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APS CIRURGIA GERAL

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Universidade Paulista Instituto Ciências da Saúde 
Curso de Graduação em Enfermagem 
Campus Campinas 
 
 
 
 
 
 
 
CIRURGIA GERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINAS 
2020
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas 
2020 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
RESUMO............................................................................................................ 4 
ABSTRAT ........................................................................................................... 5 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6 
1. OBJETIVO ................................................................................................... 8 
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 8 
3.MÉTODOS ...................................................................................................... 8 
4. DESENVOLVIMENTO ................................................................................... 8 
4.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA CIRURGIA GERAL. ...................................... 8 
4.2 CIRURGIAS MAIS COMUNS.................................................................... 8 
4.3 TIPOS DE CIRURGIAS GERAIS ............................................................ 10 
4.4 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
PERIOPERATÓRIA. ..................................................................................... 11 
4.5 PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA ................................................. 13 
4.6 RISCOS ANESTÉSICOS ........................................................................ 14 
4.7 PAPEL DA ENFERMAGEM NAS CIRURGIAS GERAIS ........................ 14 
5 . DISCUSSÃO ............................................................................................... 15 
6. CONCLUSÃO ............................................................................................... 15 
REFERENCIAS ................................................................................................ 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 A cirurgia geral foi a base de uma estruturação de métodos operatórios e o 
ponto de partida para criação das especialidades, com o aprimoramento técnico 
e o avanço da tecnologia, ocorreu o desmembramento das atuações cirúrgicas, 
o empirismo usado no início da história, foi substituído por classificações que 
proporcionam maior segurança e eficácia no procedimento. A cirurgia geral, 
atualmente, é a especialidade cirúrgica que atua no exercício da cirurgia em 
hospitais gerais ou comunitários, atendimento de urgência, especialmente em 
traumatologia, cirurgia oncológica, complicações cirúrgicas graves abdominais; 
procedimentos cirúrgicos menores entre outras. Mesmo que com o tempo esta 
especialização foi negligenciada pela falta de interesse de recém formados, 
deve-se exaltar a importância desta equipe para compor o âmbito hospitalar, pois 
os profissionais dessa área têm uma visão geral sobre cada uma das possíveis 
necessidades, com intuito de estarem sempre preparados para atuar diante de 
uma urgência. 
 
Palavras chaves : Cirurgia geral, Tecnologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRAT 
 
 General surgery was the basis for structuring operating methods and the 
starting point for the creation of specialties, with technical improvement and the 
advancement of technology, there was a breakdown of surgical procedures, 
empiricism used at the beginning of history was replaced by classifications that 
provide greater safety and efficiency in the procedure. General surgery, currently, 
is the surgical specialty that acts in the exercise of surgery in general or pertinent 
hospitals, urgent care, especially in traumatology, oncological surgery, severe 
abdominal surgical complications; minor surgical procedures, among others. 
Even though this specialization was neglected over time due to the lack of interest 
of recent graduates, the importance of the team to compose the hospital 
environment must be exalted, as professionals in this area have an overview of 
each of the possible needs, as they must be prepared for an emergency. 
Keywords: General surgery, Technologies. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Pode-se dizer que história da cirurgia no Brasil iniciou em 1908 com a 
vinda da família real portuguesa ao país, pois por interesse econômico, ocorreu 
a necessidade de uma organização sanitária básica, e uma atenção as questões 
de saúde, em visto que diante da presença da realeza, o Rio de Janeiro, local 
onde se instalaram, devia ser viável para questões de comercio e habitação 
real. Diante dessa situação, veio na comotiva de D. João V, o Dr. José Correia 
Picanço, este que era cirurgião-mor do reino, e foi responsável pela abertura das 
primeiras escolas cirúrgicas no Brasil.1 
A cirurgia geral pode ser considerada a base do surgimento das 
especialidades. Com sua evolução cientifica e da ascensão tecnológica, foi 
surgindo as especializações, pois o conceito de realizar uma operação em um 
cidadão deixou de ser inespecífica, para algo variável e dependente da 
necessidade do paciente. Assim, os termos passaram a se desvincular. Nos 
Estados Unidos, a otorrinolaringologia foi a primeira especialidade a se separar 
da Cirurgia Geral em 1924. No Brasil, isso foi feito de maneira inconsciente e aos 
poucos, mas em 1957, estas divisões foram tituladas pelo Conselho Federal de 
Medicina. 2 
Inicialmente, a cirurgia geral, até então a única existente, existia para 
atender todas as necessidades dos pacientes que dependiam de uma ação mais 
minuciosa. Atualmente, a cirurgia geral é um campo de atuação mais 
estabelecido, que abrange as cirurgias abdominais, videolaparoscopia e cirurgia 
do trauma. Esta área estuda os mecanismos fisiopatológicos, diagnósticos e 
tratamento de enfermidades passiveis de atendimento cirúrgico, mormente no 
que se relaciona às urgências. Os conhecimentos da equipe devem caminhar 
sobre um aprendizado geral e básico sobre todas as especialidades, com intuito 
de poder atender a necessidade de pacientes não transferíveis. 3 
A cirurgia geral é extremamente importante para compor o 
âmbito hospitalar, entretanto, por desinteresse dos médicos recém 
formados, vem perdendo território, tal situação é decorrente da substituição de 
grandes operações, por procedimentos minimamente invasivos, devido ao 
avanço tecnológico. Contudo, toda a equipe de cirurgia geral, composta por 
médicos, Enfermeiros, técnicos de enfermagem, etc, devem desenvolver 
habilidades, conhecimento e atitudes que levem a proficiência em todos os 
campos de competências clínicas da Cirurgia Geral e que tal especialidade 
recupere a reputação quando a sua importância.4 
 Um grande avanço tecnológico incrementado no âmbito cirúrgico, é o uso 
de Cirurgias robóticas ou cirurgias robô-assistida, nesta, o médico manipula um 
robot, que faz as incisões e ressecções, através de um console joystick. Todavia, 
como qualquer tipo de mudança, a transição para cirurgias com inclusão de 
procedimentos tecnológicos causou certas complicações no início da 
implantação. Tais impasses, tinham relação com o descostume da equipe com 
uso de câmeras e robótica na cirurgia. Com isso, teve a necessidade de um 
período de adaptação. 5 
 Esta técnica chegou no Brasil em 2008, desde então, suas vantagens já 
foram observadas. Segundo o Dr Marcon Censoni, estes procedimentos 
apresentam uma maior precisão dos movimentos, melhor qualidade de imagem 
e realização de movimentos em 360 graus e o posicionamento mais ergonômico 
do cirurgião. Além disto, por se tratar de uma procedimento minimamente 
invasivo, proporciona um melhor bem estar pós cirurgia do paciente por conta de 
uma recuperação mais rápida, além da diminuição de riscos de InfecçãoRelacionada a Assistência a Saúde(IRAS). 6 
No decorrer desta releitura bibliográfica, será apresentado os tipos de 
cirurgias gerais, a incidência de infecção de sítio cirúrgico e o papel fundamental 
da Enfermagem compondo equipe de cirurgia geral, está que conforme os ano, 
foi se adaptando de acordo com as necessidades e os avanços tecnológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. OBJETIVO 
 
Realizar levantamentos bibliográficos sobre os principais aspectos da cirurgia 
geral. 
 
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
• Conhecer abrangência anatomica da cirurgia geral 
• Descrever as cirurgias mais comuns 
• Detalhar os tipos de cirurgias gerais. 
• Expor a sistematização da assistencia de enfermagem 
perioperatória. 
• Revisar protocolo de cirurgia segura 
• Apresentar o risco anestésico mais comum 
• Descrever papel da Enfermagem nas cirurgias gerais. 
 
 
3.MÉTODOS 
 
Com base em dados bibliográficos, pesquisas acadêmicas, artigos 
científicos e orientações fornecidas pela nossa orientadora Sr. Maria Helena, 
este trabalho foi estruturado, com intuito de expor informações sobre a cirurgia 
geral. O requerido trabalho foi feito durante a disciplina de APS em um período 
de 7 meses. As buscas feitas foram em língua Portuguesa e Inglesa em sites de 
pesquisa cientifica, como Google acadêmico e Scielo. 
 
4. DESENVOLVIMENTO 
 
 
4.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA CIRURGIA GERAL. 
 
A especialidade cirurgia geral abrange a parte abdominal do corpo 
humano, cirurgia videolaparoscopia e Cirurgia do trauma, compreendendo o 
esôfago, estômago, intestinos, fígado, colón, pâncreas, vesícula biliar e dutos 
biliares. Ela trata de doenças envolvendo a pele, os seios, tecidos moles e 
hérnias. 
 
 
4.2 CIRURGIAS MAIS COMUNS 
 
O ramo da cirurgia geral é frequentemente considerado como uma área 
não-especializada e rasa da medicina. Todavia, com o surgimento das 
especializações, esta também estabeleceu seu âmbito de atuação, 
aperfeiçoando suas ações, tornando-se uma área muito complexa e direcionada. 
É indicada para tratar determinadas complicações clínicas especificas, como a 
videolaparoscopia e a cirurgia do trauma e a abdominal. Para o entendimento 
dessa especificação, deve-se conhecer as principais doenças que requerem 
uma atuação da equipe responsável pela cirurgia geral.7 
 Este campo tem uma forte participação no processo de tratamento de 
hérnias, como por exemplo, a hérnia inguinal, condição em que o tecido mole 
cria uma saliência por meio de um ponto fraco nos músculos abdominais. Tal 
situação necessita de uma intervenção cirúrgica, pois não melhora nem 
desaparece espontaneamente. Não é perigosa por si só, mas pode causar 
complicações graves com risco de vida. Outros tipos de hérnias que possuem o 
mesmo perfil de necessidade cirúrgica são as hérnias umbilical, epigástrica e 
hiatal.8 
 A colelitíase é outra patologia muito comum entre a população, segundo 
o Dr Cássio Barros da Instituto de Medicina Avançada, de cada 100 pessoas, 10 
delas tem Colelitíase , a conhecida pedra na vesícula. Diferentemente da pedra 
no rim, está não consegue ser eliminada espontaneamente, e foi entendido por 
meio de estudos, que a vesícula que produz pedras, mesmo que você retire 
todas elas, vai continuar produzindo. Dessa forma, o único tratamento eficaz é a 
retirada da vesícula, por meio da cirurgia videolaparoscopia, na qual é realizada 
com o auxílio de uma câmera conectada a uma ótica que é introduzida através 
da parede abdominal, sendo as estruturas manipuladas com auxílio de pinças.9 
As úlceras são patologias em que uma ferida se desenvolve na mucosa 
do estômago, intestino delgado ou esôfago, isto ocorre quando o ácido 
estomacal danifica o revestimento do trato, comumente por conta da infecção da 
bactéria H. Pylori e analgésicos anti-inflamatórios e aspirina. Segundo dados do 
Hospital Israelita A. Einstein , ocorre cerca de 2 milhões de casos por ano. O 
tratamento inclui uso de medicamentos que diminui a acidez do estômago, como 
antiácidos ou inibidores da acidez. Entretanto, quando a doença está em estágio 
avançado, é necessária uma intervenção cirúrgica, por meio de 
videolaparoscopia ou corte na barriga, a equipe localiza a úlcera e retira a parte 
afetada do estômago, juntando novamente as partes saudáveis para fechar a 
área.10 
Entre outros procedimentos comuns de atuação de uma equipe de cirurgia 
geral, são cirurgias de câncer de partes moles, realizado para fins de retirada de 
tumores malignos situados entre a pele e os órgãos internos (sarcoma de partes 
moles). Cirurgia de câncer de pele que visa retirada de lesões cancerosas do 
tipo melanoma e não melanoma. Cirurgia dermatológica, onde ocorre uma 
remoção de lesões não malignas, como cisto sebáceo e lipoma, e para a 
correção de unha encravada. Cirurgia do intestino que consiste em um 
procedimento realizado para fins de tratamento de várias doenças que atingem 
grandes porções do intestino, como diverticulite, aderências intestinais, 
hemorroida.11 
 
4.3 TIPOS DE CIRURGIAS GERAIS 
 
A cirurgia geral é a especialidade cuja área de atuação compreende a 
cirurgia abdominal, cirurgia do trauma e cirurgia videolaparoscopia.12 
A cirurgia abdominal alta e baixa, que compreende os órgãos do 
diafragma até a pélvis. Pode-se associar e este tipo de especialidade a retirada 
de cálculos na vesícula, da apendicite, corrige hérnias, retira tumores benignos 
e malignos. Diante da busca por cirurgias mais seguras e que proporcionam uma 
recuperação rápida do paciente, atualmente, a um aumento da realização dos 
procedimentos no abdômen por meio de cirurgia de vídeo, onde a invasão é 
mínima, substituindo as técnicas antigas, na qual o este era aberto em uma 
grande incisão, proporcionando uma recuperação dolorosa, lenta e um grande 
risco para infecção. A cirurgia tradicional, por meio de abertura abdominal, é 
indicada apenas em situações de extrema emergência, por não necessitar de 
materiais específicos.13 
A cirurgia do trauma é uma subespecialidade da cirurgia geral 
reconhecida pela resolução 1.973/2011 do Conselho Federal de Medicina 
(CFM), esta tem o intuito de atender de maneira sistemática e eficaz, pacientes 
vítimas de traumas. Nestas situações, há a necessidade de procedimentos 
rápidos, intervenções agressivas, e muitas vezes, controle rigoroso de 
hemorragias. Objetivando minimizar os danos causados em pacientes vítimas 
de trauma. Por necessitar de uma ação rápida, esta não usufrui de grandes 
mecanismos tecnológicos que precisam de equipamentos custosos e 
específicos.14 
A cirurgia videolaparoscopia é outra subdivisão da cirurgia geral, nesta 
pequenos furos são feitos cerca de 3 a 6 pequenos furos na região do abdômen 
do paciente, onde entrará uma microcâmera, uma fonte de luz para ver o interior 
do organismo e os dispositivos essenciais para cortar e retirar o órgão ou uma 
certa parte prejudicada caso seja necessário. Um certo volume de gás, dióxido 
de carbono medicinal, é inserido no interior da cavidade abdominal, o objetivo é 
criar um campo expandido de trabalho para facilitar o manejo das estruturas e 
dos dispositivos durante a cirurgia.15 
Atualmente, há contraindicação desse procedimento apenas em 
situações de extrema emergência que não possibilitam um preparo e 
organização para a cirurgia. Todavia, esta apresenta diversas vantagens como 
menor tempo de hospitalização para recuperação pós cirúrgica, retorno mais 
rápido de atividades profissionais, menor relato de dor e um melhor resultado 
estético, além de diminuir as chances de infecções de ferida operatória. 16 
A cirurgia videolaparoscopia iniciou-se nas primeiras cirurgias 
ginecológicas e de apêndice datadas de 1974 na Alemanha, até os dias atuais, 
é vista como uma forma extremamente eficaz para atender as necessidades 
cirúrgicas, sem comprometer as capacidades dos pacientes por umperíodo 
prolongado.17 
 
4.4 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
PERIOPERATÓRIA. 
 
 Diante do aumento da incidência de complicações clínicas que exigem 
uma intervenção cirúrgica, as quais muitas vezes acontecem em condições 
inseguras, percebeu-se uma vulnerabilidade dos pacientes que são submetidos 
a tais procedimentos invasivos, sendo uma questão discutida em saúde pública. 
Assim, houve a necessidade de planejamentos com busca de uma diminuição 
dos riscos.18 
 Em 1990, Castellano e Jouclas propuseram a aplicação de processo de 
enfermagem no cuidado ao paciente cirúrgico, com base na assistência integral 
de forma continuada, participativa, individualizada, documentada e avaliada em 
todas as fases do período perioperatório, caracterizando como uma metodologia 
organizacional fundamentada em princípios científicos que permitem uma 
identificação das prioridades individuais dos pacientes. 19 
 O SAEP tem alguns princípios e objetivos que formam o alicerce da 
Enfermagem no centro cirúrgico(CC), estas ações englobam ajudar o paciente 
e a família a se prepararem para o procedimento e para o tratamento anestésico-
cirúrgico proposto, observar o paciente sempre para identificar suas 
necessidades, realizar a assistência em busca de uma diminuição dos riscos 
inerentes ao ambiente cirúrgico, sempre realizar registros de todos os processos 
e ajudar o paciente e a família a enfrentar as dificuldades que podem surgir 
durante a assistência sempre esclarecendo possíveis dúvidas.20 
 O processo é dividido em 5 fases, que é a visita pré-operatória, 
planejamento da assistência, implementação da assistência, avaliação por meio 
de visitas pós-operatória de enfermagem e a reformulação da assistência a ser 
planejada. O enfermeiro é a peça fundamental na aplicação de todas as fases 
da SAEP, integrando a equipe na realização dos cuidados perioperatórios. Toda 
a organização efetuada, possibilita uma assistência segura do paciente, 
prevenindo riscos previsíveis, de forma que após os processos, os danos do 
paciente sejam apenas inerentes ao próprio procedimento ao qual foi submetido. 
21 
 No SAEP, as formas de atuação são semelhantes em todos os tipos de 
especificações cirúrgicas, pois seguem padrões e técnicas pré estabelecidas, a 
divergência encontra-se na intensidade de atuação de acordo com a gravidade 
do procedimento e dos riscos inerentes a cirurgia. O período de experiencia 
cirúrgica é dividido em 5 etapas, estas são Peri operatório imediato, 
transoperatório, intraoperatório, recuperação anestésica e pós operatório 
imediato.22 
 O período pré operatório imediato é caracterizado pelas primeiras 24 
horas antes do procedimento anestésico-cirúrgico até o encaminhamento do 
paciente ao centro cirúrgico. Nesta etapa, alguns fatores importantes devem ser 
levados em conta, como a idade do paciente, que podem influenciar muito no 
sucesso do procedimento e nas possíveis complicações. O estado geral, 
gravidade da patologia que o paciente porta, duração do procedimento se 
atentando a possíveis feridas por pressão devido ao tempo de cirurgia e o tipo 
de anestesia que será usado no cliente. 23 
 Na etapa pré operatória imediata, a equipe de enfermagem tem um 
fundamental papel de fornecer informações ao paciente e a família quanto ao 
procedimento, possíveis complicações, observações quanto ao que não deve 
ser feito no dia da cirurgia. Na cirurgia geral abdominal por exemplo, deve ser 
explicado ao paciente a necessidade de retirada de adornos no umbigo e nos 
seios para a realização da cirurgia. A enfermagem deve sempre orientar o 
paciente e família sobre a importância da higiene pessoas e os esvaziamento 
vesical, esta informação é muito pertinente principalmente quando o 
procedimento será feito na parte abdominal.24 
 O período transoperatório compreende desde o momento que o paciente 
é recebido no centro cirúrgico até sua saída da sala operatória. Nesta etapa, faz 
se a checagem dos exames pré operatórios, certificação da retirada de adornos 
e da realização do jejum. Podemos exemplificar o papel da enfermagem no 
transoperatório nas cirurgias videolaparoscopia, onde é orientado evitar uso de 
cigarros 48 horas antes do procedimento e o não consumo de bebidas alcoólicas 
nos dois dias anteriores da realização do procedimento. Assim, a enfermagem 
tem como papel, consultar esse paciente sobre o comprimento dessas 
observações, pois estas, se não seguidas, podem acarretar problemas no 
procedimento ou na etapa anestésica.25 
 O período intraoperatorio, está inserido no período transoperatório, pois 
compreende desde o início da administração anestésica até o término da 
cirurgia. Nesta fase, se faz a lista de verificação da cirurgia segura, na qual se 
subdivide em 3 etapas. A primeira é a Sing in, esta é feita antes da indução 
anestésica, no qual o aplicador do do check-list, confirmará com o 
anestesiologista a realização de ações que visam a redução da insegurança 
anestésica, por meio de inspeção em equipamentos anestésico, checagem de 
medicamentos e principalmente, possíveis reações ou contraindicações do 
paciente para com o anestésico. O time out é realizado imediatamente antes do 
procedimento e antes da incisão da pele e o sing out é feito antes do paciente 
ser retirado da sala operatória, sendo conferido se nada for esquecido no interior 
do paciente.26 
 Na fase pós operatória, deve ser mantido uma observação contínua com 
o estado do paciente pós procedimento e com as possíveis respostas a 
anestesia. O paciente é encaminhado para a área de internação, onde é 
acompanhado os sinais verbais e não verbais, queixas de desconfortos devem 
ser analisadas, dando sempre orientações quanto aos resultados da cirurgia, 
orientar sobre questões referentes ao tempo de recuperação e cuidados que 
devem ser seguidos.27 
 O SAEP é responsável por sustentar as ações de Enfermagem dentro do 
centro cirúrgico, tendo um papel fundamental na qualidade dos resultados e na 
integração entre as fases de um procedimento cirúrgico, otimizando ações e 
organizando a assistência. 28 
 
 
4.5 PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA 
 
 O protocolo de cirurgia segura foi criada com finalidade de determinar 
medidas que reduza a ocorrência de incidentes e eventos adversos e a 
mortalidade associada ao procedimento, possibilitando assim, o aumento da 
segurança na realização de cirurgias , no local correto e no paciente correto, 
por meio do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida pela 
Organização Mundial da Saúde. 29 
 Mas afinal, qual é o motivo da criação de tal protocolo? Com base em 
revisão sistemática realizada em 2015 sobre a ocorrência de eventos adversos 
em pacientes internados, mostrou que 1 de cada 150 pacientes que passam 
por algum procedimento cirúrgico acabam morrendo ou tendo uma 
complicação decorrente a um incidente. Dessa forma, surgiu uma grande 
necessidade de estabelecer medidas, métodos e técnicas que padronizam as 
ações e reduzam a probabilidade de situações adversas.30 
 Primeiramente, deve ser feita lista de variação. Exemplificando, Um 
paciente que irá passar por uma cirurgia de Hérnia inguinal, quando este chega 
na unidade, deve ser identificado com uma etiqueta e a indicação do médico 
para o procedimento deve ser conferida, com intuito de não associar o paciente 
a uma cirurgia que ele não necessite.31 
 Em segundo passo, deve ser feita uma demarcação da Lateralidade, 
especialmente quando há uma distinção entre esquerda e direita. No caso das 
cirurgias abdominais realizados pela equipe de cirurgia geral, a área de 
atuação no abdômen do paciente deve ser demarcada de forma que não saia 
durante o procedimento e conferida pela equipe.32 
Para a aplicação da anestesia, a equipe deve se preparar quanto as 
adequações de vias áreas e ventilação, realizar monitoração da pressão arterial, 
frequência cardíaca e questões de temperatura,Isto por conta da vulnerabilidade 
do cliente quanto a ocorrência de hipóxia, broncoaspiração, hipotermia e 
alteração nas respostas e reflexos comuns do corpo.33 
A equipe deve se preparar para a ocorrência de possíveis hemorragias. 
Durante a realização de uma cirurgia do trauma, a equipe pode se deparar com 
um grande extravasamento sanguíneo, esta deve estar preparada para o 
controle da hemorragia e atenuação dos efeitos clínicos. Pacientes já 
diagnosticados depleções volumétricas devem ser tratados antes da realização 
do procedimento.34 
A Infecção do sítio cirúrgico são questões que devem ser 
minunciosamente observadas pela equipe. Durante a realização de uma cirurgia 
videolaparoscopia, por exemplo, apenas alguns instrumentais não inseridos no 
interior do paciente, estes devem ser cuidadosamente esterilizados, para evitar 
contaminação. Além de se ter um cuidado com a higienização das mãos, uso de 
EPI e toda uma técnica asséptica.35 
Durante o procedimento, a equipe usufrui de instrumentais, compressas, 
agulhas, etc. Com o término da cirurgia, deve ser verificado questões como a 
não permanecia qualquer objeto no interior do paciente, pois este pode gerar 
sérias complicações clínicas ou até a morte do cliente. A conferência das ações, 
da etiquetagem, do procedimento, do paciente, compartilhamento das 
observações feitas para a equipe, estas entre outras medidas compõem o 
protocolo de cirurgia segura, que garantem ao procedimento uma maior eficácia 
e segurança.36 
 
4.6 RISCOS ANESTÉSICOS 
 
A anestesia é uma estratégia utilizada para prevenir a dor ou alguma 
sensação durante a cirurgia, elas existem de diversas maneiras, mas 
comumente tem uma ação semelhante, afetam o sistema nervoso através do 
bloqueio de impulsos nervosos, a escolha vai depender do tipo de 
procedimento médico e do estado de saúde da pessoa. 37 
Algo muito relevante na escolha da anestesia, é a presença de alergias 
do paciente para com o anestésico, caso não seja verificado, o cliente pode ter 
uma complicação clínica que pode levá-lo a morte. Em anestesias gerais, por 
exemplo, o paciente pode sofrer uma respiratória, cardíaca ou sequelas 
neurológicas em pessoas com saúde mais debilitada devido a desnutrição, 
problemas cardíacos, pulmonares ou renais. 38 
 
4.7 PAPEL DA ENFERMAGEM NAS CIRURGIAS GERAIS 
 
No pré operatório equipe de enfermagem é responsável pelo seu preparo, 
estabelecendo e desenvolvendo diversas ações de cuidados de enfermagem 
Esses cuidados, são executados de acordo com conhecimentos especializados 
para atender às necessidades advindas do tratamento cirúrgico e incluem 
ainda orientação, preparo físico e emocional, avaliação e encaminhamento ao 
centro cirúrgico com a finalidade de diminuir o risco cirúrgico, promover a 
recuperação e evitar complicações no pós-operatório.39 
Ao enfermeiro, compete o planejamento da assistência de enfermagem 
prestada ao paciente cirúrgico, o qual diz respeito às necessidades físicas e 
emocionais do paciente, além da orientação quanto à cirurgia propriamente dita 
e o preparo físico necessário para a intervenção cirúrgica.40 
No pós operatório Após uma cirurgia, qualquer paciente fica mais 
vulnerável, com seu sistema imunológico mais baixo e propenso a outros 
problemas. Por isso, a atenção deve ser redobrada, para que haja uma 
recuperação completa e sem problemas subsequentes. Um pós-operatório 
cuidadoso evitará infecções ou complicações e por isso a figura do enfermeiro é 
fundamental ao lado do paciente.41 
A equipe de enfermagem precisa ficar atento também à temperatura e a 
pressão arterial do paciente, tanto quanto a normalidade de outros sinais vitais, 
estar atento à alimentação do paciente, cuidando para que este faça as refeições 
de forma correta e que retorne o mais breve para uma dieta normal e aos 
possíveis problemas como infecções urinárias ou dificuldades na hora de 
evacuar, bem como outros problemas físicos que possam vir em decorrência da 
cirurgia.42 
 
 
5 . DISCUSSÃO 
 
 A cirurgia geral foi negligenciada diante das mudanças de ideologias 
conforme as gerações, pois a busca contante pelo novo torna as técnicas 
antigas desinteressantes. Com isso, a cirurgia geral deve receber um maior 
investimento tecnologico e uma maior exposição sobre sua abrangência clínica, 
se adequando as necessidades das comunidades, mas proporcionados cirurgias 
menos invasivas e um melhor bem-estar pós operatorio. 
 
 
6. CONCLUSÃO 
 
A realização do trabalho proporcionou a equipe um conhecimento de 
maior abrangência em relação aos cuidados Peri operatórios, a importância em 
seguir protocolos para realização de uma cirurgia e principalmente, o como a 
cirurgia geral pode ser mais complexa do que é conhecido popularmente. De 
diversas maneiras, a realização do APS incrementa na nossa construção 
acadêmica, pois aumenta nossa capacidade de busca por informações e 
interesses por áreas, como a cirurgia geral, que passam despercebidas diante 
de tantas opções. Dessa forma, ficou um aprendizado importante de como a 
cirurgia geral tem uma relevância considerativa na composição de um âmbito 
hospitalar, pois sua área de abrangência atende as mais diversas necessidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS 
 
1- Gomes E. Residência médica em cirurgia geral no Brasil - muito distante da 
realidade profissional. Rev do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.2009 2] 
2 - Gomes E. Residência médica em cirurgia geral no Brasil - muito distante da 
realidade profissional. Rev do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.2009 
3 - Lázaro A. Super especialização na cirurgia geral : problema ou solução. Rev 
do Colégio Brasileiro de Cirurgiões[online]. Rio de janeiro 
4 - Tuoto EA. William Stewart Halsted - Pioneiro da cirurgia nos Estados Unidos 
[online]. 2008. (acesso 30 junho 2020). 
5 - Machado. H- CBC, Progama de capacitação em cirurgia geral[online]. 
6 - Machado. H- CBC, Progama de capacitação em cirurgia geral[online]. 
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do Colégio Brasileiro de Cirurgiões;2000 
8- Gomes E. Residência médica em cirurgia geral no Brasil - muito distante da 
realidade profissional. Rev do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.2009 
9 – Barro C. Instituto de Medicina Avançada[Entrevista]. 
10 –Dalcin N. Cuidados nutricionais na úlcera péptica. ABCD. Arquivos 
Brasileiros de Cirurgia Digestiva. São Paulo.2014 
11 - Machado. H- CBC, Programa de capacitação em cirurgia geral[online]. 
12- Harley E. A. Bicas. Especialidades médicas e áreas de atuação. Arquivos 
Brasileiros em cirurgia. São Paulo.2016 
13 – Lázaro A. Cirurgia Geral :Bases da Cirurgia – Brasília - Revista Brasileira 
de Educação Médica.2020 
14 – Campos T. O cirurgião de trauma e emergência. Rio de Janeiro - Rev do 
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15– Geraldo E. Cirurgia Videolaparoscópica.São Paulo – Sociedade Brasileira 
de Urologia.2016 
16 – Geraldo E. Cirurgia Videolaparoscópica.São Paulo – Sociedade Brasileira 
de Urologia.2016 
17 -Brentano l. Cirurgia Laparoscópica: Cirurgia minimamente invasiva, cirurgia 
com pequenas incisões, cirurgia videolaparoscopia, cirurgia por vídeo.2015 
18 - Ferrari D, Costa AEK, Pissaia LF, Moreschi C. São Paulo - A visão da equipe 
de enfermagem sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem em um 
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19 - Adamy EK, Tosatti M. Sistematização da assistência de enfermagem no 
período Peri operatório: visão da equipe de enfermagem. Rev Enfermagem 
UFSM. 2012 
20 - Adamy EK, Tosatti M. Sistematização da assistência de enfermagem no 
período Peri operatório: visão da equipe de enfermagem. Rev Enfermagem 
UFSM. 2012 
21 – Trevisan M, Karin J, Catalina R. Sistematização da assistência de 
enfermagem Peri operatória na segurança do paciente: revisão integrativa. São 
Paulo – Rev. SOBECC.2018 
22 – Trevisan M, Karin J, Catalina R. Sistematização da assistênciade 
enfermagem Peri operatória na segurança do paciente: revisão integrativa. São 
Paulo – Rev. SOBECC.2018 
23 – Trevisan M, Karin J, Catalina R. Sistematização da assistência de 
enfermagem Peri operatória na segurança do paciente: revisão integrativa. São 
Paulo – Rev. SOBECC.2018 
24 – Trevisan M, Karin J, Catalina R. Sistematização da assistência de 
enfermagem Peri operatória na segurança do paciente: revisão integrativa. São 
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25 – Trevisan M, Karin J, Catalina R. Sistematização da assistência de 
enfermagem Peri operatória na segurança do paciente: revisão integrativa. São 
Paulo – Rev. SOBECC.2018 
26 -Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação 
Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas recomendadas. São 
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27 -Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação 
Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas recomendadas. São 
Paulo: SOBECC. 2017. 
28 -Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação 
Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas recomendadas. São 
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29– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 
30– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 
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32– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 
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34– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 
35– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 
36– Ministério da saúde. Protocolo de cirurgia segura.2013 
37 - Lorena M , Braz Mariana, Nascimento P, Reinaldo J. Riscos Anestésicos, 
danos no material genético e estresse oxidativo frente à exposicão aos resíduos 
de gases anestésicos.São Paulo – Revista Brasileira de Anestesiologia.2017 
38 - Lorena M , Braz Mariana, Nascimento P, Reinaldo J. Riscos Anestésicos, 
danos no material genético e estresse oxidativo frente à exposicão aos resíduos 
de gases anestésicos.São Paulo – Revista Brasileira de Anestesiologia.2017 
39 - Adamy EK, Tosatti M. Sistematização da assistência de enfermagem no 
período Peri operatório: visão da equipe de enfermagem. Rev Enfermagem 
UFSM. 2012 
40 - Christóforo B E B, Carvalho D S. Cuidados de enfermagem realizados ao 
paciente cirúrgico no período pré-operatório. Rev. Enfermagem USP vol.43 no.1 
São Paulo.2009 
41 - Christóforo B E B, Carvalho D S. Cuidados de enfermagem realizados ao 
paciente cirúrgico no período pré-operatório. Rev. Enfermagem USP vol.43 no.1 
São Paulo.2009 
42 - 39 - Adamy EK, Tosatti M. Sistematização da assistência de enfermagem 
no período Peri operatório: visão da equipe de enfermagem. Rev Enfermagem 
UFSM. 2012

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