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Anatomia Tireoide

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Anato – Tireoide 
As vísceras do pescoço são dispostas em três camadas, 
nomeadas de acordo com sua função primária (Figura 8.26). 
Da região superficial para a profunda, elas são: 
• Camada endócrina: glândulas tireoide e 
paratireoides 
• Camada respiratória: laringe e traqueia 
• Camada alimentar: faringe e esôfago. 
As vísceras da camada endócrina fazem parte do sistema 
endócrino (glândulas secretoras de hormônio, sem ductos). 
A glândula tireoide é a maior glândula endócrina do corpo. 
Produz hormônio tireoidiano, que controla a velocidade do 
metabolismo, e calcitonina, um hormônio que controla o 
metabolismo do cálcio. A glândula tireoide influencia todas 
as áreas do corpo, com exceção dela própria e do baço, 
testículos e útero. O hormônio produzido pelas glândulas 
paratireoides, o paratormônio (PTH), controla o 
metabolismo do fósforo e do cálcio no sangue. As glândulas 
paratireoides atuam no esqueleto, nos rins e no intestino 
GLANDULA TIREOIDE 
 
• Localização = situa-se profundamente aos 
músculos esternotireoideo e esterno-hioideo, na 
parte anterior do pescoço, no nível das vertebras 
CV a T1 
• Formada principalmente pelos lobos direito e 
esquerdo, situados em posição anterolateral em 
relação á laringe e á traqueia 
• ISTMO = une os lobos sobre a traqueia, em geral 
anteriormente ao segundo e terceiro anéis 
traqueais 
• Lobo piramidal 
• Circundada por uma capsula fibrosa fina, que envia 
septos profundos para o interior da glandula 
• Tecido conjuntivo denso fixa a capsula á cartilagem 
cricóidea e aos anéis traqueais superiores 
• Externamente á capsula há uma bainha frouxa 
formada pela parte visceral da lamina pre-traqueal 
da fascia cervical 
 
• Em sua porção superior, a tireoide possui relação 
com a laringe e, em sua porção posterior, também 
possui relação com o esôfago e com um importante 
nervo que passa entre ela, o esôfago e a traqueia: o 
nervo laríngeo recorrente. 
o O nervo laríngeo recorrente, ramo do 
nervo vago, é uma importante estrutura 
da região cervical por exercer papel 
fundamental na fala, uma vez que ele 
inerva quase todos os músculos da laringe 
responsáveis pela fonação. Deste modo, 
esse nervo deve sempre ser notado 
durante a realização de qualquer 
procedimento cirúrgico na região cervical. 
Quando se é realizada uma tireoidectomia 
(retirada parcial ou total da glândula 
tireoide), por exemplo, deve-se, primeiro, 
identificar e, então, preservar esse nervo, 
pois qualquer lesão ao longo de seu trajeto 
provoca rouquidão no paciente. 
 
• A tireoide possui relação íntima com os músculos 
platisma, esternocleidomastoideo, 
esternotireoideo, esterno-hióideo e omo-hióideo, 
no nível das vértebras CV a T1. Tais músculos, 
juntamente com as fáscias cervicais superficial e 
profunda, conferem proteção aos grandes vasos e 
às vísceras do pescoço. 
 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL 
Por estarem intimamente conectadas, as glândulas tireoide 
e paratireoides terão irrigação arterial, drenagem venosa, 
drenagem linfática e inervação relativamente comuns entre 
si. 
• Altamente vascularizada 
• Artérias tireóideas superior e inferior 
• Esses vasos situam-se entre a capsula fibrosa e a 
bainha fascial frouxa 
• TRAJETO: 
o Artéria carótida comum > Artéria carótida 
externa > artérias tireóideas superiores 
▪ Trajeto descendente após sua 
formação 
▪ Tais artérias perfuram a lâmina 
pré-traqueal da fáscia cervical e 
dividem-se em ramos anterior e 
posterior 
▪ Irriga principalmente a face 
anterossuperior da tireoide 
o Artéria subclávia > tronco tireocervical > 
artéria tireóidea inferior > segue em 
sentido superomedial posteriormente ás 
bainhas carótidas > atingem a face 
posterior da glandula > vários ramos > face 
posteroinferior > polos inferiores 
As artérias tireóideas superiores e inferiores direita e 
esquerda fazem extensas anastomoses dentro da glândula, 
assegurando sua vascularização enquanto proporcionam 
potencial circulação colateral entre as artérias subclávia e 
carótida externa. 
 
• Artéria tireóidea ima > ramo do tronco 
braquiocefalico ou arco da aorta ou carótida 
comum direita ou subclávia ou torácica interna 
o Quando presente, essa artéria ascende na 
face anterior da traqueia, emitindo 
pequenos ramos. Continua ate o istmo, 
onde se divide para irriga-la 
 
DRENAGEM VENOSA 
• Três pares de veias tireóideas geralmente formam 
um plexo venoso tireóideo na face anterior da 
glândula tireoide e anterior à traqueia 
• As veias tireóideas superiores acompanham as 
artérias tireóideas superiores; elas drenam os polos 
superiores da glândula tireoide 
• As veias tireóideas médias não acompanham, mas 
seguem trajetos praticamente paralelos às artérias 
tireóideas inferiores; drenam a região intermédia 
dos lobos 
• As veias tireóideas inferiores geralmente 
independentes drenam os polos inferiores 
• As veias tireóideas superior e média drenam para 
as VJI 
• As veias tireóideas inferiores drenam para as veias 
braquiocefálicas posteriormente ao manúbrio do 
esterno 
 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA 
Os vasos linfáticos da glândula tireoide seguem no tecido 
conjuntivo interlobular, geralmente perto das artérias; eles 
se comunicam com uma rede capsular dos vasos linfáticos. A 
partir daí, os vasos seguem primeiro para os linfonodos pré-
laríngeos, pré-traqueais e paratraqueais. 
Por sua vez, os linfonodos pré-laríngeos drenam para os 
linfonodos cervicais superiores, e os linfonodos pré-
traqueais e paratraqueais drenam para os linfonodos 
cervicais profundos inferiores. 
Na parte lateral, os vasos linfáticos situados ao longo 
das veias tireóideas superiores seguem diretamente 
para os linfonodos cervicais profundos inferiores. 
Alguns vasos linfáticos podem drenar para os 
linfonodos braquiocefálicos ou para o ducto torácico. 
 
Retomando a arquitetura do pescoço, a tireoide, traqueia e 
esôfago estão localizados na porção mais anterior e central 
da região cervical, enquanto os grandes vasos (artérias 
carótidas e veias jugulares internas) são estruturas mais 
laterais e posteriores. Os linfonodos cervicais, por sua vez, 
também se encontram nesta área, acompanhando os 
grandes vasos, e recebem vasos linfáticos de outros locais 
das regiões cervical e craniana. Por fim, toda a linfa captada 
no lado esquerdo do corpo é direcionada ao ducto torácico 
e toda a linfa captada no lado direito é encaminhado ou 
diretamente para a veia braquiocefálica ou para o ducto 
linfático direito para, então, chegar à veia braquiocefálica. 
Todos os vasos linfáticos da cabeça e do pescoço drenam, 
direta ou indiretamente, para os linfonodos cervicais 
profundos, uma cadeia de linfonodos que está situada ao 
longo da veia jugular interna na região cervical. A linfa 
proveniente desses linfonodos é drenada até o tronco 
linfático jugular, que irá se unir ao ducto torácico (o qual 
desemboca próximo à união das veias jugular interna e 
subclávia esquerdas) quando vier do lado esquerdo do corpo 
e, quando for oriundo do lado direito, pode entrar 
diretamente na região de junção entre as veias jugular 
interna e subclávia direitas ou indiretamente através de um 
curto ducto linfático direito. Independentemente da forma 
de entrada, toda a linfa da cabeça e do pescoço acaba sendo 
drenada para o sistema venoso, próximo ou diretamente nas 
veias braquiocefálicas. 
NERVOS DA GLANDULA 
Os nervos da glândula tireoide são derivados dos gânglios 
(simpáticos) cervicais superiores, médios e inferiores. Eles 
chegam à glândula através dos plexos cardíaco e 
periarteriais tireóideos superior e inferior que acompanham 
as artérias tireóideas. Essas fibras são vasomotoras, não 
secretomotoras. 
Causam constrição dos vasos sanguíneos. A secreção 
endócrina da glândula tireoide é controlada hormonalmente 
pela hipófise. 
MUSCULOS INTRÍNSECOS DA LARINGE 
Os músculos da laringe sãodivididos em extrínsecos e 
intrínsecos. 
Os músculos extrínsecos da laringe movem a laringe como 
um todo. Os músculos infrahióideos abaixam o hioide e a 
laringe, enquanto os músculos supra-hióideos (e o 
estilofaríngeo, um músculo da faringe, discutido adiante 
neste capítulo) são elevadores do hioide e da laringe. 
Os músculos intrínsecos da laringe movem os componentes 
da laringe, alterando o comprimento e a tensão das pregas 
vocais e o tamanho e formato da rima da glote. Todos, com 
exceção de um, são supridos pelo nervo laríngeo recorrente, 
um ramo do NC X. 
• O músculo cricotireóideo é suprido pelo nervo 
laríngeo externo, um dos dois ramos terminais do 
nervo laríngeo superior. 
É mais fácil compreender as ações dos músculos intrínsecos 
da laringe quando estes são considerados como grupos 
funcionais: adutores e abdutores, esfíncteres, e tensores e 
relaxadores. 
• Adutores e abdutores: Esses músculos movimentam 
as pregas vocais para abrir e fechar a rima da glote. 
Os principais adutores são os músculos 
cricoaritenóideos laterais, que tracionam os 
processos musculares anteriormente, girando as 
cartilagens aritenóideas e causando a oscilação 
medial de seus processos vocais. Quando esta ação 
é associada à dos músculos aritenóideos transverso 
e oblíquo, que tracionam as cartilagens 
aritenóideas juntas, o ar empurrado através da rima 
da glote causa vibrações dos ligamentos vocais 
(fonação). Quando os ligamentos vocais são 
aduzidos, mas os músculos aritenóideos 
transversos não atuam, as cartilagens aritenóideas 
permanecem afastadas e o ar pode passar ao largo 
dos ligamentos. Essa é a posição do sussuro, 
quando a respiração é transformada em voz na 
ausência de tom. Os únicos abdutores são os 
músculos cricoaritenóideos posteriores, que 
tracionam os processos musculares 
posteriormente, girando os processos vocais 
lateralmente e assim alargando a rima da glote 
• Esfíncteres: As ações combinadas da maioria dos 
músculos do ádito da laringe resultam em ação 
esfincteriana que fecha o ádito da laringe como 
mecanismo de proteção durante a deglutição. A 
contração dos músculos cricoaritenóideos laterais, 
aritenóideos transversos e oblíquos e ariepiglóticos 
aproxima as pregas ariepiglóticas e traciona as 
cartilagens aritenóideas em direção à epiglote. Esta 
ação é um reflexo ao líquido ou a partículas que se 
aproximam ou entram no vestíbulo da laringe. 
Talvez seja nosso reflexo mais forte, diminuindo só 
depois da perda de consciência, como no 
afogamento 
• Tensores: Os principais tensores são os músculos 
cricotireóideos, que inclinam ou tracionam a 
proeminência ou ângulo da cartilagem tireóidea 
anterior e inferiormente em direção ao arco da 
cartilagem cricóidea. Isso aumenta a distância entre 
a proeminência tireóidea e as cartilagens 
aritenóideas. Como as extremidades anteriores dos 
ligamentos vocais se fixam na face posterior da 
proeminência, os ligamentos vocais são alongados 
e tensionados, elevando a altura da voz 
• Relaxadores: Os principais músculos neste grupo 
são os músculos tireoaritenóideos, que tracionam 
as cartilagens aritenóideas anteriormente, em 
direção ao ângulo (proeminência) da cartilagem 
tireóidea, relaxando, assim, os ligamentos vocais 
para reduzir a altura da voz. 
 
 
NERVOS LARINGEOS 
Os nervos da laringe são os ramos laríngeos superior e 
inferior dos nervos vagos (NC X). 
O nervo laríngeo superior origina-se do gânglio vagal 
inferior na extremidade superior do trígono carótico. O 
nervo divide-se em dois ramos terminais na bainha carótida: 
o nervo laríngeo interno (sensitivo e autônomo) e o nervo 
laríngeo externo (motor). 
• O nervo laríngeo interno, o maior dos ramos 
terminais do nervo laríngeo superior, perfura a 
membrana tíreo-hióidea com a artéria laríngea 
superior, enviando fibras sensitivas para a túnica 
mucosa laríngea do vestíbulo da laringe e cavidade 
média da laringe, inclusive a face superior das 
pregas vocais. 
• O nervo laríngeo externo, o ramo terminal menor 
do nervo laríngeo superior, desce posteriormente 
ao músculo esternotireóideo em 
companhia da artéria tireóidea superior. 
Inicialmente, o nervo laríngeo externo 
está situado sobre o músculo constritor 
inferior da faringe; depois perfura o 
músculo, contribuindo para sua inervação 
(com o plexo faríngeo), e continua para 
suprir o músculo cricotireóideo 
O nervo laríngeo inferior, a continuação 
do nervo laríngeo recorrente (um ramo 
do nervo vago) entra na laringe passando 
profundamente à margem inferior do 
músculo constritor inferior da faringe e 
medialmente à lâmina da cartilagem 
tireóidea. 
• Divide-se em ramos anterior e 
posterior, que acompanham a artéria 
laríngea inferior até a laringe. 
• O ramo anterior supre os 
músculos cricotireóideo lateral, 
tireoaritenóideo, vocal, ariepiglótico e 
tireoepiglótico. 
• O ramo posterior supre os 
músculos cricoaritenóideo posterior e 
aritenóideos transverso e oblíquo. 
• Como supre todos os músculos 
intrínsecos, com exceção do 
cricotireóideo, o nervo laríngeo inferior é 
o nervo motor primário da laringe. 
Entretanto, também envia fibras 
sensitivas para a túnica mucosa da 
cavidade infraglótica

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