Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Controle de Impactos Ambientais
Gestão Ambiental
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
CAROLINA GALVÃO SARZEDAS
AUTORIA
Carolina Galvão Sarzedas
Olá! Sou formada em Ciências Biológicas, com mestrado e 
doutorado em Ciências, com experiência técnico-profissional na área de 
Meio Ambiente há mais de 18 anos. Minha formação acadêmica começou 
na UFRJ, local em que me apaixonei pela ciência e pela educação. Tenho 
experiência tanto na área de orientação acadêmica quanto na produção 
de material didático para grandes empresas de educação. Por isso, fui 
convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de 
muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) .............................................. 10
Impactos Ambientais .................................................................................................................... 10
Avaliação do Impacto Ambiental (AIA) ............................................................................ 14
Principais Etapas do Processo ........................................................................... 15
Estudo do Impacto Ambiental (EIA) ................................................................................... 17
Relatório de Impacto Ambiental EIA/RIMA .....................................20
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) .................................................................................. 20
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)..........................................................................24
Atividades em que EIA/RIMA são Exigidos .................................................................25
Termo de Referência (TR) ..........................................................................................................27
Controle Ambiental e Medidas de Prevenção ................................29
Definição de Plano e Relatório de Controle Ambiental .......................................29
Elementos do Plano de Controle Ambiental .......................................... 30
Plano de Remediação de Áreas Degradadas (PRAD) .......................................... 31
Implantação do PRAD e manutenção ..........................................................32
Exemplos de Degradação Ambiental ..............................................................................33
Medidas de Recuperação de Áreas Degradadas ....................................................34
Planos de Gestão Ambiental .................................................................. 37
Introdução .............................................................................................................................................37
Componentes de um Plano de Gestão Ambiental ................................................ 38
Medidas Mitigadoras ................................................................................................ 40
Plano de Monitoramento ........................................................................................ 41
Medidas Compensatórias ......................................................................................43
Valorização de Efeitos Benéficos .....................................................................44
7
UNIDADE
04
Gestão Ambiental
8
INTRODUÇÃO
Você sabia que a área de Impactos Ambientais é uma das mais 
importantes do Sistema de Gestão Ambiental (SGA)? Você já deve ter 
percebido que a maior parte das atividades econômicas gera algum 
tipo de impacto ambiental, certo? Por isso, o acompanhamento do 
comportamento ou do impacto ambiental gerado é avaliado por 
indicadores ambientais. Nesse sentido, a Avaliação do Impacto Ambiental 
tem por finalidade considerar os impactos ambientais antes de se tomar 
uma decisão que possa trazer grande degradação ambiental. De todo o 
processo de AIA, o EIA é o documento mais importante, pois servirá para 
que todas as principais decisões sobre a viabilidade ambiental de um 
projeto, suas medidas mitigadoras ou compensatórias sejam tomadas. 
Portanto, AIA é usada como ferramenta para planejamento de Gestão 
Ambiental. Isso mesmo. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva, você 
vai mergulhar neste universo!
Gestão Ambiental
9
OBJETIVOS
Olá! Seja muito bem-vindo à Unidade 4 – Controle de impactos 
ambientais. Nosso objetivo é auxiliar você no atingimento dos seguintes 
objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos:
1. Elaborar uma Avaliação de Impacto Ambiental (AIA).
2. Desenvolver um Estudo de Impacto Ambiental (EIA).
3. Distinguir Plano e Relatório de Controle Ambiental.
4. Criar um Plano de Gestão Ambiental.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho!
Gestão Ambiental
10
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como funciona a Avaliação e o Estudo de Impactos 
Ambientais. Isso será fundamental para facilitar as etapas 
envolvidas na Gestão Ambiental do futuro empreendimento. 
E, então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então vamos lá. Avante!.
Impactos Ambientais
Segundo o CONAMA, Impacto Ambiental é qualquer alteração das 
propriedades físicas, químicas ou biológicas do Meio Ambiente, causada 
por qualquer forma de matéria ou energia resultante de atividade humana, 
que direta ou indiretamente afetem:
 • A saúde, segurança e bem-estar da população.
 • As atividades sociais e econômicas.
 • A biota.
 • As condições estéticas e sanitárias do Meio Ambiente.
 • A qualidade dos recursos ambientais.
Gestão Ambiental
11
Figura 1 – Poluição ambiental causada pelo processo industrial
Fonte: Freepik.
Os impactos ambientais podem ser classificados de acordo com 
suas características:
Magnitude: é a grandeza de um impacto em termos absolutos, 
definida como a mudança de valor de um parâmetro ambiental após uma 
ação, em termos quantitativos ou qualitativos.
EXPLICANDO MELHOR:
O padrão para o ruído é 20 decibéis. O uso de uma britadeira 
eleva esse ruído para 55 decibéis, portanto a magnitude do 
impacto é de 35 decibéis.
Importância: refere-se ao grau de significação de um impacto em 
relação ao fator ambiental afetado e a outros impactos. Pode ocorrer que 
um determinado impacto, mesmo sendo de magnitude elevada, não seja 
importante quando comparamos com outro fator.
Gestão Ambiental
12
EXPLICANDO MELHOR:
Um desmatamento vai ter seu grau de importância para 
a drenagem e a cobertura vegetal de uma dada região, 
sendo importante para o fator socioeconômico, mas não 
para o fator cultural.
Valor: determinase o impacto será positivo (benéfico) ou negativo.
EXPLICANDO MELHOR:
Positivo: geração de emprego e renda, aumento da 
produtividade; negativo: redução da vazão de um rio, 
aumento da concentração de sólidos em um rio.
Ordem
 • Direta: gera o impacto no momento da ação. Exemplo: enchimento 
de reservatórios de hidrelétricas, a perda das matas e habitats 
acontece na hora da ação.
 • Indireta: o impacto é gerado após algum tempo. Exemplo: a 
instalação de um novo bairro aumenta a demanda por escolas, 
tratamento de água e esgoto.
Espacial: é o tamanho do impacto gerado, podendo ser local (afeta 
apenas a própria área), regional (efeito se propaga na área além do local 
de ação), estratégico (afeta um componente de uso coletivo, como um rio) 
ou de grandes proporções (afeta além das fronteiras, como a instalação 
de uma hidrelétrica).
Gestão Ambiental
13
Reversibilidade
 • Reversível: quando a atividade humana é cessada, o dano também 
cessa. Exemplo: um canteiro de obras.
 • Irreversível: mesmo com o término da ação, o dano permanece. 
Exemplo: assoreamento de um rio provocado por resíduos de 
atividade mineradora. 
A maior parte das atividades econômicas gera algum tipo de 
impacto ambiental, mas certamente a atividade industrial é a mais danosa 
ao Meio Ambiente. Isso porque gera uma grande quantidade de resíduos 
sólidos, efluentes líquidos, poluentes atmosféricos, ruídos e vibrações. 
Por esses motivos, as instalações de indústria precisam ser afastadas de 
regiões residenciais, para que a população não esteja próxima à região 
diretamente atingida. 
O acompanhamento do comportamento ou do impacto ambiental 
gerado por uma atividade é avaliado por indicadores ambientais, ou seja, 
parâmetros que podem ser físico-químicos, biológicos, comportamentais 
ou sociais. Por exemplo:
 • Fatores físicos: concentração de metais pesados no solo, pH de 
lagos, índice de coliformes na água.
 • Fatores bióticos: número de indivíduos de uma determinada 
espécie ou presença e desaparecimento de algumas populações 
comuns naquela região.
 • Fatores antrópicos: índice de mortalidade e taxa de incidência de 
doenças.
Gestão Ambiental
14
Avaliação do Impacto Ambiental (AIA)
A AIA é considerada um processo de avaliação dos efeitos ecológicos, 
econômicos e sociais de ações causadas pelo comportamento humano. 
Também age por meio de monitoramento e controle desses efeitos 
pelo poder público e pela sociedade. Sua finalidade é a de considerar 
os impactos ambientais antes de se tomar uma decisão que possa trazer 
grande degradação ambiental.
A AIA tem, também, o papel de facilitar a Gestão Ambiental do 
futuro empreendimento, pois a aprovação do projeto está relacionada 
aos compromissos assumidos pelo empreendedor, que são delineados 
de acordo com os Estudos de Impactos Ambientais. 
NOTA:
O processo de AIA não termina com a aprovação da 
licença, mas sim continua durante o ciclo do projeto, 
a partir da avaliação da maneira de implementar as 
medidas mitigadoras e compensatórias, seu cronograma, 
a participação de outros atores na qualidade de parceiros e 
os indicadores de sucesso.
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) tem a AIA como um 
instrumento de grande importância para a gestão institucional de planos, 
programas e projetos, em nível federal, estadual e municipal.
A operacionalização da AIA é universal, podendo ser concedida 
maior ou menor importância para algumas atividades, porém, no Brasil, 
seguem-se os seguintes requisitos básicos: 
 • Criar procedimentos de licenciamento ambiental específicos, 
conforme os tipos de atividades.
 • Treinar equipes multidisciplinares na elaboração de Estudos de 
Impactos Ambientais/Relatório de Impactos Ambientais (EIA/
RIMA).
Gestão Ambiental
15
 • Treinar pessoal dos órgãos de Meio Ambiente para analisar os 
casos de AIA no país.
 • Gerar instruções e guias específicos para conduzir os diferentes 
tipos de estudos, de acordo com as características dos projetos 
propostos.
A AIA tem os seguintes objetivos:
1. Assegurar que as considerações ambientais sejam explicitamente 
tratadas e incorporadas ao processo decisório.
2. Antecipar, evitar, minimizar ou compensar os efeitos negativos 
relevantes, sejam eles biofísicos, sociais e outros.
3. Proteger a produtividade e a capacidade dos sistemas naturais, 
assim como os processos ecológicos que mantêm suas funções.
4. Promover o desenvolvimento sustentável e otimizar o uso e as 
oportunidades de gestão de recursos.
Principais Etapas do Processo
O processo de Avaliação do Impacto Ambiental precisa ser 
organizado de forma sequencial e de maneira lógica. Pode ser dividido 
em três etapas:
1. Etapa inicial: 
Tem a função de avaliar a necessidade de detalhamento dos 
impactos ambientais causados por uma futura ação, pois nem sempre 
atividades sujeitas a licenciamento ambiental são passíveis de estudo de 
impacto ambiental.
2. Etapa de análise e detalhada:
Só é aplicada nos casos em que as atividades sejam potencialmente 
causadoras de impactos ambientais. Essa análise é composta de atividades 
que vão desde a definição do conteúdo do EIA até sua aprovação.
3. Etapa pós-aprovação:
Gestão Ambiental
16
Em caso de implementação do empreendimento, a AIA continua em 
vigor por meio de medidas de gestão previamente discriminadas no EIA, 
porém agora com objetivos e metas de proteção ambiental e não mais 
de previsão de consequências futuras. Em caso de um EIA satisfatório 
e do desenvolvimento de um Sistema de Gestão Ambiental nos moldes 
preconizados pela ISO 14001, o empreendimento contará com elementos 
suficientes para sua Gestão Ambiental. 
A seguir, descreveremos os componentes básicos do processo de AIA:
Apresentação da proposta: é o início do processo, no qual o 
detalhamento da proposta será definido pela organização encarregada 
de gerir o processo de AIA. As informações serão utilizadas para triagem 
e deverão conter pelo menos a localização do futuro empreendimento, 
a área ocupada e quais serão suas principais atividades durante os 
processos de construção e funcionamento. A descrição também precisará 
incluir se haverá consumo de recursos naturais ou sobre o efeito de suas 
atividades nos recursos ambientais ou culturais da região. 
Triagem: de acordo com o potencial impacto ambiental, ocorre o 
enquadramento do projeto em uma das três categorias:
a. São necessários estudos aprofundados.
b. Não são necessários estudos aprofundados.
c. Há dúvidas sobre o potencial de causar impactos significativos ou 
sobre as medidas de controle.
E, quais são os critérios usados para enquadrar cada projeto? 
Listas positivas: são projetos para os quais é obrigatória a realização 
de um estudo detalhado.
Listas negativas: são projetos que já se sabe que não causam 
impactos significativos ou projetos que se conhecem medidas eficazes 
para mitigar os possíveis impactos negativos. 
Critérios de corte: são fundamentados no porte do empreendimento, 
usados tanto para listas positivas quanto negativas.
Gestão Ambiental
17
Localização do empreendimento: se a área do projeto for 
sensível, pode ser necessária a realização de estudos completos, 
independentemente do tipo ou porte do empreendimento.
Recursos ambientais potencialmente afetados: são usados em 
caso de projetos que afetem alguns tipos particulares de ambiente, como 
áreas úmidas de importância internacional ou cavernas, por exemplo. 
NOTA:
A importância do estudo aprofundado é analisar os 
impactos em detalhes, estabelecendo as condições sob as 
quais a proposta será implementada.
Há casos em que é difícil saber de antemão se os possíveis impactos 
serão significativos ou da real contribuição da AIA, então há a necessidade 
de preparação de um EIA.
Estudo do Impacto Ambiental (EIA)
Determinação do escopo do EIA: se for necessária a preparação de 
um EIA, antes, é preciso estabelecer seu escopo, isto é, a abrangência 
(alternativastecnológicas e de localização, por exemplo) e a profundidade 
(nível de detalhamento e de análises) necessária para o estudo.
O plano de trabalho para a realização dos estudos é definido de 
acordo com os impactos que podem decorrer de cada empreendimento. 
Ao final, deve mostrar como os impactos se manifestarão, com sua 
magnitude ou intensidade e meios de compensação e mitigação. 
Elaboração do EIA: é a atividade central do processo de AIA, a qual 
ficarão estabelecidas as bases para a análise da viabilidade ambiental 
do empreendimento. O EIA é elaborado por especialistas de diferentes 
áreas, de acordo com a extensão e a intensidade dos impactos ambientais 
gerados. É importante salientar que poderá haver mudanças no projeto 
para reduzir ou eliminar os impactos negativos. Os relatórios finais 
Gestão Ambiental
18
costumam ser técnicos, porém é obrigatório o preparo de um resumo em 
linguagem simplificada, de forma a comunicar a todos os interessados 
as principais características do empreendimento e seus respectivos 
impactos. 
Análise técnica do EIA: a análise é feita por terceiros, geralmente por 
parte do órgão do governo responsável por autorizar o empreendimento 
ou pela instituição financeira à qual foi pedido o financiamento. Consulta 
pública: o Relatório do Impacto Ambiental (RIMA) fica acessível ao público 
e aos órgãos públicos interessados ou com relação direta no projeto; 
comentários podem ser enviados dentro de um prazo determinado.
Decisão: as decisões são muito variadas e cabem à autoridade 
ambiental, ao governo ou ao órgão competente. Entre as decisões 
possíveis, podemos citar:
 • Não autorização do empreendimento.
 • Aprovação incondicional.
 • Aprovação com condições.
 • Retorno às etapas anteriores, para modificações ou 
complementações dos estudos. 
Acompanhamento e monitoramento: o programa de 
acompanhamento e monitoramento é uma atividade técnica exigida pelo 
EIA, sendo uma parte essencial das atividades de Gestão Ambiental. 
Todos os componentes principais do processo de AIA estão 
presentes na Resolução CONAMA 1/86. 
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto e saber mais sobre a 
Resolução do CONAMA responsável pelo processo de AIA, 
leia o documento na íntegra clicando aqui.
Gestão Ambiental
http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=890
19
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos 
resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que 
Impacto Ambiental é qualquer alteração das propriedades 
físicas, químicas ou biológicas do Meio Ambiente resultante 
de atividade humana. O processo de avaliação desses 
efeitos e do monitoramento e controle pelo poder público 
e pela sociedade é denominado Avaliação de Impactos 
Ambientais (AIA). Sua finalidade é a de considerar os 
impactos ambientais antes de se tomar uma decisão que 
possa trazer grande degradação ambiental e, ainda, facilitar 
a Gestão Ambiental do futuro empreendimento por meio 
do Estudo de Impactos Ambientais (EIA). O EIA é um plano 
de trabalho que define os impactos que podem decorrer 
de cada empreendimento e, ao final, deve mostrar como 
esses impactos se manifestarão, com sua magnitude ou 
intensidade, meios de compensação e mitigação.
Gestão Ambiental
20
Relatório de Impacto Ambiental EIA/
RIMA
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como funciona o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o 
desenvolvimento de um Relatório de Impacto Ambiental 
(RIMA). E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!.
Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
Nós todos, como cidadãos, podemos usufruir do Meio Ambiente, 
certo? Sim, é um bem de interesse público e, por esse motivo, qualquer 
atividade que possa interferir no equilíbrio da sociedade e que tenha 
como resultado um possível impacto ambiental precisa ser consentida 
por órgãos competentes.
Nesse contexto, o Licenciamento Ambiental é um procedimento 
administrativo que autoriza localização, instalação, ampliação, modificação 
e operação de atividades ou empreendimentos cujas atividades podem 
ser efetiva ou potencialmente poluidoras. É um processo administrado 
pelo órgão governamental competente que, geralmente, antecede os 
estudos de impacto ambiental. 
Gestão Ambiental
21
Figura 2 – Impacto ambiental
Fonte: Freepik. 
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o respectivo Relatório de 
Impacto Ambiental (RIMA) foram regulamentados pela resolução CONAMA 
1/86 para o licenciamento de diversas atividades potencialmente 
poluidoras. 
De todo o processo de Avaliação de Impacto Ambiental, o EIA é 
o documento mais importante, pois sua base servirá para que todas as 
principais decisões sobre a viabilidade ambiental de um projeto, assim 
como suas medidas mitigadoras ou compensatórias sejam tomadas. Além 
disso, serve como base para as negociações entre o empreendedor, o 
governo e outras partes interessadas, como órgãos de financiamento. 
O EIA deve ser elaborado por equipe técnica multidisciplinar 
habilitada e deverá conter, no mínimo, as seguintes atividades técnicas, 
conforme Resolução CONAMA 01/1986:
Gestão Ambiental
22
I – Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, contendo 
completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, 
tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, 
antes da implantação do projeto, de modo a considerar:
a. O meio físico – o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando 
os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os 
corpos d’água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as 
correntes atmosféricas.
b. O meio biológico e os ecossistemas naturais – a fauna e a flora, 
destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de 
valor científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as 
áreas de preservação permanente.
c. O meio socioeconômico – o uso e ocupação do solo, os usos 
da água e a sócio economia, destacando os sítios e monumentos 
arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações 
de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e 
a potencial utilização futura desses recursos.
II – Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, 
por intermédio de identificação, previsão da magnitude e interpretação da 
importância dos prováveis impactos relevantes, de modo a ressaltar: os 
impactos positivos e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, 
imediatos e a médio e longo prazos, temporários e permanentes; seu 
grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a 
distribuição dos ônus e benefícios sociais.
III – Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, 
entre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de 
despejos, de modo a avaliar a eficiência de cada uma delas.
IV – Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento 
(os impactos positivos e negativos), a partir da identificação dos fatores e 
parâmetros a serem considerados.
Gestão Ambiental
23
Além de atender à legislação, em especial à PNMA, o EIA precisa 
obedecer às seguintes diretrizes: I - Contemplar todas as alternativas 
tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as com a hipótese 
de não execução do projeto. II - Identificar e avaliar sistematicamente os 
impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da 
atividade.
III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente 
afetada pelos impactos, denominada área de influência do projeto, de 
modo a considerar, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se 
localiza.
IV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos 
e em implantação na área de influência do projeto e sua compatibilidade.
O preparo do EIA segue uma sequêncialógica de etapas, sendo 
cada uma delas dependente da anterior. A maneira de se iniciar e conduzir 
um EIA irá influenciar toda a qualidade do resultado. Basicamente, algumas 
atividades são utilizadas na preparação do EIA, de maneira que outras 
podem ser solicitadas, como estudos do tipo de impacto normalmente 
associado à atividade em questão.
Atividades solicitadas:
Planejamento:
 • Caracterização das alternativas para o empreendimento e 
reconhecimento ambiental inicial.
 • Identificação preliminar dos impactos: é a preparação de uma lista 
das prováveis alterações que o empreendimento poderá causar. 
Uso de documentação cartográfica e fotografias aéreas são úteis.
 • Determinação do escopo: primeiro identifica-se as questões 
relevantes por meio dos métodos da analogia com casos similares, 
experiência e opinião de especialistas, além da consulta ao público 
e análise das questões definidas previamente por via legal.
 • Plano de trabalho.
Gestão Ambiental
24
Execução:
 • Plano de trabalho/termo de referência.
 • Estudos de base: é a atividade mais cara e demorada de todo 
o processo. É necessária a definição prévia da área de estudo, 
aquela em que serão coletadas as informações para o diagnóstico 
ambiental.
 • Identificação, previsão e avaliação dos impactos: a identificação 
é apenas uma enumeração das prováveis consequências das 
ações, enquanto a previsão engloba a hipótese fundamentada 
e justificada e, se possível, quantitativa sobre os indicadores 
ambientais que representem a qualidade ambiental. Já a avaliação 
tem como função a antecipação das consequências futuras.
 • Plano de gestão: é o conjunto de medidas necessárias, em 
qualquer fase do projeto, de modo a evitar, atenuar ou compensar 
os impactos ambientais negativos e incentivar os impactos 
positivos. 
 • EIA/RIMA: relatório contendo todos os dados de forma clara e 
objetiva. 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
O RIMA, como dito anteriormente, é um relatório que deve ser 
apresentado de forma objetiva e adequada. 
A equipe multidisciplinar responsável pela elaboração do EIA/
RIMA precisa manter a transparência das informações e estar à disposição 
para discutir com todos os participantes do processo a respeito da base 
conceitual do método adotado no EIA. Também precisa apresentar as 
análises e conclusões do Estudo Ambiental e as possibilidades reais de 
operacionalização dos programas propostos para o acompanhamento e 
monitoramento dos impactos ambientais provocados pelas atividades. 
Conforme disposto na Resolução CONAMA 01/1986, o RIMA 
refletirá as conclusões do EIA e deverá conter, no mínimo:
Gestão Ambiental
25
I – Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade 
com as políticas setoriais, planos e programas governamentais.
II – A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e 
locacionais, especificando para cada uma delas, nas fases de construção 
e operação, a área de influência, as matérias-primas e mão-de-obra, 
as fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os prováveis 
efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos 
a serem gerados.
III – A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental 
da área de influência do projeto.
IV – A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação 
e operação da atividade, de modo a considerar o projeto, suas alternativas, 
os horizontes de tempo de incidência dos impactos e mediante a indicação 
de métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, 
quantificação e interpretação.
V – A caracterização da qualidade ambiental futura da área de 
influência, a partir da comparação entre as diferentes situações da adoção 
do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não 
realização.
VI – A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras 
previstas em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que 
não puderam ser evitados e o grau de alteração esperado.
VII – O programa de acompanhamento e monitoramento dos 
impactos.
VIII – Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões 
e comentários de ordem geral).
Atividades em que EIA/RIMA são 
Exigidos
De acordo com a Resolução Conama 01/86, as atividades passíveis 
de EIA/RIMA são: 
Gestão Ambiental
26
 • Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento.
 • Ferrovias.
 • Portos e terminais de minério, de petróleo e de produtos químicos.
 • Aeroportos. 
 • Oleodutos.
 • Gasodutos.
 • Minerodutos.
 • Troncos coletores e emissários de esgoto sanitário.
 • Linhas de transmissão de energia elétrica com tensão superior a 
230 KV. 
 • Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como 
barragem para fins hidrelétricos, superior a 10 MW, barragens de 
saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, 
para drenagem ou para irrigação, retificação de cursos d’água, 
abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques.
 • Extração de combustível fóssil.
 • Extração de minério. 
 • Aterro sanitário.
 • Processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos. 
 • Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de 
energia primária, superior a 10 MW.
 • Complexos e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, 
siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha).
 • Distritos industriais e zonas estritamente industriais.
 • Exploração econômica de madeira ou de lenha em áreas de 
tamanho superior a 100 hectares ou menores, quando atingirem 
áreas significativas em termos percentuais ou de importância do 
ponto de vista ambiental.
Gestão Ambiental
27
 • Projetos urbanísticos, superior a 100 hectares ou em áreas 
consideradas de relevante interesse ambiental a critério do órgão 
licenciador.
 • Qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou 
produtos similares, em quantidade superior a 10 toneladas por dia.
 • Projetos agropecuários que contemplem áreas superiores a 1.000 
hectares ou menores – nesse caso, quando se tratar de áreas 
significativas em termos percentuais ou de importância do ponto 
de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção ambiental.
 • Qualquer atividade que seja potencialmente lesiva ao patrimônio 
espeleológico nacional.
 • Outras atividades ou empreendimentos, a critério do órgão 
licenciador.
Termo de Referência (TR)
O TR é um instrumento orientador para a colaboração de todos 
os tipos de Estudo Ambiental (EIA/RIMA, PCA, RCA, PRAD, Plano 
de Monitoramento etc.) e tem por objetivo estabelecer as diretrizes 
orientadoras, o conteúdo e a abrangência do estudo, sendo uma etapa 
que antecede à implantação da atividade potencialmente impactante. 
É produzido pelo órgão ambiental competente, a partir das 
informações prestadas pelo empreendedor na fase em que solicitou o 
licenciamento ambiental. 
NOTA:
Muitas vezes, para agilizar o processo, o próprio 
empreendedor se adianta e já solicita a proposta de TR 
com o licenciamento.
A boa elaboração do TR é fundamental para que o EIA tenha a 
qualidade desejada, porém nem sempre isso acontece, em razão da 
Gestão Ambiental
28
falta de conhecimento técnico sobre as características do espaço e sobre 
os impactos ambientais possivelmente causados pelas atividades em 
questão. 
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto e saber mais sobre 
EIA/RIMA, consulte a resolução CONAMA 01/86 clicando 
aqui. 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que o EIA é um documento importante, porque sua base 
servirá para todas as principais decisões sobre a viabilidade 
ambiental de um projeto e para que suas medidas 
mitigadoras ou compensatórias sejam tomadas. Nesse 
sentido, além de servir como base paraas negociações 
entre o empreendedor, o governo e outras partes 
interessadas, como órgãos de financiamento, o preparo 
do EIA segue uma sequência lógica de etapas, cada uma 
delas dependente da anterior e culminando no RIMA, que 
é um relatório preparado por uma equipe multidisciplinar 
que deve ser apresentado, de forma objetiva e adequada, 
com os resultados obtidos no EIA. Por fim, você viu que 
o Termo de Referência é um instrumento orientador para 
a colaboração de todos os tipos de Estudo Ambiental e 
tem por objetivo estabelecer as diretrizes orientadoras, o 
conteúdo e a abrangência do estudo, sendo uma etapa 
que antecede à implantação da atividade potencialmente 
impactante.
Gestão Ambiental
http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=8902
29
Controle Ambiental e Medidas de 
Prevenção
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como funcionam os planos de controle ambiental (PCA) 
que são estudos os quais identificam e propõem medidas 
mitigadoras relacionadas aos impactos gerados por alguns 
tipos de empreendimentos. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!.
Definição de Plano e Relatório de Controle 
Ambiental
Já vimos que, quando uma atividade ou empreendimento com 
potencial para causar danos ambientais deseja ser instalada em qualquer 
lugar, ela precisa solicitar junto ao órgão ambiental competente, seu 
Licenciamento Ambiental. 
REVISANDO: 
As fases para o processo de Licenciamento são:
Licença Prévia: é o alicerce para o empreendimento, no qual são 
definidos os aspectos referentes ao controle ambiental e à necessidade de 
EIA/RIMA. Em casos de dispensa do EIA/RIMA, é solicitado um Relatório 
de Controle Ambiental (RCA).
Licença de Instalação: é quando se dá a construção do 
empreendimento. Para a obtenção da LI, pode ser solicitado um Plano de 
Controle Ambiental (PCA).
Licença de Operação: é o documento que autoriza o funcionamento 
ou regulariza a situação das atividades. Nessa etapa, são determinados os 
métodos de controle e as condições de operação.
Gestão Ambiental
30
Portanto, o Relatório de Controle Ambiental (RCA) é um documento 
exigido pela Resolução CONAMA 10/90 nos casos em que há dispensa 
do EIA/RIMA, para a obtenção de LP. 
Em seu conteúdo, precisa haver uma série de informações, estudos 
e levantamentos de modo a identificar as não conformidades legais, 
assim como efetivos ou potenciais impactos ambientais, decorrentes 
da instalação e do funcionamento da atividade ou empreendimento 
solicitante da Licença.
Conteúdo do RCA:
Aspectos ambientais referentes à:
 • Localização.
 • Instalação.
 • Operação.
 • Ampliação. 
Informações gerais referentes à:
 • Caracterização do ambiente da instalação.
 • A localização de acordo com o Plano Diretor Municipal.
 • Alvarás e documentos.
 • Plano de Controle Ambiental, que identifique as fontes de poluição 
ou degradação e as medidas de controle. 
O Plano de Controle Ambiental (PCA) nada mais é do que um estudo 
com o objetivo de identificar e propor medidas mitigadoras relacionadas 
aos impactos gerados por alguns tipos de empreendimentos.
Elementos do Plano de Controle Ambiental
A realização do PCA necessita de consulta à legislação estadual, 
municipal ou IBAMA, além de normas e resoluções do CONAMA, pois 
seu preenchimento, de acordo com a legislação vigente, mantém os 
órgãos de controle e a população informada sobre o empreendimento e 
a viabilidade ou não de instalação na região.
O PCA precisa conter a descrição dos impactos ambientais 
resultantes da implantação da atividade ou do empreendimento, de 
Gestão Ambiental
31
maneira a abordar elementos dos meios socioeconômicos, biológicos e 
físicos, bem como as respectivas medidas mitigadoras, de controle ou 
compensatórias. 
De acordo com o porte do empreendimento, estudos como 
destinação dos resíduos gerados, plano de educação ambiental, ou o plano 
de retorno das águas utilizadas pela atividade, deverão conter no PCA. E, 
ainda, um mapeamento e descrição das áreas no entorno da atividade, 
com dados sobre cursos d’água pertencentes à região, estimativa de 
retirada de terra e sua destinação, áreas sujeitas a alagamentos, estimativa 
de resíduos gerados, entre outros dados. 
A adoção de um PCA é fundamental para que o espaço urbano 
cresça de forma regrada, a partir do uso consciente do Meio Ambiente, 
de modo que os recursos naturais estejam seguros para as próximas 
gerações. 
Plano de Remediação de Áreas 
Degradadas (PRAD)
O PRAD é um conjunto de medidas solicitado pelos órgãos 
ambientais competentes como parte integrante do processo de 
Licenciamento Ambiental de atividades potencialmente degradadoras 
ou que já tenham sido punidas administrativamente por degradação 
ambiental. 
Segundo a Instrução Normativa 04/11 do IBAMA, o PRAD deverá 
reunir informações, diagnósticos, levantamentos e estudos que permitam 
a avaliação da degradação ou alteração e a consequente definição de 
medidas adequadas à recuperação da área. Tudo issoem conformidade 
com as especificações dos Termos de Referência da Norma. 
O PRAD pode ser completo, quando a situação de degradação 
exige a realização de grandes intervenções para a recuperação da área; 
ou pode ser simplificado, em caso de pequena degradação. 
O PRAD precisa conter as técnicas e métodos que serão empregados 
de acordo com as características de cada área e, de preferência, que já 
tenham eficácia comprovada. 
O PRAD deve conter as seguintes informações:
Gestão Ambiental
32
 • Caracterização da área degradada e entorno, bem como do(s) 
agente(s) causador(es) da degradação.
 • Escolha de proposta de recuperação para a área degradada.
 • Definição dos parâmetros a serem recuperados com base numa 
área adotada como referência ou controle.
 • Adoção de um modelo de recuperação.
 • Detalhamento das técnicas e ações a serem adotadas para a 
recuperação.
 • Inclusão de proposta de monitoramento e avaliação da efetividade 
da recuperação. 
 • Previsão dos insumos, custos e cronograma referente à execução 
e consolidação da recuperação.
O requerente terá 90 dias a partir da aprovação do PRAD pelo 
IBAMA para dar início às atividades previstas no cronograma de execução 
nos termos de referência.
Implantação do PRAD e manutenção
Área degradada é aquela que se encontra impossibilitada de 
retornar ao seu estado esperado por meio de uma trajetória natural, por 
isso a importância da implantação de um Plano de Recuperação. 
Segundo a Norma 04/11, quando for proposta a implantação direta 
de vegetais deverão ser utilizadas espécies nativas da região na qual 
estará inserido o projeto de recuperação, incluindo-se, também, aquelas 
espécies ameaçadas de extinção, as quais deverão ser destacadas no 
projeto.
Para os casos de plantio de mudas, na definição do número de 
espécies vegetais nativas e do número de indivíduos por hectare a ser 
utilizado na recuperação das áreas degradadas ou alteradas, deverão 
ser considerados trabalhos, pesquisas publicadas, informações técnicas, 
atos normativos disponíveis, respeitando-se as especificidades e 
particularidades de cada região. Com isso, objetiva-se identificar a maior 
diversidade possível de espécies florestais e demais formas de vegetação 
Gestão Ambiental
33
nativa, buscando-se, dessa forma, obter maior compatibilidade com a 
fitofisionomia local.
As espécies vegetais utilizadas deverão ser listadas e identificadas 
por família, nome científico e respectivo nome vulgar, de modo que seja 
dada atenção especial àquelas espécies adaptadas às condições locais e 
àquelas com síndrome de dispersão zoocórica.
Na propriedade ou posse do agricultor familiar, do empreendedor 
familiar rural ou dos povos e comunidades tradicionais, poderão ser 
utilizados Sistemas Agroflorestais (SAF), desde que devidamente 
justificados no PRAD Simplificado.
A possibilidade de uso futuro da área recuperada obedecerá 
à legislação vigente, inclusive a exploração mediante manejoambientalmente sustentável.
Ademais, todos os tratos culturais e intervenções que se fizerem 
necessários durante o processo de recuperação das áreas degradadas ou 
alteradas deverão ser detalhados no PRAD e no PRAD Simplificado.
DEFINIÇÃO:
Zoocóricas são espécies vegetais dispersas pela fauna.
O monitoramento e a avaliação do PRAD e do PRAD Simplificado 
ocorrem durante três anos após sua implantação, podendo ser prorrogado 
por igual período. O responsável apresentará, no mínimo semestralmente, 
ao longo da execução do PRAD, os Relatórios de Monitoramento, e as 
Superintendências do IBAMA farão vistorias por amostragem nas áreas 
degradadas ou alteradas em processo de recuperação.
Exemplos de Degradação Ambiental
Para entender como recuperar áreas degradadas, primeiro 
precisamos conhecer alguns exemplos de degradação ambiental, uma 
Gestão Ambiental
34
vez que essas modificações impostas pela sociedade aos ecossistemas 
naturais acabam por comprometer a qualidade de vida dos seres vivos.
 • Resíduos industriais: lançamento na água e no solo de toneladas 
de metais pesados que não serão decompostos por processos 
naturais, tornando-os impróprios para atividades humanas.
 • Agricultura: o uso de adubos industriais, herbicidas e inseticidas 
tem poluído o ambiente, além de contaminar os alimentos com 
substâncias tóxicas. A monocultura, além de ser dependente de 
constantes intervenções geradoras de poluição e erosão do solo, 
provoca a redução da biodiversidade local e, em muitos casos, 
compromete o patrimônio genético da agricultura.
 • Erosão: quase sempre resultante de algum tipo de degradação 
ambiental, podendo ser consequência de assoreamento de rios 
ou da perda de áreas agrícolas. 
 • Desmatamento: nos últimos 50 anos, a Amazônia perdeu cerca 
de 17% da sua cobertura florestal.
 • Queimadas e incêndios florestais: a ocorrência de queimadas, 
principalmente de modo proposital a fim de preparar o solo para 
agricultura, destrói os nutrientes provenientes da decomposição 
de folhas, galhos, restos de animais e a formação de húmus, que é 
o fertilizante natural do solo, o que impede que as raízes absorvam 
esses nutrientes e, por consequência, alterando o microclima da 
região.
 • Poluição da água e da atmosfera: é decorrente do escapamento 
dos veículos e das indústrias, de modo a prejudicar todos os seres 
vivos.
Medidas de Recuperação de Áreas 
Degradadas
Para se iniciar o planejamento de recuperação de áreas degradadas, 
alguns termos precisam ser definidos, no intuito de escolher o processo 
correto de recuperação. São eles:
Gestão Ambiental
35
 • Reabilitação: é o retorno da área a um estado biológico apropriado, 
porém não significando que a área será produtiva novamente. 
O local pode ser usado de maneira alternativa como recreação 
ou para valorização estético-ecológica, mas não será possível 
reconstituir a vegetação original. 
 • Recuperação: há possibilidade de repovoamento vegetal e de 
elementos da fauna, permitindo o desenvolvimento ecológico, 
porém sem a preocupação de alcançar as mesmas condições 
ecológicas anteriores à degradação.
 • Restauração: tem o objetivo de restaurar as condições ecológicas 
o mais próximo possível às condições anteriores à degradação. 
 • Remediação: é a intervenção com o objetivo de anular os efeitos 
nocivos de elementos tóxicos ou contaminantes, os quais possam 
prejudicar os seres vivos. 
Para se iniciar um processo de recuperação, é importante observar 
quais foram as causas da degradação (queimadas, uso de agrotóxicos, 
passagem de gado etc.) e quais são os remanescentes florestais (espécies 
nativas) dos locais que serão reflorestados.
Posteriormente, escolha o melhor modelo de recuperação de 
acordo com os objetivos e características do local e quais espécies serão 
plantadas, com base na vegetação original. 
Porém, em um primeiro momento, as espécies escolhidas devem 
ser resistentes ao ambiente degradado e ter boa adaptação ao clima da 
região. Além disso, as sementes devem ter fácil propagação, bem como 
ter crescimento rápido, de modo a fornecer cobertura e matéria orgânica 
para o solo. 
A instalação de organismos de forma gradual em locais desabitados 
é conhecida como sucessão ecológica primária, mas, no caso de um 
local desmatado ou queimado, pode-se definir como sucessão ecológica 
secundária. É um estudo importante e fundamental para auxiliar de 
maneira positiva no desenvolvimento da vegetação, seja aumentando a 
velocidade de recomposição ou contornando as possíveis perturbações 
ambientais.
Gestão Ambiental
36
Nesse sentido, é importante lembrarmos que a vem sofrendo 
algumas mudanças nos últimos anos. É a chamada Revolução Verde, 
que se trata do desenvolvimento de alternativas para gerar produção de 
alimentos mais saudáveis e com menos impactos ao Meio Ambiente. Entre 
as novas formas de produção, podemos citar: permacultura, sistemas 
agroflorestais, agricultura biodinâmica, controle biológico de pragas, ou, 
como é popularmente chamada, de agricultura orgânica ou agroecologia. 
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto, de maneira a saber 
mais sobre agroecologia e outras formas de cultivo menos 
degradantes ao Meio Ambiente, leia o artigo intitulado O 
que é agroecologia, do site Ecycle, clicando aqui.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos 
resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o 
Relatório de Controle Ambiental (RCA) é um documento 
exigido pela Resolução CONAMA 10/90 nos casos em que 
se dispensa o EIA/RIMA, para a obtenção de LP. Deve ter 
compreendido que no conteúdo desse relatório precisa 
haver uma série de informações, estudos e levantamentos 
que identifiquem as não conformidades legais e efetivos ou 
potenciais impactos ambientais, decorrentes da instalação 
e do funcionamento da atividade ou empreendimento 
solicitante da licença. Além disso, viu que a adoção de um 
Plano de Controle Ambiental (PCA) é fundamental para 
que o espaço urbano cresça de forma regrada com uso 
consciente do Meio Ambiente. Também estudou que, junto 
ao PCA, é importante ter um Plano de Recuperação de Áreas 
Degradadas (PRAD), que é um conjunto de medidas solicitado 
pelos órgãos ambientais competentes como parte integrante 
do processo de Licenciamento Ambiental de atividades 
potencialmente degradadoras ou que já tenham sido punidas 
administrativamente por degradação ambiental.
Gestão Ambiental
https://www.ecycle.com.br/6493-agroecologia.html
37
Planos de Gestão Ambiental
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como funcionam os Planos de Gestão Ambiental que 
asseguram o desenvolvimento de um empreendimento 
de acordo com as leis vigentes. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!.
Introdução
Pudemos perceber que a Avaliação do Impacto Ambiental (AIA) 
é usada como ferramenta para planejamento de Gestão Ambiental. 
Pois, quando a equipe técnica estuda de forma detalhada as possíveis 
interações ambientais com a proposta da sua atividade, mostra um bom 
posicionamento em ações que reduzam os impactos adversos, de modo 
a realçar os benefícios e trabalhando a fim de mitigar os danos causados. 
Isso coloca a AIA como uma análise ou avaliação de sustentabilidade. 
Figura 3 – Planos de Gestão Ambiental
Fonte: Pinterest. 
Gestão Ambiental
38
Gestão Ambiental é um conjunto de medidas de ordem técnica e 
gerencial que visam assegurar que o empreendimento seja implantado, 
operado e desativado em conformidade com a legislação ambiental e 
outras diretrizes relevantes, a fim de minimizar os riscos ambientais e os 
impactos adversos, além de maximizar os efeitos benéficos (SANCHEZ, 
2013).
O Plano de Gestão Ambiental resultante de uma AIA, elaborado e 
implantado por uma equipe competente e cuidadosa,eleva um projeto 
tradicional a um projeto inovador, se tornando-se uma importante 
ferramenta de contribuição para o desenvolvimento sustentável. 
Portanto, para o sucesso de um Plano de Gestão Ambiental se faz 
necessário que três condições sejam atendidas:
1. Preparação cuidadosa do diagnóstico e do plano de gestão.
2. Envolvimento de equipes realmente interessadas na elaboração do 
plano, entre elas parceiros institucionais, órgãos governamentais e 
não governamentais.
3. Implementação adequada, dentro dos prazos e sob supervisão, 
fiscalização, auditoria e monitoramento ambiental.
Componentes de um Plano de Gestão 
Ambiental
Precisamos entender que um PGA não é apenas um “plano de boas 
intenções”. Ele é apresentado como um capítulo específico do EIA, em 
que estão descritas as medidas propostas, com os resultados esperados 
de sua aplicação e uma margem dos custos esperados. 
É obrigatória a descrição do cronograma e a designação de um 
responsável para cada ação. Diante disso, para o sucesso de um programa 
de gestão, podemos citar algumas condições necessárias:
 • Clareza, precisão e detalhamento do programa: programas 
apresentados no EIA ou como condicionantes para licenças 
ambientais prezam pela clareza e detalhamento suficientes a fim 
de que sejam auditados pelas partes interessadas.
Gestão Ambiental
39
 • Atribuição de responsabilidade e compromissos das partes: 
algumas responsabilidades estão ao alcance do empreendedor, 
outras fazem parte da jurisdição do órgão ambiental competente. 
 • Orçamento realista: os custos totais das medidas e o cronograma 
de pagamentos devem ser totalmente descritos.
Para valorizar o projeto e facilitar as atividades de acompanhamento, 
fiscalização e auditoria, pede-se uma padronização do formato 
acompanhada da descrição dos programas constituintes. O EIA 
precisa apontar pelo menos uma medida de gestão para cada impacto 
significativo, e de preferência por meio de quadros ou diagramas. 
A seguir, citaremos um exemplo de conteúdo de um programa de 
gestão:
 • Descrição do programa e das ações que o compõem.
 • Identificação dos parceiros ou de outras partes inseridas no projeto 
com suas respectivas responsabilidades.
 • Situação das negociações já iniciadas com as partes interessadas.
 • Estratégia de execução.
 • Recursos necessários e suas respectivas fontes.
 • Cronograma de implementação.
 • Indicadores utilizados para avaliação dos resultados.
 • Conteúdo e datas previstas para apresentar relatórios de 
andamento e conclusão do projeto. 
NOTA:
A capacidade de implementação depende tanto da 
capacidade gerencial do responsável pelo empreendimento, 
quanto da fiscalização e dos arranjos institucionais para a 
fase de acompanhamento da AIA.
Gestão Ambiental
40
Um plano de Gestão Ambiental precisa conter medidas 
mitigadoras, plano de monitoramento, medidas compensatórias e 
medidas para valorizar os efeitos benéficos, além de eventuais outros 
estudos necessários para entender melhor os impactos gerados pelo 
empreendimento e suas medidas de gestão.
E o conjunto dos programas de controle ambiental (PCA) com os 
programas de gestão é chamado de Sistema de Gestão Ambiental (SGA). 
A gestão por sistemas é diferente da gestão por programas, pois funciona 
ao redor de ciclos de planejamento, implementação e controle, cuja 
experiência adquirida serve para melhorar gradativamente o sistema. 
IMPORTANTE:
Gestão por programas se dá a partir de medidas e ações 
que não precisam ser articulados entre si, e podem não 
incluir um sistema de avaliação.
Medidas Mitigadoras
O que são medidas mitigadoras? 
São aquelas que têm por objetivo minimizar a magnitude ou a 
importância dos impactos ambientais adversos. Por exemplo: tratamento 
de efluentes líquidos, instalação de barreiras antirruídos e de filtros para 
diminuição de emissões atmosféricas. Além de modificações no projeto 
para evitar ou reduzir impactos adversos, como aumentar o espaço entre 
linhas de transmissão para que aves de grande envergadura não sejam 
eletrocutadas ou enterrar partes de uma linha de transmissão para não 
interferir na rota de migração de aves, entre muitas outras medidas. 
Porém, nem todas são simples, podendo abranger técnicas 
sofisticadas de redução de emissões atmosféricas. 
Nessa perspectiva, o plano de gestão pode fazer uso da seguinte 
ordem das medidas mitigadoras: 
 • Evitar os impactos e prevenir os riscos.
Gestão Ambiental
41
 • Reduzir ou minimizar os impactos negativos.
 • Compensar os impactos negativos que não puderem ser evitados 
ou reduzidos.
 • Recuperar o ambiente degradado ao final de cada etapa do ciclo 
de vida do empreendimento.
EXPLICANDO MELHOR:
Em uma fábrica de cimentos, faz parte do projeto de 
engenharia e de viabilidade econômica, de maneira 
indissociável, a instalação de sistemas de captação de 
poeira, como filtros de manga e eletrostáticos, pois essas 
ferramentas não evitam somente a emissão de poluentes 
atmosféricos, mas também reduzem a perda de matéria-
prima.
Hoje em dia, praticamente todos os setores de atividades 
econômicas já foram estudados de maneira a oferecer as principais 
medidas de mitigação e prevenção de impactos adversos. 
Plano de Monitoramento
Embora sejam realizadas inúmeras previsões acerca das possíveis 
respostas ambientais ao empreendimento, a validade das hipóteses só 
poderá ser confirmada com a implantação de um plano de monitoramento.
Sendo assim, o monitoramento ambiental segue as etapas do 
empreendimento e pode ser dividido em fases:
 • Pré-operacional: é o monitoramento feito durante os estudos de 
base, antes de ser iniciada a implantação do empreendimento, 
porém pode continuar depois da conclusão do EIA.
 • Operacional: é feito durante as etapas de implantação, 
funcionamento e desativação.
Gestão Ambiental
42
 • Pós-operacional: pode ser necessário, depois do encerramento 
da atividade, para aquelas atividades com potencial impacto 
residual.
O Plano de Monitoramento precisa conter:
 • Os parâmetros a serem monitorados.
 • A localização das estações de coleta.
 • A periodicidade das amostragens.
 • A técnica de coleta, preservação e análise das amostras.
IMPORTANTE:
Monitoramento ambiental de um projeto não é o 
controle da qualidade ambiental realizado por órgãos do 
governo, mas sim o controle dos impactos identificados 
e previstos causados pelas mudanças realizadas pelo 
empreendimento.
Podemos dizer que o monitoramento ambiental operacional e pós-
operacional tem objetivos bem definidos, como: 
 • Verificar os impactos reais de um empreendimento.
 • Compará-los com as previsões.
 • Detectar a ocorrência de mudanças não previstas.
 • Alertar sobre a necessidade de agir, caso os limites sejam 
ultrapassados.
 • Avaliar a capacidade da AIA em fazer previsões válidas, de 
modo a formular recomendações melhores em futuros estudos 
ambientais. 
Contudo, o monitoramento não pode ficar restrito a parâmetros 
físicos e biológicos. Também deve conter avaliações de impactos 
socioeconômicos, de modo a mostrar que um monitoramento deve 
Gestão Ambiental
43
ser dinâmico, além de precisar ser constantemente revisto, ajustado e 
atualizado. 
Medidas Compensatórias
Por mais que seja feito todo um planejamento minucioso, com 
medidas mitigadoras bem definidas e monitoramento constante, alguns 
impactos não podem ser evitados, chegando, até mesmo, a ter magnitude 
elevada. 
Nesses casos, é dito que os danos ambientais precisam ser 
compensados. 
EXPLICANDO MELHOR:
A perda de 38 hectares de cerrado pode ser compensada 
pela recuperação da vegetação de uma área degradada, 
pela conservação de uma área equivalente, ou ambas as 
medidas podem ser tomadas.
Tendo isso em vista, a Resolução CONAMA 10/87 já previa que 
o licenciamento de obras de grande porte teria como pré-requisito a 
implantação de uma estação ecológica, de preferência junto à área do 
empreendimento,com investimento proporcional ao dano causado.
A compensação ambiental deve seguir os seguintes princípios:
 • Proporcionalidade entre o dano causado e a compensação 
exigida, de modo a ser, no mínimo, equivalente.
 • Preferência por medidas compensatórias que representem a 
reposição ou substituição das funções ou dos componentes 
ambientais afetados.
 • Preferência por medidas que possam ser implementadas em área 
adjacente à área afetada ou na mesma bacia hidrográfica. 
Gestão Ambiental
44
É preciso ficar claro que a compensação não é uma espécie de 
indenização, e sim uma substituição de um bem perdido, alterado ou 
descaracterizado, por outro equivalente.
Valorização de Efeitos Benéficos
Os impactos positivos de uma atividade ou empreendimento são 
sentidos muito mais nas esferas econômicas e sociais, por exemplo, na 
criação de empregos e no aumento do comércio local. Contudo, para 
que os impactos sejam potencialmente benéficos, pode ser necessário 
o desenvolvimento de programas específicos, tais quais capacitação de 
mão de obra e gerencial, fornecimento de crédito e de assistência técnica, 
além de, muitas vezes, ser preciso aparelhar a comunidade para que ela 
possa aproveitar o empreendimento e se desenvolver como região. 
Algumas empresas passam a desenvolver programas de 
responsabilidade social, de modo a promover iniciativas em áreas 
de educação, saúde e capacitação profissional. Com frequência, são 
implantados programas de educação ambiental, de modo a aproveitar a 
capacidade das empresas em conseguir recursos humanos e financeiros 
para conscientizar a comunidade acerca dos problemas ambientais e 
difundir conhecimento, bem como são implementadas iniciativas de 
reciclagem ou de plantio de mudas de espécies nativas.
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto, pesquisa empresas 
que desenvolvem Planos de Gestão Ambiental, clicando 
aqui.
Gestão Ambiental
http://www.conceitoambiental.com.br/gestao-ambiental
45
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido que o Plano de Gestão Ambiental é resultante 
de uma AIA (Avaliação de Impacto Ambiental), elaborado 
e implantado por uma equipe competente e cuidadosa, 
tornando-se uma importante ferramenta de contribuição 
para o desenvolvimento sustentável. Esse plano tem 
três condições para o sucesso: preparação cuidadosa 
do plano de gestão, envolvimento de equipes realmente 
interessadas na elaboração do plano e implementação 
adequada, dentro dos prazos e sob supervisão, fiscalização, 
auditoria e monitoramento ambiental. Um plano de Gestão 
Ambiental precisa conter medidas mitigadoras, plano de 
monitoramento, medidas compensatórias e medidas para 
valorizar os efeitos benéficos, além de eventuais outros 
estudos necessários para entender melhor os impactos 
gerados pelo empreendimento e suas medidas de gestão.
Gestão Ambiental
46
REFERÊNCIAS
ABSY, M. L.; ASSUNÇÃO, F. N. A.; FARIA, S. C. Avaliação de Impacto 
Ambiental: agentes sociais, procedimentos e ferramentas, Brasília: 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 
1995.
BIOSFERA-MG. PCA: Plano de Controle Ambiental. Minas 
Gerais: Biosfera, [s.d]. Disponível em: http://www.biosferamg.com.br/
licenciamento/pca-plano-de-controle-ambiental. Acesso em: 11 dez. 
2019.
BRASIL. Instruçao Normativa nº 4, de 13 de abril de 2011. Brasília: 
IBAMA, 2011. Disponível em: http://www.ima.al.gov.br/wp-content/
uploads/2015/03/IN_04_11_prad.pdf. Acesso em: 11 dez. 2019.
BRASIL. Resolução CONAMA 010/1990, de 06 de dezembro de 
1990. Brasília: Mnistério do Meio Ambiente. Disponível em : http://www2.
mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=107. Acesso em: 11 de 
dez. 2019.
SÁNCHEZ, L. E. Avaliação de Impacto Ambiental: conceitos e 
métodos. 2 ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2013.
Gestão Ambiental
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=107
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=107
	Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) 
	Impactos Ambientais
	Avaliação do Impacto Ambiental (AIA)
	Principais Etapas do Processo
	Estudo do Impacto Ambiental (EIA)
	Relatório de Impacto Ambiental EIA/RIMA
	Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
	Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
	Atividades em que EIA/RIMA são Exigidos
	Termo de Referência (TR)
	Controle Ambiental e Medidas de Prevenção
	Definição de Plano e Relatório de Controle Ambiental
	Elementos do Plano de Controle Ambiental
	Plano de Remediação de Áreas Degradadas (PRAD)
	Implantação do PRAD e manutenção
	Exemplos de Degradação Ambiental
	Medidas de Recuperação de Áreas Degradadas
	Planos de Gestão Ambiental
	Introdução
	Componentes de um Plano de Gestão Ambiental
	Medidas Mitigadoras
	Plano de Monitoramento
	Medidas Compensatórias
	Valorização de Efeitos Benéficos