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A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE PARA A SEGURANÇA NO CONSUMO DE ALIMENTOS Disciplina: Higiene e Vigilância Sanitária dos Alimentos PREPARAÇÃO DE CONTEÚDO Nutricionista e Professora Dra. Daniela Soares Viana CRN4: 05100136 REVISORA Nutricionista e Professora Dra. Mônica M. M. de Carvalho PhD CRN4: 87100085 COLABORADORA Adriana de Sá Julho, 2021. AGRADECIMENTO Agradecimento especial aos alunos do curso de Nutrição (UVA) da Turma de Higiene em 2021.1 que foram os autores dos capítulos dessa obra e desenvolveram um lindo trabalho em equipe. 1. Anna Beatriz da Silva Fonseca | Autor | Brasil 2. Bruna Lino Caiado | Autor | Brasil 3. Emanuelle Antunes de Paulo de S. Santos | Autor | Brasil 4. Gabriel Liberalino Ferreira | Autor | Brasil 5. Renata Castro e Silva | Autor | Brasil 6. Sofia Catarina Pires de Oliveira Pinto | Autor | Brasil 7. Taís M. Magne | Autor | Brasil 8. Vivian Maria Ferreira. | Autor | Brasil 9. Caio Cezar da Silva Passos | Autor | Brasil 10. Cintia Rodrigues Fernandes Areias | Autor | Brasil 11. Carolina Vieira Loureiro | Autor | Brasil 12. Julia Ribeiro Ambrosio | Autor | Brasil 13. Lúcio Flávio Magliari Camara | Autor | Brasil 14. Mariana Gonçalves Macedo Verly | Autor | Brasil 15. Natan Ferreira da Silva | Autor | Brasil 16. Pamela Garcia Soares | Autor | Brasil 17. Priscila Dias dos Santos | Autor | Brasil 18. Thaiz Vieira Serpa Sousa | Autor | Brasil 19. Mariana Gorni | Autor | Brasil 20. Francisco Fernando da Silva Abreu | Autor | Brasil 21. Eduarda dos Santos Soares | Autor | Brasil 22. João Victor Aguiar Gomes | Autor | Brasil 23. Tayná Barbosa da Silva | Autor | Brasil 24. Karina Kuperman Groisman | Autor | Brasil 25. Lafayette Pimentel Máximo | Autor | Brasil 26. Leonardo Oliveira Mendonça | Autor | Brasil 27. Isabella Pimentel Antunes | Autor | Brasil 28. Giovani Marcos Rodrigues da Silva | Autor | Brasil 29. Aline França Pessanha Visconde | Autor | Brasil 30. Anderson Silva de Souza | Autor | Brasil 31. Bianca Viana Bernardes | Autor | Brasil 32. Danielle de Souza Castro | Autor | Brasil 33. Helena de Matos Abreu | Autor | Brasil 34. Izabela Cardoso de Oliveira | Autor | Brasil 35. Lorena Lins Gutierrez | Autor | Brasil 36. Luan Liberato Souza da Silva | Autor | Brasil 37. Talita Natália Amado Santos | Autor | Brasil 38. Valéria Gallo da Silva | Autor | Brasil 39. Beatriz Menezes Alonso | Autor | Brasil 40. Beatriz Scoralick Schindvain | Autor | Brasil 41. Daila Silva Santos | Autor | Brasil 42. Gabriella Vargas Gardengue de Castro | Autor | Brasil 43. Giovanna Paola da Silva Gomes | Autor | Brasil 44. Julia Farias Mondaini | Autor | Brasil 45. Kathelyn Masalino Martins | Autor | Brasil 46. Lara Ferreira de Souza | Autor | Brasil 47. Lucas Gonçalves Braga | Autor | Brasil 48. Luciene dos Santos Vieira Gonçalves | Autor | Brasil 49. Maria Eduarda Costa da Cruz | Autor | Brasil 50. Maria Luiza Azevedo de Jesus | Autor | Brasil 51. Angelita da Silva | Autor | Brasil 52. Beatriz Gomes da Silva Costa | Autor | Brasil 53. Briane Cezar Bonfim | Autor | Brasil 54. Isabel Rodinsky Penteado | Autor | Brasil 55. Jamyl Zeraik | Autor | Brasil 56. Luiza Victoria da Silva dos Santos | Autor | Brasil 57. Marianna do Nascimento Bezerra Gonçalves | Autor | Brasil 58. Maurício Cosme Marrés | Autor | Brasil 59. Yasmin Adrielle de Freitas Marques | Autor | Brasil 60. Ana Paula Freitas de Souza | Autor | Brasil 61. Daniele dos Santos Goulart | Autor | Brasil 62. Euline da Silva Cunha | Autor | Brasil 63. Débora Resende Silva | Autor | Brasil 64. Liliana Gonçalves de Miranda | Autor | Brasil 65. Thais Cristine Oliveira Dias | Autor | Brasil 66. Priscila Marques Braga Faria | Autor | Brasil 67. Beatriz Contarato Nascimento | Autor | Brasil 68. Juan da Silva dos Santos | Autor | Brasil 69. Ana Carolina Celestino Costa Felippe | Autor | Brasil 70. AnaMaria Marinho | Autor | Brasil 71. Daniela Monteiro | Autor | Brasil 72. Fernanda Gonçalves Pinheiro Accioly | Autor | Brasil 73. Gabriela Alice Luércio Valle | Autor | Brasil 74. Ismênia Gomes da Silva | Autor | Brasil 75. Luziane Martinez | Autor | Brasil 76. Matheus de Albuquerque Pinto Figueira | Autor | Brasil 77. Tamires Secundes | Autor | Brasil 78. Yara Consuelo Cintra | Autor | Brasil 79. Dayane Melo | Autor | Brasil 80. Giulia Loureiro Chaves Claro | Autor | Brasil 81. Jacqueline Nunes de Paiva | Autor | Brasil 82. João Pedro Breves Pontes | Autor | Brasil 83. Luisa Silva de Souza | Autor | Brasil 84. Maria Eduarda Cesar Costa | Autor | Brasil 85. Paloma Paiva de Albuquerque | Autor | Brasil 86. Rubens Costa Bastos | Autor | Brasil 87. Sandra Cardoso Ferreira | Autor | Brasil 88. Alex Lemos Ribeiro | Autor | Brasil 89. Cristiana F. Simões | Autor | Brasil 90. Cristine Majdalani | Autor | Brasil 91. Fabrício Ferreira | Autor | Brasil 92. Ketlyn Ladeira | Autor | Brasil 93. Lara Tuler | Autor | Brasil 94. Leonardo de Oliveira Gouveia da Silva | Autor | Brasil 95. Liggia Coelho de Senna | Autor | Brasil 96. Lucas Costa | Autor | Brasil 97. Tamires Dandara S. Silva | Autor | Brasil "Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina". CORA CORALINA SUMÁRIO Capítulo 1 - O que é higiene? Capítulo 2 - Princípios gerais da higienização. Capítulo 3 - Qualidade das matérias-primas. Capítulo 4 - O cuidado com a manipulação dos alimentos. Capítulo 5 - Manipuladores de alimentos: Por que e quando treinar? Capítulo 6 - Controle e qualidade dos alimentos no armazenamento. Capítulo 7 - Como evitar surtos de DTA. Capítulo 8 - O que são as Boas Práticas de Fabricação? Capítulo 9 - Covid 19 X Comportamento higiênico. Capítulo 10 - Segurança alimentar no contexto da pandemia. Higiene é o princípio básico para uma boa saúde. Higienização é a junção de dois processos: limpeza e sanitização. Hábitos de higiene são cuidados que devem ser tomados para garantir melhores condições de saúde e bem-estar. Dentre os tipos e hábitos de higiene e que devemos cultivar em nosso dia a dia, podemos destacar: ·Higiene e Segurança Alimentar ·Higiene Ambiental ·Higiene Coletiva ·Higiene Individual ·Higiene Mental Capítulo 1 - O que é higiene? Autores: Anna Beatriz da Silva Fonseca; Bruna Lino Caiado; Emanuelle Antunes de Paulo de S. Santos; Gabriel Liberalino Ferreira; Renata Castro e Silva; Sofia Catarina Pires de Oliveira Pinto; Taís M. Magne; Vivian Maria Ferreira. Higiene e Segurança Alimentar Envolve um conjunto de normas de manuseamento de alimentos incluindo a produção, o transporte, o armazenamento e a distribuição, cujo objetivo é garantir as suas características organolépticas, de modo que permitam o consumo de alimentos sem riscos para a saúde. O que são boas práticas? São práticas de higiene que devem ser obedecidas pelos manipuladores desde a escolha e compra dos produtos a serem utilizados no preparo do alimento até seu destino final. O objetivo das Boas Práticas é evitar a ocorrência de doenças provocadas pelo consumo de alimentos contaminados. O manipulador de alimentos, é o profissional que lava, descasca, corta, rala, cozinha, ou seja, prepara os alimentos, sendo assim, o controle de saúde, bons hábitos higiênicos e pessoais, assim como, treinamentos e boas práticas de fabricação e manipulação são indispensáveis. Capítulo 1 - O que é higiene? Lavagem das mãos As mãos podem facilmente transportar microrganismos para os alimentos, e o único jeito de evitar problemas é manter as unhas sempre curtas e lavar as mãos com frequência, com água e sabão em abundância, sempre que necessário. Higiene ambiental Diz respeito às medidas tomadas para a preservação de condições sanitárias de determinado ambiente, de forma a torná-lo seguro e saudável para as pessoas. O conceito também é usado para definir os efeitos do ambiente em nossa saúde. Ao falarmos sobre higiene ambiental, nos referimos aos procedimentos de limpeza utilizados nos ambientes externos, como varrição de rua, recolhimento de lixo, descarte correto de resíduos tóxicos. Mas também estamos nos referindo àlimpeza interna, com os processos de higienização que aplicamos em nossa casa e no nosso trabalho. Ambientes mal cuidados e com limpeza precária tendem a ser foco de doenças respiratórias e alérgicas, de surgimento de pragas domésticas, além de serem fator de cansaço e desmotivação. Quando utilizamos os conceitos da higiene ambiental em nossas casas e espaços de trabalho, ajudamos a promover o bem-estar, conforto e mais saúde para todas as pessoas que utilizam esses ambientes. O excesso de poeira, com a umidade e falta de iluminação em determinados ambientes, contribui para o surgimento de microrganismos infecciosos, como ácaros, fungos e bactérias. Com a higiene ambiental, você elimina esses focos de doença e previne uma série de enfermidades, mantendo a saúde e o bem estar de todos. Capítulo 1 - O que é higiene? Capítulo 1 - O que é higiene? Higiene c oletiva É um co njunto de normas de prese rvação d a higiene do meio que nos rode ia, evitan do doenç as e prom ovendo s aúde col etiva. Locais p úblicos Os dono s dos ba nheiros p úblicos s ão aquel es que d eles se utilizam, e que de vem, no seu inter ior, ter o mesmo cuidado e o mesmo r espeito p elos outr os que ta mbém irã o usá-lo, tal como fariam em suas pró prias cas as. Pública u rbana ·Tratame nto de ág ua e esg oto; ·Coleta e tratame nto de lix o; ·Reciclag em de lix o em ger al; ·Vacinaç ão; ·Eliminaç ão de foc os de ins etos tran smissore s de doe nças; ·Constru ção de c alçadas. Higiene individual É o conjunto de medidas de autocuidados tomadas para a preservação da saúde. Bons hábitos de higiene pessoal incluem desde os cuidados básicos como, por exemplo, o banho, até os cuidados mais específicos, como o modo como se prepara os alimentos que serão consumidos. Cuidados básicos 1. Manter o corpo limpo 2. Lavar as mãos com frequência 3. Trocar as roupas pessoais e de cama regularmente 4. Manter as unhas cortadas e limpas 5. Escovar os dentes pelos menos duas vezes por dia; 6. Cobrir a boca e o nariz com o cotovelo ao espirrar. Higiene mental Precisamos cuidar da nossa mente, assim como cuidamos do nosso corpo, para manter um melhor equilíbrio e qualidade de vida. 10 Hábitos de Higiene Mental 1. Atentar-se às dores emocionais; 2. Fazer algo quando se sentir sozinho; 3. Aceitar-se de modo o construtivo; 4. Encontrar maneiras de gerenciar o estresse; 5. Proteger a autoestima e ser gentil consigo; 6. Praticar atividades que divirtam e relaxem a mente; 7. Evitar companhias negativas; 8. Manter o equilíbrio entre vida pessoal e profissional; 9. Cuidar dos relacionamento s pessoais; 10. Buscar ajuda quando for necessário. Capítulo 1 - O que é higiene? REFERÊNCIAS SIQUEIRA, L.F.; ALVES, N.C. Higiene pessoal: a importância de estudar o corpo humano. Biodiversidade, 2014, v.13, n.2, pág. 75-89. STOLARSKI, M.C.; DORIGO, A.B.; CUNHA, F.B.; OLIVEIRA, S. Boas práticas de manipulação de alimentos. Secretaria do Estado da Educação, Paraná. Curitiba: SEED–PR., 2015. 1v. PENAFORTE, M.H.O. O Autocuidado Higiene: Conhecimento Científico e Ritual. Tese, Universidade De Lisboa, 2011. BRK Ambiental. Hábitos de higiene: confira as recomendações de um especialista. Saneamento em Pauta. Jun. de 2020. Disponível em: https://blog.brkambiental.com.br/habitos-de-higiene/. Acesso em: 16 abr.2021. HIGIENE E SAUDE AMBIENTAL. Disponível em: https://hesperian.org/wp- content/uploads/pdf/pt_wtnd_2009/pt_wtnd_2009_11.pdf. Acesso em: 4abr. 2021 DA GLORIA LEAL, F.; GOMES, I.D.; FIRMIANO, E.A. Projeto Higiene Social: A Questão da Higiene Pessoal e Ambiental na Prevenção das Doenças Infecciosas e Parasitárias. Anais do 2o Congresso Brasileiro de Extensão Universitá: Set./2004. SANTOS, B.M.; WENDLER, M.V.R; MORAES, C.M. Manual de Boas Práticas de Higiene e Segurança Alimentar. Equipamentos/ entidades da Assistência Social. Disponível em: http://www.viana.es.gov.br/site/download/1540394839596- manualdeboasprticasdehigiene.pdf. Acesso em: 04 abr. 2021. Na indústria de alimentos, os procedimentos de higienização são fundamentais, ou seja, higiene é a base para a qualidade e segurança dos alimentos. No setor alimentício a qualidade também se refere à inocuidade, além da ausência de perigos (físicos, químicos e biológicos) que possam ocasionar algum dano à saúde do consumidor, reforçando a importância da adoção de técnicas e produtos adequados nos procedimentos de higienização, tornando- os eficazes. É importante ressaltar que os procedimentos de higienização não interfiram nas propriedades nutricionais e sensoriais dos alimentos e, ao mesmo tempo, garantam a preservação de sua pureza e de suas características microbiológicas, dentro de parâmetros aceitáveis para o consumo. Uma grave consequência da incorreta higienização é a ocorrência de doenças transmitidas por alimentos, desde uma intoxicação alimentar até uma infecção generalizada grave. Este é um dos problemas que mais preocupam os responsáveis pela qualidade dos alimentos comercializados. Assim, procedimentos rigorosos de higienização garantem o controle de qualidade, viabilizando os custos de produção, além de satisfazer os consumidores (sem riscos à sua saúde) e de respeitar normas e padrões microbiológicos recomendados pela legislação vigente. Capítulo 2 - Princípios Gerais da Higienização Autores: Caio Cezar da Silva Passos, Cintia Rodrigues Fernandes Areias, Carolina Vieira Loureiro, Julia Ribeiro Ambrosio, Lúcio Flávio Magliari Camara, Mariana Gonçalves Macedo Verly, Natan Ferreira da Silva, Pamela Garcia Soares, Priscila Dias dos Santos, Thaiz Vieira Serpa Sousa. Higiene Pessoal Capítulo 2 - Princípios Gerais da Higienização Higiene das mãos As mãos devem ser lavadas quando: - iniciar ou trocar atividade; - chegar ao trabalho; - tossir, espirrar ou assoar o nariz; - remover lixo e outros resíduos; - a toda interrupção de serviço. Higiene dos uniformes Higiene Ambiental Capítulo 2 - Princípios Gerais da Higienização Produtos permitidos para a desinfecção ambiental O ambiente, as superfícies e os utensílios que estão envolvidos nos processos de recebimento, armazenagem, manipulação, preparação e consumo dos alimentos devem passar por rigorosos procedimentos de limpeza e desinfecção. Remoção diária do lixo, quantas vezes forem necessárias, e acondicionamento em recipientes apropriados, devidamente tampados e ensacados. Esta medida é eficiente para evitar a presença de insetos, roedores e outros animais; Higienização dos recipientes de lixo diariamente ou sempre que for necessário; Os resíduos devem ser freqüentemente coletados e estocados em local fechado e isolado da área de preparação e armazenamento dos alimentos, de forma a evitar focos de contaminação e atração de vetores e pragas urbanas; Instalação de um programa de controle integrado de pragas. Resíduos Capítulo 2 - Princípios Gerais da Higienização HIGIENIZAÇÃO - LIMPEZA DAS SUPERFÍCIES Preparação higiênica dos alimentos: 1. Escolher os alimentos tratados de forma higiênica; 2. Cozinhar bem os alimentos; 3. Consumir imediatamente os alimentos após o preparo; 4. Armazenar cuidadosamente os alimentos cozidos; 5. Reaquecer bem os alimentos cozidos; 6. Evitar contato entre alimentos crus e cozidos; 7. Lavar as mãos constantemente; 8. Manter escrupulosamente limpas todas as superfícies da cozinha; 9. Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais; 10. Utilizar água pura. Higiene dos Alimentos Capítulo 2 - Princípios Gerais da Higienização RECOMENDAÇÕES GERAIS Manter o ambiente limpo e seco durante a manipulação. Lavar em água corrente as embalagens impermeáveis antes de abri-las. Abrir e utilizar quantidades suficientes para que eventualmente não ocorra sobra. Observar se as características do produto e da embalagem interna estão adequadas. Manipular os alimentos sobre recipientes adequados. A manipulação deve ser feita com auxílio de utensílios, em pequenoslotes, e respeitando o controle de tempo e temperatura. Prevendo o consumo real, retirar, na medida de sua necessidade, da câmara ou geladeira, as quantidades da matéria-prima a ser preparada. O tempo de manipulação de produtos perecíveis em temperatura ambiente não deve exceder a 30 minutos por lote e 2 horas em área climatizada entre 12 e 16°C. Evitar as preparações de véspera. Nos casos em que tal medida seja inevitável, armazená-los cobertos na câmara ou geladeira, seguindo os critérios de tempo e temperatura. Evitar que ocorra sobra de preparações. O número de manipuladores deve ser o estritamente necessário. De preferência, sempre os mesmos. Cereais, farináceos e leguminosos, após a limpeza da embalagem e verificação das características do produto, devem ser escolhidos a seco; lavar em água corrente e enxaguar no mínimo 3 vezes; proceder ao preparo, respeitando os critérios de temperatura. No caso dos hortifruti, deve ser feita uma triagem, retirando-se as folhas velhas, frutos verdes e deteriorados. Os ovos devem estar com a casca íntegra, sem rachadura e resíduos que indiquem a falta de higiene do fornecedor. Devem estar em caixas plásticas (tipo bandejas). Os alimentos perecíveis devem ser preparados em porções, temperados e retornar imediatamente à refrigeração a no máximo 4°C. Evitar consumir peixes e frutos do mar crus. Se utilizar peixe inteiro “in natura”, o melhor é que seja manipulado, temperado e consumido no mesmo dia. Utilizar, de preferência, filés de pescado congelados. Para o preparo de bifes, a recomendação é cortá-los de forma padrão, separando-os segundo a previsão real de consumo. Dispor em assadeiras ou monoblocos rasos, levando à câmara cada recipiente assim que estiver cheio. Retirar na medida de sua necessidade. Não permitir que os alimentos entrem em contato com os cabos dos utensílios, beirais e outros locais onde se toca as mãos. Conclusão Com o objetivo de evidenciar a importância de práticas de higiene tanto nos estabelecimentos que manipulam alimentos, bem como conscientizar os manipuladores da necessidade de seguir as Boas Práticas surgiu essa cartilha. As práticas de higiene devem ser obedecidas desde a escolha e compras até no momento do preparo, o que inclui as questões higiênico-sanitárias também do ambiente, até o destino final do alimento. Para isso é necessário adotar medidas de controle para garantir todo o processo. Além disso, é importante que aconteçam treinamentos periodicamente para todos os colaboradores e o mesmo seja reforçado no dia a dia com pequenas ações de capacitação, incentivo de aprendizado e exemplo das pessoas responsáveis em suas próprias atitudes. Capítulo 2 - Princípios Gerais da Higienização REFERÊNCIAS BRASIL. Resolução RDC n° 216, de 15 de setembro de 2004. Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. GERMANO, P.M.L.; GERMANO, M.I.S. Higiene e vigilância sanitária de alimentos. São Paulo: Varela, 2001. Manual Básico de Higiene e Segurança Alimentar. São Paulo: GRSA – Medirest, 2001. Figura1.https://br.freepik.com/vetores-premium/crianca-tomando-banho-na- banheira-com espuma_4459491.htm Figura2.http://www.boacozinha.com.br/boletins/2011/03/Site/treinamento-boas- praticas.pdf Figura 3. https://www.jbembalagens.com.br/saco-de-lixo-colorido- Capítulo 3 - Qualidade das matérias-primas Autores: Mariana Gorni, Francisco Fernando da Silva Abreu, Eduarda dos Santos Soares, João Victor Aguiar Gomes, Tayná Barbosa da Silva, Karina Kuperman Groisman, Lafayette Pimentel Máximo, Leonardo Oliveira Mendonça, Isabella Pimentel Antunes, Giovani Marcos Rodrigues da Silva. O controle de qualidade de uma indústria alimentícia é regulamentado por leis que se baseiam em garantir que o alimento não possua contaminantes físicos, químicos ou biológicos, uma vez que para a garantia de um alimento seguro todas as falhas devem ser prevenidas. Capítulo 3 - Qualidade das matérias-primas As entregas devem ser controladas e deve haver métodos e estratégias para que isso aconteça da melhor forma possível, caso não tenha esse controle a possibilidade de adquirir péssimas matérias-primas é grande, comprometendo a qualidade do produto final. Capítulo 3 - Qualidade das matérias-primas Capítulo 3 - Qualidade das matérias-primas BERTOLINO, M. T. Gerenciamento da Qualidade na Indústria de Alimentos. São Paulo: Artmed, 2010. MARTINS, E. Como fazer o controle de qualidade da matéria-prima? [S.l.], 5 fev., 2021. VALE, M. Controle no Recebimento de Matérias- Primas. [S. l.], 14 set., 2015. REFERÊNCIAS A manipulação adequada dos alimentos nos estabelecimentos tem como finalidade evitar riscos à saúde dos consumidores. Cabe ao manipulador a utilização da matéria-prima para obtenção e preparo do alimento: - Processo de embalagem; - Armazenamento; - Transporte; - Distribuição; - Exposição à venda. Capítulo 4 - O cuidado com a manipulação dos alimentos Autores: Aline França Pessanha Visconde, Anderson Silva de Souza, Bianca Viana Bernardes, Danielle de Souza Castro, Helena de Matos Abreu, Izabela Cardoso de Oliveira, Lorena Lins Gutierrez, Luan Liberato Souza da Silva, Talita Natália Amado Santos, Valéria Gallo da Silva. O manipulador também é responsável pelo manuseio correto dos equipamentos e utensílios, em contato com os alimentos, desde o preparo até a sua distribuição. PRÁTICAS QUE EVITAM A CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS Todas as etapas requerem cuidados e podem sofrer riscos, o que reforça a importância da atenção com a higiene, quanto à escolha dos equipamentos da cozinha até as boas práticas de manipulação dos alimentos. Antes de qualquer etapa, deve-se lembrar do básico: lavagem cuidadosa das mãos, antes e depois da manipulação de um alimento, para dar continuidade ao trabalho, e principalmente, após o uso de sanitários. OBS: Na lavagem dos alimentos deve ser utilizada apenas água potável. Frutas, legumes e demais alimentos com cascas devem ser higienizados com água e sabão. Frutas e legumes consumidos com casca devem ser colocados de molho numa soluçãode hipoclorito. Capítulo 4 - O cuidado com a manipulação dos alimentos Cozinhar muito bem os alimentos. A temperatura adequada é de 74°C no centro do alimento, pois mata e evita o crescimento de microrganismos; Manter os alimentos tampados; Não reutilizar alimentos que tenham caídos no chão; Usar pano úmido ao invés de vassoura; Adequada limpeza de bancadas e utensílios onde os alimentos serão manipulados; Manter os produtos de limpeza longe dos alimentos faz parte do manejo correto para o manipulador de alimentos; Nunca provar alimentos utilizando os dedos ou o mesmo utensílio que está sendo usado na preparação do alimento. Capítulo 4 - O cuidado com a manipulação dos alimentos ATENÇÃO COM A SAÚDE DOS FUNCIONÁRIOS/MANIPULADORES Capítulo 4 - O cuidado com a manipulação dos alimentos O colaborador deve realizar exames médicos periodicamente, de acordo com as atividades que exerce. Se o funcionário apresentar cortes, lesões ou algum sintoma que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos, o funcionário deve ser afastado temporariamente de suas atividades. Controlar a saúde dos manipuladores de alimentos, estabelecer procedimentos operacionais padronizados e balizar boas práticas de fabricação contribuem para melhoria da qualidade e da segurança alimentar. Aumento da cap acitação técnica e profissional, p or meio d e treinamentos. Destacar a figura do manipulador de alimentos como uma peça-chave no processo de qua lidade, controle e segurança aliment ar. Promover e est imular espírito de comprometimento com a qualidade e segurança aliment ar. Adoção de manua l de BPFs e de PO Ps. Estabelecimento d e check-list diár io, para controlar e verificar se as BP Fs estão sendo cump ridas. Algumas medidas adotadas pelos estabelecimentos: Capítulo 4 - O cuidado com a manipulação dos alimentos ANVISA. Cartilhasobre boas práticas para serviço de alimentação Resolução RDC nº 216/2004. Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/912/o/Cartilha_Boas_Pr%C3% A1ticas_para_Servi%C3%A7os_de_Alimenta%C3%A7%C3%A3o.pdf. em: 03 abr. 2021. PEREIRA, Cátia; COTTA, Simony. Avaliação das Boas Práticas em Manipulação de Alimentos Em Uma Ilpi De Sete Lagoas – MG. Disponível em: http://jornalold.faculdadecienciasdavida.com.br/index.php/RBCV/art icle/view/217/128. Acesso em: 03 abr. 2021. MEDEIROS, Maria; CARVALHO, Lúcia; FRANCO, Robson.Percepção sobre a higiene dos manipuladores de alimentos e perfil microbiológico em restaurante universitário. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413- 81232017000200383&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 03 abr. 2021. SOUZA, Luis. A manipulação inadequada dos alimentos: fator de contaminação. Disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos05/42_artigo%20seget. pdf. Acesso em: 03 abr. 2021. REFERÊNCIAS http://jornalold.faculdadecienciasdavida.com.br/index.php/RBCV/art http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413- http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos05/42_artigo%20seget Capítulo 5 - Manipuladores de Alimentos - Por que e Quando Treinar? Autores: Beatriz Menezes Alonso, Beatriz Scoralick Schindvain, Daila Silva Santos, Gabriella Vargas Gardengue de Castro, Giovanna Paola da Silva Gomes, Julia Farias Mondaini, Kathelyn Masalino Martins, Lara Ferreira de Souza, Lucas Gonçalves Braga, Luciene dos Santos Vieira Gonçalves, Maria Eduarda Costa da Cruz, Maria Luiza Azevedo de Jesus. Os manipuladores de alimentos são de extrema importância para garantia de um produto seguro. Esse profissional faz parte da garantia do controle da qualidade e a segurança dos alimentos. O manipulador de alimento é qualquer pessoa do serviço de alimentação que entra em contato direto ou indireto com o alimento. É fundamental que se entenda que, somente a utilização de uma rigorosa metodologia que garanta a higiene e o controle na produção consegue-se alimentos que não ofereçam perigo a saúde. Dessa forma, o manipulador de alimentos deve ter consciência de sua importância para a obtenção de produtos que não causem prejuízos a saúde das pessoas. POR QUE E QUANDO TREINAR??? Capítulo 5 - Manipuladores de Alimentos - Por que e Quando Treinar? Por que treina r os manipuladore s? Para garantir a segurança alimentar. Para se evitar as DTAs (doenças transmitidas por alimentos) contaminados evitando-se assim os surtos alimentares. Para que não sejam negligenciadas as etapas preparatórias para a manipulação de alimentos com conscientização de higiene pessoal assim como técnicas de assepsia e higienização do local de preparo, produção e/ou distribuição de alimentos. Para que se tenha conhecimento do manual de boas práticas de manipulação. Para que desperte no manipulador a consciência da sua importância na oferta do alimento que será oferecido que deve ter qualidade e segurança alimentar. Para que consiga identificar e corrigir possíveis falhas no ambiente de manipulação de alimentos. Para que possa cooperar com a melhoria da organização do espaço de trabalho tanto a nível teórico, mental e prático, pois dele depende o clima organizacional. Devido ao contato direto com os alimentos, os manipuladores precisam obter um conhecimento prévio das regras e legislações referentes à assepsia pessoal diária. O treinamento é uma parte muito importante do processo e precisa ser levado muito a sério por todos os funcionários que serão capacitados, influenciando por completo na proteção e qualidade final do alimento e prevenindo a proliferação de patógenos. Atitudes como higiene pessoal e do ambiente, higienização correta dos alimentos e o planejamento de uma UAN, assim como os utensílios, junto com boas práticas de manipulação, são essenciais para garantir a qualidade dos alimentos e garantir que a saúde do consumidor não seja afetada. Por esses motivos, a capacitação dos colaboradores, com treinamentos de manipulação e higiene é fundamental para garantir segurança dos alimentos, segundo as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária estabeleceu na resolução n° 216/04. Podemos analisar que os manipuladores de alimentos têm um papel essencial na preservação de boas práticas de higiene dos alimentos, pois precisam manter uma metodologia muito rígida para com a higiene pessoal em prol da segurança alimentar. Portanto, tais hábitos são de obrigação de um consultor de alimentos implementar as boas condutas de manipulação dos produtos, para chegar à população sem risco para saúde. Capítulo 5 - Manipuladores de Alimentos - Por que e Quando Treinar? Quando trein ar os manipuladore s? Além disso, o treinamento e a capacitação higiene-sanitária dos operadores devem abordar temas como; higiene de instalações, equipamentos, móveis e utensílios, contaminação cruzada, armazenamentos de alimentos e controle da temperatura de alimentos. RDC 216/2004 ANVISA Também é interessante ressaltar que as dinâmicas em grupo com intuito pedagógico e lúdico funcionam muito bem para tirar dúvidas e insegurança de como aplica-las no serviço de alimentos, e também, na compreensão desses valores no ambiente de trabalho. À vista disso, tais critérios são parte de um padrão criado para proporcionar qualidade e segurança visando agregar valor ao serviço, onde os manipulares devem ser o exemplo e expressar responsabilidade com o objetivo de proteger a população e os alimentos de contaminantes. ENEGEP 2010. ABEPRO. A importância da capacitação profissional dos manipuladores dos estabelecimentos alimentícios - Um estudo no município de Ivaiporã/PR. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2010_TN_STO_113_739 _17380.pdf. Acesso em: 20 de abril de 2021. MINISTÉRIO DA SAÚDE. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução n 216, de 15 de setembro de 2004. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0216_1 5_09_2004. html. Acesso em: 19 de abril de 2021. REBRAPA. BRAZILIANJOURNAL OF FOOD RESEARCH. Capacitação de manipuladores de alimentos e avaliação das condições higiênicasem serviço de alimentação. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/rebrapa/article/viewFile/3640/pdf. Acesso em: 19 de abril de 2021. REFERÊNCIAS Capítulo 6 - Controle e Qualidade dos Alimentos no Armazenamento Autores: Angelita da Silva, Beatriz Gomes da Silva Costa, Briane Cezar Bonfim, Isabel Rodinsky Penteado, Jamyl Zeraik, Luiza Victoria da Silva dos Santos, Marianna do Nascimento Bezerra Gonçalves, Maurício Cosme Marrés, Yasmin Adrielle de Freitas Marques. O armazenamento dos alimentos abrange algumas áreas, desde o recebimento, identificação, classificação, armazenamento, estocagem, embalagem, registro, dentre outros. É necessário que ocorra um planejamento para armazenamento de cada alimento. Faz-se necessário a verificação do espaço, aparelhos necessários, prateleiras, dimensões do espaço, dimensões de quantidade, tamanho, local para armazenar, além de já estar com o ambiente previamente limpo, com os equipamentos/aparelhos funcionando de forma adequada, evitando um possível estrago e/ou contaminação. Na etapa de recebimento, é necessário a verificação do veículo, verificar se os alimentos vieram em condições adequadas, refrigerados na temperatura correta em casos de alimentos congelados e refrigerados, se não vieram em contato direto com aquele transporte, e diversos outros aspectos. Quando o recebimento de alimentos for pequeno deve ocorrer uma inspeção de recebimento na hora, verificando prazo de validade, odor, mudança nas características e embalagens, e, quando o recebimento for de grande quantidade, o profissional deve assinar contrato, estipulando um prazo para a inspeção do mesmo, caso seja necessário troca/ devolução, se o alimento estiver em condições inadequadas. Capítulo 6 - Controle e Qualidade dos Alimentos no Armazenamento No processo de estocagem, pode-sedestacar 2 métodos: “First to expire, first out”, ou seja, o primeiro que vence é o primeiro a sair, os produtos que tem prazo de validade mais próximos saem primeiro, enquanto os outros ficam no estoque - P V P S. "First in, first out”, ou seja, o primeiro produto que entra é o primeiro produto que sai, enquanto os que chegarem depois ficarão no estoque - P E P S. Esses métodos de estocagem tem a função de evitar a perda e o desperdício, além de contribuir para uma melhor organização. No armazenamento de alimentos congelados e/ou resfriados deve ocorrer o uso de equipamentos específicos, como câmaras frigoríferas e/ou refrigeradores, sabendo que cada tipo de alimento possui uma temperatura adequada, devendo sempre obedecer às normas do fabricante indiciadas nos rótulos. Os alimentos devem ser mantidos separados por prateleira, evitando uma possível contaminação cruzada. Já os alimentos armazenados sob temperatura ambiente, em estoque ou almoxarifado, os alimentos não devem ficar no chão, o ambiente deve ser extremamente limpo, organizado, e seguir as recomendações instruídas, os papelões e embalagens de plástico devem ser descartadas, pois, são locais de abrigo de vetores e pragas. NÃO PERICIVEIS ESTOCÁVEIS ✓Armazenar por tipo de produtos nas prateleiras, estrados ou pallets; ✓Manter os locais de armazenagem e itens sempre limpos e sem poeira; ✓Nunca coloque produtos no chão; ✓Rotulo do produto de visível, facilitando sai identificação; ✓Observa as datas de validade; ✓Deixar sempre uma folga entre os itens nas prateleiras; Descartáveis devem ser mantidos em embalagens fechadas. Capítulo 6 - Controle e Qualidade dos Alimentos no Armazenamento CONTROLE DE TEMPERATURA EQUIPAMENTOS DE REFRIGERAÇÃO E CONGELAMENTO São câmaras Frigorificas, Freezer e Geladeiras Esses equipamentos são de extrema importância para garantir que o alimento recebido seja armazenando na temperatura adequada., mantendo a qualidade segurança para consumido. ✓ Os equipamentos devem estar de acordo com as necessidades e tipos de alimentos; ✓ As portas devem ficar fechas; ✓ Ao higienizar equipamento os alimentos devem ser retirados; ✓ As temperaturas dos equipamentos devem ser monitoradas diariamente; ✓ Temperatura de armazenamento recomenda pelo fornecedor. PRAZO DE VALIDADE ✓ Enquanto estiver na embalagem fechada, os produtos seguem prazo de validade do fornecedor; ✓ Após aberto, verificar recomendações do fornecedor; ✓ No momento de separação dos produtos para produção, verifique a validade garantido segurança dos alimentos; ✓ Faça avaliação sensorial, observado alterações na cor, odor ou textura do produto; Deixe os itens nas suas embalagens primarias e leve para local adequado. Capítulo 6 - Controle e Qualidade dos Alimentos no Armazenamento AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Boas Práticas de Manipulação em Serviços de Alimentação. Disponível em: https://docplayer.com.br/6012380-Boas-praticas-de-manipulacao- em-servicos-de-alimentacao-modulo-6-etapas-da-manipulacao-dos- alimentos.html . Acesso em: 4 mai. 2021. FATEC LINS. CONTROLE DE ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS EM ÁREA HOSPITALAR ESTADUAL. Disponível em: http://www.fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/CR2VPU5fv7ZtA 9GpHSO9uMTs6IFc5XT.pdf. Acesso em: 4 mai. 2021. GESTAO ESCOLARDIA A DIA. Manual de boas práticas2016. Disponível em:http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/alimen atacao_escolar/manual_de_boas_praticas_2016.pdf. Acesso em: 4 mai. 2021. MINISTÉRIO DA SAÚDE. RESOLUÇÃO N° 216, DE 15 DE SETEMBRO DE 2004. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0216_15_ 09_2004.html. Acesso em: 4 mai. 2021. REVISTA ACADÊMICACONECTA FASF. IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUES PARA AS EMPRESAS. Disponível em: http://revista.fasf.edu.br/index.php/conecta/article/download/63/pdf . Acesso em: 4 mai. 2021. REFERÊNCIAS http://www.fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/CR2VPU5fv7ZtA9GpHSO9uMTs6IFc5XT.pdf http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/alimenatacao_escolar/manual_de_boas_praticas_2016.pdf http://revista.fasf.edu.br/index.php/conecta/article/download/63/pdf As doenças transmitidas por alimentos são conhecidas como DTAs e são causadas pela ingestão de água ou alimentos que, apesar da boa aparência, odor e sabor, estão contaminados por microrganismos patogênicos, que provocam quadros de infecções ou intoxicações, de forma isolada ou em surto de forma disseminada ou localizada. As DTAs estão relacionadas a práticas inadequadas de higiene pessoal dos manipuladores de alimentos, armazenamento indevido de alimentos, ingestão de produtos fora do prazo de validade, más condições de saneamento e qualidade de água imprópria para consumo. Capítulo 7 - Como evitar surtos de DTA? Autores: Ana Paula Freitas de Souza, Daniele dos Santos Goulart, Euline da Silva Cunha, Débora Resende Silva, Liliana Gonçalves de Miranda, Thais Cristine Oliveira Dias, Priscila Marques Braga Faria, Beatriz Contarato Nascimento, Juan da Silva dos Santos. A sobrevivência e multiplicação do microrganismo causador da DTA depende de seus mecanismos de defesa e das condições do meio, como oxigenação, PH e temperatura de cada alimento. As DTAs podem ser causadas por bactérias, toxinas, vírus, parasitas ou substâncias tóxicas e o quadro infeccioso apresenta sintomas clínicos variados, como náuseas, vômitos, diarreia e febre, podendo estes serem agravados para disfunções em diferentes órgãos e sistemas como meninges, rins, fígado, sistema nervoso central e terminações nervosas periféricas. Contaminação Biológica - É causada por microrganismos, fungos, bactérias, vírus e leveduras. Capítulo 7 - Como evitar surtos de DTA? Contaminação Física - É causada por agentes físicos como fios de cabelo, botões, insetos, adereços, tarrachas, palitos, entre outros. Contaminação por animais e pragas - a presença de animais e pragas domésticas nos locais onde os alimentos são acondicionados e preparados se constituem fontes perigosas de contaminação, sendo estes indesejáveis nas áreas de manipulação e armazenamento dos alimentos. Principais fontes contaminantes dos alimentos Contaminação química - É causada por agentes químicos como graxas, óleos, inseticidas, agrotóxicos, entre outros produtos químicos em geral Contaminação pelo ar - ocorre pelo transporte dos esporos de microrganismos pelas correntes de ar, chegando até os alimentos quando estão desprotegidos. Quanto às instalações físicas e sua higienização As instalações físicas devem seguir recomendações adequadas, quanto ao revestimento, iluminação, escoamento de águas de dejeto, espaçamento entre os planos de trabalho, fluxo de produção, etc. Sem essas recomendações básicas, a instalação física pode se tornar fonte de contaminação dos alimentos e dificultar o trabalho dos manipuladores. Capítulo 7 - Como evitar surtos de DTA? Higienização nas instalações, equipamentos e utensílios As instalações, os equipamentos e os utensílios utilizados na manipulação dos alimentos podem se tornar fontes de contaminação dos alimentos, quando: - Não houver a correta higienização; - Há utilização de material inadequado, como por exemplo tábuas de madeira ou outro material poroso. Contaminação Cruzada De acordo com a ANVISA, contaminação cruzada é a transferência de microrganismos patogênicos (microrganismo que pode causar doença) de um alimento contaminado para outro alimento que não esteja contaminado podendo ser transferidos por superfícies, equipamentos e utensílios que são usados para o preparo de um determinado alimento e em seguida para o preparo de outro alimento, sem a devida higienização entre um preparo e outro. Alimentos crus como verduras, legumes, frutas, carnes e ovos abrigam uma grande quantidade de bactérias e quando são mal higienizados ou mal cozidos a eliminação das bactérias não é feita completamente, podendo contaminaroutros alimentos ao entrar em contato com eles, ocasionando assim as DTAs (Doenças Transmitidas por Alimentos). Capítulo 7 - Como evitar surtos de DTA? Realizando a higienização correta das mãos, antes e após o preparo do alimento; Checagem de validade do produto; Atentar aos cuidados quanto à qualidade da água local; Utilização de utensílios respeitando suas individualidades em preparações de diferentes alimentos; Evitar o consumo de carnes e ovos crus, com gema mole ou sem procedência; Manter o armazenamento dos alimentos em local adequado antes e após o seu preparo; Realizar o descarte do lixo de maneira correta respeitando sempre o contato com o meio de preparo. Como evitar surtos de DTA? BRASIL, Ministério da Saúde. Doenças transmitidas por alimentos: causas, sintomas, tratamento e prevenção. Disponível em: <https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-transmitidas-por- alimentos> Acesso em: 27 Abril. 2021 BRASIL, Ministério da Saúde. Manual integrado de prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. Secretaria de Vigilância em Saúde. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_integrado_prevencao_ doencas_alimentos.pdf. Acesso em: 27 Abril de 2021 BRASIL, Ministério da Saúde. Anvisa alerta para perigo de contaminação cruzada em alimentos. Disponível em:<https://www.gov.br/anvisa/pt- br/assuntos/noticias-anvisa/anos-anteriores/anvisa-alerta-para-perigo-de- contaminacao-cruzada-em-alimentos>. Acesso em: 04 Abril. 2021 OPAS BRASIL. Organização Mundial da Saúde. Segurança dos alimentos é responsabilidade de todos. Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.php? option=com_content&view=article&id=5960:seguranca-dos-alimentos-e- responsabilidade-de-todos&Itemid=875>. Acesso em: 28 Abril. 2021 LOPES, Larissa Chivanski; PRESTES, Caroline Furtado; MENDES, Luciane Gonzaga; PAULA, Mariane de; AUGUSTO, Marta Maria Marquezan; CRUZ, Willian Silva da. et al. Boas práticas de fabricação: Treinamento aplicado aos manipuladores de alimentos em restaurante universitário. Brazilian Journal of Development. Curitiba, v. 6, n. 7, p. 49282-49289 jul. 2020. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/13627. Acesso em: 28 Abril. 2021 SILVA, Júlio César Gomes da Silva; FILHO, Manoel Miguel da Silva; NASCIMENTO, Giselly Viana; PEREIRA, Danielly Alves Barbosa; JUNIOR, Carlos Eduardo de Oliveira Costa. et al. Incidência de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) no estado de Pernambuco, um acompanhamento dos dados epidemiológicos nos últimos anos. Ciências Biológicas e de Saúde Unit. Pernambuco. Facipe v. 3, n. 1, p. 23-34Junho 2017. Disponível em: < https://periodicos.set.edu.br/facipesaude/article/view/4180>. Acesso em 04 Maio. 2021 REFERÊNCIAS https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-transmitidas-por-alimentos http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_integrado_prevencao_doencas_alimentos.pdf https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/anos-anteriores/anvisa-alerta-para-perigo-de-contaminacao-cruzada-em-alimentos https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5960:seguranca-dos-alimentos-e-responsabilidade-de-todos&Itemid=875 https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/13627 https://periodicos.set.edu.br/facipesaude/article/view/4180 Como já visto, os alimentos podem ser contaminados por perigos químicos (desinfetantes, antimicrobianos, agrotóxicos, metais pesados), perigos físicos (cacos de vidro, metais, ossos, insetos, fios de cabelo) e perigos biológicos (bactérias, fungos, protozoários) que podem afetar a saúde e integridade física ou psicológica dos consumidores e prejudicar a qualidade dos alimentos. As Boas Práticas Fabricação (BPF) ou Boas Práticas (BP) – como são chamadas as BPF em serviços de alimentação – abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos e pelos serviços de alimentação, a fim de diminuir as fontes de contaminação dos alimentos, isto é, garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos alimentos com os regulamentos técnicos. Também é necessário que qualquer estabelecimento que manipule, transporte, distribua ou venda produtos alimentícios, elabore um Manual de Boas Práticas de Fabricação devidamente adequadas às normas da RDC 216 sob pena de multa ou até mesmo o encerramento da atividade local. Para que a qualidade do produto não seja afetada é necessário cumprir todos os procedimentos operacionais padrão (POP‘s). Isso quer dizer que o ramo da alimentação deve adotar procedimentos, tais como: Capítulo 8 - O que são as BPF? Autores: Ana Carolina Celestino Costa Felippe, AnaMaria Marinho, Daniela Monteiro, Fernanda Gonçalves Pinheiro Accioly, Gabriela Alice Luércio Valle, Ismênia Gomes da Silva, Luziane Martinez, Matheus de Albuquerque Pinto Figueira, Tamires Secundes, Yara Consuelo Cintra. Higiene das instalações, equipamentos, móveis e utensílios A higienização de uma indústria ou serviço de alimento é um dos fatores mais importantes para garantir a inocuidade dos alimentos. Limpeza + Desinfecção = Higienização A higienização engloba desde a remoção de sujidades até a desinfecção para reduzir o número de microrganismos das superfícies. Um dos principais objetivos da higienização é a prevenção da contaminação cruzada, isto é, a passagem de microrganismos de uma superfície ou alimento ao outro. É preciso implementar padrões eficientes e seguros de higienização, por isso, é importante a criação de checklists e planilhas de controle de higienização, que definam o que será higienizado, como, com o que, quem e quando. Capítulo 8 - O que são as BPF? Manejo de resíduos Definir o sistema de segregação de resíduos orgânicos e recicláveis respeitando a lei que se aplica à empresa em questão é de extrema importância para evitar DTAs provenientes da contaminação cruzada. Controle de vetores e pragas urbanas Controle de água É necessária a utilização exclusiva de água potável para a manipulação alimentar. É essencial que haja testagem de potabilidade semestral, atestada através de laudos e testes laboratoriais. O reservatório de água deve estar em estado de higiene e conservação adequados: devidamente tampado, revestido, distante de fonte de contaminação, sem rachaduras, infiltrações, descascamento, vazamento etc. Deve-se higienizar o reservatório a cada 6 meses. Controle de processos Ter controle de todas as fases do processo faz com que a qualidade do produto seja garantida, por isso, ter os procedimentos detalhados para cada operação realizada que possa interferir de forma direta ou indireta no resultado (recebimento, armazenamento, descongelamento, manipulação e distribuição) é uma das regras mais importantes do BPF. Devem ser controladas também todas as etapas da cadeia de suprimentos, e sempre fornecer informações fundamentais para a análise e gestão de riscos. O controle de processos contempla todas as fases do processo e diz respeito a tempo, temperatura e outros fatores. Os serviços de alimentação necessitam possuir o Manual de BPF e POPs, documentos acessíveis aos funcionários envolvidos e disponíveis à autoridade sanitária, quando requerido. Capítulo 8 - O que são as BPF? Regulamentação - PORTARIA MS 1.428 DE 26/11/1993: Determina que os estabelecimentos que estão relacionados à área de alimentos incorporem, mediante a responsabilidade técnica, as suas próprias Boas Práticas de Produção, Prestação de Serviços, seus Programas de Qualidade, e atendam aos PIQ’s para Produtos e Serviços na Área de Alimentos. Estabelece os quesitos gerais sobre as circunstâncias higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para estabelecimentos produtores e industrializadores de alimentos. - RDC 275 DE 21/10/2002: Determina o domínio ininterrupto das BPF e os POPs, e origina a harmonização das ações de fiscalização sanitária por meio de instrumento de verificação das BPF. - RDC 216 DE 15/09/2004: É o RegulamentoTécnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Possui como principal objetivo o constante aperfeiçoamento sobre as ações de controle sanitário na área de alimentos. Capítulo 8 - O que são as BPF? Os estabelecimentos de alimentos necessitam estar de acordo com as normas sanitárias e sob a pena de punição de acordo a Lei n° 6437, de 20 de agosto de 1977 da ANVISA. A não adequação ou ausência do Manual BPF e dos POPs podem gerar sanções tais como: multas, advertências e cancelamento do alvará de funcionamento do estabelecimento. Embalagem e Rotulagem dos alimentos A embalagem precisa preservar a qualidade do alimento e levar ao consumidor as informações necessárias. Devem ser de material apropriado para cada tipo de alimento. Depois de pronto, o alimento deve ser embalado imediatamente para garantir que não se contamine. É necessário seguir as recomendações de acordo com as características de cada produto e conforme os regulamentos técnicos específicos. As embalagens precisam estar identificadas com etiquetas/rótulos ou por impressão na própria embalagem e devem atender as especificações da legislação, contando: > Nome do produto; > Lista de ingredientes; > Conteúdo líquido; > Nome e endereço do produtor; > Data de fabricação, validade e lote; > Como o produto deve ser armazenado e conservado antes e depois de aberta a embalagem; > Validade do produto após aberto; > Instruções para o preparo e uso do alimento; > Informação nutricional, conforme legislação vigente; > Alerta quanto à presença de produtos alergênicos, para consumidores com restrições alimentares (lactose, glúten e outros); > Registro, quando necessário. Capítulo 8 - O que são as BPF? Manipuladores de alimentos Manipuladores são aqueles que executam operações para obtenção e entrega ao consumo do alimento preparado, envolvendo as etapas de preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e exposição à venda. Não é permitida a manipulação de alimentos pelo manipulador que se apresente ao trabalho com lesões, sintomas de enfermidades ou sinais sugestivos de processos infecciosos. O manipulador que apresente cortes ou lesões nas mãos deverá protegê-las com um curativo e uma cobertura à prova d’água, como a luva de borracha. Mesmo assim, recomenda-se que esse manipulador trabalhe somente com os alimentos já embalados. O cuidado com a higiene pessoal também é muito importante, pois pessoas saudáveis que não possuem hábitos de higiene podem ser transmissoras de contaminação para os alimentos durante a manipulação. Por isso, quem trabalha na produção deve ter cuidados e seguir normas básicas de higiene. Capítulo 8 - O que são as BPF? Em suma, as Boas Práticas de Fabricação asseguram o cuidado com a qualidade dos alimentos e saúde dos consumidores. ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITÁRIA. Boas Práticas de Fabricação. Disponível em: http://antigo.anvisa.gov.br/en/registros-e- autorizacoes/alimentos/empresas/boas-praticas-de-fabricacao. Acesso em: 30 abril 2021. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Higiene dos Alimentos: Textos básicos. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2006. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php? option=com_docman&view=download&alias=286-codex- alimentarius-higiene-dos-alimentos-textos-basicos- 6&category_slug=seguranca-alimentar-e-nutricao- 997&Itemid=965. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria N° 1428/1993, de 26 de novembro de 1993. Estabelece regulamento técnico para inspeção sanitária de alimentos. Ministério da Saúde, Gabinete do Ministro. Brasília, DF, 26 de nov de 1993. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução da Diretoria Colegiada RDC N° 275/2002, de 21 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília, DF, 21 de out de 2002. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução da Diretoria Colegiada RDC N° 216/2004, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília, DF, 15 de set de 2004. SENAR – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL. Agroindústria: boas práticas de fabricação de alimentos. Brasília: SENAR, 2019. Disponível em: https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/174- Agroindustria_Boas_praticas_2ed2019_web.pdf. TONDO, Eduardo C.; BARTZ, Sabrina (orgs.). Microbiologia e sistemas de gestão da segurança de alimentos. 2.ed. Porto Alegre: Sulina, 2019. REFERÊNCIAS http://antigo.anvisa.gov.br/en/registros-e-autorizacoes/alimentos/empresas/boas-praticas-de-fabricacao https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=download&alias=286-codex-alimentarius-higiene-dos-alimentos-textos-basicos-6&category_slug=seguranca-alimentar-e-nutricao-997&Itemid=965 https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/174-Agroindustria_Boas_praticas_2ed2019_web.pdf Capítulo 9 - Covid 19 X Comportamento Higiênico Autores: Dayane Melo, Giulia Loureiro Chaves Claro, Jacqueline Nunes de Paiva, João Pedro Breves Pontes, Luisa Silva de Souza, Maria Eduarda Cesar Costa, Paloma Paiva de Albuquerque, Rubens Costa Bastos, Sandra Cardoso Ferreira. A higienização é de extrema importância e tem por objetivo principal a remoção de resíduos orgânicos, minerais e micro- organismos. Diante do cenário atual de pandemia pelo SARS-CoV-2 que estamos vivenciando, a adoção de hábitos de limpeza e higiene mais rigorosos são necessários para a prevenção da COVID-19. Higiene de Frutas e Hortaliças Passo 1 - Retire e descarte folhas, partes e unidades dos vegetais que estejam estragadas/danificadas; Passo 2 - Lave em água corrente os vegetais folhosos (folha a folha), frutas e legumes (um a um); Passo 3 - Coloque os vegetais em solução clorada* por 15 minutos (1 colher de sopa de água sanitária para 1 litro de água); Passo 4 - Enxague os vegetais em água corrente; Passo 5 - Armazene adequadamente. *Observação: Verificar na embalagem se o produto é recomendado para uso em alimentos. No caso de uso de produtos comerciais de sanitização, seguir as orientações do fabricante. Capítulo 9 - Covid 19 X Comportamento Higiênico Higiene de Superfícies e Utensílios Passo 1 - Faça a limpeza com água e sabão/detergente para retirar resíduos de alimentos; Passo 2 - Enxague com água; Passo 3 - Faça a sanitização com aplicação de solução clorada* por 15 minutos ou álcool 70%. *Observação: Para preparar a solução clorada, utilize uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água. No caso de uso de produtos comerciais de sanitização, siga as orientações do fabricante. Higiene correta das Embalagens Para alimentos embalados, lave com água e sabão ou álcool a 70%. Devem ser armazenados em recipientes fechados e ter suas embalagens descartadas. As sacolas plásticas devem ser desprezadas. No caso de comidas prontas, escolha um local para tirá- las da embalagem, que logo precisa ser descartada e o lugar, limpo. Embalagens plásticos e de alumínio devem ser higienizadas com água e sabão e secas com pano limpo. Deve-se evitar: comer, fumar, tossir, cantar, assoviar ou outras práticas anti-higiênicas. Recomenda-se a retirada de objetos de adorno pessoal que possam acumular sujeiras. Banhos antes do início da jornada de trabalho e/ou manipulação de alimentos, e a garantia de uniformes limpos a cada turno de trabalho. O uso de máscara facial é um instrumento que pode auxiliar na diminuição da transmissão do vírus. Celulares também não devem ser utilizados na área de manipulação de alimentos. Deve-se fazer a troca na frequência necessária dos equipamentos de proteção individual. Capítulo 9 - Covid 19 X Comportamento Higiênico RecomendaçõesGerais Veja a forma correta de lavar as mãos REFERÊNCIAS VELASCO, Clara. CORONAVÍRUS: COMO HIGIENIZAR AS COMPRAS DO MERCADO OU DA FEIRA. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/fique-em-casa/noticia/2020/04/10/coronavirus- como-higienizar-as-compras-do-mercado-ou-da-feira.ghtml. SANTOS, Érika Letícia et al. GUIA DE HIGIENIZAÇÃO GERAL EM TEMPOS DE PANDEMIA. 2020 Disponível em: https://www.ufpb.br/ufpb/contents/documentos/outros- pdfs/Cartilhafinalhigienizaogeral.pdf. BRASIL. Ministério da Saúde. TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MAÕS. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Brasil, 2021. Disponível em: https://www.amib.org.br/fileadmin/user_upload/amib/2019/maio/03 /higienizacao.jpg. PROCEDIMENTOS DE HIGIENE E COMPORTAMENTE EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO. Sebrae. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/procediment os-de-higiene-e-comportamento-em-servicos-de- alimentacao,86b5d49be41e1710VgnVCM1000004c00210aRCRD. GONÇALVES, Bruna Maria; TORIANI, Sônia dos Santos. HÁBITOS RELACIONADOS À HIGIENE ALIMENTAR EM TEMPOS DE COVID-19: UMA PESQUISA COM ESTUDANTES DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR PRIVADA DE JOINVILLE (SC). 2011. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/2517 2. https://www.amib.org.br/fileadmin/user_upload/amib/2019/maio/03/higienizacao.jpg Para que aconteça a segurança alimentar é necessária uma abordagem integrada do assunto para que todos os trabalhadores desse setor , ao longo da cadeia de produção , garantam que os alimentos estejam seguros para o consumo . Porém, com o surgimento da pandemia veio um novo modo de viver que tem causado grande impacto nos estabelecimentos que produzem ou comercializam alimentos . O mundo está enfrentando uma ameaças em precedentes com a pandemia do Covid - 19 , muitos países estão seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o distanciamento físico como uma das formas para redução da transmissão da doença . A aplicação dessa medida já resultou no fechamento de muitas empresas, restaurantes, escolas, entre outros . Na atual pandemia , o consumo no local não é permitido para restaurantes comerciais , mas algumas unidades de alimentação e nutrição institucional têm mantido o atendimento em seus refeitórios . Neste caso, é importante que medidas sejam tomadas para evitar aglomerações . Capítulo 10 - Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia Autores: Alex Lemos Ribeiro, Cristiana F. Simões, Cristine Majdalani, Fabrício Ferreira, Ketlyn Ladeira, Lara Tuler, Leonardo de Oliveira Gouveia da Silva, Liggia Coelho de Senna, Lucas Costa, Tamires Dandara S. Silva. COVID 19 D e a c o r d o c o m a O M S , n ã o h á e v i d ê n c i a s de q u e o C O V I D - 1 9 p o s s a s e r t r a n s m i t i d o a t r a v é s d e v i a s a l i m e n t í c i a s o u p o r s u a s e m b a l a g e n s , p o i s n ã o p o d e s e m u l t i p l i c a r n o s a l i m e n t o s d e v i d o a n e c e s s i d a d e d e u m h o s p e d e i r o h u m a n o /animal p a r a s u a re p r o d u ç ã o , p o r é m p o d e o c o r r e r a t r a n s m i s s ã o p e l o c o n t a t o d e p e s s o a s e p e l o c o n t a t o d i r e t o c o m a s g o t í c u l a s l a n ç a d a s p o r u m i n d i v í d u o c o n t a m i n a d o , s e j a a s s i n t o m á t i c o o u n ã o , a t r a v é s d e t o s s e o u e s p i r r o . S e n d o a s s i m , é c o n s i d e r a d o i m p o r t a n t e q u e o s c o m é r c i o s a l i m e n t a r e s r e f o r c e m o s p r i n c í p i o s d a h i g i e n e a l i m e n t a r ( R D C n º 2 1 6 d e 2 0 0 4 ) p a r a e l i m i n a r o u d i m i n u i r q u a l q u e r r i s c o d e s u p e r f í c i e s e e m b a l a g e n s d e a l i m e n t o s d e s e r e m c o n t a m i n a d o s p o r p a r t e d o s f u n c i o n á r i o s . A l é m d i s s o , e s s e s e s t a b e l e c i m e n t o s s ã o f o r t e m e n t e a c o n s e l h a d o s p e l a O r g a n i z a ç ã o M u n d i a l d a S a ú d e ( OMS ) e a s p r i n c i p a i s a u t a r q u i a s d e s a ú d e n o B r a s i l c o m a s d i v u l g a ç õ e s d e c u i d a d o s ( O L I V E I R A ., e t a l . 2 0 2 0 ) . D i a n t e d i s s o , a s i n d ú s t r i a s , e m p r e s a s e o u a s u n i d a d e s d e a l i m e n t a ç ã o e n u t r i ç ã o d e v e m c o n t a r c o m S i s t e m a s d e G e s t ã o e m S e g u r a n ç a d e A l i m e n t o s ( S G S A ) b a s e a d o s e m P r i n c í p i o s d e A n á l i s e d e P e r i g o s e P o n t o s C r í t i c o s d e Co n t r o l e ( A P P C C ) p a r a g e r e n c i a r o s r i s c o s q u e a f e t a m a s e g u r a n ç a e e v i t a r a c o n t a m i n a ç ã o d o s a l i m e n t o s . Se a e m p r e s a d e a l i m e n t o s t i v e r u m a e q u i p e d e S G S A e / o u d e A P P C C e s t a b e l e c i d a , o s m e m b r o s d e s s a e q u i p e p r e c i s a m s e r i n c l u í d o s e m t o d a s a s d i s c u s s õ e s p a r a g a r a n t i r q u e n o v a s i n t e r v e n ç õ e s s e j a m r e v i s a d a s t e n d o e m m e n t e a s e g u r a n ç a d e a l i m e n t o s . Capítulo 10 - Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia MANIPULAÇÃO DOS ALIMENTOS Capítulo 10 - Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia A pessoa que fará o recebimento deve higienizar as mãos antes e depois desta tarefa; Retirar todos os produtos das caixas de papelão e transfira para as caixas próprias do serviço, previamente higienizadas. Nunca coloque ou armazene os alimentos sobre o chão; Higienização das embalagens; A área de recebimento deve ser higienizada. Recebimento e Armazenamento É importante a disposição de lavatório dotado dos produtos para lavagem das mãos e álcool gel 70% na entrada do estabelecimento; Manter o refeitório ventilado, abrindo portas e janelas e utilizar estratégias para manter o distanciamento das pessoas (pelo menos 2 metros) durante a espera na fila; Manter as barreiras físicas dos balcões de distribuição; Determinar um tempo médio de permanência no refeitório, a fim de evitar aglomeração; Manter os alimentos aquecidos no balcão apelo menos 60°C ou acima disso. Distribuição de consumo no local Capítulo 10 - Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia Mantenha o asseio pessoal, com cabelos presos, sem uso de barba, com unhas curtas, sem esmaltes e não usar adornos. Além disso, não deve fumar, falar desnecessariamente, cantar, assobiar, espirrar, comer, manipular dinheiro ou praticar outros atos que possam contaminar no alimento, durante as etapas de manipulação; A lavagem das mãos, adotando o procedimento correto e a frequência adequada e essencial para a prevenção da contaminação; Os manipuladores que apresentarem febre ou qualquer sintoma respiratório devem ser afastados da unidade, sobre a autorização do supervisor. Manipuladores de alimentos É importante ter um funcionário específico para as atividades de higienização e utilizar luvas; A higienização de áreas, como cozinha, refeitórios, vestiários devem ter frequência aumentada; Móveis, utensílios e superfícies que entram em contato com o manipulador deve ser higienizado antes e depois da manipulação; Utilize somente saneantes autorizados pelo Ministério da Saúde, nas operações de higienização no serviço de alimentação. Higienização ambiental A Pandemia levou muitas pessoas a criarem hábitos de higiene. Um estudo feito pelo InstitutoQualibest estima que 7 em cada 10 brasileiros reformularam seus hábitos de higiene durante a pandemia, como a lavagem regular das mãos e álcool em gel, e ainda a população se acostumou com a higienização dos alimentos comprados no mercado. Assim, todas essas medidas foram exigidas e pedidas para serem seguidas pela Organização Mundial de Saúde, que criou várias diretrizes que devem ser realizadas com atenção e muito cuidado, pois mesmo com todos os estudos sobre o COVID - 19 é de fundamental que a sociedade se conscientize e faça algumas medidas para o retardo da doença, como na manipulação dos alimentos, no cuidado com o recebimento e armazenamento e ainda a importância dos estabelecimentos seguirem todas as intervenções pré-estabelecidas, como por exemplo os manipuladores de alimentos saberem a forma correta do manuseio e a higienização ambiental, que deve ser realizada com muito cuidado e atenção, já que o funcionário, além de se certificar que o ambiente está limpo, também não pode se contaminar. Sendo assim, toda a humanidade deve caminhar unida, usando todas as formas de cuidado e medidas para ter um futuro melhor . Capítulo 10 - Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia REFERÊNCIAS ABRANCHES, M.V.; OLIVEIRA, T.C.; SANTOS, V.S. Estratégias para adaptação da produção, comercialização e gestão de estabelecimentos do setor. São Carlos, SP: Editora Scienza, 2020 . COVID - 19 e inocuidade dos alimentos: conheça o sinfográficos sobre o tema. OPAS, 2020. Disponível em: <https://www.paho.org/pt/noticias/1-9-2020-covid-19-e-inocuidade- dos-alimentos-conheca-os-sinfograficos-sobre-tema>. Acesso em: 21 de abr de 2021. LEE, B.Y. OMS diz que é improvável contrair Covid -19 de alimentos ou embalagens. Forbes, 2020. Disponível em: <https://www.forbes.com.br/colunas/2020/08/oms-diz-que-e- improvavelcontrair-covid-19-de-alimentos-ou-embalagens/>. Acesso em: 21 de abr de 2021. OLIVEIRA, T.C. et al. Segurança alimentar no contexto da pandemia por SARS-CoV-2. Scielo. Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 311X2020000400501>. Acesso em: 18 de abr de 2021. http://www.paho.org/pt/noticias/1-9-2020-covid-19-e-inocuidade- http://www.forbes.com.br/colunas/2020/08/oms-diz-que-e- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- "A leitura reaviva a memória e nos coloca a par do desconhecido." Orlando Almeida
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