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Resumo Sistema Nervoso (fisiologia animal)

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.Sistema Nervoso
 O sistema nervoso, juntamente com os sistemas endócrino e imune e os órgãos sensoriais, é responsável por receber estímulos diversos e coordenar as reações do organismo. O sistema nervoso recebe estímulos que afetam a superfície e/ou a parte interna do corpo. Os estímulos causam impulsos que são registrados, transmitidos, processados e respondidos na forma de reações passivas ou ativas. Dessa forma, o sistema nervoso permite que o corpo interaja, se adapte e reaja ao ambiente. Em organismos simples, essa função é realizada totalmente por células sensoriais individuais estimuladas pelo ambienteque enviam diretamente o impulso resultante por meio de um mecanismo de transmissão celular a um músculo ou célula glandular.
 Células sensoriais com mecanismos que respondem apenas pela transmissão de impulso ainda podem ser encontradas em animais domésticos como, por exemplo, no epitélio olfativo.
 No restante do corpo, os neurônios e as estruturas gliais (células). da glia, gliócitos) que os acompanham transmitem o impulso, por vezes ao longo de uma grande distância, desde a célula sensorial (célula receptora) até um órgão efetor (p. ex., célula muscular ou glandular). Uma rede neural conecta todos os órgãos do corpo. Essa rede compõe-se de tecido nervoso, o qual pode ser classificado conforme sua função ou morfologia. Essa classificação é meramente didática; na realidade, o sistema nervoso constitui uma unidade funcional única.
 
 
 A classificação morfológica divide o sistema nervoso conforme sua posição em um sistema central e um sistema periférico 
 O sistema nervoso central (SNC) inclui o encéfalo e a medula espinal A medula espinal conecta o SNC às partes restantes do organismo ou ao sistema nervoso periférico (SNP). A classificação funcional diferencia o sistema nervoso somático (cerebrospinal), o qual inerva as estruturas por meio do controle consciente (p. ex., sistema locomotor) do sistema Nervoso autônomo (vegetativo).
 O sistema nervoso autônomo funciona involuntariamente e permanece além do controle consciente do organismo. Esse sistema inerva os órgãos internos, os vasos sanguíneos e as glândulas, além de assumir o controle e a coordenação dos órgãos internos.
Funções do sistema nervoso
São divididas em duas;
Funções sensoriais: 
Sensibilidade exteroceptiva
Exteroceptores registram
estímulos do ambiente como na audição, na visão, no
paladar, o calor, o frio, a pressão, as dores, etc.);
Interoceptores 
Sensibilidade proprioceptiva 
Reagem aos estímulos
de alongamento em órgãos ocos, pressão sanguínea
(barorreceptores) ou o pH sanguíneo (quimiorreceptores
Proprioceptores se referem
à postura e posição das articulações e dos músculos);
	
Sensibilidade vegetativa (visceral).
	Funções motoras:
● Somatomotora (motricidade do corpo);
● Visceromotora (motricidade dos órgãos internos).
· As funções sensoriais do sistema nervoso registram e reagem a
diversos tipos de estímulos.
Os receptores sensoriais monitoram o ambiente externo e interno. A sensibilidade exteroceptiva envolve estímulos a partir do meio ambiente que são registrados por meio da pele, da mucosa ou de órgãos sensoriais. As informações sobre postura e posição do corpo são obtidas pela sensibilidade proprioceptiva.
Os órgãos responsáveis pela recepção e transmissão dessas informações são receptores encontrados nos tendões e nos músculos. Nesse caso, o órgão receptor e o órgão efetor são o mesmo, como, por exemplo, o mecanismo de alongamento do fuso muscular. O sistema que transmite estímulos a partir dos vasos sanguíneos ou dos órgãos internos para centros vegetativos é chamado de sensibilidade vegetativa (visceral).
As funções motoras do sistema nervoso são responsáveis
pela coordenação do movimento.
A função Somatomotora inclui todos os movimentos dos músculos estriados que atuam sob controle consciente, e esses movimentos costumam ser o resultado de estímulos ambientais. Em contrapartida, a função. Visceromotora abrange todos os movimentos dos músculos lisos que são controlados autonomamente (inconscientemente).
Essas funções do sistema nervoso estão ligadas de forma complexa. Por exemplo, um estímulo do meio ambiente (estímulo. exteroceptor) é transmitido por um receptor sensorial em um impulso nervoso. Esse impulso é transportado por nervos sensoriais aferentes até o sistema nervoso central (SNC) e coordenado nos núcleos basais. 
O estímulo é processado, e sua resposta toma forma de um impulso nervoso, o qual é conduzido por nervos motores eferentes até a musculatura. A reação muscular é controlada e regulada pela realimentação (estímulo proprioceptor) ao SNC na forma de um impulso nervoso transportado por nervos sensoriais. O indivíduo não apenas reage ao ambiente, como também interage com ele.
 Um movimento espontâneo que se origina como uma ideia no SNC é enviado como impulso nervoso através dos nervos eferentes e é registrado pelos órgãos sensoriais, os quais enviam um sinal de comunicação de retorno para
o SNC, relatando se o movimento foi completado com sucesso
ou não.
 Essa comunicação de retorno é chamada de referência. Caso o movimento tenha sido completado, o SNC envia impulsos inibidores, cessando o movimento. Caso a referência não seja satisfatória, o SNC envia sinais para intensificar o movimento. Inúmeros circuitos excitatórios no corpo compõem a
base do sistema nervoso.
Arquitetura e estrutura do sistema nervoso
O sistema nervoso segue um modelo comum que pode ser
classificado conforme sua função e estrutura em diferentes setores:
● Registro de sinal (receptores sensoriais);
● Transmissão de sinal (fibras nervosas aferentes);
● Processamento central de informações;
● Resposta ao estímulo (fibras nervosas eferentes);
● Reação do órgão efetor (músculo, glândula).
Os receptores sensoriais são macromoléculas na superfície das
células receptoras. A excitação de receptores sensoriais decorre
de estímulos mecânicos, químicos ou térmicos, e também de estímulos
eletroquímicos e da luz.
Os receptores
são classificados como mecanorreceptores, quimiorreceptores
ou fotorreceptores. Os estímulos assumem inúmeras
formas e características e são recebidos por um amplo espectro
de células sensoriais. Podem-se distinguir dois tipos de células:
● Células sensoriais primárias: o receptor localiza-se na
superfície da célula nervosa;
● Células sensoriais secundárias: o receptor localiza-se em
células epiteliais modificadas (p. ex., células capilares da
orelha interna e células sensoriais das papilas gustativas).
As células primárias encontram-se no epitélio olfativo, na forma,
de bastões e cones na retina, e como terminações nervosas livres.
Os receptores de sensibilidade profunda, localizados
nos tendões, músculos ou ligamentos e órgãos internos são sempre
células sensoriais primárias. Células receptoras ou sensoriais
podem se combinar com outras células para formar um órgão,
nesse caso, um órgão sensorial (p. ex., olho, orelha, aparelho
vestibular para equilíbrio, órgão de paladar e olfato).
Tecido nervoso
O tecido nervoso é o elemento básico que forma as diversas
partes do sistema nervoso mencionado anteriormente. O tecido
nervoso se origina da neuroectoderma. No tecido nervoso,
encontram-se as seguintes células:
● Células nervosas (células ganglionares, neurócitos,
neurônios) como células sensoriais ou receptoras;
● Células da glia (gliócitos) como protetoras e supridoras
das células nervosas.
Neurônios
Os neurônios apresentam ampla variedade quanto à sua função e
estrutura. Há uma distinção entre:
● Neurônios multipolares, que enviam impulsos para
células efetoras não neuronais (células musculares ou
glandulares) e induzem atividade (neurônios motores,
eferentes);
● Neurônios pseudounipolares, que recebem estímulos e
os enviam para centros superiores (neurônios sensitíveis,
aferentes);
● Neurônios bipolares, que formam uma rede para conectar
neurônios ao longo de distâncias curtas e longas
(interneurônios).
O neurônio é a menorunidade funcional do sistema nervoso.
Estruturalmente, ele contém um corpo celular (neuroplasma,
soma, pericário) e quantidades variáveis de prolongamentos
(dendritos e axônios) de diferentes comprimentos e graus de
Ramificação
Células da glia
Os neurônios necessitam de outras células para sua nutrição,
sustentação e isolamento.
As células da glia não transmitem impulsos;
na realidade elas assumem funções tróficas no sistema nervoso
central para os neurônios. Elas formam a barreira hematoencefálica
e se localizam entre os capilares e os neurônios.
No encéfalo, as células macrogliais (astrócitos) suprem os neurônios com nutrientes ao realizar troca de substâncias metabólicas entre capilares e neurônios.
Outras células da glia, as micróglias, envolvem material estranho e, desse modo,propiciam um mecanismo de defesa imunológica celular não
específica para proteger os neurônios.
 Células microgliais especializadas
na medula espinal, os oligodendrócitos, compõem
a bainha de mielina que fornece o isolamento para os neurônios
do sistema nervoso central. 
As células ependimárias revestem
os ventrículos do encéfalo e o canal central (canalis centralis) da
medula espinal.
As células de Schwann assumem as funções das células
oligodendrogliais no sistema nervoso periférico: elas sustentamAproximadamente 100 bilhões de neurônios compõem o
SNC, incluindo-se os interneurônios e os corpos celulares dos
neurônios motores do sistema nervoso cerebrospinal (somático)
do corpo.
o metabolismo das fibras nervosas periféricas, as quais são protegidas
por bainhas de tecido conectivo.
Sistema nervoso central
Sistema nervoso central (SNC) serve principalmente para coordenar
as funções voluntárias e autônomas dos órgãos que permitem
a sobrevivência do organismo no ambiente.
Composto pela medula Espinal e o Encéfalo
O sistema nervoso central compõe-se de diversos tipos de
tecido nervoso:
Todos os interneurônios;
● Os neurônios motores do sistema nervoso voluntário,
cerebrospinal;
● A parte central dos axônios de neurônios sensoriais;
● Neurônios motores pré-ganglionares do sistema nervoso
vegetativo, autônomo.
Aglomerados de corpos celulares com funções semelhantes são agrupados em complexos chamados núcleos (nuclei), onde os corpos celulares são conectados a dendritos aferentes por meio de sinapses. Esses aglomerados são percebidos como áreas de coloração roseoacinzentada em uma secção transversal do encéfalo ou medula espinal recém-preparado. 
Por esse motivo, esse tipo de tecido nervoso é denominado substância cinzenta (substantia grisea). 
Entre os diferentes centros do SNC percorrem vias axonais, cujos prolongamentos são envoltos por uma bainha de mielina (fibras mielinadas*), a qual lhes confere uma cor esbranquiçada, e esse tipo de tecido nervoso é denominado substância branca (substantia alba).
	
Substância cinzenta
A substância cinzenta forma os núcleos do encéfalo e também o córtex dos hemisférios cerebrais e o cerebelo, onde está conectada aos ventrículos por uma camada elástica de células ependimárias. Ela também se encontra no meio da medula espinal, onde uma secção transversal remete à forma de uma borboleta ou à letra “H”. Os núcleos na substância cinzenta podem ser classificados de acordo com:
● Forma dos neurônios (p. ex., células piramidais multipolares
ou células granulares e células de Purkinje no
cerebelo);
● Neurônios intrínsecos (axônios curtos desmielinizados
dentro de um núcleo);
● Neurônios de projeção (axônios longos e mielinizados
dos tratos de substância branca);
● Tipo de impulso nervoso (neurônios excitatórios ou
inibitórios);
● Tipo de neurotransmissor ou neuromodulador (p.
ex., neurônios colinérgicos, neurônios noradrenérgicos).
Substância branca (substantia alba
A substância branca inclui os tratos nervosos que, além de conectar os núcleos basais no SNC, também interliga partes do SNC com as áreas periféricas. Ela consiste principalmente de axônios interneuronais, mas também apresenta fibras sensoriais. A aparência esbranquiçada se deve à presença de bainhas de mielina ao redor dos prolongamentos nervosos formados a partir dos oligodendrócitos.
 A substância brancaapresenta ainda astrócitos fibrilares que compõem um tecido de sustentação no SNC e também conectam neurônios e capilares com seus prolongamentos múltiplos e raramente ramificados. As formas das diversas fibras nervosas centrais são denominadas do seguinte modo:
● Trato, uma fibra nervosa central com início e fim definidos
(tractus corticospinalis);
● Lemnisco, um trato em espiral;
● Decussação (cruzamento), um trato que passa para o outro
lado do corpo;
● Radiado, um trato que se espalha radialmente;
● Funículo, um trato compacto;
● Fascículo, um trato estreito;
● Comissura, um trato que conecta os antímeros* direito e esquerdo do SNC. A substância branca envolve a substância cinzenta na medula espinal e compõe-se de tratos ligados ao encéfalo.
Sistema nervoso periférico
Composto por nervos e gânglios;
O sistema nervoso periférico (SNP) conecta o SNC aos órgãos. Ele inclui os nervos cranianos e espinais ou medulares Pareados
O SNP compõe-se de neurônios e gânglios. Como os núcleos no SNC, os gânglios são aglomerados de corpos celulares. Os tratos do sistema nervoso periférico são as fibras nervosas.
Os nervos são as fibras ou prolongamentos nervosos dos neurônios cujo corpo celular (soma) se situa no SNC (encéfalo ou medula espinal) ou nos gânglios espinais.
As fibras nervosas apresentam diferenças quanto ao diâmetro, espessura da bainha de mielina, e no comprimento de intervalo dos nós neurofibrosos. Fascículos de fibras nervosas são encapsulados por bainhas de tecido conectivo (endoneuro, perineuro e epineuro) que também constituem a estrutura para os vasos sanguíneos (vasa nervorum) 
Cada fibra nervosa é, em sua totalidade, o prolongamento de um único neurônio. Levando em conta o prolongamento axonal, um neurônio pode alcançar até dois metros de comprimento (p. ex., o nervo laríngeo recorrente esquerdo do equino).
Os nervos formam a conexão entre órgãos e SNC. A expressão
nervos periféricos engloba:
● Nervos eferentes (axonais, motores);
● Nervos aferentes (dendríticos, sensoriais);
● Células da glia periféricas (células de Schwann), que formam as bainhas de mielina.
As fibras nervosas sempre transmitem um impulso em apenas uma direção. Um nervo eferente (do latim: “levar”) conduz impulsos do SNC para o SNP (direção centrífuga, em direção à periferia). Esses neurônios também são denominados neurônios motores, porque transportam o impulso até um órgão efetor, ou seja, os músculos ou uma glândula.
A maioria dos nervos recebe a denominação de nervos mistos porque incluem não apenas propriedades de fibras motoras e sensoriais, mas também de fibras nervosas do sistema nervoso vegetativo, autônomo (simpático e parassimpático).
Raízes motoras e sensoriais
As raízes motoras emissoras são as fibras nervosas eferentes que se projetam a partir das raízes ventrais da substância cinzenta da medula espinal. Seus estímulos nervosos são transportados para a musculatura esquelética. Em contrapartida, os estímulos sensoriais que se originam da superfície do corpo ou dos órgãos chegam ao SNC por meio das raízes dorsais dos nervos espinais. Esses fascículos de nervos sempre atravessam um gânglio de raiz dorsal sensorial (ganglion spinale) e atingem o SNC como uma raiz sensorial.
Gânglios (ganglia)
Um gânglio é um aglomerado de corpos de células
nervosas (pericários) com funções semelhantes, localizado fora
do SNC. Há dois tipos de gânglios:
● Gânglios sensoriais, que incluem o corpo celular dos
nervos sensoriais;
● Gânglios vegetativos, que incluem os neurônios motores
pós-ganglionares do sistema nervoso vegetativo.
Os gânglios vegetativos integram o sistema nervoso autônomo
e são neurônios motores pós-ganglionares. Eles podem ser
classificados da seguinte forma:
● Gânglios simpáticos em cadeia (truncus sympathicus);
● Gânglios pré-vertebrais (2o neurônio do trato simpático
para os órgãosabdominais);
● Gânglios parassimpáticos na área da cabeça;
● Gânglios intramurais na parede do canal alimentar
(plexo nervoso submucoso, plexo nervoso mioentérico).
Sistema nervoso somático (voluntário)
O sistema nervoso somático também é chamado de sistema nervoso voluntário ou animal. Esse sistema transmite impulsos nervosos ao longo de neurônios sensoriais a partir da superfície do corpo ou do sistema locomotor para o SNC. As reações a tais estímulos podem apresentar grande variação de tipo ou de qualidade e incluem:
● Reflexos inatos;
● Reflexos adquiridos (ou condicionados).
 Um reflexo exibe o nível mais simples de controle dentro do sistema nervoso. O impulso nervoso de um reflexo inato é desencadeado por um estímulo (p. ex., alongamento do músculo ou do tendão) e transportado por uma fibra nervosa sensorial aferente.
 A resposta a esse estímulo ocorre por meio de um arco reflexo simples (alongamento ou reflexo tendíneo) que se encerra em um neurônio motor eferente. Esse tipo de reflexo é um reflexo monossináptico, que ocorre inconsciente e rapidamente, e a resposta é sempre a mesma (p. ex., reflexo patelar, reflexo do tendão calcanear comum ou tendão de Aquiles).
Os arcos reflexos
polissinápticos ocorrem quando mais de dois neurônios estão envolvidos na resposta ao estímulo, significando que o impulso é transmitido por mais de duas sinapses. Reflexos adquiridos são reflexos resultantes de aprendizado, como o reflexo de salivação do experimento de Pavlov com cães.
Sistema nervoso vegetativo (autônomo)
O sistema nervoso vegetativo regula o ambiente interno do corpo. Ele governa a atividade visceral dos órgãos – como, por exemplo, respiração, digestão, circulação do sangue e funções sexuais. Além disso, alterações de pressão ou temperatura, como o nível de oxigênio no sangue são registrados pelos gânglios viscerossensoriais.
O sistema nervoso vegetativo se divide em:
● Sistema nervoso simpático
(pars sympathica, sympathicus);
● Sistema nervoso parassimpático
(pars parasympathica, parasympathicus);
● Sistema nervoso entérico
O simpático e o parassimpático são dois sistemas antagônicos contrastantes de controle sobre a atividade visceral.
Os núcleos do simpático estão presentes apenas nas regiões torácica e lombar da medula espinal (saída toracolombar). Os axônios simpáticos deixam o corno ventral da medula espinal juntamente com os neurônios motores e continuam até a cadeia simpática.
 A cadeia simpática (tronco simpático, gânglios simpáticos paravertebrais pareados em cadeia) é uma série de gânglios simpáticos unidos adjacentes e paralelos a cada lado da coluna vertebral na região toracolombar. Desde seu ponto de origem, os fascículos de fibras nervosas atravessam gânglios não emparelhados até os órgãos.
O simpático ativa as funções vitais (função catabólica):
● Aumenta a pressão sanguínea;
● Aumenta as frequências cardíaca e respiratória;
● Causa a constrição dos vasos sanguíneos (vasoconstrição
sem o coração);
● Mobiliza a glicose (glicólise);
● Aumenta a transpiração, eleva pelos, dilata as pupilas;
● Inibe a atividade do canal alimentar.
Afirma-se que o simpático é adrenérgico, porque os neurotransmissores liberados durante a estimulação são a noradrenalina e o neuropeptídeo Y. Farmacologicamente, o simpático pode ser estimulado por simpatomiméticos e inibido por simpatolíticos; betabloqueadores reduzem a frequência cardíaca e a pressão sanguínea por meio da vasodilatação.
Parassimpático
O parassimpático antagoniza o simpático no sentido de retornar o corpo a um estado de repouso. Ele contém dois núcleos separados: os núcleos cranianos no tronco encefálico (parassimpático craniano) e os núcleos caudais na região sacral da medula espinal (parassimpático pélvico). A maioria das fibras nervosas parassimpáticas está compreendida no par do nervo Craniano.
Os neurônios pós-ganglionares situam-se nos gânglios parassimpáticos da região da cabeça e também nos gânglios pré-vertebrais e entéricos dos órgãos. O parassimpático inibe o uso de energia pelo corpo (funções trofotrópicas) dos seguintes modos:
● Redução das frequências cardíaca e respiratória a seus
valores de base;
● Constrição dos brônquios;
● Constrição das pupilas;
● Estímulo da digestão;
● Intensificação do metabolismo
Afirma-se que o parassimpático é a colinérgico, porque o principal
neurotransmissor liberado é a acetilcolina. Um dos cotransmissores é o peptídeo intestinal vasoativo (VIP), e o agente parassimpatolítico mais conhecido é a atropina. Quando aplicada topicamente aos olhos, a atropina causa dilatação das pupilas.
 O sistema entérico situa-se na parede do canal alimentar e independe dos
sistemas nervosos simpático e parassimpático, mas pode ser modificado
por ambos. Esse sistema contém duas redes nervosas:
● Plexo nervoso submucoso; na tela submucosa;
● Plexo nervoso; na túnica muscular.
Sinapses
Sistemas complexos de neurônios dependem de cruzamentos capazes de transmitir impulsos nervosos entre neurônios, células musculares e células glandulares. Esses espaços entre as diversas células envolvidas na sinalização nervosa são chamados de sinapses e desempenham um papel extremamente importante na transmissão de impulsos.
Um neurônio pode ser equipado com apenas algumas centenas de sinapses ou muito mais que mil sinapses. 
Elas dividem uma rede de neurônios em unidades funcionais responsáveis pelo processamento de informações. 
Sem as sinapses, um impulso nervoso poderia se espalhar por toda
uma rede de neurônios interconectados, e causar uma sobrecarga
de informações ou de sinais.
 Células vizinhas trocam informações por meio de sinapses que funcionam como inibidores ou intensificadores (sinapses inibitórias/excitatórias). As informações transportadas pelo sistema nervoso são transmitidas na forma de sinais elétricos e químicos. Um sinal elétrico se propaga pela diminuição do potencial de membrana nos neurônios (sinapse elétrica). Um sinal químico se propaga pela liberação de neurotransmissores na sinapse (p. ex., acetilcolina, noradrenalina, dopamina, serotonina). 
Uma sinapse compreende as seguintes estruturas:
Neurônio pré-sináptico (com corpúsculo bulboso) com
a membrana pré-sináptica;
● Fenda sináptica;
● Neurônio pós-sináptico com a membrana pós-sináptica.
O corpúsculo bulboso sináptico varia de acordo com o tipo de
tecido onde é encontrado:
● Sinapses neurossensoriais (p. ex., nervos sensoriais das
orelhas ou da língua);
● Sinapses neuroglandulares (p. ex., órgãos endócrinos e
exócrinos);
● Sinapses interneuronais entre os corpos celulares, dendritos
ou axônios de neurônios;
● Sinapses neuromusculares (placa motora).
As sinapses neuroglandulares também são chamadas de sinapses
neuroepiteliais. Juntamente com os hormônios, essas sinapses
intensificam ou inibem a secreção glandular.
As sinapses neuromusculares respondem pela transmissão
de impulsos nervosos aos músculos esqueléticos.
Os neurotransmissores mais importantes são a acetilcolina (receptores colinérgicos) e a noradrenalina (receptores adrenérgicos). Os receptores colinérgicos se encontram nas placas motoras, em todas as sinapses parassimpáticas, nas sinapses pós-ganglionares das glândulas sudoríparas, nas anastomoses arteriovenulares e no SNC.
 Bloquear os receptores colinérgicos, com curare, por exemplo, causa relaxamento total do músculo esquelético. Esse mecanismo é aproveitado em
anestésicos.
Os receptores adrenérgicos se dividem em receptores A_e B_. A estimulação de receptores A leva à vasoconstrição, e a estimulação dos receptores B causa vasodilatação. A ativação dos receptores B aumenta a frequência cardíaca e a motilidade intestinal, enquanto a ativação dos receptores B inibe os
brônquios e os músculos lisos.
 É possível bloquear receptores com uma substância (bloqueadores de receptores) que anula a atividade dos neurotransmissores. Os chamados bloqueadores de receptores _ inibem o efeito cronotrópico positivo dos receptores no coração e são indicados para o tratamentode pressão alta.
Os neuromoduladores (cotransmissores, p.ex., substância P, endorfina, neuropeptídeo Y e somatostatina) influenciam a excitabilidade dos nervos durante mais tempo. Após a estimulação, o neurotransmissor deve ser desativado o mais rapidamente possível para impedir uma despolarização permanente e descontrolada do neurônio pós-sináptico. Caso contrário, o neurotransmissor se acumula na sinapse e, no caso de uma placa neuromuscular, pode ocasionar paralisia da musculatura. A desativação da excitação sináptica se dá por meio de um de três mecanismos: enzimas (p. ex., acetilcolinase) degradam o neurotransmissor na fenda sináptica; a vesícula de transporte é reciclada; ou as células da glia vizinhas degradam ou desativam o transmissor.
Barreiras no sistema nervoso
Há barreiras biológicas no sistema nervoso que controlam o acesso dos componentes sanguíneos ao tecido nervoso.
● Barreira hematoencefálica;
● Barreira hematoliquórica;
● Barreira hematonervosa
Os mecanismos que controlam o ambiente singular do encéfalo são chamados coletivamente de barreira hematoencefálica
 A barreira hematoencefálica restringe o transporte ao encéfalo com
barreiras tanto físicas (zônulas de oclusão) quanto metabólicas (enzimas). 
Essa barreira é composta por células endoteliais dos capilares, as quais permitem a passagem apenas de determinadas substâncias (p. ex., lipossolúveis). Outras substâncias são conduzidas ativamente por meio dessa barreira pelo transporte mediado por receptores (p. ex., glicose ou aminoácidos).
A barreira hematoliquórica é formada pelas células epiteliais do plexo coróideo (plexus choroideus) nos ventrículos do encéfalo (ventriculi cerebri) e funciona de modo semelhante à barreira hematoencefálica. As células ependimárias, que revestem os ventrículos, formam uma lâmina contínua ao redor do plexo coróide. Elas dobram-se sobre si mesmas, formando uma membrana aracnóideo de folha dupla. Dentro dessa camada dupla está o espaço subaracnóideo, que participa da drenagem do líquido cerebrospinal.
Uma barreira presente no sistema nervoso periférico é chamada de barreira hematonervosa. Trata-se de uma barreira semipermeável de difusão entre o endoneuro e os capilares dos vasa nervorum, cujas células endoteliais formam zônulas de oclusão que estabelecem a barreira. Descobriu-se que essa barreira é relativamente menos eficaz dentro das raízes nervosas, gânglios de raiz dorsal e gânglios autônomos, do que em outros segmentos do nervo.
REFERÊCIAS:
Veterinary anatomy of domestic mammals, 6th Edition.
König H.E., Liebich H.-G., Veterinary Anatomy of Domestic Mammals
Copyright ©2014 by Schattauer GmbH, Stuttgart/Germany
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