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Sequencias Didaticas II - gabarito

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Prévia do material em texto

PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO 
1 
Conto de Fadas: sugestão para os 6º e 7º anos 
 
Pequetito 
 
 Era uma vez um casal que só depois de muito esperar e pedir aos deuses conseguiu ter um filho. O 
menino nasceu com saúde e era bem bonito, mas nunca cresceu, e por isso recebeu o nome de Pequetito. 
 Quando chegou a hora de mandá-lo conhecer o mundo, seus pais lhe deram uma agulha para lhe 
servir de espada, uma cuia de comer arroz para ser seu barco e um par de palitos para fazer as vezes de 
remos. 
 Assim equipado, Pequetito partiu, navegando até a capital, Quioto, onde foi ter ao casarão de uma 
família que se encantou com ele e o convidou para morar ali. 
 Um dia Pequetito viajou com a filha de seus anfitriões, uma linda jovem que gostava muito dele. No 
caminho um ogro os atacou, dizendo que queria raptar a moça. ―Primeiro vai ter que lutar comigo!‖, o 
corajoso rapaz exclamou, brandindo a agulha. 
 O ogro riu, agarrou-o e sem perda de tempo o engoliu. 
 Lá no estômago do ogro, Pequetito o espetou tanto com sua agulha que o malvado papão o cuspiu 
fora. Assim que se viu livre, o moço lhe furou os olhos com a agulha. O ogro gritou de dor e correu, 
deixando cair um pequeno objeto de metal. ―É um martelo mágico que realiza desejos‖, a jovem explicou. 
―Então me dê uma martelada, para ver se me faz crescer‖, o rapaz falou. A filha de seus anfitriões lhe 
martelou a cabeça com toda a força... e Pequetito se transformou num samurai alto e garboso, com quem ela 
logo se casou. 
Livro: Volta ao mundo em 52 histórias. Narração de Neil Philip. Ilustração de Nilesh Mistry. 2ª edição. 2010 
 
Atividades 
1. Com relação ao gênero e a sua estruturação, responda: 
a) Qual é o gênero textual? (H. 1.1) Conto Maravilhoso/de fadas. 
b) Qual é o tipo discursivo? (H. 6.8) Narrativo. 
c) Qual é o domínio discursivo desse gênero? (H. 1.12) Literário. 
d) Qual é a sua finalidade/função sócio-comunicativa/para que serve/objetivo? (H. 1.7) Narrar/ contar uma 
história que traz um ensinamento. 
e) Quais são as principais características? (H. 8.1) Começa com “Era uma vez...”, os fatos acontecem no 
passado, tempo impreciso, narrador observador, o herói se distancia do lar. 
f) Qual é o público-alvo desse texto? (H. 1.8) Crianças e Jovens. 
2. Qual é o tema e o assunto do texto? (H. 3.3) Coragem / Um menino que não cresceu fisicamente e 
com atos de coragem consegue realizar seu desejo tornando-se um grande homem. 
 
3. O que Pequetito recebeu antes de viajar pelo mundo? (H. 3.4) Uma agulha, uma cuia e um par de 
palitos. 
 
4. Por que motivo ele recebeu esses objetos? (H. 26.5) Porque ele era muito pequeno e precisava de 
uma espada, um barco e remos para a viagem. Os pais deram esses objetos porque seriam mais 
adequados para seu tamanho. 
 
5. Em que país e época se passa a história? (H. 3.5) Através da cidade de Quioto, citada na linha 6, 
podemos inferir que a história se passa no Japão. No texto fala ―... navegando até a capital, 
Quioto...‖, sabemos que atualmente a capital do Japão é Tóquio, então ao realizar uma pesquisa (que 
pode ser sugerida aos alunos) encontramos a época: por volta de 1942, quando Quioto ainda era a 
capital do Japão. 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO 
2 
6. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque: (H. 4.1) 
a) ―Um dia Pequetito viajou com a filha de seus anfitriões...‖ (l. 8) Indivíduo que recebe pessoas ou as 
convida para vários eventos em sua própria casa. 
b) ―... o corajoso rapaz exclamou, brandindo a agulha.‖ (l. 9,10) Agitar na ou com a mão uma espada. 
c) ―...se transformou num samurai alto e garboso...‖ (l. 16) Elegante, distinto. 
 
7. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato: (H. 9.2) 
a) ( F ) ―O menino nasceu com saúde...‖ (l.2) 
b) ( O ) ―...e era bem bonito‖ (l.2) 
c) ( F ) ―... um ogro os atacou...‖ (l.9) 
d) ( F ) ―... o moço lhe furou os olhos com a agulha.‖ (l.13) 
e) ( O ) ―... uma linda jovem que gostava...‖ (l.8) 
8. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo: (H. 8.4) 
a) ―... depois de muito esperar e pedir aos deuses conseguiu ter um filho.‖ (l.1) tempo / adição. 
b) ―... nasceu com saúde e era bem bonito...‖ (l.2) intensidade. 
c) ―... mas nunca cresceu, e por isso recebeu o nome de Pequetito.‖ (l.2) oposição / explicação. 
d) ―Quando chegou a hora de mandá-lo conhecer o mundo...‖ (l.3) tempo. 
e) ―... um par de palitos para fazer as vezes de remos.‖ (l.4) finalidade. 
f) ―...onde foi ter ao casarão...‖ (l.6) lugar. 
g) ―... o convidou para morar ali.‖ (l.7) lugar. 
h) ―Pequetito o espetou tanto com sua agulha...‖ (l.12) intensidade. 
i) ―Então me dê uma martelada...‖ (l.15) conclusão. 
j) ―... com quem ela logo se casou.‖ (l.16,17) conclusão. 
 
9. Qual a consequência para Pequetito ao derrotar o ogro? (H. 26.5) Tomar posse de um martelo 
mágico que o transformaria em um samurai alto e garboso. 
 
10. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem: (H. 8.6) 
a) ―Quando chegou a hora de mandá-lo conhecer o mundo...‖ (l.3) Pequetito. 
b) ―... seus pais lhe deram uma agulha...‖ (l.3) Pequetito. 
c) ―... uma cuia de comer arroz para ser seu barco...‖ (l.4) Pequetito. 
d) ―... uma família que se encantou com ele...‖ (l.7) Família / Pequetito. 
e) ―... uma linda jovem que gostava muito dele.‖ (l.8) a filha dos anfitriões / Pequetito. 
f) ―No caminho um ogro os atacou...‖ (l.8,9) a filha dos anfitriões e Pequetito. 
g) ―... dizendo que queria raptar a moça.‖ (l.9) a filha dos anfitriões. 
h) ―... o corajoso rapaz exclamou...‖ (l.10) Pequetito. 
i) ―... Pequetito o espetou tanto com sua agulha que o malvado papão o cuspiu...‖ (l.12) o ogro / o ogro / 
Pequetito. 
 
 
 
 
 
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO 
3 
11. Analise as situações abaixo: 
a) Se a personagem da história fosse do gênero feminino, como ficaria esta frase: ―O menino nasceu com 
saúde e era bem bonito...‖, por quê? (H. 23.0) ―A menina nasceu com saúde e era bem bonita...‖, porque 
o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo. 
b) ―No caminho um ogro os atacou, dizendo que queria raptar a moça.‖ Essa frase apresenta ações narradas 
no passado, como ficaria se fosse narrada no presente do indicativo? (H. 22.0) No caminho um ogro os 
ataca, dizendo que quer raptar a moça. 
 
12. Qual é o conflito gerador do enredo? (H. 8.1) O fato de Pequetito ter saído de casa para conhecer o 
mundo. 
 
13. Das informações abaixo, relativas ao texto, qual é a principal? (H. 3.1) 
a) ―O menino nasceu com saúde e era bem bonito...‖ (l.10) 
b) ―No caminho um ogro os atacou...‖ (l.8,9) 
c) ―Pequetito se transformou num samurai alto e garboso...‖ (l.16) 
d) ―O ogro gritou de dor e correu...‖ (l.13) 
 
14. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor: (H. 24.4) 
a) ―Primeiro vai ter que lutar comigo!‖ – Aspas: Indicar a fala no discurso direto. 
 Exclamação: Coragem, bravura. 
 
b) ―A filha de seus anfitriões lhe martelou a cabeça com toda a força...‖ Reticências: Continuidade. 
 
Produção Inicial 
O conto que você acabou de estudar se parece com algum outro que você já tenha lido ou que alguém 
já tenha contado a história para você? Professor aproveite esse momento para explorar bastante o 
conhecimento prévio de seus alunos, o conto a que nos referimos é o Pequeno Polegar. Como pode haver 
alguém na turma que não conheça a história, sugerimos que você pesquise a história e até mesmo leve 
para a sala de aula, leia com os alunos e façam juntos um paralelo das partes parecidas, do que foi 
modificado pelo autor para atender as realidades do seu país. A história original é bem maior e pode ser 
encontrada neste site: http://historiasinfantilparacriancas.blogspot.com.br/2011/06/o-pequeno-
polegar.html. Sugerimos também que seja passado o filme do Pequeno Polegar ou para complementar,se 
você achar necessário, ou no lugar de levar o conto. 
Bom, agora é sua vez de usar a criatividade! Escolha um Conto Maravilhoso que você conheça bem a 
história e faça como o autor. Reconte, de acordo com sua realidade, mas prevalecendo a essência e as 
características do conto escolhido. Não se esqueça do título! (H.8.10) 
Você pode sugerir aos alunos os seguintes contos: 
 Bela Adormecida 
 Branca de Neve e os sete anões. 
 Peter Pan 
 A Bela e a Fera 
 O gato de botas 
 Pinóquio 
 O Patinho feio, etc. 
 
Pode ainda limitar a quantidade de linhas, decidir se os contos serão colocados em um mural. O 
importante lembrar é que essa é apenas uma produção inicial, muitos alunos podem não produzir o conto 
com todas as características, não tem problema. O principal aqui professor é que você perceba o que eles 
ainda não dominam no conto (exemplo: tempo verbal, características das personagens, a utilização do Era 
uma vez, etc.) para reforçar nos próximos. 
 
http://historiasinfantilparacriancas.blogspot.com.br/2011/06/o-pequeno-polegar.html
http://historiasinfantilparacriancas.blogspot.com.br/2011/06/o-pequeno-polegar.html
 
 
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO 
4 
O príncipe adormecido 
 
 Era uma vez um rei que tinha uma filha que era toda a sua alegria e, quando precisou partir para a 
guerra, ficou muito preocupado com a princesa. Percebendo sua aflição, ela lhe disse: ―Vá em paz, meu pai, 
e volte em paz. Estarei aqui, esperando por você‖. 
 Depois que o rei partiu, a princesa passava os dias junto à janela, bordando um lenço para ele. Uma 
tarde uma águia dourada se aproximou da janela e falou: ―Borde, Alteza! Há de se casar com um morto‖. 
 ―O que quer dizer com isso?‖, ela perguntou, espantada. 
 ―Monte em meu dorso e saberá‖, a águia respondeu, carregando-a para um lugar muito distante, onde 
a deixou perto de um poço. 
 A princesa desceu no poço e lá no fundo encontrou um príncipe que jazia na cama, tendo a seu lado 
uma placa: ―Se tiver piedade de mim, vele-me por três meses, três semanas e três dias. Quando eu espirrar, 
diga: ―Deus o abençoe e lhe dê longa vida!‖. Então acordarei e me casarei com você‖. 
 A princesa sentou à cabeceira do jovem e velou-o por três meses e três semanas. Todos os dias, ao 
despertar, encontrava uma bandeja de comida e água, mas nunca via ninguém. 
 Certa manhã escutou uma moça perguntando: ―Quem precisa de empregada?‖. 
 Mais que depressa, chamou-a: ―Ei, olhe para baixo!‖. Como a jovem parecia bondosa, contratou seus 
serviços e lhe contou tudo sobre o príncipe adormecido. 
 As duas passaram o dia conversando, e à noite a moça falou: ―Agora vá dormir. Ficarei velando e, se 
ele espirrar, eu a acordarei‖. 
 Assim que a princesa adormeceu, o rapaz espirrou, e a criada pronunciou as palavras decisivas: 
―Deus o abençoe e lhe dê longa vida!‖. 
 O jovem acordou e abraçou, não cabendo em si de felicidade. 
 ―Você me libertou de um encantamento e será minha esposa.‖ Pouco depois viu a princesa dormindo 
no chão e perguntou: ―Quem é?‖. 
 ―É minha empregada‖, a moça explicou. 
 ―Deixe a coitadinha dormir em paz e, de manhã, mande-a cuidar dos gansos.‖ 
 Quando a princesa despertou, a criada lhe disse: ―O príncipe acordou e falou que quer se casar 
comigo e que de hoje em diante você tem que cuidar dos gansos‖. 
 Naquela tarde o rapaz reuniu as duas e perguntou a cada uma delas que presente gostaria de ganhar. 
―Uma coroa de diamantes‖, a empregada declarou. ―A pedra do moinho da paciência, a corda do carrasco e 
o facão do açougueiro‖, respondeu a princesa. 
 O príncipe lhes deu o que queriam e logo mais, à noite, passou perto do quarto da guardadora de 
gansos e ouviu a pobrezinha contando seus infortúnios aos objetos que ganhara. 
 ―O que devo fazer?‖, ela perguntou a cada um, no fim do relato. 
 ―Tenha paciência‖, a pedra do moinho respondeu. 
 ―Corte a garganta‖, o facão sugeriu. 
 ―Enforque-se!‖, aconselhou a corda. 
 Nesse momento o príncipe entrou correndo no quarto. ―Não faça nada disso!‖, gritou. ―Você é minha 
verdadeira noiva, e a outra moça não passa de uma mentirosa. É ela que deve morrer na forca!‖ 
 ―Não‖, a princesa falou. ―Ela quis me prejudicar, mas deixe-a ir embora. Apenas me leve para a casa 
de meu pai e se case comigo‖. 
 
Livro: Volta ao mundo em 52 histórias. Narração de Neil Philip. Ilustração de Nilesh Mistry. 2ª edição. 2010 
 
Sugestão de Análise do Texto 
Compare as respostas 
1. O professor apresenta questões sobre o texto, a serem respondidas, individualmente, por escrito; 
2. O professor solicita a dois alunos que leiam, em voz alta, as suas respostas; 
3. O professor solicita a um terceiro aluno aponte os elementos (ideias, informações) comuns e os 
diferentes nas respostas dos dois colegas. 
 
 
 
 
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO 
5 
Observações 
 O professor poderá dar continuidade as etapas dois e três, com as mesmas questões, ou a toda 
dinâmica, apresentando outras questões; 
 Professor e alunos poderão comentar a experiência, observando contribuições e manifestando 
percepções pessoais. 
 
1. Qual é o tema e o assunto do texto? (H. 3.3) Bondade x Ambição / Uma princesa que vai atrás de um 
príncipe adormecido em um poço e por descuido acaba vítima de uma empregada ambiciosa. 
 
2. Por que a princesa saiu da casa de seu pai? (H. 3.4) Porque uma águia dourada disse à princesa que 
ela se casaria com um morto e a levou até o lugar onde o se encontrava o príncipe. 
 
3. O que a princesa fazia para passar os seus dias? (H. 3.4) A princesa passava os seus dias bordando 
um lenço. 
 
4. A princesa cumpriu a promessa que fez ao seu pai quando ele foi para a guerra? Justifique. (H. 3.5) 
Não. Porque ela montou no dorso da águia que a levou para um lugar bem distante, desobedecendo 
assim o seu pai, pois afirmou que estaria esperando por ele quando voltasse. 
 
5. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque: (H. 4.1) 
a) ―Monte em meu dorso e saberá...‖ (l. 7) Costas de homens ou animais. 
b) ―... encontrou um príncipe que jazia na cama...‖ (l. 9) Estar deitado no chão ou na cama, estar morto. 
c) ―... ouviu a pobrezinha contando seus infortúnios...‖ (l. 32) insucesso, desventura, resultado infeliz. 
 
6. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato: (H. 9.2) 
a) ( F ) ―... a princesa passava os dias junto à janela...‖ (l.4) 
b) ( O ) ―... ficou muito preocupado com a princesa.‖ (l.2) 
c) ( F ) ―... velou-o por três meses e três semanas.‖ (l.12) 
d) ( O ) ―Como a jovem parecia bondosa...‖ (l.15) 
e) ( O ) ―Deixe a coitadinha dormir em paz...‖ (l.25) 
 
7. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo: (H. 8.4) 
a) ―... quando precisou partir para a guerra...‖ (l.1) tempo 
b) ―... uma águia dourada se aproximou da janela e falou:‖ (l.5) adição 
c) ―... onde a deixou perto de um poço.‖ (l.7,8) lugar 
d) ―... lá no fundo encontrou um príncipe...‖ (l.9) lugar 
e) ―... se tiver piedade de mim...‖ (l.10) condição 
f) ―... então acordarei e me casarei com você.‖ (l.11) conclusão / adição 
g) ―... mas nunca via ninguém.‖ (l.13) oposição 
h) ―... como a jovem parecia bondosa...‖ (l.15) causa 
i) ―... pouco depois viu a princesa...‖ (l.22) tempo 
j) ―... ficou muito preocupado com a princesa.‖ (l.2) intensidade 
k) ―Apenas me leve para casa...‖ (l.39) exclusão 
 
 
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO 
6 
8. Qual foi a consequência para princesa por ter saído de perto do príncipe e dormido? (H. 26.5) a 
princesa passou a cuidar dos gansos, pois quem disse as palavras mágicas quebrando assim o 
encantamento e acordando o príncipe, foi a empregada. 
 
9. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem: (H. 8.6) 
a) ―Estarei aqui esperando por você...‖ (l.3) rei 
b) ―... ela perguntou, espantada.‖ (l.6) princesa 
c) ―... tendo a seu lado uma placa:‖ (l.9,10)príncipe 
d) ―Deus o abençoe e lhe dê longa vida!‖ (l.11) príncipe / príncipe 
e) ―... mande-a cuidar dos gansos.‖ (l.25) princesa 
f) ―O príncipe acordou e falou que quer se casar comigo...‖ (l.26,27) empregada 
g) ―O príncipe lhes deu o que queriam...‖ (l.31) princesa e empregada 
h) ―É ela que deve morrer na forca.‖ empregada 
 
10. Analise as situações abaixo: 
a) Se a personagem da história fosse do gênero masculino, como ficaria esta frase: ―A princesa desceu à 
cabeceira do jovem e velou-o por três meses...‖ por quê? (H. 23.0) ―O príncipe desceu à cabeceira da 
jovem e velou-a por três meses...‖, porque o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo. 
b) Neste trecho a seguir, ―A princesa desceu no poço e lá no fundo encontrou um príncipe que jazia na 
cama, tendo a seu lado uma placa:‖ (l.9,10), encontram-se ações ocorridas no passado, se mudássemos 
para o presente do indicativo, sofreria alteração? Como ficaria a frase? (H. 22.0) Sim. ―A princesa desce 
no poço e lá no fundo encontra um príncipe que jaz na cama, tendo a seu lado uma placa:‖ 
 
11. Qual é o conflito gerador do enredo? (H. 8.1) O fato de a princesa ter saído de casa no dorso da águia 
e ter ficado por três meses e três semanas no poço velando o príncipe adormecido. 
 
12. Das informações abaixo, relativas ao texto, qual é a principal? (H. 3.1) 
a) ―... a princesa passava os dias junto à janela, bordando um lenço para ele‖. (l. 4) 
b) ―... a princesa desceu no poço e lá no fundo encontrou um príncipe que jazia na cama...‖ (l. 9) 
c) ―... o jovem acordou e abraçou, não cabendo em si de felicidade.‖ (l. 21) 
d) ―... o príncipe lhes deu o que queriam...‖ (l. 31) 
 
13. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor: (H. 24.4) 
a) ―Agora vá dormir. Ficarei velando e, se ele espirrar, eu a acordarei‖ (l. 17, 18) Aspas: Indicar a fala no 
discurso direto. 
b) ―Não faça nada disso! (l. 37) Exclamação: Espanto, medo. 
c) ―O que devo fazer?‖ (l. 33) Interrogação: Dúvida. 
 
 
 
` 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO 
7 
A alma e o coração da baleia 
 
 Era uma vez um corvo muito bobo e convencido que voou para bem longe e foi parar no mar. 
Exausto de tanto bater as asas, procurou um lugar para descansar, mas não avistou nenhum pedaço de terra 
no meio de toda aquela água. ―Vou morrer afogado‖, suspirou, já sem forças para continuar voando. 
 Nesse exato momento uma enorme baleia subiu à tona, e o corvo, sem pensar duas vezes, mergulhou 
naquela bocarra aberta. 
 Foi parar na barriga da baleia, onde, para seu espanto, deparou-se com uma casa muito limpa e 
confortável, bem iluminada e quentinha. 
 Uma jovem estava sentada na cama, segurando uma lanterna. ―Fique à vontade‖, disse ela 
amavelmente. ―Mas, por favor, nunca toque em minha lanterna.‖ O corvo, feliz da vida, prometeu que 
jamais faria tal coisa. 
 A moça parecia inquieta. A todo instante se levantava, ia até a porta e voltava a sentar na cama. 
―Algum problema?‖, o corvo perguntou. ―Não...‖, ela respondeu. ―É só a vida... A vida e o ar que se 
respira.‖ 
 O corvo estava morrendo de curiosidade. Assim, quando a jovem foi até a porta, resolveu tocar na 
lanterna para ver o que acontecia. E aconteceu que a moça caiu estatelada na sua frente e a luz se apagou. 
 O mal estava feito. A casa ficou fria e escura, o cheiro de gordura e sangue deixou o corvo enjoado. 
Inutilmente ele procurou a porta para sair dali e, cada vez mais nervoso, começou a se coçar de tal modo que 
arrancou todas as penas. ―Agora é que vou morrer congelado‖, choramingou, tremendo até os ossos. 
 A moça era a alma da baleia, que a impelia para a porta toda vez que enchia os pulmões de ar. Seu 
coração era a lanterna acesa. 
 Quando o corvo a tocou, a chama se extinguiu. Agora a baleia estava morta e guardava em seu 
interior o pássaro intrometido. 
 Depois de muito chorar e pensar, o corvo finalmente conseguiu sair das escuras entranhas e sentou 
no dorso daquele imenso defunto. 
 Ensebado, sujo, depenado, era uma tristíssima figura. 
 A baleia morta ficou flutuando no mar até que desabou uma tempestade e as ondas a empurraram 
para a praia. Quando a chuva parou, alguns pescadores saíram para trabalhar e viram a baleia. O corvo 
também os viu e se transformou num homenzinho feio e estropiado. 
 Então, em vez de confessar que se intrometera onde não fora chamado e destruíra algo de belo que 
não conseguira compreender, pôs-se a gritar: ―Eu matei a baleia! Matei a baleia!‖. E assim se tornou um 
grande homem entre seus pares. 
 
Livro: Volta ao mundo em 52 histórias. Narração de Neil Philip. Ilustração de Nilesh Mistry. 2ª edição. 2010 
 
Sugestão de Análise do Texto 
 
Troquem as respostas 
1. O professor apresenta questões sobre o texto, a serem respondidas por escrito, após discussão pelos 
alunos, em dupla; 
2. Após as respostas, o professor solicita que as duplas que estejam próximas troquem os cadernos (ou 
folhas) em que responderam; 
3. O professor indica as duplas que irão apresentar (ler, ou explicar, ou comentar) as respostas que 
receberam dos colegas após a troca. 
 
Observações 
 As duplas serão formadas, naturalmente, pelos alunos que estiverem próximos; 
 Caberá ao professor na etapa 3, indicar apenas a leitura ou também a explicação ou comentário 
(crítica, apreciação pessoal, das respostas) 
 O professor poderá comentar as respostas apresentadas pelos alunos. 
 Professor e alunos poderão comentar as experiências, observando contribuições à aprendizagem e 
manifestando percepções pessoais. 
 
 
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO 
8 
Atividades 
1. Qual é o tema e o assunto do texto? (H. 3.3) Desobediência e curiosidade / Um corvo que quebra a 
promessa de não tocar em uma lanterna que existia dentro de uma baleia e por isso, causa a morte 
dela. 
 
2. Por que o corvo estava exausto? (H. 3.4) Porque ele bateu muito as asas quando voou para bem 
longe. 
 
3. Onde e como o corvo encontrou abrigo? (H. 3.4) O corvo encontrou abrigo na barriga de uma baleia 
quando ela subiu à tona, mergulhando dentro da boca dela. 
 
4. O corvo cumpriu a promessa que fez à moça de jamais tocar em sua lanterna? Justifique. (H. 3.5) 
Não. Porque devido à curiosidade dele em tocar na lanterna ele quebrou a promessa que fez à moça. 
 
5. O que aconteceu com o corvo depois que ele tocou na lanterna? (H. 3.4) Ele ficou nervoso e enjoado 
por causa do cheiro de sangue e gordura que saía da barriga da baleia, começou a se coçar e arrancou 
todas as suas penas. 
 
6. Qual a relação que existe entre a moça e a baleia? (H. 3.5) Podemos dizer que provavelmente exista 
uma relação de dependência, pois a moça era a alma da baleia e, portanto uma não existiria sem a 
outra. 
 
7. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque: (H. 4.1) 
a) ―... mergulhou naquela bocarra aberta.‖ (l.5) boca enorme, muito aberta, boqueirão. 
b) ―... caiu estatelada na sua frente...‖ (l.15) atirar-se ao chão, estendida no solo. 
c) ―... ensebado, sujo, depenado...‖ (l.25) untado com sebo ou gordura. 
d) ―... transformou num homenzinho feio e estropiado.‖ (l.28) mutilado, cansado, aleijado. 
 
8. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato: (H. 9.2) 
a) ( O ) ―...um corvo muito bobo e convencido que voou para bem longe...‖ (l.1) 
b) ( F ) ―foi parar na barriga da baleia...‖ (l.6) 
c) ( F ) ―uma jovem estava sentada na cama...‖ (l.8) 
d) ( O ) ―...transformou num homenzinho feio...‖ (l.28) 
e) ( O ) ―...sentou no dorso daquele imenso defunto...‖ (l.23,24) 
f) ( F ) ―...alguns pescadores saíram para trabalhar...‖ (l.27) 
g) ( O ) ―... uma casa muito limpa e confortável...‖ (l.6,7) 
9. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo: (H. 8.4) 
a) ―... mas não avistou nenhum pedaço de terra...‖ (l.2) adversidade. 
b) ―foi parar na barriga da baleia, onde, para seu espanto, deparou-se...‖(l.6) lugar. 
c) ―...bem iluminada e quentinha...‖ (l.7) intensidade / adição. 
d) ―...disse a ela amavelmente...‖ (l.8,9) modo. 
e) ―...quando a jovem foi até a porta...‖ (l.14) tempo. 
f) ―...ele procurou a porta para sair dali e, cada vez mais nervoso...‖ (l.17) finalidade / lugar. 
 
 
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9 
g) ―...então, em vez de confessar que se intrometera...‖ (l.29) conclusão. 
 
10. Qual foi a consequência para o corvo depois de ter tocado na lanterna? (H. 26.5) Ele se transformou 
em um homenzinho feio e estropiado. 
 
11. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem: (H. 8.6) 
a) ―... deparou-se com uma casa...‖ (l.6) o corvo. 
b) ―... disse ela amavelmente...‖ (l.8,9) a jovem, a moça. 
c) ―... prometeu que jamais faria tal coisa...‖ (l.9,10) tocar na lanterna. 
d) ―a todo instante se levantava...‖ (l.11) a moça. 
e) ―... ele procurou a porta para sair...‖ (l.17) o corvo. 
f) ―quando o corvo a tocou...‖ (l.21) a lanterna. 
g) ―... as ondas a empurraram para a praia.‖ (l.26,27) a baleia. 
h) ―o corvo também os viu e se transformou...‖ (l.27,28) os pescadores. 
 
12. Analise a frase abaixo: (H.23.0) 
Se a personagem da história fosse do gênero feminino, como ficaria esta frase: ―Ensebado, sujo, 
depenado, era uma tristíssima figura...‖ (l.25) por quê? ―Ensebada, suja, depenada, era uma tristíssima 
figura...‖, porque o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo. 
 
13. Qual é o conflito gerador do enredo? (H.8.1) O fato de o corvo ter voado para longe, ter entrado na 
barriga da baleia e ter tocado na lanterna. 
 
14. Das informações abaixo, relativas ao texto, qual é a principal? (H. 3.1) 
a) ―... um corvo muito bobo e convencido que voou para bem longe‖. (l.1) 
b) ―... uma enorme baleia que subiu à tona...‖ (l. 4) 
c) ―...uma jovem sentada na cama, segurando uma lanterna...‖ (l. 8) 
d) ―...a casa ficou fria e escura...‖ (l. 16) 
 
15. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor: (H. 24.4) 
a) ―Vou morrer afogado.‖ (l.3) Aspas: Indicar a fala no discurso direto. 
b) ―Não...‖ (l.12) Reticências: continuidade. 
c) ―É só a vida...‖ Reticências: (l.12) continuidade. 
d) ―Eu matei a baleia!‖ (l.30) Exclamação: aflição, desespero. 
 
16. No trecho ―... seu coração era a lanterna‖. (l.19,20) encontra-se: (H. 4.2) 
a) Uma personificação 
b) Uma metáfora 
c) Uma ironia 
d) A suavização de uma idéia 
 
17. Que sentido o autor quis ressaltar com o uso do diminutivo na frase ―...bem iluminada e quentinha‖ 
e na frase ―...se transformou em um homenzinho feio...‖ (H. 8.7) Na primeira frase dá a sensação de 
que é um ambiente agradável, provavelmente confortável. Na segunda frase é utilizado no sentido 
pejorativo o que provoca uma sensação de estranhamento à figura de um homem provavelmente 
pequeno e feio. 
 
 
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10 
Produção Final 
No último conto, A alma e o coração da baleia, o autor utiliza a metáfora para ligar partes da baleia a 
objetos inanimados. O uso dessa figura da linguagem dá ao texto muita expressividade e beleza. 
Elabore um conto onde um animal, assim como no texto anterior, também possua características ligadas 
às partes do seu corpo e a objetos inanimados. Utilize toda a sua criatividade! Você é capaz. 
Não se esqueça do título! (H. 3.11) 
Neste momento, professor, não se esqueça de rever com seus alunos a estrutura do gênero e a 
coerência/ coesão textual. É importante estimular a criatividade deles e você pode até dar algumas 
sugestões como, por exemplo: um cachorro onde cada parte do seu corpo é uma ferramenta e o coração é 
um parafuso com uma porca que não pode ser afrouxada, senão ele morre. 
Sugerimos também passar o filme ou contar a história de O mágico de Oz que tem como 
personagens, entre outros, um espantalho que quer ter um cérebro e um homem de lata que quer ter um 
coração. Que na verdade é o oposto da ação do conto anterior. Reflita com os alunos as semelhanças e 
diferenças entre esses dois contos de fadas (A alma e o coração da baleia e O mágico de Oz). 
 
Ao começar a trabalhar com a Sequência do Conto de Fadas, você já pode pedir aos alunos para fazer 
a leitura de alguns contos de fadas famosos (de acordo com a disponibilidade da biblioteca de sua 
escola) e depois fazer o Dia do Reconto (H. 8.9) para a própria sala, ou entre as turmas de mesmo ano de 
escolaridade, ou até para toda a escola. Se na escola tiver um professor de Literatura, você pode fazer 
uma parceria com ele e até com o de Educação Física para quem sabe fazer uma teatralização dos Contos 
de Fadas que os alunos leram. Tenho certeza de que será um momento muito especial para todos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conto de Horror: sugestão para os 8º e 9º anos 
 
Silêncio 
Escuta – disse o demônio, pousando a mão sobre a minha cabeça. – O país de que te falo é um país 
lúgubre, na Líbia, às margens do rio Zaire. E ali não há repouso nem silêncio. As águas do rio, amarelas e 
insalubres, não correm para o mar, mas palpitam sempre sob o olhar ardente do Sol, com um movimento 
convulsivo. De cada lado do rio, sobre as margens lodosas, estende-se ao longe um deserto sombrio de 
gigantescos nenúfares, que suspiram na solidão, erguendo para o céu os longos pescoços espectrais e meneando 
tristemente as cabeças sempiternas. E do meio deles sai um sussurro confuso, semelhante ao murmúrio de uma 
torrente subterrânea. E os nenúfares, voltados uns para os outros, suspiram na solidão. [...] 
Era noite e a chuva caía enquanto caía, era água, mas quando chegava ao chão era sangue! E eu estava na 
planície lodosa, por entre os nenúfares, vendo a chuva que caía sobre mim. E os nenúfares voltados uns para os 
outros suspiram na solenidade da sua desolação. 
De repente apareceu a lua através do nevoeiro fúnebre vinha toda carmesim! E o meu olhar caiu sobre um 
rochedo enorme, sombrio, que se erguia a borda do Zaire, refletindo a claridade da lua; era um rochedo sombrio 
sinistro de uma altura descomunal! 
Sobre o seu cume estavam gravadas algumas letras. Caminhei através dos pântanos de nenúfares, até a 
margem para ler as letras gravadas na pedra; mas não pude decifrá-las. Ia voltar quando a lua brilhou mais viva e 
mais vermelha; olhando outra vez para o rochedo distingui só caracteres. E esses caracteres diziam: desolação. 
Levantei os olhos; na crista do rochedo estava um homem de figura majestosa. Pendia-lhe dos ombros a 
antiga toga romana, cobrindo-se até aos pés. Os contornos da sua pessoa não se distinguiam, mas as feições eram 
as da divindade porque brilhavam através da escuridão da noite a do nevoeiro. Tinha a fronte alta e pensativa, os 
olhos profundos e melancólicos. Nas rugas do semblante, liam-se as legendas da desgraça e da fadiga o 
aborrecimento da humanidade e o amor da solidão. Escondi-me no meio dos nenúfares para ver o que aquele 
homem fazia ali. 
E o homem assentou-se no rochedo, deixou pender a cabeça sobre a mão e espraiou a vista pela soledade, 
contemplou os arbustos buliçosos e as grandes árvores primitivas; depois, ergueu os olhos para o céu e para a lua 
carmesim. Eu observava as ações do homem escondido no meio dos nenúfares e o homem tremia na solidão. 
Todavia a noite avançava e ele continuava assentado sobre o rochedo. [...] 
Então invoquei os elementos e uma tempestade horrorosa sobreveio. E o céu tornou-se lívido pela 
violência da tempestade e a chuva caía em torrente sobre a cabeça do homem e as ondas do rio transbordavam e 
o rio espumava enfurecido e os nenúfares suspiravam com mais força, e a floresta debatia-se com o vento, e o 
trovão ribombava e os raios flamejavam, e o rochedo estremecia. 
Irritei-me e amaldiçoei a tempestade, o rio e os nenúfares, o ventoe a floresta, o céu e o trovão. E na 
minha maldição os elementos emudeceram e a lua parou na sua carreira, e o trovão expirou e o raio deixou de 
faiscar, e as nuvens ficaram imóveis e as águas tornaram a repousar no seu imenso leito, e as árvores cessaram de 
se agitar, e os nenúfares não suspiraram mais e na floresta não se tornou a ouvir o mínimo murmúrio, nem a 
sombra de um som no vasto deserto sem limites. Olhei para os caracteres escritos no rochedo e os caracteres 
diziam agora: Silêncio. 
Volvi outra vez os olhos para o homem, e o seu rosto estava pálido de terror. De repente, levantou a 
cabeça, ergueu-se sobre o rochedo e pôs o ouvido à escuta. Mas não se ouviu nem uma voz no deserto ilimitado. 
E os caracteres gravados no rochedo diziam sempre: Silêncio. E o homem estremeceu e fugiu e para tão longe 
fugiu que jamais o tornei a ver. [...] 
Mas jamais se ouviu uma história tão espantosa como esta! Foi o demônio que me contou, assentado ao 
um lado, na solidão do túmulo. Quando acabou de falar, desatou a rir e como não pudesse rir com ele, 
amaldiçoou-me. Então o lince, que vive eternamente no túmulo, saiu do seu esconderijo e veio deitar-se aos pés 
do demônio, olhando-o fixamente nas pupilas. 
Edgar Allan Poe 
 
 
 
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12 
Atividades 
1. Com relação ao gênero e a sua estruturação, responda: 
a) Qual é o gênero textual? (H. 1.1) Conto de Terror. 
b) Qual é o tipo discursivo? (H. 6.8) Narrativo. 
c) Qual é o domínio discursivo desse gênero? (H. 1.12) Literário. 
d) Qual é a sua finalidade/função sócio-comunicativa/para que serve/objetivo? (H. 1.7) Assustar o leitor 
para que este evite adotar certas condutas ou determinado atos. 
e) Quais são as principais características? (H. 8.1) Se desenvolve em lugares distantes, os ambientes 
retratados são sombrios, noturnos, macabros, mórbidos, povoados por indivíduos melancólicos, 
pessimistas, sem perspectivas, decadentes. As personagens entregam-se a todo tipo de vícios e 
apresentam, geralmente, narrador-protagonista. 
f) Qual é o público-alvo desse texto? (H. 1.8) Jovens e Adultos. 
 
2. Qual é o tema e o assunto do texto? (H. 3.3) Desolação x Silêncio / Um lugar que antes da maldição 
do demônio era de desolação, sofrimento e depois passou a ser calmo, e totalmente silencioso. 
 
3. Onde e quando acontece a história? (H. 3.4) Na Líbia, às margens do rio Zaire, durante a noite. 
 
4. Como o autor descreve o cenário? (H. 10.2) Um lugar onde não há repouso nem silêncio. As águas 
do rio, amarelas e insalubres, não correm para o mar, mas palpitam sempre sob o olhar ardente do 
Sol, com um movimento convulsivo. De cada lado do rio, sobre as margens lodosas, estende-se ao 
longe um deserto sombrio de gigantescos nenúfares, que suspiram na solidão, erguendo para o céu os 
longos pescoços espectrais e meneando tristemente as cabeças sempiternas. 
 
5. A que ou quem se pode atribuir a imagem ou figura representada pelo personagem do homem? 
(H 1.13) Possivelmente a um anjo ou a Deus, pela descrição feita no texto: ―Os contornos da sua pessoa 
não se distinguiam, mas as feições eram as da divindade porque brilhavam através da escuridão da noite 
a do nevoeiro‖. 
 
6. O que provavelmente levou o demônio a se enfurecer? (H 3.5) Ver a imagem ou a figura de um 
homem calmo, majestoso, sentado em um rochedo, em meio ao tormento e a desolação. 
 
7. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque: (H. 4.1) 
a) ―...deserto sombrio de gigantescos nenúfares...‖ (l. 4,5) plantas ninfeáceas de belas flores (parecida com 
uma vitória-régia) 
b) ―...erguendo para o céu os longos pescoços espectrais...‖ (l. 5) Que tem o caráter de um espectro, de um 
fantasma . 
c) ―...meneando tristemente as cabeças sempiternas.‖ (l. 6) movendo / que não tem princípio e nem fim. 
d) ―...vinha toda carmesim...‖ (l. 11) cor vermelha muito viva. 
e) ―...a antiga toga romana, cobrindo-se até aos pés...‖ (l. 19) manto de lã. 
f) ―...espraiou a vista pela soledade...‖ (l. 24,25) estendeu, divagou / lugar deserto, sem habitantes. 
g) ―...E o céu tornou-se lívido...‖ (l. 28) pálido. 
h) ―...deixou pender a cabeça sobre a mão...‖ (l. 24) inclinar. 
 
 
 
 
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6. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato: (H. 9.2) 
a) ( F ) ―...ali não há repouso nem silêncio.‖ (l. 2) 
b) ( F ) ―Sobre o seu cume estavam gravadas algumas letras...‖ (l. 14) 
c) ( F ) ―Caminhei através dos pântanos de nenúfares...‖ (l. 14) 
d) ( O ) ―Tinha a fronte alta e pensativa, os olhos profundos...‖ (l. 20) 
e) ( F ) ―Escondi-me no meio dos nenúfares...‖ (l. 21,22) 
f) ( O ) ―...contemplou os arbustos buliçosos e as grandes árvores...‖ (l. 25) 
g) ( F ) ―...invoquei os elementos e uma tempestade...‖ (l. 28) 
h) ( F ) ―...ele continuava assentado sobre o rochedo...‖ (l. 27) 
15. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo: (H. 8.4) 
a) ―...ali não há repouso nem silêncio.‖ (l. 2) lugar. 
b) ―...mas palpitavam sempre...‖ (l. 3) oposição. 
c) ―...e chuva caía enquanto caía...‖ (l. 8) adição / tempo. 
d) ―...para ler as letras gravadas na pedra...‖ (l. 15) finalidade. 
e) ―...a lua brilhou mais viva e mais vermelha...‖ (l. 15,16) intensidade. 
f) ―...porque brilhavam através da escuridão da noite...‖ (l. 20) explicação. 
g) ―Todavia a noite avançava...‖ (l. 27) oposição. 
h) ―Então invoquei os elementos...‖ (l. 28) conclusão. 
i) ―...nem a sombra de um som no vasto deserto sem limites.‖ (l. 36) adição. 
j) ―Quando acabou de falar, desatou a rir...‖ (l. 43) tempo. 
 
8. Qual a consequência da invocação dos elementos feita pelo demônio? (H. 26.5) Aconteceu um caos 
e depois houve um silêncio profundo, inimaginável. 
9. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem: (H. 8.6) 
a) ―E do meio deles sai um sussurro confuso...‖ (l. 6) nenúfares. 
b) ―...que se erguia a borda do Zaire...‖ (l. 12) rochedo. 
c) ―Sobre o seu cume estavam gravadas...‖ (l. 14) rochedo. 
d) ―...mas não pude decifrá-las.‖ (l. 14) letras. 
e) ―Pendia-lhe dos ombros...‖ (l. 18,19) o homem. 
f) ―...eram as da divindade...‖ (l. 20) feições. 
g) ―...espantosa como esta...‖ (l. 42) história. 
h) ―...como não pudesse rir com ele...‖ (l. 43) demônio. 
i) ―...saiu de seu esconderijo...‖ (l. 44) lince. 
j) ―...olhando-o fixamente...‖ (l. 45) demônio. 
k) ―...ele continuava assentado sobre o rochedo...‖ (l. 27) o homem. 
 
 
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10. Quem são as personagens e quais características podemos atribuir a cada uma delas? (H. 8.1) Os 
personagens são o Demônio e o Homem. As características estão subentendidas pela ação das 
personagens e o conhecimento prévio que cada aluno traz sobre essas personagens, não há uma 
formulação pronta, os alunos podem debater o que cada um acha. 
 
11. Das informações abaixo, relativas ao texto, qual é a principal? (H. 3.1) 
a) ―As águas do rio... palpitam sempre sob o olhar ardente do Sol...‖ (l. 2,3) 
b) ―Era noite e a chuva caía...‖ (l. 8) 
c) ―E o homem assentou-se no rochedo...‖ (l. 24) 
d) ―Então invoquei os elementos e uma tempestade horrorosa sobreveio...‖ (l. 28) 
 
12. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor: (H 24.4) 
a) ―... – disse o demônio, pousando a mão sobre a minha cabeça. –...‖ Travessão: explicitar a fala do 
narrador. 
b) ―... mas quando chegava ao chão era sangue!‖ Exclamação: expressar horror. 
―... suspiram na solidão. [...]‖ Colchetes com reticências: para mostrar ao leitor que havia mais 
informação, mais um pedaço do texto que foi retirado propositalmente por quem publicou o texto. 
c) ―E esses caracteres diziam:‖ Dois pontos: introduz uma palavra de caráter explicativo. 
 
13. Explique o uso da letra maiúscula da palavra em destaque, ―a borda do Zaire...‖: (H. 8.7) porque se 
utiliza letra maiúscula emnomes próprios, no caso em destaque, é o nome do rio. 
 
Produção Inicial 
Apresentamos a seguir o início de dois contos de escritores brasileiros. Leia-os e escolha um deles para 
dar continuidade à narrativa. Não se esqueça de que se trata de um Conto de Terror, sendo assim, é preciso 
despertar sentimentos aterrorizantes no leitor. Mãos a obra! Os fragmentos não contém título, use sua 
criatividade para escrever um título bem original! (H.8.10) 
 
a) 
 
 
 
 
 
 
 
b) 
 
 
 
 
 
Professor, nesse momento aproveite para relembrar com seus alunos as características do conto de terror 
e atenção: é uma produção inicial, eles provavelmente não dominam o gênero ainda e podem cometer 
alguns erros. Aproveite para analisar a ortografia e a coerência/coesão. Não se esqueça de verificar o que 
eles ainda não dominam para nos contos a seguir você trabalhar sistematicamente. 
 Eles estão do lado de fora, sabem que estou aqui, já verifiquei todas as entradas dúzias de vezes, eles não podem 
entrar com as barreiras que eu coloquei, os observo pela janela sem que eles percebam, um deles percebe meu vulto pela 
janela, mas não demonstra nenhuma reação, eles sabem que não tem para onde eu ir, sabem que estou preso na minha 
própria armadilha, é uma questão de tempo para eles vencerem e tempo é o que eles mais têm. 
Corro pela casa, deve haver alguma saída! Nos filmes sempre há um saída... 
 
http://mscontos.blogspot.com.br/2010/10/casa-amarela.html 
 Ouvi primeiro o ruído de cascos pisando a grama, mas continuei deitado de bruços na esteira que havia estendido 
ao lado da barraca. Senti nitidamente o cheiro acre, muito próximo. Virei-me devagar, abri os olhos. O cavalo erguia-se 
interminável à minha frente. Em cima dele havia uma espingarda apontada para mim e atrás da espingarda um velhinho de 
chapéu de palha, que disse logo o seguinte: [...] 
 
 (Wander Pirolli. ―Crítica da razão pura‖. In: Ítalo Moriconi, org. Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.) 
 
 
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15 
Sugestão de Leitura do Texto 
 
Por ser um texto longo e complexo, sugerimos que você professor, trabalhe com os alunos através do 
texto fatiado. Divida o texto por parágrafos ou a cada três parágrafos, da maneira que achar melhor. 
Dependendo do número de alunos na turma entregue as ―fatias‖ para cada aluno ou para um grupo de X 
alunos. 
No primeiro momento, se for individual, cada um lê silenciosamente, se for em grupo, o grupo elege um 
que leia para todos, ou você pode disponibilizar várias cópias iguais por grupo. Após a leitura, peça que cada 
aluno ou um por grupo sintetize o que diz na sua ―fatia‖. Em seguida, a sala discute e vai aos pouco 
elegendo e refletindo qual seria a primeira parte do texto, a segunda e por aí vai. 
No segundo momento, leia para os alunos com fluência o texto e dando o tom de terror que o mesmo 
possui. 
 
O coração delator 
É verdade! Nervoso, muito, muito nervoso mesmo eu estive e estou; mas por que você vai dizer que 
estou louco? A doença exacerbou meus sentidos, não os destruiu, não os embotou. Mais que os outros estava 
aguçado o sentido da audição. Ouvi todas as coisas no céu e na terra. Ouvi muitas coisas no inferno. Como 
então posso estar louco? Preste atenção! E observe com que sanidade, com que calma, posso lhe contar toda 
a história. 
É impossível saber como a ideia penetrou pela primeira vez no meu cérebro, mas, uma vez 
concebida, ela me atormentou dia e noite. Objetivo não havia. Paixão não havia. Eu gostava do velho. Ele 
nunca me fez mal. Ele nunca me insultou. Seu ouro eu não desejava. Acho que era seu olho! É, era isso! Um 
de seus olhos parecia o de um abutre - um olho azul claro coberto por um véu. Sempre que caía sobre mim o 
meu sangue gelava, e então pouco a pouco, bem devagar, tomei a decisão de tirar a vida do velho, e com 
isso me livrar do olho, para sempre. 
Agora esse é o ponto. O senhor acha que sou louco. Homens loucos de nada sabem. Mas deveria ter-
me visto. Deveria ter visto com que sensatez eu agi — com que precaução —, com que prudência, com que 
dissimulação, pus mãos à obra! Nunca fui tão gentil com o velho como durante toda a semana antes de matá-
lo. E todas as noites, por volta de meia-noite, eu girava o trinco da sua porta e a abria, ah, com tanta 
delicadeza! E então, quando tinha conseguido uma abertura suficiente para minha cabeça, punha lá dentro 
uma lanterna furta-fogo bem fechada, fechada para que nenhuma luz brilhasse, e então eu passava a cabeça. 
Ah! O senhor teria rido se visse com que habilidade eu a passava. Eu a movia devagar, muito, muito 
devagar, para não perturbar o sono do velho. Levava uma hora para passar a cabeça toda pela abertura, o 
mais à frente possível, para que pudesse vê-lo deitado em sua cama. Aha! Teria um louco sido assim tão 
esperto? E então, quando minha cabeça estava bem dentro do quarto, eu abria a lanterna com cuidado — 
ah!, com tanto cuidado! —, com cuidado (porque a dobradiça rangia), eu a abria só o suficiente para que um 
raiozinho fino de luz caísse sobre o olho do abutre. E fiz isso por sete longas noites, todas as noites à meia-
noite em ponto, mas eu sempre encontrava o olho fechado, e então era impossível fazer o trabalho, porque 
não era o velho que me exasperava, e sim seu Olho Maligno. E todas as manhãs, quando o dia raiava, eu 
entrava corajosamente no quarto e falava com ele cheio de coragem, chamando-o pelo nome em tom cordial 
e perguntando como tinha passado a noite. Então, o senhor vê que ele teria que ter sido, na verdade, um 
velho muito astuto, para suspeitar que todas as noites, à meia-noite em ponto, eu o observava enquanto 
dormia. 
Na oitava noite, eu tomei um cuidado ainda maior ao abrir a porta. O ponteiro de minutos de um 
relógio se move mais depressa do que então a minha mão. Nunca antes daquela noite eu sentira a extensão 
de meus próprios poderes, de minha sagacidade. Eu mal conseguia conter meu sentimento de triunfo. Pensar 
que lá estava eu, abrindo pouco a pouco a porta, e ele sequer suspeitava de meus atos ou pensamentos 
secretos. Cheguei a rir com essa ideia, e ele talvez tenha ouvido, porque de repente se mexeu na cama como 
num sobressalto. Agora o senhor pode pensar que eu recuei — mas não. Seu quarto estava preto como breu 
com aquela escuridão espessa (porque as venezianas estavam bem fechadas, de medo de ladrões) e então eu 
soube que ele não poderia ver a porta sendo aberta e continuei a empurrá-la mais, e mais. 
Minha cabeça estava dentro e eu quase abrindo a lanterna quando meu polegar deslizou sobre a lingueta de 
metal e o velho deu um pulo na cama, gritando: 
 
 
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16 
— Quem está aí? 
Fiquei imóvel e em silêncio. Por uma hora inteira não movi um músculo, e durante esse tempo não o 
ouvi se deitar. Ele continuava sentado na cama, ouvindo bem como eu havia feito noite após noite prestando 
atenção aos relógios fúnebres na parede. 
Nesse instante, ouvi um leve gemido, e eu soube que era o gemido do terror mortal. Não era um 
gemido de dor ou de tristeza — ah, não! era o som fraco e abafado que sobe do fundo da alma quando 
sobrecarregada de terror. Eu conhecia bem aquele som. Muitas noites, à meia-noite em ponto, ele brotara de 
meu próprio peito, aprofundando, com seu eco pavoroso, os terrores que me perturbavam. Digo que os 
conhecia bem. Eu sabia o que sentia o velho e me apiedava dele embora risse por dentro. Eu sabia que ele 
estivera desperto, desde o primeiro barulhinho, quando se virara na cama. Seus medos foram desde então 
crescendo dentro dele. Ele estivera tentando fazer de conta que eram infundados, mas não conseguira. 
Dissera consigo mesmo: "Isto não passa do vento na chaminé; é apenas um camundongo andando pelo 
chão", ou "É só um grilo cricrilando um pouco". É, ele estivera tentando confortar-secom tais suposições; 
mas descobrira ser tudo em vão. Tudo em vão, porque a Morte ao se aproximar o atacara de frente com sua 
sombra negra e com ela envolvera a vítima. E a fúnebre influência da despercebida sombra fizera com que 
sentisse, ainda que não visse ou ouvisse, sentisse a presença da minha cabeça dentro do quarto. 
Quando já havia esperado por muito tempo e com muita paciência sem ouvi-lo se deitar, decidi abrir 
uma fenda — uma fenda muito, muito pequena na lanterna. Então eu a abri — o senhor não pode imaginar 
com que gestos furtivos, tão furtivos — até que afinal um único raio pálido como o fio da aranha brotou da 
fenda e caiu sobre o olho do abutre. 
Ele estava aberto, muito, muito aberto, e fui ficando furioso enquanto o fitava. Eu o vi com perfeita 
clareza - todo de um azul fosco e coberto por um véu medonho que enregelou até a medula dos meus ossos, 
mas era tudo o que eu podia ver do rosto ou do corpo do velho, pois dirigira o raio, como por instinto, 
exatamente para o ponto maldito. 
E agora, eu não lhe disse que aquilo que o senhor tomou por loucura não passava de hiperagudeza 
dos sentidos? Agora, repito, chegou a meus ouvidos um ruído baixo, surdo e rápido, algo como faz um 
relógio quando envolto em algodão. Eu também conhecia bem aquele som. Eram as batidas do coração do 
velho. Aquilo aumentou a minha fúria, como o bater do tambor instiga a coragem do soldado. 
Mas mesmo então eu me contive e continuei imóvel. Quase não respirava. Segurava imóvel a 
lanterna. Tentei ao máximo possível manter o raio sobre o olho. Enquanto isso, aumentava o diabólico 
tamborilar do coração. Ficava a cada instante mais e mais rápido, mais e mais alto. O terror do velho deve 
ter sido extremo. Ficava mais alto, estou dizendo, mais alto a cada instante! — está me entendendo? Eu lhe 
disse que estou nervoso: estou mesmo. E agora, altas horas da noite, em meio ao silêncio pavoroso dessa 
casa velha, um ruído tão estranho quanto esse me levou ao terror incontrolável. Ainda assim por mais alguns 
minutos me contive e continuei imóvel. Mas as batidas ficaram mais altas, mais altas! Achei que o coração 
iria explodir. E agora uma nova ansiedade tomava conta de mim — o som seria ouvido por um vizinho! 
Chegara a hora do velho! Com um berro, abri por completo a lanterna e saltei para dentro do quarto. Ele deu 
um grito agudo — um só. Num instante, arrastei-o para o chão e derrubei sobre ele a cama pesada. Então 
sorri contente, ao ver meu ato tão adiantado. Mas por muitos minutos o coração bateu com um som 
amortecido. Aquilo, entretanto, não me exasperou; não seria ouvido através da parede. Por fim, cessou. O 
velho estava morto. Afastei a cama e examinei o cadáver. É, estava morto, bem morto. Pus a mão sobre seu 
coração e a mantive ali por muitos minutos. Não havia pulsação. Ele estava bem morto. Seu olho não me 
perturbaria mais. 
Se ainda me acha louco, não mais pensará assim quando eu descrever as sensatas precauções que 
tomei para ocultar o corpo. A noite avançava, e trabalhei depressa, mas em silêncio. Antes de tudo 
desmembrei o cadáver. Separei a cabeça, os braços e as pernas. 
Arranquei três tábuas do assoalho do quarto e depositei tudo entre as vigas. Recoloquei então as 
pranchas com tanta habilidade e astúcia que nenhum olho humano — nem mesmo o dele — poderia detectar 
algo de errado. Nada havia a ser lavado — nenhuma mancha de qualquer tipo — nenhuma marca de sangue. 
Eu fora muito cauteloso. Uma tina absorvera tudo - ha! ha! 
Quando terminei todo aquele trabalho, eram quatro horas — ainda tão escuro quanto à meia-noite. 
Quando o sino deu as horas, houve uma batida à porta da rua. Desci para abrir com o coração leve — pois o 
que tinha agora a temer? Entraram três homens, que se apresentaram, com perfeita suavidade, como oficiais 
 
 
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17 
de polícia. Um grito fora ouvido por um vizinho durante a noite; suspeitas de traição haviam sido 
levantadas; uma queixa fora apresentada à delegacia e eles (os policiais) haviam sido encarregados de 
examinar o local. 
Sorri — pois o que tinha a temer? Dei as boas-vindas aos senhores. O grito, disse, fora meu, num 
sonho. O velho, mencionei, estava fora, no campo. Acompanhei minhas visitas por toda a casa. Incentivei-os 
a procurar — procurar bem. Levei-os, por fim, ao quarto dele. Mostrei-lhes seus tesouros, seguro, 
imperturbável. No entusiasmo de minha confiança, levei cadeiras para o quarto e convidei-os para ali 
descansarem de seus afazeres, enquanto eu mesmo, na louca audácia de um triunfo perfeito, instalei minha 
própria cadeira exatamente no ponto sob o qual repousava o cadáver da vítima. 
Os oficiais estavam satisfeitos. Meus modos os haviam convencido. Eu estava bastante à vontade. 
Sentaram-se e, enquanto eu respondia animado, falaram de coisas familiares. Mas, pouco depois, senti que 
empalidecia e desejei que se fossem. Minha cabeça doía e me parecia sentir um zumbido nos ouvidos; mas 
eles continuavam sentados e continuavam a falar. O zumbido ficou mais claro — continuava e ficava mais 
claro: falei com mais vivacidade para me livrar da sensação: mas ela continuou e se instalou — até que, 
afinal, descobri que o barulho não estava dentro de meus ouvidos. 
Sem dúvida agora fiquei muito pálido; mas falei com mais fluência, e em voz mais alta. Mas o som 
crescia - e o que eu podia fazer? Era um som baixo, surdo, rápido — muito parecido com o som que faz um 
relógio quando envolto em algodão. Arfei em busca de ar, e os policiais ainda não o ouviam. Falei mais 
depressa, com mais intensidade, mas o barulho continuava a crescer. Levantei-me e discuti sobre ninharias, 
num tom alto e gesticulando com ênfase; mas o barulho continuava a crescer. Por que eles não podiam ir 
embora? Andei de um lado para outro a passos largos e pesados, como se me enfurecessem as observações 
dos homens, mas o barulho continuava a crescer. Ai meu Deus! O que eu poderia fazer? Espumei — 
vociferei — xinguei! Sacudi a cadeira na qual estivera sentado e arrastei-a pelas tábuas, mas o barulho 
abafava tudo e continuava a crescer. Ficou mais alto — mais alto — mais alto! E os homens ainda 
conversavam animadamente, e sorriam. Seria possível que não ouvissem? Deus Todo-Poderoso! — não, 
não? Eles ouviam! — eles suspeitavam! — eles sabiam! - Eles estavam zombando do meu horror! — Assim 
pensei e assim penso. Mas qualquer coisa seria melhor do que essa agonia! Qualquer coisa seria mais 
tolerável do que esse escárnio. Eu não poderia suportar por mais tempo aqueles sorrisos hipócritas! Senti 
que precisava gritar ou morrer! — e agora — de novo — ouça! mais alto! mais alto! mais alto! mais alto! 
— Miseráveis! — berrei — Não disfarcem mais! Admito o que fiz! Levantem as pranchas! — aqui, 
aqui! — são as batidas do horrendo coração! 
Edgar Allan Poe 
 
Sugestão de Análise do Texto 
Explique o que foi lido 
1. O professor solicita a um aluno que, consultando o texto lido, escolha um trecho e leia em voz alta; 
2. O professor solicita a um segundo aluno que, sem recorrer à leitura do texto, explique, da maneira 
mais clara possível, as ideias ou informações do trecho lido pelo colega. Este aluno, se quiser, 
poderá, também, usar exemplos ou escrever esquemas no quadro de giz, ou fechar desenhos de 
figuras ou sinais, ou ainda, usar objetos como apoio à sua explicação. 
 
Observações 
 A dinâmica poderá ter continuidade com a leitura de um novo trecho; 
 Professor e alunos poderão comentar a experiência, observando contribuições à aprendizagem e 
manifestando percepções pessoais. 
 
Atividades 
1. Qual é o tema e o assunto do texto? (H. 3.3) O bem X o mal / O assassinato hediondo e premeditado 
de um velho por seu ―anfitrião‖. 
 
2. Onde e quando acontece o crime? (H. 3.4) No quarto da vítima (velho) durante a madrugada. 
 
 
 
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18 
3. Noprincípio, como autor se sente e descreve seus atos? (H. 3.5) Apesar de agitado, o autor insiste 
em provar que está apenas doente, mas não louco. Ele nos descreve seus atos de forma minuciosa. 
 
4. Quais argumentos o autor utiliza para provar a sua sanidade mental? (H. 12.1) O aguçamento de seus 
sentidos, a sua sabedoria ao planejar o crime, a sua precaução para não ser descoberto e sua 
dissimulação. 
 
5. Há pertinência entre o título e as ações ocorridas na história? Justifique: (H. 3.8) Sim, porque o autor 
atribui a princípio o som das batidas ao coração de sua vítima, mas, ao final da história, revela que as 
batidas eram do seu próprio coração. 
 
6. Com base na frase ―... a doença exacerbou meus sentidos...‖ (l. 2) e na temática do conto narrado, 
qual doença possivelmente o autor se refere? (H. 3.5) O autor se refere provavelmente a 
esquizofrenia ou alguma doença semelhante. 
 
7. Qual a consequência para o homem do crime que ele cometeu? (H. 26.5) A partir do final do conto, 
podemos inferir que o autor pagará pelo seu crime, por ter confessado e terá uma mente culpada, 
levando-o, a quem sabe, um estado de loucura total. 
 
8. Quem são as personagens? Cite uma característica que você atribuiria a cada uma delas. (H. 8.1) O 
velho/vítima e o homem/assassino/autor. Podemos atribuir ao primeiro personagem a característica 
de vulnerável e ao segundo, dissimulado. (Pode haver respostas diferentes, desde que não fuja ao 
tema e assunto do texto). 
 
9. Qual o conflito gerador da história? (H. 8.1) O olho do velho, porque é motivador da maldade do 
homem/autor. Os olhos representam para o assassino as forças ocultas do mundo e, ao mesmo tempo, 
a consciência de sua própria mortalidade e o medo da morte e de sua loucura. 
10. Por que o homem demorou sete dias para finalmente matar o velho? (H. 3.5) Porque apesar de ir toda 
noite ao quarto da vítima e fazer o mesmo ―ritual‖, sempre a encontrava dormindo e por esse motivo 
não poderia matá-la, pois o que incomodava não era a vítima e sim seus olhos abertos. 
 
11. O que motivou o homem a cometer o crime? (H. 8.1) De acordo com o relato do o narrador, ele e o 
velho não tinham qualquer problema de relacionamento, mas demonstra se divertir com o desespero 
do velho na cama e se satisfazer com a ideia do assassinato. Por isso, podemos entender que o 
homem foi motivado apenas pela maldade, pela realização pessoal e não por defesa ou vingança 
como é comum entre os assassinatos. 
 
12. O narrador acredita ter cometido um crime ―perfeito‖ e nos chama a atenção para os detalhes de 
forma a nos induzir a acreditar nos fatos narrados. Você concorda com o pensamento do autor a 
respeito do crime? Justifique. (H. 6.13) Resposta Pessoal. Mas podemos inferir, a partir de dois fatos 
que o crime não foi perfeito: o barulho que o homem faz ao deslizar o polegar pela lingueta de metal 
e por confessar o crime no final. 
 
13. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque: (H. 4.1) 
a) ―...não os destruiu, não os embotou‖. (l. 2) enfraqueceu. 
b) ―...extensão de meus próprios poderes, de minha sagacidade‖. (l. 31,32) perspicácia. 
c) ―...deslizou sobre a lingueta de metal...‖ (l. 38,39) peça móvel de fechadura. 
d) ―...Ele estivera tentando fazer de conta que eram infundados...‖ (l. 50) sem fundamentos. 
e) ―...o senhor não pode imaginar com que gestos furtivos...‖ (l. 57,58) dissimulados ou disfarçados. 
 
 
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f) ―...um véu medonho que enregelou até a medula...‖ (l. 61) congelou ou resfriou. 
g) ―...como faz um relógio quando envolto em algodão...‖ (l. 65,66) embrulhado. 
h) ―...uma tina absorvera tudo...‖ (l. 89) recipiente ou vasilha. 
i) ―...arfei em busca de ar...‖ (l. 110) respirei com dificuldade. 
j) ―...levantei-me e discuti sobre ninharias...‖ (l. 111) coisa sem valor. 
k) ―...espumei – vociferei – xinguei...‖ (l. 114,115) reclamei. 
l) ―...seria mais tolerável do que esse escárnio...‖ (l. 119,120) desprezo. 
 
14. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato: (H. 9.2) 
a) ( F ) ―...ouvi todas as coisas no céu e na terra.‖ (l. 3) 
b) ( F ) ―...levava uma hora para passar a cabeça toda pela abertura.‖ (l. 19) 
c) ( O ) ―...seus olhos parecia o de um abutre - um olho azul claro.‖ (l. 9) 
d) ( O ) ―...eu soube que era o gemido do terror mortal. Não era um gemido de dor ou de tristeza.‖ (l. 44,45) 
e) ( O ) ―...um ruído tão estranho quanto esse me levou ao terror incontrolável.‖ (l. 73) 
f) ( F ) ―...afastei a cama e examinei o cadáver.‖ (l. 80) 
15. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo: (H. 8.4) 
a) ―...nervoso, muito, muito nervoso mesmo...‖ (l. 1) intensidade. 
b) ―...e com isso me livrar do olho...‖ (l. 10,11) adição. 
c) ―...mas deveria ter-me visto...‖ (l. 12,13) adição. 
d) ―...quando tinha conseguido uma abertura suficiente para minha cabeça...‖ (l. 16) tempo. 
e) ―...punha lá dentro uma lanterna...‖ (l. 16,17) lugar. 
f) ―...então sorri contente, ao ver meu ato tão adiantado...‖ (l. 77,78) conclusão. 
g) ―...eu entrava corajosamente no quarto...‖ (l. 25,26) modo. 
h) ―...seu quarto estava preto como breu...‖ (l. 35) comparação. 
i) ―...o mais à frente possível, para que pudesse vê-lo deitado em sua cama...‖ (l. 19,20) finalidade. 
j) ―...e ele talvez tenha ouvido, porque de repente se mexeu na cama...‖ (l. 34) explicação. 
 
16. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem: (H. 8.6) 
a) ―...não os destruiu, não os embotou‖. (l. 2) sentidos. 
b) ―...ela me atormentou dia e noite...‖ (l. 7) ideia. 
c) ―...ele nunca me insultou...‖ (l. 8) o velho. 
d) ―...antes de matá-lo...‖ (l. 14,15) o velho. 
e) ―...e a abria, ah, com tanta delicadeza...‖ (l. 15,16) a porta. 
f) ―...eu a movia devagar...‖ (l. 18) a cabeça. 
 
 
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g) ―...eu a abria só o suficiente para que...‖ (l. 22) a lanterna. 
h) ―...então o senhor vê que ele teria que ter sido...‖ (l. 27) o leitor. 
i) ―...chamando-o pelo nome em tom cordial...‖ (l. 26) o velho. 
j) ―...ele brotara do meu próprio peito...‖ (l. 46,47) o som. 
k) ―...seus medos foram desde então crescendo dentro dele...‖ (l. 49,50) do velho. 
l) ―...e com ela envolvera a vítima...‖ (l. 54) sombra negra. 
m) ―...então eu a abri...‖ (l. 57) fenda. 
n) ―...e a mantive ali por muitos minutos...‖ (l. 81) a mão. 
o) ―...levei-os , por fim, ao quarto dele...‖ (l. 98) oficiais de polícia. 
p) ―...mas ela continuou e se instalou...‖ (l. 106) sensação. 
q) ―...e arrastei-a pelas tábuas...‖ (l. 115) cadeira. 
 
17. Das informações abaixo, relativas ao texto, qual é a principal? (H. 3.1) 
a) ―...Eu gostava do velho. Ele nunca me fez mal...‖ (l. 7,8) 
b) ―...tomei a decisão de tirar a vida do velho, e com isso me livrar do olho...‖ (l. 10,11) 
c) ―...homens loucos de nada sabem...‖ (l. 12) 
d) ―...eu sabia o que sentia o velho e me apiedava dele...‖ (l. 48) 
 
18. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor: (H. 24.4) 
a) ―...com que sensatez eu agi — com que precaução —...‖ (l. 13) Travessão: enfatizar a ideia anterior. 
b) ―...com cuidado (porque a dobradiça rangia)...‖ (l. 22) Parênteses: para isolar expressão de caráter 
explicativo. 
c) ―... – Quem está aí?...‖ (l. 40) Travessão: introduzir a fala de uma personagem em discurso direto. 
d) ―...é verdade! (l. 1) Exclamação: agitação. 
e) ―... ai meu Deus! (l. 114) Exclamação: desespero, nervosismo. 
f) ―... eles sabiam! (l. 118) Exclamação: medo. 
g) ―...miseráveis! (l. 122) Exclamação: ira, raiva. 
h) ―...O que eu poderia fazer? (l. 114) Interrogação: dúvida. 
 
19. Analise a situação abaixo: (H. 23.2) 
a) Se a personagem da história fosse do gênero feminino, como ficaria esta frase: ―... nunca fui tão gentil 
com o velho como durante toda a semana antes de matá-lo...‖. Por que houve alteração? ―... nunca fui tão 
gentil com a velhacomo durante toda a semana antes de matá-la...‖ porque o pronome concorda em 
gênero e número com o sujeito a que se refere. 
 
20. Nas frases ―Preste atenção!‖ e ―... o senhor pode até pensar que eu recuei, mas não...‖, o que 
podemos interpretar a partir dessas expressões? (H. 6.1) Que o narrador/autor dialoga com o 
interlocutor, trazendo-o para dentro da história. 
 
 
 
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21 
Faça com os alunos uma reflexão sobre o crime do conto. Ele soa familiar? Já presenciamos nos noticiários 
casos parecidos, em que os assassinos se mostraram frios, loucos ou mesmo em estado de profunda 
satisfação? Relembre com os alunos os casos recentes, se necessário, peça que façam uma pesquisa e 
procurem por histórias parecidas. É importante que os alunos façam analogia com a realidade vivida por 
todos nós e contos tão aclamados dentro da literatura estrangeira. 
 
 
Sombra 
Vós que me ledes por certo estais ainda entre os vivos; mas eu que escrevo terei partido há muito 
para a região das sombras. Por que de fato estranhas coisas acontecerão, e coisas secretas serão conhecidas, 
e muitos séculos passarão antes que estas memórias caiam sob vistas humanas. E, ao serem lidas, alguém 
haverá que nelas não acredite, alguém que delas duvide e, contudo, uns poucos encontrarão muito motivo de 
reflexão nos caracteres aqui gravados com estiletes de ferro. O ano tinha sido um ano de terror e de 
sentimentos mais intensos que o terror, para os quais não existe nome na Terra. Pois muitos prodígios e 
sinais haviam se produzido, e por toda a parte, sobre a terra e sobre o mar, as negras asas da Peste se 
estendiam. Para aqueles, todavia, conhecedores dos astros, não era desconhecido que os céus apresentavam 
um aspecto de desgraça, e para mim, o grego Oinos, entre outros, era evidente que então sobreviera a 
alteração daquele ano 794, [...]. O espírito característico do firmamento, se muito não me engano, 
manifestava-se não somente no orbe físico da Terra, mas nas almas, imaginações e meditações da 
Humanidade. Éramos sete, certa noite, em torno de algumas garrafas de rubro vinho de Quios, entre as 
paredes do nobre salão, na sombria cidade de Ptolemais. Para a sala em que nos achávamos a única entrada 
que havia era uma alta porta de feitio raro e trabalhada pelo artista Corinos, aferrolhada por dentro. Negras 
cortinas, adequadas ao sombrio aposento, privavam-nos da visão da lua, das lúgubres estrelas e das ruas 
despovoadas; mas o ressentimento e a lembrança do flagelo não podiam ser assim excluídos. 
Havia em torno de nós e dentro de nós coisas das quais não me é possível dar conta, coisas materiais 
e espirituais: atmosfera pesada, sensação de sufocamento, ansiedade; e, sobretudo, aquele terrível estado de 
existência que as pessoas nervosas experimentam quando os sentidos estão vivos e despertos, e as 
faculdades do pensamento jazem adormecidas. Um peso mortal nos acabrunhava. Oprimia nossos ombros, 
os móveis da sala, os copos em que bebíamos. E todas se sentiam opressas e prostradas, todas as coisas 
exceto as chamas das sete lâmpadas de ferro que iluminavam nossa orgia. Elevando-se em filetes finos de 
luz, assim que permaneciam, ardendo, pálidas e imotas. E no espelho que seu fulgor formava sobre a 
redonda mesa de ébano a que estávamos sentados, cada um de nós, ali reunidos, contemplava o palor de seu 
próprio rosto e o brilho inquieto nos olhos abatidos de seus companheiros. Não obstante, ríamos e estávamos 
alegres, a nosso modo [...], e bebíamos intensamente, embora o vinho purpurino nos lembrasse a cor do 
sangue. Pois ali havia ainda outra pessoa em nossa sala, o jovem Zoilo. Morto, estendido a fio comprido, 
amortalhado, era como o gênio e o demônio da cena. Mas ah! Não tomava ele parte em nossa alegria! Seu 
rosto, convulsionado pela doença, e seus olhos, em que a Morte havia apenas extinguido metade do fogo da 
peste, pareciam interessar-se pela nossa alegria, na medida em que, talvez, possam os mortos interessar-se 
pela alegria dos que têm de morrer. Mas embora eu, Oinos, sentisse os olhos do morto cravados sobre mim, 
ainda assim obrigava-me a não perceber a amargura de sua expressão. [...]. Mas, pouco a pouco, minhas 
canções cessaram e seus ecos, ressoando ao longe, entre os reposteiros negros do aposento, tornavam-se 
fracos e indistintos, esvanecendo-se. E eis que dentre aqueles negros reposteiros, onde ia morrer o rumor das 
canções, se destacou uma sombra negra e imprecisa, uma sombra tal como a da lua quando baixa no céu, e 
se assemelha ao vulto dum homem: mas não era a sombra de um homem, nem a de um deus, nem a de 
qualquer outro ente conhecido. E, tremendo um instante entre os reposteiros do aposento, mostrou-se afinal 
plenamente sobre a superfície da porta de ébano. Mas a sombra era vaga, informe, imprecisa, e não era 
sombra nem de homem, nem de deus, [...]. E a sombra permanecia sobre a porta de bronze, por baixo da 
cornija arqueada, e não se movia, nem dizia palavra alguma, mas ali ficava parada e imutável. Os pés do 
jovem Zoilo, amortalhado, encontravam-se, se bem me lembro, na porta sobre a qual a sombra repousava. 
Nós, porém, os sete ali reunidos, tendo avistado a sombra no momento em que se destacava dentre os 
reposteiros, não ousávamos olhá-la fixamente, mas baixávamos os olhos e fixávamos sem desvio as 
profundezas do espelho de ébano. E afinal, eu, Oinos, pronunciando algumas palavras em voz baixa, 
indaguei da sombra seu nome e lugar de nascimento. E a sombra respondeu: ―Eu sou a SOMBRA e minha 
 
 
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22 
morada está perto das catacumbas de Ptolemais, junto daquelas sombrias planícies infernais que orlam o 
sujo canal de Caronte‖. E então, todos sete, erguemo-nos, cheios de horror, de nossos assentos, trêmulos, 
enregelados, espavoridos, porque o tom da voz da sombra não era de um só ser, mas de uma multidão de 
seres e, variando suas inflexões, de sílaba para sílaba, vibrava aos nossos ouvidos confusamente, como se 
fossem as entonações familiares e bem relembradas dos muitos milhares de amigos que a morte ceifara. 
 
Edgar Allan Poe 
Sugestão de Análise do Texto 
Corrija a correção 
3. O professor faz uma pergunta sobre o texto e solicita a um aluno que a responda; 
4. O professor solicita a um segundo aluno que diga (expressando-se, apenas, com sim ou não) se a 
resposta do colega está ou não correta. 
5. O professor solicita a um terceiro aluno que diga se a correção da resposta feita pelo colega (2º 
aluno) está ou não certa e por quê; 
 
Observações 
 A dinâmica poderá ter continuidade com uma nova pergunta; 
 Professor e alunos poderão comentar a experiência, observando contribuições à aprendizagem e 
manifestando percepções pessoais. 
 
Atividades 
1. Qual é o tema e o assunto do texto? (H. 3.3) Morte / As inquietações da mente humana a partir do 
desequilíbrio causado por uma peste. 
 
2. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque: (H. 4.1) 
a) ―... era evidente que então sobreviera a alteração daquele ano...‖. (l. 9, 10) acontecera inesperadamente. 
b) ―O espírito característico do firmamento‖. (l. 10) céu. 
c) ―... manifestava-se não somente no orbe físico da Terra...‖. (l. 11) esfera, globo. 
d) ―... em torno de algumas garrafas de rubro vinho de Quios...‖. (l. 12) cor vermelha muito viva. 
e) ―... e trabalhada pelo artista Corinos, aferrolhada por dentro‖. (l. 14) fechada com tranca corrediça de 
ferro. 
f) ―... privavam-nos da visão da lua, das lúgubres estrelas...‖. (l. 15) que revela tristeza profunda. 
g) ―... e a lembrança do flagelo não podiam ser assim excluídos‖. (l. 16) tortura, suplício. 
h) ―Um peso mortal nos acabrunhava. Oprimia nossos ombros...‖. (l. 20) afligia / apertava. 
i) ―Elevando-se em filetes finos de luz...‖. (l. 22, 23) pequenos fios. 
j) ―... assim que permaneciam, ardendo, pálidase imotas‖. (l. 23) imóveis. 
k) ―E no espelho que seu fulgor formava...‖. (l. 23) brilho. 
l) ―... contemplava o palor de seu próprio rosto...‖. (l. 23, 24) palidez. 
m) ―... embora o vinho purpurino nos lembrasse a cor do sangue‖. (l. 26, 27) de cor vemelho-escura. 
n) ―Morto, estendido a fio comprido, amortalhado‖. (l. 27, 28) envolto em um pano qualquer. 
o) ―... tornavam-se fracos e indistintos, esvanecendo-se‖. (l. 34) desmaiando. 
 
 
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p) ―E eis que dentre aqueles negros reposteiros...‖. (l. 34) cortina pendente das portas interiores da casa. 
q) ―... por baixo da cornija arqueada e não se movia‖. (l. 39,40) série de molduras sobrepostas que 
formam saliências na parte superior de parede, porta, etc. / curvada em forma de arco. 
r) ―... minha morada está perto das catacumbas de Ptolemais...‖. (l. 46) sepulturas. 
s) ―... erguemo-nos, [...], trêmulos, enregelados, espavoridos...‖. (l. 47, 48) congelado / cheios de medo. 
t) ―... variando suas inflexões, de sílaba para sílaba...‖. (l. 49) modulações na voz. 
u) ―... muitos milhares de amigos que a morte ceifara‖. (l. 50) arrebatou /tirou a vida. 
 
3. O texto nos dá algumas pistas para que possamos nos situar em um momento histórico específico 
narrado pelo autor. Qual seriam essas pistas e esse momento? (H. 1.3) As pistas são: ano 794 (l. 10), 
a doença que matou inúmeras pessoas: Peste (l. 7, 8), o adjetivo pátrio grego (l. 9), o rubro vinho de 
Quios (l. 12) e na sombria cidade de Ptolemais (l. 13). O momento histórico é a Idade Antiga, a 
história se passa na Grécia, a cidade Ptolemais existiu e a Ilha de Quios também. Ao pesquisar esses 
dados encontramos a confirmação de que na época relatada no conto a Europa foi dizimada pela 
Peste Bubónica. Fonte: http://www.publico.pt/ciencia/noticia/a-peste-negra-medieval-nao-foi-primeira-
pandemia-de-peste-bubonica-1575914 
 
4. As informações da questão anterior nos auxiliam a compreender melhor o texto? Justifique. (H. 3.8) 
Resposta Pessoal. Mas por se tratar de um texto que se refere a fatos ocorridos a milhões de anos 
atrás é importante a contextualização. 
 
5. Sintetize o texto com suas palavras, da maneira como você o compreendeu. (H. 3.7) Resposta 
Pessoal. 
 
6. O que deu origem a toda perturbação narrada no texto? (H. 8.1) A Peste, uma epidemia que dizimou 
várias pessoas. 
 
7. Qual o significado podemos atribuir às palavras gregas Oinos e Zoilo? Qual relação elas têm com o 
conto? (H. 4.2) Oinos significa vinho, e o próprio autor nos revela que o vinho lembra o sangue das 
pessoas que morreram. Zoilo significa aquele que tem inveja, podemos inferir que esse nome foi 
dado ao personagem por ser o único que ainda permanecia ―vivo‖, dentre os outros personagens, e 
desse modo invejaria o fato de estarem mortos e ele ainda sofrendo com a doença. 
 
8. O que a personagem Sombra foi fazer no salão? Podemos fazer analogia a algum outro 
personagem?(H. 3.5) Provavelmente, por se colocar ao pé do jovem Zoilo, estaria ali aguardando a 
morte do doente para levar a sua alma e poderíamos compará-la a própria personagem da Morte 
(bastante comum nos quadrinhos de Maurício de Souza) que se veste de preto e vive vagando 
recolhendo almas. 
 
9. Na frase ―... terei partido há muito para a região das sombras.‖, que sentido o autor atribui a 
expressão em destaque? (H. 4.2) Que o narrador/protagonista está morto. 
 
10. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo: (H. 8.4) 
a) ―Por que de fato estranhas coisas acontecerão, e coisas secretas serão conhecidas‖. (l. 2) explicação. 
b) ―... e muitos séculos passarão antes que estas memórias caiam sob vistas humanas‖. (l. 3) tempo. 
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/a-peste-negra-medieval-nao-foi-primeira-pandemia-de-peste-bubonica-1575914
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/a-peste-negra-medieval-nao-foi-primeira-pandemia-de-peste-bubonica-1575914
 
 
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO 
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c) ―Para aqueles, todavia, conhecedores dos astros...‖. (l. 8) oposição. 
d) ―... quando os sentidos estão vivos e despertos...‖. (l. 19) tempo. 
e) ―... na medida em que, talvez, possam os mortos interessar-se‖. (l. 30) dúvida. 
f) ―... onde ia morrer o rumor das canções...‖ (l. 34, 35) lugar. 
g) ―... mostrou-se afinal plenamente sobre a superfície da porta...‖ (l. 37, 38) tempo. 
 
11. Porque os seguintes substantivos comuns foram grafadas com a primeira letra maiúscula: Peste (l. 7), 
Humanidade (l. 12), Terra (l. 11) e Morte (l. 29)? (H. 8.4) Foram grafadas assim para especificar e 
ressaltar esses substantivos, caracterizando-os como próprios. 
 
12. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor: (H. 24.4) 
a) ―...obrigava-me a não perceber a amargura de sua expressão [...]‖ (l. 32) Colchetes e três pontos: foram 
usados para indicar que foi omitida uma parte do texto original. 
b) ―Eu sou a SOMBRA e minha morada está perto das catacumbas de Ptolemais, junto daquelas sombrias 
planícies infernais que orlam o sujo canal de Caronte‖. (l. 46, 47) Aspas: foram usadas para indicar a 
reprodução fala da personagem no discurso direto. 
 
13. O conto que você acabou de estudar começa de maneira diferente. Você considera comum os textos 
começarem com o narrador já morto? Há algum texto que você conheça que comece assim? (H. 
1.10) Na verdade é raro encontrarmos texto que comecem desse jeito, geralmente a narração é de um 
personagem vivo. Um exemplo de narrativa desse tipo é o início do livro Memórias Póstumas de 
Brás Cubas. Você, professor, pode levar para eles o trecho do livro ou mesmo pedi que eles leiam a 
obra ou ainda passar o filme brasileiro de mesmo nome. 
 
14. Você acredita que o protagonista Oinos e os outros seis personagens estão vivos ou mortos no 
momento do ―velório‖? Cite pistas textuais que comprovem a sua opinião. (H. 12.2) Resposta 
Pessoal. Seria interesse professor, que você dividisse a sala em que acredita que eles estão vivos de 
um lado e os de opinião contrária de outro e cada lado indicasse as pistas textuais (argumentos) para 
sustentar a opinião, tentando convencer o outro lado. Será uma atividade enriquecedora! 
 
15. No segundo parágrafo o autor inicia uma descrição, nela apenas as chamas das sete lâmpadas não se 
enquadram no aspecto sombrio, fúnebre e escuro do ambiente. O que a luz das lâmpadas e o número 
sete representam no contexto? (H. 3.5) O número sete na bíblia representa a luz e provavelmente o 
autor quis ressaltar que ambos seriam a salvação para todo aquele flagelo, uma esperança de dias 
melhores. 
 
Produção Final 
 Escreva um conto que subverta a estrutura convencional do gênero (assim como o anterior) ou que se 
aproprie da estrutura de outro gênero textual. Você pode, por exemplo, iniciar o seu conto pelo clímax ou 
pelo desfecho ou empregar a estrutura do e-mail, da carta pessoal, da página do diário, etc. Tenho certeza de 
que seu conto vai ficar um horror (no bom sentido, claro!). Mãos a obra! E não se esqueça do título. (H. 
3.11) 
 Nesse momento, professor, relembre com os alunos a estrutura do gênero trabalhado e todas as 
características do mesmo. Para que eles desenvolvam uma excelente produção é importante ter clareza do 
que está sendo pedido a eles, se necessário, como foi citado na questão 13, utilize outros suportes para que a 
compreensão dos nossos alunos fique clara, além do filme citado, há também vários outros como Déjà Vu, 
Efeito Borboleta, etc. 
 
 
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO 
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Mitos: sugestão para os 8º e 9º anos 
 
Antes de iniciar o trabalho com os textos, você pode, professor, se informar mais sobre a mitologia 
nos seguintes sites: http://www.infoescola.com/mitologia-grega/ e 
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mitologia-grega/hercules.php 
 
A árvore de cabeça para baixo 
(Uma história da

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