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EEEP SALABERGA TORQUATO GOMES DE MATOS Avaliação de Impactos Ambientais Professor: Ítalo Renan Ferreira Girão Coordenador EMI em Meio Ambiente Instituto CENTEC Contato: italorgirao@gmail.com AIA E ECONOMIA A avaliação dos impactos ambientais causados por empreendimentos, processos e produtos vem sendo estudada de maneira que na economia se possa internalizar os custos ocorridos com os impactos e uso dos recursos naturais. AULA 01 – INTRODUÇÃO À AIA A problemática da avaliação dos impactos ambientais passa por dois fatores de suma importância: a análise do problema e sua mensuração (valoração dos custos incorridos). Assim, os critérios de avaliação ambiental passam pela determinação de critérios qualitativos e quantitativos. Embora a avaliação das perdas e prejuízos ambientais para a área social venha sendo analisada na sua amplitude por diferentes áreas de estudo (ecologia, economia etc.), tem-se observado que ainda são poucos os estudos científicos para a diversificação da questão. Desta maneira, o foco principal dos estudos de avaliação dos impactos ambientais passa a ser sua quantificação e da determinação do valor agregado, iniciando no projeto do produto, passando por sua fabricação (processo produtivo) até seu descarte final. O estudo e a aplicação de metodologias, técnicas e métodos para identificar e avaliar os custos dentro da gestão ambiental passa a ser motivo de competitividade e fator de estratégia global da empresa que deseja vencer as barreiras de mercado e permanecer lucrativas. A internalização dos custos com o uso dos recursos naturais e do tratamento de efluentes (sólidos, líquidos e gasosos) derivados do processo produtivo e do uso de produtos pode vir a se constituir em uma estratégia de conservação ambiental e melhoria da qualidade de Vida. Assim, atualmente as organizações têm no Gerenciamento Ambiental uma maneira para avaliar o seu desempenho quanto as perdas e o consumo de recursos naturais. Desta forma, os impactos ambientais tendem a ser minimizados, permitindo um gerenciamento dos custos, para que se tenha um custo ambiental mais baixo. CONCEITO DE AIA A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) é um instrumento de caráter preventivo de execução da Política e da Gestão Ambiental. Dedica-se, nos primeiros momentos do planejamento de uma determinada atividade capaz de modificar o meio ambiente, a subsidiar a decisão quanto à escolha da melhor entre as possíveis alternativas de projeto, inclusive aquela de não executá-lo. Tomada a decisão de se implementar o projeto, a avaliação de impacto ambiental serve para acompanhar e gerenciar as ações destinadas a fazer com que sejam obedecidos os princípios e as medidas de proteção do meio ambiente previamente acertados. Base conceitual para a abordagem científica da avaliação de impacto ambiental: a) Compreender as características funcionais dos ecossistemas potencialmente afetados; b) Considerar a variação natural dos sistemas no espaço e no tempo; c) Compreender como respondem os sistemas às interferências humanas; d) Usar modelos; e) Reconhecer as limitações técnicas; f) Implementar programas de monitoramento (Beanlands, 1984). Atualmente, os profissionais dedicados ao assunto e as entidades governamentais de meio ambiente reconhecem a necessidade de utilizar, em qualquer estudo de impacto ambiental, métodos e técnicas consistentes e cientificamente válidos, especialmente para a previsão e para a quantificação dos impactos. Outra convicção é que a AIA, mais que uma atividade isolada, faz parte de um processo interativo, com várias etapas de aproximação ao problema, no qual a qualidade da informação e dos resultados precisa ser, a cada passo, testada e aprimorada. FIXAÇÃO: 1) Como a AIA pode ser considerada enquanto uma estratégia de mercado? 2) Quais podem ser os custos surgidos pelos impactos ambientais, nos aspectos: a) ambientais; b) sociais; e, c) econômicos? 3) Como, a partir da AIA, podemos gerenciar esses custos: De acordo com a Resolução CONAMA 001/86, considera-se impacto ambiental como: “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais.” AULA 02 – IMPACTO AMBIENTAL Os impactos ambientais possuem dois atributos principais: Magnitude, grandeza de um impacto em termos absolutos, podendo ser definida como a medida da mudança de valor de um fator ou parâmetro ambiental, em termos quantitativos ou qualitativos, provocada por uma ação. Exemplo: o ruído ambiente, em uma determinada área, é de 20 decibéis (valor inicial do parâmetro). Ao utilizar-se um certo equipamento (ação), o ruído ambiente atinge os 55 decibéis. A magnitude do impacto, neste caso, é de 35 decibéis. Entretanto, os valores de um parâmetro, quer seja de natureza física, biótica ou antrópica, raramente permanecem os mesmos, ao longo do tempo. Qualquer ação que o afete, necessariamente altera esses valores; assim, a magnitude do impacto ambiental quase nunca é um valor singelo. A magnitude do impacto deve ser, portanto, definida como a diferença entre os valores que provavelmente assumiria um determinado parâmetro após uma dada ação, e os valores que seriam observados, caso esta ação não tivesse acontecido; Importância, ponderação do grau de significação de um impacto em relação ao fator ambiental afetado e a outros impactos; pode ocorrer que um certo impacto, embora de magnitude elevada, não seja importante quando comparado com outros, no contexto de uma dada avaliação de impacto ambiental, quer porque o componente ambiental afetado não seja significativo, quer por qualquer outra de suas características. Uma ação quase sempre vem a causar um ou vários impactos, muitas vezes estreitamente interligados, fazendo com que seja importante ter em mente suas diversas características. Características de valor: Impacto positivo, ou benéfico - quando a ação resulta na melhoria da qualidade de um fator ou parâmetro ambiental; Impacto negativo, ou adverso - quando a ação resulta em um dano à qualidade de um fator ou parâmetro ambiental. Características de ordem: Impacto direto - quando resulta de uma simples relação de causa e efeito; também chamado impacto primário ou de primeira ordem; Impacto indireto - quando é uma reação secundária em relação à ação, ou parte de uma cadeia de reações; também chamado impacto secundário, ou de enésima ordem (segunda, terceira etc), de acordo com sua situação na cadeia de reações. Características espaciais: Impacto local - quando a ação afeta apenas o próprio sítio onde se realiza e suas imediações; Impacto regional - quando um efeito se propaga por uma área além das imediações do sítio onde se dá a ação; Impacto estratégico - quando é afetado um componente ambiental de importância coletiva ou nacional; Impacto Global - que afete área além das fronteiras de um país. Características temporais ou dinâmicas: Impacto imediato - quando o efeito surge no instante em que se dá a ação; Impacto a médio ou longo prazo - quando o efeito se manifesta depois de decorrido um certo tempo após a ação; Impacto temporário - quando o efeito permanece por um tempo determinado, após a execução da ação; Impacto permanente - quando, uma vez executada a ação, os efeitos não cessam de se manifestar num horizonte temporal conhecido. Osimpactos ambientais podem ser caracterizados ainda por sua reversibilidade, de acordo com a possibilidade de o fator ambiental afetado retornar às suas condições originais. Entre os impactos totalmente irreversíveis e os reversíveis existem infinitas gradações. A reversão de um fator ambiental às suas condições anteriores pode ocorrer naturalmente ou como resultado de uma intervenção do homem. As propriedades cumulativas e sinérgicas de algumas substâncias químicas levaram a alguns autores a incluí-las entre as principais características dos impactos. Algumas substâncias químicas tendem a se acumular lentamente nos produtos vegetais e nos consumidores ulteriores das cadeias alimentares, fenômeno este chamado de bio-acumulação ou magnificação biológica, sendo mais freqüente e pronunciado no meio aquático. Sinergia é o fenômeno químico no qual o efeito obtido pela ação combinada de duas ou mais substâncias químicas é maior que a soma dos efeitos individuais dessas mesmas substâncias. Este fenômeno pode ser observado nos efeitos do lançamento de poluentes num corpo d'água ou no ar. A distribuição dos impactos é outra característica, relacionada à dimensão espacial dos impactos, que diz respeito à identificação das espécies, ecossistemas ou grupos sociais que possam ser atingidos, tanto pelos impactos positivos, quanto pelos negativos. Deve-se considerar, principalmente, a distribuição social dos impactos, na medida em que parte da população pode ser afetada apenas pelos impactos positivos, apenas pelos impactos negativos ou mesmo por uma combinação de impactos positivos e negativos. Raramente, os impactos benéficos e adversos atingem os mesmos grupos sociais. Matriz de Impactos Ambientais Um primeiro modelo de matriz é composto por uma tabela, cujos elementos textuais deverão considerar. a) Nas linhas são elencadas as principais atividades ou ações que compõe o empreendimento que caracterizam-se como impacto; b) Nas colunas são elencados os componentes ou elementos de classificação do impacto. Um segundo, a matriz é composta por duas linhas, dispostas na forma de linhas e colunas. a) Em uma das linhas são elencadas as principais atividades ou ações que compõe o empreendimento; b) Na outra são elencados os componentes ou elementos do sistema ambiental. Esse modelo objetiva identificar as possíveis interações entre os componentes do projeto e os elementos do meio. Uma das primeiras ferramentas no formato de matrizes proposta para avaliação de impactos ambientais data de 1971, e resulta do trabalho de Leopold et al (1971), do serviço Geológico dos EUA. A matriz de Leopold é composta por uma lista de 100 ações humanas que podem causar impactos ambientais e outra lista com 88 componentes ambientais que podem ser afetadas por ações humanas. 8.800 interações possíveis AULA 03 – AIA NO BRASIL E CONAMA 001/86 A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) surgiu pela primeira vez no mundo a partir de estudos desenvolvidos nos Estados Unidos da América (EUA), com a promulgação do National Environmental Policy Act – NEPA (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente), seguindo-se a esta, outras pesquisas e medidas na Europa em função da evolução dos problemas relacionados ao desenvolvimento econômico desvinculado da proteção ao meio ambiente (MILARÉ, 2011). A Avaliação de Impacto Ambiental passou a ser exigida a partir da década de 1960 quando se consolidou o conceito de Impacto Ambiental. Somente duas décadas depois é que a AIA é institucionalizada em nível mundial em função dos resultados obtidos após a Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente de 1972, na Suécia, ocasião em que foi votado um conjunto de recomendações, dentre as quais um plano relativo à avaliação do meio ambiente mundial. Duas décadas mais tarde, com o advento da Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992 no Rio de Janeiro, mais conhecida como ECO/92 ou Rio/92, a Avalia- ção de Impacto Ambiental se tornou um princípio ambiental consubstanciado em tratados internacionais (Princípio 17 da Declaração do Rio/92). A AIA é um instrumento nacional para efetuar atividades planejadas de cunho social, econômico e ambiental que possam vir a ter um impacto adverso sobre o meio ambiente. No Brasil, a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) aparece na década de oitenta com a Lei 6.803/80, que trata do zoneamento industrial em áreas críticas de poluição. Em 1981, com a criação da Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) por meio da Lei 6.938/81, passou a fazer parte definitivamente do ordenamento jurídico nacional. Posteriormente tal instrumento de proteção ambiental foi aperfeiçoado com a Resolução 01/1986 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) que prevê critérios e diretrizes para o uso e implementa- ção da AIA, bem como a elaboração de Estudos Prévios de Impacto Ambiental (EIA) e de seu respectivo Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA) para atividades efetivamente causadoras de significativa degradação ambiental (BELTRÃO, 2008). Essa Resolução do CONAMA também trouxe em seu art. 1º e incisos a definição de Impacto Ambiental, como forma de aclarar quando a AIA se faz necessária, sendo entendido como: [...] qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, a qualidade dos recursos ambientais. (CONAMA, 1986) Ainda na década de 1980 a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) foi abordada em nível constitucional com a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, valendo frisar que essa constituição foi a primeira no mundo a inscrever a obrigatoriedade da AIA em nível constitucional. Artigo 225, §1º, IV, que prevê: § 1.º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: IV. exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto. Com o início dos anos noventa a AIA passou a ter relação estreita com o licenciamento ambiental após a elaboração do Decreto 99.274 de 1990, sendo um dos critérios para a concessão da licença ambiental para implantação de determinado empreendimento ou realização de atividades ou obras. Já em 1997 há a criação da Resolução nº. 237 do CONAMA que derroga a Resolução nº01/86 e complementa o procedimento de licenciamento ambiental, tratando também no seu bojo da avaliação de impacto ambiental (BELTRÃO, 2008). Reforçando: A Avaliação de Impacto Ambiental, vinculada ao processo de licenciamento ambiental, estabelece os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação de avaliação de impactos ambientais, e determina: - o conceito de impacto ambiental; - a subordinação da elaboração do EIA/RIMA ao sistema de Licenciamento Ambiental de atividades modificadoras do meio ambiente; - uma listagem, em caráter indicativo, de tipologias de atividades e empreendimentos, que dependerão da elaboração do EIA/RIMA para obtenção de licença ambiental, especificando para algumas um valor ou limite de referência do porte ou capacidade produtiva; e, - a definição do escopo mínimo dos fatores e componentes ambientais que devem constar no desenvolvimento de EIA/RIMA exigidos. ED 01_Impacto Ambiental Estudo Dirigido. AULA 04 – VIZINHANÇA, ADA, AID E AII + ATIVIDADEVizinhança: imediações do local onde se propõe o empreendimento ou atividade, considerada a área em que o empreendimento exercerá influência. Impacto de vizinhança: significa repercussão ou interferência que constitua impacto no sistema viário, impacto na infraestrutura ou impacto ambiental e social, causada por um empreendimento ou atividade, em decorrência de seu uso ou porte, que provoque a deterioração das condições de qualidade de vida da população vizinha, requerendo estudos adicionais para análise especial de sua localização, que poderá ser proibida, independentemente do cumprimento das normas de uso e ocupação do solo para o local; ADA: Área Diretamente Afetada, nos termos da Resolução CONAMA 349. Considera-se, para tal a área necessária para a implantação do empreendimento, incluindo suas estruturas de apoio, vias de acesso privativas que precisarão ser construídas, ampliadas ou reformadas, bem como todas as demais operações unitárias associadas exclusivamente à infraestrutura do projeto, ou seja, de uso privativo do empreendimento. AID: Área de Influência Direta, nos termos da Resolução CONAMA 349. É a área geográfica diretamente afetada pelos impactos decorrentes do empreendimento/projeto e corresponde ao espaço territorial contíguo e ampliado da ADA, e como esta, deverá sofrer impactos, tanto positivos quanto negativos. AII: Área de Influência Indireta, nos termos da Resolução CONAMA 349. Abrange um território que é afetado pelo empreendimento, mas no qual os impactos e efeitos decorrentes do empreendimento são considerados menos significativos do que nos territórios das outras duas áreas de influência (ADA e a AID). Nessa área tem- se como objetivo analítico propiciar uma avaliação da inserção regional do empreendimento. AA 01: ÁREAS DE INFLUÊNCIA De acordo com o discutido em sala de aula, construir as Áreas de Influência para um determinado empreendimento. Composição das notas Tal atividade refere-se a Atividade Avaliativa 01 da disciplina e terá escala de avaliação de 0 a 4 pontos, a compor a somatória da nota final do bimestre. AULA 05 – ESTUDOS AMBIENTAIS Estudos Ambientais são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco. O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou empreendimento não é potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente, definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento. A elaboração dos Estudos de Impactos Ambientais consiste no desenvolvimento dos procedimentos referentes à sistemática de avaliação de impactos ambientais. As avaliações de impactos ambientais são, segundo Bolea (1984): “estudos realizados para identificar, prever e interpretar, assim como prevenir, as consequências ou efeitos ambientais que determinadas ações, planos, programas ou projetos podem causar à saúde, ao bem estar humano e ao entorno”. Estes estudos incluem alternativas à ação ou projeto e pressupõem a participação do público, representando não um instrumento de decisão em si, mas um instrumento de conhecimento a serviço da decisão. A avaliação de impacto ambiental deve ser uma atividade contínua, antes e posterior à tomada de decisões, procedendo-se a sua revisão e atualização periodicamente, após o pleno funcionamento do projeto ou atividade. O EIA/RIMA caracteriza-se como principal instrumento de AIA e licenciamento ambiental. Exige-se o EIA / RIMA para as atividades listadas nas Resoluções CONAMA 001/86, 006/87, 009/87, 237/97, Lei 9985/00 e outras definidas na legislação de nível estadual e municipal. Relembrando: A Resolução CONAMA 001/86 fornece orientação básica para a elaboração do EIA/RIMA, estabelecendo definições, responsabilidades, critérios básicos e diretrizes gerais para o uso e implementação da AIA como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. A Resolução CONAMA 237/97 permite a apresentação de formas alternativas de avaliação ambiental. Exemplos de estudos de avaliação ambiental: Relatório de Controle Ambiental - RCA, Plano de Controle Ambiental - PCA, Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD, Projeto Básico Ambiental – PBA. Estudos ambientais diversos PROJETO BÁSICO AMBIENTAL-PBA O Projeto Básico Ambiental - PBA é determinado pela Resolução CONAMA nº 006, de 16/09/87, e deverá apresentar um detalhamento de todos os programas e projetos ambientais previstos, ou seja, aqueles provenientes do EIA/RIMA, bem como os considerados pertinentes pelo órgão licenciador. Constitui-se em um dos documentos-base para a obtenção da Licença de Instalação-LI. Embora tenha sido concebido para empreendimentos do setor de energia, alguns órgãos tem solicitado a apresentação do PBA para os diversos tipos de empreendimentos. PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL - PCA O plano de Controle Ambiental - PCA é exigido pela Resolução CONAMA nº 009/90 para a concessão da Licença de Instalação - LI de atividade de extração mineral de todas as classes. O PCA é uma exigência adicional ao EIA/RIMA, apresentado na fase anterior à concessão da Licença Prévia. No entanto, o Plano de Controle Ambiental tem sido exigido, também, para o licenciamento de outros tipos de atividades. PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS - PRAD O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD foi concebido para a recomposição de áreas degradadas pela atividade de exploração de recursos minerais. No entanto, tem sido utilizado para os diversos tipos de empreendimentos, e geralmente, é previsto no escopo dos Estudos Ambientais. RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL-RCA O Relatório de Controle Ambiental - RCA é exigido pela Resolução CONAMA nº 010/90, na hipótese de dispensa do EIA/RIMA para a obtenção da Licença Prévia- LP de atividades de extração mineral da classe II. Deve ser elaborado de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo órgão ambiental competente. O RCA tem sido exigido por alguns órgãos de meio ambiente também para o licenciamento de outros tipos de atividade. ANÁLISE DE RISCO Análise de Risco consiste em uma metodologia para analisar as possíveis consequências negativas para a sociedade de atividades humanas ou das forças da natureza (BLOKKER, 1999). A análise de riscos subsidia a “Gestão de Riscos”, que é um processo de avaliação; manutenção de medidas preventivas, de modo a manter a probabilidade de ocorrências de consequências negativas tão baixa quanto possível; e de tomada de decisão. Além disso, pertencem igualmente ao campo da gestão de riscos o planejamento das situações de emergência e a manutenção de um grau de prontidão para reagir nessas situações. Para tomar suas decisões, o gestor de riscos, seja um responsável político governamental ou um diretor de uma instalação industrial, utiliza todas as informações disponíveis resultantes dos estudos de impacto ambiental e de avaliações de riscos (BLOKKER, 1999). De uma maneira geral, a Análise de Riscos tem por objetivo responder às seguintes perguntas relativas a uma determinada atividade ou empreendimento: - O que pode acontecer de errado? - Com que frequência isto pode acontecer? - Quais são os efeitos e as consequências? - É necessário reduzir os riscos, e de que modo isto pode ser feito? RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO- RAS São estudos relativos aos aspectos ambientaisrelacionados à localização, instalação e operação de novos empreendimentos habitacionais, incluindo as atividades de infraestrutura de saneamento básico, viária e energia, apresentados como subsídio para a concessão da licença requerida. Conterá, dentre outras, as informações relativas ao diagnóstico ambiental da região de inserção do empreendimento, sua caracterização, a identificação dos impactos ambientais e das medidas de controle, de mitigação e de compensação. ESTUDO DE VIABILIDADE AMBIENTAL- EVA O EVA possui peculiaridades e características próprias, sendo diferente do EIA/RIMA, de modo que tem o objetivo de garantir o grau adequado de controle ambiental das intervenções bem como o seu monitoramento na fase de operação. A estrutura do EVA será a seguinte: Primeiro, o estudo apresenta a caracterização do empreendimento, com informações gerais do empreendimento. Neste capítulo, é feita uma análise das características técnicas do projeto dentro da área de influência; são abordadas, também, as atividades de implantação e operação, com a descrição das principais etapas. Segundo, é apresentado o diagnóstico ambiental dos meios físico, biótico e socioeconômico da região. O objetivo do diagnóstico é de conhecer, a priori, as condições socioambientais da região, seus aspectos bióticos e abióticos. Isso é importante, uma vez que permite a avaliação de possíveis e eventuais impactos a serem introduzidos pelo projeto, e causarem alterações nos meios analisados. A partir das informações da caracterização do empreendimento e do diagnóstico ambiental, é possível executar a etapa seguinte do estudo, onde são apontados os prováveis impactos decorrentes das fases de implantação e operação do empreendimento; são, inclusive, propostas as medidas mitigadoras e programas para aqueles impactos considerados mais significativos. O objetivo central de um Estudo de Viabilidade Ambiental como este, portanto, é atestar a viabilidade ambiental do empreendimento, por meio da caracterização do projeto, conhecimento e análise da situação atual das áreas passíveis de sofrerem modificações devido à sua implantação e operação – as denominadas áreas de influência, para o posterior estudo comparativo entre a situação atual e a situação futura. Essa análise é realizada por meio da identificação e avaliação dos impactos ambientais potenciais, decorrentes das obras e funcionamento do empreendimento. Tal avaliação considera a proposição de ações de gestão dos impactos, que visam minimizar e/ou eliminar as alterações negativas, e incrementar os benefícios trazidos pela implantação do empreendimento. TERMOS DE REFERÊNCIA Todos esses estudos e outros aqui não mencionados são aplicáveis a vários tipos de atividades e empreendimentos e, por esse motivo, o órgão ambiental elabora um Termo de Referência - TR, que orienta a elaboração do estudo específico de cada empreendimento, de acordo com suas especificidades e o local proposto para sua implantação. Portanto, o Termo de Referência é o instrumento orientador da elaboração de qualquer tipo de estudo ambiental (EIA/RIMA, PCA, RCA, PRAD, etc.). Deve ser elaborado criteriosamente, utilizando- se de todas as informações disponíveis sobre o empreendimento e sobre o local onde será implantado, bem como da legislação pertinente. Tem por objetivo estabelecer diretrizes, conteúdo e abrangência do estudo exigido do empreendedor. Em alguns casos, o órgão ambiental licenciador solicita que o empreendedor elabore o Termo de Referência, reservando-se apenas o papel de julgá-lo e aprová-lo. Verifica-se a existência de duas situações: - Os Termos de Referência são elaborados pelo órgão de meio ambiente. São, em geral, um modelo único que segue a legislação federal, de características genéricas, deixando de contemplar as especificidades dos estudos requeridos frente ao tipo do empreendimento e ao ambiente em que se localiza; e, - Os Termos de Referência, especialmente para projetos privados, são elaborados pelo empreendedor e submetidos ao órgão ambiental, utilizando-se de equipe técnica própria ou do serviço de empresa especializada. AULA 06 – ESTUDOS AMBIENTAIS (ATIVIDADE) AA 02 – ELABORAÇÃO DE UM TERMO DE REFERÊNCIA Composição das notas Tal atividade refere-se a Atividade Avaliativa 02 da disciplina e terá escala de avaliação de 0 a 4 pontos, a compor a somatória da nota final do bimestre. No processo de Avaliação de Impactos Ambientais, a etapa de diagnóstico ambiental compreende três setores, que devem ser estudados e enfocados por equipes multidisciplinares. Tais estudos e enfoques possuem como objetivo a obtenção do cenário daquele momento, a fim de que se possa construir um programa que controle o uso múltiplo dos recursos naturais envolvidos. AULA 07 – ETAPA DE DIAGNÓSTICO AMBIENTAL Esse setores são: a) Meio Físico – estuda a climatologia, a qualidade do ar, o ruído, a geologia, a geomorfologia, os recursos hídricos (hidrologia, hidrologia superficial, oceanografia física, qualidade das águas, uso da água) e o solo; b) Meio Biológico – estuda o ecossistema terrestre, o ecossistema aquático e o ecossistema de transição; c) Meio Antrópico – estuda a dinâmica populacional, uso e ocupação do solo, nível de vida, estrutura produtiva e de serviço e organização social. Assim, a metodologia de AIA utiliza para uma proposta, métodos e técnicas estruturadas para coletar, analisar, comparar e organizar informações e dados sobre impactos ambientais nestes três setores citados. Deve-se incluir os meios de comunicação para apresentação por escrito e visual dessas informações. Considera-se que os impactos ambientais podem ser de natureza física, biológica e antrópica. Impactos físicos são os efeitos ambientais causados sobre o Ar, a Água e o solo. Por esse motivo, são normais e necessárias análises e avaliações da região do empreendimento de ordem climática, meteorológica, geomorfológica, geológica, pedológica, espeleológica, hidrológica e oceanográfica, bem como sobre a qualidade da água dos corpos hídricos afetáveis, do ar e do solo. Impactos biológicos, por sua vez, são efeitos ambientais causados sobre a flora e sobre a fauna. Assim sendo, são realizadas análises e avaliações da região do empreendimento segundo as ordens limnológica, vegetacional, florística, botância e faunística. Apenas no que se refere à fauna, devem-se observar os aspectos relacionados aos subsegmentos: mastofauna, avifauna, ictiofauna, herpetofauna, entomofauna, malacofauna e aracnofauna. Quanto aos impactos socioeconômicos e culturais, o fator ambiental é o ser humano e as análises e avaliações são realizadas através de todas as suas manifestações demográficas, sociais, econômicas, antropológicas, arqueológicas, infraestruturais, culturais e legais, dentre outras. ED 02_Diagnóstico Ambiental Estudo Dirigido. AULA 08 – ETAPA DE DIAGNÓSTICO AMBIENTAL (ATIVIDADE) AA 03 – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL Construção dos diagnósticos ambientais. Composição das notas Tal atividade refere-se a Atividade Avaliativa 03 da disciplina e terá escala de avaliação de 0 a 10 pontos, a compor a somatória da nota final do bimestre. AULA 09 – REVISÃO PARA AVALIAÇÃO BIMESTRAL DÚVIDAS? AULA 10 – AVALIAÇÃO BIMESTRAL (0-10 PONTOS) PROVA BIMESTRAL AULA 11 – ANÁLISE DOS IMPACTOS A análise dos impactos ambientais considera uma variedade de listagens de controle e matrizes de interação, podendo usar uma nomenclatura simplificada, símbolos e escalas numéricas para classificar e qualificar impactos e comparar alternativas de projeto, manejando os números como se fossem dados obtidos por medições. É uma importante etapa onde serãoconsiderados os aspectos qualitativos e quantitativos referentes a todos os impactos (positivos e negativos, ambientais e sociais). A partir da análise dos impactos, pode-se desenvolver: a) Compreensão das características funcionais dos ecossistemas potencialmente afetados; b) Considerar a variação natural dos sistemas no espaço e no tempo; c) Compreensão de como respondem os sistemas às interferências humanas; d) Uso de modelos; e) Reconhecimento das limitações técnicas; f) Implementação de programas de monitoramento (Beanlands, 1984). A ênfase da análise dos impactos está relacionada a compreensão das alterações das condições iniciais dos fatores ambientais. Vale lembrar que o procedimento de análise dos impactos se incumbem da identificação dos impactos e da comparação das alternativas de ação, devendo indicar a magnitude dos impactos. Um processo de análise dos impactos eficiente deve considerar a resolução das seguintes questões: 1 - Foram definidos os passos metodológicos que levem: Ao diagnóstico da situação existente? Ao diagnóstico dos efeitos ambientais potenciais do empreendimento proposto e de suas alternativas tecnológicas e locacionais? À identificação dos recursos tecnológicos e financeiros para a mitigação dos efeitos negativos e de potencialização dos efeitos positivos? À identificação dos recursos tecnológicos e financeiros para a mitigação dos efeitos negativos e de potencialização dos efeitos positivos? Às medidas de controle e monitoramento dos impactos? 2 - Foram indicados com clareza os métodos, técnicas e critérios adotados para a identificação , quantificação e interpretação dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação das atividades do empreendimento? 3 - Foram mostrados com transparências os prováveis efeitos da implantação e operação das atividades do empreendimento sobre: saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais? 4 - Foi feita a caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência do empreendimento, comparando as diferentes situações de adoção do projeto, plano ou programa e suas alternativas, bem como a hipótese de sua não realização? 5 - Foi feita a análise dos impactos ambientais significativos do projeto, plano ou programa e de suas alternativas, com a discriminação dos efeitos ambientais potenciais? Positivos e negativos (benéficos e adversos)? Diretos e indiretos (cadeia de efeitos)? Imediatos e a médio e longo prazos? Temporários e permanentes? 6 - Foram definidos as medidas de mitigação dos impactos negativos, dentre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos e a avaliação da eficiência de cada uma delas? 7 - Foi elaborado o programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos e negativos e indicados os fatores e parâmetros a serem considerados? 8 - Foram analisados: O grau de reversibilidade dos impactos? A distribuição dos custos e dos benefícios sociais do empreendimento? Quanto a forma de apresentação da análise dos impactos ambientais, pode-se citar, além dos textos descritivos, duas principais formas: a) Matriz de Impactos Ambientais; b) Tabelas descritivas de Impactos Ambientais. ED 03_Análise dos Impactos Estudo Dirigido. AULA 12 – ANÁLISE DOS IMPACTOS - ATIVIDADE AA 04 – Análise dos Impactos - Matriz de Impactos Ambientas - Avaliação Qualitativa. Composição das notas Tal atividade refere-se a Atividade Avaliativa 04 da disciplina e terá escala de avaliação de 0 a 4 pontos, a compor a somatória da nota final do bimestre. AULA 13 – ANÁLISE DOS RISCOS RISCO Risco está ligado à ideia de ameaça, no sentido de que um evento indesejável e danoso venha a ocorrer com determinada probabilidade. Perigo É a ameaça em si, ainda não mensurável e não totalmente evidente. Os riscos podem ser (categoria de riscos): a) a partir da natureza de seus agentes (químicos, físicos, biológicos e psicossociais), b) de sua fonte geradora (meios de transporte, fármacos e procedimentos médicos, hábitos individuais etc.) c) ou mesmo em relação ao sujeito do risco (riscos à segurança, à saúde humana, ambientais, ao bem-estar público, financeiros, ocupacionais etc.). Os riscos podem ser caracterizados, quanto às características de exposição (frequência): a) Agudos: quando existe exposição curta a uma substância (geralmente em altar concentrações); b) Crônicos: quando há exposição contínua ou repetitiva a um agente (geralmente em baixas concentrações) durante um longo período ou persistência de efeitos nesse espaço de tempo; c) Subcrônicos: quando as características de exposição/efeito se enquadram entre o agudo e o crônico. Avaliação Preliminar de Risco e Perigos É uma técnica que foi estruturada visando à identificação dos perigos presentes em uma instalação, capazes de causar, sob determinadas condições, a ocorrência de eventos indesejáveis. Procura focalizar situações em que haja possibilidade de ocorrência de falhas na instalação estudada, por causa de perigos a que esteja exposta. A APRP costuma utilizar as seguintes categorias de severidade: a) Desprezível: nenhum dano ou danos não mensuráveis; b) Marginal: danos irrelevantes ao meio biogeofísico e socioeconômico do entorno; c) Crítica: possíveis danos ao meio em razão da liberação de substâncias químicas tóxicas ou inflamáveis; d) Catastrófica: tal liberação causa morte ou lesões graves à população exposta. Método Hazard Operability Analysis (HazOp) Técnica para identificação de perigos estruturada para estudar possíveis desvios de projeto ou da operação de uma instalação. Realiza-se uma revisão da instalação, com a finalidade de identificar perigos ou problemas operacionais. com a utilização de técnicas de reunião, nas quais o líder da equipe orienta o grupo por meio de um conjunto de palavras. »» Utiliza-se de técnicas de reunião. »» O líder da equipe orienta o grupo por meio de um conjunto de palavras-guia. »» Foco nos desvios dos parâmetros estabelecidos para o processo ou a operação em exame. Enfoca, por etapas, todas as partes da instalação. Cada parte é submetida a um número de questões, formuladas em torno de algumas palavras-guia. Tendo examinado uma parte da instalação e registrado todos os desvios potenciais associados com a mesma, o estudo prossegue para enfocar a próxima parte da instalação. Esta abordagem é repetida até que toda a planta tenha sido estudada. O objetivo do estudo é identificar a maioria dos possíveis desvios e verificar a existência de medidas de proteção. Se a solução é óbvia e provavelmente não cause efeitos adversos em outras partes do processo, a decisão pode ser tomada e o projeto modificado naquele momento. Nem sempre isto é possível – por exemplo, pode ser necessário obter informações adicionais. Normalmente, o resultado consiste de uma mistura de decisões e questões para serem respondidas após as reuniões. Avaliação de Riscos Tecnológicos Os riscos são calculados por meio de perspectivas técnicas capazes de antecipar possíveis danos à saúde humana ou aos ecossistemas, por meio da avaliação dos eventos causadores desses danos em função do espaço e do tempo e o do uso de frequências relativas (observadas ou modeladas) como um meio de especificar probabilidades. A percepção dos danos e dos seus efeitos indesejáveis poderá ser feita por meio de análises de perspectiva técnica que poderão ser empregadas para revelar, evitar ou modificar as causas que levaram àqueles efeitos. Tais técnicas são as seguintes: a) Enfoqueatuarial: permite uma resposta direta às questões sobre a conceituação de incerteza, o escopo dos efeitos negativos e o grau por meio do qual o conhecimento humano reflete a realidade. b) Enfoque de avaliação de riscos à saúde e aos ecossistemas: é semelhante ao enfoque anterior, diferindo dele no método de cálculo da possibilidade dos efeitos indesejáveis. Tenta-se identificar e quantificar a relação entre um agente potencial de risco e o dano observado em seres humano ou em outros organismos vivos exposto. c) Enfoque probabilístico: procura prever a probabilidade de falhas em sistemas tecnológicos complexos, mesmo na ausência de dados suficientes para descrever o sistema como um todo. AULA 14 – ANÁLISE DOS RISCOS – ATIVIDADE ED 04 – Plano de Ação e Emergência AA 05 – Análise dos Riscos Composição das notas Tal atividade refere-se a Atividade Avaliativa 05 da disciplina e terá escala de avaliação de 0 a 4 pontos, a compor a somatória da nota final do bimestre. A introdução dos equipamentos de infraestrutura e industriais no meio ambiente resultará em alterações dos parâmetros abióticos, bióticos e antrópicos locais e do seu entorno. Ainda, o funcionamento do empreendimento poderá refletir em alteração na qualidade ambiental e também em mudanças nos comportamentos sociais e econômicos das populações da área de entorno. AULA 15 – PLANOS AMBIENTAIS Para a implantação das medidas de controle ambiental voltadas à correção, prevenção, compensação e/ou potencialização dos impactos ambientais decorrentes da implantação e operação, o empreendedor deverá implantar os “programas de acompanhamento e monitoramento dos impactos ambientais”. Várias são os tipos e objetivos dos planos. Dentre as ações inerentes aos planos ambientais estão: a) gerenciamento das atividades; b) realização de monitoramentos in loco; c) operacionalização das atividades inerentes a cada plano/programa específico; d) interlocução com os órgãos públicos, comunidades, empresas terceirizadas e empreendedor; e) definição e acompanhamento de metas e indicadores; f) elaboração de relatórios periódicos; e, g) consolidação geral de resultados. Plano Básico Ambiental - PBA O Plano ou Programa Básico Ambiental, também conhecido como Plano de Controle Ambiental, dentre outras nomenclaturas, consiste no conjunto de ações destinadas a monitorar, controlar e mitigar os impactos ambientais sobre o meio físico, biótico e socioeconômico durante a fase de implantação e operação de um empreendimento submetido ao licenciamento ambiental. O PBA busca cumprir condicionantes dos órgãos ambientais, em geral na fase de obtenção da Licença de Instação (LI). Pode ser entendido, ainda, como o documento que destina-se a orientar e especificar as ações e obras que devem ser deflagradas e realizadas para recuperação do passivo ambiental de empreendimentos / atividades efetivas e/ou potencialmente impactantes. Conceitua-se passivo ambiental o conjunto de degradações constituído por externalidades geradas pela existência empreendimentos / atividades sobre terceiros e por terceiros sobre esses últimos. Os Planos/Programas de Controle e Monitoramento Ambiental constituem-se em elementos básicos de planejamento e de saneamento ambiental na implantação do projeto, bem como de gerenciamento ambiental durante a fase de operação. Plano de Gestão e Controle Ambiental de Obras Aborda a necessidade do gerenciamento ambiental, de forma a permitir ao empreendedor, aos órgãos setoriais, às instituições científicas e à sociedade em geral, o acompanhamento e a supervisão da implantação e da operação do empreendimento. Deverá definir as diretrizes voltadas aos trabalhos de monitoramento e supervisão ambiental, que servirão para avaliar a eficácia e acompanhar a aplicação das medidas propostas nos programas de gestão ambiental. Os objetivos do Plano de Gestão e Controle Ambiental das Obras são: -Definir as regras e os procedimentos na Gestão Ambiental do empreendimento, englobando as atividades de obras (implantação) e de operação; - Evitar, prever e controlar eventuais impactos ambientais decorrentes das atividades inerentes às obras e operação do empreendimento; - Definir as competências e responsabilidades na gestão ambiental, estabelecendo uma política de conformidade ambiental e as atribuições de planejamento, controle, registro e recuperação. Plano de Monitoramento de Fauna O diagnóstico e monitoramento de fauna podem ser aplicados a diferentes objetivos, como mensurar possíveis impactos decorrentes da instalação e/ou operação de determinado empreendimento sobre a fauna silvestre local e regional, atender aos requisitos de licenciamento ambiental, propor ações de manejo e conservação de espécies em áreas protegidas, públicas e privadas, dentre outros. O diagnóstico e monitoramento de fauna utilizam- se de dados secundários e primários, obtidos por métodos consagrados em literatura, com vistas à obtenção de uma amostragem representativa das espécies que compõem os diferentes grupos da fauna local e regional. No âmbito do licenciamento ambiental, o acompanhamento e avaliação sistemática de diferentes parâmetros ecológicos como riqueza, diversidade e abundância das espécies, bem como suas relações com as atividades de implantação e operação de empreendimentos, permite a identificação de eventuais impactos, com posterior proposição de medidas mitigadoras, análise das medidas implantadas e acompanhamento dos resultados. Plano de Desmatamento Racional - PDR É posterior a realização do Inventário Florestal: O inventário florestal objetiva subsidiar e disciplinar o planejamento de uso e ocupação do solo, a conservação ou exploração de recursos florestais e as medidas de compensação por supressão. As atividades para elaboração de inventário florestal consistem principalmente na identificação e caracterização de fitofisionomias e no levantamento quali e quantitativo das espécies. Os principais parâmetros gerados nos inventários são diversidade e riqueza de espécies, distribuição diamétrica das árvores, área basal, volume de madeira, condições fitossanitárias, potencial de crescimento, dentre outras. O Plano de Desmatamento Racional – PDR deve ser estabelecido com base nas seguintes diretrizes ambientais e sociais: - Inventário florestal da área; - Remoção da cobertura vegetal da área de forma racional, com o mínimo de material de solos aderidos; - Aproveitamento racional dos recursos florestais existentes na área a ser desmatada; - Proteção aos trabalhadores envolvidos na operação e, - Proteção à fauna, aos solos e aos recursos hídricos. A supressão vegetal da área deve ser executada de acordo com o Plano de Desmatamento Racional. O Plano de Desmatamento Racional integra as seguintes ações: -Demarcação das áreas a serem desmatadas; - Demarcação dos corredores de escape da fauna silvestre e consequentemente das áreas a serem desmatadas; - Definição dos métodos de desmatamento; - Levantamento dos recursos florestais protegidos por Lei, ou ameaçados de extinção; - Proteção ao trabalhador contra acidentes; e, - Proteção e manejo da fauna. Plano de Gerenciamento de Riscos O Plano / Programa de Gerenciamento de Riscos de um empreendimento é destinado a estruturar e hierarquizar a implantação das medidas físicas de controle, assim como definir e gerir os procedimentos operacionais e administrativos para a efetiva gestão dos riscos identificados no Estudo de Análise de Riscos ou Análise Preliminar de Riscos e Perigos. Tanto do ponto de vista ambiental, como de segurança de processo de instalações e atividades perigosas, o Programa de Gerenciamento de Riscos visa garantir a redução da frequência de ocorrência deacidentes (ações preventivas), como a eliminação ou minimização das consequências de eventos acidentais (ações corretivas). Plano de Ação à Emergências - PAE Com foco nos cenários acidentais identificados pela Análise Preliminar de Riscos e Perigos, o Plano de Ação à Emergência integra o Programa de Gerenciamento de Riscos de um empreendimento ou atividade com potencial para gerar impactos ambientais e socioeconômicos. O PAE estabelece, sistematiza e permite o gerenciamento das ações para mitigação das consequências dos eventos acidentais que têm potencial para afetar as instalações, a comunidade estabelecida nas proximidades do empreendimento, os compartimentos ambientais e o quadro funcional da empresa. O Plano de Ação de Emergência define as atribuições e responsabilidades das equipes de atendimento da emergência, o fluxo de acionamento para o desencadeamento das medidas de intervenção e o dimensionamento dos recursos materiais necessários à operacionalização das ações de resposta. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos é um instrumento previsto na LEI Nº 12.305, de 02 de agosto de 2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Tal legislação apresenta as seguintes definições: Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos, e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei. (BRASIL, Lei 12.305, Art. 3°, X, 2010) Considera os resíduos gerados pelo processo produtivo e avalia os riscos ambientais oriundos da inadequação do armazenamento e destino final irregular, que podem comprometer ao meio ambiente. Dentre os riscos ambientais que o não gerenciamento dos resíduos pode ocasionar, ressalta-se os riscos de contaminação do solo, águas subterrâneas e superficiais, especialmente dada a disposição inadequada e destino final incorreto. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD O objetivo principal deste programa é promover a recuperação das áreas degradadas em decorrência das atividades de implantação e operação, por meio da definição e especificação de técnicas para controle de processos erosivos e recomposição das áreas reabilitáveis. São passíveis de recuperação: - áreas de empréstimos, de depósitos de material excedente (“bota-foras”); - canteiros de obras; - acessos sem aproveitamento - áreas degradadas e/ou desmatadas; etc. O Plano de Recuperação das Áreas Degradadas pode seguir dois tipos de procedimentos: 1. Procedimentos Gerais: são as ações de recuperação das áreas degradadas, podendo constar as seguintes medidas: - demarcação dos locais a serem trabalhados e das APP`s; - limpeza geral nas áreas de entorno, removendo restos de materiais de construção, materiais desgastados e etc.; - remoção total das estruturas do canteiro de obras e concomitantes recuperação do local, através de regularização do terreno e revegetação preferencialmente com espécies nativas; etc. 2 - Procedimentos Relativos ao Plano de Recuperação de APP’s através da proposição de métodos físicos e biológicos - Os métodos físicos atuam na remodelagem e conformação topográfica do relevo e na proteção da APP; e, - Os métodos biológicos atuarão na recomposição da cobertura vegetal dos setores degradados. Relatório de Acompanhamento de Monitoramento Ambiental - RAMA É o documento técnico que condensa todas as informações, relata as práticas exercidas e apresenta os documentos comprobatórios do acompanhamento e monitoramento ambiental no âmbito empresarial. Objetivos Específicos do RAMA: - Apresentar a identificação da empresa, bem como as ações, objetivos e metas ambientais incorporadas à gestão empresarial; - Efetuar a avaliação das ações a partir da realização de diagnósticos e análise de laudos ambientais; - Rever fluxos e processos, incorporando novas rotinas gerenciais a partir da proposição de um Plano de Controle e Monitoramento Ambiental Continuado – PCMAC. AULA 16 – PLANOS AMBIENTAIS ED 05_Exemplos de Planos Ambientais. Estudo Dirigido. AULA 17 – PLANOS AMBIENTAIS – ATIVIDADE AA 06 – PLANOS AMBIENTAIS Composição das notas Tal atividade refere-se a Atividade PARCIAL da disciplina e terá escala de avaliação de 0 a 10 pontos, a compor a somatória da nota final do bimestre. AULA 18 – PARTICIPAÇÃO POPULAR A participação popular incumbe às pessoas interessadas e à sociedade em geral a atuação junto a projetos e decisões que afetem de alguma forma seus interesses, devendo então a sociedade sair da posição de espectadora e tornar-se agente daquilo que se produz e lhe diga respeito. Deste modo, precisa ter ciência dos fatos a fim de poder posicionar-se diante deles. Para a ação popular, ou seja, a participação social frente a projetos relacionados ao meio ambiente e ao interesse público em geral, é imprescindível a configuração e o respeito ao princípio da publicidade, pois é através dele que se proporciona o conhecimento dos atos e dos projetos da Administração Pública e de sua relação com terceiros. “A melhor maneira de tratar questões ambientais é assegurar a participação, no nível apropriado , de todos os cidadãos interessados. No nível nacional, cada indivíduo terá acesso adequado às informações relativas ao meio ambiente de que disponham as autoridades públicas, inclusive informações acerca de materiais e atividades perigosas em suas comunidades, bem como a oportunidade de participar dos processos decisórios. Os Estados irão facilitar e estimular a conscientização e a participação popular, colocando as informações à disposição de todos. (…)” O instrumento garantidor de tal afirmação é a audiência pública, pois através dela se busca expor aos interessados o conteúdo do produto em análise e do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes as críticas e sugestões a respeito. Como se vê, com ela são alcançados dois objetivos: O órgão de controle ambiental presta informações ao público e o público passa informações à Administração. Audiência Pública A Audiência Pública referida na Resolução CONAMA n.º 001/86, tem por finalidade expor aos interessados o conteúdo do produto em análise e do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes as críticas e sugestões a respeito. A audiência pública poderá ser convocada em quatro hipóteses: 1ª Quando o órgão do meio ambiente julgar necessário. 2° Por solicitação de entidade civil. 3° Por solicitação do Ministério Público. 4° A pedido de 50 (cinquenta) ou mais cidadãos. Não havendo a audiência pública, apesar da solicitação de quaisquer dos legitimados acima mencionados, a licença ambiental não terá validade. Portanto, no sistema brasileiro, a audiência publica, quando cabível, é requisito formal, que deve ser cumprido, essencial à validade da licença. A audiência pública, enquanto evento público, deverá ocorrer em local acessível aos interessados, sendo permitida a presença de qualquer pessoa ou entidade, respeitada a disciplina organizacional que deve presidir os eventos de tal natureza. Ela será realizada sempre no Município ou na área de influência em que a obra ou empreendimento poderá ser implementada, tendo prioridade a localidade ou a área onde os impactos ambientais forem mais significativos. Em muitos casos, poderá haver a necessidade de mais de uma audiência pública sobre o mesmo projeto, em função da complexidade, da área de influência, da dimensão do empreendimento ou, ainda, da localização geográficados solicitantes. Antes da audiência pública e no local de sua realização, o empreendedor deverá colocar o EIA/RIMA à disposição de todos os interessados, em lugar acessível ao público, durante o prazo mínimo de quinze dias úteis anteriores à data de realização da audiência. Esta é uma medida que deverá ser amplamente divulgada. Princípio da Participação Popular na Proteção do Meio Ambiente A participação popular na proteção do meio ambiente está prevista expressamente no Princípio nº 10 da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 92. A Constituição estabelece a faculdade atribuída à coletividade de defender e preservar o meio ambiente, a nossa Carta Magna impôs expressamente à sociedade o dever de atuar nesse sentido (art. 225, caput). E de que forma pode a coletividade cumprir esse dever de atuar diretamente na defesa do meio ambiente? Fundamentalmente, existem três mecanismos de participação direta da população da proteção da qualidade ambiental: 1 - a participação nos processos de criação do Direito Ambiental, com a iniciativa popular nos procedimentos legislativos, a realização de referendos sobre leis e a atuação de representantes da sociedade civil em órgãos colegiados dotados de poderes normativos; 2 - a sociedade pode atuar diretamente na defesa do meio ambiente participando na formulação e na execução de políticas ambientais, por intermédio da atuação de representantes da sociedade civil em órgãos colegiados responsáveis pela formulação de diretrizes e pelo acompanhamento da execução de políticas públicas, considerando inclusive as audiências públicas; 3 - por intermédio do Poder Judiciário, com a utilização de instrumentos processuais que permitem a obtenção da prestação jurisdicional na área ambiental (entre todos, o mais famoso deles, a ação civil pública ambiental). AULA 19 – REVISÃO PARA AVALIAÇÃO BIMESTRAL DÚVIDAS? AULA 20 – AVALIAÇÃO BIMESTRAL (0-10 PONTOS) PROVA BIMESTRAL