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DIREITO ELEITORAL - RESUMO

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DIREITO ELEITORAL
Art. 1º, CF
Fundamentos da RFB:
II – Cidadania
 Exercida por meio do VOTO
 Quem não pode votar (ex: -16 anos), não será tratado como cidadão
Parágrafo único: “todo poder emana do povo”
 O povo é o titular do poder constituinte, que exerce esse poder por seus representantes eleitos OU diretamente* nos termos da Constituição
*Art. 114, CF: 
Referendo:
 Consulta como condição de vigência de lei
 Aprovar ou não aprovar algo
Plebiscito:
 Consulta prévia
Ex: criação de um novo Estado (Tapajós/Carajás)
Iniciativa popular:
Municipal (art. 29, XIII, CRFB)
 Precisa ser subscrita por 5% dos ELEITORES*, não da população
*Somente o eleitor é considerado cidadão
Estados:
Federal (art. 61, pár. 2º, CF)
 Lei Ordinária
 Lei Complementar
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
Ex: Lei da Ficha Limpa
Os representantes são eleitos de que forma?
 Pelo sufrágio universal* e pelo voto
*Direito de votar titularizado por todos os nacionais que tiverem capacidade política. O voto, portanto, é comum a todos os cidadãos e por eles é exercido. O sufrágio universal é um dos instrumentos por meio dos quais o povo exerce sua soberania pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, nos termos da lei. Assim, a concepção do sufrágio universal não pode ser levada em termos absolutos, uma vez que existem requisitos indispensáveis para a participação do corpo eleitoral. A conclusão que devemos entender é a de que o sufrágio universal é um direito de voto para todos os cidadãos, como princípio da isonomia, garantido constitucionalmente, ou seja, todos são iguais perante a lei, exceto aqueles expressamente indicados na Constituição.
Art. 14, CF: “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto, secreto, com igual valor para todos
Art. 60, pár. 4º, CF – cláusula pétrea
II – VOTO
1) Direto
2) Secreto
3) Universal
4) Periódico
5) Obrigatório (não é para todos)
	VOTO FACULTATIVO
	VOTO OBRIGATÓRIO
	 16 – 18 anos
 > 70 anos
 Analfabetos*
*Não podem ser eleitos (inelegíveis). Para votar, devem apenas saber ler e escrever
	 > 18 anos
 < 70 anos
 Desde que alfabetizados
INALISTÁVEIS (art. 14, pár. 2º, CF)
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
1) Estrangeiros
 Caso se naturalize, será obrigado a se alistar e a votar
2) Conscritos (recrutas – são os convocados para o serviço militar obrigatório) durante o serviço militar obrigatório
 Mesmo os que forem prestar o serviço militar obrigatório posteriormente
Obs:
16 anos ----------------------- 18 anos
 Alistamento eleitoral Alistamento militar
 O fato de já ter se alistado não dá o direito de votar, nem de poder ser votado
 Ainda que alistado com 16 anos, não será obrigado a votar aos 17 anos
INELEGÍVEIS (art. 14, pár. 4º)
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
 São aqueles que não podem ser eleitos
1) Inalistáveis (estrangeiros; conscritos durante o serviço militar obrigatório)
2) Analfabetos
 São ALISTÁVEIS
	
	ATIVA
(Alistáveis)
	PASSIVA
(Elegíveis)
	Capacidade eleitoral
	Para votar
	Para ser votado
	Analfabeto
	SIM (alistamento e voto facultativos)
	NÃO
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
 Capacidade eleitoral passiva
1) Nacionalidade brasileira 
 BR nato (Presidente e Vice-Presidente da República)
2) Pleno exercício dos direitos políticos
Art. 15, CF
 VEDADA A CASSAÇÃO DE DIREITOS POLÍTICOS (retirá-los sem qualquer fundamento/justificativa)
	PERDA
	SUSPENSÃO
	I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado
*Apenas brasileiro naturalizado (ex: ato nocivo ao interesse nacional)
*Brasileiro nato pode perder, mas não cancelar os direitos políticos
II – cancelamento da naturalização por adquirir outra nacionalidade
	II - incapacidade civil absoluta
 Apenas os menores de 16 anos
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII (PERDA OU SUSPENSÃO?)
Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
2 teorias:
PERDA: José Afonso da Silva, Lenza, Alexandre de Moraes
Por que? Pois a pessoa deixa de cumprir obrigação legal ou prestação alternativa (ex: multa)
 Quando pagar a multa, terá um novo número de título de eleitor (novo registro)
SUSPENSÃO:
 Também haverá um novo registro, um novo número de eleitor
3) Alistamento eleitoral
4) Domicílio eleitoral na circunscrição
 Eleição: direito de escolher o domicílio eleitoral
5) Filiação partidária (regra geral)
6) Idade mínima
18 anos (Vereador)
21 anos (Juiz da Paz, Prefeito, Vice-Prefeito, Deputado Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital)
30 anos (Governador e Vice-Governador de Estado-Membro e do Distrito-Federal)
35 anos (Presidente, Vice-Presidente, Senador, Suplente de Senador)
RESTRIÇÕES (APLICAM-SE PARA OS CHEFES DO PODER EXECUTIVO, NÃO DO LEGISLATIVO)
Art. 14, CF
§ 5º - REELEIÇÃO
“O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente”
CHEFES DO PODER EXECUTIVO (Presidente, Governadores* de Estado e do Distrito Federal, Prefeitos):
 Podem ter somente 1 reeleição para o mandato subsequente
*Não se aplica aos Governadores de Territórios
Obs:
 Caso o Temer quisesse concorrer à reeleição, só poderia ser UMA única vez
 PARA CONCORRER À REELEIÇÃO, NÃO É NECESSÁRIO RENUNCIAR
§ 6º - RENÚNCIA PARA CONCORRER
“Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito”
 A renúncia deve ocorrer somente se quiserem concorrer para OUTRO CARGO, devendo essa se dar 6 meses antes do PLEITO, não do mandato
 A renúncia é definitiva, isto é, caso não consiga se eleger no caso pretendido, não retornará ao cargo que renunciou
Obs:
 O Senador, como faz parte do Poder Legislativo, pode concorrer sem renunciar. Caso seja eleito, não poderá acumular os cargos, de modo que terá que renunciar.
§ 7º - INELEGIBILIDADE
“São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição”.
 Aplica-se ao cônjuge/companheiro ou parentes até o 2º grau ou por adoção
 São inelegíveis no TERRITÓRIO DE JURISDIÇÃO DO TITULAR*
*TSE estendeu essa inelegibilidade para os municípios contíguos (Ex: POA – Canoas)
 São inelegíveis dentro dos seis meses anteriores ao pleito, mesmo que seja em caráter temporário, SALVO se já titulares de mandato eletivo e concorrente à reeleição
Ex: 
Maria pretende concorrer ao cargo de Prefeito
João, filho de Maria, pretende concorrer ao cargo de Vereador
Antes da eleição, não eram titulares de mandato eletivo
 NESSE CASO, PODEM ASSUMIR E CONCORRER À REELEIÇÃO POSTERIORMENTE
E se Joana, irmã de João, quisesse concorrer?
 NESSE CASO, NÃO SERIA INELEGÍVEL POR CAUSA DE JOÃO, MAS SIM POR CAUSA DE SUA MÃE, MARIA
 Giza-se que João não está absolutamente inelegível, pois pode concorrer em outra jurisdição
Ese a próxima eleição para Prefeito fosse na data de 31/12/2018?
 NESSE CASO, HOJE (22/08/2018), JOANA ESTARIA INELEGÍVEL POR CAUSA DE SUA MÃE, SALVO SE ESTA RENUNCIASSE AO CARGO DE PREFEITO, UMA VEZ QUE ESTAMOS A HÁ MENOS DE 6 MESES DO PLEITO (SE ESTIVÉSSEMOS HÁ EXATAMENTE 6 MESES, A MESMA REGRA SE APLICARIA).
E se Maria fosse casada com Paulo?
 HOJE, PAULO ESTARIA INELEGÍVEL NO TERRITÓRIO DE JURISDIÇÃO DE MARIA
E se durante o mandato de Maria houvesse a dissolução da sociedade conjugal?
Súmula vinculante 18:
“A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal”.
 Paulo não poderia concorrer durante todo o mandato de Maria. Se por exemplo a dissolução ocorresse no primeiro mandato de Maria, nada impediria que Paulo concorresse no segundo mandato desta, mas não no primeiro 
§ 8º - MILITAR
O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I -  se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II -  se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
 Os 10 anos de serviço podem ser militar ou não militar (ex: iniciativa privada). Ademais, podem ser descontínuos
I – MENOS DE 10 ANOS DE SERVIÇO
“Afastar” significa deixar de ser militar. Se não se elege, não volta a ser militar
II – MAIS DE 10 ANOS DE SERVIÇO
 Não precisa se afastar. Fica agregado pela autoridade superior
 Agregado significa “suspenso”. Não terá mais poder de comando sobre as tropas
Fica agregado até a eleição:
Caso não seja eleito: retorna às suas atividades
Caso seja eleito: no ato da diplomação, passa automaticamente para a inatividade (como se fosse aposentado)
§ 10 – IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO 
“O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude”
 15 dias contados da diplomação (entrega do certificado – diploma – com o resultado oficial das eleições)
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Obs:
Prisão Parlamentar: apenas no caso de flagrante de crime inafiançável (a partir da entrega do diploma)
Art. 16 – ANUALIDADE OU ANTERIORIDADE
“A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”
Ex:
15/08/2018 – Publicação de lei alterando o processo eleitoral 
 Entra em vigor na data de sua publicação (não há vacatio legis)
07/10/2018 – Eleições Gerais
 A lei supramencionada não será aplicada
 Só será aplicada nas eleições que ocorram após 1 ano de sua vigência, ou seja, a partir de 15/08/2019. 
PARTIDOS POLÍTICOS
(Art. 17, CF)
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: 
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: 
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou 
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação. 
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. 
DIREITO ELEITORAL
 Ramo do Direito Público
 Função principal: regular as regras das eleições, além de todo o processo eleitoral
 Autônomo: normas e princípios próprios
 “O Direito Eleitoral, precisamente, dedica-se ao estudo das normas e procedimentos que organizam e disciplinam o funcionamento do poder de sufrágio popular, de modo que se estabeleça a precisa equação entre a vontade do povo e a atividade governamental”
FONTES DO DIREITO ELEITORAL
	Fontes específicas
	Fontes subsidiárias
(Direito comum)
	Fontes supletivas
	 Constituição Federal
 Emendas à Constituição
 Leis Complementares
 Leis Ordinárias
 Instruções, resoluções, consultas do TSE (atos com força normativa, servem para regulamentação)
	 Direito Civil
 Processo Civil
 Direito Penal – crimes eleitorais
 Processo Penal
	 Estatutos dos Partidos Políticos (regulam as normas sobre disciplina e fidelidade partidária) – podem determinar condições para que um candidato, devidamente registrado, possa concorrer
 Jurisprudência da Justiça Eleitoral (TER;TSE)
 Doutrina
PRINCÍPIOS INFORMADORES DO DIREITO ELEITORAL
1) Universalidade (todos participam) e igualdade (cada pessoa tem direito a um voto) do sufrágio
2) Voto secreto
3) Igualdade de oportunidades para todos os candidatos
4) Isonomia partidária
5) Moralidade
6) Eliminação do abuso de poder econômico e da captação ilícita de sufrágio (compra de voto)
7) Anterioridade da lei eleitoral (art. 16, CF)
8) Lisura e transparência do processo eleitoral
38
 STF
Art. 101, CF
CNJ
15 membros
 1/3 – Adv e MPTSE
Mínimo de 7 Ministros
STM
15 Ministros
5 civis
10 militares
TST
Art. 111 – A CF
27 Ministros
STJ
Art. 104, CF
Mínimo de 33 Ministros
Art. 103, B, CF - Funções
§4º - Composição
 1/3 p/STJ 1/3 p/STJ
 1/5 – Adv e MP 1/5 – Adv e MP TRE
7 Des.
TRT
Mínimo de 7 Des.
TRF
Art. 94, CF
TJ
Art. 94, CF
 
 
Juízes Eleitorais
Juízes Militares
Juízes do Trabalho
Juízes de Direito
Juízes Federais
Considerações:
 STF possui duas competências: originária e recursal. Esta é exercida através do RE (art. 102, III, CF) e do RO (art. 102, II, CF)
 Quinto Constitucional: art. 94, CF
Órgãos da Justiça Eleitoral:
 TSE, TER, Juízes Eleitorais, Juntas Eleitorais*
*Não é órgão do judiciário, apenas da Justiça Eleitoral
COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS:
TSE (art. 119, CF)
O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal (1 será o Presidente; 1 será o Vice-Presidente)
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça(1 será o Corregedor-Geral Eleitoral)
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
Obs:
 A previsão de juízes eleitorais tem fundamento no art. 121, §1º, CF e no art. 32 e seguintes do Código Eleitoral, sendo que no exercício de suas funções eleitorais, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis. Cada juiz eleitoral terá jurisdição em uma zona eleitoral, sendo que nas localidades onde houver mais de uma Vara da Justiça Comum Estadual, o TER designará aquela a quem incumbe o serviço eleitoral
 As juntas eleitorais serão nomeadas 6 dias antes da eleição, pelo Presidente do TER, sendo que serão compostas por 1 Juiz de Direito e de 2 a 4 cidadãos de notória idoneidade
Competência: art. 40, Código Eleitoral
TRE (art. 120, § 1º, CF)
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores.
SISTEMA ELEITORAL
	MAJORITÁRIO
(Número fixo, não se altera de acordo com a população)
	PROPORCIONAL
(Número variável, altera-se de acordo com a população)
	EXECUTIVO: Prefeito; Governador; Presidente da República
LEGISLATIVO: Senado Federal
	 Vereador*
 Deputado Estadual
 Deputado Federal
 Deputado Distrital
*Município: art. 29, IV, CF
RESUMINDO...
	SISTEMA MAJORITÁRIO
	SISTEMA PROPORCIONAL
	 Candidatos (votos são pessoais, pertencem aos candidatos)
	 População
 Votos são para o partido político
Número de Deputados Federais:
 Proporcionalmente à população de cada Estado e do DF
Art. 45, §1º, CF:
Mínimo: 8 por Estado
Máximo: 70 por Estado
Número de Deputados Estaduais:
 Fixados a partir do número de Deputados Federais
Até 12 Deputados Federais: multiplica por 3 
Ex: se o Estado tem 10 Deputados Federais, terá 30 Deputados Estaduais
Acima de 12 Deputados Federais: pega o número 36 e soma com o número de Deputados Federais acima de 12
Ex: 13 (Deputados Estaduais) –––––––– 36 + 1 (Deputados Federais)
Obs:
 Cada Estado e o DF elege 3 Senadores
	CÂMARA
(Proporcional)
	SENADO
(Majoritário)
	 Representantes do Povo
 4 anos
	 Representantes dos Estados e do DF
 8 anos
Nas eleições proporcionais é preciso destacar 2 institutos importantes:
a) Quociente Eleitoral: 
Número de votos válidos/número de cadeiras
Ex: 9.000/9 vereadores (considerando um município de 13.000 habitantes) => 1.000 (número necessário para se eleger)
b) Quociente Partidário: servirá para determinar quantos votos válidos cada partido deverá ter obtido para eleger um candidato, a ser apurado a seguinte forma:
Número de votos válidos do partido/quociente eleitoral
Ex: 9.000 votos válidos
Partido A: 4.000
Partido B: 2.500
Partido C: 1.000
Partido D: 1.500
A: 4.000/1.000 => 4 (ficará com 4 cadeiras das 9 disponíveis)
Obs:
 Nas eleições proporcionais, os votos excedentes ao número necessário para eleger o candidato pertencem ao partido político e serão destinados aos demais candidatos por ele regulado
Ex: considerando o exemplo anterior, no partido “A”, que possui 4.000 votos válidos, 4 irão se eleger, assim:
Candidato João: 3500 votos
Candidato Marcelo: 200 votos
Candidata Bianca: 180 votos
Candidata Joaquina: 400 votos
Candidato Luís: 10 votos
Candidato Pedro: 5 votos
Candidata Lúcia: 5 votos
 Nesse caso, João necessitava apenas de 1.000 votos para se eleger (sempre considerando o exemplo anterior). Desse modo, excedeu em 2.500 votos, os quais serão distribuídos proporcionalmente a Marcelo, Bianca e Joaquina
Ex2: considerando o exemplo anterior, no partido “C”, que possui 1.000 votos válidos, 1 irá se eleger, assim:
Candidata Eduarda: 400 votos
Candidata Joana: 300 votos
 Nesse caso, apenas Eduarda seria eleita. Nota-se que Joana, mesmo possuindo mais votos que Marcelo, não seria eleita, em razão do excedente de votos mencionado no exemplo acima.
REGISTRO DE CANDIDATOS
1º passo: escolha dos candidatos nas Convenções dos Partidos Políticos
O Estatuto pode estabelecer condições, a saber:
a) Tempo de filiação mínima ao partido:
 Não precisa ser necessariamente o tempo previsto na legislação (1 ano). Pode ser uma regra interna do próprio partido
b) Proibição de reeleição:
 Ir alterando de cargo para o qual foi eleito
Questão legal:
 É necessário haver pelo menos 30% de pessoas do mesmo sexo (IMPORTANTE)
Art. 7º As normas para a escolha e substituição dos candidatos e para a formação de coligações serão estabelecidas no estatuto do partido, observadas as disposições desta Lei.
§ 1º Em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de direção nacional do partido estabelecer as normas a que se refere este artigo, publicando-as no Diário Oficial da União até cento e oitenta dias antes das eleições.
§ 2º Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações, às diretrizes legitimamente estabelecidas pela convenção nacional, os órgãos superiores do partido poderão, nos termos do respectivo estatuto, anular a deliberação e os atos dela decorrentes.
§ 2o Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão anular a deliberação e os atos dela decorrentes. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 3º Se, da anulação de que trata o parágrafo anterior, surgir necessidade de registro de novos candidatos, observar-se-ão, para os respectivos requerimentos, os prazos constantes dos §§ 1º e 3º do art. 13.
§ 3o As anulações de deliberações dos atos decorrentes de convenção partidária, na condição acima estabelecida, deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30 (trinta) dias após a data limite para o registro de candidatos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 4o Se, da anulação, decorrer a necessidade de escolha de novos candidatos, o pedido de registro deverá ser apresentado à Justiça Eleitoral nos 10 (dez) dias seguintes à deliberação, observado o disposto no art. 13. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Anotações de aula:
 Nas Convenções, além de escolher os candidatos, o art. 7º da lei das eleições prevê que na convenção serão aprovadas as coligações. Estas têm uma denominação, a qual abrange todos os partidos
 O tempo de TV e rádio é estabelecido a partir da quantidade de partidos que integram a coligação
 O tempo de rádio e TV de cada partido, individualmente, é estabelecido pela representação na Câmara dos Deputados. Importante para o acesso ao fundo partidário e para determinar a participação nos debates
 Quando não tem o número mínimo de Deputados, é necessário aprovação de 2/3 dos demais candidatos concordando para que ele possa ser convidado para o debate
 Para Presidente, é necessário pelo menos 5 Deputados Federais para participar dos debates
APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES
 Deve ser realizada inicialmente pelas juntas eleitorais, quando realizadas nas zonas sob sua jurisdição, sendo de competência dos Tribunais Regionais Eleitorais quando se tratar de eleiçõespara os cargos de Governador e Vice; Senador; Deputado Federal e Estadual; sendo de competência do TSE a apuração das eleições para o cargo de Presidente e Vice-Presidente
Eleições municipais:
 As Juntas Eleitorais realizam a apuração
Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual:
 O TRE realiza a apuração, com apuração prévia pelas Juntas Eleitorais
Presidente, Vice-Presidente
 O TSE realiza a apuração, após apuração prévia pelo TER
FUNDO ESPECIAL DE FINANCIAMENTO DE CAMPANHA (FEFI) – LEI 13487/17
 É constituído por Dotações Orçamentárias da União em ano eleitoral, portanto integra parte do financiamento público das campanhas eleitorais
 LOA: iniciativa do Presidente da República. Congresso e Emenda podem dispor sobre
Aspecto positivo:
 Igualdade de condições. Sendo o financiamento de campanha público, todos os candidatos concorrerão em condições de igualdade econômica, além de poder controlar quanto cada partido vai poder arrecadar
Aspecto negativo:
 Poderá ser usado para outras finalidades. Dificuldade de fiscalização (caixa 2). É parte das Dotações Orçamentárias da União.
**No Brasil, adota-se o sistema misto (público + privado)
 Quem apresentar uma emenda parlamentar, deverá indicar da onde vem o dinheiro (cancelamento de uma despesa). Deve cancelar a despesa para gerar a receita
VALOR DESTINADO/PREVISTO NA LEI ORÇAMENTÁRIA DEVERÁ CORRESPONDER A PELO MENOS:
 O equivalente ao definido pelo TSE
 30% dos recursos de reserva de fundo partidário
Os recursos devem ser depositados pelo Tesouro Nacional no Banco do Brasil, e serão distribuídos da seguinte forma:
1) 2% divididos igualmente entre todos os partidos com registro no TSE
2) 35% divididos entre os partidos que tenham pelo menos um representante na Câmara dos Deputados, proporcionalmente ao número de votos nas eleições para a Câmara do período anterior
3) 48% divididos entre os partidos proporcionalmente ao número de representantes na Câmara dos Deputados
4) 15% divididos entre os partidos proporcionalmente ao número de representantes no Senado
Importante:
 Os valores ficam, inicialmente, a disposição dos partidos políticos, e serão disponibilizados aos candidatos mediante requerimento apresentado ao órgão partidário. O valor é repassado do partido ao candidato, o qual deve fazer um requerimento ao partido
 O candidato deve abrir conta bancária para o recebimento dos recursos de campanha (fundo especial; fundo partidário; financiamento privado)
 Ao término da campanha, o candidato deve prestar contas da arrecadação e das despesas durante a mesma
DOAÇÕES PARA CAMPANHAS – FINANCIAMENTO PRIVADO
 Pessoas físicas – limite correspondente a 10% dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição
Vedado às seguintes entidades fazer doações:
I – entidade ou governo estrangeiro;
II – Órgão da administração pública direta e indireta ou fundação
mantida com recursos provenientes do poder público;
III – Concessionário ou permissionário de serviço público;
IV – Entidade de direito privado que receba, na condição de
beneficiária, contribuição compulsória em virtude de disposição legal
(exemplos: SESI e SENAI);
V – Entidade de utilidade pública;
VI – Entidade de classe ou sindical;
VII – Pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do
exterior;
VIII – Entidades beneficentes e religiosas;
IX – Entidades esportivas que recebam recursos públicos;
X – Organizações não-governamentais que recebam recursos públicos;
XI – Organizações da sociedade civil de interesse público;
XII – Sociedades cooperativas de qualquer grau ou natureza;
XIII – Cartórios de serviços notariais e de registro.
Obs:
 Não se incluem nas vedações as cooperativas cujos cooperados não sejam concessionários ou permissionários de serviços públicos, desde que não estejam sendo beneficiadas com recursos públicos
2 coisas que o partido deve fazer:
1) Não receber
2) Receber, devolver ou destinar ao Tesouro Nacional
 Em caso de arrecadação irregular, o partido não receberá sua cota de participação no fundo partidário do ano posterior
FISCALIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES (LEI 9.504/97)
Art. 65. A escolha de fiscais e delegados, pelos partidos ou coligações, não poderá recair em menor de dezoito anos ou em quem, por nomeação do juiz eleitoral, já faça parte de mesa receptora.
§ 1º O fiscal poderá ser nomeado para fiscalizar mais de uma seção eleitoral, no mesmo local de votação.
§ 2º As credenciais de fiscais e delegados serão expedidas, exclusivamente, pelos partidos ou coligações.
§ 3º Para efeito do disposto no parágrafo anterior, o presidente do partido ou o representante da coligação deverá registrar na Justiça Eleitoral o nome das pessoas autorizadas a expedir as credenciais dos fiscais e delegados.
§ 4º Para o acompanhamento dos trabalhos de votação, só será permitido o credenciamento de, no máximo, 2 (dois) fiscais de cada partido ou coligação por seção eleitoral. 
 3 etapas da fiscalização: votação; apuração; totalização
Representantes indicados pelos partidos políticos a Coligações:
Ao partido ou coligação, é vedada a indicação de:
 Menores de 18 anos
 Dos membros da mesa receptora nomeados pela justiça eleitoral (mesários)
Obs:
 A fase de preparação da urna eletrônica é acompanhada por técnicos indicados pelo partido político, pela OAB e MP, até 6 meses antes das eleições, quando são desenvolvidos os programas de computador pelo TSE. Os programas são entregues ao TSE até 20 dias antes das eleições. No prazo de 5 dias podem ser apresentadas impugnações
Encerradas as eleições, serão expedidos os boletins de urna. Estes contêm o nome de todos os candidatos votados nas urnas, bem como a indicação de voto nas legendas
 Total de votos
 Brancos/nulos
 Ausentes
 Os dados do boletim de urna poderão ser conferidos pelos fiscais ou delegados, e sem a identificação do voto confirmado com os dados registrados pela mesa receptora
 O boletim de urna é encaminhado à justiça eleitoral, sendo entregue cópia aos partidos e coligações concorrentes ao pleito cujos representantes o requeiram até 1 hora após a expedição
 Após a conclusão, poderão ser apresentadas impugnações diretamente ao presidente da mesa, ou à junta eleitoral
 As impugnações não recebidas poderão ser encaminhadas em 48 horas diretamente ao TRE
 2 testemunhas
Art. 72. Constituem crimes, puníveis com reclusão, de cinco a dez anos: 
Lei nº 6.996/1982, art. 15: "Incorrerá nas penas do art. 315 do Código Eleitoral quem, no processamento eletrônico das cédulas, alterar resultados, qualquer que seja o método utilizado". 
I – obter acesso a um sistema de tratamento automático de dados usado pelo serviço eleitoral, a fim de alterar a apuração ou a contagem de votos;
II – desenvolver ou introduzir comando, instrução, ou programa de computador capaz de destruir, apagar, eliminar, alterar, gravar ou transmitir dado, instrução ou programa ou provocar qualquer outro resultado diverso do esperado em sistema de tratamento automático de dados usados pelo serviço eleitoral;
III – causar, propositadamente, dano físico ao equipamento usado na votação ou na totalização de votos ou a suas partes.
Ac.-TSE, de 11.5.2017, no AI nº 13146: inaplicabilidade do princípio da insignificância ao dano cometido contra o patrimônio público em detrimento de serviços públicos essenciais.
DISPOSIÇÕES PENAIS EM MATÉRIA ELEITORAL
Código Eleitoral:
Arts. 283-288 disposições preliminares
Arts. 289-354-A crimes eleitorais (tipos)
Arts. 355-364 processo das infrações
DISPOSIÇÕES PREMILINARES
Membros ou funcionários da Justiça Eleitoral:
 Juízes que se encontram cumprindo funções determinadas pela Justiça Eleitoral
 Cidadãos que integrem órgão da Justiça Eleitoral
 Funcionários requisitados pela Justiça Eleitoral
Sanções aplicadas pela Justiça Eleitoral:
 Art. 5º, XXXIX, CF. Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal
 Detenção; reclusão; dias-multa
Art. 284, Código Eleitoral
Pena mínima geral: detenção geral
Penamáxima geral: reclusão de 1 ano
Agravantes e atenuantes: entre 1/5 e 1/3
Obs:
 O valor da multa é fixado pelo Juiz Eleitoral de acordo com as condições pessoais e econômicas do apenado, sendo que, o valor mínimo não poderá ser inferior ao salário mínimo nacional por dia (art. 286, Código Eleitoral)
Mínimo: R$ 31,80 (1 dia de salário mínimo nacional)
Máximo: R$ 954,00 (1 salário mínimo mensal)
 O Juiz poderá elevar o valor máximo ao triplo quando, considerando a condição econômica do condenado, torna ineficaz a sanção cominada em lei
PROCESSO DAS INFRAÇÕES
Ação Pública: intentada pelo MP – ação penal privada subsidiária da pública
 Cidadão é parte legítima para apresentar comunicação de qualquer crime eleitoral, sendo esta escrita ou verbal (mesmo sendo verbal, deve ser encaminhada ao MP)
 MP: prazo de 10 dias para apresentar denúncia
Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento da comunicação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa da comunicação ao Procurador Regional, e êste oferecerá a denúncia, designará outro Promotor para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
§ 2º A denúncia conterá a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
§ 3º Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal representará contra ele a autoridade judiciária, sem prejuízo da apuração da responsabilidade penal.
§ 4º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior o juiz solicitará ao Procurador Regional a designação de outro promotor, que, no mesmo prazo, oferecerá a denúncia.
§ 5º Qualquer eleitor poderá provocar a representação contra o órgão do Ministério Público se o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, não agir de ofício.
*Se o MP entender que não há crime e, portanto, não apresentar denúncia, caberá ação penal privada subsidiária da pública? NÃO
 Após a promoção requerendo o arquivamento da comunicação, o Juiz poderá, se considerar improcedentes as razões alegadas, remeter a comunicação ao Procurador Regional, que poderá oferecê-la, designando outro Promotor ou mantendo o pedido de arquivamento, o qual vinculará o juízo
Art. 358. A denúncia, será rejeitada quando:
I - o fato narrado evidentemente não constituir crime;
II - já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra causa;
III - for manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição exigida pela lei para o exercício da ação penal.
Parágrafo único. Nos casos do número III, a rejeição da denúncia não obstará ao exercício da ação penal, desde que promovida por parte legítima ou satisfeita a condição.
Art. 359. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para o depoimento pessoal do acusado, ordenando a citação deste e a notificação do Ministério Público. 
Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas.
Art. 360. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa e praticadas as diligências requeridas pelo Ministério Público e deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-se-á o prazo de 5 (cinco) dias a cada uma das partes - acusação e defesa - para alegações finais.
Art. 361. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos ao juiz dentro de quarenta e oito horas, terá o mesmo 10 (dez) dias para proferir a sentença.
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias.
Art. 363. Se a decisão do Tribunal Regional fôr condenatória, baixarão imediatamente os autos à instância inferior para a execução da sentença, que será feita no prazo de 5 (cinco) dias, contados da data da vista ao Ministério Público.
Parágrafo único. Se o órgão do Ministério Público deixar de promover a execução da sentença serão aplicadas as normas constantes dos parágrafos 3º, 4º e 5º do Art. 357.
Art. 364. No processo e julgamento dos crimes eleitorais e dos comuns que lhes forem conexos, assim como nos recursos e na execução, que lhes digam respeito, aplicar-se-á, como lei subsidiária ou supletiva, o Código de Processo Penal.

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