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aula-5-oferta-de-moeda

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Oferta de Moeda 
Exogeneidade 
Endogeneidade absoluta 
Endogeneidade parcial 
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Variável exógena 
  Na teoria macroeconômica, variável exógena 
é aquela cujo nível é fixado pelo governo = 
f( política econômica) => 
não é determinada com o modelo = 
f( comportamento do setor privado no mercado). 
  Na estimação estatística, variável exógena = 
f( variáveis explicativas não observáveis ) => 
arbítrio metodológico = f( objetos de definição, 
pela abrangência do modelo - economia fechada 
ou aberta, com ou sem intervenção do Estado, 
etc.) 
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Oferta de Moeda Exógena 
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Quantidade de Moeda
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Abordagem da exogeneidade da 
oferta de moeda 
  Na abordagem da oferta de moeda exógena, 
desdenha-se o conceito de entesouramento e de 
desentesouramento, segundo critério de atender 
às necessidades da circulação = f( P°, T °, 1/V ° ). 
  Sem o conceito de incerteza, as diversas formas 
de moeda estão sempre em circulação ativa => 
se estão em excesso, segundo a Teoria 
Quantitativa da Moeda, desvalorizarão. 
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Teoria ortodoxa 
  A teoria ortodoxa tem como referência modelo de 
troca que leva a equilíbrio geral, ao qual a 
moeda é acrescentada como variável exógena => 
vista como simples numerário intermediário que 
aumenta a eficiência das trocas face ao escambo 
direto. 
  Para monetarista, oferta de moeda é exógena, 
ou seja, é aquela que as autoridades monetárias 
quiserem => o Banco Central pode e deve 
estabelecer metas para os agregados monetários 
e pode e deve atingi-las => somente a falta de 
"fibra moral" de seus dirigentes impediria isso. 
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Abordagem da moeda endógena 
  Na abordagem da moeda endógena, 
a entrada da moeda em circulação ativa 
depende das necessidades transacionais 
e não de sua oferta potencial. 
  O valor da moeda-mercadoria não depende de 
sua "escassez", em concepção anti-
quantitativista, seja marxista (explicado pela 
teoria do valor-trabalho), seja keynesiana 
(explicado pela teoria dos preços e não da 
moeda). 
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Críticas à noção de 
oferta de moeda exógena 
1. oferta da moeda creditícia = f( contratos de 
crédito e/ou de vendas a prazo) => não pode 
ser independente da demanda de crédito = 
“serviço financeiro sob encomenda”. 
2. empréstimos (que criam depósitos) = 
f( decisões de mutuantes e mutuários) => 
críticas ao automatismo e à causalidade do 
modelo de multiplicador X discricionariedade. 
3. acomodacionismo em última instância = 
f( risco de crise sistêmica): Bancos Centrais dão 
assistência de liquidez aos bancos comerciais; 
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Críticas à noção de 
oferta de moeda exógena 
4. Bancos Centrais tentam controlar o estoque de 
moeda, indiretamente, através de 
fixação da taxa de juros de referência; 
5. reação político-social contra o controle 
absoluto da quantidade da moeda => 
custo da recessão e falências 
(inclusive de instituições financeiras); 
6. administração dos passivos (inovação 
financeira) => bancos são capazes de acomodar 
variações na demanda por crédito => sem o 
custo punitivo do redesconto e a fiscalização do 
Banco Central. 
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Endogeneidade Absoluta da 
Oferta da Moeda 
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Quantidade de Moeda
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Posição "horizontalista” 
  Posição 
"horizontalista” 
(Basil Moore): 
a oferta de moeda, 
em amplo sentido, 
é não somente 
derivada do crédito, 
mas também 
plenamente 
determinada por sua 
demanda. 
  Hipóteses: 
1. para bancos 
individuais, 
a quantidade efetiva de 
oferta de crédito é 
variável não-
discricionária; 
2. as autoridades 
monetárias estão 
destinadas a acomodar 
plenamente a oferta de 
base monetária 
baseada em sua 
demanda. 
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“Formadores de preços" e 
"tomadores de quantidade" 
  Saque a descoberto: linha de crédito pré-compromissado, 
garantido pelos bancos a seus clientes = 
prova do caráter não-discricionário desta variável. 
  Nos sistemas financeiros modernos, os bancos não podem 
modificar, por sua própria iniciativa, o volume de crédito a 
pagar = f( decisões unilaterais dos tomadores de 
empréstimos, dentro do limite pré-estabelecido, 
devido à existência do saque a descoberto em 
“cheques especiais” ou cartões de crédito). 
  Bancos são formadores de preços (price setters) e 
tomadores de quantidade (quantity takers), na relação 
com seus clientes, no mercado de varejo e atacadista X 
não no mercado interbancário 
e na relação com o Banco Central. 
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Endogeneidade absoluta da 
oferta da moeda 
1. caráter não-discricionário 
(após a fixação dos 
juros e do compromisso 
de crédito) do volume 
efetivo dos empréstimos 
bancários concedidos, 
 
2. capacidade do Banco 
Central fixar somente 
a taxa de juros básica 
de referência. 
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Endogeneidade Parcial da 
Oferta da Moeda 
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Quantidade de Moeda
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Corrente pós-keynesiana 
fundamentalista 
  Outra corrente pós-keynesiana (fundamentalista): 
a curva de oferta de moeda não é horizontal, mesmo se 
todos depósitos criados retornem ao sistema bancário = 
f( bancos estão preocupados com os crescentes graus 
de exposição, ou suas relações de alavancagem ) 
  Mesmo que os bancos não sejam estritamente restritos 
pela quantidade de moeda, suas disposições para fazer 
empréstimos devem ser uma função de suas disposições 
de assumirem posições ilíquidas, nos ativos = 
f( 1. estado de expectativas em longo prazo, face à 
lucratividade; 2. posições de balanços dos bancos; 
3. preferências de portfolios do público; 
4. políticas do Banco Central ) 
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Fundamentalistas 
  As Autoridades Monetárias possuem alguma 
capacidade de controlar os agregados monetários. 
  Para desempenhar suas tarefas institucionais, tendem a 
acomodar a oferta de moeda à demanda por ela, 
evitando largas flutuações nas taxas de juros = 
f( grandes flutuações: 
1. aumentariam a instabilidade financeira, 
2. romperiam a eficiência dos mercados, 
3. induziriam formas de inovação financeira, 
reduzindo os controles das autoridades monetárias 
sobre esses mercados, 
4. a produção e o emprego cairiam dramaticamente ) 
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Mark-up flexíveis 
  Grau de inclinação da 
oferta de moeda = 
f( política discricionária do 
Banco Central + variação 
do spread bancário ) = 
f( risco do credor ) 
 
  Se os mark-up dos bancos 
são flexíveis, então não faz 
sentido representar uma 
curva de oferta de moeda 
como horizontal. 
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Dúvidas quanto à 
representação gráfica 
  sem independência 
estatística? 
  estática 
(dado corte temporal) 
ou dinâmica? 
  só moeda-creditícia? 
  bancos ou 
Banco Central? 
  ex-ante ou ex-post? 
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Micro versus Macro 
  discricionaridade ex-ante dos bancos individuais e 
passividade ex-post do sistema bancário. 
  maior parte dos empréstimos bancários = 
f( promessas de empréstimos previamente negociadas) = 
f( taxa de juros prefixada ). 
  Sem automatismo: esta decisão microeconômica 
depende também 1. de avaliação do projeto, 
2. do perfil do risco do tomador, 3. das garantias 
oferecidas, 4. do próprio grau de exposição e 
risco de credor; logo, os bancos, ativamente, 
escolhem em que mercados entrar e disputar. 
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Fuga do controle da 
oferta de moeda 
  fuga do controle da oferta de moeda: 
1. administração de ativos e passivos, 2. mercado 
interbancário e 3. internacionalização dos 
mercados financeiros e dos próprios bancos => 
cobertura de exigências de maiores reservas = 
f( passivos criados pelos empréstimos). 
  criação de quase-moeda = f( para banco: 
passivo para fugir do redesconto [juros punitivos] 
e do compulsório [custo não remunerado] + 
para o público não-bancário: 
ativofacilmente transformável de 
recebedor de juros em transferível por cheque ) 
=> conciliação de interesses entre banco e cliente 
fora da regulação do Banco Central. 
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Argumento básico 
  Sob o ponto de vista do 
sistema bancário, 
a quantidade total de 
moeda creditícia 
efetivamente ofertada 
(resultante ex-post das 
múltiplas decisões 
particulares) 
deve ser vista como 
endogenamente 
determinada pela 
demanda. 
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