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Salgado, associado principalmente ao sal, NaCl→ Doce, associado principalmente à sacarose→ Azedo, associado principalmente ao ácido clorídrico, HCl→ Amargo, associado principalmente ao quinino→ Umami, associado principalmente ao glutamato (presente no shoyu) Sabores doce e umami estão associados a alimentos nutritivos, enquanto o sabor amargo é reconhecido pelo corpo como um aviso da possível presença de componentes tóxicos, por isso que para alguns sabores amargos, a nossa primeira reação é cuspir • → Qualquer ponto da nossa língua sente os 5 sabores, porém há locais mais sensíveis a certos sabores O sabor das comidas está associado à visão e ao olfato também Botões gustativos (ficam na superfície da língua) Células receptoras gustativas Percebem o sabor- Fazem sinapse com neurônios- Servem como quimiorreceptores do sistema gustativo, quimiorreceptores são receptores que geram respostas a partir do estímulo químico - A parte apical dessas células possuem microvilosidades- • Células de sustentação• Células basais Formam novas células receptoras gustativas- • Cada botão gustativo possui uma abertura chamada poro gustativo, dentro desse poro, há microvilosidades onde podemos encontrar os receptores • Os botões são encontrados nas papilas gustativas (pequenas elevações na língua) Há 4 tipos de papilas Filiformes• Fungiformes• Foliadas• Circunvaladas• - • → Há 2 tipos de vias Ativar canal iônico Salgado e ácido- • Ativar proteína G Doce, amargo e umami- • Há um objetivo comum, que é aumentar a concentração de cálcio na célula. Ao aumentar a concentração de cálcio, libera-se neurotransmissores No caso do canal iônico, serotonina- No caso da proteína G, ATP- • → Quando um gustante chega na boca, a primeira coisa que ele deve fazer é se dissolver na saliva e no muco, e então, interagem com as células receptoras gustatórias → Via do gosto salgado (desencadeado pela presença de Na+) Um ligante se liga ao receptor ligado a canal iônico• O sódio entra pelo canal iônico• Há a despolarização da membrana• Os canais de cálcio dependentes de voltagem se abrem, o cálcio entra• Libera a serotonina• Os canais de sódio podem ser regulados por hormônios, como a aldosterona • → Via do gosto ácido (desencadeado pela presença de H+) Um ligante se liga a um receptor ligado a canal iônico de K+ que é sensível a H+ • Fecha o canal de K+• Despolarização pela retenção de K+• Canais de cálcio dependentes de voltagem são abertos• Libera a serotonina• → Via do gosto doce (gustducina) Um ligante se liga a um receptor• Ativa a proteína G• A proteína G ativa a adenilato-ciclase, transforma ATP em AMPc, o AMPc atrai a PKA • A PKA fosforila canais de K+, fechando-os, retendo K+• Despolarização• Os canais de cálcio dependentes de voltagem são abertos• Libera ATP• → Via do gosto amargo (transducina) Um ligante se liga a um receptor• Ativa a proteína G• A proteína G ativa a PLC, que quebra o PIP2 em Ip3, o qual abre canais de cálcio do retículo endoplasmático, promovendo uma despolarização • → O cálcio pode vir do meio extracelular ou de reservas presentes na própria célula (retículo sarcoplasmático) → Nervo facial (VII) Inerva os 2/3 anteriores da língua, dando a sensibilidade gustativa• Papilas fungiformes• → Nervo glossofaríngeo (IX) Inerva os 1/3 posteriores da língua, dando a sensibilidade gustativa e geral• Papilas circunvaladas e foliadas• → Nervo vago (X) Inerva laringe e a parte superior do esôfago • → É a iniciação de alterações fisiológicas requeridas para o processo digestivo→ A informação gustativa (o cheiro de um alimento, um alimento bonito, ouvir falar de comida...) prepara o sistema gastrointestinal para receber o alimento, promovendo salivação, etc. → O paladar muda com o tempo pois há a dessensibilização e sensibilização das papilas gustativas Idosos, por exemplo, vão perdendo a sensibilidade com o passar do tempo. • Já as crianças, não gostam muito de comer coisas novas porque ainda falta a sensibilização. E além disso, elas têm aversão a experimentar coisas novas (neofobia alimentar) Neofobia alimentar: medo de experimentar novos sabores; é uma defesa do corpo humano contra possíveis alimentos danosos - • → Se a alimentação fosse regulada apenas pelo aspecto homeostático (leptina, grelina), não haveria pessoas que amam chocolates, doces, etc... → O ato de comer, além de fornecer nutrientes, também é capaz de promover um prazer → Há duas sensações: a sensação do sabor de um alimento e uma sensação afetiva (prazerosa ou aversiva) → Gustação As células receptoras gustatórias recebem o estímulo gustatório e fazem a cascata de sinalização até haver a liberação de ATP ou serotonina. → O ATP e a serotonina atuam como sinais químicos, os quais ativam os neurônios sensoriais primários (neurônios gustatórios) → Os axônios dos neurônios gustatórios formam os nervos VII, IX ou X e vão para o núcleo do trato solitário (no bulbo) e então vão para a parte gustativa do núcleo VPM no tálamo → Após fazer sinapse no tálamo, os feixes de axônios vão para o córtex da ínsula → Depois de chegar no tronco, pode também ir pro hipotálamo ou pra medula (sistema límbico) → Maria Eduarda Silva Dias Fisiologia Sensorial sexta-feira, 2 de agosto de 2019 17:50 Página 1 de P1 Olfato Assim como a gustação, a olfação tem o objetivo de detectar substâncias químicas do meio ambiente. Por isso, são chamados sentidos químicos (e utilizam quimiorreceptores) → É importante para necessidades da vida, pois regula, a partir da detecção de compostos químicos no ar, uma série de funções Fome• Medo/proteção• Reprodução• Condições parentais• Evocam emoções• Averiguar as condições de uma alimento• Fugir em caso de cheiro de fumaça • → Além disso, o cheiro pode influenciar estados psicológicos e fisiológicos→ O olfato humano não é tão sensível a odores como o de muitos animais que precisam do olfato para sobreviver → Células receptoras olfatórias (duram no máximo 60 dias) Localizam-se no epitélio olfatório, localizado no alto da cavidade nasal• Essas células são bipolares, possuem um dendrito (que se estende do corpo celular até a superfície do epitélio olfatório) e um axônio (que se estende até o bulbo olfatório) • Na parte apical dessas células, há estereocílios, os quais entram em contato com as moléculas do cheiro • Já na parte basal, o corpo celular se alonga, formando o axônio Ou seja, a célula receptora e o neurônio são a mesma célula (2 em 1)- • Os axônios dessas células receptoras atravessam a lâmina cribriforme, formando nervos (vários axônios), os nervos fazem sinapse com as células mitrais do bulbo olfatório. Os axônios das células mitrais formam o trato olfatório • O trato olfatório faz sinapse com neurônios de outras regiões cerebrais• → Há também células suporte e células basais → Há glândulas olfatórias (glândulas de Bowmann) que produzem um muco que faz com que o estímulo químico fique retido por mais tempo na cavidade nasal pois dissolvem as moléculas odoríferas → As moléculas odoríferas entram na cavidade nasal, são dissolvidos e são detectados pelos receptores olfatórios que estão nos cílios dessas células → Os receptores olfatórios são ligados à proteína G (nesse caso, é uma proteína G especial, que é chamada de proteína Golf, pois é um tipo de proteína G encontrada exclusivamente em receptores olfatórios) → A proteína G ativa a adenilato-ciclase, que transforma ATP em AMPc→ O AMPc atrai a PKA, e a PKA fosforila canais catiônicos (de Na+ ou de Ca2+), fazendo com que um desses íons entrem, despolarizando a célula → Com isso, há a entrada de cálcio, fazendo a liberação dos neurotransmissores→ Além disso, há trocadores de Cl- que são sensíveis a cálcio. Os trocadores jogam Cl- para fora da célula, contribuindo para a despolarização → Esses neurotransmissores farão sinapse no bulbo olfatório Epitélio olfatório → Bulbo olfatório → Trato olfatório • → OBS: um receptor olfatóriopode reconhecer mais de um odorante e um odorante pode ser reconhecido por mais de um receptor olfatório. Logo, o cérebro utiliza informações provenientes de centenas de neurônios sensoriais olfatórios, em diferentes combinações, para criar a percepção de vários odores (como combinações de letras geram palavras diferentes) → Os neurônios sensoriais olfatórios (células receptoras olfatórias) estão no epitélio olfatório. O dendrito, o qual possui estereocílios, percebem o estímulo olfatório, então, o axônio dessas células se prolonga (formando o nervo olfatório, NC I), até fazer sinapse com as células mitrais (neurônios sensoriais secundários) no bulbo olfatório → Após o nervo olfatório fazer sinapse com as células mitrais no bulbo olfatório e os axônios das células mitrais formarem o trato olfatório, o trato olfatório vai para as cinco regiões do córtex olfatório (o alvo principal é o córtex piriforme, que é a parte posterior do uncus e o giro para hipocampal) → Após isso, passa no tálamo e depois vai para o córtex cerebral (córtex orbitofrontal, que está na área pré-frontal), promovendo a discriminação dos cheiros → Há vias, que ao invés de ir para o tálamo e para o córtex cerebral, vão para as amígdalas e para o hipotálamo (promovendo respostas emocionais aos cheiros) → Anosmia: incapacidade de detectar odorantes→ Cacosmia: mudança de cheiro, coisas que antes cheiravam bem, agora fedem→ Quando estamos doentes, perdemos a fome pois o muco nasal está sendo produzido em excesso, e por isso, o muco acaba tampando o receptor olfatório, impedindo que o odorante chegue nele → Paladar + Olfato + Textura = sabor O cheiro acrescenta um enorme valor ao paladar e contribui para caracterizar o sabor • Além desses fatores, condições térmicas, culturais, também influenciam o sabor de uma comida • → Visão Quando falamos de visão, estamos falando de ondas, mais especificamente, de ondas eletromagnéticas, que são ondas que não necessitam de um meio material para se propagar → A luz é uma estreita quantidade de comprimentos de ondas que são capazes de estimular nosso sistema visual → Esclera Camada mais externa que protege o globo ocular• → Córnea Continuação da esclera, só que é transparente e fica na parte anterior do olho• → Coroide → Página 2 de P1 Quando falamos de visão, estamos falando de ondas, mais especificamente, de ondas eletromagnéticas, que são ondas que não necessitam de um meio material para se propagar → A luz é uma estreita quantidade de comprimentos de ondas que são capazes de estimular nosso sistema visual Essa quantidade de comprimentos estão entre 400 e 750 nm, já que comprimentos de onda muito curtos são bloqueados pela camada de ozônio e comprimentos de onda muito longos não estimulam nosso sistema visual • → Nós, vertebrados, somos capazes de distinguir brilho (luminosidade) e cores (comprimentos de onda) → Esclera Camada mais externa que protege o globo ocular• → Córnea Continuação da esclera, só que é transparente e fica na parte anterior do olho• → Coroide Camada interna à esclera e que é muito vascularizada• → Corpo ciliar Acomoda o cristalino• → Íris Delimita a pupila• → Retina Camada mais interna• É a camada que contém os receptores sensoriais sensíveis à luz (fotorreceptores) • → Disco óptico (ponto cego, não há fotorreceptores aqui) Local de saída do nervo óptico• Local de entrada das artérias e veias centrais da retina• → Mácula lútea Local onde há a maior concentração de cones, logo, é a região de maior acuidade visual • Fóvea e fovéola • → O processo de fototransdução ocorre na retina e é o processo pelo qual os animais convertem a energia luminosa em sinais elétricos para gerar um potencial de ação. → Nos seres humanos, a fototransdução ocorre quando a luz incide na retina, o órgão sensorial do olho → A retina contém 10 camadas celulares, as mais importantes são: Camada mais externa: pigmentosa (epitélios) A camada pigmentosa absorve qualquer raio de luz que não chega aos fotorreceptores, evitando que essa luz seja refletida no interior do olho e provoque distorção na imagem - A cor escura dessas células é devido à melanina- • Depois, há uma camada de fotorreceptores (cones e bastonetes) (receptores)• Em seguida, uma camada de neurônios bipolares• Por fim, na parte mais interna do olho, há as células ganglionares• → Você poderia esperar que os fotorreceptores estivessem na superfície da retina voltada para o corpo vítreo, onde a luz chegará primeiro, contudo, as camadas da retina estão em ordem inversa, os fotorreceptores estão na parte mais externa. A maior parte da luz que entra no olho deve passar através de várias camadas relativamente transparentes de neurônios antes de chegar aos fotorreceptores (uma exceção é a fóvea na mácula lútea, onde os fotorreceptores recebem a luz diretamente) • Fotorreceptores (cones e bastonetes) Cones: mais presentes na parte central, principalmente na mácula lútea; responsáveis pela visão com mais luminosidade e a visão colorida Visão fototópica (em alta luminosidade)- • Bastonetes: mais presentes na parte lateral da retina; responsáveis pela visão com menos luminosidade e a visão monocromática Visão escotópica (em baixa luminosidade)- São mais numerosos que os cones, exceto na mácula lútea- • → O processo de fototransdução, o sinal é a captura da luz (fótons) pelo fotopigmento→ Não se há uma explicação completa sobre o que ocorre com os cones, mas há algumas teorias que tentam explicar. → Teoria tricromática Essa teoria diz que o ser humano possui pelo menos 2 tipos de cones, sendo que o ideal é que se possua 3 tipos de cone, que são os cones L, M e S (cones para comprimentos de onda longos, médios e pequenos, ou seja, para as cores primárias, vermelho, verde e azul) • Há pessoas que são dicromatas e monocromatas (possuem apenas 2 ou 1 tipo de cone) • Protanopia: perda da capacidade de ver ondas longas• Deutaronopia: perda da capacidade de ver ondas médias• Tritanopia: perda da capacidade de ver ondas curtas• → Os cones se ativam e se dessensibilizam com mais rapidez que os bastonetes → Cada tipo de cone é excitado por uma faixa de comprimentos de onda, porém, é mais sensível a um comprimente de onda específico → No escuro, os bastonetes são sensibilizados e a rodopsina (pigmento presente nos bastonetes e que é composto por retinal (molécula derivada da vitamina A) e de opsina (proteína)) está inativa. Nos bastonetes, há canais CNG (canais dependentes de nucleotídeo), que são canais sensíveis ao GMPc. → O GMPc já é produzido pelos bastonetes, então, quando o GMPc se liga ao receptor, ele promove a abertura do canal CMG, permitindo a entrada de íons positivos, como o Na+ e o Ca2+, promovendo a despolarização (a entrada de Ca2+ e sódio é maior que a saída de K+ pelos canais de vazamento de potássio), essa despolarização, posteriormente, promoverá a abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem, promovendo a liberação do neurotransmissor glutamato → Quando está claro, a luz é absorvida e acaba promovendo a ativação da rodopsina, ou → A luz entra na córnea, sofre refração e entra pela pupila, passa pela lente (cristalino) até chegar na retina → Receptores -> neurônios bipolares -> células ganglionares Vários fotorreceptores convergem para um neurônio bipolar e vários neurônios bipolares convergem para uma célula ganglionar • O processamento do sinal na retina é modulado pelas células horizontais e as células amácrinas • → Quando há a liberação do glutamato pelos fotorreceptores, há dois tipos de neurônios bipolares Luz-ligada (neurônios bipolares ON), que são ativadas quando a secreção do glutamato diminui (ou seja, a secreção de glutamato inibe esses neurônios) Receptor metabotrópico- • → Página 3 de P1 o Ca2+, promovendo a despolarização (a entrada de Ca2+ e sódio é maior que a saída de K+ pelos canais de vazamento de potássio), essa despolarização,posteriormente, promoverá a abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem, promovendo a liberação do neurotransmissor glutamato Quando está claro, a luz é absorvida e acaba promovendo a ativação da rodopsina, ou seja, há a dessensibilização (quebra) da rodopsina. → Quando a rodopsina é quebrada, o retinal vai embora da célula e fica no epitélio pigmentado e a opsina ativa a proteína G (tipo transducina), a qual, na sua cascata de sensibilização, ativa a enzima fosfodiesterase (PDE), que transforma o GMPc em GMP, inativando o canal CNG. → Como nas células há um canal de vazamento de potássio, o potássio continua saindo da célula, promovendo uma hiperpolarização, diminuindo a liberação do glutamato → A formação da rodopsina pode levar um tempo, por isso há o período de adaptação lenta quando passamos de um lugar claro para um escuro → O olho possui alguns mecanismos para se adaptar quando o olho passa de um ambiente claro para um escuro Íris que se contrai e também dilata Músculos circulares se contraem e os músculos radiais se relaxam: contrai a pupila - Músculos circulares se relaxam e músculos radiais se contraem: dilata a pupila- • → Quando há a liberação do glutamato pelos fotorreceptores, há dois tipos de neurônios bipolares Luz-ligada (neurônios bipolares ON), que são ativadas quando a secreção do glutamato diminui (ou seja, a secreção de glutamato inibe esses neurônios) Receptor metabotrópico- • Luz-desligada (neurônios bipolares OFF) que acontece quando ocorre a secreção do glutamato Receptor ionotrópico- • → Os axônios das células ganglionares se juntam e formam o nervo óptico, que sai do bulbo do olho pelo disco óptico. Em mamíferos, o nervo óptico projeta-se no corpo geniculada lateral no tálamo e depois se projeta no córtex visual primário (no sulco calcarino no lobo occipital, Bm 17) Algumas fibras não vão para os corpos geniculados, mas vão para o mesencéfalo o hipotálamo, mas a maioria vai para os corpos geniculados • → No córtex visual extraestriado, há 2 vias Via P: reconhece forma e cor• Via M: reconhece movimentos• → O campo receptivo das células ganglionares e bipolares são divididos em duas porções concêntricas, uma central e outra periférica → Quando há um estímulo luminoso centrado, que atinge menos células ganglionares, o estímulo vai direto pro foco Centro on e periferia off• → Quando há um estímulo luminoso que atinge mais células ganglionares e é mais aberto Centro off e periferia on • → Quando há um estímulo luminoso que atinge centro e periferia Centro e periferia on• Nesses casos, a imagem é pouco nítida • → Miopia: olho curto, a imagem se forma antes da retina Para consertar, usa-se lentes elipsoides • → Hipermetropia: olho longo, a imagem se forma depois da retina Para consertar, usa-se lentes circulares• → Astigmatismo: problemas na córnea ou no cristalino, fazendo a pessoa enxergar de forma distorcida em qualquer distância, pois não consegue focar a luz → Presbiopia Músculos ciliares param de responder, deixando de contrair, dificultando a vista de perto • → Glaucoma Doença geralmente associada ao aumento de pressão intraocular • Ângulo fechado ou aberto• Pessoas mais velhas tendem a ter glaucoma• Não pode tomar atropina pois a atropina é um antagonista do receptor muscarínico, o receptor muscarínico é do sistema parassimpático, e o parassimpático, nos músculos ciliares, promovem a contração. Então, quando se toma atropina, apenas o simpático atua, promovendo a contração, a qual bloqueia o ângulo iridocorneal • → Catarata Opacidade parcial ou total do cristalino • → Pupila Músculo circular Contrai: diminui a pupila- Relaxa: aumenta a pupila- • Músculo radial Contrai: aumenta a pupila- Relaxa: diminui a pupila- • → Cristalino Músculo ciliar Contrai: relaxa as zônulas ciliares, deixando o cristalino mais circular- Relaxa: contrai as zônulas ciliares, deixando o cristalino mais esticado- • → Audição Página 4 de P1 Assim como a visão, a audição também está relacionada com ondas → Audição é a modalidade sensorial que detectada vibrações mecânicas no ar ou na água, permitindo a obtenção de informações importantes acerca do ambiente → Na espécie humana, viabilizou o desenvolvimento de diversos repertórios de comunicação, como a linguagem falada e a música → Som O som é a interpretação do cérebro da frequência, amplitude e duração das ondas sonoras que nosso sistema auditivo é capaz de detectar • Nosso cérebro traduz a frequência das ondas sonoras no tom de um som. Ou seja, uma frequência alta são sons agudos, e sons de baixa frequência são sons graves. • O som é produzido por ondas de compressão e descompressão transmitidas no ar ou na água. É o produto de perturbações ou oscilações vibratórias das partículas e moléculas de ar • Nem todas as ondas irão estimular nosso sistema auditivo (ex: ultrassons e infrassons) • → Orelha externa Pavilhão auditivo • Meato acústico externo • É constituído basicamente por cartilagem (principalmente tipo II)• A parte externa tem a função de captar e conduzir as ondas sonoras em direção à orelha interna • → Orelha média Cavidade preenchida por ar • Constituída pela membrana timpânica, 3 ossículos (martelo, bigorna, estribo) e 2 pequenos músculos (estapédio e músculo tensor do tímpano) Esses músculos, quando contraídos, diminuem a vibração dos ossos.- • A movimentação da membrana timpânica promove a movimentação dos ossículos, promovendo a movimentação do líquido que preenche a cóclea • Está em conexão com a faringe por meio da tuba de Eustáquio (tuba auditiva), promovendo uma equalização da pressão • → Orelha interna Janela do vestíbulo (janela oval) e janela da cóclea (janela redonda)• Labirinto ósseo e labirinto membranoso Labirinto ósseo: cóclea, vestíbulo e canais semicirculares- Labirinto membranoso: ducto coclear, sáculo, utrículo e ducto semicircular - • → Na orelha interna, há estruturas relacionadas à audição e ao sistema vestibular (equilíbrio), porém, no caso da audição, a porção responsável é a cóclea → A cóclea é uma estrutura tubular enrolada em forma de espiral, preenchida por líquido. Cada estrutura tubular tem um nome: Rampa/escala vestibular• Ducto/escala média ou coclear• Rampa/escala timpânica• Os ductos são separados por membranas (membrana de Reissner e membrana basilar) • A escala vestibular e a timpânica são contínuas uma a outra por meio do helicotrema (pontinha do caracol) • O ducto coclear é um tubo com extremidade cega• → O líquido presente nas rampas vestibular e timpânica possui composição iônica similar à do líquido extracelular (pouco K+ e muito Na+), sendo conhecido como perilinfa. O ducto coclear é preenchido com endolinfa, que possui composição iônica similar à do líquido intracelular (muito K+ e pouco Na+) → Sobre a membrana basilar, no ducto coclear, temos o órgão de Corti, o qual possui células ciliadas, que são os receptores auditivos → O órgão de Corti se situa sobre a membrana basilar e está parcialmente coberto pela membrana tectória, que são tecidos flexíveis → Possui células ciliares/pilosas (mecanorreceptores, transformam a energia mecânica das ondas em variações do potencial de membrana (potencial de ação)) e células basais → Quando chega um som no meato acústico externo, há a vibração da membrana timpânica, a qual promove a vibração dos ossículos e consequentemente a vibração da janela vestibular. → Quando a janela vestibular se movimenta, gera-se vibrações no líquido que a escala vestibular (perilinfa). A medida que há a movimentação desse líquido, há a movimentação da membrana basilar → A membrana basilar se movimenta e percebe a frequência recebida, caso seja uma frequência muito alta, as células ciliares mais anteriores serão estimuladas, caso seja uma frequência baixa, as células ciliares mais posteriores serão estimuladas → A movimentação da membrana basilar promove a movimentação damembrana tectória, com esse movimento, os cílios menores (estereocílios) (que estão ligados entre si por proteínas) se movimentam pro lado do cinocílio (estereocílio grande). Essa movimentação dos cílios em direção ao cinocílio promove a abertura de canais de K+ que estão nos estereocílios → Como o ducto médio está preenchido por endolinfa (rica em K+), quando o canal de K+ se abre, há a entrada de K+, promovendo uma despolarização, gerando um potencial de ação, o qual, posteriormente liberará um neurotransmissor → Para hiperpolarizar, é só fazer com que os cílios se movam para o lado oposto ao do cinocílio → Após a despolarização das células ciliares, há a liberação de neurotransmissor, os neurotransmissores se ligam a receptores nos dendritos das células bipolares do gânglio espiral. Os axônios dessas células constituem o nervo coclear, o qual se junta ao nervo vestibular, formando o oitavo nervo craniano (nervo vestibulococlear) → A parte coclear do nervo vestibulococlear vai para o tronco (bulbo), fazendo sinapse nos núcleos cocleares dorsal e ventral → Após fazer sinapse nos núcleos cocleares dorsais e ventrais, pode haver fibras contralaterais e ipsilaterais → Forma-se o lemnisco lateral e os lemniscos fazem sinapse nos corpos geniculados mediais → Após fazer sinapse nos colículos inferiores e nos corpos geniculados mediais, sobe para o córtex, fazendo sinapse com os neurônios da área primária da audição (giro temporal transverso anterior, Bm 41 e 42) → Surdez de condução Lesão nos mecanismos de transmissão do som para dentro da cóclea, essa surdez ocorre na orelha externa ou média • → Surdez neurossensorial Lesões na orelha interna (geralmente, é a perda das células ciliares, na cóclea) • → Surdez neural (central) Lesão no nervo coclear ou no córtex auditivo • → Página 5 de P1 Sistema vestibular O sistema vestibular está relacionado ao equilíbrio→ A informação sensorial proveniente do sistema vestibular é usada para promover uma imagem visual estável na retina (enquanto a cabeça se move) e fazer ajustes na postura, para manter o equilíbrio. → Há 2 tipos de movimento Movimentos rotacionais • Movimentos de aceleração linear• → As estruturas responsáveis pelo sistema vestibular estão na orelha interna e são elas: Sáculo e utrículo • Canais semicirculares • → O pescoço também ajuda na manutenção do equilíbrio, os receptores presentes no pescoço informam sobre a inclinação da cabeça em relação ao corpo → Os 3 canais semicirculares do aparelho vestibular detectam a aceleração rotacional Canal semicircular lateral: movimento de dizer não• Canal semicircular anterior: movimento de dizer sim• Canal semicircular posterior: inclinar a cabeça em direção ao ombro• → Na base de cada canal semicircular, há uma expansão chamada de ampola, a qual possui uma estrutura sensorial chamada crista ampolar A crista ampolar é composta por células ciliares e uma massa gelatinosa (cúpula) • → No interior de cada ampola, há células ciliares/pilosas (assim como na cóclea), que possuem os receptores. Há também células de sustentação → No interior das ampolas, há também um fluido gelatinoso que fica em contato com as células ciliares, esse fluido é chamado cúpula, a qual possui endolinfa ao seu redor A endolinfa é o líquido presente dentro do canal semicircular• → Quando a cabeça se move, a endolinfa se move, e consequentemente, a cúpula se move também (porém se move para o lado oposto à cabeça; se a cabeça vai para a esquerda, a cúpula se move para a direita, inicialmente, isso devido à inércia. Porém, se o movimento continua, o movimento da endolinfa finalmente é o mesmo da cabeça). Quando o movimento para abruptamente, o líquido não pode parar imediatamente, então, ele continua a girar na direção da rotação da cabeça, deixando a pessoa com uma sensação de estar girando, fazendo até com que a pessoa projete seu corpo • → Com o movimento da cúpula, os cílios da célula ciliar também se movem, promovendo a abertura de canais de potássio, o que faz o potássio presente na endolinfa entrar na célula, causando uma despolarização → É importante lembrar que quando acontece um estímulo motor que envolva a rotação da cabeça, um lado é estimulado em oposição ao outro → O sáculo e o utrículo detectam a aceleração linear O que são casos de aceleração linear? São casos em que a sua cabeça acelera na direção vertical ou horizontal, tipo quando você toma impulso para correr ou quando você está em um elevador • → Mácula do utrículo = horizontal→ Mácula do sáculo = vertical → A estrutura sensorial do sáculo e do utrículo é chamada de mácula, as quais possuem células pilosas, uma massa gelatinosa chamada membrana otolítica e os otólitos/estatocônias (cristais de carbonato de cálcio) → Os cílios das células pilosas estão inseridos na membrana otolítica, e os otólitos ficam acima da membrana → Quando a cabeça se move, para frente ou para trás, os otólitos se movem, fazendo a membrana otolítica se movimentar. Com esse movimento, os cílios das células pilosas se movem, promovendo um sinal e uma despolarização → As células ciliares recebem o estímulo sobre a aceleração angular e a linear→ As células ciliares, após serem despolarizadas, liberam o neurotransmissor, o qual faz sinapse com os neurônios bipolares (neurônios sensoriais primários). O axônio desses neurônios faz o nervo vestibular, o qual, posteriormente vira o nervo vestibulococlear. → A parte vestibular do nervo vestibulococlear vai para os núcleos vestibulares no tronco encefálico (nem todas as fibras passam pelos núcleos vestibulares) → Depois de fazer sinapse no tronco, vai para o cerebelo (fascículo vestibulocerebelar)→ Página 6 de P1
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