcado por atraso global 
do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), deficiência mental, comportamento agitado 
ou padrão autista, convulsões, alterações eletroencefalográficas e odor característico na urina 
(BRASIL, 2016c). 
Essa triagem é executada a partir da dosagem quantitativa da FAL plasmática, com amostras 
colhidas em papel-filtro. O ideal é que a coleta seja feita somente após 48 horas do nascimento, 
desde que o recém-nascido não esteja em jejum, pois a partir desse período a criança já terá 
ingerido uma quantidade suficiente de proteína, detectando-se o aumento da FAL. A triagem 
também é feita mesmo que a criança não tenha tido contato com o leite materno, desde que ela 
esteja utilizando a dieta parenteral, rica em aminoácidos essenciais, como fonte de alimentação 
(BRASIL, 2016c). 
O tratamento é realizado exclusivamente a partir da introdução de uma dieta com baixo 
teor de FAL, que será mantida por toda a vida para impedir a deterioração intelectual e 
comportamental. Nesse caso, essas crianças não se beneficiarão do aleitamento materno 
exclusivo, vão consumir fórmulas especiais. Não é indicado retirar totalmente a FAL da 
dieta, pois essa medida acarretaria danos ainda piores do que a fenilcetonúria, causando 
a síndrome da deficiência de fenilalanina, com as seguintes manifestações clínicas: eczema 
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grave, prostração, ganho de peso insuficiente, desnutrição, além de deficiência mental e crises 
convulsivas (BRASIL, 2016c). 
A dieta utilizada é hipoproteica, suplementada por uma fórmula de aminoácidos isenta de 
fenilalanina (FAL). É fornecida aos pacientes pelo Poder Público para garantir o adequado crescimento e 
desenvolvimento infantil (BRASIL, 2016c). 
A fenilalanina existe em vários alimentos industrializados. Dessa forma, é importante que a 
família fique atenta e verifique no rótulo a presença e a quantidade de medicamentos e alimentos 
industrializados (BRASIL, 2016c). 
 Saiba mais
Para saber mais sobre os alimentos que contém Fenilalanina, acesse:
<http://www10.anvisa.gov.br/SATA/view/publico/consultaPublica/
selecionarPesquisa.seam>. 
8.1.2 Hipotireoidismo congênito (HC) primário
Consiste na incapacidade da glândula tireoide em produzir quantidades necessárias de hormônios 
tireoidianos, o que causará déficit nos processos metabólicos, resultando retardo do crescimento e do 
desenvolvimento mental (BRASIL, 2016c). 
Conforme dados do Ministério da Saúde:
No Brasil, a incidência relatada é de aproximadamente um caso positivo para 
cada 2.500 nascidos vivos. Os casos de hipotireoidismo congênito central 
são mais raros, ocorrendo em cerca de 1:25.000 a 1:100.000 nascidos vivos, 
sendo diagnosticados com base na aferição de T4 em conjunto com TSH 
(BRASIL, 2010b).
As crianças com hipotireoidismo congênito podem apresentar as seguintes manifestações clínicas: 
Hipotonia muscular, dificuldades respiratórias, cianose, icterícia prolongada, 
constipação, bradicardia, anemia, sonolência excessiva, livedo reticularis, 
choro rouco, hérnia umbilical, alargamento de fontículas, mixedema, sopro 
cardíaco, dificuldade na alimentação com deficiente crescimento pôndero-
estatural, atraso na dentição, retardo na maturação óssea, pele seca e sem 
elasticidade, atraso de desenvolvimento neuropsicomotor e retardo mental 
(BRASIL, 2016c, p. 55). 
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 Saiba mais
Para saber mais sobre o teste do pezinho, leia:
BRASIL. Triagem neonatal biológica. Manual Técnico. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2016c. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
triagem_neonatal_biologica_manual_tecnico.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2018.
Essas manifestações podem não ocorrer, desde que seja feito o diagnóstico precoce no período 
neonatal. O tratamento imediato é feito com a reposição hormonal: administração oral de tiroxina (T4). 
Os níveis hormonais das crianças em tratamento serão monitorados laboratorialmente, por meio da 
determinação das concentrações plasmáticas de T4 total e de T4 livre e TSH (BRASIL, 2016c). 
 Realizar a triagem em tempo oportuno é essencial, pois a partir da segunda semana de vida a 
deficiência dos hormônios tireoidianos resultará em lesão neurológica, causando retardo mental grave 
(BRASIL, 2016c). 
O prognóstico depende, fundamentalmente, do tempo decorrido para o início do tratamento, da 
severidade do hipotireoidismo e da manutenção dos níveis hormonais dentro da normalidade.
8.1.3 Doenças falciformes (DF) e outras hemoglobinopatias 
A doença falciforme caracteriza-se por um defeito na estrutura da hemoglobina, fazendo com que 
as hemácias assumam a forma de foice, conforme figura a seguir:
Figura 23 
Essa alteração no formato das hemácias ocorre geralmente quando elas são expostas a determinadas 
condições, como febre alta, baixa tensão de oxigênio, infecções etc. 
A doença falciforme é uma das enfermidades genéticas e hereditárias mais comuns no mundo. 
Causada por uma mutação no gene que produz a hemoglobina A, origina uma hemoglobina 
mutante, denominada hemoglobina S, herança recessiva. Há outras hemoglobinas mutantes, 
como as “C, D, E etc. A mais conhecida é a SS, que inicialmente se chamava anemia falciforme 
(SS)” (BRASIL, 2015a, p. 5).
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Unidade III
Vejamos o que o Ministério da Saúde diz sobre a doença:
A DF é uma enfermidade hereditária causada por uma hemoglobina 
mutante ligada à descendência de populações originárias principalmente 
da África subsaariana, e também da Índia, da Arábia Saudita e de países 
mediterrâneos. Atualmente, a DF encontra-se presente em grande parte da 
população mundial. Estudos dos aspectos antropológicos da hemoglobina S 
(HbS) sugerem que seu aparecimento esteja ligado ao início do sedentarismo 
humano, há aproximadamente 30 mil anos. Aspectos epidemiológicos 
também sugerem que a malária foi um fator importante na mutação que 
gerou esse gene. Enquanto o ser humano teve hábitos nômades, a densidade 
populacional manteve-se muito baixa, e a malária não tinha transmissão 
contínua.A partir, porém, dos primeiros assentamentos agrícolas e da 
adaptação do mosquito vetor a esses novos ambientes, a malária tornou-se 
endêmica, e daí a teoria de sua interferência na mutação ocorrida que gerou 
o gene da HbS (BRASIL, 2015a, p. 9).
No Brasil, estima-se a existência de 2 milhões de portadores do gene da Hb S, e que 25 a 50 mil 
pessoas tenham a forma homozigótica (Hb SS), denominada DF (BRASIL, 2015a).
As hemoglobinopatias são resultantes de mutações que afetam os genes 
reguladores, promovendo um desequilíbrio no conteúdo quantitativo 
das cadeias polipeptídicas e, consequentemente, nos tipos normais de 
hemoglobina, causando as talassemias. Outra situação é que as alterações 
podem ser originadas de genes estruturais que promovem a formação de 
moléculas de hemoglobinas com características bioquímicas diferentes 
das hemoglobinas normais, denominadas hemoglobinas variantes. As 
hemoglobinas variantes mais frequentes são a hemoglobina S (Hb S) e 
hemoglobina C (Hb C). O indivíduo heterozigoto para Hb S é popularmente 
conhecido como “traço falcêmico” ou “traço falciforme” (Hb AS). Poderão 
também ser identificadas outras hemoglobinas variantes (Hb D, Hb E, Hb 
Hasharon etc.), com ou sem significado clínico (BRASIL, 2017c).
As figuras a seguir ilustram essa variação no padrão das hemácias:
Figura 24 – Hemácia com hemoglobina A
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Figura 25 – Hemácia afoiçada repleta de hemoglobina S 
Na triagem neonatal biológica, é possível identificar de forma diferenciada os indivíduos heterozigotos 
(Hb FAS) dos indivíduos homozigotos. 
AS
AA AS AS SS
AS
Legenda: AA = sem alterações; AS = traço 
falciforme; SS = Anemia falciforme
Traço falciforme
50%
Sem alteração
25%
Anemia falciforme
25%
Figura 26 
O paciente afetado apresenta as seguintes alterações clínicas: anemia hemolítica, crises 
vaso-oclusivas, crises de dor, insuficiência renal progressiva, acidente vascular cerebral, maior 
susceptibilidade a infecções e sequestro esplênico. Podem ocorrer também alterações no 
desenvolvimento neurológico, com provável etiologia vaso-oclusiva de sistema nervoso central 
(BRASIL, 2017c).
Vejamos as complicações que podem causar a doença:
(A) (B) (C)
Figura 27 – Crise de dor nos pés de bebês (A); aumento do baço (B); úlcera de perna (C)
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O diagnóstico da DF pela triagem neonatal (teste do pezinho), antes do 
aparecimento dos sintomas clínicos, encoraja a implementação de práticas 
de cuidados preventivos e orientação aos pais em relação ao recém-nascido. 
Permite também uma ação pedagógica sobre a condição genética da família 
e risco de recorrência em futuras gestações, através de orientação familiar 
ou aconselhamento genético.
O ideal é que o tratamento seja iniciado antes dos 4 meses de vida para 
que a prevenção das infecções e outras complicações que podem levar 
à morte da criança seja efetivo. A família da criança identificada deverá 
receber orientação básica da equipe multidisciplinar no ponto de atenção 
especializado para a confirmação diagnóstica e o início do tratamento 
específico. A prevenção das complicações é muito eficiente na redução da 
morbimortalidade. As principais medidas preconizadas para alcançar esse 
objetivo são: antibioticoterapia profilática (esquema especial de vacinação), 
suplementação com ácido fólico, além do seguimento clínico especializado 
(BRASIL, 2017c).
Tabela 11 – Impacto dos cuidados de saúde sobre a letalidade da doença falciforme
Letalidade (mortalidade entre os que têm DF)
Sem cuidados de saúde Com cuidados de saúde
Crianças até 5 anos de idade 80% (vida média de 8 anos) 1,8% (vida média de 45 anos)
Gestantes durante o parto 50% 2%
Fonte: Brasil (2015a, p. 7).
8.1.4 Fibrose cística (FC) 
Chamada de FC ou mucoviscidose, é uma das doenças hereditárias consideradas graves. É 
determinada por um padrão de herança autossômico recessivo, causando danos sobretudo aos pulmões 
e ao pâncreas. Nesses órgãos se instala um processo obstrutivo causado pelo aumento da viscosidade 
do muco (BRASIL, 2016c). 
Nos pulmões, esse aumento da viscosidade bloqueia as vias aéreas, favorecendo a proliferação 
bacteriana, principalmente por pseudomonas e estafilococos. Essa proliferação bacteriana leva a uma 
infecção crônica, que acarreta lesão pulmonar e óbito por disfunção respiratória (BRASIL, 2016c). 
No pâncreas, quando os ductos estão obstruídos por essa secreção espessa, há uma perda de enzimas 
digestórias. Assim, ocorre desnutrição, pois não há um processo digestivo adequado (BRASIL, 2016c). 
Pelas manifestações clínicas graves que provoca, essa patologia apresenta um índice de mortalidade 
elevado. Todavia, nos últimos anos, o prognóstico tem melhorado: 75% de sobrevida até o fim da 
adolescência e 50% até a terceira década de vida. 
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Sem a realização da triagem, pode haver complicações clínicas severas. O fato é que muitas 
crianças com fibrose cística não denotam nenhum sinal ou sintoma da doença ao nascimento, e podem 
permanecer nessa condição por semanas ou até anos (BRASIL, 2016c). 
Contudo, cerca de 5 a 10% dos pacientes afetados nascem com obstrução intestinal por mecônio, a 
qual pode ser visualizada já na avaliação ultrassonográfica. A síndrome íleo meconial envolve distensão 
abdominal, impossibilidade de evacuação e vômitos. Entre os sintomas, destacamos: “esteatorreia, 
dificuldade de ganho de peso, problemas respiratórios, perda de sal pelo suor, dor abdominal recorrente, 
icterícia prolongada, edema hipoproteinêmico, pancreatite recorrente, cirrose biliar, acrodermatite 
enteropática e retardo no desenvolvimento somático” (BRASIL, 2016c, p. 61). 
A trajetória clínica da patologia é marcada por períodos de remissão e de exacerbação. Com o passar 
do tempo, causa o aumento dessa frequência e agrava as exacerbações (BRASIL, 2016c). 
Nesse cenário de gravidade no qual a sintomatologia manifesta-se, em geral nos primeiros anos de 
vida, os programas de triagem neonatal são essenciais para o acompanhamento adequado. O diagnóstico 
presuntivo é fixado com a análise dos níveis da tripsina imunorreativa (IRT). O teste deve ser efetuado 
em amostras colhidas em até 30 dias de vida. A confirmação dos casos suspeitos é feita por meio da 
dosagem de cloretos no suor, o conhecido teste de suor. A quantidade anormal de sal nos exsudatos 
corpóreos, sobretudo nos pulmões e no pâncreas, leva a uma perda pelo suor, traço da doença em bebês 
e em crianças maiores. Quando a análise do teor de cloro no suor mostrar níveis alterados e quadro 
clínico compatível, pode-se estabelecer o diagnóstico (BRASIL, 2016c). 
A tabela a seguir acentua os níveis de suor concebidos como padrão para realizar o diagnóstico 
da doença:
Tabela 12 – Variações das concentrações de CL no suor
Idade Normal (mmol/l) Intermediária (mmol/l) Anormal (mmol/l)
≤ 6/mês ≤ 29 30-59 ≥ 60
> 6 meses ≤ 39 40-59 ≥ 60
Fonte: Rosenstein ([s.d.]).
O tratamento do paciente com fibrose cística consiste em acompanhamento 
médico regular, suporte dietético, utilização de enzimas pancreáticas, 
suplementação vitamínica (vitaminas A, D, E, K) e fisioterapia respiratória. 
Quando em presença de complicações infecciosas, é indicada a antibioticoterapia 
de amplo espectro. Além do esquema vacinal habitual, as crianças devem receber 
imunização antipneumocócica e anti-hemófilos (BRASIL, 2016c, p. 61). 
Em países de grande miscigenação racial, como o nosso, a doença pode manifestar-se em todo o 
tipo de população. Não há variação de incidência em razão do sexo, afetando homens e mulheres de 
maneira igual – média de um caso positivo para cada 10 mil indivíduos (BRASIL, 2017b).100
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8.1.5 Hiperplasia adrenal congênita (HAC) ou hiperplasia congênita da suprarrenal
 Essa patologia engloba um conjunto de síndromes transmitidas de forma autossômica recessiva, 
que resulta de diferentes deficiências enzimáticas na síntese dos esteroides adrenais. A incidência de 
HAC da forma clássica é de um a cada 10 ou 20 mil nascimentos, e varia conforme etnia e regiões 
geográficas. A incidência das formas tardias não está bem estabelecida. Em nosso País, a incidência da 
forma perdedora de sal parece oscilar de 1:7.500 a 1:10.000 nascidos vivos (BRASIL, 2017b). 
O diagnóstico na triagem neonatal é realizado pela quantificação da 17-hidroxi-progesterona 
(17-OHP), seguido de testes confirmatórios no soro. O quadro clínico da HAC depende da 
enzima envolvida e do grau de deficiência enzimática (total ou parcial) e pode se expressar por 
insuficiência glicocorticoide, insuficiência mineralocorticoide, excesso de andrógenos ou ainda 
por insuficiência de andrógenos (BRASIL, 2017b). 
A deficiência enzimática mais comum é a da 21-hidroxilase. Nessa situação, existe um espectro de 
manifestações clínicas, que podem ser divididas em três formas: forma clássica perdedora de sal, forma 
clássica não perdedora de sal e forma não clássica. Quando isso acontece, o cortisol é o hormônio que se 
torna deficiente, e os hormônios andrógenos (masculinizantes) aumentam seus níveis. Em meninas, isso 
pode levar ao aparecimento de caracteres sexuais masculinos (pelos, aumento do clitóris) e, em ambos 
os sexos, pode levar ou não a uma perda acentuada de sal e ao óbito. O tratamento com corticoides 
pode reverter a sintomatologia, desde que instituído precocemente. No caso da perda de sal, exige-se a 
administração de hormônios mineralocorticoides com a máxima urgência (BRASIL, 2017b). 
Vejamos com atenção o excerto a seguir:
A suplementação com cortisona provoca a diminuição da síntese de 
hormônios androgênicos, relacionados à virilização. Medidas cirúrgicas 
auxiliam a recompor o aspecto anatômico da genitália nas meninas afetadas. 
Na forma perdedora de sal, a administração de mineralocorticoides deve ser 
continuamente monitorizada. O tratamento deve ser feito precocemente e 
por toda a vida. 
Pacientes assintomáticos com a forma não clássica não necessitam de 
tratamento. Para pacientes do sexo feminino com hiperandrogenismo, além 
da reposição hormonal com baixas doses de glicocorticoide, deve ser seguido 
o tratamento proposto no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da 
Síndrome dos Ovários Policísticos e Hirsutismo. 
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado melhoram o padrão de 
crescimento, podendo normalizá-lo na maior parte dos casos. O tratamento 
deve ser contínuo ao longo da vida. O intervalo entre consultas, levando em 
consideração os dados clínicos e a realização de exames laboratoriais, deve 
seguir o que foi sugerido pelo especialista (BRASIL, 2017b). 
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8.1.6 Deficiência de biotinidase (DB)
A deficiência de biotinidase (DBT) é 
Um erro inato do metabolismo, de origem genética e herança autossômica 
recessiva, que resulta na deficiência da enzima biotinidase, responsável pela 
absorção e regeneração orgânica da biotina, uma vitamina existente nos 
alimentos que compõem a dieta normal, indispensável para a atividade de 
diversas enzimas (BRASIL, 2017b). 
A prevalência da DBT varia conforme a população estudada. Nos EUA, por exemplo, 
Estudos do ano de 2000 relatam uma incidência de 1:59.000. No Brasil, 
estima-se que possam existir aproximadamente 3.200 pacientes com DBT 
(incidência aproximada de 1 para 60 mil, em uma população de cerca de 190 
milhões de habitantes (BRASIL, 2017b).
As reações químicas que ocorrem dentro do organismo permitem que alimentos sejam processados 
ou metabolizados para serem utilizados, o que constitui o processo digestório. Nesse sentido, entra a 
ação das enzimas, que são proteínas especiais produzidas pelo organismo para permitir que as reações 
químicas ocorram. 
Algumas enzimas precisam de vitaminas para serem ativadas. Às vezes o 
organismo não produz uma determinada enzima em quantidade suficiente 
ou a enzima que é fabricada não trabalha adequadamente. Isso faz com que 
a enzima tenha uma redução da sua atividade e não funcione como deveria. 
Outras reações químicas que dependem desta enzima também podem ficar 
prejudicadas. Se a atividade da enzima é inferior a 10% de sua atividade 
normal, ela é considerada deficiente (BRASIL, 2017b). 
A deficiência de biotinidase, de herança autossômica recessiva, apresenta mais de 140 mutações 
descritas, com a seguinte classificação: 
a) deficiência profunda de biotinidase; 
b) deficiência parcial de biotinidase e 
c) sem deficiência de biotinidase. 
Clinicamente, a doença manifesta-se a partir da sétima semana de vida, com 
distúrbios neurológicos e cutâneos, tais como crises epiléticas, hipotonia, 
microcefalia, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, alopecia e 
dermatite eczematoide. Nos pacientes com diagnóstico tardio, observam-se 
distúrbios visuais, auditivos, assim como atraso motor e de linguagem. 
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[...]
Pacientes diagnosticados em período sintomático frequentemente 
apresentam atraso do desenvolvimento e risco de desenvolverem sequelas 
auditiva, visual e de funções nervosas superiores irreversíveis, ao contrário 
do que se observou nos pacientes diagnosticados no período neonatal.
Os pacientes com testes de triagem alterados (parcial ou total), 
identificados pela análise da enzima biotina, serão classificados 
como suspeitos até a confirmação ou não do diagnóstico, que será 
estabelecido a partir do teste quantitativo da atividade de biotinidase, 
podendo ser complementado com estudo genético-molecular. 
 
O tratamento medicamentoso é muito simples, de baixo custo e consiste 
na utilização de biotina (vitamina H) em doses diárias de acordo com a 
subclassificação da deficiência de biotina, baseada no teste quantitativo. 
O diagnóstico precoce, com o início do tratamento ainda nos primeiros 
meses de vida, assegura ao bebê uma vida normal, sem qualquer sintoma da 
doença (BRASIL, 2017b).
8.2 Técnica para a coleta da tiragem neonatal biológica
A coleta do teste de triagem neonatal biológica ocorre nos pontos de coleta da Atenção Básica em 
Saúde em quase todo o território nacional. “Em alguns estados, esta coleta também é realizada em 
maternidades, casas de parto, comunidades indígenas, entre outros locais” (BRASIL, 2017b). 
A data ideal para a coleta pode variar de acordo com a maior sensibilidade 
das tecnologias diagnósticas e necessidades inerentes às doenças do escopo 
do Programa. Recomenda-se que o período ideal de coleta da primeira 
amostra esteja compreendido entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê devido às 
especificidades das doenças diagnosticadas atualmente. 
Crianças que não tenham realizado o “teste do pezinho” no período 
neonatal, mais oportunamente na idade ideal, devem ser avaliadas pelo 
serviço médico para orientação e investigação diagnóstica específica, se 
necessário. Essa investigação será considerada diagnóstico tardio e, nessas 
condições, a criança detectada se beneficiará com o acesso ao tratamento/
acompanhamento especializado e, consequentemente, a uma melhor 
qualidade de vida (BRASIL, 2017b). 
O cartão de coleta que é distribuído pelo laboratório para as unidades de coleta, que controla o 
lote disponibilizado, deve ser manuseado com cuidado no momento da coleta, pois apresenta algumas 
características especiais. 
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POLÍTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTEa) Área do papel filtro, que é a parte mais sensível do cartão de coleta, 
destinada para a absorção e transporte do sangue do recém-nascido.
[...]
b) Área de registro das informações: normalmente confeccionada com 
papel-sulfite comum ou reciclado, destinada ao registro dos dados de 
identificação do recém-nascido e informações necessárias e importantes 
para a interpretação dos resultados. Preencher todas as informações 
solicitadas com letra legível, de preferência de fôrma, e evitar o uso de 
abreviaturas. Usar apenas caneta esferográfica para garantir uma boa 
leitura. Dados incompletos, trocados ou ilegíveis retardam ou impedem a 
realização do exame, atrasam um possível diagnóstico positivo, impactando 
a vida da criança. 
[...]
O cartão de coleta deve ser armazenado em recipiente fechado, em 
local fresco e bem ventilado, longe de umidade, contato com água ou 
quaisquer outros líquidos ou substâncias químicas. Nunca guarde o 
cartão não utilizado [...] em geladeiras, que são locais com alto índice de 
umidade, que modificam as características fundamentais de absorção.
O ambiente de coleta deve ser preferencialmente um local adequado 
à sua finalidade e atender às normas vigentes de regulamentação da 
Vigilância Sanitária que [dispõem] sobre os Requisitos de Boas Práticas 
de Funcionamento para os Serviços de Saúde (Resolução da Diretoria 
Colegiada Anvisa – RDC nº 63, de 25 de novembro de 2011) (BRASIL, 
2016c, p. 21).
Figura 28 – Técnica da coleta
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O quadro a seguir apresenta os procedimentos corretos que devem ser realizados para uma 
coleta adequada:
Quadro 11 – Sequência da coleta de triagem neonatal biológica
Sequência Descrição
Lavar as mãos As mãos devem ser lavadas e as luvas trocadas novamente a cada novo procedimento.
Posicionar a criança
Os pais ou responsáveis devem segurar a criança no colo e de pé, para que haja uma boa 
circulação de sangue nos pés – suficiente para a coleta, e o calcanhar deve sempre estar abaixo 
do nível do coração.
Realizar a assepsia do 
calcanhar
Realizar a assepsia do calcanhar com algodão ou gaze esterilizada, levemente umedecida com 
álcool 70%. Massagear bem o local, ativando a circulação.
Certificar-se de que o calcanhar esteja avermelhado. Aguardar a secagem completa do álcool.
Aquecer previamente o pé 
do bebê
Em cidades com condição de temperatura ambiente muito baixa, o aquecimento prévio do pé do 
bebê (bolsa de água quente em máximo de 44 ºC, por 5 minutos, sobre o pé coberto com meia, 
sapatinho ou qualquer outro tecido fino e limpo) deve ser considerado, pois leva à vasodilatação 
e, consequentemente, a um aumento do fluxo sanguíneo, que favorece a boa coleta.
Escolher local adequado 
para a punção
Puncionar em uma das laterais da região plantar do calcanhar, local com pouca possibilidade de 
atingir o osso. 
Realizar a punção
A punção deve ser realizada obrigatoriamente com lancetas apropriadas para a coleta de sangue 
periférico (1,5 e 2,00 mm). 
Segurar o pé e o tornozelo da criança, envolvendo com o dedo indicador e o polegar todo o 
calcanhar, de forma a imobilizar, mas não prender a circulação.
Preencher os círculos
Aguardar a formação de uma grande gota de sangue. Retire com algodão seco ou gaze 
esterilizada a primeira gota que se formou (pode conter outros fluidos teciduais que podem 
interferir nos resultados dos testes).
Encostar o verso do papel-filtro na nova gota que se forma na região demarcada para a coleta 
(círculos) e fazer movimentos circulares com o cartão, até o preenchimento de todo o círculo. 
Deixar o sangue fluir naturalmente e de maneira homogênea pelo papel-filtro, evitando 
concentração de sangue. 
Não permitir que ele coagule nem no papel-filtro nem no pé do bebê. Só desencoste o papel-filtro 
do pé quando o círculo estiver todo preenchido. 
Não é necessário que os limites do sangue coincidam com os limites dos círculos impressos 
no papel-filtro (limites estabelecidos servem de guia para a quantidade de material necessária 
à realização dos testes e também para evitar a supersaturação de sangue no papel-filtro – 
encharcado, empapado, que inviabilizaria a amostra). 
Não tocar com os dedos a superfície do papel-filtro na região dos círculos (a pressão poderá 
comprimir o papel-filtro, que irá absorver menor quantidade de sangue e comprometer os 
resultados dos testes). 
Encostar o outro círculo do papel-filtro novamente no local do sangramento. Repita o movimento 
circular até o preenchimento total do novo círculo. Repetir a mesma operação até que todos os 
círculos estejam totalmente preenchidos.
Não retorne um círculo já coletado no local do sangramento para completar áreas mal 
preenchidas (superposição de camadas de sangue interfere nos resultados dos testes).
Em caso de interrupção no sangramento, aproveite o momento de troca de círculo para 
massagear novamente a região do calcanhar, passar um algodão ou gaze com firmeza no mesmo 
local da punção para retirar o tampão de fibrina e plaquetas que se formou com o processo 
fisiológico de coagulação natural do organismo (ativará novamente a circulação). Caso não tenha 
resultado, tentar nova punção, no mesmo local da punção anterior (aumentará a área da lesão e 
favorecerá o aumento do fluxo de sangue). Puncionar o outro pé quando essas alternativas não 
obtiverem êxito para a obtenção da quantidade de sangue necessária para a finalização da coleta.
Não vire o papel-filtro para fazer a coleta dos dois lados (é necessário que o sangue seja absorvido 
pelo papel-filtro até que todo o círculo esteja preenchido com sangue de forma homogênea).
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Verificar a qualidade da 
amostra coletada
Levantar o papel-filtro acima de sua cabeça e observar contra a luz.
Todo o círculo deverá ter um aspecto translúcido na região molhada com o sangue, que deverá 
estar espalhado de forma homogênea.
Virar o papel e observar o lado oposto. É necessário que o sangue tenha atravessado o papel-
filtro, preenchendo todo o círculo de forma homogênea também do outro lado.
Repetir todo o 
procedimento
Se houver alguma dúvida, repita todo o procedimento em novo papel-filtro. Tentar aproveitar 
uma amostra com coleta inadequada geralmente leva ao insucesso e atraso no diagnóstico e 
tratamento.
Finalizar a coleta Após a coleta, colocar a criança deitada, comprimir levemente o local da punção com algodão ou gaze até que o sangramento cesse.
Adaptado de: Brasil (2016c, p. 23-27).
Vejamos a região correta para realizar a punção para a coleta:
Figura 29 
As imagens a seguir destacam o correto preenchimento dos círculos e um exemplo de coleta adequada:
Figura 30 
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Unidade III
Figura 31 
 Observação
Não dispense o bebê antes de se certificar de ter coletado a 
amostra de forma adequada. Caso elas sejam insuficientes ou mal 
coletadas, serão rejeitadas pelo laboratório, exigindo uma nova 
amostra (BRASIL, 2016c). 
A figura a seguir ilustra a realização de coleta com amostras inadequadas. Além de atrasar o 
diagnóstico e o início da terapia, pode comprometer a saúde do bebê. Os pais nem sempre compreendem 
a necessidade de fazer uma nova coleta, e muitos podem se recusar a levar o filho à unidade de saúde 
mais uma vez.
(A) Amostra com material insuficiente
(B) Amostra com material insuficiente, 
manchada e com papel amassado
(C) Amostra concentrada e manchada
(D) Amostra concentrada, com material 
insuficiente e coagulada
(E) Amostra contaminada
(F) Amostra hemolisada
(A) (B) (C) (D) (E) (F)
Figura 32 
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O quadro a seguir acentuaalgumas situações maternas que interferem no resultado da 
triagem neonatal:
Quadro 12 – Condições maternas que afetam a triagem neonatal no recém-nascido
Condição materna Analito afetado Resultado Duração da interferência
Em uso de propiltiouracil 
para tratamento do 
hipertireoidismo 
Diminuição do T4; 
aumento do TSH Hipotireoidismo transitório
Tipicamente entre 
7 e 14 dias, período 
de eliminação do 
medicamento
Em uso de iodo radioativo 
até a 8ª semana de gestação
Diminuição do T4; 
aumento do TSH Hipotireoidismo transitório Período desconhecido
Em uso de iodo radioativo 
após a 8ª semana de 
gestação
Diminuição do T4; 
aumento do TSH Hipotireoidismo permanente Por toda a vida
Hipotireoidismo tratado e 
bem controlado Nenhum Nenhum Nenhum
Em uso de esteroides: 
prednisona, dexametasona, 
betametasona
17-OHP diminuída ou 
dentro dos valores de 
referência
Supressão da função 
adrenal fetal, causando falso 
negativo para HAC
Desconhecido: 
dependente da classe 
de esteroides e da dose; 
estimado entre 1 e 2 
semanas
Mãe com hiperplasia adrenal 
congênita (HAC) 17-OHP aumentada Falso positivo para HAC
Desconhecido: estimado 
entre 3 e 7 dias
Mãe com 
fenilcetonúria (PKU) ou 
hiperfenilalaninemia sem 
controle por dieta ou 
medicamentos
Fenilalanina aumentada; 
razão PHE/TYR* pode 
estar dentro dos valores 
de referência; falso 
positivo
Hiperfenilalaninemia 
transitória
Entre 12 e 24 horas, a 
menos que a criança 
tenha PKU
Esteatose hepática da 
gravidez ou síndrome Hellp** 
Pode ter elevação de 
acilcarnitinas de cadeia 
par
Resultado positivo verdadeiro Desconhecido
Deficiência de vitamina B12 Propionil-carnitina elevada (C3) Resultado falso positivo
Número de dias depende 
do tratamento com 
vitamina B12
Deficiência de carnitina Podem surgir níveis baixos de carnitina Resultado falso positivo Desconhecido
Mãe em nutrição parenteral
Níveis elevados de 
múltiplos aminoácidos e 
ácidos graxos
Resultado falso positivo
De 48 a 72 horas após 
o término da nutrição 
parenteral
Mãe transfundida com 
hemácias
Galactose-1-
fosfatouridil-transferase 
(Galt) normal em crianças 
com galactosemia e 
hemoglobina normal
Resultado falso negativo 120 dias após a última transfusão
*Razão PHE/TYR – razão fenilalanina/tirosina.
**Todos os recém-nascidos filhos de mães com síndrome Hellp ou esteatose hepática gestacional devem ser mais 
amplamente investigados, devido ao risco estimado entre 20%-30% de serem portadores de defeitos de beta-
oxidação de ácidos graxos de cadeia longa do tipo hidroxi-acil, o que cria risco de vida materno em gestação 
posterior na recorrência do quadro (25%).
 Fonte: CLSI (2009 apud BRASIL, 2016c, p. 41).
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Unidade III
Quadro 13 – Tratamentos que afetam a triagem neonatal de recém-nascidos (RN) retidos
Tratamento Efeito na triagem Duração da interferência
Nutrição parenteral total Elevação de múltiplos aminoácidos 4 a 24 horas após interrupção da nutrição parenteral
Transfusão de hemácias (transfusão 
pré e pós-natal)
Pode resultar em falso negativo para 
hemoglobinopatias e galactosemia 120 dias após a última transfusão
Suporte vital extracorpóreo
O suporte vital extracorpóreo invalida 
os resultados da triagem neonatal para 
todos os analitos
Durante a utilização do suporte 
vital extracorpóreo, os resultados da 
triagem neonatal ficam invalidados
Dopamina Teste falso negativo para HC, uma vez que os níveis de TSH são suprimidos
Até a interrupção da terapia 
medicamentosa
Esteroides
TSH e T4 suprimidos com possibilidade 
de falso negativo para HC. Pode 
suprimir o 17-OHP, resultando em 
falso negativo para HAC
Desconhecido: dependendo da classe 
e dose do esteroide. Estimado entre 1 
e 2 semanas
Exposição ao iodo com povidine ou 
preparados iodados
Hipotireoidismo transitório, T4 baixo, 
TSH aumentado
Uma vez que a exposição tópica seja 
descontinuada, a interferência cessa 
em 2 a 6 semanas (a depender da 
dose absorvida e outros fatores)
Fonte: CLSI (2009 apud BRASIL, 2016c, p. 42).
Quadro 14 – Recomendações para a coleta de amostras, segundo peso e idade gestacional
Características Coleta Exames
RN com peso > ou = 1.500 g
Idade gestacional > ou = 32 semanas
RN agudamente doente, instabilidade 
respiratória ou hemodinâmica
1ª amostra: na admissão na UTI Neo
2ª amostra: 48 – 72 horas 
3ª amostra: até o 28º dia
1ª amostra: TSH, PKU, IRT, Hb, HAC, 
DBT 
2ª amostra: TSH, PKU, IRT, HAC, DBT
3ª amostra: TSH
RN com peso < 1.500 g
Idade gestacional < 32 semanas
1ª amostra: à admissão na UTI Neo 
2ª amostra: 48 – 72 horas 
3ª amostra: até o 28º dia 
4ª amostra: 4 meses de vida, apenas 
para prematuros < 32 semanas e 
hemotransfundidos
1ª amostra: TSH, PKU, IRT, Hb, HAC, 
DBT 
2ª amostra: TSH, PKU, IRT, HAC, DBT 
3ª amostra: TSH 
4ª amostra: análise de Hb
Fonte: MS (2015 apud BRASIL, 2016c, p. 44).
Agora destacamos as indicações do período em que deve ser realizada a coleta em 
crianças transfundidas:
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POLÍTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
Quadro 15 
Características Período da coleta Exames
Coleta antes da 1ª transfusão
1ª amostra: no máximo até 48 a 
72 horas (se necessário colher à 
admissão na UTI Neo) 
2ª amostra, se a 1ª amostra foi 
coletada antes de 48 horas: no 
máximo até 10 dias após a transfusão
1ª amostra: TSH, PKU, IRT, Hb, HAC, 
DBT 
2ª amostra: TSH, PKU, IRT, HAC, DBT
Coleta após transfusão
1ª amostra: 10 dias após transfusão 
2ª amostra: 120 dias após 
a última transfusão
1ª amostra: TSH, PKU, IRT, DBT, HAC
 2ª amostra: análise de Hb
Fonte: MS (2015 apud BRASIL, 2016c, p. 45).
8.3 Assistência Integral das Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI)
A estratégia AIDPI se organiza em três pilares básicos: o primeiro é a 
capacitação de recursos humanos no nível primário de atenção, com a 
consequente melhoria da qualidade da assistência prestada; o segundo é a 
reorganização dos serviços de saúde, na perspectiva da AIDPI; e o terceiro é 
a educação em saúde, na família e na comunidade, de modo que haja uma 
participação de todos na identificação, condução e resolução dos problemas 
de saúde dessa família, especialmente os menores de 5 anos de idade, [a 
faixa etárias predominante para reduzir a morbimortalidade na infância] 
(BRASIL, 2002a, p. 7, grifo nosso).
No Brasil, a estratégia AIDPI 
Foi adaptada às características epidemiólogicas da criança e às normas 
nacionais. As condutas preconizadas pela AIDPI incorporam todas as normas 
do Ministério da Saúde relativas à promoção, prevenção e ao tratamento 
dos problemas infantis mais frequentes, como aqueles relacionados ao 
aleitamento materno, promoção de alimentação saudável, crescimento e 
desenvolvimento, imunização, assim como o controle dos agravos à saúde, 
tais como: desnutrição, doenças diarreicas, infecções respiratórias agudas 
e malária, entre outros. A operacionalização dessa estratégia vem sendo 
efetivada principalmente na Atenção Básica pelas Equipes de Saúde da 
Família (ESF) e em todo o território nacional (BRASIL, 2002a, p. 7).
Vejamos como funciona a metodologia de atendimento:
Essa estratégia é apresentada em uma série de quadros que mostram a 
sequência e a forma dos procedimentos a serem adotados pelos profissionais 
de saúde. Esses quadros descrevem os seguintes passos: 
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Unidade III
1 – Avaliar a criança doente de 2 meses a 5 anos de idade ou a criança de 1 
semana até 2 meses de idade. 
2 – Classificar a doença. 
3 – Identificar o tratamento. 
4 – Tratar a criança.
5 – Aconselhar a mãe ou o acompanhante.
6 – Atenção à criança de 1 semana a 2 meses de idade. 
7 – Consulta de retorno (BRASIL, 2002a, p. 15).
O passo Avaliar a Criança requer um histórico de saúde da criança,que é feito por meio de perguntas 
específicas e um exame físico completo. Em relação ao passo Classificar a Doença, acentua-se:
Significa determinar a gravidade da doença; você selecionará uma categoria 
ou classificação para cada um dos sinais e sintomas principais que indiquem 
a gravidade da doença. As classificações não constituem um diagnóstico 
específico da doença, e sim quais são as categorias utilizadas para identificar 
o melhor tratamento (BRASIL, 2002a, p. 15).
Os quadros de conduta recomendam os tratamentos adequados para cada classificação. 
Quando se usam esses procedimentos, bastará procurar a classificação no 
quadro para poder IDENTIFICAR O TRATAMENTO da criança. Por exemplo, uma 
criança que tenha uma DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE, pode ter meningite, 
malária grave ou septicemia (BRASIL, 2002a, p. 15, grifo do autor).
Já os tratamentos indicados para o controle da 
DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE são apropriados porque foram selecionados 
para cobrir as doenças mais importantes nessa classificação, não 
necessariamente importando quais sejam. TRATAR significa proporcionar 
atendimento no serviço de saúde, incluindo a prescrição de medicamentos 
e outros tratamentos a serem dispensados no domicílio, bem como as 
recomendações às mães para realizá-los de forma adequada (BRASIL, 2002a, 
p. 15, grifo do autor).
O passo Aconselhar a Mãe ou o Acompanhante determina o seguinte: avaliar a forma pela qual a 
“criança está sendo alimentada e proceder às recomendações a serem feitas à mãe sobre os alimentos 
e líquidos que deve dar à criança, assim como orientá-la sobre a data de seu ao retorno ao serviço de 
saúde” (BRASIL, 2002a, p. 15). 
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A atenção integrada às “crianças doentes de 2 meses a 5 anos de idade é apresentada em três 
quadros: 1 Avaliar a Criança Doente de 2 meses a 5 anos de idade; 2 Tratar a Criança; 3 Aconselhar a 
Mãe ou o Acompanhante” (BRASIL, 2002a, p. 15).
Essa articulação dos órgãos de saúde objetivam assegurar que os profissionais de saúde que se 
dedicam a atender crianças de 0 a 5 anos estejam aptos a realizar um atendimento assertivo, diminuindo 
o impacto de mortes que podem ser evitadas através de um diagnóstico e tratamentos adequados 
(BRASIL,2002a).
 Lembrete
A estratégia AIDPI orienta a ação dos profissionais com crianças de 0 a 
5 anos de idade. É uma normatização para ser utilizada na atenção primária 
e/ou ambiente hospitalar.
8.4 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (Pnaisc)
Em 5 de agosto de 2015, por meio da Portaria nº 1.130, foi instituída a Política Nacional de Atenção 
Integral à Saúde da Criança (Pnaisc) no SUS. O Ministério da Saúde dispõe:
Art. 2º. A Pnaisc tem por objetivo promover e proteger a saúde da criança e o 
aleitamento materno, mediante a atenção e cuidados integrais e integrados 
da gestação aos 9 (nove) anos de vida, com especial atenção à primeira 
infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da 
morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas 
de existência e pleno desenvolvimento (BRASIL, 2015c).
Nessa portaria foi definido que a criança é a pessoa na faixa etária de 0 a 9 anos e que a primeira 
infância é a pessoa na faixa etária de 0 a 5 anos. E o atendimento pediátrico nas instituições de saúde, 
ficou determinado para crianças e adolescentes até a idade de 15 anos (BRASIL, 2015c).
A Pnaisc é orientada pelos seguintes princípios: 
I – direito à vida e à saúde; 
II – prioridade absoluta da criança; 
III – acesso universal à saúde; 
IV – integralidade do cuidado; 
V – equidade em saúde; 
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Unidade III
VI – ambiente facilitador à vida; 
VII – humanização da atenção; e 
VIII – gestão participativa e controle social (BRASIL, 2015c).
A figura a seguir é a representação esquemática dos princípios da Pnaisc:
Direito à 
vida e à 
saúde
Equidade em 
saúde
Gestão 
participativa e 
controle social
Prioridade 
absoluta da 
criança
Ambiente 
facilitador à 
vida
Integralidade 
do cuidado
Humanização 
da atenção
Acesso 
universal à 
saúde
Princípios da 
PNAISC
Figura 33 
A Portaria nº 1.130 preceitua:
A Pnaisc se estrutura-se sem sete eixos estratégicos, com a finalidade de 
orientar e qualificar as ações e serviços de saúde da criança no território 
nacional, considerando os determinantes sociais e condicionantes para 
garantir o direito à vida e à saúde, visando à efetivação de medidas que 
permitam o nascimento e o pleno desenvolvimento na infância, de forma 
saudável e harmoniosa, bem como a redução das vulnerabilidades e riscos 
para o adoecimento e outros agravos, a prevenção das doenças crônicas na 
vida adulta e da morte prematura de crianças, a seguir relacionados: 
I – Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento 
e ao recém-nascido: consiste na melhoria do acesso, cobertura, qualidade 
e humanização da atenção obstétrica e neonatal, integrando as ações do 
pré-natal e acompanhamento da criança na atenção básica com aquelas 
desenvolvidas nas maternidades, conformando-se uma rede articulada 
de atenção.
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II – Aleitamento materno e alimentação complementar saudável: estratégia 
ancorada na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, iniciando 
na gestação, considerando-se as vantagens da amamentação para a criança, 
a mãe, a família e a sociedade, bem como a importância de estabelecimento 
de hábitos alimentares saudáveis.
III – Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento 
integral: consiste na vigilância e estímulo do pleno crescimento e 
desenvolvimento da criança, em especial do “Desenvolvimento na Primeira 
Infância (DPI)”, pela atenção básica à saúde, conforme as orientações da 
“Caderneta de Saúde da Criança”, incluindo ações de apoio às famílias para 
o fortalecimento de vínculos familiares.
IV – Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e 
com doenças crônicas: consiste em estratégia para o diagnóstico precoce 
e a qualificação do manejo de doenças prevalentes na infância e ações de 
prevenção de doenças crônicas e de cuidado dos casos diagnosticados, com 
o fomento da atenção e internação domiciliar sempre que possível.
V – Atenção integral à criança em situação de violências, prevenção 
de acidentes e promoção da cultura de paz: consiste em articular um 
conjunto de ações e estratégias da rede de saúde para a prevenção de 
violências, acidentes e promoção da cultura de paz, além de organizar 
metodologias de apoio aos serviços especializados e processos formativos 
para a qualificação da atenção à criança em situação de violência de 
natureza sexual, física e psicológica, negligência e/ou abandono, visando 
à implementação de linhas de cuidado na Rede de Atenção à Saúde e na 
rede de proteção social no território.
VI – Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações 
específicas e de vulnerabilidade: consiste na articulação de um conjunto de 
estratégias intrasetoriais e intersetoriais, para inclusão dessas crianças nas 
redes temáticas de atenção à saúde, mediante a identificação de situação 
de vulnerabilidade e risco de agravos e adoecimento, reconhecendo as 
especificidades deste público para uma atenção resolutiva. 
VII – Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno: consiste na 
contribuição para o monitoramento e investigação da mortalidade infantil 
e fetal e possibilita a avaliação das medidas necessárias para a prevenção de 
óbitos evitáveis (BRASIL, 2015c).
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Unidade III
Vejamos os eixos que foram estruturadosna Pnaisc:
Estratégias
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Atenção humanizada
perinatal e ao recém-nascido Método Canguru
Aleitamento materno e alimentação
complementar
Mulher trabalhadora, IHAC, EAAB,
Rede de BLH, Mobilização Social
Desenvolvimento integral da
primeira infância - DPI
Visita Domiciliar e EAD-DPI;
Brasil Carinhoso; PSE
Crianças com agravo prevalentes e
doenças crônicas
Atenção Integrada a Doenças
Prevalentes na Infância - AIDPI
Prevenção de acidentes, violências
e promoção cultura paz
Linha de cuidado
Situações de violências
Criança com deficiências ou em
situações de vulnerabilidades
Saúde indígena, saúde prisional
situação de rua
Prevenção do óbito infantil Noticação e investigação
Redes de atenção à saúde:
cegonha, pessoa com deficiência, urgência e emergência,
atenção psicossocial e doenças crônicas
Figura 34 
 Observação
O financiamento da Pnaisc é de responsabilidade tripartite (federal, 
estadual e municipal), de acordo com a pactuação nas instâncias colegiadas 
de gestão do SUS.
 Resumo
Nesta unidade, conhecemos os principais programas de atenção à saúde 
da criança: Programa Nacional de Imunização e Programa Nacional de 
Triagem Neonatal e as Políticas Nacionais de Atenção à Saúde da Criança. 
Vimos que o PNI, criado em 18 de setembro de 1973, tem por objetivo 
atender gratuitamente a todos os cidadãos brasileiros com vacinas 
recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. É uma referência 
internacional de política pública de saúde, tendo erradicado doenças como 
a varíola e a poliomielite. 
Estudamos os princípios básicos da imunologia, a história das vacinas 
e os cuidados necessários consoante as recomendações da Rede de Frio do 
Ministério da Saúde. Por conta da extensão territorial do País, o PNI elabora 
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um calendário nacional básico, e os estados e municípios incorporam 
vacinas conforme surtos ou situações especiais.
Já o Programa Nacional de Triagem Neonatal almeja identificar 
distúrbios e doenças no recém-nascido em tempo oportuno para 
intervenção adequada, garantindo tratamento e acompanhamento 
contínuo às pessoas com diagnóstico positivo. Tem o intuito de 
reduzir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida das 
pessoas portadoras das doenças previstas de serem triadas por essa 
política (fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito primário, doenças 
falciformes e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia 
adrenal congênita e deficiência de biotinidase).
Destacamos como deve ser realizado o teste da triagem neonatal, ou 
seja, a técnica para a coleta da triagem neonatal biológica. Conhecemos 
também a estratégia de Assistência Integral das Doenças Prevalentes na 
Infância (AIDPI), que se organiza em três pilares básicos: capacitação de 
recursos humanos, reorganização dos serviços de saúde e educação em 
saúde na família e na comunidade. 
Por fim, acentuamos a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde 
da Criança (Pnaisc), norma com o fito de promover e proteger a saúde da 
criança e o aleitamento materno. 
 Exercícios
Questão 1. (IF-CE 2017) A triagem neonatal, popularmente conhecida como teste do pezinho, 
feita na criança logo após o seu nascimento, possibilita o diagnóstico de certas doenças genéticas, 
endocrinológicas e doenças metabólicas que não apresentam evidências clínicas ao nascimento. São 
doenças diagnosticadas nesse teste, EXCETO: 
A) Doença falciforme e outras hemoglobinopatias.
B) Fenilcetonúria.
C) Hipotireoidismo congênito.
D) Anquiloglossia.
E) Fibrose cística.
Resposta correta: alternativa D.
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Unidade III
Análise das alternativas 
A) Alternativa incorreta. 
Justificativa: o teste do pezinho detecta seis doenças congênitas, dentre elas a doença falciforme e 
outras hemoglobinopatias.
B) Alternativa incorreta. 
Justificativa: o teste do pezinho detecta seis doenças congênitas, dentre elas a fenilcetonúria.
C) Alternativa incorreta. 
Justificativa: o teste do pezinho detecta seis doenças congênitas, dentre elas o hipotireoidismo 
congênito.
D) Alternativa correta. 
Justificativa: anquiloglossia faz parte do protocolo de avaliação do frênulo da língua, sendo uma 
anomalia oral congênita.
E) Alternativa incorreta. 
Justificativa: o teste do pezinho detecta seis doenças congênitas, dentre elas a fibrose cística.
Questão 2. (Nucepe 2014) O Ministério da Saúde divulgou o novo Calendário Básico de Vacinação 
para o Programa Nacional de Imunização (PNI), que traz a seguinte novidade: 
A) Substituição das duas primeiras doses da Vacina Oral contra Poliomielite (VOP) pela Vacina 
Injetável Inativada (VIP) e a introdução da vacina Pentavalente. 
B) Substituição da primeira dose da Vacina Oral contra Poliomielite (VOP) pela Vacina Injetável 
Inativada (VIP). 
C) Apenas introdução da vacina Pentavalente. 
D) Apenas a substituição das duas primeiras doses da Vacina Oral contra Poliomielite (VOP) pela 
Vacina Injetável Inativada (VIP). 
E) Substituição da primeira dose Vacinal Oral contra Poliomielite (VOP) pela Vacina Injetável Inativada 
e introdução da vacina Pentavalente. 
Resolução desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
IBGE. População. Taxas de mortalidade infantil. IBGE, [s.d.]. Disponível em: <http://brasilemsintese.ibge.
gov.br/populacao/taxas-de-mortalidade-infantil.html>. Acesso em: 4 mar. 2018.
Figura 2
FUNDAÇÃO ABRINQ. Cenário da infância e da adolescência no Brasil. São Paulo: Fundação Abrinq, 
2017. p. 10. Disponível em: <http://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/wp-content/uploads/2017/03/
Cenario-2017-PDF.pdf>. Acesso em: 7 mar. 2018.
Figura 3
FUNDAÇÃO ABRINQ. Cenário da infância e da adolescência no Brasil. São Paulo: Fundação Abrinq, 
2017. p. 14. Disponível em: <http://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/wp-content/uploads/2017/03/
Cenario-2017-PDF.pdf>. Acesso em: 7 mar. 2018.
Figura 4
FUNDAÇÃO ABRINQ. Cenário da infância e da adolescência no Brasil. São Paulo: Fundação Abrinq, 
2017. p. 14. Disponível em: <http://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/wp-content/uploads/2017/03/
Cenario-2017-PDF.pdf>. Acesso em: 7 mar. 2018.
Figura 5
IBGE. Uma análise das condições de vida da população brasileira 2014. IBGE, 2014. p. 30. Disponível 
em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv91983.pdf>. Acesso em: 2 mar. 2018.
Figura 6
WAISELFSZ, J. J. Mapa da violência 2016. Homicídios por armas de fogo no Brasil. Flacso Brasil, 2016. p. 
51. Disponível em: <http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2016/Mapa2016_armas_web.pdf>. Acesso 
em: 2 mar. 2018.
Figura 7
BRASIL. Plano Nacional de Saúde (PNS) 2016-2019. Brasília: Ministério da Saúde, 2016b. p. 15. Disponível 
em: <http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2016/docs/PlanoNacionalSaude_2016_2019.pdf>. 
Acesso em: 9 mar. 2018.
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Figura 8
BRASIL. Plano Nacional de Saúde (PNS) 2016-2019. Brasília: Ministério da Saúde, 2016b. p. 17. Disponível 
em: <http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2016/docs/PlanoNacionalSaude_2016_2019.pdf>. 
Acesso em: 9 mar. 2018. 
Figura 9 
BRASIL. Saúde Brasil 2011: uma análise da situação de saúde e a vigilância da saúde da mulher. 
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012a. p. 169. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/saude_brasil_2011.pdf>. Acesso em: 7 mar. 2018.
Figura 10
VICTORA, C. G. et al. Saúde de mães e crianças no Brasil: progressos e desafios. The Lancet, Londres, 
maio 2011. p. 39. Disponível em: <http://www.thelancet.com/pb/assets/raw/Lancet/pdfs/brazil/
brazilpor2.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2018.
Figura 11
VICTORA, C. G. et al. Saúde de mães e crianças no Brasil: progressose desafios. The Lancet, Londres, 
maio 2011. p. 38. Disponível em: <http://www.thelancet.com/pb/assets/raw/Lancet/pdfs/brazil/
brazilpor2.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2018.
Figura 12
TWO-TEEN-GIRLS-IDENTIFY-MACROINVERTEBRATE-725X483.JPG. Disponível em: <https://pixnio.com/free-
images/2016/06/13/two-teen-girls-identify-macroinvertebrate-725x483.jpg>. Acesso em: 10 mar. 2018.
Figura 13
KIND_BEIM_ARZT.JPEG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d4/Kind_
beim_arzt.JPEG>. Acesso em: 9 mar. 2018.
Figura 15
KRUG, E. G. et al. (Ed.). Relatório mundial sobre violência e saúde. Genebra: Organização Mundial da 
Saúde, 2002. In: BRASIL. Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes 
e suas famílias em situação de violências: orientação para gestores e profissionais de saúde. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2010. p. 28. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_
cuidado_criancas_familias_violencias.pdf>. Acesso em: 2 mar. 2018.
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Figura 16
BRASIL. Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em 
situação de violências: orientação para gestores e profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 
2010a. p. 51. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_criancas_
familias_violencias.pdf>. Acesso em: 2 mar. 2018.
Figura 17
BRASIL. Amamentar. In: SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 
1º-7 ago. 2017a. p. 7. Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/agosto/04/
coletiva-amamentacao.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2018.
Figura 18
BRASIL. Amamentar. In: SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 
1º-7 ago. 2017a. p. 7-8. Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/
agosto/04/coletiva-amamentacao.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2018. Adaptada.
Figura 19
GUERRA_VACCINO-OBRIGATEZA%21.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/5/5b/Guerra_Vaccino-Obrigateza%21.jpg>. Acesso em: 7 mar. 2018.
Figura 20
425113652_1280X720.JPG. Disponível em: <http://i.vimeocdn.com/video/425113652_1280x720.jpg>. 
Acesso em: 10 mar. 2018.
Figura 22
A FEBRE amarela e os macacos. Universidade Federal de Goiás, [s.d.]. Disponível em: <https://
hospitalveterinario.evz.ufg.br/n/103416-a-febre-amarela-e-os-macacos?locale=en>. Acesso em: 9 
mar. 2018.
Figura 23 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Manual de Diagnóstico e Tratamento de 
Doenças Falciformes. Brasília: Anvisa, 2003. p. 1. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/anvisa/diagnostico.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2018.
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Figura 24 
BRASIL. Manual da Anemia Falciforme para a População. Brasília: Ministério da Saúde, 2007c. p. 5. 
Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/orientacao/manual_da_
anemia_falciforme_para_a_populacao.pdf>. Acesso em: 9 mar. 2018. 
Figura 25
BRASIL. Manual da Anemia Falciforme para a População. Brasília: Ministério da Saúde, 2007c. p. 6. 
Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/orientacao/manual_da_
anemia_falciforme_para_a_populacao.pdf>. Acesso em: 9 mar. 2018
Figura 26
BRASIL. Manual da Anemia Falciforme para a População. Brasília: Ministério da Saúde, 2007c. p. 9. 
Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/orientacao/manual_da_
anemia_falciforme_para_a_populacao.pdf>. Acesso em: 9 mar. 2018.
Figura 27 
A) BRASIL. Manual da Anemia Falciforme para a População. Brasília: Ministério da Saúde, 2007c. p. 
11. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/orientacao/manual_da_
anemia_falciforme_para_a_populacao.pdf>. Acesso em: 9 mar. 2018.
Figura 27 
B) BRASIL. Manual da Anemia Falciforme para a População. Brasília: Ministério da Saúde, 2007c. p. 
11. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/orientacao/manual_da_
anemia_falciforme_para_a_populacao.pdf>. Acesso em: 9 mar. 2018.
Figura 27 
C) BRASIL. Manual da Anemia Falciforme para a População. Brasília: Ministério da Saúde, 2007c. p. 
11. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/orientacao/manual_da_
anemia_falciforme_para_a_populacao.pdf>. Acesso em: 9 mar. 2018.
Figura 28
BRASIL. Triagem neonatal biológica. Manual Técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2016c. p. 23. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/triagem_neonatal_biologica_manual_
tecnico.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2018. 
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Figura 29
BRASIL. Triagem neonatal biológica. Manual Técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2016c. p. 24. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/triagem_neonatal_biologica_manual_
tecnico.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2018. 
Figura 30 
A) BRASIL. Triagem neonatal biológica. Manual Técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2016c. p. 25. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/triagem_neonatal_biologica_manual_
tecnico.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2018. 
Figura 30
A) BRASIL. Triagem neonatal biológica. Manual Técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2016c. p. 25. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/triagem_neonatal_biologica_manual_
tecnico.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2018. 
Figura 31
BRASIL. Triagem neonatal biológica. Manual Técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2016c. p. 26. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/triagem_neonatal_biologica_manual_
tecnico.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2018. 
Figura 32
BRASIL. Triagem neonatal biológica. Manual Técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2016c. p. 30. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/triagem_neonatal_biologica_manual_
tecnico.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2018. 
Figura 33
MACÊDO, V. C. Atenção integral à saúde da criança: políticas e indicadores de saúde. Recife: Ed. 
Universitária da UFPE, 2016. p. 9. 
Figura 34
MACÊDO, V. C. Atenção integral à saúde da criança: políticas e indicadores de saúde. Recife: Ed. 
Universitária da UFPE, 2016. p. 26. 
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REFERÊNCIAS
Textuais
90% DOS CASOS de violência infantil não são denunciados. Fazer o Bem é Bom, [s.d.] Disponível em: 
<http://fazerobemebom.com.br/violencia-infantil/>. Acesso em: 7 mar. 2018.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Manual de Diagnóstico e Tratamento 
de Doenças Falciformes. Brasília: Anvisa, 2003. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/anvisa/diagnostico.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2018.
ALVES, C. R. L.; MOULIN, Z. S.; SANTOS, L. C. dos. Saúde da criança: crescimento, desenvolvimento e 
alimentação. Nescon, Belo Horizonte, 2012. 131 p. Disponível em: <https://www.nescon.medicina.
ufmg.br/biblioteca/imagem/3998.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2018.
AQUINO, F. M. et al. A produção científica nacional sobre os direitos da criança hospitalizada. Revista 
Eletrônica de Enfermagem, v. 10, n. 3, p. 796-804, 2008. Disponível em: <http://www.fen.ufg.br/
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ARAÚJO, M. F. M. et al. Incentivo ao aleitamento materno no Brasil: evolução do Projeto Carteiro Amigo 
da Amamentação de 1996 a 2002. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, v. 3, n. 2, p. 195-204, abr./jun. 
2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v3n2/a10v03n2.pdf>. Acesso em: 5 mar. 2018.
BARBEIRO, F. M. S. et al. Óbitos fetais no Brasil: revisão sistemática. Revista Saúde Pública, v. 49, n. 22, 
2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v49/pt_0034-8910-rsp-0034-89102015049005568.
pdf>. Acesso em: 7 mar. 2018.
BRASIL. Amamentar. In: SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO 2017. Brasília: Ministério

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