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- A reprodução assistida é um conjunto de técnicas utilizadas pela medicina para auxiliar os pacientes a terem filhos; - ela funciona pela manipulação de, pelo menos, um dos gametas (espermatozoides e/ou óvulos) e dos meios de fecundação, preparando as condições ideais para que o processo ocorra da maneira planejada; Técnicas: - inseminação artificial; - fertilização in vitro; - micro injeção citoplasmática de SPTZ; - doação de óvulos e sptz; - doação de útero; Gerais – 40% fatores masculinos, 40% fatores femininos e 20% desconhecidos (sem explicação); Fatores femininos – 10% problemas raros, 40% patologias, 40% disfunção dos ovários e 10% idiopáticos (sem explicação); Fatores masculinos – 43% doenças, 26% idiopáticos, 10% modificação no sêmen, 9% falha testicular, 6% obstrução e 7% outros; As TRAS podem ser classificadas em: a) intracorpóreas: a inseminação artificial, que é o método pelo qual se insere o gameta masculino no interior do aparelho genital feminino, possibilitando a fecundação dentro do corpo da mulher. b) extracorpóreas: a fertilização in vitro (FIV), pela qual recolhem-se o óvulo e o espermatozoide, faz-se a fecundação fora do corpo humano; c) homólogas: utilizam-se os gametas do próprio casal; d) heterólogas: utilizam-se gametas masculino ou feminino ou ambos de doadores; - consiste na transferência mecânica de espermatozoides previamente recolhidos e tratados, com seleção daqueles que se apresentam morfologicamente mais viáveis, para a cavidade uterina; - em alguns casos, o tratamento é acompanhado do uso dos hormônios FSH e LH. - o uso destes hormônios pode aumentar as chances de se ter gestação múltipla em até 10%; - o processo, desde a coleta do esperma até a injeção no corpo da mulher é muito rápido, dura aproximadamente 40 minutos. - quando não há a indução de ovulação, as chances de sucesso são de 17%. - quando há a indução, a taxa sobe para 30%. Definição Fatores de infertilidade Classificação Inseminação artificial - os espermatozoides e os ovócitos Il são fertilizados fora do organismo humano; - depois da fecundação, os embriões são transferidos para o útero ou tubas uterinas, onde ocorre a nidação. - dependendo da idade da mulher, a quantidade de óvulos injetados varia: Até 35 anos, são inseridos dois embriões. De 35 à 40 anos, 3 embriões; De 40 à 50 anos, 4 embriões; - recomendado para pessoas com obstrução nas tubas uterinas ou baixa mobilidade dos espermatozoides, o tratamento tem taxa de sucesso entre 40% e 63%; - Micro injeção, através de micro manipuladores e ao microscópico, de um único espermatozoide diretamente no citoplasma de um ovócito. - seguidamente, o embrião é implantado segundo a mesma técnica utilizada na FIVETE( a anterior); - quando a mulher adia muito a gravidez ou seus ovários param de funcionar precocemente, ela pode se tornar infértil; - o problema pode ser resolvido através da doação do óvulo; - uma doadora desconhecida cede seus óvulos a uma clínica e eles poderão ser fecundados para serem inseridos no corpo da receptora. - a receptora toma hormônios que preparam seu corpo para receber o embrião, que foi fecundado no mesmo processo da fertilização in vitro clássico, com o sêmen do marido. - o óvulo é inserido através de um cateter e as chances de sucesso chegam a 50%. - quando homem tem ausência total de espermatozoides, o casal pode comprar uma amostra de sêmen em um banco de esperma. - a fecundação pode ser realizada in vitro ou através de inseminação artificial, de acordo com a fertilidade da mulher. - as chances de sucesso são de até 50%, quando a mulher tem menos de 35 anos. - quando o útero da mulher não tem condições de manter o embrião, o casal pode recorrer à chamada doação de útero. Fertilização in vitro e transferência de embriões F.in v. com Microinjeção citoplasmática de SPTZ Doação de óvulos Doação de espermatozoides Doação de útero espermatozoides - acontece uma fertilização in vitro usando o óvulo da mãe e o espermatozoide do pai, e o embrião é implantado em um útero emprestado. - até recentemente, apenas parentes de primeiro grau da mulher – isso é, sua mãe e sua irmã - poderiam fazer a gestação; - porém, a nova legislação permite que, além da mãe e irmã, primas e tias também doem o útero; Os embriões são selecionados de acordo com normas éticas que visão evitar doenças e garantir que a única finalidade deste procedimento e a procriação; - Resolução n°1358/92: embriões excedentes deverão ser crio preservados, não podendo ser descartados ou destruídos. - Resolução n°1957/2010: permite o descarte de embriões, devendo ser preservados apenas os viáveis. - destino dos embriões excedentários são a criopreservação, pesquisa cientificas (deve ser autorizada) e doação (autorizada). I. PRINCIPIOS GERAIS: 1.As técnicas de reprodução assistida (RA) têm o papel de auxiliar na resolução dos problemas de reprodução humana, facilitando o processo de procriação quando outras terapêuticas tenham se revelado ineficazes ou consideradas inapropriadas. 4.As técnicas de RA não devem ser aplicadas com a intenção de selecionar o sexo (sexagem) ou qualquer outra característica biológica do futuro filho, exceto quando se trate de evitar doenças ligadas ao sexo do filho que venha a nascer. 5.É proibida a fecundação de oócitos humanos com qualquer outra finalidade que não a procriação humana. 6.O número máximo de oócitos e embriões a serem transferidos para a receptora não pode ser superior a quatro. Em relação ao número de embriões a serem transferidos, são feitas as seguintes determinações: a) mulheres com até 35 anos: até dois embriões, b) mulheres entre 36 e 39 anos: até três embriões; c) mulheres com 40 anos ou mais: até quatro embriões. 7.Em caso de gravidez múltipla, decorrente do uso de técnicas de RA, é proibida a utilização de procedimentos que visem à redução embrionária. Il - PACIENTES DAS TÉCNICAS DE RA: 1.Todas as pessoas capazes, que tenham solicitado o procedimento e cuja indicação não se afaste dos limites desta resolução, podem ser receptoras das técnicas de RA desde que os participantes estejam de inteiro acordo e devidamente esclarecidos sobre o mesmo, de acordo com a legislação vigente. III-REFERENTE ÀS CLÍNICAS, CENTROS OU SERVIÇOS QUE APLICAM TÉCNICAS DE RA: As clínicas, centros ou serviços que aplicam técnicas de RA são responsáveis pelo controle de doenças infectocontagiosas, coleta, manuseio, conservação, distribuição, transferência e descarte de material biológico humano para a paciente de técnicas de RA, devendo apresentar como requisitos mínimos: 2.Um registro permanente (obtido por meio de informações observadas ou relatadas por fonte competente) das gestações, nascimentos e malformações de fetos ou recém nascidos; 3.Um registro permanente das provas diagnósticas a que é submetido o material biológico humano VI - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE EMBRIÕES: As técnicas de RA também podem ser utilizadas na preservação e tratamento de doenças genéticas ou hereditárias, quando perfeitamente indicadas e com suficientes garantias de diagnóstico e terapêutica 1.Toda intervenção sobre embriões "in vitro", com fins diagnósticos, não poderá ter outra finalidade que não a de avaliar sua viabilidade ou detectar doenças hereditárias, sendo obrigatório o consentimento informado do casal. Seleção de embriões Descarte de embriões Resolução n°1957/10 2.Toda intervenção com fins terapêuticos sobre embriões "in vitro" não terá outra finalidade que não a de tratar uma doença ou impedir sua transmissão, com garantiasreais de sucesso; 3.O tempo máximo de desenvolvimento de embriões "in vitro" será de 14 dias. VII SOBRE A GESTAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO (DOAÇÃO TEMPORÁRIA DO ÚTERO): As clínicas, centros ou serviços de reprodução humana podem usar técnicas de RA para criarem a situação identificada como gestação de substituição, desde que exista um problema médico que impeça ou contraindique a gestação na doadora genética. 1. As doadoras temporárias do útero devem pertencer à família da doadora genética, num parentesco até o segundo grau, sendo os demais casos sujeitos à autorização do Conselho Regional de Medicina. 2. A doação temporária do útero não poderá ter caráter lucrativo ou comercial. VIII - REPRODUÇÃO ASSISTIDA POST MORTEM: Não constitui ilícito ético a reprodução assistida post mortem desde que haja autorização prévia especifica do falecido para o uso do material biológico crio preservado;
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