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SIMULADO XXXIII

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ÉTICA PROFISSIONAL MARIA CHRISTINA
1
João se formou no curso de Direito tendo obtido notas excelentes durante todos os semestres e adquiriu notó- rio prestígio junto a um grande escritório de advocacia. Dessa forma, João, bacharel em Direito, inscrito como estagiário nos quadros da OAB, procura você para saber quais são os atos que poderá praticar:
1. João, na qualidade de estagiário, poderá sozinho, mas sob a responsabilidade de um advogado, realizar carga dos autos e subscrever petição de contestação.
1. João, na qualidade de estagiário, poderá sozinho, mas sob a responsabilidade de um advogado, subs- crever petição de juntada de documentos e realizar sustentação oral.
1. João, na qualidade de estagiário, poderá sozinho, mas sob a responsabilidade de um advogado, rea- lizar carga dos autos e requerer certidão do estado do processo.
1. João, na qualidade de estagiário, somente poderá praticar atos em conjunto com o advogado.
2
João Almeida e Maria dos Santos foram aprovados no Exame de Ordem, requereram a inscrição nos quadros da OAB e desejam obter informações sobre o registro de sociedades de advogados. Desse modo, assinale a alter- nativa correta sobre o tema:
1. Caso resolvam constituir uma sociedade simples de advocacia, a denominação jurídica do escritório po- derá ser: Almeida Advogados Associados Ltda.
1. Podem ser praticados pela sociedade de advoga- dos, com uso da razão social, os atos indispensá- veis às suas finalidades que não sejam privativos de advogado.
1. A sociedade de advogados não pode associar-se com advogados que não possuam vínculo de emprego com o escritório.
1. Os advogados sócios e os associados respondem so- lidária e ilimitadamente pelos danos causados dire- tamente ao cliente, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão, no exercício dos atos privativos da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade dis- ciplinar em que possam incorrer.
3
Marta Moreira exerce a profissão de contadora desde o ano de 2002, tendo adquirido renome em sua área pro- fissional. Recentemente, concluiu o curso de Direito, foi aprovada no Exame de Ordem e deu entrada na cartei- ra da OAB. Visando adquirir rápida prospecção de seu nome no meio jurídico, resolveu divulgar a advocacia junto com o exercício da contabilidade. Diante dos fatos, assinale a opção correta:
1. É vedada ao advogado a divulgação do exercício da advocacia em conjunto com qualquer outra ativida- de ou indicação de vínculos entre si.
1. Marta, com o fim exclusivo de identificação das suas áreas de atuação profissional, poderá utilizar de pla- cas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as diretrizes previstas no arti- go 39 do CED.
1. Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material do escritório poderão ser referi- dos apenas os títulos acadêmicos do advogado ou de outras profissões que porventura exercer, desde que relacionadas à vida profissional.
1. Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material do escritório poderão ser referi- dos apenas endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR-code, logotipo e a fotografia do escritório ou pes- soal, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido.
4
Bruno, passando por severa crise econômica, financeira e familiar, procurou seu advogado Paulo para uma con- sultoria jurídica. Durante o ato, Bruno confessou a seu advogado a intenção de matar sua ex-mulher pelos fatos ocorridos durante a separação. Diante da situação nar- rada, o advogado Paulo deverá:
1. guardar o sigilo sobre todas as informações recebi- das no exercício da profissão, mesmo que intimado a depor judicialmente.
1. guardar o sigilo profissional que abrange os fatos de que o advogado tenha tido conhecimento em virtu- de apenas do exercício da advocacia ou atuando na função de árbitro ou mediador.
1. quebrar o sigilo, visto que tal direito é facultativo ao advogado no exercício da profissão.
1. em face da circunstância excepcional de grave amea- ça à vida, quebrar o sigilo.
5
João, advogado, tomou posse como Vice-Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina de sua seccional. Por tal motivo, busca saber quais são as competências do órgão:
3. O TED poderá funcionar em órgãos fracionários, de acordo com seu regimento interno.
3. O TED tem competência para julgar, em grau de re- curso, os processos ético-disciplinares.
3. O TED tem competência para responder a consultas formuladas, em tese, sobre qualquer matéria que diga respeito à Ordem dos Advogados do Brasil.
3. O TED tem competência para suspender, definitiva- mente, o acusado, em caso de conduta suscetível de acarretar repercussão prejudicial à advocacia, nos termos do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil.
6
Sobre as Corregedoria na Ordem dos Advogados do Bra- sil, assinale a alternativa correta:
1. As Corregedorias-Gerais integram o sistema discipli- nar da Ordem dos Advogados do Brasil.
1. O Secretário-Geral exerce, no âmbito do Conselho Federal, as funções de Corregedor-Geral, cuja com- petência é definida em Provimento.
1. Nos Conselhos Seccionais, as Corregedorias-Gerais terão atribuições da mesma natureza, observando, no que couber, o Regulamento do Conselho Federal sobre a matéria.
1. A Corregedoria-Geral do Processo Disciplinar coor- denará apenas as ações do Conselho Federal volta- das para o objetivo de reduzir a ocorrência das infra- ções disciplinares mais frequentes.
7
Maria do Carmo, advogada há 17 anos na área de recu- peração de tributos, foi contratada pelo Poder Público municipal, sem licitação. A Administração se baseou no artigo 25 da Lei n. 8.666/1993, fundamentada na ine- xigibilidade de licitação em decorrência da comprovada notória especialização da advogada na área tributária. Diante dos fatos, assinale a opção correta:
1. A contratação de Maria do Carmo pelo Poder Público municipal é ilícita por descumprimento das regras li- citatórias previstas em lei.
1. A contratação de Maria do Carmo pelo poder público municipal é lícita, uma vez que os serviços profissio- nais de advogado são, por sua natureza, técnicos e singulares, independentemente de sua comprovada notória especialização.
1. A contratação de Maria do Carmo pelo poder público municipal é lícita, uma vez que os serviços profissio- nais de advogado são, por sua natureza, técnicos e singulares, desde que seja comprovada sua notória especialização.
1. A contratação de Maria do Carmo pelo poder público municipal é ilícita, pois não há comprovação de notó- ria especialização.
8
Mário, advogado atuante na área criminal, foi preso em flagrante delito por crime inafiançável cometido no exer- cício da profissão. Maria, também advogada, foi presa em flagrante delito por crime inafiançável cometido fora do exercício da profissão. Diante dos fatos, assinale a al- ternativa correta:
1. Mário e Maria somente poderão ser presos em fla- grante caso a OAB acompanhe a prisão.
1. Mário e Maria somente poderão ser presos em fla- grante caso a OAB seja ao menos notificada da prisão.
1. Mário somente poderá ser preso em flagrante caso a OAB seja notificada de sua prisão, e Maria, se a OAB a acompanhar.
1. Mário somente poderá ser preso em flagrante caso a OAB acompanhe a prisão, e Maria, se sua prisão for notificada à OAB.
FILOSOFIA DO DIREITO ODAIR JOSÉ
9
A concepção platônica sobre o justo é muito peculiar e especial. Difere totalmente da visão que o jurista moder- no tenha sobre o direito. Para o pensamento de Platão, torna-se muito difícil dissociar direito de justiça, o que é reforçado pelo fato de que a mesma palavra, díkaion, é utilizada de maneira intercambiável no texto platônico para essas duas ideias.
MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2010.
Como consequência da concepção platônica acerca do justo e do direito, pode-se afirmar que:
3. uma lei injusta não é direito, mesmo que dotada de validade jurídica.
3. uma lei injusta é direito, desde que dotada de valida- de jurídica.
3. a justiça da norma depende tão somentede sua vali- dade jurídica.
3. o direito injusto é direito enquanto norma jurídica, mas não enquanto norma justa.
10
O amor, às vezes, não se conhece a si mesmo, mas basta um momento para revelá-lo em toda a sua pujança. O mesmo ocorre com o sentimento de justiça, que, ileso, não sabe, regra geral, o que contém de si, mas, lesado, provoca a dolorosa pergunta que o obriga a falar, a trazer a verdade à tona, em pleno dia, revelando-lhe a força.
IHERING, R. A luta pelo direito. São Paulo: Revista dos Tribu-
nais, 2004.
Sob a ótica de Ihering, a lesão do direito deve provocar um sentimento de justiça, sentimento esse que se com- preende a partir de dois critérios. São eles:
1. o uso do poder estatal para restaurar o direito, e o legítimo uso da força quando não possível a restau- ração do direito por meio da ação do Estado.
1. a sensibilidade, ou seja, a capacidade de sentir dor ante a lesão ao direito, e a reação, ou seja, a coragem determinada de repelir a agressão.
1. o desprezo às instituições quando incapazes de res- taurar o direito, e o uso legítimo da força para garan- tir a justiça.
1. a revolta diante da injustiça sofrida, e a crença no Poder Judiciário como legítima instituição capaz de restaurar o direito.
DIREITO CONSTITUCIONAL ANA PAULA BLAZUTE
11
Com o objetivo de ampliar os níveis de fiscalização sobre as atividades desenvolvidas pelo Poder Executivo fede- ral, promulgou-se a Lei Federal XX/2018, a partir de pro- jeto de lei de iniciativa parlamentar, dispondo que a ce- lebração de contratos administrativos de valor superior a um milhão de reais deveria ser previamente autorizada pelo Congresso Nacional. Para facilitar a fiscalização, o referido diploma normativo ainda determinou a criação do Ministério de Fiscalização, definindo as atribuições do Ministro de Estado. Segundo a Constituição Federal:
1. A lei é materialmente inconstitucional, pois a exigên- cia de prévia autorização do Poder Legislativo para a celebração de certos contratos administrativos afronta a separação dos Poderes, mas a criação do Ministério de Fiscalização, a partir de projeto de lei de iniciativa parlamentar, é compatível com a Consti- tuição da República.
1. A lei é materialmente inconstitucional, pois a exi- gência de prévia autorização do Poder Legislativo para a celebração de certos contratos administrati- vos afronta a separação dos Poderes. Além disso, a criação do Ministério de Fiscalização, pela Lei Federal XX/2018, de projeto de lei de iniciativa parlamentar, é incompatível com a Constituição da República.
1. A lei é materialmente constitucional, pois a exigên- cia de prévia autorização do Poder Legislativo para a celebração de certos contratos administrativos está prevista na Constituição Federal, mas a criação do Ministério de Fiscalização, pela Lei Federal XX/2018, de projeto de lei de iniciativa parlamentar, é incom- patível com a Constituição da República.
1. A lei é materialmente constitucional, pois a exigên- cia de prévia autorização do Poder Legislativo para a celebração de certos contratos administrativos está prevista na Constituição Federal. Além disso, a cria- ção do Ministério de Fiscalização, pela Lei Federal XX/2018, de projeto de lei de iniciativa parlamentar, é compatível com a Constituição da República.
12
O partido político X move, perante o Supremo Tribunal Federal, ação direta de inconstitucionalidade contra a lei do estado Y, que dispõe sobre licitações e contratos administrativos no âmbito daquele estado federado, que exigiu certidão negativa de Violação aos Direitos do Consumidor dos interessados em participar de licitações e em celebrar contratos com órgãos e entidades estadu- ais. O parecer da Procuradoria-Geral da República opina no sentido do não conhecimento da ação, uma vez que o partido político X possui em seus quadros apenas seis Deputados Federais, mas nenhum Senador, não sendo dessa maneira legitimado a mover a referida ação direta. Além disso, não estaria demonstrado na inicial o requisi- to da pertinência temática.
A partir da hipótese apresentada, marque a alternati- va correta:
3. Essa lei é inconstitucional, porque compete privati- vamente à União legislar sobre normas gerais de li- citação e contratos. O partido político pode ajuizar a presente ação já que basta possuir representante em apenas uma das casas do Congresso Nacional. Além disso, o partido político é legitimado universal e não precisa cumprir o requisito da pertinência temática.
3. Essa lei é inconstitucional, porque compete priva- tivamente à União legislar sobre normas gerais de licitação e contratos. Ocorre que o partido político não pode ajuizar a presente ação, já que possui re- presentante em apenas uma das casas do Congres- so Nacional.
3. Essa lei é constitucional, porque compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar de for- ma concorrente sobre normas gerais de licitação e contratos.
3. Essa lei é inconstitucional, porque compete privati- vamente à União legislar sobre normas gerais de li- citação e contratos. O partido político pode ajuizar a presente ação, já que basta possuir representante em apenas uma das casas do Congresso Nacional. Ocorre que o partido político é legitimado especial e precisa cumprir o requisito da pertinência temática.
13
De acordo com a Constituição Federal e a jurisprudência pertinente do Supremo Tribunal Federal, assinale a al- ternativa correta sobre o mandado de segurança:
1. O mandado de segurança substitui a ação popular.
1. O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança.
1. Quando a autoridade coatora for o Presidente da República, a competência originária para julgamento do mandado de segurança será do Superior Tribunal de Justiça.
1. É cabível mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas.
14
Um tratado internacional de proteção aos direitos hu- manos foi aprovado, em cada Casa do Congresso Na- cional, em dois turnos de votação, por um terço de seus membros.
À luz da sistemática constitucional, o tratado internacio- nal assim aprovado ingressará na ordem jurídica interna com a natureza de:
1. norma supralegal.
1. emenda constitucional.
1. lei complementar.
1. lei ordinária.
15
Considere a seguinte situação hipotética: o Comandante da Marinha cometeu crime de responsabilidade; o Co- mandante da Aeronáutica cometeu um crime comum; e o Comandante do Exército é a autoridade coatora de um mandado de segurança impetrado por José.
À luz da sistemática constitucional, assinale a alternati- va correta:
1. O Comandante da Marinha será julgado no Supremo Tribunal Federal, salvo se o crime de responsabilida- de for conexo com o do Presidente da República, que será julgado no Senado Federal. O Comandante da Aeronáutica será julgado no Supremo Tribunal Fede- ral. Já o mandado de segurança impetrado por José contra o ato do Comandante do Exército será julgado no Superior Tribunal de Justiça.
1. O Comandante da Marinha será julgado no Superior Tribunal de Justiça, salvo se o crime de responsabili- dade for conexo com o do Presidente da República, que será julgado no Senado Federal. O Comandante da Aeronáutica também será julgado no Superior Tri- bunal de Justiça. Já o mandado de segurança impe- trado por José contra o ato do Comandante do Exér- cito será julgado no Supremo Tribunal Federal.
1. O Comandante da Marinha será julgado no Supremo Tribunal Federal, salvo se o crime de responsabili- dade for conexo com o do Presidente da República, que será julgado no Senado Federal. O Comandante da Aeronáutica será julgado na Justiça Federal. Já o mandado de segurança impetrado por José contra o ato do Comandante do Exército será julgado no Su- premo Tribunal Federal.
1. O Comandante da Marinha será julgado no Supremo Tribunal Federal, salvo se o crime de responsabilida- de for conexo com o do Presidente da República, que será julgado no Senado Federal. O Comandante da Aeronáutica será julgado no Supremo Tribunal Fede- ral, inclusive o mandado de segurança impetrado porJosé contra o ato do Comandante do Exército tam- bém será julgado no Supremo Tribunal Federal.
16
A Constituição Federal prevê um capítulo específico, “Das Forças Armadas”. Sobre esse tema, marque a op- ção correta:
1. Ao militar é proibida a sindicalização.
1. Ao militar é permitida a greve.
1. Apenas os eclesiásticos ficam isentos do serviço mi- litar obrigatório em tempo de paz, sujeito, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
1. Caberá habeas corpus em relação a punições discipli- nares militares.
17
O município Beta quer estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. De acordo com a Constituição Federal, marque a alternativa correta:
1. É constitucional, visto que é da competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos mu- nicípios estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
1. É inconstitucional, visto que é da competência ex- clusiva da União estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
1. É inconstitucional, visto que compete privativamente a União legislar sobre trânsito e transporte.
1. É inconstitucional, visto que compete apenas aos es- tados estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
DIREITOS HUMANOS E DIREITO INTERNACIONAL
ALICE ROCHA
18
O pai de Guilherme desapareceu após uma ação poli- cial no bairro em que morava. Guilherme prestou quei- xa, mas o Delegado informou que não havia indícios de que a ação policial tinha relação direta com o desapa- recimento. Indignado, Guilherme procura você, como advogado, tendo em vista o relato de duas testemunhas que viram o pai de Guilherme ser colocado no carro da Polícia no dia da ação policial.
Uma das possibilidades para dar continuidade ao pro- cesso de investigação do desaparecimento do pai de Guilherme seria o incidente de deslocamento de compe- tência. A respeito desse tema, você deve informá-lo que:
1. cabe ao Procurador-Geral da República e ao Ministro da Justiça, com a finalidade de assegurar o cumpri- mento de obrigações decorrentes de tratados inter- nacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, suscitar, perante o Superior Tribunal de Justi- ça, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
1. segundo entendimento do Superior Tribunal de Jus- tiça, o deslocamento da competência para a Justiça Federal deverá ser deferido ante a verificação de situação de grave violação aos direitos humanos, dispensando-se a demonstração concreta da inércia, negligência, falta de vontade política ou de condi- ções reais do Estado membro, por suas instituições, em proceder à devida persecução penal.
1. o deslocamento de competência é suscitado pelo Procurador-Geral da República, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo.
1. pode ser suscitado de ofício pelo Magistrado origina- riamente competente, pelo Procurador-Geral de Jus- tiça ou pelo Defensor Público-Geral do Estado onde se deu a violação.
19
André e Karla são pais de Luísa, de seis anos, que nasceu cega. Durante os primeiros anos de vida de Luísa, Karla decidiu abandonar o trabalho e se dedicar integralmen- te à filha. Todavia, a situação financeira do casal ficou difícil e Karla decidiu voltar a trabalhar e colocar Luísa para estudar em uma escola particular. No momento da matrícula, os pais foram informados que a mensalida- de de Luísa deveria ser majorada em 20% para cobrir os custos adicionais da produção de material e contratação de profissionais para atender a menina. Sem condições de arcar com tal despesa, o casal procura você, como advogado, que deve informá-los que:
3. A cobrança adicional é justificada se a escola não ti- ver um material prévio preparado e apresentar notas que demonstrem o custo da produção deste.
3. A cobrança do valor adicional deve ser apresentada de modo facultativo, sendo moralmente aceitáveis os custos adicionais do estabelecimento.
3. A escola particular deve adotar as medidas inclusi- vas previstas em lei, tais como garantir o acesso da criança com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, sendo vedada a co- brança de valores adicionais de qualquer natureza em suas anuidades, no cumprimento dessas medidas.
3. Os pais de Luísa devem justificar a impossibilidade de pagamento, diante da situação financeira da família.
20
João tem uma empresa brasileira de fornecimento de mármore e assinou um contrato com Ryan, importante engenheiro no ramo de construção no México, durante o período de estadia de Ryan no Rio de Janeiro. No contra- to, estava previsto o envio de 10 toneladas de mármore para a cidade do México. Todavia, ao ser desembarcado, o mármore se partiu, ficando inutilizável. No contrato, previa-se que João teria a responsabilidade pela merca- doria até o embarque desta, mas Ryan alega que tal res- ponsabilidade deve se estender ao momento da entrega do produto e se nega a pagar o valor negociado.
Com a empresa em situação financeira difícil, João te procura como advogado para ajuizar uma ação de co- brança contra Ryan. Você deve orientá-lo que:
1. a ação pode ser proposta perante tribunal estrangei- ro ou brasileiro.
1. a ação deve necessariamente ser ajuizada no Brasil, por ser o país em que o contrato foi assinado.
1. a ação deve necessariamente ser ajuizada no México, por ser o país onde a obrigação deveria ser cumprida.
1. a ação não deve ser proposta, visto que a obrigação não foi cumprida integralmente por João e, portanto, não há objeto de cobrança.
21
A cooperação jurídica internacional pode ser entendida como um modo formal de solicitar a outro país alguma medida judicial, investigativa ou administrativa, neces- sária para um caso concreto em andamento. De acordo com o Código de Processo Civil:
1. A cooperação jurídica internacional será regida ne- cessariamente por tratado de que o Brasil faz parte.
1. O Brasil só homologa sentenças provenientes de Es- tados que demonstrem promessa de reciprocidade em relação a demandas futuras.
1. Na cooperação jurídica internacional, será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamen- tais que regem o Estado brasileiro, desde que devida- mente fundamentadas.
1. A cooperação jurídica internacional terá por objeto a citação, a intimação e a notificação judicial e ex- trajudicial.
DIREITO TRIBUTÁRIO MARIA CHRISTINA
22
João é dono de uma editora de livros e te procura para questionar sobre a incidência de impostos e contribui- ções sociais sobre os livros produzidos. Diante dos fatos, assinale a opção correta:
1. É inconstitucional a incidência de impostos e contri- buições sobre a produção dos livros em face da exis- tência de imunidade tributária.
1. É constitucional a incidência de impostos e contribui- ções sobre a produção dos livros.
1. É inconstitucional apenas a incidência de impostos sobre a produção dos livros em face da existência de imunidade tributária.
1. É inconstitucional apenas a incidência de contribui- ções sobre a produção dos livros.
23
A Empresa Guaraná, cheia de dívidas tributárias, foi in- corporada pela Empresa Coca Cola. Diante dos fatos, a empresa incorporadora responderá:
1. apenas pelos tributos devidos até a data da in- corporação.
1. apenas pelos tributos e pelos juros devidos até a data da incorporação.
1. apenas por tributos, juros e multas punitivas devidos até a data da incorporação.
1. por todos os tributos, juros e multas punitivas e mo- ratórias devidos até a data da incorporação.
24
João, com dois anos de idade, Maria, com 50 anos, e José, com 90 anos, são donos de uma mesma área rural na respectiva proporção: 20%, 50% e 30%. Diante dos fatos apresentados, assinale a alternativa correta:
3. Caso João efetue o pagamento de apenas 20% do ITR devido sobre a área rural, todos os proprietários conti- nuarão solidariamente responsáveis pelos outros 80%.
3. Caso João efetue o pagamento de apenas 20% do ITR devido sobre a área rural, apenas os demais devedo-res, quais sejam, Maria e José, continuarão solidaria- mente responsáveis pelos outros 80%.
3. A prescrição que porventura venha a atingir um dos devedores solidários aproveitará apenas ao sujeito especificado pelo benefício.
3. Os devedores poderão se utilizar do benefício de or- dem para se eximir do pagamento do tributo.
25
João, com dúvidas acerca da aplicação das alíquotas pro- gressivas de alguns tributos, procurou você na qualidade de renomado advogado tributarista para uma consulta jurídica. Assinale a alternativa correta:
1. O ITR e o IPTU são impostos progressivos no caso, apenas, de descumprimento de função social de suas áreas.
1. O ITCMD, mesmo sendo um imposto real, poderá ser progressivo com base no princípio da capacidade econômica.
1. O ITBI, mesmo sendo um imposto real, poderá ser progressivo como base no princípio da capacidade econômica.
1. As contribuições para o financiamento do regime previdenciário dos servidores federais, estaduais, municipais e distritais não poderão ter alíquotas progressivas.
26
Pedro Afonso percebeu o desconto de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os saques em sua ca- derneta de poupança e nos depósitos judiciais realiza- dos para o pagamento da pensão alimentícia de seu filho que está sendo questionada em juízo. Diante dos fatos, assinale a alternativa correta:
1. É devido IOF apenas sobre os saques da caderneta de poupança.
1. É devido IOF apenas sobre os depósitos judiciais realizados.
1. Não é devido IOF sobre os saques em caderne- ta de poupança e nem sobre os depósitos judiciais realizados.
1. Não incide o IOF apenas sobre os depósitos judiciais realizados.
DIREITO ADMINISTRATIVO GUSTAVO BRÍGIDO
27
Determinado município do estado da Bahia, mediante lei específica para área incluída no seu plano diretor, exi- giu de José, particular proprietário do solo urbano não edificado e não utilizado, que promovesse adequado aproveitamento do terreno. Diante da inércia do parti- cular, já lhe foram aplicadas as medidas administrativas da edificação compulsória e do imposto sobre a proprie- dade predial e territorial urbana progressivo no tempo, mas José continua omisso.
De acordo com o texto constitucional, o próximo passo será o município promover a:
1. servidão administrativa, para conferir ao imóvel uti- lização que se compatibilize com sua função social, mediante justa e prévia indenização.
1. desapropriação especial urbana, com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão pre- viamente aprovada pelo Senado Federal.
1. ocupação temporária do imóvel, que será utilizado de acordo com o interesse público local, mediante indenização ulterior para não haver locupletamento ilícito do município.
1. requisição administrativa, de maneira que o imóvel passe a ter dupla destinação, atendendo ao interesse do particular proprietário e também da comunidade, sem indenização.
28
Assinale a opção em que a conduta de um Agente de Fiscalização Municipal de Salvador, na área de meio ambiente e serviços públicos, é um exemplo de regular exercício do poder de polícia.
1. É designado pelo Prefeito como membro integrante da comissão permanente de apuração de falta disci- plinar, podendo realizar atos investigatórios no bojo do processo administrativo disciplinar, como a inter- ceptação de conversas telefônicas.
1. Realiza apreensão de materiais poluentes, bens e mercadorias por exercício ilícito do comércio ou por transgressão às normas municipais, lavrando notifi- cações, auto de infrações, e até embargando a ativi- dade, quando constatadas irregularidades nos locais fiscalizados.
1. Preside inquérito policial para investigação de crime ambiental, ocasião em que deve realizar diligências de apuração, tais como oitiva de testemunhas, reali- zação de perícias ambientais e interrogatório do par- ticular indiciado pela prática do delito.
1. Edita ato normativo contendo regras gerais e abs- tratas sobre procedimentos administrativos a serem adotados em caso de ilícitos ambientais, com a fixa- ção do valor de multa para cada tipo de dano am- biental que configure infração administrativa.
29
Controle da Administração Pública é o conjunto de me- canismos jurídicos e administrativos por meio dos quais o Poder Público e o próprio povo exercem o poder de fiscalização e de revisão da atividade administrativa.
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, quanto à natureza do órgão controlador, o controle pode ser classificado como:
1. legislativo, que é aquele executado pelo Poder Legis- lativo, com o auxílio da Procuradoria-Geral de Justiça.
1. judicial, que é aquele executado pelo Poder Judici- ário, que, em regra, faz a revisão do mérito admi- nistrativo.
1. administrativo, que é aquele executado pela própria Administração Pública, calcado em seu poder de autotutela.
1. externo, que é aquele executado pelo Poder Executi- vo, com o auxílio do Tribunal de Contas.
30
Considere as seguintes informações sobre as modalida- des de licitação X e Y.
3. X é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
3. Y é a modalidade de licitação para obras e serviços de engenharia, cujo limite é de até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais), segundo o Decreto n. 9.412, de 18 de junho de 2018.
Analisando o modelo de gestão de cada uma, con- clui-se que:
1. Y é um convite.
1. X é uma concorrência.
1. X é um leilão.
1. X e Y são um concurso.
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Dentre os diferentes tipos de serviços públicos, há aque- les classificados, pela doutrina, como de utilidade públi- ca. Assinale a opção que apresenta características dos serviços de utilidade pública.
1. São executados pela Administração Pública para atender às suas necessidades internas de rotina, pos- suindo caráter intrinsecamente instrumental.
1. Produzem receita originária para a Administração Pública, tendo em vista sua prestação compulsória mediante o pagamento de tarifa.
1. Têm sua conveniência reconhecida pelo Estado, po- dendo executá-los diretamente ou por terceiros, com remuneração realizada pelos usuários.
1. Possuem utilização mensurável e usuário determina- do, sendo necessário que a sua prestação seja feita por meio de um particular, sendo o seu financiamen- to oriundo de taxas.
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Dois empregados da sociedade empresária concessioná- ria do serviço público municipal de coleta e tratamento de esgotamento sanitário realizavam reparo em uma estação de tratamento de esgoto de Salvador. Duran- te o serviço, rompeu-se uma manilha, e a casa vizinha à estação ficou inundada de esgoto, causando diversos prejuízos à proprietária, Joana.
Sobre o caso em tela, em matéria de responsabilidade civil, assinale a afirmativa correta.
1. Não cabe indenização a Joana, pois não há com- provação de que os funcionários agiram com cul- pa ou dolo.
1. Não cabe indenização a Joana, pois os funcionários não praticaram ato ilícito, pois estavam no estrito cumprimento de seu dever contratual.
1. Cabe indenização pelo município, diretamente, na qualidade de poder concedente, por sua responsabi- lidade civil subjetiva.
1. Cabe indenização pela sociedade empresária con- cessionária, que tem responsabilidade civil objetiva, sendo prescindível a comprovação da culpa ou dolo de seus funcionários.
DIREITO AMBIENTAL NILTON COUTINHO
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Roberta, funcionária extremamente dedicada e compe- tente de uma grande empresa mineradora, é indicada para um cargo de diretoria. Preocupada com a responsa- bilização penal da área ambiental, procura um advogado especialista na área, o qual lhe informa que:
3. caso alguma infração penal venha a ser cometida no interesse ou benefício da empresa por decisão de Roberta (representante legal da pessoa jurídica), so- mente a pessoa física será responsabilizada.
3. quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos na lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade. Rober- ta,por ser diretora da empresa, sempre será respon- sabilizada nas hipóteses de crimes ambientais que tenham ocorrido no âmbito da empresa, ainda que praticados por outro funcionário.
3. a responsabilidade das pessoas jurídicas exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.
3. poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sem- pre que sua personalidade for obstáculo ao res- sarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
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Nilton Coutinho foi convidado para fazer parte de um ór- gão integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente
– SISNAMA. Tal órgão terá como atribuição coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente.
Conforme se infere do texto apresentado, Nilton atuará junto à(ao):
1. Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
1. Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República.
1. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.
1. Conselho de Governo, órgão superior que tem a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes go- vernamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais.
DIREITO CIVIL
ROBERTA QUEIROZ
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Nilton, empresário do ramo de fornecimento de flo- res, anda encontrando dificuldades para financiamento de alguns investimentos em seu negócio. Assim, resol- ve tentar crédito junto ao banco GranBank S.A.. o qual exige um bem em garantia. Nilton oferece um pequeno avião de sua propriedade em garantia da dívida. Sobre o tema, marque alternativa correta:
1. Caso o banco aceite o bem dado em garantia, haverá a formalização de uma hipoteca.
1. A entrega de aeronave em garantia caracteriza um penhor.
1. Trata-se de direito real de garantia denominado anticrese.
1. Caso Nilton não efetue o pagamento da dívida, pode- rá o banco ficar com o bem dado em garantia.
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Alice precisa com urgência vender seu relógio de ouro rosé, no valor de R$ 20.000,00 para pagamento de al- gumas dívidas. Raquel, amiga de Alice desde a infância, fica muito preocupada com a situação de sua amiga. Vendo que a amiga não consegue vender o relógio, Ra- quel ameaça Patrícia para que compre o relógio. Patrí- cia, com justo receio de sofrer a ameaça promovida por Raquel, compra o objeto. Alice, sem saber da prática de Raquel, fica muito feliz e paga suas dívidas. Patrícia, após a compra, incomodada, procura aconselhamento jurídico. Considerando o caso narrado, marque alterna- tiva correta:
1. Diante do dolo empregado por Raquel, é possível que Patrícia promova a ação anulatória do negó- cio jurídico.
1. O caso reflete a coação, gerando nulidade da venda realizada.
1. No caso retratado não há possibilidade de invalida- ção do caso por coação.
1. Patrícia poderá invalidar o negócio por lesão pratica- da por Raquel.
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Eugênio, Nilton e Gustavo, proprietários do haras Cava- linhos de Pau, se comprometem a entregar um cavalo, raça pônei shetland, chamado Pé de Pano para Raquel, que está super empolgada com as aulas de equitação, mas deseja começar com uma versão menor de cavalo. Raquel ficou apaixonada pelo cavalinho e pagou aos pro- prietários do cavalo o valor total de R$ 30.000,00 no ato do contrato, em 20 de abril de 2021. Os devedores com- prometeram-se a entregar o animal no dia 24 de maio de 2021, o que, infelizmente, não ocorreu, pois estavam todos em viagem de férias – mantiveram o cavalo no res- pectivo haras. No dia 27 de maio, uma forte tempestade ocasionou uma enchente que acabou por atingir o pas- to e causar a morte do animal. Após isso tudo, Raquel procura auxílio jurídico. Considerando os fatos, marque a alternativa correta:
3. Os devedores deverão entregar outro animal da mesma raça para Raquel.
3. Os devedores não responderão por perdas e danos, pois o fato que ocasionou a morte do animal é um fato de força maior, alheio à vontade dos devedores.
3. Diante do inadimplemento da obrigação, responde- rão os devedores pelas perdas e danos em partes iguais perante Raquel.
3. Diante da impossibilidade do cumprimento da obri- gação devem os devedores restituir a Raquel o valor pago, resolvendo-se a obrigação.
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Rogério pediu emprestado a quantia de R$ 20.000,00 para Alice. Alice disse ao amigo que emprestaria, des- de que ele fornecesse algum bem em garantia. Rogério, então, resolve entregar o relógio de ouro que era de seu bisavô como forma de garantia mediante cláusula esta- belecendo que a credora poderia ter a propriedade do relógio. Alguns dias depois da entrega do bem, Rogério, diante do falecimento de seu avô, deseja enterrá-lo com o relógio; pede, então que Alice devolva o objeto para que realize esse desejo. Alice, comovida, resolve devol- ver o relógio. Considerando o caso, marque alternati- va correta:
1. A cláusula que permite que Alice fique com o relógio é válida, mas não poderá ser exigida diante da devo- lução do objeto.
1. A devolução da garantia dada pelo devedor faz pre- sumir remissão da dívida por parte de Alice.
1. A restituição voluntária do bem dado em anticrese prova a renúncia do credor à garantia, extinguin- do a dívida.
1. A restituição voluntária do relógio empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida.
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Em 2018, Patrícia alugou para Ana Paula um imóvel de sua propriedade a fim de que a locatária ali residisse por dois anos, período de vigência do contrato. A locação vigorou até 2020. Ao encerrar o contrato, Patrícia, ao vistoriar o imóvel devolvido, constatou que ele estava em condições extremamente precárias, totalmente de- predado pela ação de vândalos. Patrícia, diante do caso, busca informação jurídica com uma advogada que, por sua vez, presta a seguinte informação:
1. Patrícia deve ajuizar ação de indenização contra Ana Paula pelos danos causados em sua propriedade, acrescida de indenização por lucros cessantes, cor- respondentes ao período em que deixou de auferir a renda do aluguel do imóvel, que esteve parado para reforma.
1. Patrícia deve ajuizar ação de indenização contra Ana Paula pelos danos causados em sua propriedade, mas não tem direito de indenização por lucros ces- santes, correspondentes ao período em que deixou de auferir a renda do aluguel do imóvel, pois não há certeza de que o bem seria locado no período desti- nado à reforma.
1. Patrícia tem direito de retenção até que o bem seja restaurado.
1. Patrícia tem direito apenas de exigir de Ana Paula o valor referente aos aluguéis dos meses que o bem ficou disponível para restauração.
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Odair faleceu em 2015 e deixou como herdeiros Raquel, sua companheira há 10 anos, com quem teve três filhos
– Aryannety, Rafalety e Gustavety. Em 2016 iniciou-se o processo de inventário para partilha dos bens deixados pelo falecimento de Odair que, por sua vez, seriam: uma casa em Recife adquirida em 2012, dois veículos adquiri- dos em 2013, um apartamento, adquirido em 2014, que servia como residência da família e vários imóveis ad- quiridos antes da união estável. O Juiz do caso proferiu decisão, ainda em 2016, aplicando expressamente o art. 1.790 do Código Civil e afirmou que Raquel teria direi- to apenas aos bens adquiridos onerosamente durante a união estável com o falecido. Pouco tempo depois, o STF decidiu que “é inconstitucional a diferenciação de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros, devendo ser aplicado, em ambos os casos, o regime es- tabelecido no art. 1.829 do Código Civil. [Plenário RE n. 646.721/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso e RE n. 878.694/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 10/5/2017 – Repercussão Geral – Tema 809]. Considerando o caso narrado, marque alter- nativa correta:
3. A tese fixada pelo Supremo Tribunal Federal por ocasião do julgamento do Tema n. 809/STF, segun- do a qual “é inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros previs- ta no art. 1.790 do CC/2002, devendo ser aplicado, tanto nas hipóteses de casamento quanto nas de união estável,o regime do art. 1.829 do CC/2002”, deve ser aplicada ao inventário em que a exclusão da concorrência entre herdeiros ocorreu em decisão anterior à tese.
3. O Juiz cometeu erro de julgamento, pois a situação enquadrada no regime sucessório do companheiro, previsto no artigo 1.790 do CC, nunca impediu que o companheiro, ao concorrer com os descendentes, tivesse acesso aos bens particulares do conviven- te falecido.
3. Acertada a decisão do Juiz, pois o regime de bens que rege a união estável é o regime da comunhão universal de bens.
3. A tese fixada pelo Supremo Tribunal Federal por oca- sião do julgamento do Tema n. 809/STF, segundo a qual “é inconstitucional a distinção de regimes su- cessórios entre cônjuges e companheiros prevista no art. 1.790 do CC/2002, devendo ser aplicado, tanto nas hipóteses de casamento quanto nas de união es- tável, o regime do art. 1.829 do CC/2002”, não deve ser aplicada ao inventário em que a exclusão da con- corrência entre herdeiros ocorreu em decisão ante- rior à tese.
41
Maria Christina ajuizou ação objetivando a interdição de seu pai, Eugênio, alegando que ele está acometido de grave demência causada por doença de Alzheimer, e, por conta disso, está incapacitado para os atos da vida civil, devendo ser representado por curador. Na senten- ça, a Juíza Lorente julgou o pedido procedente e decre- tou a curatela de Eugênio, declarando-o absolutamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil, nomeando Maria Christina como curadora do pai.
Considerando o caso narrado, marque alternati- va correta:
1. A decisão da Magistrada está correta, conforme le- gislação civil.
1. Maria Christina deduziu pedido de forma equivoca- da, pois se trata de tutela, e não de curatela.
1. A decisão da Juíza está equivocada, pois Eugênio é relativamente incapaz.
1. A decisão de Lorenete está equivocada, pois Eugênio é incapaz, mas deve haver a designação de tomada de decisão apoiada.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PATRÍCIA DREYER
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Mônica resolve viajar de São Paulo a Gramado, com sua sobrinha Ana, de 10 anos. Embarca sem proble- mas, sem autorização judicial ou dos pais de Ana, mas, quando chega no hotel em Gramado, conhecido como o melhor hotel do mundo, não consegue se hospedar, pois não tinha autorização dos pais de Ana. Mônica fica muito indignada e resolve consultar seu advogado in- ternacionalmente conhecido, dr. Rafael, especialista em Direito da Criança e do Adolescente, que acertadamente orienta que
1. é permitida a hospedagem de Ana em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, salvo se au- torizado ou acompanhado pelos pais ou responsável.
1. é proibida a hospedagem de Ana em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, salvo se au- torizado ou acompanhado pelos pais ou responsável.
1. seria permitida a hospedagem de Ana em hotel, mo- tel, pensão ou estabelecimento congênere se ela fos- se adolescente e tivesse recebido autorização pelos pais ou responsável.
1. seria permitida a hospedagem de Ana em hotel, mo- tel, pensão ou estabelecimento congênere, se ela fosse adolescente, ainda que desacompanhada dos pais ou responsável.
43
Lorena, adolescente com 16 anos, comete ato infracio- nal análogo ao tráfico de drogas juntamente com seus amigos Michelle, Karina e João. Entretanto, todos são bastante pacíficos e não cometem atos violentos. Os quatro adolescentes são apreendidos em flagrante e le- vados à Delegacia de Criança e do Adolescente. Ato con- tínuo, e observado todo o procedimento legal, a autori- dade judiciária precisa adotar alguma medida. Diante do caso, assinale a alternativa corrreta.
1. O ato infracional análogo ao tráfico de drogas conduz obrigatoriamente à imposição de medida socioedu- cativa de internação dos adolescentes.
1. A medida de internação só poderá ser aplicada quan- do se tratar de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência à pessoa.
1. Para o caso concreto, a única medida socioeducativa aplicável é a liberdade assistida.
1. O ato infracional análogo ao tráfico de drogas não conduz obrigatoriamente à imposição de medida so- cioeducativa de internação dos adolescentes.
DIREITO DO CONSUMIDOR PATRÍCIA DREYER
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Rodrigo descobriu que está com hepatite C e é consu- midor contratante de plano de saúde aberto a qualque contratante, o Sua Saúde. Diante do diagnóstico, Ro- drigo precisa usar uma medicação de alto custo, oral, e pergunta ao Plano de Saúde se esse pode fornecer tal alopático. O Plano de Saúde responde que, de acordo com as normas da Agência Nacional de Saúde, tal me- dicamento está excluído do fornecimento pelo plano. O plano ainda diz que só estaria obrigado a fornecer a me- dicação se Rodrigo estivesse internado, se estivesse em tratamento contra um câncer (neoplasia) ou se estivesse em tratamento em home care. Rodrigo, então, procura você, que acertadamente, orienta que:
3. é ilícita a exclusão, na Saúde Suplementar, do forne- cimento de medicamentos para tratamento domici- liar, inclusive os antineoplásicos orais e correlaciona- dos, a medicação assistida, salvo os incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde para esse fim.
3. é ilícita a exclusão, na Saúde Suplementar, do forne- cimento de medicamentos para tratamento domici- liar, salvo os antineoplásicos orais e correlacionados, a medicação assistida e os incluídos no rol da Agên- cia Nacional de Saúde para esse fim.
3. é ilícita a exclusão, na Saúde Suplementar, do forne- cimento de medicamentos para tratamento domici- liar, inclusive os antineoplásicos orais e correlaciona- dos, a medicação assistida e os incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde para esse fim.
3. é lícita a exclusão, na Saúde Suplementar, do forneci- mento de medicamentos para tratamento domiciliar, salvo os antineoplásicos orais e correlacionados, a medicação assistida e os incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde para esse fim.
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O Banco Diâmetro S/A foi condenado a indenizar Suely por não ter cumprido contrato que previa pagamento de seguro em caso de desemprego involuntário. A indeniza- ção foi fixada em R$ 3 mil. Suely lê essa notícia na inter- net e, identicando-se com a situação, busca contato com o advogado do banco, Dr. Rogério, para saber dos seus direitos, inclusive sobre outros contratos bancários que ela celebrou com o banco. O advogado, especialista em Direito do Consumidor e em Direito Bancário, responde acertadamente todas as dúvidas. Com relação ao assun- to, assinale a alternativa correta:
1. Nos contratos bancários, é vedado ao julgador co- nhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas.
1. O Código de Defesa do Consumidor não é aplicável às instituições financeiras.
1. 
Constitui prática comercial lícita o envio de cartão de crédito, ainda que sem prévia e expressa solicitação do consumidor.
1. Renegociação de contrato bancário ou a confissão da dívida impede a possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos anteriores.
DIREITO EMPRESARIAL EUGÊNIO BRUGGER
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Daniel Assunção tem diversas casas de veraneio em Gua- rajuba/BA. Seu amigo, Arley Araújo, pretende alugar uma das casas de Daniel Assunção para passar as férias de ju- lho/2021. Sabendo da fama de destruidor de casas de vera- neio de Arley Araújo, Daniel Assunção requer uma garantia de que a casa será devolvida em perfeitas condições de habi- tabilidade. Arley Araújo oferece em garantia nota promissó- ria emitida por Cesar Figueroa no valor de R$ 1.000.000,00, com vencimento datado para 1º/08/2021 e com praça de pagamento em Curitiba/PR. Daniel aceitou a garantia.
Sobre o endosso caução, assinale a alternativa correta:
1. Quando o endosso contém a menção “valor em ga- rantia”, “valor em penhor” ou qualquer outra men- ção que implique uma procuração, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da nota pro- missória, mas um endosso feito por ele só vale como endosso a título de procuração.
1. Quando o endosso contém a menção “valor em ga- rantia”, “valor em penhor” ou qualquer outra men- ção que implique uma caução, o portador podeexer- cer todos os direitos emergentes da promissória, e o endosso feito por ele pode transferir a propriedade da nota promissória.
1. Os coobrigados não podem invocar contra o porta- dor as exceções fundadas sobre as relações pessoais deles com o endossante, a menos que o portador, ao receber a letra, tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor.
1. Os coobrigados podem invocar contra o portador as exceções fundadas sobre as relações pessoais deles com o endossante, a menos que o portador, ao re- ceber a letra, tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor.
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Priscila Thimmig é acionista da Companhia Águas de General Carneiro, estabelecida no município de Gene- ral Carneiro/MT. Em deliberação assemblear, decidiu-se pela modificação do objeto social da organização, que deixou de ser a produção e venda de água mineral e pas- sou a ser a produção e venda de erva para tereré (chi- marrão gelado).
Descontente com a decisão tomada pela assembleia de acionistas, Priscila Thimmig, que votou contra a modi- ficação, procura você, advogado (a), que respondeu corretamente sobre a possibilidade de ela se retirar da sociedade.
3. Priscila Thimmig não pode se retirar da sociedade.
3. Priscila Thimmig somente pode se retirar da socieda- de vendendo ou doando suas ações.
3. Priscila Thimmig somente pode se retirar da socieda- de recebendo o reembolso.
3. Priscila Thimmig pode se retirar da sociedade ven- dendo ou doando suas ações ou, ainda, recebendo o reembolso.
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Cachoeiro do Itapemirim Mármores S/A, companhia aberta, emitiu 5.000.000 de debêntures simples no va- lor de R$ 1,00 cada.
Sobre as debêntures, assinale a alternativa correta:
1. A companhia poderá emitir debêntures que conferi- rão aos seus titulares direito de acionista, nas condi- ções constantes da escritura de emissão e, se houver, do certificado.
1. A companhia não poderá efetuar mais de uma emis- são de debêntures, e não pode ser dividida em séries.
1. A companhia poderá emitir debêntures que confe- rirão aos seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições constantes da escritura de emissão e, se houver, do certificado.
1. A debênture somente poderá conter cláusula de cor- reção monetária.
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Ilna decidiu vender seu apartamento localizado no inte- rior do estado de Goiás e contratou o corretor Elisson. No contrato de corretagem, ficou ajustada a exclusivida- de do corretor para a venda do imóvel. Ilna, sem qual- quer mediação ou ajuda de Elisson, realizou a venda do imóvel direto para Kel.
Com base no caso apresentado e nas disposições do Código Civil sobre o contrato de corretagem, assinale a alternativa correta:
1. Elisson tem direito ao recebimento da remuneração integral, mesmo não tendo mediado a venda.
1. Elisson tem direito ao recebimento da remuneração parcial, mesmo não tendo mediado a venda.
1. Elisson não tem direito ao recebimento de remune- ração, diante do fato de não ter mediado a venda.
1. Elisson não tem direito ao recebimento de remune- ração, ainda que ajustada a sua exclusividade para a venda do imóvel.
50
Tico-Tico Madeireira Ltda. teve sua falência decretada pelo juízo cível da Comarca de Sapezal/MT.
Sobre a sentença no processo de falência, assinale a al- ternativa correta:
1. Tico-Tico Madeireira Ltda. poderá interpor recurso de agravo de instrumento contra a sentença.
1. Tico-Tico Madeireira Ltda. poderá interpor recurso de apelação contra a sentença.
1. A sentença fixará o termo legal da falência, sem po- der retrotraí-lo por mais de 100 (cem) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação ju- dicial ou do 1º (primeiro) protesto por falta de paga- mento, excluindo-se, para esta finalidade, os protes- tos que tenham sido cancelados.
1. A sentença ordenará à Tico-Tico Madeireira Ltda. que apresente, no prazo máximo de 10 (dez) dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL RAQUEL BUENO
51
Anderson e Dioclécia são casados no regime da comu- nhão parcial de bens. Ocorre que, após um triste ce- nário de violência doméstica, Dioclécia saiu de casa e está morando na casa da mãe, em Sobradinho-DF, já havendo medidas protetivas fixadas em seu favor. Seu marido mora em Ceilândia-DF, antigo domicílio do casal. Ela deseja promover a ação de divórcio e resolver todas as questões patrimoniais pendentes entre o casal, mas sabe que Anderson não concorda com o divórcio. As- sim, ela procura você, como seu/sua advogado(a). Nesse contexto, assinale a alternativa correta:
3. A ação de divórcio deverá ser promovida necessaria- mente no foro de Ceilândia-DF.
3. Poderá ser promovido o divórcio extrajudicial.
3. Nessa ação, Anderson será citado pelo correio, mas não receberá a contrafé da petição inicial.
3. A audiência de conciliação/mediação poderá ser dispensada, em virtude do contexto da violência doméstica.
52
Marília quer promover uma demanda em face de Cristiano, a fim de obter a revisão de um contrato e subsidiariamente, sua anulação por lesão, uma vez que, por inexperiência, assumiu obrigação desproporcional, qual seja, ela adquiriu um imóvel cujo valor de mercado era 300 mil reais, tendo Marília efetuado o pagamento de 900 mil reais. Assim, ela deseja continuar com a casa, mas desde que Cristiano lhe devolva o valor excedente de 600 mil, ainda que de forma parcelada. Caso contrário, ela deseja a anulação do contrato e retorno ao status quo anterior. Seu advogado Rui propôs a respectiva ação, mas esqueceu de pedir que a parte vencida pagasse os honorários advocatícios de sucumbência. Nesse contexto, assinale a alternativa correta:
1. O caso contempla uma hipótese de cumulação de pedidos imprópria eventual.
1. Nessa situação, o valor da causa corresponde à soma dos pedidos.
1. Tal cumulação não é admitida porque os pedidos são incompatíveis entre si.
1. Como o pedido de condenação aos ônus de sucum- bência não foi formulado, a parte vencida não pode ser condenada, sob pena de julgamento extra petita.
53
Helena conviveu com Manoel durante 12 anos, como se marido e mulher fossem, com o objetivo de constituírem uma família. Entretanto, após alguns desentendimentos, Helena foi tomar um café com a amiga Laura para es- pairecer, mas, quando voltou para casa, as fechaduras tinham sido trocadas. A empregada doméstica apenas lhe informou pelo interfone que estava cumprindo or- dens do patrão e que não podia deixar Helena entrar. Disse também que o patrão tinha proibido a entrada de Helena no haras do casal, tendo afirmado que passaria todos os bens para o nome de terceiros. Helena gravou a conversa e foi para um apartamento desocupado do ca- sal passar a noite e refletir. No dia seguinte, procurou um advogado para tomar uma medida judicial emergencial, a fim de obter o arrolamento e bloqueio de venda das reses e cavalos do haras do casal, e dos cachorros do ca- nil, além de uma medida para pegar suas roupas e obje- tos de uso pessoal que ficaram na casa. Posteriormente, Helena apresentaria pedido principal de reconhecimen- to da união estável com partilha de bens. Nesse cenário, assinale a alternativa correta:
1. Nesse caso, é cabível uma tutela provisória de urgên- cia antecipada antecedente.
1. O/A advogado(a) poderá requerer uma tutela provi- sória de urgência cautelar antecedente.
1. Nessa hipótese, a medida judicial correta é a ação reivindicatória.
1. O/A advogado(a) poderá requerer uma tutela provi- sória de urgência cautelar incidental.
54
Júlia, advogada em causa própria, está inconformada com uma sentença que lhe foi desfavorável. Então re- solve apelar. Ao elaborar seu recurso, na busca de jul- gados do tribunal local para fundamentar sua causa de pedir recursal e obter a sonhada reforma, percebe que seu tema de direito material é relevante e com grande repercussão social, havendo alguns poucos processos no referido tribunal sobre a mesma temática, mas com resultados divergentes, razão pela qual Júlia desejaob- ter uma uniformização de entendimento local. A partir desses fatos, assinale a opção correta:
1. Júlia pode suscitar um conflito de competência.
1. Júlia pode suscitar um incidente de resolução de de- mandas repetitivas.
1. Júlia pode suscitar um incidente de assunção de competência.
1. Júlia pode interpor o recurso de embargos de divergência.
55
Osvaldo promoveu uma ação em face de Osana, que tra- mitou pelo procedimento comum. Ao final da fase de- cisória, o Juiz proferiu uma sentença de improcedência de todos os pedidos de Osvaldo, utilizando como funda- mentação um enunciado de súmula desacompanhado de qualquer correlação entre o caso paradigma e o caso julgado. Nesse caso, você, na condição de advogado(a) de Osvaldo:
3. deve, necessariamente opor embargos de declara- ção diante da omissão do julgador no dever de fun- damentação de suas decisões.
3. poderá apelar da sentença e neste recurso questio- nar a omissão da fundamentação.
3. poderá apresentar pedido de reconsideração, que in- terromperá o prazo para a interposição dos recursos.
3. a decisão é irrecorrível porque o Juiz não está obriga- do a demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos determinantes para a forma- ção da súmula aplicada.
56
Marinalva promoveu uma execução contra Lucrécia, a fim de obter o pagamento de 100 mil reais, constante de um instrumento particular assinado pelo devedor e duas testemunhas. A executada foi citada, mas não efetuou o pagamento da dívida, muito menos ofereceu resistên- cia. Assim, promoveu-se a execução forçada e a penhora de um dos imóveis de Lucrécia, avaliado em 500 mil re- ais. Não houve questionamento acerca da avaliação, e o Juiz não fixou preço mínimo. Posteriormente, o bem foi levado à hasta pública e arrematado pelo advogado de Lucrécia, pelo valor de 250 mil reais, não havendo ainda a assinatura da respectiva carta. Todavia, Lucrécia é casada no regime da comunhão parcial de bens, tendo o imóvel em questão sido adquirido durante a vigência da sociedade conjugal, e como estava separada de fato, somente na presente data seu marido Péricles desco- briu o ocorrido, sendo a dívida executada exclusiva de Lucrécia. A partir desse contexto turbulento, assinale a opção correta:
1. Péricles deve opor embargos à execução.
1. Péricles deve opor embargos à arrematação.
1. Péricles pode opor embargos de terceiro no prazo de cinco dias da ciência da constrição indevida na sua parte do bem indivisível.
1. A arrematação foi devidamente aperfeiçoada, não havendo nenhuma objeção quanto ao arrematante.
57
Penélope promoveu demanda cível em face de Gláucia, tendo esta apresentado pedido reconvencional. Ao final, houve sucumbência recíproca. No 15º dia do prazo, às 23 horas, a ré apresentou apelação. Penélope, desespe- rada, apresentou apelação por meio eletrônico à meia-
-noite a um dia do último dia do prazo recursal. Nesse contexto, assinale a alternativa correta:
1. O advogado de Penélope pode interpor apelação adesiva no prazo de contrarrazões da apelação apre- sentada por Gláucia.
1. O recurso de Penélope é intempestivo, podendo o juízo a quo negar seu seguimento.
1. Nesse caso, não é admissível a apelação na modali- dade adesiva.
1. A apelação adesiva apresentada por Penélope, por se tratar de um recurso acessório, dispensa o recolhi- mento do preparo, só exigido na apelação principal.
DIREITO PENAL
MICHELLE TONON
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Sérgio, nascido em 10 de janeiro de 1946, foi denuncia- do pela suposta prática do crime de lesão corporal quali- ficada no contexto da violência doméstica e familiar (Art. 129, § 9º, do CP. Se a lesão for praticada contra ascen- dente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade. Pena: 3 meses a 3 anos de detenção), pois teria causado lesões leves em seu fi- lho Cleber, com quem residia. Não sendo aceita a pro- posta de suspensão condicional do processo, a denúncia foi recebida em 15 de março de 2015, tendo a ação pe- nal regular prosseguimento. A instrução se alongou por anos em razão da grande quantidade de testemunhas de acusação e defesa a serem ouvidas por carta precatória. Em 30 de janeiro de 2021, o Magistrado concluiu a ins- trução e concedeu prazo para a defesa técnica oferecer alegações finais por memoriais. Nessa situação, como advogado/a de Sérgio, você deverá:
1. manifestar-se pelo reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva estatal com base na pena em concreto, o que gera a extinção da punibilidade de Sérgio.
1. manifestar-se pelo reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva estatal com base na pena em abs- trato, o que gera extinção da punibilidade do agente.
1. manifestar-se pelo reconhecimento da prescrição da pretensão executória estatal, que afasta os efei- tos penais primários da condenação, mas não os secundários.
1. manifestar-se pela absolvição de Sérgio, por falta de provas quanto à autoria, não sendo possível o re- conhecimento da prescrição da pretensão punitiva estatal, tendo em vista que não transcorreram oito anos desde o recebimento da denúncia.
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André, primário e de bons antecedentes, sem qualquer envolvimento pretérito com crime ou organização crimi- nosa, desempregado e passando por dificuldades finan- ceiras, não mais aguentando ver sua filha chorar e pedir a comprar de uma boneca que todas as colegas da es- cola tinham, aceita transportar, mediante recebimento de valores, por solicitação de um vizinho, 100 gramas de maconha para um município vizinho ao que residia, po- rém em diferente estado da Federação. Durante o trans- porte, antes mesmo de ultrapassar o limite do município em que residia, é preso em flagrante. Durante a instru- ção, todos os fatos são confirmados, inclusive a intenção de transportar a droga para outro estado. Consideran- do apenas as informações expostas e a jurisprudência dos Tribunais Superiores, na defesa técnica de André, você deverá:
1. alegar a excludente da culpabilidade da inexigibilida- de de conduta diversa, com o pedido de absolvição de André, pois agiu para comprar a boneca que sua filha tanto pedia.
1. não poderá pleitear a aplicação da causa de diminui- ção de pena do tráfico privilegiado, já que incompa- tível com a majorante do tráfico interestadual, que deve ser reconhecida.
1. postular a aplicação da causa de diminuição do trá- fico privilegiado, inclusive sendo possível a substi- tuição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
1. o afastamento da causa de aumento do tráfico in- terestadual, pois não houve efetiva transposição da fronteira.
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No dia 15 de dezembro de 2020, Hugo, inconformado com a intenção de sua esposa Kelly de se divorciar, sur- preende-a com um forte golpe na sua cabeça, desferido com o cabo de uma vassoura. Kelly sente tontura, mas o ataque não foi suficiente para matá-la. Em seguida, Hugo, ainda muito exaltado, empurra Kelly ao chão, com a intenção de persistir nos golpes e causar sua morte. Ocorre que Kelly começa a gritar e a chorar, pedindo que Hugo pensasse na filha do casal, de apenas três anos. Hugo, então, cessa sua conduta, ajuda Kelly a se levantar e a leva ao hospital. Constata-se a existência de lesões de natureza leve na vítima. Considerando apenas as in- formações expostas, a conduta de Hugo configura:
1. 
tentativa de homicídio qualificado por ser contra a mulher, por condição do sexo feminino.
1. lesão corporal qualificada por ser contra a esposa, verificando-se o arrependimento eficaz.
1. lesão corporal qualificada por ser contra a esposa, observando-se a desistência voluntária.
1. fato atípico, em razão da desistência voluntária.
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Zezé, Barnabé e Josué praticaram, em situações diferen- tes, crimes de roubo com emprego de armas brancas. Zezé, no ano de 2016, foi condenado definitivamente pelo crime de roubo majorado pelo emprego de arma, pois, em 2015, teria, com grave ameaça exercida com emprego de faca, subtraído um carro. Por sua vez, Bar- nabé foi condenado, em primeirainstância, em março de 2018, também pelo crime de roubo circunstanciado pelo emprego de canivete, já que teria utilizado o ob- jeto para ameaçar uma senhora e subtrair seu celular. Já Josué responde a ação penal pela suposta prática de crime de roubo majorado pelo emprego de um serrote, ocorrido em janeiro de 2018, estando o processo ainda em fase de instrução probatória. Sabe-se que, em abril de 2018, entrou em vigor a Lei n. 13.654/2018, que alte- rou o art. 157 do CP, sendo revogado o inciso I do § 2º, e passando a prever que apenas o crime de roubo com emprego de arma de fogo funcionaria como causa de aumento de pena. Considerando apenas as informações expostas e que a inovação legislativa não teria inconsti- tucionalidades, as novas previsões:
1. são aplicáveis a Josué, que ainda não possui senten- ça condenatória em seu desfavor, com base no prin- cípio da retroatividade da lei penal benéfica, mas não seriam aplicáveis a Zezé e a Barnabé.
1. não seriam aplicáveis a Zezé, que já possui condena- ção com trânsito em julgado, por força do princípio da irretroatividade da lei penal.
1. não são aplicáveis aos três indivíduos, já que os fa- tos imputados teriam ocorrido antes da entrada em vigor da nova lei, aplicando-se o princípio da irretro- atividade da lei penal.
1. são aplicáveis a Zezé, Barnabé e Josué, em razão do princípio da retroatividade da lei penal mais benéfi- ca, que se opera inclusive aos processos sentencia- dos e com trânsito em julgado.
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Durante um baile funk, Gil, 19 anos, conhece Karol. Dan- çam e ingerem bebidas alcoólicas na festa e, na mesma noite, vão para um motel e mantém relações sexuais. No dia seguinte, Gil é surpreendido pela chegada de Policiais Militares no motel, que realizam sua prisão em flagrante, informando que Karol tinha apenas 13 anos. Gil, então, é encaminhado à Delegacia e, ao prestar es- clarecimentos, disse desconhecer a idade de Karol e que acreditava ser ela maior de idade, devido ao seu porte físico e pelo fato de que era proibida a entrada de meno- res de 18 anos no baile funk. Diante da situação narrada,
Gil agiu em
3. erro de tipo essencial, tornando a conduta atípica.
3. erro sobre a pessoa, devendo ser condenado como se tivesse praticado o crime de estupro contra uma moça maior de 18 anos.
3. erro de tipo, afastando o dolo, mas permitindo a pu- nição pelo crime de estupro de vulnerável culposo.
3. erro de proibição, afastando a culpabilidade do agente pela ausência de potencial conhecimento da ilicitude.
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No dia 15 de fevereiro de 2017, Morgana, nascida em 17 de fevereiro de 1999, realiza disparos de arma de fogo contra Matusalém, seu inimigo, na rua principal da pa- cata cidade do interior em que moram. No momento do crime, várias pessoas partem em socorro de Matusalém, que é levado à Santa Casa do município vizinho. Após duas cirurgias e cinco dias de internação, Matusalém falece no hospital, em virtude dos disparos efetuados por Morgana. Com a intenção de obter aconselhamento jurídico, a família de Morgana te procura. Com base na situação narrada, é correto afirmar que a moça:
1. poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a teoria do resultado para definir o momento do crime.
1. não poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a teoria da ubiquidade para definir o momento do crime.
1. poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a teoria da atividade para defi- nir o momento do crime e o homicídio se consumou quando Morgana já tinha completado 18 anos.
1. não poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a teoria da atividade para definir o momento do crime. Morgana praticou ato infracional análogo ao homicídio e poderá ser sub- metida a medida socioeducativa, nos termos do Es- tatuto da Criança e do Adolescente.
DIREITO PROCESSUAL PENAL LORENA OCAMPOS
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Após ministrar uma aula no Gran Cursos em 03/05/2020, a professora Michelle dirigiu-se ao estacionamento e encontrou, em seu carro, um bilhete anônimo, em que constavam diversas ofensas à sua honra. Em 28/06/2020, Michelle encontrou um dos professores, João Pedro, que lhe confessou a autoria do bilhete, ressaltando que Gus- tavo e Rogério também estavam envolvidos na ofensa. Michelle, em 17/11/2020, procurou seu advogado, apre- sentando todas as provas do crime praticado, manifes- tando seu interesse em apresentar queixa-crime contra os três autores do fato. Diante disso, o advogado da ofendida, após receber procuração com poderes espe- ciais, apresenta, em 14/12/2020, queixa-crime em face de João Pedro, Gustavo e Rogério, imputando-lhes a prá- tica dos crimes de injúria.
Após o recebimento da queixa-crime pelo Magistrado, Michelle se arrependeu de ter buscado a responsabili- zação penal de João Pedro, tendo em vista que somente descobriu a autoria do crime em decorrência da ajuda por ele fornecida. Diante disso, comparece à residência de João Pedro, informa seu arrependimento, afirma não ter interesse em vê-lo responsabilizado criminalmente e o convida para a festa de aniversário de seu filho, sendo a conversa toda registrada em mídia audiovisual.
Considerando as informações narradas, é correto afir- mar que o(a) advogado(a) dos querelados poderá(ão)
1. buscar a extinção da punibilidade de João Pedro, mas não de Gustavo e Rogério, em razão da renúncia ao exercício do direito de queixa realizado por Michelle.
1. buscar a extinção da punibilidade dos três querela- dos, diante da renúncia ao exercício do direito de queixa realizado por Michelle, que poderá ser ex- presso ou tácito.
1. questionar o recebimento da queixa-crime, com fun- damento na ocorrência de decadência, já que ofere- cida mais de seis meses após a data dos fatos.
1. buscar a extinção da punibilidade dos três querela- dos, caso concordem, diante do perdão oferecido a João Pedro por parte de Michelle, que deverá ser es- tendido aos demais coautores.
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Bruno, em discussão com seu vizinho Mário, entra em vias de fato com ele e acabar por lesioná-lo de forma leve. O procedimento foi distribuído para o juizado es- pecial criminal. Em audiência preliminar, com a presença de Bruno e Mário, acompanhados por seus advogados e pelo Ministério Público, houve composição dos danos ci- vis, reduzida a termo e homologada pelo Juiz em senten- ça. No dia seguinte, Mário se arrepende, procura você como advogado e afirma não ter interesse na execução do acordo celebrado. Você deve esclarecer a ele que:
3. é possível interpor recurso de apelação da senten- ça que homologou a composição dos danos civis, no prazo de 10 dias.
3. é possível interpor recurso em sentido estrito da sen- tença que homologou composição dos danos civis, no prazo de cinco dias.
3. sendo crime de ação penal de natureza pública, não caberia composição dos danos civis, mas sim transa- ção penal, de modo que a sentença é nula.
3. o acordo homologado acarretou renúncia ao direito de representação.
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Em um Juizado Especial Criminal, tramitam diversos procedimentos por infrações penais de menor potencial ofensivo. Dentre eles, quatro autores contrataram você, como advogado, para analisar a situação e verificar se cabe o benefício da transação penal:
3. – João responde pelo delito de ameaça, é primário e de bons antecedentes e recebeu o benefício da transação penal seis anos atrás;
3. – José responde pelo delito de lesão corporal leve e possui uma condenação definitiva por crime de fur- to pela qual cumpre pena restritiva de direitos;
3. – Mário responde pelo delito de desacato e já foi con- denado definitivamente por crime de roubo à pena privativa de liberdade;
3. – Pedro responde pelo delito de ameaça, é primário e de bons antecedentes e recebeu o benefício da transação penal dois anos atrás.
Com base nas situações descritas, os clientes que pode- rão receber o benefício quando analisados os requisitos objetivos para tanto são:
1. João e José, apenas.
1. João e Mário, apenas.
1. Mário e Pedro, apenas.
1. João, José e Pedro, apenas.
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A prisão temporária podeser definida como uma medida cautelar restritiva, decretada por tempo determinado, des- tinada a possibilitar as investigações de certos crimes consi- derados pelo legislador como graves, antes da propositura da ação penal. Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
1. Assim como a prisão preventiva, a prisão temporária pode ser decretada de ofício pelo Juiz, após reque- rimento do Ministério Público ou representação da autoridade policial.
1. Sendo o crime investigado hediondo, o prazo poderá ser fixado em, no máximo, 15 dias, prorrogáveis uma vez pelo mesmo período.
1. Findo o prazo da temporária sem prorrogação, o pre- so deve ser imediatamente solto.
1. O preso, em razão de prisão temporária, poderá ficar detido no mesmo local em que se encontram os pre- sos provisórios ou os condenados definitivos.
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Analise as duas situações hipotéticas:
3. – Durante investigação da suposta prática de crime de tráfico de drogas, deferiu-se busca e apreensão na re- sidência de João, em busca de instrumentos utilizados na prática delitiva. O Oficial de Justiça, com mandado regularmente expedido, compareceu à residência de João às 03h, por ter informações de que às 07h ele dei- xaria o local. Apesar da não autorização para ingresso na residência por parte do proprietário, o Oficial in- gressou no local para cumprimento do mandado, e efetivamente apreendeu um caderno com anotações que indicavam a prática do crime investigado, bem como drogas e instrumentos para a traficância.
3. – Quando deixavam o local, os Policiais e o Oficial de Justiça se depararam, na rua ao lado, com José, sen- do que imediatamente uma senhora o apontou como autor de um crime de roubo majorado pelo empre- go de arma que teria acabado de acontecer. Diante disso, os Policiais realizaram busca pessoal em José, localizando com ele o celular da vítima e uma faca.
Você foi contratado como advogado de João e de José. Assinale a opção que apresenta, sob o ponto de vista téc- nico, a medida que você poderá adotar em favor deles.
1. Não poderá pleitear a invalidade das buscas e apreensões.
1. Pleitear a invalidade da busca e apreensão residencial de João e a da busca e apreensão pessoal em José.
1. Pleitear a invalidade da busca e apreensão pessoal de José, mas não a da busca e apreensão residen- cial de João.
1. Pleitear a invalidade da busca e apreensão residencial de João, mas não da busca e apreensão pessoal em José.
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Em razão de mandados expedidos por Juiz competente, realizaram-se providências cautelares de interceptação telefônica e busca domiciliar na residência de Marcos para a obtenção de provas de crime de organização cri- minosa a ele imputado e objeto de investigação em in- quérito policial. Nessa situação, durante o procedimento investigatório, você, como advogado de Marcos:
3. terá direito de acessar os relatórios e as demais diligências da interceptação telefônica ainda em andamento.
3. terá direito de acessar os relatórios de cumprimento dos mandados de busca e apreensão e os respectivos autos de apreensão.
3. terá amplo acesso ao autos do inquérito policial e das demais diligências.
3. estará impedido de acessar os autos de apresenta- ção e apreensão já lavrados.
DIREITO DO TRABALHO RAFAEL TONASSI
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Sara, empregada da empresa F, para justificar sua falta ao serviço, apresentou um atestado médico falso obtido em Campo Grande-MS. Nesse caso, Sara praticou ato de:
1. insubordinação.
1. desídia direta.
1. improbidade.
1. incontinência de conduta.
71
Gilberto trabalha como garçom no restaurante ALFA. Além do salário mensal, ele recebe gorjetas. Ontem, Gilberto recebeu aviso prévio de que seu contrato de trabalho seria rescindido sem justa causa, sendo que o aviso prévio seria indenizado. Nesse caso, essas gorjetas
1. não integrarão o aviso prévio indenizado, indepen- dentemente de serem habituais ou não.
1. integrarão sempre o aviso prévio indenizado.
1. integrarão o aviso prévio indenizado somente se fo- rem recebidas com habitualidade por período supe- rior a 12 meses.
1. não integrarão o aviso prévio indenizado somente se não forem habituais.
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Carlos trabalha na empresa W como analista de sistema, suporte e internet. Além de seu salário mensal, recebe as seguintes utilidades: curso de informática avançada, seguro de vida e previdência privada. Nesse caso, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho,
1. apenas o curso de informática é considerado salá- rio-utilidade.
1. nenhum dos itens mencionados são considerados salários-utilidade.
1. apenas o seguro de vida é considerado salá- rio-utilidade.
1. apenas o curso de informática e a previdência priva- da são considerados salários-utilidade.
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Com relação à proteção ao trabalho do menor, a Con- solidação das Leis do Trabalho prevê o contrato de aprendizagem. Esse contrato é um contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao aprendiz formação técnico-profissional metódica, com- patível com o seu desenvolvimento físico, moral e psi- cológico. Esse tipo de contrato pode ser celebrado com pessoa maior de 14 anos e menor de
1. 20 anos.
1. 24 anos.
1. 22 anos.
1. 18 anos.
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“O Juiz do Trabalho pode privilegiar a situação de fato que ocorre na prática, devidamente comprovada, em detrimento dos documentos ou do rótulo conferido à relação de direito material”. Tal assertiva, no Direito do Trabalho, refere-se ao princípio da
1. irrenunciabilidade.
1. intangibilidade salarial.
1. continuidade.
1. primazia da realidade.
75
Nos contratos individuais de trabalho, a determinação do empregador para que o respectivo empregado rever- ta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança:
1. é considerada alteração unilateral, sendo necessária, além da anuência expressa do empregado, o paga- mento de indenização.
1. é considerada alteração unilateral, não sendo neces- sária anuência do empregado, desde que seja paga a correspondente indenização.
1. não é considerada alteração unilateral.
1. é considerada alteração unilateral, sendo necessária a existência de norma coletiva autorizadora.
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ARYANNA LINHARES
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Maryana move reclamação trabalhista em face da sua ex-empregadora Empresa Clean Ltda. e a Concessionária de Veículos Conduzindo Bem Ltda., sendo esta a toma- dora de seus serviços terceirizados. Encerrada a instru- ção processual, proferiu-se a sentença, julgando proce- dente em parte a ação e condenando a Concessionária como responsável subsidiária no pagamento das verbas deferidas à reclamante, que não obteve êxito em seu pe- dido de danos morais. No tocante aos prazos processu- ais e já esgotado o prazo para interposição de embargos de declaração:
1. todos possuem prazo comum de oito dias contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo Juiz ou tri- bunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada.
1. Maryana possui prazo de oito dias úteis. As reclama- das possuem prazos sucessivos, após o prazo de Ma- ryana, para interposição de recurso ordinário, tendo em vista que são litisconsortes passivos com procu- radores distintos, devendo cumpri-lo primeiramente a Empresa Clean Ltda. e posteriormente a Concessio- nária de Veículos.
1. todos possuem prazo comum de oito dias úteis para interposição de recurso ordinário, não importando a existência de litisconsórcio passivo, com procurado- res distintos.
1. Mayana possui prazo de oito dias contínuos e ir- releváveis para interposição de recurso ordinário, sendo que as reclamadas possuem prazo em dobro, tendo em vista o litisconsórcio com procuradores diferentes.
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O Banco Tio Patinhas S/A preferiu que o preposto Daniel, empregado em Curitiba, fosse representá-lo em audiên- cia da reclamação trabalhista movida na cidade de Na- tal. Daniel demorou muito no almoço e chegou atrasado para a audiência una designada, tendo comparecido o advogado da empresa, munido de procuração e juntado contestação oportunamente. Tendo em

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