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Práticas de Administração Escolar

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MATERIAL DIDÁTICO 
 
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE 
ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 
 
 
 
 
 
CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA 
PORTARIA Nº 1.004 DO DIA 17/08/2017 
 
0800 283 8380 
 
www.faculdadeunica.com.br 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
2
 
SUMÁRIO 
 
UNIDADE 1: A ESCOLA E A DEMOCRACIA... A ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR... 
...NOVOS TEMPOS, NOVA MISSÃO... ...................................................................... 4 
UNIDADE 2: ESTILOS DE GESTÃO ESCOLAR ....................................................... 8 
UNIDADE 3: MECANISMOS PARA UMA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 
DEMOCRÁTICA ....................................................................................................... 11 
3.1 - A ESCOLHA DOS DIRIGENTES ............................................................................. 11 
3.2 - OS LEGISLADORES ........................................................................................... 12 
3.3 - OS MECANISMOS.............................................................................................. 16 
3.4 - AS PARCERIAS ................................................................................................. 19 
UNIDADE 4: DOCUMENTOS QUE NORTEIAM A PRÁTICA DA GESTÃO 
ESCOLAR ................................................................................................................. 22 
UNIDADE 5: PERFIL IDEAL DO ADMINISTRADOR ESCOLAR NOS DIAS ATUAIS
 .................................................................................................................................. 26 
UNIDADE 6: O ADMINISTRADOR ESCOLAR E A ÉTICA...................................... 29 
UNIDADE 7: PAPÉIS E FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR ESCOLAR .................. 30 
7.1 - FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS: ............................................................................. 31 
7.2 - FUNÇÕES PEDAGÓGICAS .................................................................................. 33 
7.3 - FUNÇÃO SOCIAL ............................................................................................... 36 
UNIDADE 8: ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR ESCOLAR .......................................... 41 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 45 
 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
3
 
 
 
 
 
 
“A escola é uma instituição de natureza educativa. Cabe ao diretor, 
então, o papel de garantir o cumprimento da função educativa que é a razão de 
ser da escola. Nesse sentido, é preciso dizer que o diretor de escola é antes de 
tudo, um educador; antes de ser administrador, ele é um educador.” 
 
Demerval Savianni - 1996 
 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
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recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
4
 
UNIDADE 1: A ESCOLA E A DEMOCRACIA... A 
ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR... ...NOVOS TEMPOS, NOVA 
MISSÃO... 
 
 A sociedade vive novos tempos. Tempos de conquistas científicas, mas, 
sobretudo, tempos de reflexão sobre o cuidado com a natureza, sobre o cuidado 
com o humano, sobre o valor da cidadania, sobre o papel da democracia como valor 
e como processo, sobre o papel dos gestores. 
Para que qualquer assunto possa ser discutido é importantíssima a definição 
dos conceitos, das ideias. 
No caso da Administração Escolar tem-se uma expressão relacionada à 
atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de 
todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos 
processos sócio-educacionais dos estabelecimentos de ensino, orientados para a 
promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos. 
O conceito de gestão escolar foi criado para superar um possível enfoque 
limitado do termo administração escolar. Foi constituído a partir dos movimentos de 
abertura política do país, que começaram a promover novos conceitos e valores, 
associados, sobretudo à ideia de autonomia escolar, à participação da sociedade e 
da comunidade, à criação de escolas comunitárias, cooperativas e associativas e ao 
fomento às associações de pais. Assim, no âmbito da gestão escolar, o 
estabelecimento de ensino passou a ser entendido como um sistema aberto, com 
uma cultura e identidade próprias, capaz de reagir com eficácia às solicitações dos 
contextos locais em que se inserem. 
Dentro da reflexão sobre o papel da democracia, surge o diálogo, o debate 
sobre a função da gestão democrática em todos os segmentos da sociedade. E 
como não pode ser diferente surge a necessidade de se pensar, de forma especial, 
sobre a gestão democrática nas escolas. Por que de forma especial? Porque não se 
desvincula qualquer cargo ou função da escola da missão de educar, emancipar 
pessoas, transformar vidas e realidades. 
Mas, o que é gestão democrática escolar? Para responder a essa pergunta é 
importante definirmos bem o significado de cada palavra. Por gestão entende-se a 
ação de gerir alguma coisa, administrar, dar direção e democracia é uma forma de 
 
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5
 
governo em que os representantes do povo são eleitos pelo povo. Então parece 
simples: alguém que é eleito pelo povo para representá-lo, deve administrar, da 
melhor forma possível, algo que é do povo. 
De acordo com Rodrigues (1991, s/p): 
 
...A democracia não é algo a que se chega em um determinado momento, 
pois ela é uma possibilidade. E por isto, então, que a eleição de diretores 
não é a democracia, é um momento de democracia, é a condição de 
possibilidade... 
 
Porém, gestão democrática escolar é muito mais do que isso, a gestão que é 
democrática no âmbito escolar traz junto de si a autonomia, a ideia e a 
recomendação de gestão colegiada, com responsabilidades compartilhadas pelas 
comunidades interna e externa da escola. 
Esse tipo de gestão é resultado de um processo pedagógico coletivo que 
envolve o conhecimento da legislação e também a implantação e consolidação de 
mecanismos de participação tais como conselho ou colegiado escolar e grêmios 
estudantis, que contribuem de maneira eminente para a autonomia da escola. 
Lembrando que, a autonomia, somente existe na proporção em que ela acontece 
nas relações sociais e por esse caminho ela é construída, quer seja no plano 
individual, no plano coletivo ou institucional. 
De acordo com Barroso (2000): 
 
Não há ‘autonomia na escola’ sem ‘autonomia dos indivíduos’ que a 
compõem. Ela é, portanto, resultado da ação concreta dos indivíduos que a 
constituem, no uso de suas margens de autonomia relativa. Não existe uma 
‘autonomia’ da escolaem abstrato, fora da ação autônoma organizada de 
seus membros. 
 
Esse novo modelo de gestão não só abre espaço para iniciativa e 
participação, como cobra isso da equipe escolar, alunos e pais. Ele delega poderes 
(autonomia administrativa e orçamentária) para a Diretoria da Escola resolver o 
desafio da qualidade da educação no âmbito de sua instituição. A dimensão sócio-
política da escola torna-se mais exigente e complexa e exige parceria e co-
responsabilidade na sua gestão. A responsabilidade sócio-política da escola não 
dispensa seus agentes sociais inseridos na comunidade escolar, nem o governo, 
 
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recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
6
 
nem a sociedade de lutar pela universalização da educação de qualidade e 
excelência. 
Quanto ao poder, assim diz Paro (1995): “O fato de alguém ser investido 
de autoridade, ou seja, probabilidade de ter cumpridas determinadas ordens, não 
significa que essas ordens representem a sua vontade”. 
A gestão educacional passa pela democratização da escola sob dois 
aspectos: a) interno - que contempla os processos administrativos, a participação da 
comunidade escolar nos projetos pedagógicos; b) externo - ligado à função social da 
escola, na forma como produz, divulga e socializa o conhecimento. 
Esse processo, sustentado no diálogo e na alteridade tem como base a 
participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito às 
normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a 
garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola. 
O fato é que a ideia de gestão educacional desenvolve-se associada a um 
contexto de outras ideias como, por exemplo, transformação e cidadania. Isso 
permite pensar gestão no sentido de uma articulação consciente entre ações que se 
realizam no cotidiano da instituição escolar e o seu significado político e social. 
A gestão democrática na legislação é assim representada: 
- CF1/88: Art. 206 – O ensino será ministrado nos seguintes princípios: 
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o 
saber; 
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino; 
IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V – valorização dos profissionais de ensino... 
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei, 
VII – garantia de padrão de qualidade. 
 
- LDB/96 – Art. 3º - O ensino será ministrado nos seguintes princípios: 
 
1
 Constituição Federal. 
 
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recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
7
 
VIII - gestão democrática, do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos 
sistemas de ensino. 
Art. 14 - Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do 
ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e 
conforme os seguintes princípios: 
I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico 
da escola; 
II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou 
equivalentes. 
Art. 15 - Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de 
educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e 
administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro 
público. 
 
A gestão democrática do ensino e da escola assegura o direito de todos à 
educação, fortalece a escola como instituição plural, sem preconceitos e contribui 
para a redução das desigualdades sociais, culturais e étnicas. 
A convivência pedagógica e o projeto pedagógico da escola devem estar 
sempre em sintonia para que a escola seja verdadeiramente uma escola que 
promova as pessoas, que intervenha na socialização de seus alunos, que esteja 
inserida no mundo do trabalho, que ensine que é preciso aprender sempre. 
A qualidade da educação deve ser de interesse tanto da equipe escolar, 
quanto dos alunos e de suas famílias (além do Estado, das autoridades 
educacionais e da nação como um todo). Sua melhoria depende da busca de 
sintonia da escola com ela mesma e com seus usuários. 
 
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
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8
 
UNIDADE 2: ESTILOS DE GESTÃO ESCOLAR 
 
As funções que o diretor deve desempenhar para fazer a escola funcionar 
mediante o trabalho conjunto estão divididas em administrativas, pedagógicas e 
sociais. 
Antes de citar o perfil ideal do diretor é importante citar quais os estilos de 
gestão que estão presentes nas escolas: 
 
� Gestão burocrática: na qual as normas e as regras são previamente 
definidas, com forte ênfase na determinação rígida de tarefas e no controle do 
comportamento das pessoas. O diretor é do tipo que se acha no centro de tudo, 
decide tudo sozinho e pouco se comunica com sua equipe sobre suas atividades. 
Suas decisões são tomadas de cima para baixo sem a participação dos professores, 
dos funcionários e dos alunos. 
 
� Gestão democrático-participativa: na qual se acentua tanto a necessidade 
de estabelecer objetivos e metas quanto a de prever formas organizativas e 
procedimentos que propiciem a participação de todos nas decisões, em discussão 
aberta e pública dos fatos, com confiança e respeito aos outros. O diretor que adota 
esse estilo toma as decisões de forma coletiva, ouvindo os outros envolvidos e, além 
disso, ele delega poderes para que os membros de sua equipe assumam sua parte 
no trabalho, permite que todos dirijam e sejam dirigidos, que todos avaliem e sejam 
avaliados. Ele passa a atuar na coordenação e avaliação sistemática das ações, 
além de acreditar no exercício da gestão democrática e participativa. 
 
Atualmente, não se concebe mais o primeiro estilo de gestão citado. Toda a 
legislação, todo o discurso contemporâneo, traz à tona a necessidade da gestão 
democrático-participativa em todos os segmentos da sociedade. Portanto, é de 
acordo com esse estilo de gestão que se define o perfil ideal do gestor escolar. 
O diretor tem o poder de fazer com que a vivência na escola seja autoritária 
ou democrática. Tais vivências fazem parte o tempo todo do cotidiano escolar, o 
bom gestor deve desenvolver habilidades para buscar sempre a vivência 
 
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democrática. A diferença entre as duas vivências pode ser verificada no quadro a 
seguir: 
 
VIVÊNCIA AUTORITÁRIA VIVÊNCIA DEMOCRÁTICA 
Ausência de Diálogo Liberdade de expressão,diálogo 
Nas relações escolares há apenas um 
ganhador 
A relação não é entre ganhadores e 
perdedores, mas um grupo em que 
todos ganhem 
Desigualdade no exercício do poder. 
Determina-se quem dá as ordens e 
quem as obedece 
Estimula-se o comportamento de 
independência, solicitam-se opiniões, 
evita-se a distância hierárquica. 
Valorização da posição hierárquica, 
rejeição ao questionamento da ordem 
institucional ou do poder instituído 
Busca-se participação responsável, 
incentivo ao questionamento, à 
descoberta. 
Autoridade exercida sem crítica, 
revisão ou avaliação 
Autoridade exercida possibilitando a 
crítica ao que está posto, avaliando e 
revendo posições. 
 
De acordo com Luck (2000), o diretor escolar é um gestor da dinâmica social, 
um mobilizador e orquestrador de atores, um articulador da diversidade para dar-lhe 
unidade e consistência, na construção do ambiente educacional e promoção segura 
da formação de seus alunos. Atualmente, o diretor de escola além das atividades de 
administrador escolar é chamado a admitir seu papel político frente aos desafios 
exigidos pelo seu cargo. 
 
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10
 
Apesar de grande parte dos gestores escolares terem conhecimento das 
características de uma liderança democrática, muitos deles na hora de desempenhar 
suas funções ainda adotam outros tipos de liderança definidas no quadro abaixo: 
 
ESTILOS DE 
LIDERANÇA CARACTERÍSTICAS CONSEQUÊNCIAS 
Autocrático 
Prioriza a vontade própria, a 
dominação e o diretivismo. 
A submissão, a obediência cega, a 
revolta, o distanciamento e o 
esfriamento das relações 
profissionais e interpessoais. 
Laissez-faire 
Dá carta branca a qualquer 
pessoa sem se preocupar com 
a competência e a disposição 
para a tarefa. 
A escola perde seu rumo, fica sem 
referência; não há projetos e nem 
vontade política para produzi-los; o 
insucesso é evidente 
Burocrático 
Evidencia a preocupação 
exclusiva com o cumprimento 
dos ordenamentos do sistema 
escolar emitidos por leis, 
decretos, resoluções e 
regulamentos. 
O desempenho dos professores, 
funcionários e alunos torna-se 
apático, pois não se sentem co-
autores das atividades propostas 
e, desmotivados, se tornam 
reprodutores da hierarquização de 
um sistema distante e normativo 
Carism
ático 
É possuidor de uma 
irradiação pessoal, quase 
magnética e sedutora, 
acompanhada de empatia, que 
o torna capaz de influenciar as 
pessoas de forma intensa. 
Essa liderança pode aflorar 
seguidores e pode despertar 
fanatismo, pela consciência 
ingênua dos influenciados. 
 
Grande parte dos diretores exerce sua função misturando esses diversos 
estilos, mas um sempre se destaca dos demais, portanto o desejável é que o estilo 
democrático se sobreponha ganhando um desenvolvimento progressivo. 
 
 
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UNIDADE 3: MECANISMOS PARA UMA ADMINISTRAÇÃO 
ESCOLAR DEMOCRÁTICA 
 
3.1 - A escolha dos dirigentes 
As formas de escolhas dos administradores escolares não definem nem o tipo 
nem a qualidade da gestão, mas, certamente, neles interferem efetivamente. Dessa 
forma, é necessário articularmos a modalidade de escolha do gestor escolar e o 
exercício da função. 
Conforme algumas pesquisas realizadas em nosso país, existem os seguintes 
tipos de modalidade de escolha de dirigentes: 
 
1. Livre indicação: o diretor é indicado pelo Poder Executivo e/ou Legislativo. 
Essa forma de escolha do dirigente escolar está presente em algumas unidades da 
Federação e se caracteriza, na maioria das vezes, por prescindir do respaldo da 
comunidade escolar. 
2. Concurso público: modalidade que procura mensurar, por meio de exames 
técnicos, a capacidade dos candidatos ao cargo de dirigente escolar. Atualmente, 
não é adotada de forma exclusiva em nenhum estado de federação. 
3. Eleição: o diretor é eleito por voto dos seguimentos que compõem a 
comunidade escolar. Trata-se de modalidade defendida pelo movimento docente e 
implementada em vários estados. 
4. Formas mistas: consistem na adoção de duas ou mais modalidades de 
escolha articuladas ou pela combinação de critérios mistos de seleção. 
 
Já a destituição da função de diretor poderá vir a ocorrer normalmente em 
função de transgressão disciplinar ou por conduta incompatível com a função, tudo 
isso depois de apurados os fatos em sindicância e processo administrativo 
disciplinar. Para isso é necessário observar a legislação sobre o servidor público do 
estado, o estatuto do magistério e o próprio regimento interno da escola. Caso ainda 
restem dúvidas, deve-se consultar a Secretaria estadual de educação, que é o órgão 
superior competente para resolver esses casos. 
 
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12
 
3.2 - Os Legisladores 
Alguns órgãos que atuam na esfera estadual e federal são coordenadores e 
legisladores da gestão democrática. Devem ser considerados parceiros na 
construção da qualidade da educação em nosso país. Dentre eles destacam-se: 
 
1. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO: cabe ao CNE garantir a execução 
das diretrizes, prioridades e metas do Plano Nacional de Educação, interpretar a 
legislação de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, opinar sobre alterações de 
iniciativa do poder executivo e estabelecer normas para os sistemas de ensino, 
articulando-os com os órgãos normativos dos sistemas de educação e com as 
comissões de educação do Congresso Nacional. Deve, ainda, estimular a integração 
entre as redes de educação federal, estaduais e municipais, públicas e privadas. 
 
2. INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais): 
Autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC) que tem a função de 
organizar e manter o sistema de informações e estatísticas educacionais, com o 
objetivo de subsidiar ações do poder público (governos federal, estadual e 
municipal) na área da educação. 
Possui dois objetivos principais: reorientação das políticas de apoio a 
pesquisas educacionais, buscando melhorar seu desempenho no cumprimento das 
funções de suporte à tomada de decisões em políticas educacionais; e reforço do 
processo de disseminação de informações educacionais, incorporando novas 
estratégias e modalidades de produção e difusão de conhecimentos e informações. 
O INEP realiza pesquisas censitárias nacionais, destacando-se o Censo 
Escolar, que abrange um universo de cerca de 250 mil escolas, públicas e 
particulares, e 44 milhões de estudantes; o Censo do Ensino Superior, englobando 
as 851 instituições desse ensino do País; censos especiais, estudos sobre 
financiamento e gasto em Educação, que traz análises da receita e do gasto das 
diversas esferas de governo no componente educação. As informações censitárias 
são anuais e subsidiam os órgãos formuladorese implementadores de políticas 
educacionais nos três níveis de governo. 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
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13
 
Além disso, desde 1996, o INEP desenvolve o Sistema Integrado de 
Informações Educacionais - SIEd, que promove a descentralização da coleta do 
Censo Escolar e do acesso a seus resultados, além de propiciar a interação das 
demais bases do INEP. O objetivo destas ações é o fortalecimento da capacidade 
gerencial das escolas, das secretarias estaduais e municipais de educação e do 
próprio MEC. 
 
3. FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação): Órgão 
vinculado ao Ministério da Educação (MEC), responsável pela captação de recursos 
financeiros para o desenvolvimento de uma gama de programas que visam à 
melhoria da qualidade da educação brasileira. Tais recursos são canalizados para 
escolas públicas de ensino fundamental, municípios, Distrito Federal, governos 
estaduais e entidades não-governamentais (ONG’s), em consonância com uma 
estratégia educacional e diretrizes definidas pelo MEC que abrangem, ainda, ações 
de pesquisa, de capacitação de professores e de fiscalização do poder público por 
parte da sociedade. 
O FNDE financia, nas áreas de ensino fundamental, de educação especial, de 
educação de jovens e adultos e de educação pré-escolar, vários projetos com foco 
na melhoria da qualidade de ensino e no incremento de melhores condições físicas 
das unidades escolares, na capacitação e formação de professores e técnicos, na 
adequação e qualificação do material didático/pedagógico, além de propor 
alternativas metodológicas mais atualizadas no desenvolvimento do processo de 
ensino-aprendizagem. 
As transferências de recursos do FNDE aos Municípios são realizadas por 
meio de transferência automática e celebração de convênios. Entre os programas 
que o FNDE utiliza para os repasses de recursos federais estão o Programa 
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa Nacional do Livro Didático 
(PNLD), Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), Programa Nacional de 
Transporte Escolar (PNTE) e o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). 
4. FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação 
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação: Em 20 de junho de 
2007 foi sancionada a Nº. Lei 11494/2007 que regulamenta o Fundo Nacional de 
 
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14
 
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos 
Profissionais da Educação (Fundeb). Em vigor desde o dia 1º de janeiro por medida 
provisória, o novo fundo substitui o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do 
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). O Fundeb se 
estenderá até 2021. Os recursos do Fundeb destinam-se ao financiamento de ações 
de manutenção e desenvolvimento da educação básica pública, independentemente 
da modalidade em que o ensino é oferecido (regular, especial ou de jovens e 
adultos), da sua duração (Ensino Fundamental de oito ou de nove anos), da idade 
dos alunos (crianças, jovens ou adultos), do turno de atendimento (matutino e/ou 
vespertino ou noturno) e da localização da escola (zona urbana, zona rural, área 
indígena ou quilombola), observando-se os respectivos âmbitos de atuação 
prioritária dos Estados e Municípios, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 
211 da Constituição. Com o novo fundo, a educação básica atenderá 47 milhões de 
estudantes de creches, educação infantil e especial, ensinos fundamental e médio e 
educação de jovens e adultos. 
 
5. CEE - Conselhos Estaduais de Educação: Órgãos estaduais responsáveis 
pela definição de normas que devem ser seguidas na área educacional. Essas 
normas devem seguir as diretrizes propostas pelo Ministério da Educação (MEC) e 
pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). 
Os Conselhos foram criados com o objetivo de orientar a política educacional 
do Estado, tendo como tarefa regulamentar, por atos normativos, as bases e 
diretrizes emanadas do Conselho Nacional de Educação e a função de ordenar o 
Sistema de Ensino em diversos níveis. A criação desses conselhos surgiu da ideia 
de descentralização sobre os sistemas de ensino, mas, atualmente, pretende-se que 
os órgãos de autorização, reconhecimento e deliberação estejam ainda mais 
próximos dos órgãos de gestão escolar, com a proposta de criação dos Conselhos 
Municipais. 
 
6. CONSED (Conselho Nacional de Secretários de Educação): Entidade que 
reúne os Secretários de Educação dos Estados e do Distrito Federal, criada em 
1986 com a finalidade de discutir e apoiar a implementação de políticas nacionais de 
 
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Educação, estimular e promover o desenvolvimento qualitativo e quantitativo do 
ensino público no país, além de interagir com todos os segmentos da sociedade 
civil, com vistas à construção de relações sociais mais justas e igualitárias. 
A atuação do CONSED orienta-se, prioritariamente, com base na realização 
de Reuniões Técnicas, organização de Comissões Especiais e desenvolvimento de 
Projetos. Muitas ações contam com diversas parcerias, sistema utilizado 
permanentemente pela entidade para a implementação de projetos especiais. O 
Consed atua também em apoio à fiscalização e controle de programas 
descentralizadores, como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), e na promoção de eventos de 
natureza educacional, como seminários, encontros e workshops. 
 
7. UNDIME - Sigla da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, a 
Undime é uma organização não-governamental, criada em 1986, que reúne mais de 
cinco mil secretários municipais de educação de todo o país e trabalha pela 
formulação de políticas que garantam um ensino público de qualidade. Contribuiu na 
elaboração da Constituição de 1988, e participou da discussão da nova Lei de 
Diretrizes e Bases, de 1996. Também busca garantir, na reforma tributária, que os 
recursos para educação sejam ampliados e procura apresentar soluções para o 
funcionamento das escolas na região do semi-árido. 
 
8. CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do 
Adolescente): O Conanda é um órgão vinculado ao Ministério da Justiça que 
formula as diretrizes políticas voltadas para a criança e o adolescente no País. Foi 
criado em 1991, como exigência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 
Engloba uma rede de 26 Conselhos Estaduais dos Direitos da Criança e do 
Adolescente, além do Distrito Federal e dos Conselhos Municipais existentes, onde 
estão representadas as áreas de governo que atuam na implementação das 
políticas emanadas pelo Conselho, além de entidades não-governamentais que 
trabalham em favor da criança e do adolescente. 
O Conanda atua de acordo com a “política nacional dos direitos de crianças e 
adolescentes” e, entre vários pontos, destaca a formaçãode cidadãos, no sentido 
 
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mais abrangente da palavra, com ênfase na difusão dos conhecimentos dos direitos 
humanos. Entre as ações que defende está a inclusão no currículo escolar de uma 
disciplina específica sobre o ECA, a garantia de retorno à escola e a inserção 
daqueles que se encontram à margem da formação escolar fundamental assegurada 
por lei, além do acesso à Educação, de forma universal e igualitária, tanto no seu 
aspecto formal quanto naquele que se forma no cotidiano do cidadão. 
Desse modo, a organização da educação brasileira se faz pela convivência do 
sistema federal e dos sistemas estaduais e municipais, articulados pelas normas 
gerais fixadas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 e pela 
Constituição Federal de 1988, e coordenadas pela política nacional de educação 
estabelecida pela união. 
 
3.3 - Os Mecanismos 
Alguns mecanismos são importantes na gestão democrática, entre eles estão 
a Conferência Municipal de Educação, o Conselho Municipal de Educação, o 
Conselho do FUNDEB; outros conselhos, Orçamento Participativo na Educação, 
Eleições para diretores, Conferência local da comunidade escolar, Assembléia 
Escolar, Conselho de Escola, Orçamento Participativo Local, Associação de Pais, 
Grêmio Estudantil, rotatividade do quadro de diretores da escola. 
Uma boa conceituação de cada parceiro da gestão democrática é necessária, 
no Dicionário Interativo da Educação Brasileira – EducaBrasil, encontra-se as 
seguintes definições: 
 
1. Associação de Pais e Mestres: Entidade civil com personalidade jurídica 
própria, sem caráter lucrativo, formada por pais, professores, alunos e funcionários 
da escola. Geralmente, é regida por estatuto ou regulamento próprio definido por 
seus membros, de acordo com a legislação em vigor e as diretrizes do colegiado da 
unidade escolar. Algumas das responsabilidades da APM são: analisar e estudar os 
seus estatutos, procedendo às necessidades de mudança para a realidade da 
escola e comunidade junto ao conselho deliberativo; aprovar o estatuto em 
assembléia geral; administrar a associação segundo as normas expressas no 
estatuto; e manipular recursos financeiros oriundos de promoções realizadas pela 
 
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comunidade e de convênios firmados com a secretaria de Educação, aprovados pelo 
colegiado nas escolas. 
 
2. Colegiado Escolar: Órgão coletivo, consultivo e fiscalizador que atua nas 
questões técnicas, pedagógicas, administrativas e financeiras da unidade escolar. 
Como órgão coletivo, adota a gestão participativa e democrática da escola, a 
tomada de decisão consensual, visando à melhoria da qualidade do ensino. Embora 
com esse nome, suas funções, sua estrutura e constituição são semelhantes às do 
conselho escolar. O Colegiado Escolar geralmente é constituído pelo diretor da 
unidade escolar e por representantes dos segmentos de professores, coordenadores 
pedagógicos, funcionários, alunos, pais ou responsáveis legais pelos alunos, de 
acordo com as normas definidas em estatuto. 
As funções do Colegiado Escolar são exercidas nos limites da legislação em 
vigor, das diretrizes da política traçadas pelas Secretarias de Educação, a partir do 
compromisso com a universalização das oportunidades de acesso e permanência na 
escola pública de todos os que a ela têm direito. 
 
3. Caixa Escolar: Instituição jurídica, de direito privado, sem fins lucrativos, que 
tem como função básica administrar os recursos financeiros da escola, oriundos da 
União, estados e municípios, e aqueles arrecadados pelas unidades escolares. Ou 
seja, são unidades financeiras executoras, na expressão genérica definida pelo 
Ministério da Educação. Os recursos recolhidos por ela destinam-se à aquisição de 
bens e serviços necessários à melhoria das condições de funcionamento da escola, 
incluídos no seu plano de desenvolvimento. 
A estrutura da Caixa Escolar é geralmente constituída de um presidente, que 
é o diretor ou o coordenador da escola, de um tesoureiro e do conselho fiscal. 
Recomenda-se que o conselho fiscal seja integrado por membros do colegiado. Ela 
é composta de três órgãos: assembléia geral, diretoria e conselho fiscal. Esse último 
compõe-se de representantes de pais de alunos e de outras pessoas da 
comunidade. A Caixa Escolar e o Colegiado Escolar, juntos, se complementam, 
cabendo ao colegiado aprovar as prioridades propostas pela escola para a alocação 
de recursos e a prestação de contas de sua aplicação. A caixa viabiliza a aplicação 
 
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dos recursos, observando os instrumentos legais em vigor e de acordo com as 
prioridades aprovadas pelo colegiado. 
 
4. Conselho Escolar: órgão colegiado composto por professores, especialistas, 
funcionários operacionais, pais e alunos da unidade escolar, obedecendo ao 
princípio da representação. A principal ação do Conselho é deliberar sobre: 
diretrizes e metas da unidade escolar; solução para os problemas de natureza 
administrativa e pedagógica; atendimento psico-pedagógico e material ao aluno; 
integração escola - família - comunidade; criação e regulamentação das instituições 
auxiliares; aplicação dos recursos da Escola e das instituições auxiliares; homologar 
a indicação do vice-diretor quando oriundo de uma outra unidade escolar; aplicação 
de penalidades disciplinares aos funcionários, servidores e alunos do 
estabelecimento de ensino. 
O conselho de escola também é responsável pela elaboração do calendário e 
do regimento escolar. A participação no conselho não é obrigatória, pois seus 
membros são eleitos por seus pares. 
Ainda podem ser citados: 
 
5. Conselho de Classe – é um órgão colegiado, presente na organização 
escola, em que os professores de diversas disciplinas, juntamente com a direção, 
equipe pedagógica e alunos representantes de turma, reúnem-se para refletir, 
avaliar e propor ações no acompanhamento pedagógico da escola. 
 
6. Grêmio Estudantil – é o órgão máximo de representação dos estudantes a 
serviço da ampliação da democracia na escola, através de suas funções de 
representação e organização dos alunos, contribui para a efetivação de uma 
educação emancipatória e transformadora. 
 
É necessário que o gestor garanta a participação das comunidades interna e 
externa, a fim de que assumam o papel de co-responsáveis na construção de um 
projeto pedagógico que vise ensino de qualidade para a atual clientela e para que 
isso aconteça é preciso preparar um novo diretor, libertando-o de suas marcas de 
 
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autoritarismo redefinindo seu perfil, desenvolvendo características de coordenador, 
colaborador e de educador, para que consigamos implantar um processo de 
planejamento participativo de representantes dos segmentos da comunidade interna 
(diretor, vice-diretor, especialistas, professores, alunos e funcionários) e externa 
(pais, órgãos/instituições, sociedade civil organizada, etc.), com um conselho não só 
consultivo como também deliberativo. 
O diretor pode encontrar algumas dificuldades para executar uma gestão 
democrática. Essas dificuldades podem ser: externas à escola, como a pouca 
vontade e participação política; internas, como a visão patrimonialista e a resistência 
à socialização de ideias; gerais, como a falta de consolidação da cultura democrática 
em vários segmentos da sociedade. 
E é na confrontação com os desafios postos que se pede uma radical 
mudança nos conceitos de ensinar e aprender, do aprender a aprender, do dirigir a 
instituição, ou melhor, administrar a Escola para atingir os objetivos propostos num 
mundo de mudanças, que precisamos refletir sobre como se tem processado as 
iniciativas de gestão no espaço educativo. 
A gestão democrática deve ser concebida como processo participativo em 
construção constante, no qual há respeito às diferenças e aos conflitos sociais, 
observando diretrizes legais e a ética social. 
 
3.4 - As Parcerias 
Para que a escola seja lugar de participação e caminho para a democracia, o 
diretor necessita, porém, realizar a transição da figura do diretor-capataz para a 
figura do educador-dirigente. Essa nova figura é, também, fundamental para a 
realização da democracia. 
Pensar na gestão escolar democrática para as escolas é uma tarefa que 
merece ser vista e vivenciada por todos aqueles que têm compromisso na formação 
do cidadão numa sociedade onde ainda prevalece a exclusão e a falta de cidadania. 
Dentro da dinâmica social, na qual o diretor democrático se encontra, é 
importante a busca de parcerias, convênios, voluntariado, como estratégia do 
Projeto pedagógico diante a necessidade de colaboração para resolver problemas 
e/ou enfrentar problemas comuns e buscar novos horizontes. 
 
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recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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Luis Eduardo Magalhães, da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, em 
sua publicação intitulada Gerenciando a Escola Eficaz: conceitos e instrumentos, 
considera que as parcerias mais comuns nas escolas são: 
 
� Campanhas iniciadas por um parceiro em prol de uma ou mais escolas; 
� O parceiro oferece produtos, serviços, espaço físico ou recursos humanos e 
materiais para a escola; 
� Convênios para utilização de áreas, laboratórios ou equipamentos do 
parceiro; 
� Assessoria à escola em projetos ou problemas específicos; 
� Patrocínio de equipes esportivas, grupos de teatro, excursões, campeonatos, 
festivais e feiras de ciências, entre outros eventos; 
� Prêmios oferecidos; 
� Oferta de cursos, palestras ou bolsas de estudo para professores; 
� Estudos e pesquisas desenvolvidos por instituições acadêmicas a respeito de 
problemas identificados em trabalho conjunto com uma escola; 
� Produção de materiais didáticos ou de apoio; 
� Elaboração conjunta de diagnósticos e planos de ação; 
� Auxílio aos alunos e suas famílias em atividades de acompanhamento 
escolar; 
� Participação em campanhas de saúde, educação ambiental e segurança, 
entre outras. 
 
Na mesma obra de Luis Eduardo Magalhães, encontra-se uma lista de onde a 
parceria pode surgir. Na lista parece: 
 
� Escolas mais próximas; 
� Associações, centros ou clubes existentes na comunidade; 
� Agentes econômicos, associações comerciais e industriais; 
� Autoridades religiosas; 
� Responsáveis pela proteção e segurança da comunidade; 
� Representante local da Justiça e do Ministério Público; 
 
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� Serviços de outros setores da administração pública (saúde, transporte, 
abastecimento de água, energia elétrica) 
� Organizações não-governamentais. 
A mesma publicação afirma que a escola deve oferecer benefícios aos 
parceiros, tais como: 
� Criar programas e projetos educacionais voltados para a realidade economia 
e social da região; 
� Ceder espaço físico, como sala de aula, auditório, pátio, quadra e cantina, 
sem fins lucrativos; 
� Divulgar na comunidade ações importantes desenvolvidas pelos parceiros; 
� Promover cursos de formação profissional para as empresas parceiras; 
� Promover cursos de alfabetização, supletivos ou outros de interesse dos 
parceiros ou de seus funcionários. 
É muito importante saber que as parcerias não funcionam sozinhas, é 
necessário ter um gestor qualificado para coordená-las ou administrá-las, para 
montar uma estrutura gerencial. 
Para que a gestão escolar tenha um estilo democrático, desenvolva parcerias 
e verdadeiramente construa a convivência democrática torna-se importantíssimo que 
o diretor esteja atento à importância da inserção social da escola, as estratégias de 
mobilização social, os processos de escolha, de negociação, monitoramento e 
avaliação das parcerias. 
 
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UNIDADE 4: DOCUMENTOS QUE NORTEIAM A PRÁTICA 
DA GESTÃO ESCOLAR 
 
 O diretor da escola que prioriza uma gestão democrática deve conhecer, 
estudar e participar ativamente da elaboração de determinados documentos que são 
vitais para o funcionamento organizado e saudável da escola. Lembrando que todos 
são planejados com a participação dos professores, funcionários, supervisores, 
alunos e conselhos escolares. 
Dentre os vários documentos importantes na escola, podem-se destacar 
alguns que foram bem definidos por Ebenezer Takuno Menezes e Thais Helena 
Santos no Dicionário Interativo da Educação Brasileira do EducaBrasil: 
 
1. Regimento Escolar: Documento legal, de caráter obrigatório, elaborado pela 
instituição escolar que fixa a organização administrativa, didática, pedagógica e 
disciplinar do estabelecimento que regula as suas relações com o público interno e 
externo. Com origem na Proposta Pedagógica, o regimento escolar a ela se volta 
para conferir-lhe embasamento legal, incorporando no processo de sua elaboração 
os aspectos legais pertinentes e as inovações propostas para o sistema de ensino, 
assim como as decisões exclusivas da escola no que concerne a sua estrutura e 
funcionamento. Por tratar-se de um texto legal, para a elaboração do regimento 
escolar devem ser observadas as normas sobre elaboração e redação de atos 
normativos. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) prevê que o regimento escolar 
deve disciplinar os seguintes assuntos: a quem cabe elaborar e executar a Proposta 
Pedagógica e quem tem autonomia para sua revisão; incumbênciados docentes; 
estudos de recuperação; reclassificação, considerando a normatização do sistema 
de ensino; dias letivos e carga horária anual equivalente; classificação; sistema de 
controle e de apuração de frequência; expedição de documentos escolares; e 
jornada de trabalho escolar. 
 
2. Projeto Político Pedagógico: Instrumento técnico-político utilizado com base 
no princípio da escola autônoma, que pressupõe a descentralização administrativa e 
a autonomia financeira da escola. O projeto político pedagógico (PPP) contém a 
 
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definição do conteúdo que deve ser ensinado e o que deve ser aprendido na escola. 
Ele caracteriza-se, principalmente, por expressar os interesses e necessidades da 
sociedade e por ser concebido e construído com base na realidade local e com a 
participação conjunta da comunidade. O projeto político pedagógico passou a ter 
importância a partir de meados da década de 90, quando o MEC passou a transferir 
recursos financeiros diretamente para as unidades escolares, de acordo com os 
princípios da descentralização e da escola autônoma, estabelecido na Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação de 1996. 
 
3. Projeto Pedagógico: Também chamado de proposta pedagógica, é um 
instrumento de caráter geral, que apresenta as finalidades, concepções e diretrizes 
do funcionamento da escola, a partir das quais se originam todas as outras ações 
escolares. Não há um padrão de proposta pedagógica que atenda a todas as 
escolas, pois cada unidade escolar está inserida num contexto próprio, determinado 
por suas condições materiais e pelo conjunto das relações que se estabelecem em 
seu interior e entorno social. Assim, cada escola deve desenvolver o seu modelo, 
aquele que melhor expressa sua identidade e seu compromisso com o aluno, com a 
comunidade, com a educação. 
A ideia de projeto pedagógico entende que ele deve ter uma construção 
coletiva, com a participação ativa de todos os envolvidos (alunos, pais, professores, 
funcionários, representantes da comunidade, etc.). Alguns aspectos considerados 
relevantes na elaboração do documento final do projeto pedagógico são: Histórico e 
identificação da instituição de ensino e da entidade mantenedora; Fins e princípios 
norteadores; Diagnóstico e análise da situação da escola; Definição dos objetivos 
educacionais e metas a serem alcançadas; Seleção das ações; Organização 
curricular; Forma de gestão administrativa e pedagógica da escola; Avaliação; 
Organização da vida escolar e do regime escolar; Capacitação continuada de 
pessoal; Profissionais envolvidos na Proposta Pedagógica; e Anexos. 
 
4. Currículo Escolar: Conjunto de dados relativos à aprendizagem escolar, 
organizados para orientar as atividades educativas, as formas de executá-las e suas 
finalidades. Geralmente, exprime e busca concretizar as intenções dos sistemas 
 
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educacionais e o plano cultural que eles personalizam como modelo ideal de escola 
defendido pela sociedade. A concepção de currículo inclui desde os aspectos 
básicos que envolvem os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até 
os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala 
de aula. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, orienta para um 
currículo de base nacional comum para o ensino fundamental e médio. As 
disposições sobre currículo estão em três artigos da LDB. Numa primeira referência, 
mais geral, quando trata da Organização da Educação Nacional, define-se a 
competência da União para "estabelecer em colaboração com os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino 
fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos 
mínimos, de modo a assegurar formação básica comum". 
Outras referências, mais específicas, estão no capítulo da Educação Básica, 
quando se define que "os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma 
base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e 
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características 
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela". 
Finalmente, são estabelecidas as diretrizes que deverão orientar os 
"conteúdos curriculares da educação básica", que envolvem: valores, direitos e 
deveres e orientação para o trabalho. 
A LDB sugere uma flexibilização dos currículos, na medida em que se admite 
a incorporação de disciplinas que podem ser escolhidas levando em conta o 
contexto local. No ensino nas zonas rurais, por exemplo, é admitida a possibilidade 
de um currículo "apropriado às reais necessidades e interesses dos alunos". 
 
5. Calendário Escolar: é o Sistema de divisão do tempo que considera o ano 
letivo e estabelece os períodos de aula, de recesso e outras identificações julgadas 
convenientes, tendo em vista o interesse do processo educacional e o disposto no 
projeto pedagógico. 
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da educação (LDB), de 1996, na 
educação básica, que engloba a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino 
 
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médio, “o calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive 
climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso 
reduzir o número de horas letivas previsto nessa Lei.” 
A LDB prevê, ainda, que a educação básica, nos níveis fundamental e médio, 
será organizada de acordo com as seguintes regras comuns para o calendário 
escolar: a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por no 
mínimo duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluindo o tempo a reservado 
aos exames finais, quando houver. 
A LDB, no entanto, prevê a possibilidade de ampliação dos dias e horas de 
aula de acordo com as possibilidades e necessidades das escolas e do sistema. Na 
oferta de educação básica para a população rural, por exemplo, os sistemas de 
ensino devem adequar o calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às 
condições climáticas. 
Ferreira (1998, p.139) afirma: 
 
Um processo de gestão que construa coletivamente um projeto 
pedagógico de trabalho tem já, na raiz, a potência da transformação. 
Por isso, é necessário atuar nas escolas com o máximo de 
competência, a fim de que o ensino realmente se faça, a 
aprendizagem se realize, as convicções se construam no diálogo e 
no respeito e as práticas se efetivem no companheirismo e na 
solidariedade. 
 
O mais importante para o diretor escolar competente e democrático, além de 
organizar documentos, é sentir-se entusiasmado (dimensão política) ao dirigir a 
escola e ter clareza na proposição de objetivos e metas orientadoras das ações 
coletivas (dimensão técnica). De acordo com Nóvoa (1995,s/p) “ ...é importante que 
os diretores sejam considerados líderes profissionais ( ou pedagógicos) e não 
apenas executivos.” 
 
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UNIDADE 5: PERFIL IDEAL DO ADMINISTRADOR 
ESCOLAR NOS DIAS ATUAIS 
 
Para que o diretor escolar, consiga exercer em plenitude este papel 
democrático, que tem aspectos políticos e filosóficos, é importante que ele possua 
os seguintes valores ou características: 
 
� Ter seriedade e responsabilidade na execução de qualquer trabalho; 
� Ter clareza sobre os motivos que o levam a assumir o cargo atual e sobre as 
expectativas do grupo e dos colaboradores; 
� Estar aberto ao trabalho coletivo: saber trabalhar em equipe; 
� Ser organizado e disciplinado. Os exemplos arrastam multidões; 
� Ter dedicação, executar os trabalhos com afinco; 
� Ser mediador de conflitos, sempre colocando o diálogo como ponto básico; 
� Estar preparado para lidar com decisões problemáticas, que contrariam 
interesses de pessoas, grupos ou entidades; 
� Ser capaz de tomar decisões próprias, além de dividir atribuições comuns e 
responsabilidades, tendo em vista a melhoria do padrão de qualidade da 
aprendizagem dos alunos e, portanto, da educação como um todo; 
� Saber considerar e preservar os usos e costumes da escola que deram certo 
no passado; 
� Ser articulador e mediador dos segmentos internos e externos: ser uma 
pessoa que abra o diálogo com os diferentes grupos existentes tanto dentro da 
escola como fora dela; 
� Saber ouvir e saber falar na hora certa; 
� Ser sensível às dificuldades dos outros; 
� Saber reconhecer, valorizar o mérito das pessoas e da equipe; 
� Ter iniciativa e firmeza: o diretor precisa ter ideias inovadoras, sair na frente, 
ser uma pessoa sempre disposta a estimular e incentivar as ações positivas de seu 
estabelecimento; 
� Saber delegar funções e responsabilidades; 
 
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� Ser estudioso dos assuntos técnicos, pedagógicos, administrativos, 
financeiros e legislativos: o diretor deve estar atualizado com relação a todos esses 
temas e como eles afetam a gestão da escola; 
� Procurar conhecer e entender as linguagens da atualidade traduzidas em 
forma de gráficos, tabelas, porcentagens, etc., e as linguagens tecnológicas; 
� Ter espírito ético e solidário; 
� Ser entusiasmado, motivado, alegre e capaz de transmitir entusiasmo, 
motivação e alegria; 
� Estar apto a desenvolver o espírito de cooperação entre as pessoas; 
� Ser conhecedor da realidade da escola: o diretor precisa conhecer não 
apenas a escola internamente, mas deve entender o contexto da sociedade em que 
a escola está inserida, conhecer o meio em que os alunos vivem, entender suas 
famílias e descobrir os problemas que cercam a escola e também os pontos 
positivos existentes em volta dela; 
� Ter credibilidade na comunidade: o diretor precisa ser uma pessoa que 
transmita credibilidade, quer na sua conduta profissional, como pessoal e até 
mesmo na familiar; 
� Ter fé e ser um defensor da educação: o diretor precisa acreditar no modelo 
de ensino, nas práticas educacionais e no sistema de educação como um todo e 
passar essa crença com entusiasmo para toda sua comunidade; 
� Ser capaz de auto-avaliar-se e promover a avaliação do grupo; 
� Ter a capacidade de resolver problemas: o diretor deve ser capaz de ver, 
ouvir, sentir o problema no momento e no local em que está acontecendo, sem fugir 
dele e sem tentar adiar a sua solução; 
� Ser transparente e coerente nas ações. O diretor deve prestar contas de seus 
atos e, para isso, poderá utilizar os diversos meios de comunicações existentes e 
disponíveis na escola para dar clareza e retidão aos seus atos. Não deve agir por 
impulso e demonstrar coerência entre aquilo que ele diz e aquilo que ele faz; 
� Ser solícito e ser humilde: é importante ao bom diretor estar disposto a 
obedecer e seguir regras do sistema; 
� Ser inovador, flexível, aberto; 
� Ser crítico, participativo, ligado às atualidades e ao aprendizado constante; 
 
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28
 
� Ser um agregador de ideias e sugestões, possibilitando uma gestão nova, 
eficiente e ativa; 
� Possuir qualificação e competência profissional, estar sempre buscando a 
formação continuada; 
� Estar disposto a buscar parcerias, convênios, voluntários; 
� Estar disposto a cumprir uma carga horária de trabalho de quarenta horas 
semanais, sendo oito horas diárias, distribuídas de tal forma que o diretor esteja 
presente em todos os turnos. 
� Ser um bom comunicador. A palavra chave hoje é comunicação, o bom gestor 
deve saber falar, ouvir, escrever e colocar às claras todas as informações; 
� Ser amoroso, carinhoso, gostar de crianças e jovens, gostar de lidar com 
gente. 
 
Para Antônio Carlos Gomes da Costa, pedagogo e consultor, há três perfis 
básicos na função de gestor escolar democrático: 
 
� O administrador escolar — mantém a escola dentro das normas do sistema 
educacional, segue portarias e instruções, é exigente no cumprimento de prazos; 
� O pedagógico — valoriza a qualidade do ensino, o projeto pedagógico, a 
supervisão e a orientação pedagógica e cria oportunidades de capacitação docente; 
� O sócio-comunitário — preocupa-se com a gestão democrática e com a 
participação da comunidade, está sempre rodeado de pais, alunos e lideranças do 
bairro, abre a escola nos finais de semana e permite trânsito livre em sua sala. 
 
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UNIDADE 6: O ADMINISTRADOR ESCOLAR E A ÉTICA 
 
 O diretor escolar, já se sabe, é um líder e como líder tem funções 
importantíssimas e, que para que possa desempenhá-las bem, precisa ser 
democrático, empreendedor, capaz de apontar caminhos, capaz de mobilizar a 
escola e a comunidade. 
 Sabendo que a ética pessoal é a base de todas as relações do líder com a 
sociedade e que para ser um verdadeiro líder, o diretor precisa manter o seu senso 
ético. Daí vem as dúvidas: o que vem a ser ética? Ética é o mesmo que Moral? 
 Ética não é moral. Ela é produto da moralidade Ética é um conjunto de 
princípios para a vida e para o trabalho. Moral é uma filosofia pessoal baseada na 
capacidade de distinguir o certo do errado. A Ética representa ações baseadas no 
conceito de certo e errado. 
Palavras relacionadas à ética: moral, integridade, honestidade, valores, 
confiança, dever, virtude, verdade, decência, coragem, prudência, lealdade, honra, 
bondade, fidelidade, consciência. 
A participação democrática é condição fundamental para a administraçãoética da escola em todos os seus aspectos, sendo que o nível da maturidade do 
gestor é fundamental. Para desenvolver essa maturidade é essencial que o 
administrador escolar procure sempre a formação nos aspectos pessoal, técnico e 
político. 
Paralelamente ao próprio amadurecimento, o administrador escolar deve 
contribuir para a formação pessoal, técnica e política dos membros de sua escola. 
Treinamentos, cursos de aperfeiçoamento pessoal, programas de capacitação, 
avaliação contínua e permanente, grupos de discussão, valorização do professor e a 
inserção da comunidade no projeto pedagógico da escola são iniciativas necessárias 
ao efetivo gerenciamento ético da escola, nos seus variados aspectos. 
 
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UNIDADE 7: PAPÉIS E FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR 
ESCOLAR 
 
Dirigir e coordenar significa assumir, no grupo, a responsabilidade por fazer a 
escola funcionar mediante o trabalho em conjunto. E é com base no estilo de gestão 
democrático-participativo que estudaremos as funções do diretor escolar. 
Cabe ao diretor da escola, preocupado com uma gestão democrática, 
assegurar: 
 
� A execução coordenada e integral de atividades dos setores e dos indivíduos 
da escola, conforme decisões coletivas anteriormente tomadas; 
� Assegurar também o processo participativo de tomada de decisões, cuidando, 
ao mesmo tempo, que essas se convertam em medidas concretas efetivamente 
cumpridas pelo setor ou pelas pessoas em cujo trabalho são aplicadas; 
� Garantir a articulação das relações interpessoais na escola e no âmbito em 
que o dirigente desempenha suas funções; 
� Assegurar que a escola realize a sua missão: ser um lugar de educação, 
entendida como elaboração do conhecimento, aquisição de habilidades e formação 
de valores; 
� Animar a comunidade educativa na execução, com qualidade, do projeto 
educacional; 
� Incrementar a gestão democrática e participativa da ação pedagógico-
administrativa; 
� Conduzir a gestão da escola nos seus aspectos administrativos, econômicos, 
jurídicos e sociais. 
 
O bom diretor exerce funções de caráter administrativo, pedagógico e social, 
porém nada pode desviar o seu caminho do pedagógico, é o bom resultado da 
aprendizagem, a educação de qualidade que deve ser o foco central de todo seu 
trabalho. 
 
 
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7.1 - Funções Administrativas: 
a. Entender a legislação escolar e as normas administrativas e cuidar de 
sua aplicação: 
O diretor precisa ter à sua disposição as leis e os regulamentos oficiais, 
relacionados à escola. Além disso, ele deve divulgar o conteúdo desses documentos 
à equipe escolar e assegurar seu cumprimento. Vejamos alguns desses 
documentos: documentos jurídicos sobre a vida funcional de funcionários e 
professores, regimento interno; organograma, proposta curricular, projeto político 
pedagógico, planos de trabalho e controles financeiros, Parâmetros Curriculares 
Nacionais, a LDB e outros. 
 
b. Administrar os recursos físicos, materiais didáticos e financeiros e zelar 
dos mesmos. 
Esse aspecto está relacionado primeiramente à gestão da infra-estrutura 
porque envolve as ações de manutenção e conservação do edifício e suas 
instalações e a garantia de adequação desses aos objetivos escolares. É o diretor 
quem deve dar garantia aos alunos, aos serviços administrativos e pedagógicos e 
aos professores, das condições necessárias para desenvolvimento do trabalho e 
garantia da qualidade, através da adequação e suficiência do mobiliário e material 
didático. 
 
c. Ser responsável pela previsão das despesas e receitas da escola, 
escrituração, avaliação e controle dos recursos recebidos e gastos efetuados. 
As escolas públicas recebem recursos para os quais existem regras de 
aplicação. Com os recursos o diretor pode adquirir bens e contratar serviços que 
atendam ao interesse coletivo. Ele é o responsável pela supervisão e organização 
financeira e o controle das despesas da escola, mas isso deve ser feito em comum 
acordo com o Conselho Escolar e os membros de sua equipe, além de seguir as 
normas que determinam o que podem comprar ou contratar e como prestar contas. 
Os diretores, juntamente com o vice-diretor, naquelas escolas em que existe 
essa função, e o conselho escolar têm que lembrar que eles são responsáveis e 
responderão pelos recursos financeiros recebidos da Secretaria estadual de 
 
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educação, dos recursos financeiros provenientes das eventuais doações, dos 
recursos destinados à unidade escolar e pela movimentação bancária dos 
suprimentos de fundos. O diretor deve estar ciente de que deverá submeter à 
apreciação do conselho escolar os balancetes mensais dos recursos da escola além 
de outras obrigações legais. 
 
d. Dirigir, organizar e administrar as rotinas organizacionais e 
administrativas 
Refere-se a todas as atividades de coordenação e de acompanhamento do 
trabalho das pessoas envolvendo o cumprimento das atribuições de cada membro 
da equipe, a realização do trabalho em equipe, a manutenção do clima de trabalho e 
a avaliação do desempenho. Ao diretor cabe aplicar diretrizes de funcionamento na 
instituição, assim como normas disciplinares, como também responsabilizar-se pelo 
desenvolvimento do grupo. 
Também é responsabilidade do diretor a distribuição do pessoal administrativo 
de acordo com os diversos turnos de funcionamento da escola. 
O diretor deve listar as atividades rotineiras da escola que compõem a 
organização da escola e "intencionalizá-las" do projeto educacional para que 
superem o império da rotina e da burocracia (matrícula, composição das turmas, 
início do ano letivo,...) 
 
e. Organizar e gerir a secretaria escolar e os serviços gerais 
O diretor deve coordenar as ações da secretaria escolar que dentre outras 
reúne as funções de recepção e de contato com as pessoas e as atribuições 
administrativas propriamente ditas relativas ao registro escolar de alunos e 
professores, registros, arquivos, e outros. Nesse papel de coordenador, o diretor 
deverá proceder a conferência e assinatura de documentos escolares, 
encaminhamento de processos, correspondências ou expedientes da escola. 
Deve coordenar os serviços gerais zelando pela qualidade das atividades da: 
zeladoria que é realizada pelos serventes e dia respeito à manutenção, conservação 
e limpeza do prédio, à guarda das dependências, instalações e equipamentos, à 
 
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cozinha e à preparação e distribuição da merenda escolar; à execução de pequenos 
consertos e outros serviços rotineiros da escola. 
Da vigilância que cuida do acompanhamento dos alunos em todas as 
dependências da escola, menos na sala de aula, orientando-os quanto às normas 
disciplinares, atendendo-os em caso de acidente ou doença como também do 
atendimento às solicitações dos professores quanto a material escolar, assistência e 
encaminhamento de alunos. 
E do serviço de multimeios que compreende a biblioteca, os laboratórios, os 
equipamentos audiovisuais, a videoteca e outros recursos didáticos. 
O gestor deve fazer reuniões com seus funcionários operacionais para 
informar-se sobre o que cada um realiza no estabelecimento, como o executa e 
quais problemas e sugestões têm para a melhoria do serviço. 
 
7.2 - Funções Pedagógicas 
Essas funções respondem pela viabilização do trabalho pedagógico-didático e 
por sua integração e articulação com os professores em função da qualidade do 
ensino. De acordo com Paro (1993, s/p): 
 
 Envolvido, assim, com os inúmeros problemas da escola e enredado nas 
malhas burocráticas das determinações formais emanadas dos órgãos 
superiores, o diretor se vê grandemente tolhido em sua função de 
educador, já que pouco tempo lhe resta para dedicar-se às atividades mais 
diretamente ligadas aos problemas pedagógicos no interior de sua escola. 
 
a. Organizar, coordenar e acompanhar as atividades do planejamento e do 
projeto pedagógico curricular, 
O diretor é responsável pelo planejamento de ações e procedimentos 
orientados para o alcance dos objetivos declarados nos documentos da escola. 
Esses documentos são: O Projeto Político Pedagógico da Escola e a Proposta 
curricular. São eles que dão a direção política e pedagógica para o trabalho escolar 
e o desenvolvimento do currículo, que é o referencial concreto da proposta 
pedagógica. Neles estão sistematizados os objetivos a alcançar, os métodos de 
ensino, a sistemática de avaliação, a estrutura organizacional, enfim, os propósitos, 
os valores, princípios e regras da escola, então é responsabilidade do diretor dar 
 
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vida a esse projeto cuidando para que esteja bem definido, que os professores e 
toda a equipe estejam preparados para desenvolvê-lo. 
Cabe ao diretor articular os propósitos e as ações contidos nesses dois 
documentos. Vejamos como o diretor deve fazer: 
 
� Propor e supervisionar a elaboração de diagnósticos para o projeto curricular 
da escola e para outros planos e projetos; 
� Orientar a organização curricular e o desenvolvimento do currículo; 
� Estimular a realização de projetos conjuntos entre os professores; 
� Diagnosticar problemas de ensino e aprendizagem estimulando a adoção de 
medidas pedagógicas preventivas, a adequação de conteúdos, metodologias e 
práticas avaliativas. Essa função deve ser exercida juntamente com a coordenação 
pedagógica, porém nas escolas onde não existe essa figura, o diretor deve buscar o 
apoio direto dos professores para executá-las. 
 
Para acompanhar a aprendizagem de todos os alunos da escola, o diretor 
precisa ter relatórios organizados em forma de fichas, tabelas ou quadros constando 
informações gerais sobre o desempenho das turmas. 
Juntamente com a coordenação pedagógica deve acompanhar também 
outros processos do ensino-aprendizagem como a elaboração e execução do 
planejamento de ensino, o uso de metodologias e procedimentos adequados à 
matéria e as condições de aprendizagem dos alunos, as práticas avaliativas, o 
relacionamento professor-aluno, a organização dos níveis escolares, os horários, a 
distribuição dos alunos por turma, a evasão, a distorção idade-série. 
De acordo com Sander (1995, s/p) 
 
A dimensão pedagógica da administração da educação refere-se ao 
conjunto de princípios, cenários e técnicas educacionais 
intrinsecamente comprometidos com a consecução eficaz dos objetivos 
do sistema educacional e de suas escolas e universidades 
 
Um diretor comprometido, parceiro da construção das políticas de sua 
Secretaria e do MEC, poderá ajudar a escola a cumprir sua vocação. Poderá ajudar 
a definir os rumos necessários para reverter os quadros dramáticos apresentados 
 
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pelo Censo Escolar e pelo SAEB. Não basta o acesso e a permanência, é preciso 
que o aluno aprenda. Há que se criar, através da gestão democrática e 
compartilhada, as condições para a viabilização desta missão. 
Deve acompanhar também o desenvolvimento das ações educativas 
realizadas fora da sala de aula que também estão direcionadas para a formação dos 
alunos como também assegurar a realização da reunião dos vários órgãos da escola 
(conselho deliberativo, de classe, ...) com a finalidade de promover a reflexão crítica 
sobre a prática pedagógica. 
 
b. Viabilizar a escola como centro de formação continuada dos 
educadores, entendendo-se por isto: 
 
� qualificar, formativamente (através da reflexão sobre a ação e nova ação), as 
reuniões formais já existentes; 
� promover condições institucionais para consolidação do projeto educacional; 
� oportunizar a participação em congressos, encontros; 
� Aliar-se a corpo docente para instalar a capacidade de agir, pensar e agir, em 
contínuo processo de reflexão sobre a própria prática docente, para criar um "clima 
institucional" de prática pedagógica consciente, crítica, competente e 
transformadora. 
O diretor não precisa ser profundo conhecedor de temas pedagógicos para 
administrar pedagogicamente a escola. O que ele precisa é ter visão, ter clareza e 
firmeza de objetivos, inspirar o grupo, escutar as ideias, conhecer as necessidades e 
expectativas de alunos e professores e liderar as pessoas para fazerem o que lhes 
cabe da maneira mais eficiente e humana possível. 
 
c. Dar assistência pedagógica sistematizada aos professores 
O diretor precisa apoiar o professor através do desenvolvimento de um 
sistema de assistência pedagógico-didática que forneça subsídios para a 
concepção, construção e administração de situações de aprendizagem adequadas 
às necessidades educacionais dos alunos e que ajude o professor a cumprir o 
programa de ensino, dando apoio para que ele consiga um melhor envolvimento dos 
 
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recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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alunos, sua participação ativa, o desenvolvimento de habilidades, capacidades 
intelectuais e valores. 
 
7.3 - Função Social 
a. Organizar atividades que assegurem a relação entre escola e 
comunidade 
Implica em desenvolver ações que envolvam a escola e suas relações 
externas, tais como os níveis superiores de gestão do sistema escolar, os pais, as 
organizações políticas e comunitárias, a cidade e os equipamentos urbanos. 
Ao desempenhar esse

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