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'100 QUESTÕES COMENTADAS - HISTÓRIA DO CEARÁ'

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100 QUESTÕES COMENTADAS – HISTÓRIA DO CEARÁ 
 
Professor Ticyano Lavor 
 
*Instagram: @prof_ticyano_lavor 
 
*Facebook: www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts 
 
 
 
 
Atenção: 
 
Pelo direito de autor, o criador de uma obra intelectual (literária, artística ou científica) deve ser 
recompensado pelo uso dessa produção. Sendo assim, fica proibida a reprodução total ou parcial 
desse material. No Brasil, a Lei nº 9.610, de 1998 regula os direitos autorais. Esta Lei regula 
os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são 
conexos. 
 
Lei nº 9.610, de 1998 
 
Art. 28. Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária, artística ou 
científica. 
 
Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por quaisquer 
modalidades. 
 
Art. 33. Ninguém pode reproduzir obra que não pertença ao domínio público, a pretexto de 
anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do autor. 
 
Art. 104. Quem vender ou expuser a venda, ocultar, adquirir, distribuir, tiver em depósito ou 
utilizar obra ou fonograma reproduzidos com fraude, com a finalidade de vender, obter ganho, 
vantagem, proveito, lucro direto ou indireto, para si ou para outrem, será solidariamente 
responsável com o contrafator, nos termos dos artigos precedentes, respondendo como 
contrafatores o importador e o distribuidor em caso de reprodução no exterior. 
 
Art. 108. (adaptado). Quem, na utilização, por qualquer modalidade, de obra intelectual, deixar 
de indicar ou de anunciar, como tal, o nome, pseudônimo ou sinal convencional do autor e do 
intérprete, responderá por danos morais 
 
QUESTÕES 
01. Localizada na divisa dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, a Chapada do Araripe, 
além de abrigar uma Floresta Nacional, uma Área de Proteção Ambiental e um Geoparque, 
também é conhecida como “Parque dos Dinossauros” por possuir um dos mais ricos “depósitos” 
de fósseis do mundo. A Chapada referida aqui é encontrada no Ceará 
a) na Região Metropolitana de Sobral. 
 
b) no Sertão dos Inhamuns. 
c) nos Sertão Central. 
d) no litoral leste. 
e) na Região Metropolitana do Cariri. 
COMENTÁRIOS E GABARITOS 
No Ceará, a Chapada do Araripe é encontrada no Cariri. E no Cariri temos a Região 
Metropolitana do Cariri (RMC). A RMC está situada a uma distância média de 600 km das duas 
metrópoles regionais nordestinas mais próximas, Fortaleza e Recife. As três cidades principais 
(Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha) mantêm vínculos estreitos tanto em termos de 
proximidade territorial quanto relacional, sobretudo pela relação de complementaridade 
socioeconômica no Cariri cearense. A Região Metropolitana do Cariri foi criada tanto para 
reduzir as disparidades econômicas e sociais entre a capital e o interior, como para minimizar 
o desenvolvimento desigual do triângulo CRAJUBAR em relação aos municípios vizinhos e 
foi idealizada pelo governo estadual visando a criação de um novo polo de desenvolvimento 
socioeconômico que pudesse dividir com a Região Metropolitana de Fortaleza a atração de 
investimentos e ampliar a qualidade de vida de sua população. O Cariri se constituiu como 
região metropolitana em virtude de ser a segunda região urbana mais expressiva do estado, dada 
com a conurbação formada pelos municípios de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, 
denominada de CRAJUBAR. Essa região metropolitana é, atualmente, composta por nove 
municípios: Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Jardim, Missão Velha, Caririaçu, Farias Brito, 
Nova Olinda e Santana do Cariri. A RM do Cariri possui uma área total de 5.456,01 Km2 
(IBGE, 2010). Sobre a Chapada do Araripe, ali temos um dos “depósitos” de fósseis (restos 
petrificados de animais, insetos ou vegetais estudados pela Arqueologia) mais valiosos do 
mundo. Até fósseis de Dinossauros com mais de 100 milhões de anos já foram encontrados. 
GABARITO: E. 
02. Acerca dos povos nativos que habitavam o território cearense antes da chegada dos 
europeus, analise as afirmativas abaixo: 
I. A religião praticada pelos povos nativos era monoteísta. 
II. Os povos nativos desconheciam a noção de Estado e de propriedade privada. 
III. Não podemos afirmar que os povos nativos constituíam uma “sociedade homogênea”. 
Podemos afirmar corretamente que: 
 
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
d) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
 
 
COMENTÁRIOS E GABARITOS 
I. (F) Os povos nativos (indígenas) praticavam o politeísmo. 
II. (V) Os povos nativos (indígenas) viviam em regime de “comunidades primitivas” onde não 
existe a noção de Estado, tal qual conhecemos hoje, nem a propriedade privada. Viviam na base 
do coletivismo. 
III. (V) Os povos nativos (indígenas) não constituíam uma sociedade homogênea. Encontramos 
entre eles, diferentes hábitos, costumes, crenças e línguas, por exemplo. 
 
GABARITO: C. 
03. Apesar das fontes acerca dos povos nativos que habitam o território cearense antes da 
chegada dos europeus serem escassas, podemos caracterizar os “povos indígenas” do território 
cearense, conforme traços lingüístico-culturais, originalmente em cinco grandes grupos: Tupi, 
Cariri, Tremembé, Tarairiú e Jê. Acerca do assunto, analise as afirmativas abaixo: 
I. O grupo denominado de Tupi é composto por duas grandes nações: Tabajaras, que ocupavam 
o litoral leste cearense, e os Potiguaras, que se encontravam principalmente nas áreas próximas 
à atual cidade de Fortaleza. 
II. A nação dos “índios” Tabajaras pertence ao grupo dos chamados “índios” Tupis. 
III. Dentre os grandes povos indígenas do Ceará, podemos citar os Cariris, que ocupavam, 
dentre outras áreas, o extremo sul do território cearense. 
Podemos afirmar corretamente que: 
 
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
d) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
Atenção: 
 
Pelo direito de autor, o criador de uma obra intelectual (literária, artística ou científica) deve ser 
recompensado pelo uso dessa produção. Sendo assim, fica proibida a reprodução total ou parcial 
desse material. No Brasil, a Lei nº 9.610, de 1998 regula os direitos autorais. Esta Lei regula 
os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são 
conexos. 
 
 
COMENTÁRIOS E GABARITOS 
Povos: 
1. Tupi, composto por duas grandes nações: 
* Tabajaras: (Serra da Ibiapaba, até o litoral de Acaraú e Camocim – litoral Noroeste do Ceará). 
* Potiguaras: (Oriundos do RN, ocuparam a região do Baixo Jaguaribe, já bem próxima ao 
litoral leste cearense). 
2. Cariri, composto por cinco grandes nações: 
* Ariús e Cariris Novos (Esses se localizavam no extremo sul cearense). 
* Cariús (na Serra do Pereiro). 
* Crateús (proximidades do Rio Poti). 
 
* Inhamuns (onde hoje chamamos de Sertão dos Inhamuns, proximidades da atual cidade de 
Tauá). 
3. Tremembé ocupavam uma faixa litorânea entre o Maranhão e as margens do Rio Curu, no 
Ceará. 
4. Tarairiú, composto por três grandes nações: 
* Janduins (Vistos no Baixo Jaguaribe). 
* Jenipapos e Canindés (encontrados em Quixeramobim e Banabuiú). 
5. Jê, dos quais se destaca a nação Aruã, localizados entre os rios Itaim e Jaguaribe. 
GABARITO: C. 
04. Na região onde hoje se encontra as terras do município de Caucaia, na Região Metropolitana 
de Fortaleza, surgiu um povo indígena fruto da miscigenação de “índios” Potiguaras com 
a) Cariris e Tremembés. 
b) Tarairiús e Tupis. 
b) Tabajaras e Tapebas. 
c) Potiguaras e Tupis. 
d) Tupis e Cariris. 
COMENTÁRIOS E GABARITOS 
Na região onde hoje se encontra as terras do município de Caucaia, na Região Metropolitanade Fortaleza, surgiu um povo indígena fruto da miscigenação de “índios” Potiguaras com 
Cariris e Tremembés. Esse povo seriam os Tapebas. Caucaia, inclusive, surge de um 
aldeamento jesuítico, que pretendia catequizar tais índios: aldeamento Nossa Senhora dos 
Prazeres de Caucaia. GABARITO: A. 
05. Um dos grandes exemplos da resistência “indígena” contra a dominação branca europeia, 
no Ceará e no Brasil, foi a chamada “Guerra dos Bárbaros” onde “indígenas” do Rio Grande 
do Norte, Ceará, Pernambuco, Paraíba e Piauí uniram-se numa verdadeira “confederação contra 
os invasores”. Entre, aproximadamente, 1683 e 1720, uma sangrenta disputa foi travada nesses 
territórios entre povos “indígenas” e colonizadores brancos. Acredita-se que o estopim desse 
conflito foi quando 
a) “índios” Janduins rebelaram-se, saqueando e matando criadores de gado em Açu, Apodi e 
Mossoró, no Rio Grande do Norte. 
b) “índios” Tapuias trucidaram o Padre Jesuíta Francisco Pinto, na região da Ibiapaba cearense. 
c) o então donatário da capitania de Pernambuco ordenou o extermínio dos “índios” 
Tremembés. 
d) o então governador geral do Brasil, Diogo Botelho, autorizou a expedição militar de Pero 
Coelho que acabou exterminando centenas de “índios”. 
e) “índios” da nação Jenipapo se recusaram a executar tarefas braçais nas fazendas de gado 
localizadas na região do vale do rio Jaguaribe. 
COMENTÁRIOS E GABARITOS 
Não podemos mais aceitar a ideia de que os “índios” não reagiram à dominação branca. 
REAGIRAM SIM! FORAM PARA O CONFRONTO SIM! É certo que os índios lutaram 
 
contra os invasores, isso contribuindo ainda para o seu genocídio (extermínio físico), uma vez 
que eram inferiores do ponto de vista bélico, como a exemplo da “Guerra dos Bárbaros”. 
Nesse conflito, “indígenas” do Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Paraíba e Piauí 
uniram-se numa verdadeira “confederação contra os invasores”. Acredita-se que o estopim 
desse conflito foi quando “índios” Janduins rebelaram-se, saqueando e matando criadores de 
gado em Açu, Apodi e Mossoró, no Rio Grande do Norte. A partir daí, aliaram-se aos Janduins 
várias outros como: Jenipapos, Tremembés, Crateús, Canindés, e outras. GABARITO: A. 
06. Do ponto de vista histórico, pode-se afirmar que uma das primeiras tentativas de 
colonização portuguesa em terras cearenses iniciou-se com a criação da Capitania do Siará, 
doada, em 1535, ao fidalgo português 
a) Tomé de Souza. 
b) Martim Soares Moreno. 
c) Diogo Botelho. 
d) Assis da Costa Neto. 
e) Antônio Cardoso de Barros. 
COMENTÁRIOS E GABARITOS 
Quando Portugal se decidiu pela colonização do Brasil, o rei Dom João III decidiu dividir o 
espaço colonial em quinze faixas de terra. Cada uma dessas faixas constituía uma capitania 
hereditária. Essa capitania seria doada a um capitão donatário, indivíduo geralmente portador 
de boa condição financeira e politicamente prestigiado pela Coroa Portuguesa. Do ponto de 
vista histórico, pode-se afirmar que uma das primeiras tentativas de colonização portuguesa em 
terras cearenses iniciou-se com a criação da Capitania do Siará, doada, em 1535, ao fidalgo 
português Antônio Cardoso de Barros. Essa tentativa, no entanto, não logrou êxito. Cardoso 
sequer tomou posse da capitania que lhe coube. A reconstrução histórica da ocupação do Ceará 
revela o papel secundário que a região ocupou nos planos metropolitanos. Só foi conhecida no 
início do século XVII, em virtude da resistência indígena e, em parte pela circunstância de estar 
a meio caminho entre a costa leste, já ocupada produtivamente, e o norte, desconhecido e ainda 
não conquistada pelo domínio português, e o Maranhão, ameaçado pelas tentativas de invasão 
dos franceses. A capitania do Siará devido, sobretudo, a falta de grandes atrativos econômicos 
permaneu por todo o século XVI quase abandonada. O não encontro de metais preciosos e de 
especiarias, artigos de luxo que gerassem riquezas na Metrópole foi fator determinante para este 
quadro. A prova maior do quase abandono cearense é que o donatário da capitania, Antonio 
Cardoso de Barros, nunca chegou a tomar posse. GABARITO: E. 
07. O famoso “mito fundador do Ceará” foi formulado pelo romancista José de Alencar e 
atribuiu a conquista do território cearense a um ato de amor entre 
a) uma índia tacarajá e o padre jesuíta Francisco Pinto. 
b) a índia Iracema e o guerreiro branco Martim. 
c) o índio Ubirajara e a índia Iracema. 
d) o guerreiro branco Pero Coelho e a índia Iracema. 
e) o índio bravio “Martim” e uma fidalga portuguesa chamada Iracema. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
O mito fundador do Ceará foi formulado pelo romancista José de Alencar que atribuiu a 
conquista do território a um ato de amor entre a índia Iracema e o guerreiro branco Martim, pais 
do primeiro cearense, Moacir – o filho da dor. O guerreiro branco era Martim Soares Moreno 
 
que edificou na barra do rio Ceará o Forte de São Sebastião e é considerado pelos escritores 
românticos o “fundador do Ceará”. GABARITO: B 
08. Sobre os conhecimentos acerca da História do Ceará, assinale a afirmativa correta: 
a) Do ponto de vista histórico, pode-se afirmar que uma das primeiras tentativas de colonização 
portuguesa em terras cearenses iniciou-se com a criação da Capitania do Siará, doada, em 1535, 
ao fidalgo português Martim Soares Moreno. 
b) A reconstrução histórica da ocupação do Ceará revela o papel secundário que a região ocupou 
nos planos metropolitanos portugueses durante o século XVI. 
c) A capitania do Siará devido, sobretudo, a grande quantidade de atrativos econômicos e as 
excelentes condições para o cultivo da cana-de-açúcar, foi ocupada pelos colonos portugueses 
já durante o século XVI. 
d) O termo Siará, escolhido para se referir à capitania que se tornaria o atual estado do Ceará, 
etimologicamente significa “Terra de Iracema”. 
e) A capitania do Siará, sendo pobre e não apresentando muitos atrativos econômicos, 
permaneceu submissa, alguns anos, a outras capitanias. Foi o caso da submissão a Pernambuco 
e a submissão ao Rio Grande. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
a) (F) Do ponto de vista histórico, pode-se afirmar que uma das primeiras tentativas de 
colonização portuguesa em terras cearenses iniciou-se com a criação da Capitania do Siará, 
doada, em 1535, ao fidalgo português Antônio Cardoso de Barros. 
b) (V) As primeiras tentativas de conquista do território cearense só ocorreram durante o século 
XVII, em parte pela circunstância de estar a meio caminho entre a costa leste, já ocupada 
produtivamente, e o norte, desconhecido e ainda não conquistada pelo domínio português, e o 
Maranhão, ameaçado pelas tentativas de invasão dos franceses. 
c) (F) A capitania do Siará devido, sobretudo, a falta de grandes atrativos econômicos permaneu 
por todo o século XVI quase abandonada. O não encontro de metais preciosos e de especiarias, 
artigos de luxo que gerassem riquezas na Metrópole portuguesa foi fator determinante para este 
quadro. 
d) (F) Não há explicações precisas sobre a origem do nome “Siará”. Alguns historiadores dizem 
que significa “riacho de água doce”, outros dizem que vem da palavra CIARÁ, que no idioma 
indígena quer dizer “canto da jandaia”. Existem ainda aqueles que afirmam que significa, no 
idioma dos tapuias, “pássaro pequeno”. Ainda presumem que significa o rio CEMO que nasce 
na serra ARA. Também existem aqueles que dizem originar-se da palavra “cê” mais “yara”, 
terra de muita arara. 
e) (F) A capitania do Siará, sendo pobre e não apresentando muitos atrativos econômicos, 
permaneceu submissa, alguns anos, a outras capitanias. Foi o caso da submissão ao Maranhão 
(1621 a 1656) e a submissão a Pernambuco (1656 a 1799). 
GABARITO: B 
09. Na História do Ceará, assim como na História do Brasil, no geral, o termo “Guerra Justa” 
se dá 
a) à guerra contra os indígenas, autorizada pela Coroa Portuguesa, e que era justificada nos 
casos em que os indígenas se recusavam à conversãoà fé cristã ou que impediam a propagação 
do cristianismo, a partir de meados do século XVI. 
 
b) à guerra contra os protestantes calvinistas que tentaram ocupar as terras da capitania cearense 
no século XVII. 
c) à guerra contra os bandeirantes que insistiam em escravizar índios enquanto a Igreja Católica 
pretendia catequizá-los. 
d) à guerra contra os holandeses que invadiram o Nordeste brasileiro no século XVII. 
e) à guerra contra os sesmeiros que ocupavam as terras dos sertões sem a autorização prévia 
da Coroa Portuguesa. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
No âmbito da colonização, muitas vezes determinados grupamentos indígenas foram associados 
às “feras”, “selvagens” e “incivilizados”. Assim, todas as medidas repressivas contra suas 
aldeias eram justificadas, inclusive, as “Guerras Justas” contra os indígenas, autorizadas pela 
Coroa Portuguesa. GABARITO: A 
10. Acerca das primeiras tentativas de conquista do território cearense, analise as afirmativas 
abaixo: 
I. A primeira tentativa oficial de colonizar o Ceará deu-se em 1603, na administração de Diogo 
Botelho, governador-geral do Brasil. 
II. No período da colonização portuguesa em terras brasileiras, a catequização de povos 
indígenas e a colonização “andavam juntas”. Sendo assim, em 1607, chegaram às terras 
cearenses dois padres: Francisco Pinto e Helder Câmara. Essa é considerada a primeira tentativa 
bem sucedida de colonização do território cearense. 
III. A terceira tentativa de ocupação do Ceará veio a acontecer em 1611, com a expedição de 
Martim Soares Moreno. Às margens do rio Ceará, Martim fundou o Forte de São Sebastião e 
seguiu em direção ao Maranhão para combater os franceses que lá ocupavam terras portuguesas. 
Podemos afirmar corretamente que: 
 
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
d) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
I. (V) A primeira tentativa oficial de colonizar o Ceará deu-se em 1603, na administração de 
Diogo Botelho, governador-geral do Brasil, com Pero Coelho de Sousa. Capitão-Mor, Pero 
Coelho partiu de onde hoje seria a Paraíba, com o objetivo, dentre outros, de combater invasores 
franceses que já haviam inclusive fundado uma colônia no Maranhão (França Equinocial). Pero 
Coelho passou pelo litoral cearense e seguiu para combater os franceses. Ele teria chegado até 
a atual Parnaíba (estado do Piauí). Na volta, teria fundado às margens do Rio Ceará o povoado 
de Nova Lisboa, onde deixaria por lá cerca de 45 homens e seguiria de volta para Paraíba. Esses 
homens comandados por Pero Coelho teriam fundado o Forte São Tiago. Pero Coelho retornaria 
ao Ceará em 1606. Atacado no Forte São Tiago, ele segue para o rio Jaguaribe onde funda o 
Forte São Lourenço. De lá, segue então para o atual Rio Grande do Norte. 
II. (F) No período da colonização portuguesa em terras brasileiras, a catequização de povos 
indígenas e a colonização “andavam juntas”. Sendo assim, em 1607, chegaram às terras 
cearenses dois padres: Francisco Pinto e Luís Figueiras. Os dois religiosos teriam partido de 
Pernambuco e fizeram praticamente o mesmo caminho de Pero Coelho, indo parar na Ibiapaba. 
Ali procuraram cristianizar os nativos. No entanto, foram atacados em 1608 por índios 
 
Tacarijus. Francisco Pinto foi trucidado. O outro padre conseguiu fugir e ainda fundou um 
aldeamento na Barra do Rio Ceará chamado de São Lourenço. Anos depois, em 1643 foi 
trucidado por índios Aruãs na ilha de Marajó. 
III. (V) A terceira tentativa de ocupação do Ceará veio a acontecer em 1611, com a expedição 
de Martim Soares Moreno. Às margens do rio Ceará, Martim fundou o Forte de São Sebastião 
e seguiu em direção ao Maranhão para combater os franceses que lá ocupavam terras 
portuguesas. Vale ressaltar que Martim contou com a ajuda de índios da região, chefiados por 
Jacaúna, um índio já catequizado. Em 1619, a Coroa Portuguesa confere a Martim o título de 
Capitão-Mor do Ceará por 10 anos. No entanto, se retira definitivamente do Ceará em 1631. 
Vale também dizer que o Forte de São Sebastião viria ser conquistado pelos holandeses em 
1637. 
GABARITO: B 
11. Entre os anos de 1630 e 1654, grande parte do Nordeste Brasileiro ficou sob dominação 
holandesa. É nesse período que se dá, em 1649, a construção do Forte 
a) São Sebastião. 
b) São Tiago. 
c) Schoonenborch. 
d) São Lourenço. 
e) Nossa Senhora dos Prazeres. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
No ano de 1630, os holandeses invadiram Pernambuco na pretensão de dominar a região 
açucareira e de encontrar riquezas. Em 1637, tropas flamengas, sob a liderança do major 
Gartimam Hendrick conquistam o forte cearense de São Sebastião, aquele, do Martim Soares 
Moreno, lembra? Na costa cearense os holandeses estavam interessados principalmente na 
exploração das salinas, na retirada de sal. De início, contaram os holandeses com ajuda dos 
índios revoltados com a dominação portuguesa. Depois, contudo a aliança se desfez, pois os 
holandeses não se diferenciavam do português quanto aos maus tratos dados aos índios. 
Revoltados, em 1644 os nativos atacaram e destruíram o forte de São Sebastião, trucidando e 
expulsando os holandeses daquelas áreas. Os holandeses retornariam ao Ceará em 1649, sob o 
comando do capitão Matias Beck que desembarcou na baía do Mucuripe em busca de metais 
preciosos, este ergueu no monte Marajaitiba, nas margens do riacho Pajeú o Forte de 
Schoonemboch, em torno do qual, depois, iria espontaneamente surgir um povoado, que 
futuramente viria se tornar a cidade de Fortaleza. GABARITO: C. 
12. Entre os anos de 1630 e 1654, grande parte do Nordeste Brasileiro ficou sob dominação 
holandesa. É nesse período que se dá, em 1649, a construção do Forte Schoonenborch, sob o 
comando do holandês Matias Beck. Em 1654, o forte holandês é tomado pelas tropas 
portuguesas, no contexto da expulsão dos holandeses do Nordeste Brasileiro. O Forte é então 
“rebatizado” com o nome de 
a) Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres da Caucaia. 
b) Fortaleza de Nossa Senhora de Fátima. 
c) Forte São José de Ribamar. 
d) Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. 
e) Forte São Sebastião. 
 
 
Atenção: 
 
Pelo direito de autor, o criador de uma obra intelectual (literária, artística ou científica) 
deve ser recompensado pelo uso dessa produção. Sendo assim, fica proibida a reprodução 
total ou parcial desse material. No Brasil, a Lei nº 9.610, de 1998 regula os direitos 
autorais. Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os 
direitos de autor e os que lhes são conexos. 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
Em 1654, o forte holandês é tomado pelas tropas portuguesas, no contexto da expulsão dos 
holandeses do Nordeste Brasileiro. O Forte é então “rebatizado”, pelo então Capitão-Mor, 
Álvaro de Azevedo Barreto, com o nome de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. 
GABARITO: D 
13. Ligada ao estado português, a Igreja Católica veio para o Brasil no período da colonização e 
acabou atuando como uma “facilitadora” no processo de colonização e dominação dos povos 
nativos. Na colônia, a Igreja organizava-se em clero regular e clero secular. O clero regular, do 
qual fazia parte a Companhia de Jesus, encarregava-se principalmente de catequizar os índios 
nos aldeamentos. Acerca do assunto, analise as afirmativas abaixo: 
I. Os aldeamentos interessavam ao governo português na medida em que tornavam os índios 
“mais dóceis” para com os brancos. 
II. A falta de regras comuns e de disciplina explicam o motivo do fracasso da estratégia de 
catequização dos povo indígenas a partir dos aldeamentos. 
III. A rígida disciplina dos aldeamentos e a própria imposição do catolicismo contribuíram 
massiçamente para o etnocídio (extermínio cultural) indígena. 
Podemos afirmar corretamente que: 
 
a) Apenas asafirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
d) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
I. (V) Como foi dito, “Igreja Católica veio para o Brasil no período da colonização e acabou 
atuando como uma “facilitadora” no processo de colonização e dominação dos povos nativos”. 
II. (F) Pelo contrário. Os aldeamentos eram caracterizados por forte disciplina. A rígida 
disciplina dos aldeamentos e a própria imposição do catolicismo contribuíram massiçamente 
para o etnocídio (extermínio cultural) indígena. 
III. (V). Ver comentário da afirmativa II. 
GABARITO: B 
14. No início da colonização portuguesa no Brasil, os membros da Companhia de Jesus 
procuraram evangelizar os índios de forma pacífica, com danças, procissões, presentes, cantos e 
pregações. Essa tática não apresentou muitos resultados positivos. Os nativos continuavam 
“preferindo” ouvir seus “sábios pajés”. Assim, a estratégia passou a ser a criação 
 
a) dos aldeamentos. 
b) dos suntuosos templos católicos. 
c) das mesquitas indígenas. 
d) das palhoças religiosas. 
e) das comunidades seminaristas. 
 COMENTÁRIOS E GABARITO 
 No início da colonização portuguesa no Brasil, os membros da Companhia de Jesus procuraram 
evangelizar os índios de forma pacífica, com danças, procissões, presentes, cantos e pregações. 
Essa tática não apresentou muitos resultados positivos. Os nativos continuavam “preferindo” 
ouvir seus “sábios pajés”. Seria então necessário “arrancar” o índio dos seus “hábitos 
primitivos”, afastá-lo para longe dos seus “pajés-feiticeiros” (termo usado elo colonizador). 
Assim, a estratégia passou a ser a criação dos aldeamentos, também chamados de Missões. 
Eram aldeias artificiais militarizadas, para onde os índios eram levados no intuito de serem 
doutrinados e convertidos ao catolicismo. Nesses aldeamentos, os índios “amansados” eram 
utilizados como mão-de-obra em diversos tipos de trabalho, fossem nas próprias Missões, 
gerando riquezas para os jesuítas, fosse através de “trabalhos compulsórios” prestados a 
fazendeiros. Muitos aldeamentos também funcionaram como “acampamentos militares”, nos 
quais se preparavam guerras em que os nativos “missionados” eram levados a lutar contra os 
índios “selvagens”. Esses foram os casos de três famosas Missões no Ceará: Parangaba, Paupina 
(Messejana) e Soure (Caucaia). Muitas cidades surgiram em torno dos aldeamentos, como 
Caucaia (antigo aldeamento de N. Senhora dos Prazeres de Caucaia, depois Soure), Pacajus 
(aldeamento de Paiacu, em seguida chamado monte-mor-velho Guarani), Baturité (monte-mor-
novo), Iguatu (Telha), Crato (Miranda), e etc. GABARITO: A. 
15. No Brasil e no Ceará colônia, a Igreja Católica organizava-se em clero regular e clero secular. 
O clero regular, do qual fazia parte a Companhia de Jesus, encarregava-se principalmente de 
catequizar os índios, nos aldeamentos. Outra ordem regular presente no Ceará foi a dos 
Franciscanos ou 
a) Missionários do Povo. 
b) Penitentes do Siará Grande. 
c) Seminaristas de São Francisco. 
d) Padres Obreiros. 
e) Frades Capuchinhos. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
A ordem dos Franciscanos, ou Frades Capuchinhos passou a entrar no Brasil a partir da segunda 
metade do século XVII. Os Frades Capuchinhos se encarregaram, por exemplo, no século 
XVIII, da Missão do Miranda (Crato), onde foram aldeados índios Cariris. Os Frades 
Capuchinhos introduziram uma novidade em termos de trabalho missionário: as SANTAS 
MISSÕES. (ou MISSÕES AMBULANTES, ou INTINERANTES), isto é, a ação religiosa por 
padres que visitavam de tempos em tempos as vilas e os povoados do interior, para pregar, 
confessar, rezar missas e etc. Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, promovida em 1759, os 
aldeamentos foram convertidos em vilas e os serviços de catequização passaram a ser feitos 
pelos frades franciscanos com as Santas Missões. GABARITO: E 
16. No Brasil colônia, assim como no Ceará, o gado: 
 
a) foi uma economia exclusiva do Nordeste, voltada para o mercado exterior. 
 
b) favoreceu a ocupação de extensas áreas, especialmente no litoral. 
c) prosperou nas serras do Ceará, onde o clima se mostrou especialmente favorável. 
d) contribuiu para a ocupação do interior do Brasil, para o seu comércio e urbanização. 
e) foi o fator responsável pela crise da economia canavieira no Nordeste do Brasil. 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO A atividade de criação de gado sempre esteve presente 
junto à plantação de cana-de-açúcar do litoral. A pecuária era, no entanto, uma atividade 
secundária. O gado servia de alimentação, transporte e força-motriz. Todavia, o empenho de 
Portugal na empresa açucareira, a garantia de mercado para o açúcar na Europa, a pressão 
populacional de homens livres sem terra e a disponibilidade de terras, forçaram o movimento 
da pecuária em diração aos sertões. Os engenhos, portanto, expulsavam o boi para o interior, 
em razão da necessidade, cada vez maior de terra litorânea para o plantio e produção do açúcar 
exigida pelo mercantilismo europeu e pelo próprio incentivo português com a Carta Régia de 
1701, que proibia a criação de gado a menos de 10 léguas da costa geraram a ocupação do 
interior brasileiro. A penetração e a ocupação sertaneja aconteceram por duas rotas: a rota 
chamada “sertão-de-fora”, dominada pelos pernambucanos, vindos pelo litoral; e a rota 
chamada “sertão-de-dentro”, dominada por baianos, seguindo o curso do rio São Francisco. 
Tais rotas se confluem no Ceará, seguindo, sobretudo os rios Jaguaribe e Acaraú. Vale ressaltar 
que, o índio será expulso de suas terras com a chegada do gado. Esse gado que chegou aos 
serões do Ceará será comercializado, vendido, principalmente para Pernambuco e Bahia. No 
início, as boiadas a serem comercializadas seguiam “vivas”, guiadas pelos “tangerinos”. Por 
volta da segunda década do século XVIII, surge no Ceará a ideia de vender a carne “morta”, já 
beneficiada, nascendo aí as chamadas Charqueadas, que, no entanto se localizavam, sobretudo 
no litoral. LEMBRE-SE: Economicamente, o Ceará começa a ser “ocupado” (perceba as aspas 
na palavra, para que você não esqueça que o território já era ocupado pelos povos indígenas) 
pelo INTERIOR (graças ao gado, pecuária) e não pelo litoral. GABARITO: D 
17. A falta de grandes atrativos econômicos como metais preciosos e especiarias e o fato de não 
ser propício ao cultivo em larga escala de cana-de-açúcar fizeram com que o interesse dos 
portugueses pela colonização do território cearense se mostrasse tardio. No entanto, existem 
relatos da vinda de “aventureiros” ao território cearense ainda no final do século XV. Exemplo 
disso seria Vicente Pinzon, que teria “visitado” o Ceará 
a) na Ponta Grossa, Aracati, e na Ponta do Mucuripe, Fortaleza. 
b) na nascente do rio Jaguaribe. 
c) na foz do rio Acaraú. 
d) na foz do rio Ceará. 
e) na Enseada do Mucuripe e na foz do rio Acaraú. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
Existem relatos da vinda de “aventureiros” ao território cearense ainda no final do século XV. 
Exemplo disso seria Vicente Pinzon, que teria “visitado” o Ceará em fevereiro de 1500, na 
Ponta Grossa, Aracati, e na Ponta do Mucuripe, Fortaleza. Vicente Pinzon que inclusive este na 
expedição de Cristóvão Colombo à América, em 1492. GABARITO: A 
18. (Faculdade Farias Brito – CE / 2012) 
 
Muitos historiadores pesquisam, por meio de documentação, as origens dos lugares. Muitos 
ficcionistas utilizam-se de tais dados, para reinventarem e recriarem os lugares, como foi o caso 
de José de Alencar, no romance Iracema. Para caracterizar a gênese do povo cearense, Alencar 
levou em consideração os seguintes dados históricos: 
 
 
a) 1603 – Pero Coelho e os índios. 
 
b) 1649 – Matias Beck e os holandeses. 
 
c) 1654 – Os portugueses e os potiguares. 
 
d) 1611 – Martim SoaresMoreno e os tabajaras. 
 
e) 1644 – Os indígenas de Acarau e de Parangaba. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
Em sua obra José de Alencar utiliza o personagem real de Martim Soares para misturá-lo com 
elementos mitológicos da cultura indígena no período de colonização do Brasil. Assim abarca 
em sua obra uma dimensão mítica na qual remete à lenda por meio de argumento histórico onde 
se complementam. Na obra ocorre a ênfase na valorização da natureza, celebração das 
características brasileiras em que destaca a valorização das cores locais. Toda valorização da 
natureza nessa obra começa a ser rompida com a chegada do europeu. GABARITO: D 
 
19. No Ceará, durante os séculos XVII e XVIII, formou-se o que o historiador cearense 
Capistrano de Abreu denominaria como “Civilização do Couro”. Este aspecto característico da 
colonização cearense está ligado 
 
a) ao fato de existir, nas terras cearenses, uma farta manada de gado bufalino natural da região, 
o que proporcionou, aos nativos locais e aos europeus colonizadores, as condições ideais para 
explorarem aquela riqueza. 
 
b) ao desenvolvimento, após a decadência da produção algodoeira, de uma grande atividade de 
pecuária de corte e leiteira que, ainda hoje, é uma das maiores do Brasil e sustenta a economia 
cearense. 
 
c) ao processo colonizatório cearense que ocorreu a partir da ocupação pela pecuária, na 
capitania, através da frente de ocupação do sertão-de-fora, conduzida por pernambucanos, e da 
frente de ocupação do sertão-de-dentro, controlada principalmente por baianos. 
 
d) ao modelo original de ocupação através da pecuária bovina que, saindo do Ceará, ajudou na 
ocupação do interior nordestino e na colonização dos serrados do centro-oeste, dos pampas do 
sul do país e do pantanal mato-grossense. 
 
e) ao modelo original de ocupação através do agronegócio da cana-de-açúcar e do algodão. 
COMENTÁRIOS E GABARITO Ver comentário da questão 16. GABARITO: C 
20. “A fortaleza, de onde a Vila recebe a denominação, fica sobre uma colina de areia, próxima 
às moradas e consiste num baluarte de areia ou terra, do lado do mar, e uma paliçada, enterrada 
no solo, para o lado da Vila, contém quatro peças de canhão, de vários calibres, apontadas para 
muitas direções. Notei que a peça de maior força estava voltada para a Vila.” SILVA E FILHO, 
Antonio Luiz Macêdo e. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará, 2004. p. 32. 
 
 
A imagem acima é referente 
a) à Primeira planta de Fortaleza. 
b) ao Aldeamento Jesuítico da Paupina, que daria origem à Messejana. 
c) ao povoado de Nova Lisboa, que daria origem à Fortaleza. 
d) ao Aldeamento Jesuítico de Soure, que daria origem à Caucaia. 
e) Ao povoamento que foi gerado em torno do Forte São Sebastião. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
A conhecida imagem é da Primeira Planta de Fortaleza, de 1726, atribuída ao Capitão-Mor 
Manuel Francês. GABARITO: A 
21. A Pecuária foi sem dúvida alguma o principal fator a proporcionar a efetiva colonização das 
terras cearenses, tornando-se a primeira e, por anos, a principal atividade econômica do ceará. 
Acerca do assunto, analise as afirmativas abaixo: 
I. Com a invenção das charqueadas, vamos perceber uma “divisão de trabalho” na capitania 
cearense a partir da segunda década do século XVIII: nos sertões teremos as áreas destinadas, 
sobretudo, ao beneficiamento da carne, já no litoral encontraremos as fazendas de criação do 
gado. 
II. Aracati se tornou na segunda metade do século XVIII, o principal núcleo urbano do Ceará 
graças, sobretudo ao desenvolvimento das charqueadas. 
III. Sumarcas era o nome dado às charqueadas que se desenvolveram sobretudo nas regiões 
interioranas do Ceará. 
Podemos afirmar corretamente que: 
 
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Apenas a afirmativa II é verdadeira. 
c) Apenas a afirmativa III é verdadeira. 
d) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
 
I. (F) Com a invenção das charqueadas, vamos perceber uma “divisão de trabalho” na capitania 
cearense a partir da segunda década do século XVIII sim, mas é exatamente o contrário do que 
está sendo afirmado. Nos sertões teremos as áreas destinadas, sobretudo, as fazendas de criação 
do gado. já no litoral encontraremos as áreas destinadas ao beneficiamento da carne, ou seja, as 
charqueadas. 
II. (V) As oficinas de beneficiamento da carne (Charqueadas – onde o charque era “fabricado”) 
localizavam-se no litoral, na foz dos grandes rios. Assim, Aracati (antigo Arraial de São José 
do Porto dos Barcos), na Foz do rio Jaguaribe (elevada à Vila em 1748), destacou-se como o 
grande centro charqueador do Ceará. Destaque também para Acaraú (rio Acaraú), Granja e 
Camocim (rio Coreaú). 
III. (F) Sumarcas era o nome dado às embarcações que transportavam o charque. 
GABARITO: B 
22. 
I. A seca de 1877. 
II. A concorrência do charque gaúcho. 
III. O desenvolvimento da cotonicultura cearense. 
Podemos considerar fatores que contribuíram para a decadência das charqueadas cearenses o 
que se afirma: 
a) apenas em I e II. 
b) apenas em I e III. 
c) apenas em II e III. 
d) apenas em III. 
e) apenas em I. 
Atenção: 
 
Pelo direito de autor, o criador de uma obra intelectual (literária, artística ou científica) deve ser 
recompensado pelo uso dessa produção. Sendo assim, fica proibida a reprodução total ou parcial 
desse material. No Brasil, a Lei nº 9.610, de 1998 regula os direitos autorais. Esta Lei regula 
os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são 
conexos. 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
I. (F) As nossas charqueadas entraram em decadência a partir da última década do século XVIII. 
A seca que contribuiu para tal não foi a de 1877, mas sim a famosa “seca dos três setes”, a de 
1777, que durou até 1778, contribuindo para reduzir drasticamente os rebanhos cearenses. 
Tivemos ainda a seca de 1790/1793. 
II. (V) Conta-se que foi um fabricador de charque aracatiense de nome José Pinto Martins que, 
ante os efeitos catastróficos da seca de 1777, retirou-se para as terras gaúchas em 1780, levando 
a técnica salgadeira e fundando a primeira Charqueada em Pelotas. 
III. (V) O fato de, a partir do último quartel do referido século XVIII, o sertanejo ter passado a 
dedicar maior atenção a uma atividade agrícola que marcaria profundamente a economia 
 
cearense: a cotonicultura, isto é, o cultivo do algodão, produto então bastante procurado no 
mercado internacional, sobretudo para abastecer as fábricas têxteis da Inglaterra, que vivia a 
sua revolução industrial. 
GABARITO: C 
23. No Ceará o algodão já era cultivado pelos índios antes da chegada dos europeus invasores - 
além de ser empregado na fabricação de apetrechos, era utilizado para fazer rede de dormir ontem 
os nativos e enterravam os mortos. Com a colonização o algodão passou a fazer parte da 
economia de subsistência dos invasores em todo o Brasil, como matéria-prima na fabricação 
doméstica de fios, redes e tecidos, usados com vestimentas pelas camadas mais pobres e escravos. 
Entretanto, a partir do último quartel do século XVIII, aconteceu um extraordinário aumento da 
cotonicultura, a ponto de tornar-se uma das principais riquezas da colônia. Isso em consequência 
a) dos altos preços propiciados pela demanda do mercado externo que requeriam o produto para 
empregá-lo nas fábricas têxteis, sobretudo as dos Estados Unidos. 
b) dos altos preços propiciados pela demanda do mercado externo que requeriam o produto para 
empregá-lo nas fábricas têxteis, sobretudo as da Inglaterra. 
c) da participação do Ceará no episódio da Confederação do Equador. 
d) das excelentes condições geográficas para o cultivo do algodão, sobretudo na região do cariri. 
e) da imensa demanda pelo produto graças ao início da industrialização brasileira. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
Sem sombra de dúvidas a demanda inglesapor algodão, pioneira na Revolução Industrial, fez 
com que a cotonicultura cearense se destacasse. A cotonicultura cearense também foi 
impulsionada pela ocorrência da guerra de independência dos Estados Unidos (1774-1783), então 
o grande produtor mundial de algodão e principal fornecedor dessa matéria-prima para Inglaterra, 
sua Metrópole. Com a desorganização da produção norte-americana e a conseqüente redução da 
concorrência, os preços do algodão subiram mais ainda, estimulando, por conseguinte os 
produtores. Vale lembrar que para a expansão da cotonicultura cearense contribuíram igualmente 
a queda da produção pecuarista, decorrentes dos fatores que já vimos na questão 22. Os 
sertanejos, ante os prejuízos do pastoreio sentiram-se estimulados a produzir o que estava dando 
lucro: o algodão. Já acerca da participação do Ceará no episódio da Confederação do Equador, 
tal fato só ocorre em1824. Com o algodão rompeu-se o exclusivismo pastoril no Ceará. A base 
da economia passa a ser assentada na agricultura, com a pequena e disponibilidade de Capital 
atraída para o financiamento da referida Lavoura de exportação. A cotonicultura possibilita a 
integração definitiva da economia cearense ao modelo capitalista internacional, que se 
consolidava nos séculos XVIII e XIX. Acerca do item “d”, as principais regiões produtoras eram 
os distritos de Fortaleza e Aracati e as Serras de Baturité, Uruburetama, Meruoca, Pereiro e 
Aratanha (Pacatuba). GABARITO: B 
24. Acerca da economia cearense durante o século XIX analise as afirmativas abaixo 
I. A partir da segunda metade do século XIX o Ceará reproduziria uma tendência nacional: o 
modelo agroexportador, vindo a presenciar nesta época um surto de modernidade sem 
precedentes. 
II. A cotonicultura foi sem dúvidas a “alavanca mestra” do desenvolvimento agro-exportador 
cearense na segunda metade do século XIX 
III. Durante o século XIX, não apenas o algodão, mas o café, a borracha, o açúcar e a cera de 
carnaúba também contribuíram para a diversificação da agricultura cearense. 
Podemos afirmar corretamente que: 
 
 
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Apenas a afirmativa II é verdadeira. 
c) Apenas a afirmativa III é verdadeira. 
d) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
I. (V) Nesse período, ajudado por um período de cerca de 30 anos sem secas a partir de 1845, o 
Ceará diversificou a sua agricultura produzindo também café, borracha, açúcar e também cera de 
carnaúba, ampliando assim os seus serviços urbanos e de Transportes. No entanto, no século 
XIX, vai ser a cotonicultura (produção de algodão), voltada para atender a demanda externa, que 
vai se destacar como principal produto da agricultura e da economia cearense. 
II. (V) Como foi dito, a cotonicultura vai se destacar como a principal atividade econômica 
cearense a partir da segunda metade do século XIX, favorecida, sobretudo pela ocorrência da 
guerra de secessão nos Estados Unidos (nosso grande concorrente) entre 1861 e 1865. 
III. (V) Ver comentário da afirmativa I. 
GABARITO: D 
25. A partir da segunda metade do século XVIII, a cotonicultura cearense passou a despontar 
como uma atividade econômica importante para o Ceará sobretudo devido à guerra de 
independência dos Estados Unidos que fez com que a Inglaterra viesse a se tornar um grande 
mercado consumidor para o algodão cearense. No entanto, viria a ser na segunda metade do 
século XIX que o algodão se tornaria a “alavanca mestre” da economia cearense e das nossas 
exportações. Vendido para atender sobretudo a demanda inglesa, a cotonicultura cearense atingiu 
o seu apogeu exatamente entre os anos de 1861 e 1865 tornando-se o principal produto das 
exportações Cearenses. O episódio internacional ocorrido entre 1861 e 1865 que contribuiu para 
o desenvolvimento e para o apogeu da cotonicultura cearense foi 
 
a) Revolução Francesa. 
b) A guerra civil norte-americana. 
c) A independência da América espanhola. 
d) O fim da era napoleônica. 
e) A ascensão das ideias iluministas europeias. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
O episódio internacional ocorrido entre 1861 e 1865 que contribuiu para o desenvolvimento e 
para o apogeu da cotonicultura cearense foi A Guerra de Secessão norte-americana (1861 – 
1865), que foi na realidade uma Guerra Civil que acabou prejudicando as plantações de algodão 
por lá. E como sabemos, os EUA era o nosso grande concorrente na Cotonicultura. GABARITO: 
B 
26. O café foi introduzido no Ceará por José de Xerez, trazido da França e plantado na região da 
Meruoca por volta de 1747. Logo depois chegou ao Cariri por volta de 1822. No século XIX se 
propagou pelas Serras de Baturité, Maranguape, Aratanha e Ibiapaba. Podemos dizer que a 
cafeicultura cearense 
 
a) alcançou, na segunda metade do século XIX, o posto de principal produto da balança 
exportadora cearense, competindo inclusive com a cafeicultura da região Sudeste brasileira. 
b) encontrou nas regiões serranas a sua principal área produtora. 
c) se destacou, sobretudo nas áreas litorâneas, tendo Aracati como o seu principal centro 
produtor. 
d) encontrou em Itapipoca, Caucaia e Cascavel as áreas com as melhores condições geográficas 
para o seu cultivo, fazendo de tais áreas as principais produtoras da cafeicultura cearense. 
e) foi a principal responsável pela decadência das Charqueadas Cearenses. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
a) (F) Apesar de, para a economia cearense o café ter tido a sua importância, no século XIX a 
exportação do café cearense era insignificante se comparada com os números das exportações de 
café do sudeste, promovidas por exemplo por São Paulo Minas Gerais e Rio de Janeiro. 
b) (V) No século XIX o café se propagou pelas Serras cearenses sobretudo Baturité, Maranguape, 
Aratanha e Ibiapaba. A serra de Maranguape por sua vez se torna o principal produtor do café 
em terras cearense a princípio. 
c) (F) Como foi dito no comentário anterior, as Serras cearenses se destacaram como as principais 
áreas produtoras do nosso café. 
d) (F) Mais uma vez dizemos que as Serras cearenses foram as que se destacaram na produção 
de café. 
e) (F) O destaque da cafeicultura cearense se dá sobretudo no século XIX. Desde a segunda 
metade do século XVIII que as nossas Charqueadas já vinham apresentando decadência. Os 
motivos da decadência das Charqueadas já foram comentados na questão de número 22. 
 
GABARITO: B 
 
27. Acerca da economia comercial algodoeira cearense, sobretudo no século XIX, assinale a 
afirmativa correta 
 
a) A agricultura comercial algodoeira implementou o uso do trabalho escravo nos Sertões, apesar 
de, ao que parece as primeiras grandes plantações terem apresentado um uso considerável de mão 
de obra livre e assalariada 
 
b) Na prática da cotonicultura vamos observamos certas desvantagens na utilização de mão de 
obra escrava embora tenham sim os escravos sido utilizados em escala menor. 
 
c) O ciclo vegetativo curto do algodão favorecia a utilização de mão-de-obra escrava na 
cotonicultura. 
 
d) A colheita do algodão era uma tarefa bastante árdua o que exigia muita mão de obra escrava. 
 
e) O incremento da cotonicultura foi o grande responsável pela ampliação do número de escravos 
nas lavouras cearenses. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
a) (F) É exatamente o contrário. A agricultura comercial algodoeira incrementou o uso do 
trabalho livre nos Sertões apesar de, ao que parece, as primeiras grandes plantações terem 
apresentado o uso de consideráveis contingentes de negros escravizados. Logo, porém, percebeu-
se a desvantagem da utilização de escravos na cotonicultura. 
 
 
b) (V) Na prática da cotonicultura vamos observar certa desvantagem na utilização de mão- de- 
obra escrava, embora tenham sim os escravos sido utilizados em escala menor. O ciclo vegetativo 
curto do algodão tornava desvantajoso o emprego do escravoque ficaria ocioso grande parte do 
tempo, de 4 a 5 meses por ano. Além disso, a colheita do algodão exige a vigilância redobrada 
dos cativos para editar contrabando nos algodoais, prática comum entre os escravos, que usavam 
de muitos modos para driblar a vigilância dos proprietários. Por outro lado, a facilidade na 
colheita possibilitava o uso de mulheres e crianças, havendo ainda a alternativa de empregar-se 
da mesma maneira a vultosa mão-de-obra livre, ociosa e barata dos sertões não absorvida na 
pecuária. 
 
c) (F) Ver comentário do item B. 
 
d) (F) Ver comentário do item B. 
 
e) (F) Ver comentário do item B. 
 
GABARITO: B 
 
28. Uma ordem Régia de 13 de Fevereiro de 1699 determinava a criação de uma Vila no Ceará. 
Aquela que seria a primeira Vila na capitania. O documento contudo dava margem a dúvidas 
sobre o lugar em que deveria ser instalado o Pelourinho. Pelourinho era uma coluna de madeira 
ferro ou tijolo que provava simbolicamente a autonomia de certo povoado, “elevado à categoria 
de Vila”. Para tal, fazia-se necessária a instalação de uma Câmara Municipal, autorizada pelas 
autoridades portuguesas. Como não ficou claro o local onde deveria ser instalado o pelourinho, 
verificamos sérias disputas entre as autoridades da capitania cearense. Acerca do assunto, analise 
as afirmativas abaixo: 
 
I. Três locais protagonizaram a disputa onde deveria ser instalado o Pelourinho: o chamado 
arraial do Iguape, localizado na atual Aquiraz, o povoamento que se formou nos arredores da 
fortaleza de Nossa Senhora da Assunção e a Barra do Ceará, local onde se estabeleceram as 
primeiras fortificações portuguesas na capitania, ainda durante o século XVII. 
 
II. Em 27 de junho de 1713 a primeira Vila no Ceará foi definitivamente instalada em Aquiraz. 
Daí por que muitos consideram esta a primeira capital do Ceará. 
 
III. Apenas em 13 de abril de 1726 foi instalada a vila de Fortaleza de Nossa Senhora de 
Assunção, a segunda do Ceará, pelo capitão-mor Antônio Cardoso de Barros. 
 
Podemos afirmar corretamente que: 
 
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Apenas a afirmativa II é verdadeira. 
c) Apenas a afirmativa III é verdadeira. 
d) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
I. (V) O episódio exposto no enunciado da questão passou a ser conhecido na História do Ceará 
como “A dança do Pelourinho”. Em Aquiraz e extensivamente no Iguape, situados na foz do rio 
Pacoti, residia a elite local, os primeiros senhores de terra chamados de “homens bons”. Já em 
torno da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção habitavam de forma majoritária militares e 
autoridades coloniais, além de autoridades eclesiásticas. Na Barra do Ceará, local denominado 
de Vila Velha, vivia sobretudo índios aculturados em miseráveis condições de existência. 
 
 
II. (V) Em 27 de junho de 1713 a primeira Vila no Ceará foi definitivamente instalada em 
Aquiraz. Daí por que muitos consideram esta a primeira capital do Ceará. Vale ressaltar que até 
essa decisão definitiva, o Pelourinho foi instalado em diversos locais: em 25 de janeiro de 1700 
ele foi instalado no arraial do Iguape, em 25 de maio de 1700 foi transferido e instalado junto à 
Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. Já em 1702 foi transferido para um local mais distante 
ainda, a barra do rio Ceará. Em 1706 o Pelourinho retornaria para os arredores da Fortaleza de 
Nossa Senhora da Assunção e finalmente em 27 de junho de 1713 foi instalado definitivamente 
no arraial do Iguape. 
 
III. (F) Apenas em 13 de abril de 1726 foi instalada a vila de Fortaleza de Nossa Senhora de 
Assunção, a segunda do Ceará, pelo capitão-mor Manuel Francês. 
 
GABARITO: A. 
 
29. Sobre os conhecimentos acerca da história do Ceará, sobretudo da cidade de Fortaleza analise 
as afirmativas abaixo 
 
I. Assim como as demais grandes cidades brasileiras, como Salvador e Rio de Janeiro, Fortaleza 
é uma cidade que já nasceu desde o período colonial hegemônica, sendo a principal cidade da 
capitania do Ceará desde os primórdios do período colonial. 
 
II. Fortaleza, por décadas após o seu surgimento espontâneo, cumpriu quase que exclusivamente 
uma função estratégica militar, vindo a ocupar uma posição hegemônica no Ceará apenas no 
século XIX. 
 
III. A elevação de Fortaleza a condição de Vila em 1726, contribuiu para que a cidade viesse a 
ocupar uma posição hegemônica mais adiante, no século XIX, uma vez que por parte do governo 
do Império do Brasil vai haver todo um interesse em centralizar o poder e as decisões 
administrativas das províncias em suas capitais. 
 
IV. A cotonicultura pode ser considerada um dos principais fatores que contribuíram para a 
hegemonização de Fortaleza no século XIX. 
 
V. Em 1851, a alfândega de Aracati foi fechada garantindo a Fortaleza o monopólio do comércio 
externo da província, o que também acabou contribuindo para Fortaleza se hegemonizar no 
contexto sócio-econômico cearense. 
 
Podemos afirmar corretamente que: 
 
a) Apenas a afirmativa I é verdadeira. 
b) Apenas a afirmativas II e III são verdadeiras. 
c) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
d) Apenas as afirmativas II, III, IV e V são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
I. (F) Ao verificar-se a história das atuais e grandes cidades brasileiras com origem no período 
colonial, percebemos que elas já nasceram hegemônicas, isto é, como os centros urbanos mais 
importantes política e economicamente dos respectivos estados, antigas províncias ou Capitanias. 
Salvador, Recife, Rio de Janeiro, São Luís, Belém, por exemplo, eram desde o início pontos de 
nucleação da produção para o mercado externo e sede do aparato burocrático e militar impondo 
sua influência sobre as áreas vizinhas Mas esse não foi o caso de Fortaleza. Ao contrário, a atual 
capital cearense, surgida espontaneamente em torno do Forte Holandês fundado em 1649, não 
apresentava no começo a hegemonia urbana do Ceará. Por décadas abrigando uma população 
paupérrima, cumpriu modestamente sua função de ponto estratégico de ligação litoral leste-norte 
 
do Brasil e de guarnição militar na defesa destas áreas contra estrangeiros. A elevação à categoria 
de vila e Capital em 1726 não alterou a melancólica situação daquele povoado ali às margens do 
Forte Holandês na etapa Colonial. Os mais destacados núcleos populacionais cearenses eram 
aqueles ligados a pecuária ou agricultura como: Icó, Aracati, Sobral, Camocim, Acaraú, dentre 
outros. 
 
II, III, IV e V (todos V). Ao longo do século XIX percebe-se a ocorrência de um processo de 
hegemonização de Fortaleza que se torna já na segunda metade daquele século o principal núcleo 
urbano, político, econômico e social do Ceará. Várias razões podem explicar essa hegemonização 
de Fortaleza no século XIX, como por exemplo o que temos citado nos itens II, III, IV e V. 
 
GABARITO: D 
 
30. O crescimento da lavoura algodoeira no Ceará não necessariamente vai levar a extinção da 
atividade pecuarista no território cearense. Ao contrário, essas duas atividades acomodaram-se 
uma a outra dando origem ao chamado 
a) Binômio Charque – Sumarcas. 
 
b) Bipartidarismo econômico. 
 
c) Binômio gado-algodão. 
 
d) Tripé da economia cearense. 
 
e) Binômio alencarino 
 COMENTÁRIOS E GABARITO 
O crescimento da lavoura algodoeira no Ceará não necessariamente vai levar a extinção da 
atividade pecuarista no território cearense. Ao contrário, essas duas atividades acomodaram-se 
uma a outra dando origem ao chamado Binômio gado-algodão. Após a colheita do algodão, 
podiam as ramas do algodoeiro servir de alimento ao gado que era posto a pastar por 2 ou 3 meses 
na área que fora cultivada (exatamente na época de estiagem quando os animais não dispunham 
de pasto no campo). De sobra, os animais com seus estercos ainda adubavam os solos. 
GABARITO:C 
 
31. No Ceará algumas Vilas interioranas surgidas em função do Pastoreio tornaram-se 
igualmente pólos cotonicultores como por exemplo 
 
a) Icó e Sobral. 
 
b) Aracati e Camocim. 
 
c) Acaraú e Fortaleza. 
 
d) Fortaleza e Aracati. 
 
e) Aracati e Acaraú. 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
 
Aracati, Acaraú e Camocim, no litoral, não se destacaram pela função do Pastoreio ou da criação 
do Gado, mas sim pelas Charqueadas. Já Fortaleza não se destacou nem por Pastoreio nem por 
Charqueadas. A questão deixa claro que se trata de vilas interioranas. O item onde encontramos 
duas vilas interioranas e que se destacaram sim na função do Pastoreio e depois se tornaram pólos 
cotonicultores são Icó e Sobral. GABARITO: A 
 
 
Atenção: 
 
Pelo direito de autor, o criador de uma obra intelectual (literária, artística ou científica) deve ser 
recompensado pelo uso dessa produção. Sendo assim, fica proibida a reprodução total ou parcial 
desse material. No Brasil, a Lei nº 9.610, de 1998 regula os direitos autorais. Esta Lei regula 
os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são 
conexos. 
32. 
 
 
 
Após a leitura da manchete acima, analise as afirmativas que seguem: 
 
I. Uma pesquisa inédita e pioneira no Brasil revelou, por meio de mapeamento genético, qual seria a 
origem do DNA cearense. Na fusão genética da composição do cearense, há influências do branco 
europeu descendente de países nórdicos. 
 
II. Na década de 60, do século XX, os estudos deixados pelo professor cearense José Parsifal 
Barroso, contidos no ensaio “O Cearense”, já se dedicavam a analisar as “origens” do povo 
cearense. 
 
III. De acordo com a pesquisa, entre as regiões que tiveram força na identidade cearense estão a 
chamada Fenoscândia - que abrange Noruega, Suécia, Finlândia e Dinamarca - e o sul da França. 
 
Podemos afirmar corretamente que: 
 
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
d) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
 
Atenção: 
 
Pelo direito de autor, o criador de uma obra intelectual (literária, artística ou científica) deve ser 
recompensado pelo uso dessa produção. Sendo assim, fica proibida a reprodução total ou parcial 
desse material. No Brasil, a Lei nº 9.610, de 1998 regula os direitos autorais. Esta Lei regula 
os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são 
conexos. 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
 
I. (V) Uma pesquisa inédita e pioneira no Brasil revelou, por meio de mapeamento genético, qual é a 
origem do DNA cearense. O estudo “GPS-DNA Origins Ceará” detalha que, na fusão genética da 
composição do cearense, há influências do branco europeu descendente de países nórdicos, ameríndios 
oriundos da Ásia e o negro africano, principalmente do tronco banto. Ao longo de 10 meses, foram 
coletadas 160 amostras de saliva de cearenses de todas as regiões do Estado, incluindo grupos étnicos, 
como indígenas e quilombolas, e algumas personalidades. A pesquisa foi registrada na Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária (Anvisa), e os materiais foram enviados para análise em um laboratório 
especializado em Ohio, nos Estados Unidos. 
 
II. (V) Inclusive, um dos objetivos do estudo “GPS-DNA Origins Ceará” seria responder à pergunta-
chave dos estudos de Parsifal Barroso no livro “O Cearense”. À época, o autor se valeu de documentos e 
outros registros para construir sua teoria acerca da “constituição” do povo cearense. 
 
III. De acordo com a pesquisa, entre as regiões que tiveram força na identidade cearense estão a 
chamada Fenoscândia - que abrange Noruega, Suécia, Finlândia e Dinamarca - e o sul da França. Há 
também forte influência do ameríndio, que provém da Sibéria e entra no novo continente por meio do 
estreito de Bering, uma ponte natural entre a Rússia e os Estados Unidos. 
 
GABARITO: D 
 
33. Sobre a Confederação do Equador é correto afirmar que 
 
a) como a Balaiada e a Farroupilha ocorreu no período regencial 
 
b) foi uma revolta de escravos na Bahia 
 
c) foi uma revolta ocorrida no sul do Brasil que acabou com a criação de um novo país o Uruguai 
 
d) teve início em Pernambuco e pretendia a criação de um novo país, republicano, composto por 
províncias do Nordeste. 
 
e) foi a maior revolta ocorrida nos primeiros anos da república brasileira. 
 
 
Atenção: 
 
Pelo direito de autor, o criador de uma obra intelectual (literária, artística ou científica) deve ser 
recompensado pelo uso dessa produção. Sendo assim, fica proibida a reprodução total ou parcial 
desse material. No Brasil, a Lei nº 9.610, de 1998 regula os direitos autorais. Esta Lei regula 
os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são 
conexos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
 
a) (F) A Confederação do Equador (1824) não ocorreu no período regencial mas sim durante o 
primeiro reinado (1822 – 1831). 
 
b) (F) A Confederação do Equador foi uma revolta elitista, não de escravos, ocorrida no Nordeste 
contra as medidas absolutistas do imperador dom Pedro Primeiro. 
 
c) (F) A Confederação do Equador foi um movimento separatista ocorrido no nordeste brasileiro 
e não no Sul. 
 
d) (V) A Confederação do Equador pretendia a criação de um novo país, ou seja, foi um 
movimento separatista liderado por Pernambuco. Pretendia criar um novo país chamado 
exatamente de Confederação do Equador. 
 
e) (F) Como já foi dito, a Confederação do Equador ocorreu durante o primeiro reinado, em 1824, 
estávamos vivendo os tempos do império e não da República. 
 
GABARITO: D 
 
34. Acerca do envolvimento do Ceará na Confederação do Equador de 1824 analise as 
afirmativas a seguir 
 
I. Um dos fatores que explicam o envolvimento do Ceará no movimento da Confederação do 
Equador foi a influência e a vinculação econômica e política do Ceará a Pernambuco o que 
continuou a existir mesmo após a separação administrativa das duas Capitanias em 1799. 
 
II. O sucesso da Confederação do Equador se dá sobretudo por causa da participação das elites 
cearenses naquele movimento 
 
III. Naquele momento em que ocorrerá a Confederação do Equador várias famílias ricas e 
poderosas, sobretudo do Cariri cearense, como por exemplo a família dos Alencar, apresentavam 
íntimas ligações com a província Pernambucana. Portanto, o Ceará estava suscetível ao que se 
passava em Pernambuco. 
 
Podemos afirmar corretamente que: 
 
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
d) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
 
I. (V) No início da colonização Portugal dividiu o Brasil em capitanias hereditárias. Essas foram 
divididas em dois grupos: Capitanias principais e Capitanias subalternas, estando as segundas 
sujeitas as primeiras. Exemplo de Capitania subalterna, o Siará esteve entre 1621 e 1656 
Submisso ao Maranhão. Após 1656, o Ceará passou a ser Submisso a Pernambuco, situação essa 
que se manteve até 1799. Vale lembrar que a emancipação do Ceará de Pernambuco não 
significou que a capitania cearense cortou os laços com Pernambuco. O Ceará continuou por 
exemplo altamente dependente de Recife pois a produção local continuava a ser escoada pelo 
porto de Recife, pois o Ceará não possuía um ancoradouro adequado para receber os navios a 
vapor. Somente a partir de 1860 Fortaleza obteria não só a primazia do Comércio direto com a 
Europa mas também com outras províncias uma vez que seu Porto (morosamente construído) 
 
seria incluído nas rotas que se estendiam para atual região sudeste. Concluímos quea separação 
oficial entre o Ceará e Pernambuco não significou o fim da influência tanto política como 
econômica da capitania de Pernambuco sobre o Ceará. Logo, o que se passava em Pernambuco 
interessava ao Ceará. 
 
II. (F) A Confederação do Equador de 1824, que foi um movimento de caráter elitista, separatista 
e republicano, contra as atitudes absolutistas do imperador D. Pedro I (1822-1831) não obteve 
sucesso. A repressão promovida pelo Imperador Dom Pedro contra os manifestantes foi 
considerada bastante violenta e cruel. Aqui mesmo em Fortaleza foi instalada a mando de Dom 
Pedro a “comissão militar” que julgaria (ou melhor condenaria morte) vários dos envolvidos na 
Confederação do Equador aqui no Ceará. Dessa forma receberam a pena capital por terem 
aderido ao movimento republicano da Confederação do Equador: Padre Mororó, João de 
Andrade Pessoa Anta, Francisco Miguel Pereira Ibiapina, Feliciano José da Silva Carapinima, 
Luiz Inácio de Azevedo Bolão, Frei Alexandre da Purificação, Antônio Bezerra de Souza e 
Menezes e José Ferreira de Azevedo. Os três últimos, contudo, tiveram a pena comutada em 
degredo para a Amazônia. Os condenados à morte deveriam morrer na forca, mas como ninguém 
quis fazer às vezes de carrasco, foram barbaramente fuzilados em 1825 no antigo “Campo da 
Pólvora”, depois chamado “Passeio Público” ou “Praça dos Mártires”, este nome é uma 
homenagem aos cearenses mortos ali. 
 
III. (V) Das famílias brasileiras, a Alencar é uma das que deram origem ao maior número de 
personalidades marcantes para a historiografia nacional desde o início do século XVIII. Naquele 
momento da Confederação do Equador, era uma das mais influentes e poderosas do Ceará. Com 
uma atuação fortíssima no Cariri, essa família possuía negócios e interesses fortes juntos a 
Pernambuco. Fazia parte dessa família por exemplo, o escritor José de Alencar, filho de José 
Martiniano de Alencar e Ana Josefina de Alencar. Ele era neto de neto de Bárbara Pereira de 
Alencar (mãe de José Martiniano de Alencar e de Tristão Gonçalves). Bárbara Pereira de Alencar 
é considerada a primeira presa política do Brasil. 
 
GABARITO: B 
 
35. 
 
 
A análise da tabela acima nos permite afirmar que 
 
a) no que diz respeito aos valores exportados o algodão se firma como o principal produto 
cearense de exportação em todos os qüinqüênios do período entre 1850 e 1885. 
 
b) a cotonicultura não representou importância para a economia cearense durante a segunda 
metade do século XIX. 
 
c) no que diz respeito aos valores exportados o charque figurou durante o século XIX como 
principal produto da economia cearense. 
 
 
d) o açúcar produzido na região do Cariri foi o produto de maior destaque da economia cearense 
durante o século XIX. 
 
e) a cotonicultura cearense encontrava-se em decadência no século XIX sobretudo devido a 
ocorrência da guerra de secessão norte-americana. 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
 
A análise da tabela nos permite afirmar que, no que diz respeito aos valores exportados o algodão 
se firma como o principal produto cearense de exportação em todos os qüinqüênios do período 
entre 1850 e 1885. Sua participação relativa no total dos valores oficiais é superior até mesmo 
quando não apresenta a maior participação relativa na quantidade, como são os casos dos 
períodos 1855 a 1860 e 1860 a 1865. GABARITO: A 
 
36. Acerca da cotonicultura cearense, sobretudo durante o século XIX, assinale a afirmativa 
correta 
 
a) Produzido aqui no Ceará, sobretudo para atender a demanda da indústria têxtil inglesa, o 
algodão teria em Aracati seu grande centro coletor e exportador durante o século XIX, 
contribuindo assim para consolidar a tal cidade como principal centro urbano da província. 
 
b) O algodão, cultivado comercialmente desde a segunda metade do século XVIII, entrou no 
século XIX como o principal produto de exportação do Ceará, vendido para atender sobretudo a 
demanda inglesa que usava a fibra nas indústrias têxteis. 
 
c) O dinamismo da economia algodoeira contribuiu bastante na segunda metade do século XIX 
para alterar de forma significativa a situação de números vilas e cidades cearenses. 
 
d) Durante o século XIX a economia algodoeira cearense entra em decadência em virtude do 
destaque que passa a ser dado à pecuária e às nossas charqueadas. 
 
e) O crescimento da lavoura e do comércio algodoeiro, o fim da vinculação administrativa a 
Pernambuco e a condição de capital dariam a Aracati condições para iniciar um longo processo 
que a tornaria na segunda metade do século XIX o principal núcleo urbano cearense. 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
 
a) (F) Produzido aqui no Ceará, sobretudo para atender a demanda da indústria têxtil inglesa, o 
algodão teria em Fortaleza seu grande centro coletor e exportador durante o século XIX, 
contribuindo assim para consolidar a capital como principal centro urbano da província. 
 
b) (V) Não podemos esquecer que comercialmente o algodão cearense já abastecia a demanda 
inglesa desde a segunda metade do século XVIII, favorecido naquele momento pela guerra de 
independência dos Estados Unidos, iniciada em 1776. 
 
c) (F) O dinamismo da economia local na segunda metade do século XIX não representou 
nenhuma alteração significativa da situação da maioria das vilas e cidades Cearenses. 
Excetuando-se Fortaleza, em menor escala e Icó e Sobral, a vida nos núcleos populacionais do 
interior permaneceu mais ou menos inalterada. Isso se deve a forma de comércio de então: as 
transações comerciais eram feitas diretamente entre os produtores e os comerciantes do litoral 
sem intermediação. 
 
 
d) (F) De maneira alguma. O século XIX, sobretudo a segunda metade, marca o apogeu da nossa 
cotonicultura. Já as nossas charqueadas se destacaram principalmente no século XVIII. Já 
vinham sofrendo uma decadência desde a segunda metade deste século XVIII. 
 
e) (F) O crescimento da lavoura e do comércio algodoeiro, o fim da vinculação administrativa a 
Pernambuco e a condição de capital dariam a Fortaleza condições para iniciar um longo processo 
que a tornaria na segunda metade do século XIX o principal núcleo urbano cearense. 
 
GABARITO: B 
 
37. Segundo o historiador Raimundo Girão, “com a Seca de 1877 o Ceará perdeu um terço da 
população pela fuga ou pela morte a sua riqueza pastoril que antes da seca Calculava em 24 mil 
contos de réis não vale agora mais de 200 contos agricultura desapareceram completamente”. 
(GIRÃO, Raimundo. Ob. Cit. p-203). Acerca dos efeitos da Seca de 1877, analise as afirmativas 
abaixo: 
 
I. A seca fez com que Fortaleza, Aracati e Sobral, além de outras cidades e os vales férteis, como 
o Cariri, ficassem superlotados de flagelados. 
 
II. Diante dos efeitos da seca de 1877, uma das ações públicas mais notáveis foi a oficialização 
da migração de sertanejos para o centro-sul do país ou para a Amazônia. 
 
III. A seca de 1877 foi um dos fatoresque contribuíram para a “precocidade” da província do 
Ceará no processo de abolição da escravatura. 
 
Podemos afirmar corretamente que: 
 
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
d) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
 
I. (V) A seca de 1877 é considerada uma das secas mais calamitosas da história do Ceará. 
Durando até cerca de 1879 ficou amargamente guardada na memória do homem do campo 
nordestino. Foram cerca de três anos seguidos sem chuvas, sem semeadoras, sem colheitas. Os 
rebanhos morreram, os homens fugiram para não perecer. O caboclo havia sido pego de certo 
modo desprevenido, pois a última grande seca tinha ocorrido fazia mais de 30 anos, teria sido 
entre 1844 e 1845. Assim, cidades como Fortaleza, Aracati e Sobral, além de outras cidades e os 
vales férteis, como o Cariri, ficassem superlotados de flagelados. 
 
II. (V) Diante dos efeitos da seca de 1877, uma das ações públicas mais notáveis foi a 
oficialização da migração de sertanejos para o centro-sul do país, onde verificava-se a expansão 
da lavoura cafeeira ou para a Amazônia, que vivia o chamado ciclo da borracha. A ação pública 
mais notável para minimizar os efeitos da estiagem foi simplesmente retirar as pessoas da 
província, oficializando uma política de migração de sertanejos. O governo optava por essa 
solução assustado com as legiões de esfomeados que acorriam diariamente a fortaleza e com o 
gravíssimo quadro de tensão social. 
 
III. (V) Com a grande seca de 1877, que atingia a safra, o gado minguando e se propagando surtos 
de doenças e imperando fome crônica, muitos donos de escravos no Ceará, buscando-se 
resguardar e proteger o seu patrimônio resolveram vender seus negros para outras regiões do 
Brasil. 
 
 
GABARITO: D 
 
38. “Em 1824 não se tratava da contradição de interesses coloniais e metropolitanos. Persistiam 
aí, não obstante tratar-se de país politicamente independente, as mesmas condições de 
privilegiamento não só dos comerciantes reinóis e seus representantes estabelecidos no país, 
como também dos ingleses, cuja penetração no Brasil foi determinada pelos acordos de 1810.” 
(ARAÚJO, Mª do Carmo R. “A Participação do Ceará na Confederação do Equador.” In: 
SOUZA, Simone de (org) História do Ceará. Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha, 1994. p. 
146.) 
Sobre a Confederação do Equador (1824), é correto afirmar que: 
a) os descontentamentos contra os estrangeiros em Recife fez com que as camadas populares 
liderassem o movimento, que, além de republicano, era abolicionista. 
b) o conflito entre comerciantes portugueses em Recife e produtores de açúcar brasileiros em 
Olinda tomou ares de rebelião contra a monarquia. 
c) a dissolução da Assembléia Constituinte pelo Imperador D. Pedro I foi interpretada como um 
ato de recolonização pelas elites senhoriais pernambucanas. 
d) a recuperação econômica da agro-manufatura do açúcar fazia com que os proprietários 
pernambucanos exigissem maior participação no governo imperial. 
e) o engajamento do Ceará foi determinante para que a Confederação do Equador obtivesse 
sucesso. 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
 
Como já foi dito, a Confederação do Equador, ocorrida em 1824, foi um movimento de caráter 
separatista que se deu, sobretudo contra as atitudes absolutistas de Dom Pedro I. Dentre essas 
atitudes podemos citar a dissolução da Assembleia constituinte em 1823, que para muitos foi 
interpretada como um ato de recolonização. Temos também o fato de Dom Pedro ter outorgado 
a Constituição de 1824 e também ter criado na mesma constituição o poder moderador, 
conferindo a ele plenos poderes. GABARITO: C 
39. O epíteto "Terra da Luz" foi atribuído ao Ceará por ter sido a primeira província brasileira 
a abolir oficialmente a escravidão. Sobre este episódio tão marcante para a História do Ceará, 
assinale a alternativa correta: 
a) a campanha abolicionista foi muito intensa, contando inclusive com a participação dos 
jangadeiros, já que os escravos constituíam quase a metade da população da província. 
b) a escravidão representava a principal fonte de mão-de-obra para a província, principalmente 
na pecuária e na cultura do algodão. 
c) o movimento abolicionista foi liderado pelos proprietários de terras insatisfeitos com a 
escravidão e interessados na imigração de europeus. 
d) na década de 1880, o número de escravos já era muito reduzido, fato agravado pela seca de 
1877, quando as fugas e as alforrias foram intensificadas. 
e) a província do Ceará foi a primeira província brasileira a abolir a escravidão devido ao caráter 
da sua economia altamente industrializado. 
 
 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
 
a) (F) A campanha abolicionista foi muito intensa sim, sobretudo a partir da segunda metade do 
século XIX e no seio da nossa classe média. Também alcançou os segmentos sociais mais 
humildes sim, contando inclusive com a participação dos jangadeiros. No entanto, no Ceará, a 
quantia de cativos nunca ultrapassou a casa dos 35 mi. 
b) (F) Ao contrário. Na pecuária e na cultura do algodão a exigência de mão-de-obra era menor. 
Além de “escravidão não combinar muito com pecuária” (uma vez que facilitava a fuga do 
escravo). A cotonicultura também poderia se mostrar onerosa com a utilização de mão-de-obra 
escrava, pois o ciclo do algodão era de mais ou menos sete meses, ocorrendo apenas uma vez por 
ano. A colheita poderia ser feita por mulheres e crianças. CUIDADO! Isso não significa que não 
existiam escravos nas fazendas de gado e/ou algodão. 
c) (F) Esse item dispensa comentários. 
d) (V) A partir de 1850 (com a criação da Lei Eusébio de Queiróz – que proibia o tráfico 
internacional de escravos para o Brasil) o Ceará praticou intensamente o tráfico interprovincial 
de escravos, contribuindo para que, na década de 1880, o número de escravos na província fosse 
bastante reduzido, fato agravado pela seca de 1877, quando as fugas e as alforrias foram 
intensificadas. 
e) (F) A economia da província era agrária. 
GABARITO: D 
40. Em 1873 inaugurava-se o primeiro trecho da Estrada de Ferro Baturité - EFB, entre Fortaleza 
e "arronches" (Parangaba). Desde 1870 o governo provincial havia assinado com a Companhia 
Cearense da Via Férrea Baturité um contrato para a construção de uma ferrovia ligando a capital 
cearense à Vila do mesmo nome. Em 1883 os trilhos finalmente chegavam a Baturité. 
Posteriormente, sucederam-se prolongamentos em direção ao sul cearense, atingindo o Crato em 
1926. O nome Estrada de Ferro Fortaleza- Baturité foi mantido, no entanto. 
 
 Após a leitura do texto acima analise as afirmativas que seguem: 
 
I. Grande parte da EFB foi construída por flagelados da seca de 1877. 
 
II. O uso dos flagelados na construção da estrada de ferro trouxe resultado adverso, pois 
vitimados pela desnutrição e pela miséria, pouco produziam. 
 
III. Até a segunda metade do século XX, a EFB configurou-se como a única e exclusiva estrada 
de ferro em território cearense. 
 
Podemos afirmar corretamente que: 
 
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
d) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são falsas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS E GABARITO 
 
I. (V) Que o governo empregava e explorava sob o pretexto de assegurar ao sertanejo, meios de 
subsistência. Exemplo disso é que a expansão da estrada de ferro entre Pacatuba e Baturité 
utilizou mais de 10.000 operários, que com seus dependentes, perfaziam em torno de 50.000 
pessoas "socorridas da estiagem". 
 
II. (V) Inclusive acredita-se que o uso dos flagelados seria um meio para baratear os custos da 
construção da ferrovia.

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