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Universidade Paulista Instituto Ciências da Saúde Curso de Graduação em Enfermagem Campus Campinas CIRURGIA GERAL CAMPINAS 2020 Campinas 2020 Sumário RESUMO............................................................................................................ 4 ABSTRAT ........................................................................................................... 5 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6 1. OBJETIVO ................................................................................................... 8 2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 8 3.MÉTODOS ...................................................................................................... 8 4. DESENVOLVIMENTO ................................................................................... 8 4.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA CIRURGIA GERAL. ...................................... 8 4.2 CIRURGIAS MAIS COMUNS.................................................................... 8 4.3 TIPOS DE CIRURGIAS GERAIS ............................................................ 10 4.4 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA. ..................................................................................... 11 4.5 PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA ................................................. 13 4.6 RISCOS ANESTÉSICOS ........................................................................ 14 4.7 PAPEL DA ENFERMAGEM NAS CIRURGIAS GERAIS ........................ 14 5 . DISCUSSÃO ............................................................................................... 15 6. CONCLUSÃO ............................................................................................... 15 REFERENCIAS ................................................................................................ 16 RESUMO A cirurgia geral foi a base de uma estruturação de métodos operatórios e o ponto de partida para criação das especialidades, com o aprimoramento técnico e o avanço da tecnologia, ocorreu o desmembramento das atuações cirúrgicas, o empirismo usado no início da história, foi substituído por classificações que proporcionam maior segurança e eficácia no procedimento. A cirurgia geral, atualmente, é a especialidade cirúrgica que atua no exercício da cirurgia em hospitais gerais ou comunitários, atendimento de urgência, especialmente em traumatologia, cirurgia oncológica, complicações cirúrgicas graves abdominais; procedimentos cirúrgicos menores entre outras. Mesmo que com o tempo esta especialização foi negligenciada pela falta de interesse de recém formados, deve-se exaltar a importância desta equipe para compor o âmbito hospitalar, pois os profissionais dessa área têm uma visão geral sobre cada uma das possíveis necessidades, com intuito de estarem sempre preparados para atuar diante de uma urgência. Palavras chaves : Cirurgia geral, Tecnologias. ABSTRAT General surgery was the basis for structuring operating methods and the starting point for the creation of specialties, with technical improvement and the advancement of technology, there was a breakdown of surgical procedures, empiricism used at the beginning of history was replaced by classifications that provide greater safety and efficiency in the procedure. General surgery, currently, is the surgical specialty that acts in the exercise of surgery in general or pertinent hospitals, urgent care, especially in traumatology, oncological surgery, severe abdominal surgical complications; minor surgical procedures, among others. Even though this specialization was neglected over time due to the lack of interest of recent graduates, the importance of the team to compose the hospital environment must be exalted, as professionals in this area have an overview of each of the possible needs, as they must be prepared for an emergency. Keywords: General surgery, Technologies. INTRODUÇÃO Pode-se dizer que história da cirurgia no Brasil iniciou em 1908 com a vinda da família real portuguesa ao país, pois por interesse econômico, ocorreu a necessidade de uma organização sanitária básica, e uma atenção as questões de saúde, em visto que diante da presença da realeza, o Rio de Janeiro, local onde se instalaram, devia ser viável para questões de comercio e habitação real. Diante dessa situação, veio na comotiva de D. João V, o Dr. José Correia Picanço, este que era cirurgião-mor do reino, e foi responsável pela abertura das primeiras escolas cirúrgicas no Brasil.1 A cirurgia geral pode ser considerada a base do surgimento das especialidades. Com sua evolução cientifica e da ascensão tecnológica, foi surgindo as especializações, pois o conceito de realizar uma operação em um cidadão deixou de ser inespecífica, para algo variável e dependente da necessidade do paciente. Assim, os termos passaram a se desvincular. Nos Estados Unidos, a otorrinolaringologia foi a primeira especialidade a se separar da Cirurgia Geral em 1924. No Brasil, isso foi feito de maneira inconsciente e aos poucos, mas em 1957, estas divisões foram tituladas pelo Conselho Federal de Medicina. 2 Inicialmente, a cirurgia geral, até então a única existente, existia para atender todas as necessidades dos pacientes que dependiam de uma ação mais minuciosa. Atualmente, a cirurgia geral é um campo de atuação mais estabelecido, que abrange as cirurgias abdominais, videolaparoscopia e cirurgia do trauma. Esta área estuda os mecanismos fisiopatológicos, diagnósticos e tratamento de enfermidades passiveis de atendimento cirúrgico, mormente no que se relaciona às urgências. Os conhecimentos da equipe devem caminhar sobre um aprendizado geral e básico sobre todas as especialidades, com intuito de poder atender a necessidade de pacientes não transferíveis. 3 A cirurgia geral é extremamente importante para compor o âmbito hospitalar, entretanto, por desinteresse dos médicos recém formados, vem perdendo território, tal situação é decorrente da substituição de grandes operações, por procedimentos minimamente invasivos, devido ao avanço tecnológico. Contudo, toda a equipe de cirurgia geral, composta por médicos, Enfermeiros, técnicos de enfermagem, etc, devem desenvolver habilidades, conhecimento e atitudes que levem a proficiência em todos os campos de competências clínicas da Cirurgia Geral e que tal especialidade recupere a reputação quando a sua importância.4 Um grande avanço tecnológico incrementado no âmbito cirúrgico, é o uso de Cirurgias robóticas ou cirurgias robô-assistida, nesta, o médico manipula um robot, que faz as incisões e ressecções, através de um console joystick. Todavia, como qualquer tipo de mudança, a transição para cirurgias com inclusão de procedimentos tecnológicos causou certas complicações no início da implantação. Tais impasses, tinham relação com o descostume da equipe com uso de câmeras e robótica na cirurgia. Com isso, teve a necessidade de um período de adaptação. 5 Esta técnica chegou no Brasil em 2008, desde então, suas vantagens já foram observadas. Segundo o Dr Marcon Censoni, estes procedimentos apresentam uma maior precisão dos movimentos, melhor qualidade de imagem e realização de movimentos em 360 graus e o posicionamento mais ergonômico do cirurgião. Além disto, por se tratar de uma procedimento minimamente invasivo, proporciona um melhor bem estar pós cirurgia do paciente por conta de uma recuperação mais rápida, além da diminuição de riscos de InfecçãoRelacionada a Assistência a Saúde(IRAS). 6 No decorrer desta releitura bibliográfica, será apresentado os tipos de cirurgias gerais, a incidência de infecção de sítio cirúrgico e o papel fundamental da Enfermagem compondo equipe de cirurgia geral, está que conforme os ano, foi se adaptando de acordo com as necessidades e os avanços tecnológicos. 1. OBJETIVO Realizar levantamentos bibliográficos sobre os principais aspectos da cirurgia geral. 2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Conhecer abrangência anatomica da cirurgia geral • Descrever as cirurgias mais comuns • Detalhar os tipos de cirurgias gerais. • Expor a sistematização da assistencia de enfermagem perioperatória. • Revisar protocolo de cirurgia segura • Apresentar o risco anestésico mais comum • Descrever papel da Enfermagem nas cirurgias gerais. 3.MÉTODOS Com base em dados bibliográficos, pesquisas acadêmicas, artigos científicos e orientações fornecidas pela nossa orientadora Sr. Maria Helena, este trabalho foi estruturado, com intuito de expor informações sobre a cirurgia geral. O requerido trabalho foi feito durante a disciplina de APS em um período de 7 meses. As buscas feitas foram em língua Portuguesa e Inglesa em sites de pesquisa cientifica, como Google acadêmico e Scielo. 4. DESENVOLVIMENTO 4.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA CIRURGIA GERAL. A especialidade cirurgia geral abrange a parte abdominal do corpo humano, cirurgia videolaparoscopia e Cirurgia do trauma, compreendendo o esôfago, estômago, intestinos, fígado, colón, pâncreas, vesícula biliar e dutos biliares. Ela trata de doenças envolvendo a pele, os seios, tecidos moles e hérnias. 4.2 CIRURGIAS MAIS COMUNS O ramo da cirurgia geral é frequentemente considerado como uma área não-especializada e rasa da medicina. Todavia, com o surgimento das especializações, esta também estabeleceu seu âmbito de atuação, aperfeiçoando suas ações, tornando-se uma área muito complexa e direcionada. É indicada para tratar determinadas complicações clínicas especificas, como a videolaparoscopia e a cirurgia do trauma e a abdominal. Para o entendimento dessa especificação, deve-se conhecer as principais doenças que requerem uma atuação da equipe responsável pela cirurgia geral.7 Este campo tem uma forte participação no processo de tratamento de hérnias, como por exemplo, a hérnia inguinal, condição em que o tecido mole cria uma saliência por meio de um ponto fraco nos músculos abdominais. Tal situação necessita de uma intervenção cirúrgica, pois não melhora nem desaparece espontaneamente. Não é perigosa por si só, mas pode causar complicações graves com risco de vida. Outros tipos de hérnias que possuem o mesmo perfil de necessidade cirúrgica são as hérnias umbilical, epigástrica e hiatal.8 A colelitíase é outra patologia muito comum entre a população, segundo o Dr Cássio Barros da Instituto de Medicina Avançada, de cada 100 pessoas, 10 delas tem Colelitíase , a conhecida pedra na vesícula. Diferentemente da pedra no rim, está não consegue ser eliminada espontaneamente, e foi entendido por meio de estudos, que a vesícula que produz pedras, mesmo que você retire todas elas, vai continuar produzindo. Dessa forma, o único tratamento eficaz é a retirada da vesícula, por meio da cirurgia videolaparoscopia, na qual é realizada com o auxílio de uma câmera conectada a uma ótica que é introduzida através da parede abdominal, sendo as estruturas manipuladas com auxílio de pinças.9 As úlceras são patologias em que uma ferida se desenvolve na mucosa do estômago, intestino delgado ou esôfago, isto ocorre quando o ácido estomacal danifica o revestimento do trato, comumente por conta da infecção da bactéria H. Pylori e analgésicos anti-inflamatórios e aspirina. Segundo dados do Hospital Israelita A. Einstein , ocorre cerca de 2 milhões de casos por ano. O tratamento inclui uso de medicamentos que diminui a acidez do estômago, como antiácidos ou inibidores da acidez. Entretanto, quando a doença está em estágio avançado, é necessária uma intervenção cirúrgica, por meio de videolaparoscopia ou corte na barriga, a equipe localiza a úlcera e retira a parte afetada do estômago, juntando novamente as partes saudáveis para fechar a área.10 Entre outros procedimentos comuns de atuação de uma equipe de cirurgia geral, são cirurgias de câncer de partes moles, realizado para fins de retirada de tumores malignos situados entre a pele e os órgãos internos (sarcoma de partes moles). Cirurgia de câncer de pele que visa retirada de lesões cancerosas do tipo melanoma e não melanoma. Cirurgia dermatológica, onde ocorre uma remoção de lesões não malignas, como cisto sebáceo e lipoma, e para a correção de unha encravada. Cirurgia do intestino que consiste em um procedimento realizado para fins de tratamento de várias doenças que atingem grandes porções do intestino, como diverticulite, aderências intestinais, hemorroida.11 4.3 TIPOS DE CIRURGIAS GERAIS A cirurgia geral é a especialidade cuja área de atuação compreende a cirurgia abdominal, cirurgia do trauma e cirurgia videolaparoscopia.12 A cirurgia abdominal alta e baixa, que compreende os órgãos do diafragma até a pélvis. Pode-se associar e este tipo de especialidade a retirada de cálculos na vesícula, da apendicite, corrige hérnias, retira tumores benignos e malignos. Diante da busca por cirurgias mais seguras e que proporcionam uma recuperação rápida do paciente, atualmente, a um aumento da realização dos procedimentos no abdômen por meio de cirurgia de vídeo, onde a invasão é mínima, substituindo as técnicas antigas, na qual o este era aberto em uma grande incisão, proporcionando uma recuperação dolorosa, lenta e um grande risco para infecção. A cirurgia tradicional, por meio de abertura abdominal, é indicada apenas em situações de extrema emergência, por não necessitar de materiais específicos.13 A cirurgia do trauma é uma subespecialidade da cirurgia geral reconhecida pela resolução 1.973/2011 do Conselho Federal de Medicina (CFM), esta tem o intuito de atender de maneira sistemática e eficaz, pacientes vítimas de traumas. Nestas situações, há a necessidade de procedimentos rápidos, intervenções agressivas, e muitas vezes, controle rigoroso de hemorragias. Objetivando minimizar os danos causados em pacientes vítimas de trauma. Por necessitar de uma ação rápida, esta não usufrui de grandes mecanismos tecnológicos que precisam de equipamentos custosos e específicos.14 A cirurgia videolaparoscopia é outra subdivisão da cirurgia geral, nesta pequenos furos são feitos cerca de 3 a 6 pequenos furos na região do abdômen do paciente, onde entrará uma microcâmera, uma fonte de luz para ver o interior do organismo e os dispositivos essenciais para cortar e retirar o órgão ou uma certa parte prejudicada caso seja necessário. Um certo volume de gás, dióxido de carbono medicinal, é inserido no interior da cavidade abdominal, o objetivo é criar um campo expandido de trabalho para facilitar o manejo das estruturas e dos dispositivos durante a cirurgia.15 Atualmente, há contraindicação desse procedimento apenas em situações de extrema emergência que não possibilitam um preparo e organização para a cirurgia. Todavia, esta apresenta diversas vantagens como menor tempo de hospitalização para recuperação pós cirúrgica, retorno mais rápido de atividades profissionais, menor relato de dor e um melhor resultado estético, além de diminuir as chances de infecções de ferida operatória. 16 A cirurgia videolaparoscopia iniciou-se nas primeiras cirurgias ginecológicas e de apêndice datadas de 1974 na Alemanha, até os dias atuais, é vista como uma forma extremamente eficaz para atender as necessidades cirúrgicas, sem comprometer as capacidades dos pacientes por umperíodo prolongado.17 4.4 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA. Diante do aumento da incidência de complicações clínicas que exigem uma intervenção cirúrgica, as quais muitas vezes acontecem em condições inseguras, percebeu-se uma vulnerabilidade dos pacientes que são submetidos a tais procedimentos invasivos, sendo uma questão discutida em saúde pública. Assim, houve a necessidade de planejamentos com busca de uma diminuição dos riscos.18 Em 1990, Castellano e Jouclas propuseram a aplicação de processo de enfermagem no cuidado ao paciente cirúrgico, com base na assistência integral de forma continuada, participativa, individualizada, documentada e avaliada em todas as fases do período perioperatório, caracterizando como uma metodologia organizacional fundamentada em princípios científicos que permitem uma identificação das prioridades individuais dos pacientes. 19 O SAEP tem alguns princípios e objetivos que formam o alicerce da Enfermagem no centro cirúrgico(CC), estas ações englobam ajudar o paciente e a família a se prepararem para o procedimento e para o tratamento anestésico- cirúrgico proposto, observar o paciente sempre para identificar suas necessidades, realizar a assistência em busca de uma diminuição dos riscos inerentes ao ambiente cirúrgico, sempre realizar registros de todos os processos e ajudar o paciente e a família a enfrentar as dificuldades que podem surgir durante a assistência sempre esclarecendo possíveis dúvidas.20 O processo é dividido em 5 fases, que é a visita pré-operatória, planejamento da assistência, implementação da assistência, avaliação por meio de visitas pós-operatória de enfermagem e a reformulação da assistência a ser planejada. O enfermeiro é a peça fundamental na aplicação de todas as fases da SAEP, integrando a equipe na realização dos cuidados perioperatórios. Toda a organização efetuada, possibilita uma assistência segura do paciente, prevenindo riscos previsíveis, de forma que após os processos, os danos do paciente sejam apenas inerentes ao próprio procedimento ao qual foi submetido. 21 No SAEP, as formas de atuação são semelhantes em todos os tipos de especificações cirúrgicas, pois seguem padrões e técnicas pré estabelecidas, a divergência encontra-se na intensidade de atuação de acordo com a gravidade do procedimento e dos riscos inerentes a cirurgia. O período de experiencia cirúrgica é dividido em 5 etapas, estas são Peri operatório imediato, transoperatório, intraoperatório, recuperação anestésica e pós operatório imediato.22 O período pré operatório imediato é caracterizado pelas primeiras 24 horas antes do procedimento anestésico-cirúrgico até o encaminhamento do paciente ao centro cirúrgico. Nesta etapa, alguns fatores importantes devem ser levados em conta, como a idade do paciente, que podem influenciar muito no sucesso do procedimento e nas possíveis complicações. O estado geral, gravidade da patologia que o paciente porta, duração do procedimento se atentando a possíveis feridas por pressão devido ao tempo de cirurgia e o tipo de anestesia que será usado no cliente. 23 Na etapa pré operatória imediata, a equipe de enfermagem tem um fundamental papel de fornecer informações ao paciente e a família quanto ao procedimento, possíveis complicações, observações quanto ao que não deve ser feito no dia da cirurgia. Na cirurgia geral abdominal por exemplo, deve ser explicado ao paciente a necessidade de retirada de adornos no umbigo e nos seios para a realização da cirurgia. A enfermagem deve sempre orientar o paciente e família sobre a importância da higiene pessoas e os esvaziamento vesical, esta informação é muito pertinente principalmente quando o procedimento será feito na parte abdominal.24 O período transoperatório compreende desde o momento que o paciente é recebido no centro cirúrgico até sua saída da sala operatória. Nesta etapa, faz se a checagem dos exames pré operatórios, certificação da retirada de adornos e da realização do jejum. Podemos exemplificar o papel da enfermagem no transoperatório nas cirurgias videolaparoscopia, onde é orientado evitar uso de cigarros 48 horas antes do procedimento e o não consumo de bebidas alcoólicas nos dois dias anteriores da realização do procedimento. Assim, a enfermagem tem como papel, consultar esse paciente sobre o comprimento dessas observações, pois estas, se não seguidas, podem acarretar problemas no procedimento ou na etapa anestésica.25 O período intraoperatorio, está inserido no período transoperatório, pois compreende desde o início da administração anestésica até o término da cirurgia. Nesta fase, se faz a lista de verificação da cirurgia segura, na qual se subdivide em 3 etapas. A primeira é a Sing in, esta é feita antes da indução anestésica, no qual o aplicador do do check-list, confirmará com o anestesiologista a realização de ações que visam a redução da insegurança anestésica, por meio de inspeção em equipamentos anestésico, checagem de medicamentos e principalmente, possíveis reações ou contraindicações do paciente para com o anestésico. O time out é realizado imediatamente antes do procedimento e antes da incisão da pele e o sing out é feito antes do paciente ser retirado da sala operatória, sendo conferido se nada for esquecido no interior do paciente.26 Na fase pós operatória, deve ser mantido uma observação contínua com o estado do paciente pós procedimento e com as possíveis respostas a anestesia. O paciente é encaminhado para a área de internação, onde é acompanhado os sinais verbais e não verbais, queixas de desconfortos devem ser analisadas, dando sempre orientações quanto aos resultados da cirurgia, orientar sobre questões referentes ao tempo de recuperação e cuidados que devem ser seguidos.27 O SAEP é responsável por sustentar as ações de Enfermagem dentro do centro cirúrgico, tendo um papel fundamental na qualidade dos resultados e na integração entre as fases de um procedimento cirúrgico, otimizando ações e organizando a assistência. 28 4.5 PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA O protocolo de cirurgia segura foi criada com finalidade de determinar medidas que reduza a ocorrência de incidentes e eventos adversos e a mortalidade associada ao procedimento, possibilitando assim, o aumento da segurança na realização de cirurgias , no local correto e no paciente correto, por meio do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde. 29 Mas afinal, qual é o motivo da criação de tal protocolo? Com base em revisão sistemática realizada em 2015 sobre a ocorrência de eventos adversos em pacientes internados, mostrou que 1 de cada 150 pacientes que passam por algum procedimento cirúrgico acabam morrendo ou tendo uma complicação decorrente a um incidente. Dessa forma, surgiu uma grande necessidade de estabelecer medidas, métodos e técnicas que padronizam as ações e reduzam a probabilidade de situações adversas.30 Primeiramente, deve ser feita lista de variação. Exemplificando, Um paciente que irá passar por uma cirurgia de Hérnia inguinal, quando este chega na unidade, deve ser identificado com uma etiqueta e a indicação do médico para o procedimento deve ser conferida, com intuito de não associar o paciente a uma cirurgia que ele não necessite.31 Em segundo passo, deve ser feita uma demarcação da Lateralidade, especialmente quando há uma distinção entre esquerda e direita. No caso das cirurgias abdominais realizados pela equipe de cirurgia geral, a área de atuação no abdômen do paciente deve ser demarcada de forma que não saia durante o procedimento e conferida pela equipe.32 Para a aplicação da anestesia, a equipe deve se preparar quanto as adequações de vias áreas e ventilação, realizar monitoração da pressão arterial, frequência cardíaca e questões de temperatura,Isto por conta da vulnerabilidade do cliente quanto a ocorrência de hipóxia, broncoaspiração, hipotermia e alteração nas respostas e reflexos comuns do corpo.33 A equipe deve se preparar para a ocorrência de possíveis hemorragias. Durante a realização de uma cirurgia do trauma, a equipe pode se deparar com um grande extravasamento sanguíneo, esta deve estar preparada para o controle da hemorragia e atenuação dos efeitos clínicos. Pacientes já diagnosticados depleções volumétricas devem ser tratados antes da realização do procedimento.34 A Infecção do sítio cirúrgico são questões que devem ser minunciosamente observadas pela equipe. Durante a realização de uma cirurgia videolaparoscopia, por exemplo, apenas alguns instrumentais não inseridos no interior do paciente, estes devem ser cuidadosamente esterilizados, para evitar contaminação. Além de se ter um cuidado com a higienização das mãos, uso de EPI e toda uma técnica asséptica.35 Durante o procedimento, a equipe usufrui de instrumentais, compressas, agulhas, etc. Com o término da cirurgia, deve ser verificado questões como a não permanecia qualquer objeto no interior do paciente, pois este pode gerar sérias complicações clínicas ou até a morte do cliente. A conferência das ações, da etiquetagem, do procedimento, do paciente, compartilhamento das observações feitas para a equipe, estas entre outras medidas compõem o protocolo de cirurgia segura, que garantem ao procedimento uma maior eficácia e segurança.36 4.6 RISCOS ANESTÉSICOS A anestesia é uma estratégia utilizada para prevenir a dor ou alguma sensação durante a cirurgia, elas existem de diversas maneiras, mas comumente tem uma ação semelhante, afetam o sistema nervoso através do bloqueio de impulsos nervosos, a escolha vai depender do tipo de procedimento médico e do estado de saúde da pessoa. 37 Algo muito relevante na escolha da anestesia, é a presença de alergias do paciente para com o anestésico, caso não seja verificado, o cliente pode ter uma complicação clínica que pode levá-lo a morte. Em anestesias gerais, por exemplo, o paciente pode sofrer uma respiratória, cardíaca ou sequelas neurológicas em pessoas com saúde mais debilitada devido a desnutrição, problemas cardíacos, pulmonares ou renais. 38 4.7 PAPEL DA ENFERMAGEM NAS CIRURGIAS GERAIS No pré operatório equipe de enfermagem é responsável pelo seu preparo, estabelecendo e desenvolvendo diversas ações de cuidados de enfermagem Esses cuidados, são executados de acordo com conhecimentos especializados para atender às necessidades advindas do tratamento cirúrgico e incluem ainda orientação, preparo físico e emocional, avaliação e encaminhamento ao centro cirúrgico com a finalidade de diminuir o risco cirúrgico, promover a recuperação e evitar complicações no pós-operatório.39 Ao enfermeiro, compete o planejamento da assistência de enfermagem prestada ao paciente cirúrgico, o qual diz respeito às necessidades físicas e emocionais do paciente, além da orientação quanto à cirurgia propriamente dita e o preparo físico necessário para a intervenção cirúrgica.40 No pós operatório Após uma cirurgia, qualquer paciente fica mais vulnerável, com seu sistema imunológico mais baixo e propenso a outros problemas. Por isso, a atenção deve ser redobrada, para que haja uma recuperação completa e sem problemas subsequentes. Um pós-operatório cuidadoso evitará infecções ou complicações e por isso a figura do enfermeiro é fundamental ao lado do paciente.41 A equipe de enfermagem precisa ficar atento também à temperatura e a pressão arterial do paciente, tanto quanto a normalidade de outros sinais vitais, estar atento à alimentação do paciente, cuidando para que este faça as refeições de forma correta e que retorne o mais breve para uma dieta normal e aos possíveis problemas como infecções urinárias ou dificuldades na hora de evacuar, bem como outros problemas físicos que possam vir em decorrência da cirurgia.42 5 . DISCUSSÃO A cirurgia geral foi negligenciada diante das mudanças de ideologias conforme as gerações, pois a busca contante pelo novo torna as técnicas antigas desinteressantes. Com isso, a cirurgia geral deve receber um maior investimento tecnologico e uma maior exposição sobre sua abrangência clínica, se adequando as necessidades das comunidades, mas proporcionados cirurgias menos invasivas e um melhor bem-estar pós operatorio. 6. CONCLUSÃO A realização do trabalho proporcionou a equipe um conhecimento de maior abrangência em relação aos cuidados Peri operatórios, a importância em seguir protocolos para realização de uma cirurgia e principalmente, o como a cirurgia geral pode ser mais complexa do que é conhecido popularmente. De diversas maneiras, a realização do APS incrementa na nossa construção acadêmica, pois aumenta nossa capacidade de busca por informações e interesses por áreas, como a cirurgia geral, que passam despercebidas diante de tantas opções. Dessa forma, ficou um aprendizado importante de como a cirurgia geral tem uma relevância considerativa na composição de um âmbito hospitalar, pois sua área de abrangência atende as mais diversas necessidades. REFERENCIAS 1- Gomes E. Residência médica em cirurgia geral no Brasil - muito distante da realidade profissional. Rev do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.2009 2] 2 - Gomes E. Residência médica em cirurgia geral no Brasil - muito distante da realidade profissional. Rev do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.2009 3 - Lázaro A. Super especialização na cirurgia geral : problema ou solução. Rev do Colégio Brasileiro de Cirurgiões[online]. Rio de janeiro 4 - Tuoto EA. William Stewart Halsted - Pioneiro da cirurgia nos Estados Unidos [online]. 2008. (acesso 30 junho 2020). 5 - Machado. H- CBC, Progama de capacitação em cirurgia geral[online]. 6 - Machado. H- CBC, Progama de capacitação em cirurgia geral[online]. 7 – Junior. M - Videolaparoscopia no trauma abdominal. 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Cirurgia Laparoscópica: Cirurgia minimamente invasiva, cirurgia com pequenas incisões, cirurgia videolaparoscopia, cirurgia por vídeo.2015 18 - Ferrari D, Costa AEK, Pissaia LF, Moreschi C. São Paulo - A visão da equipe de enfermagem sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem em um hospital de médio porte. 2016 19 - Adamy EK, Tosatti M. Sistematização da assistência de enfermagem no período Peri operatório: visão da equipe de enfermagem. Rev Enfermagem UFSM. 2012 20 - Adamy EK, Tosatti M. Sistematização da assistência de enfermagem no período Peri operatório: visão da equipe de enfermagem. Rev Enfermagem UFSM. 2012 21 – Trevisan M, Karin J, Catalina R. Sistematização da assistência de enfermagem Peri operatória na segurança do paciente: revisão integrativa. São Paulo – Rev. SOBECC.2018 22 – Trevisan M, Karin J, Catalina R. Sistematização da assistênciade enfermagem Peri operatória na segurança do paciente: revisão integrativa. São Paulo – Rev. SOBECC.2018 23 – Trevisan M, Karin J, Catalina R. Sistematização da assistência de enfermagem Peri operatória na segurança do paciente: revisão integrativa. São Paulo – Rev. SOBECC.2018 24 – Trevisan M, Karin J, Catalina R. Sistematização da assistência de enfermagem Peri operatória na segurança do paciente: revisão integrativa. São Paulo – Rev. SOBECC.2018 25 – Trevisan M, Karin J, Catalina R. Sistematização da assistência de enfermagem Peri operatória na segurança do paciente: revisão integrativa. São Paulo – Rev. SOBECC.2018 26 -Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas recomendadas. São Paulo: SOBECC. 2017. 27 -Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas recomendadas. São Paulo: SOBECC. 2017. 28 -Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas recomendadas. São Paulo: SOBECC. 2017. 29– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 30– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 31– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 32– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 33– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 34– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 35– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 36– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 37 - Lorena M , Braz Mariana, Nascimento P, Reinaldo J. Riscos Anestésicos, danos no material genético e estresse oxidativo frente à exposicão aos resíduos de gases anestésicos.São Paulo – Revista Brasileira de Anestesiologia.2017 38 - Lorena M , Braz Mariana, Nascimento P, Reinaldo J. Riscos Anestésicos, danos no material genético e estresse oxidativo frente à exposicão aos resíduos de gases anestésicos.São Paulo – Revista Brasileira de Anestesiologia.2017 39 - Adamy EK, Tosatti M. Sistematização da assistência de enfermagem no período Peri operatório: visão da equipe de enfermagem. Rev Enfermagem UFSM. 2012 40 - Christóforo B E B, Carvalho D S. Cuidados de enfermagem realizados ao paciente cirúrgico no período pré-operatório. Rev. Enfermagem USP vol.43 no.1 São Paulo.2009 41 - Christóforo B E B, Carvalho D S. Cuidados de enfermagem realizados ao paciente cirúrgico no período pré-operatório. Rev. Enfermagem USP vol.43 no.1 São Paulo.2009 42 - 39 - Adamy EK, Tosatti M. Sistematização da assistência de enfermagem no período Peri operatório: visão da equipe de enfermagem. Rev Enfermagem UFSM. 2012
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