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VISÃO GERAL Compreende um grupo de células com características diversificadas imersa em matriz extracelular especifica para cada uma das modalidades desse tecido. Consiste em células e em matriz extracelular (MEC) A MEC inclui fibras proteicas (colágenos, elásticas e reticulares) e um componente não fibrilar que contem moléculas especializadas (proteoglicanos, glicoproteínas multiadesivas e glicosaminoglicanos). Essas moléculas especializadas constituem a substancia fundamental. Forma um compartimento vasto e contínuo em todo o corpo, limitado pelas lâminas basais dos vários epitélios e pelas lâminas basais ou externas das células musculares e das células de sustentação dos nervos. Sua função reflete nos tipos e fibras presentes no tecido e na composição da substância ou matriz fundamental da MEC. Ex: Tecido conjuntivo frouxo observa-se muitas células de vários tipos. Sendo um desses, o fibroblasto, que produz as fibras que são secretadas para o meio extracelular. Outros tipos celulares como os linfócitos, plasmócitos, os macrófagos e os eosinófilos, pertencem ao sistema de defesa que atua no interior da MEC. O tecido ósseo, contém apenas um único tipo celular, osteócito. Os tendões e ligamentos, as fibras constituem o componente proeminente do tecido e estão dispostas em arranjo paralelo e densamente organizados, para proporcionar o máximo de resistência. CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO CONJUNTIVO TECIDO CONJUNTIVO EMBRIONÁRIO É classificado em dois subtipos: Mesenquima: Encontrado principalmente no embrião, contém células pequenas e fusiformes. Apresenta finos prolongamentos citoplasmático. O espaço extracelular é ocupado por uma substancia fundamental viscosa, no qual observam fibras colágenas e reticulares, delgadas e relativamente esparsas. Apresenta poucas fibras de colágeno, devido ao limitado estresse sobre o feto em crescimento. O mesenquima embrionário dá origem aos vários tecidos conjuntivos do corpo. Tecido Conjuntivo mucoso: É característico do cordão umbilical Consiste em MEC especializada. Semelhante a uma gelatina Composta de ácido hiálurônico Sua substancia fundamental é designada de Geleia de wharton. Células fusiformes afastadas. Mesoderma dá origem a quase todos os tecidos conjuntivos do corpo. Por meio da proliferação e migração das células mesodérmicas e das células específicas da crista neural, surge o tecido conjuntivo primitivo, denominado mesênquima, na cabeça, algumas vezes é denominado estomesênquima, no embrião em fase inicial de desenvolvimento. A maturação e proliferação do mesenquima dá origem, além do tecido conjuntivo do adulto, ao sistema muscular, vascular, urogenital, etc. A maneira como as células mesenquimatosas proliferam e se organizam estabelece o tipo de tecido conjuntivo maduro que será formado em locais específicos do corpo. Renatha Aguiar. Med. P1. FITS TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO Dividido em dois subtipos: Tecido Conjuntivo frouxo Tecido conjuntivo denso: Modelado e Não modelado. TECIDO CONJUNTIVO FROUXO Algumas vezes denominado tecido areolar Caracterizado por fibras frouxamente dispostas e abundantes células de vários tipos. Muito celularizado com fibras colágenas delgadas e relativamente esparsas. Substancia fundamental abundante e ocupa maior volume que as fibras. Consistência entre viscosa e gelatinosa Importante papel na difusão de oxigênio e de nutrientes, bem como difusão de dióxido de carbono e restos metabólicos. Localizado abaixo dos epitélios que cobrem as superfícies corporais e que revestem as superfícies internas do corpo. Associado ao epitélio das glândulas Os tipos celulares são errantes transitórias. Constitui o local das reações inflamatórias e imunes. TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO Caracteriza-se por fibras abundantes e poucas células. Contem principalmente fibras colágenas Células esparsas, representadas por fibroblastos Devido a suas fibras colágenas, proporcionam uma resistência significativa. As fibras estão dispostas em feixes orientados em várias direções que podem suportar estresses exercidos sobre órgãos ou estruturas. A pele possui um tecido denso não modelado, denominado camada reticular, que proporciona resistência á lacerações. Os órgãos ocos contêm uma camada distinta de tecido conjuntivo denso não modelado, denominado submucosa. TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO Caracteriza-se por arranjos ordenados e densamente compactados de fibras e células. A matriz extracelular não fibrilar (matriz fundamental) é escassa. Fibras dispostas em séries paralelas. Densamente organizadas para proporcionar força máxima ao tecido. Principais componentes são os tendões, ligamentos e aponeuroses. Tendões: Insere musculo ao osso. Consistem em feixes paralelos de fibras colágenas. Encontram-se fileiras de fibroblastos. Os tendinócitos são circundados por MEC especializada. São vistos como fileiras de núcleos basófilos e muito achatados. É circundado por uma cápsula fina de tecido conjuntivo: epitendíneo. É subdividido em fascículos pelo endotendíneo. Ligamentos: Consistem em fibras colágenas e fibroblastos dispostos paralelamente Unem um osso ao outro. Aponeurose Assemelham-se a tendões largos e planos. Fibras das aponeuroses estão dispostas em múltiplas camadas. FIBRAS DO TECIDO CONJUNTIVO Existem três tipos de fibras. Fibras colágenas Fibras reticulares Fibras elásticas São encontradas em quantidades variáveis, dependendo das necessidades estruturais ou da função do tecido conjuntivo. Cada tipo de fibra é produzido por fibroblastos e composto de proteínas. FIBRAS E FIBRILAS COLÁGENAS As fibras colágenas representam os componentes estruturais mais abundante de fibras do tecido conjuntivo. São flexíveis Possui força tênsil alta. Na microscopia óptica aparecem onduladas de largura variável e comprimento indeterminado. Cora-se com eosina e outros ácidos. Ao MET são vistas como feixes de subunidades filamentosas finas. Essas subunidades consistem em fibrilas colágenas Cada fibra, as fibrilas colágenas têm um diâmetro relativamente uniforme. Em tecidos desenvolvidos ou imaturos, as fibrilas podem ser finas. As fibrilas de colágeno apresentam um padrão de bandeamento de 68nm. Cada molécula de colágeno é uma tríplice hélice composta de três cadeias polipeptídicas entrelaçadas. As moléculas de colágeno são conhecidas como cadeias alfa, que se entrelaçam e formam uma tríplice hélice dextrogira. Em associação à hélice estão os grupos de açucares. O colágeno é descrito como uma GLICOPROTEÍNA. A molécula de colágeno pode ser homotrimétrica ou heterotrimétrica. Colágeno tipo I: Encontrado no tecido conjuntivo frouxo e denso. É heterotrimétrico. Colágeno do tipo II: Presente na cartilagem hialina e elástica. É homotrimétrico Existem 29 tipos de colágenos. Várias classes de colágenos são identificadas com base no seu padrão de polimerização, são elas: Colágenos fibrilares, colágenos associados a fibrilas com interrupção nas tríplices hélices, colágenos formadores de rede hexagonal, colágenos transmembrana, multiplexinas, colágenos formadores de membrana basal. COLAGENOS FIBRILARES Colágenos dos tipos I, II, III, V, IX. COLÁGENOS ASSOCIADOS A FIBRILAS COM INTERRUPÇÃO NAS TRÍPLICES HÉLICES Confere flexibilidade à molécula Representado pelos colágenos IX, XII, XIV, XVI, XIX, XX, XXI, XXII. COLÁGENOS FORMADORES DE REDE HEXAGONAL Representados pelo colágeno dos tipos VIII e X. COLAGENOS TRANSMEMBRANA Representado pelos tipos XIII, XVII, XXIII e XXV. MULTIPLEXINAS Compreende os colágenos dos tipos XV, XVIII. COLÁGENOS FORMADORES DE MEMBRANA BASAL Colágeno do tipo IV, VI, VII. BIOSSÍNTESE E DEGRADAÇÃO DAS FIBRAS COLÁGENAS A formação das fibras colágenas envolve eventos que ocorrem tanto dentro quanto fora do fibroblasto. A produção de colágeno fibrilar (I, II, III, V, IX), ocorre no interior do fibroblasto que leva a produção de pró-colágeno. A biossíntese das moléculas de colágeno envolve vários eventos intracelulares. A formação das fibrilas colágenas (fibrilogênese), envolve eventos extracelulares. A produção elevada de PINP (propeptídeo N- terminal do pró-colágeno tipo I, está associada a metástases ósseas no câncer de mama e de próstata. As moléculas de colágeno alinham-se entre si para formar as fibrilas colágenas, esse processo é denominado fibrilogênese. Fibrilas são polímeros altamente organizados, que podem associar-se entre si e formar fibras colágenas mais espessas, que apresenta uma força tênsil comparável à do aço. Frequentemente, as fibras colágenas consistem em mais de um tipo de colágeno. As moléculas de colágeno são sintetizadas por vários tipos de tecido conjuntivo e células epiteliais, essas células incluem os fibroblastos. A síntese de colágeno é regulada por interações complexas entre fatores de crescimento, hormônios e citocinas. As fibras colágenas são degradadas por vias proteolíticas ou por vias fagociticas. Todas as proteínas do corpo são continuamente degradadas e ressintetizadas. Possibilitam o crescimento e a remodelação. A fragmentação inicial das moléculas de colágeno insolúveis ocorre por meio de desgaste mecânico, ação de radicais livres ou da clivagem por proteinases, Os fragmentos são então fagocitadas por macrófagos e em seguida degradados por suas enzimas lisossômicas. Degradação excessiva de colágeno em algumas doenças como: Degradação do colágeno das cartilagens articulares na artrite reumatoide ou do colágeno dos ossos na osteoporose. Degradação proteolítica ocorre fora das células por meio da atividade de enzimas, denominada metaloproteinases da matriz. As metraproteinases incluem: Colagenases, gelatinases, estromelisinas, matrilisinas, macrófagos, etc. As colagenopatias são atribuídas a mutações nos genes que codificam as cadeias alfas nos vários colágenos. FIBRAS RETICULARES Proporcionam uma estrutura de sustentação para os constituintes celulares de vários tecidos e órgãos. São formados por fibrilas colágenas São compostas por colágeno do tipo III. Cada fibrila que constitui uma fibra reticular exibe um padrão de bandeamento. As fibrilas são ramificadas e não formam fibras espessas. Exibem um aspecto filiforme. São facilmente demonstradas por reação do ácido periódico-Schiff que identifica proteínas neutras. São designadas de acordo com seu arranjo em um padrão semelhante a malha ou em rede. No tecido conjuntivo frouxo são encontradas no limite entre o tecido conjuntivo e o epitélio, bem como circundando adipócitos, pequenos vasos sanguíneos, nervos e células musculares. Encontradas nos tecidos embrionários. A medida que o desenvolvimento embrionário ou a cicatrização de feridas progridem, as fibras reticulares são gradualmente substituídas por fibras colágenas do tipo I mais resistentes. Atuam como estroma de sustentação nos tecidos hemocitopoético e linfático. São produzidas por fibroblastos. FIBRAS ELÁSTICAS Tornam os tecidos capazes de responder ao estiramento e à distensão. São mais delgadas Estão dispostas de modo a formar uma rede tridimensional. Estão entrelaçadas com fibras colágenas para limitar a distensibilidade do tecido e evitar a laceração por estiramento excessivo. Não se coram bem pela eosina. As fibras elásticas podem ser seletivamente coradas com corantes especiais. A propriedade elástica da molécula de elastina está relacionada com o seu arcabouço polipeptídico incomum que produz espiralamento aleatório. São produzidas por muitas das mesmas células que produzem fibras colágenas e reticulares. Particularmente fibroblastos e células musculares lisas. São compostas de dois elementos estruturais: um núcleo central de elastina e uma rede circundante de microfibrilas de fibrilina. A elastina é uma proteína rica em prolina e glicina. Contém dois grandes aminoácidos: desmosina e isodesmosina. Forma fibras de espessuras variáveis, A fibrilina 1 é uma glicoproteína que forma microfibrilas delgadas. As microfibrilas de fibrilina são usadas como substratos para montagem das fibras elásticas. Inicialmente são formadas as microfibrilas, em seguida, a proteína elastina é depositada sobre a superfície das microfibrilas A emilina é outra glicoproteína encontrada na interface elastina-microfibrila de fibrilina. A ausência de microfibrilas de fibrilina associada a elastina, decorrente de uma expressão anormal do gene da fibrilina está ligada a síndrome de Marfan. O componente elástico constitui a principal substancia extracelular nos ligamentos vertebrais, na laringe e nas artérias elásticas. Nos ligamentos elásticos, o material consiste em fibras espessas intercaladas com fibras colágenas. A elastina é sintetizada por fibroblastos e por células musculares lisas vasculares. TECIDO CONJUNTIVO ESPECIALIZADO Cartilagem Osso Tecido adiposo Sangue Tecido hematocitopoético Tecido linfático MATRIZ EXTRACELULAR Resumo da conferência. CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO Podem ser residentes ou errantes. As células que compõem a população de células residentes são relativamente estáveis, exibem pouco movimento. Incluem: Fibroblastos Macrófagos Adipócitos Mastócitos Células tronco celular As células transitórias consistem principalmente em células provenientes do sangue que migram para o tecido em resposta a estímulos específicos. Incluem: Linfócitos Plasmócitos Neutrófilos Eosinófilos Basófilos Monócitos FIBROBLASTOS E MIOFIBROBLASTOS FIBROBLASTOS Constitui a principal célula do tecido conjuntivo. Responsável pela síntese de colágeno, pelas fibras elásticas e reticulares e pelos complexos de carboidratos da substância fundamental. Um único fibroblasto é capaz de produzir todos os componentes da MEC. Residem em estreita proximidade com as fibras colágenas. Coradas com H&E. Apenas o núcleo pode ser visto. Prolongamentos achatados, finos e de coloração pálida que formam a massa do citoplasma não costumam ser visíveis, pelo fato de estarem coberto por fibras colágenas. O citoplasma é mais extenso durante o período de crescimento ou reparo de feridas, podendo apresenta-se biofílico devido a quantidade aumentada de RER associados a síntese proteica. Ao MET, o citoplasma exibe RER e complexo de Golgi proeminente. MIOFIBROBLASTOS Exibe propriedades tanto dos fibroblastos quanto das células musculares lisas. É uma célula do tecido conjuntivo alongada e delgada. Caracteriza-se pela existência de feixes de filamentos de actina associados a proteína motora miosina não muscular. O local de fixação das fibras de actina à membrana plasmática funciona como uma junção entre a célula e a MEC, denominada fibronexo. Ao MET apresenta características típicas como: Perfis de RER, complexo de Golgi, feixes de filamentos de actina dispostos longitudinalmente e corpúsculo densos semelhantes aos observados nas células musculares lisas, núcleo com perfil de superfície ondulado. Carece de lâmina basal. Seus prolongamentos podem entrar em contato com outras célulasapesar de serem células isoladas. MACRÓFAGOS São células fagociticas derivadas de monócitos que contêm uma quantidade abundante de lisossomos. Grande atividade de pinocitose e fagocitose. Os macrófagos do tecido conjuntivo, também conhecidos como histiócitos teciduais, derivam de células sanguíneas, denominados monócitos (precursor da MO). Os monócitos migram da corrente sanguínea para dentro do tecido conjuntivo, amadurecem e se diferenciam em macrófagos. Constitui o sistema fagocitário mononuclear. Podem sobreviver por meses nos tecidos. Recebem nomes especiais: Células de Kupffer: Fígado Microglia: SNC Células de Langherans: Pele Osteoclastos: No tecido ósseo O processo de transformação monócito- macrófago leva a um aumento da célula e da síntese proteica. Aumenta também o complexo de golgi, o número de lisossomos, microtubulos e microfilamentos. Características para identificar os macrófagos: Material digerido dentro de seu citoplasma Núcleo endentado ou reniforme. Lisossomos abundantes. Ao MET, a superfície do macrófago exibe numerosas pregas e projeções digitiformes. As pregas envolves substancias a serem fagocitadas. Os macrófagos podem conter vesículas endociticas, fagolisossomos e outras evidencias de fagocitose. O RER, REL e o complexo de Golgi mantêm a síntese de proteínas envolvidas nas funções de fagocitose e digestão da célula e em suas funções secretoras. Complexo de golgi bem desenvolvido, muitos lisossomos e retículo endoplasmático granuloso proeminente. O produto de secreção deixa as células por via exociticas. A secreção pode ser ativada por fagocitose, imunocomplexos, complemento e sinais provenientes dos linfócitos. Os produtos de secreção liberados pelo macrófago incluem uma ampla variedade de substancias relacionadas com a resposta imune, anafilaxia e a inflamação. A liberação de proteases neutras e GAGases (enzimas que degradam os GAG´S) facilita a migração dos macrófagos pelo tecido conjuntivo. Os macrófagos são células apresentadoras de antígenos, que desempenha um importante papel nas reações de resposta imune. Função: Fagocitose Defesa Limpeza Resposta imune. Proteínas especificas de superfície: Complexo principal de histocompatibilidade II( MTC II) Interage com células T-CD4+. Quando os macrófagos fagocitam uma célula estranha, antígenos da célula estranha são exibidos na superfície de moléculas MTC II. Se um linfócito T CD4+ reconhecer o antígeno apresentado, ele se torna ativado, deflagrando uma resposta imune. São designadas como células apresentadoras de antígenos (APCs). Os macrófagos chegam ao local de lesão tecidual depois dos neutrófilos e sofrem diferenciação. Os neutrófilos são os primeiros a chegarem e a iniciar a sua destruição por meio de intermediário do oxigênio reativo ou de mecanismo de destruição independente de oxigênio. Durante esse processo de destruição, são formados grandes quantidade de produtos secretores e restos celulares no local de lesão. Após 24H, os monócitos dos vasos sanguíneos alcançam o local de lesão e diferenciam-se em macrófagos, permanecendo até a resolução da inflamação. No início, o objetivo dos macrófagos é destruir os microrganismos que sobrevivem ao ataque dos neutrófilos. Defesa imunológica contra: Bactérias Protozoários Fungos Metazoários Metabolismo de gordura e ferro Destruição contra hemácias envelhecidas Defesa imunológica contra tumores Os macrófagos ativados (Macrófagos M1) promovem a inflamação, a destruição da MEC e a apoptose. O M1 tem a capacidade de destruir os microrganismos no local de inflamação por meio da produção de óxido nítrico e outros intermediários. Além de secretar Interleucina 12, que atuam sobre os linfócitos T auxiliares CD4+. As células T auxiliares secretam IL2, que estimula a chegada dos linfócitos T citotóxicos CD8+ local de inflamação. Em resumo, os macrófagos M1, desencadeiam uma inflamação crônica e lesão tecidual. Quando os macrófagos encontram grande corpos estranhos, podem se fundir para formar uma única célula grande, essas células multinucleadas são denominadas de células gigantes de corpo estranho (células de Langhans). O macrófago ativado M2, atua para a resolução da inflamação e promoção da reconstrução da MEC, proliferação celular e angiogênse. Quando o estimulo inflamatório é removido do local de lesão tecidual, o corpo passa para a fase de reparo, que inclui a remoção de restos celulares, a síntese de novos componentes da MEC e a revascularização do tecido lesado. Durante esse período os macrófagos são ativados por citocinas (IL-4, -5, -10 OU -13). Os M2 são anti-inflamatórios. Secretam IL-4 para promover a diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos. Os M2 também secretam componentes da MEC e atuam para a resolução da inflamação. Promovem o reparo de feridas, em virtude de suas atividades a anti-inflamatórias, proliferativa e angiogênica M2 também são eficientes no combate as infestações parasitárias e estão envolvidos na patogenia da alergia e da asma. MASTÓCITOS São células grandes e ovoides. 20-30 um de diâmetro. Núcleo esférico, pequeno e central. Difícil observação por estar encoberto pelos grânulos citoplasmáticos. Citoplasma preenchido por grânulos grandes e intensamente basófilos. Corado com azul de toluidina. Citoplasma com pequenas quantidades de RER, mitocôndrias e complexo de Golgi. Superfície celular com numerosas microvilosidades e pregas. Existe duas populações de mastócitos: 1.Mastocito do tecido conjuntivo: Presente na pele, cavidade peritoneal e granulo com heparina. 2.Mastocito da mucosa: Mucosa intestinal, pulmões e grânulos com sulfato de condroitina. As superfícies dos mastócitos contem receptores específicos para IgE, produzida pelos plasmócitos. Está relacionada com o basófilo. Originam-se de uma célula tronco hematopoiética pluripotente na MO. Circulam o sangue periférico como células agranulares. Migram para o tecido conjuntivo, como mastócitos imaturos, diferenciam-se e produzem grânulos característicos. Abundantes na derme, trato digestivo e respiratório. Função: Estocar mediadores químicos da resposta inflamatória. Papel fundamental na inflamação, reações alérgicas e infestações parasitarias. Mastócitos maduros expressa grande quantidade de receptores Fc de alta afinidade aos quais se fixam anticorpos de imunoglobulina E (IgE). A ligação do antígeno-especifico a moléculas de anticorpo IgE leva a agregação dos receptores Fc. Isso desencadeia a ativação dos mastócitos, resultando em exocitose dos grânulos (desgranulação) e liberação do conteúdo dos grânulos dentro da MEC. Os mastócitos também podem ser ativados pelo mecanismo independente de IgE durante a ativação das proteínas do complemento. A maioria dos mastócitos do tecido conjuntivo da pele, da submucosa intestinal e dos linfonodos mamários e axilares contém grânulos citoplasmáticos com estrutura interna semelhante a uma rede. Os mastócitos possuem enzimas triptase e quimase associados aos grânulos citoplasmáticos, e são designadas como mastócitos do tecido conjuntivo. Nos pulmões e na mucosa intestinal, os mastócitos contem grânulos com uma estrutura interna semelhante a um rolo e produzem enzima triptase e são denominadas mastócitos da mucosa. Os mastócitos são numerosos no tecido conjuntivo da pele e das mucosas, mas não são encontrados no encéfalo nem na medula espinal. Os mastócitos da mucosa são distribuídos no tecido conjuntivo da pele, de pequenos vasos sanguíneos, folículos pilosos, glândulas sebáceas eglândulas sudoríparas, nas capsulas dos órgãos e no tecido conjuntivo que circunda os vasos sanguíneos dos órgãos internos. Meninges contem mastócitos O tecido conjuntivo ao redor dos pequenos vasos sanguíneos dentro do encéfalo e da medula espinal é desprovido de mastócitos, protegendo assim dos efeitos potenciais prejudiciais do edema das reações alérgicas. São numerosos no timo, e em menor grau nos órgãos linfáticos, ausente no baço. Os produtos secretores dos mastócitos (mediadores da inflamação) são armazenados, em sua maioria, em grânulos e liberados por ocasião da ativação dos mastócitos. Contem grânulos intensamente basófilo, que armazenam substancias químicas conhecidas como mediadores da inflamação. Os mediadores são: Mediadores pré-formados: armazenados em grânulos secretores e liberados com a ativação da célula. Mediadores recém-sintetizados: estão ausentes nas células de repouso. Ex. lipídios e citocinas. CORRELAÇÃO CLINICA Doença de Dupuytren: espessamento da aponeurose palmar, leva a uma contração em flexão progressiva do 4-5° dedo da mão Fibromatose palmar. Cicatriz hipertrófica: Remodelação continuada. Cicatriz de tecido conjuntivo: Após os miofibroblsatos sofrem apoptose e desaparecerem. MEDIADORES PRÉ-FORMADOS Encontrado no interior dos grânulos dos mastócitos são: Histamina: Aumenta permeabilidade, causa edema e reação cutânea. Aumenta a produção de muco na arvore brônquica e desencadeia a contração do musculo liso nas vias respiratórias pulmonares. Podem ser bloqueados por anti-histamínicos. Heparina: Atua como anticoagulante. É um GAG sulfatado. Se une à antitrombina III e ao fator plaquetario IV podendo bloquear fatores de coagulação.. Utilizada no tratamento de trombose. Serinoproteases: Triptase: Serve de marcador da ativação dos mastócitos. Quimase: Importante papel na produção de angiotensina II em resposta a lesão tecidual vascular, particularmente na área de lesões ateroscleróticas. Fator quimiotático de eosinófilos e fator quimiotático de neutrófilos: Atraem eosinófilos e neutrófilos para o local de inflamação. MEDIADORES RECÉM-SINTETIZADOS Leucotrieno C: Liberado do mastócito. Clivado na MEC. São liberados pelos mastócitos durante a anafilaxia e promovem a inflamação, incluindo a migração dos eosinófilos e o aumento da permeabilidade vascular. Causam broncoespasmos. Efeito vasoconstrictor persistem por mais tempo que os da histamina. Evitado por antagonistas (bloqueadores). Fator de necrose tumoral: É uma importante citocina produzida pelos mastócitos. Esse fator aumenta a expressão de moléculas de adesão nas células endoteliais e exerce efeitos antitumorais. Interleucinas, fatores de crescimento e prostaglandinas: Liberados durante a ativação dos mastócitos. Não são armazenados em grânulos, mas são liberados na MEC. Os mediadores liberados durante a ativação dos mastócitos em consequência de interações com alergênicos são responsáveis por uma variedade de sinas e sintomas, que são característicos das reações alérgicas. BÁSOFILOS Compartilham muitas características dos mastócitos. Desenvolvem e se diferenciam na medula óssea. São granulocitos que circulam na corrente sanguínea. Representam menos de 1% dos leucócitos periféricos. Liberados na circulação como células maduras. Grânulos secretores basófilos, capacidade de secretar mediadores semelhantes e quantidade abundante de receptores de alta afinidade para anticorpos IgE. Participam nas reações alérgicas, juntamente com os mastócitos, liberam histaminas, heparina e heparam sulfato e outros mediadores da inflamação. Não produzem prostaglandinas D2, e Interleucina 5. PAPEL DOS BASOFILOS E MASTOCITOS NAS REAÇÕES ALÉRGICAS Individuo é exposto a um antígeno especifico, que reage com anticorpos IgE ligados a superfície dos mastócitos ou basófilos por meio de seus receptores de alta afinidade, ele inicia a ativação dos mastócitos. Esse tipo de ativação depende de IgE desencadeia uma cascata de eventos, resultado em reações alérgicas. Reações podem ser: Imediata: De segundos a minutos. Tardia: 6-24h. Inflamações alérgicas crônicas. Alergia persistente. Manifestações: Eritema quando liberadas nas camadas superficiais da pele, edema, prurido. Respiratória: espirro, coriza, tosse.. Descarga maciça dos grânulos dos mastócitos e dos basófilos, causa a anafilaxia em indivíduos altamente sensíveis e podem levar a um aumento na dilatação e permeabilidade dos vasos sanguíneos causando o choque anafilático. ADIPÓCITOS É uma célula do tecido conjuntivo especializado no armazenamento de gordura neutra e na produção de uma variedade de hormônios. Diferenciam-se das células tronco mesenquimatosas Acumulam gradualmente gordura. Quando se acumulam em grande quantidade, formam o tecido adiposo. Envolvidos na síntese de hormônios, mediadores inflamatórios e fatores de crescimento. CÉLULAS-TRONCO ADULTAS E PERICITOS São encontrados nichos de células-tronco adultas em vários tecidos e órgãos. Não tem a capacidade de diferenciar-se em múltiplas linhagens. Diferenciam-se apenas em células de linhagem específica. Encontradas em muitos tecidos e órgãos, excluindo a medula óssea, sendo denominadas de células-tronco teciduais. A medula é um reservatório singular de células – tronco, contem células progenitoras adultas multipotentes parece ter ampla capacidade de desenvolvimento, e células estromais da medula óssea capazes de gerar condrocitos, osteoblastos, adipócitos, células musculares e células endoteliais. No tecido conjuntivo frouxo do adulto são encontrados nichos de células tronco adultas, denominadas células tronco mesenquimatosas origem a células diferenciadas que funcionam no reparo e na formação de novo tecido. PERICITOS Os pericitos vasculares encontrados ao redor dos capilares e das vênulas são células-tronco mesenquimais. Também são denominados de células adventícias ou perivasculares. São células tronco mesenquimais. São circundados por uma lamina basal continua com a lamina basal do endotélio capilar. Não estão verdadeiramente localizados no compartimento de tecido conjuntivo. Envolve parcialmente o capilar. Núcleo achatado e encurvado para se adaptar ao vaso. Os fibroblastos e os vasos sanguíneos de feridas em processo de cicatrização desenvolvem-se a partir de células-tronco mesenquimatosas associadas à túnica adventícia das vênulas. LINFÓCITOS Estão principalmente envolvidos nas respostas imunes. São as menores células migrantes no tecido conjuntivo. Migram através da parede dos capilares e vênulas pos capilares, do sangue para os tecidos conjuntivos, por diapedese. Apresenta uma borda fina de citoplasma que circunda o núcleo heterocromático intensamente corado. Aumenta a quantidade em locais de inflamação causada por agentes patógenos. A inflamação se inicia com uma liberação local de mediadores químicos da inflamação , que induzem ao aumento do fluxo sanguíneo e permeabilidade vascular, quimiotaxia e fagocitose. Mais numerosos na lamina própria do sistema respiratório e digestório. Envolvidos na imunovigilância contra patógenos e substancias estranhas que entram no corpo ao atravessar o revestimento epitelial desses sistemas. Caracterizam pela expressão de moléculas específicas na membrana plasmática, como proteínas marcadoras especificas. Constituem uma população heterogênea de pelo menos três células funcionais: Células T Células B Células Natural Killer (NK) LINFÓCITOS T Caracterizam-se pela existência das proteínas marcadoras CD2, CD3, CD5, CD7e pelos receptores de células T. Apresentam sobrevida longa e são efetoras na imunidade celular. LINFÓCITOS B Caracterizam-se pela existência das proteínas CD9, CD19 e CD20 e imunoglobulinas IgM e IgG imobilizadas. Reconhecem antígenos. Tempo de sobrevida variável e são efetoras na imunidade mediada por anticorpos (humoral). LINFÓCITOS NK Expressão proteínas CD16, CD56, CD94 não encontradas em outros linfócitos. Não produzem imunoglobulinas, nem expressam TCR em sua superfície. Não são antígeno-específicos Destroem células infectadas por vírus e algumas células tumorais por meio de um mecanismo citotóxico. Em resposta a existência de antígenos, os linfócitos tornam-se ativados e podem se dividir várias vezes, produzindo clones de si próprios. Os clones de linfócitos B amadurecem e formam células denominadas plasmócitos. PLASMÓCITOS São células produtoras de anticorpos derivados dos linfócitos B. Representa um constituinte proeminente do tecido conjuntivo frouxo, local de entrada mais frequente de antígenos no corpo. Componente normal das glândulas salivares, linfonodos e tecido hematopoiético. Capacidade migratória limitada e um tempo de sobrevida curto, de 10-30 dias. Célula ovoide relativamente grande (20um). Quantidade considerável de citoplasma (basófilo). Extenso RER. Complexo de golgi não se cora pelos corantes H&E. Complexo de golgi e os centríolos próximos do núcleo. Núcleo pequeno, esférico, em posição excêntrica. Com grandes agregados de heterocromatina se parece com raios da roda. Descrito como semelhante a uma roda de carro. Possui apenas um único tipo de proteína (anticorpo especifico). Abundantes nas inflamações crônicas (que predominam plasmócitos, linfócitos e macrófagos). EOSINÓFILOS, MONÓCITOS E NEUTRÓFILOS Migram do sangue para entrar no tecido conjuntivo, particularmente neutrófilos e monócitos. Sua existência indica uma reação inflamatória aguda. Neutrófilos migram para o tecido conjuntivo, seguido de grande número de monócitos. EOSINÓFILOS Atua nas reações alérgicas e nas infecções parasitárias. Observados na lamina própria do intestino, em consequência de respostas imunológicas crônicas que ocorrem nesses tecidos. REFERÊNCIAS 1. ROSS. Histologia Texto e Atlas. 7°ed. 2. JUNQUEIRA. Histologia Básica, texto e atlas. 12ºEd.
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