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Comunicação Organizacional 02 1. A Tecnologia da Informação 4 O que é e como se processa a informação e a comunicação 5 A Tecnologia da Comunicação no Âmbito Empresarial 8 A Importância da Comunicação 9 O Fluxo ou os Processos da Comunicação na Empresa 10 2. Tipos de Comunicação Empresarial 14 Redes de comunicação 19 Comunicações escritas 19 Quais São as Características da Comunicação Escrita? 21 Como é a Linguagem da Comunicação Escrita? 22 Quais suas limitações, obstáculos e medidas de superação? 23 As comunicações/correspondências internas 24 3. A Comunicação Empresarial Estratégica 29 4. Referências Bibliográficas 35 03 4 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL 1. A Tecnologia da Informação or definição, a Tecnologia da Informação (TI) designa o con- junto de recursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação, sendo uma das áreas da ciência que mais evolui, utilizan- do quatro componentes básicos: hardware (e seus dispositivos e peri- féricos); software (e seus recursos); sistemas de telecomunicações; ges- tão de dados e informações (RE- ZENDE E ABREU, 2000, p. 2). Para Valentim (2000, p. 4) “A ciência da informação [...] se apoia na comunicação, na linguística, na informática, na administração, na psicologia entre outras [...]”, tendo como principal objetivo, melhorar a qualidade e a disponibilidade de in- formações e conhecimentos impor- tantes para a empresa, os clientes e fornecedores. Entretanto, o simples fato de introduzir a informação em um sistema não garante inovação, solução ou mesmo acompanhamen- to da globalização, sendo necessário processar e saber analisar a infor- mação, pois só assim esta última orientará a empresa na tomada de decisões nos níveis operacional, tático e estratégico. Valentim (2000) ressalta tam- bém que o profissional de TI pode e deve trabalhar a informação como apoio à decisão, ou seja, contribuir para a tomada de decisão; como fa- tor de produção, isto é, quanto ma- ior for o valor agregado em um produto ou serviço, maior será a necessidade de informação nas eta- pas de concepção e produção; como insumo de pesquisa e desenvol- vimento tecnológico (P&D), ou seja, P 5 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL o processo de P&D deve ser apoiado integralmente por informações du- rante sua trajetória; como fator de gestão, ou seja, contribuindo para multiplicar a sinergia entre os indi- víduos da organização. Ainda dentro das vantagens proporcionadas pela TI podemos falar em mudanças de paradigma como, por exemplo: a informação que antes era individualizada agora é integrada e mais flexível. “O sistema de informações proporciona a visibilidade adequada para que gerentes de linha e funcio- nários possam navegar e trabalhar perante metas e objetivos mutáveis e complexos. Quanto mais infor- mações, tanto menor a incerteza a respeito das decisões a tomar” (CHIAVENATO, 2004, p. 463). Enfim, a Tecnologia da Infor- mação oferece infraestrutura para que os departamentos sejam inte- grados dentro de uma empresa, pro- porcionando agilidade e confiabi- lidade na informação repassada. O que é e como se proces- sa a informação e a comu- nicação É notório que a vantagem competitiva está com quem tem ra- pidez para agir no mercado e fazer inovações antes que os outros com- correntes as façam. Deste modo, transformar as informações disper- sas em conhecimento produtivo é um dos maiores desafios que as empresas enfrentam no presente, principalmente as grandes corpora- ções. Estudos da Cooper & Lybrand citados por Chiavenato (2004, p. 461) mostram que muito se perde em burocracia e papel, como por exemplo, existem documentos que são xerocados 19 vezes e um em cada 20 documentos é perdido, o que equivale a um documento perdido a cada 12 segundos no mundo. Outro exemplo é sobre a quantidade de informações processadas: em papel, cerca de 95%; em microfilme, 4% e apenas 1% em formato digital. Então, para extrair conheci- mento produtivo da informação dispersa, Chiavenato (2004, p. 463) expõe duas tendências tecnológicas: a disseminação das intranets e dos softwares para trabalho em grupo, aproveitando a internet e, por outro lado; a digitalização dos documen- tos, que disponibiliza as infor- mações em qualquer lugar. Por essa visão, a tendência da internet permite reunir e aproximar pessoas distantes com grande eco- nomia de tempo e a tendência da digitalização permite uma rápida recuperação de informações preci- sas. 6 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL Deste modo pode-se concluir até o presente momento que a tecno- logia digital é capaz de transformar a informação em conhecimento, o que para Chiavenato (2004, p.463) representa uma questão de sobrevi- vência para as empresas. E como definir comunicação? No Dicionário Eletrônico da Língua Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (2004) comuni- cação é definida como ato ou efeito de emitir, transmitir e receber men- sagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual. Carvalho e Serafim (1995, p. 84) conceituam ou caracterizam a comunicação na perspectiva empre- sarial como a transmissão de ideias, visando integrar um grupo de traba- lho na compreensão e execução dos objetivos da unidade. Classicamente, esse conceito envolve os componentes básicos do processo de comunicação, ou seja: a mensagem, o código, um emissor e um receptor, conforme mostra a ilustração a seguir. Figura 1: Componentes do processo de comunicação Fonte: Carvalho e Serafim (1995, p. 79) O emissor é a fonte primária da mensagem comunicada. Pode- mos chamar também de transmissor ou remetente. Ele desencadeia o processo de comunicação. A ele cabe escolher o conteúdo adequado da mensagem, a utilização correta de símbolos, os quais possibilitarão o código correto, escolhendo ainda o canal aberto para veicular a mensa- gem. Todos esses pontos visam tornar a mensagem compreendida pelo destinatário. 7 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL Nesse sentido, para que o emissor possa comunicar-se de ma- neira clara, objetiva e racional, fazendo-se entender plenamente, ele precisa desenvolver habilidades de comunicação, tanto escrita quan- to falada, bem como a leitura e audição e seu pensamento. A mensagem é o conteúdo da comunicação, tanto na fala como na escrita. Definida como “[...] o com- junto de signos (símbolos ou sinais) que o remetente envia ao desti- natário, a fim de estimulá-lo a produzir uma resposta” (CARVA- LHO E SERAFIM, 1995, p. 80). Quanto ao conteúdo da mensagem, este dependerá da escolha das palavras e da sua organização em frases. O código é todo conjunto de conhecimentos que emissor e recep- tor possuem em comum antes do reconhecimento da mensagem, sen- do a linguagem humana, o código mais importante e mais utilizado que existe, constituída por símbolos e regras perfeitamente definidas (CARVALHO E SERAFIM, 1995, p. 80). O canal ou o veículo é o componente físico utilizado pelo emissor para levar a mensagem ao receptor. Na linguagem publicitária o termo “mídia” é utilizado para identificar os canais de comunicação de massa (jornais, rádio, etc.) (CAR- VALHO E SERAFIM, 1995, p.80). A escolha do tipo de canal utilizado pelo emissor é importante devido a fatores tais como dispo- nibilidade financeira, recursos téc- nicos disponíveis, poder de impacto, amplitude e profundidade deseja- das, dentre outros. O receptor ou destinatário, é o sujeito que recebe a mensagem e, após decodificá-la, deve produzir uma resposta esperadapelo reme- tente. Deste modo observa-se que na comunicação empresarial são cinco os elementos essenciais: um comu- nicador que transmite uma mensa- gem ao destinatário, a fim de influ- enciar seu comportamento, confor- me revela a sua resposta. Shannon e Weaver citados por Carvalho e Serafim (1995, p. 87) inspiraram um modelo de comuni- cação que inicialmente destinava-se a físicos e matemáticos, mas que acabaram por incorporar-se ao processo de comunicação, onde há interferência de ruídos, o qual é caracterizado, na comunicação hu- mana como um conjunto de barrei- ras, obstáculos, acréscimos, erros e distorções que prejudicam a com- preensão da mensagem em seu fluxo, demonstrado na ilustração que segue: 8 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL Figura 2: Processo básico de comunicação segundo Shannon e Weaver Fonte: Carvalho e Serafim (1995, p. 82) Entre os fatores que dão lugar aos ruídos na comunicação, temos: Ausência de identificação en- tre emissor e receptor; Mensagem mal estruturada, seja no uso inadequado de códigos, seja no emprego deficiente de canais; Deformação do conteúdo da mensagem durante o processo de sua transmissão entre a fonte e o destinatário; Omissão de detalhes impor- tantes da mensagem em nome de uma aparente objetividade ou comodidade; Problemas de ordem pessoal entre a fonte e o destinatário, prejudicando a assimilação da mensagem transmitida; Ausência de tempo hábil para codificar e decodificar a mensagem, prejudicando sua compreensão; Sobrecarga, ou, ao contrário, escassez de informações du- rante a transmissão de men- sagem (CARVALHO E SERA- FIM, 1995, p. 84). A Tecnologia da Comuni- cação no Âmbito Empresa- rial Não existe nenhuma organi- zação sem uma prática comuni- cativa, ainda que os processos comu- nicativos não sejam institucional- lizados. Eles são essenciais para a operação da entidade e estão inti- mamente vinculados às formas de significar, valorar e expressar uma organização, isto é, ao processo comunicacional e constitutivo da cultura da organização, e de sua Mensagem Fonte de informação Transmissão Receptor Destinatário Fonte de ruído Mensagem Sinal transmitido Sinal recebido 9 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL identidade, configurando imagens reconhecidas por seus diversos pú- blicos internos e externos. A comu- nicação pode ser entendida, então, como um alicerce que dá forma à organização, fazendo-a ser aquilo que ela é. Porém, isso não significa que a comunicação seja algo autô- nomo, porque ela será sempre correspondente à forma de ser daquilo que a engendra, neste caso, a empresa ou instituição (CAR- DOSO, 2006, p.9). Para o mesmo autor, a comu- nicação organizacional necessita ser entendida, de maneira integral, como um elemento que atravessa todas as ações de uma empresa ou organização e que configura, de forma permanente, a construção de sua cultura e identidade. Cada vez mais, torna-se claro como os proces- sos de comunicação contribuem para desenvolver formas de inter- relação mais participativas e, por- tanto, mais comprometidas, dando maior flexibilidade às organizações como base de sua permanente trans- formação e facilitando sua interação social de modo responsável para conjugar seus interesses com as condições culturais, econômicas e políticas nas quais se movem. A Importância da Comu- nicação Segundo Carvalho e Serafim (1995, p. 77) “a preocupação dos executivos com os problemas das co- municações tem sido um aconteci- mento crescente nos últimos tempos e muito devido à complexidade cada vez maior e mais intensa da civi- lização, principalmente do ponto de vista tecnológico e financeiro”. Os mesmos autores inferem que a questão da comunicação é muito importante para a integração completa de qualquer grupo de trabalho e que o desenvolvimento administrativo das empresas e das pessoas inclui a comunicação como um elemento-chave e de real impor- tância para o seu funcionamento e integração. Para Lacombe (2005, p. 240) “tão importante quanto saber ex- pressar-se, ou transmitir uma men- sagem é saber decodificá-la, ou seja, saber ouvir”. Na concepção de Baldissera (2000, p. 20) comunicar é criar vínculos e qualquer interferência 10 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL num dos elementos atingirá o todo. Sob esse ângulo, a comunicação é entendida como processo de cons- trução de sentidos, [...] que permite que os emissores/receptores, parti- cipantes de um complexo jogo de relações interativas, realizem o intercâmbio de mensagens, com diferentes graus de informações, mediante o uso de linguagens. Chiavenato (2004) também corrobora com as opiniões acima ao afirmar que toda organização deve ser constituída sobre uma sólida base de informação e de comu- nicação e não apenas sobre uma hierarquia de autoridade, ou seja, da base até a cúpula, todos devem assu- mir suas responsabilidades através da disseminação da informação. Drucker (1992 apud Chiave- nato, 2004, p. 462) reafirma que cada pessoa deve aprender a fazer duas perguntas fundamentais. A primeira é: qual a infor- mação de que necessito para o meu trabalho: de quem, quando e como? A segunda: qual a informação que eu proporciono aos outros a respeito do trabalho que eles fazem, de que forma e quando? Essa afirmação leva a perceber que nessa Era da Informação, cada vez mais as organizações necessitam de sistemas informacionais adequa- dos para lidar com a complexidade ambiental e para transformar seus funcionários em parceiros e agentes ativos da mudança e da inovação. Percebe-se que uma comuni- cação eficiente influencia e muito, em todos os aspectos da persona- lidade do liderado, levando a acre- ditar que as comunicações consti- tuem-se o elo de ligação entre o que o gerente pensa e o que seu grupo de trabalho assimila e pratica, por- tanto, você enquanto gestor de equi- pes e liderança deve ficar atento às boas práticas de comunicação, pois delas pode depender o sucesso da organização em que atua. O Fluxo ou os Processos da Comunicação na Empresa Visto a importância da comu- nicação é chegado o momento de conhecer a dinâmica e o funcio- namento de uma empresa que em muito dependem do fluxo de comu- nicações que pode acontecer no sentido vertical (ascendente, des- cendente) ou horizontal (para os lados) ou ainda, na diagonal. 11 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL Quando as comunicações acontecem de cima para baixo, são chamadas descendentes e envolvem a seguinte dinâmica: fazer as coisas acontecerem por intermédio dos liderados. O emissor transmite de várias formas, instruções, diretrizes, ordens, procedimentos, etc. De acordo com Carvalho e Serafim (1995, p. 87) são cinco os tipos de comunicação descendentes: Diretrizes especiais para as tarefas: instruções de cargo; Informação destinada a pro- duzir compreensão das tarefas e sua relação com outras fun- ções organizacionais: lógica do cargo; Informação sobre procedi- mentos e práticas organiza- cionais; Feedback para o empregado sobre seu desempenho; Informação para desenvolver um senso de missão: argu- mentação sobre objetivos. As comunicações para baixo, sob forma de ordem oral ou escrita, são fundamentais para a empresa funcionar. Ela envolve diretrizes e procedimentos. As diretrizes podemos definir como orientações de caráter perma- nente, sustentando a tomada de certas medidas específicas, rígidas e oriundas dos escalões superiores, constituindo-se em parâmetros ne- cessários para o bom funcionamento da empresa. Os procedimentos seriam representação detalhada das etapas rotinas e métodos específicos a seguir na execução do que foi determinado por uma diretriz.Carvalho e Serafim (1995, p.87) inferem que sem ordem não há coordenação, sendo este, um fator decisivo que faz uma empresa funcionar. Dentre as formas usuais deste tipo de comunicação tem-se: os memorandos, as reuniões, os orça- mentos, os manuais do empregado e as publicações da organização. A comunicação do tipo ascendente ou “as comunicações de baixo para cima têm como finali- dade verificar se os liderados assi- milaram e agiram em função da orientação recebida” (CARVALHO E SERAFIM, 1995, p. 88). Elas vão dos subordinados para os superiores. A figura 1 mostrou que o processo de comunicação só com- pleta seu ciclo quando o último e 12 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL mais importante elo da cadeia, o destinatário, compreende e age con- forme o esperado, ou seja, acontece o feedback. Dentre os tipos de comuni- cação ascendente tem-se: Relatórios transmitindo dados estatísticos (unidades produ- zidas ou vendidas, pessoal contratado ou demitido, etc.); Relatórios financeiros (aumento e oscilações do capital, nível de investi- mentos, contas a pagar e a receber, etc.); Opiniões, ideias, sugestões, re- clamações, queixas e críticas; Reclamações formais com flu- xo por processamento próprio em seu caminho ascendente, exigindo, via de regra, solução. Na comunicação horizontal, a informação flui entre os membros de um mesmo grupo de trabalho ou entre membros de diferentes grupos de trabalho situados ao mesmo nível hierárquico; e como tal fluxo é lateral, a comunicação também é referida por comunicação lateral, vi- sando proporcionar um canal direto de comunicação para os que, fora da cadeia de comando, consigam rápi- da coordenação e cooperação. Para Carvalho e Serafim (1995, p. 87) onde há trabalho em grupo, paralelamente há necessidade de comunicações internas e externas. Comunicações do tipo diago- nal ou lateral são as misturas das hierarquias. Segundo Rego (1986, p. 66) estas “[...] compreendem o fluxo de informações entre os escritórios e departamentos e seções é responsá- vel pela coordenação e combinação das diversas posições e unidades, visando o trabalho em conjunto”. 1 3 14 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL 2. Tipos de Comunicação Empresarial Comunicação Empresarial compreende um conjunto complexo de atividades, ações, estratégias, produtos e processos desenvolvidos para reforçar a imagem de uma empresa ou entidade (sindicato, órgãos governa- mentais, ONGs, associações, univer- sidades etc.) junto aos seus públicos de interesse (consumidores, empre- gados, formadores de opinião, classe política ou empresarial, acionistas, comunidade acadêmica ou finan- ceira, jornalistas etc.) ou junto à opinião pública (NOTÁRIO JUNI- OR ET AL, 2007). A comunicação empresarial evoluiu de seu estágio embrionário, em que se definia como mero aces- sório, para assumir, agora, uma função relevante na política negocial das empresas. Deixa, portanto, de ser atividade que se descarta ou se relega a segundo plano, para se firmar como insumo estratégico, de que uma empresa ou entidade lança mão para idealizar clientes, sensibi- lizar multiplicadores de opinião ou interagir com a comunidade (BU- ENO, 2000, p. 50). Ao entendermos que a infor- mação serve para gerir, criar e de- finir a identidade e a imagem de uma organização, podemos inferir que ela tem uma função estratégica ao meio onde situa a organização e A 15 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL uma função de mobilização interna para que todos tenham como foco, a missão e os projetos da organização. Desta forma, as organizações necessitam desenvolver e dedicar uma especial atenção ao sistema de comunicação interna para que se crie uma ordem interna, uma coor- denação das atividades, uma inte- gração das ações que irá desenvolver e uma linha orientadora de conso- lidação do papel que todos têm na organização. Nas organizações, a comunica- ção interna não deve ser vista so- mente como a circulação de infor- mação para dar conhecimento do que deve ser feito, como deve ser feito e quem faz o quê. Ela deve ser entendida e vista como o processo de criação de um sistema de inte- rações entre vários emissores e re- ceptores que se interligam, se inter- influenciam e partilham significados simbólicos (JORGE; SILVA, 2003). Vendo por outra perspectiva, mas chegando aos mesmos fins, Bahia (1995, p. 31) divide a Comu- nicação Empresarial em: comuni- cação externa, ou aquela que parte dos empresários para com a opinião pública e, comunicação interna, feita entre os empresários e suas empre- sas ou funcionários. Segundo Carvalho e Serafim (1995, p.87) e Chiavenato (2004, p. 462) os tipos de comunicação tam- bém podem ser verbais e não- verbais. A comunicação verbal geral- mente é realizada por escrito e devi- damente documentada por meio de protocolo, mas é composta pela palavra. Divide-se em oral e escrita, sendo a primeira, as ordens, pedi- dos, conversas, debates, discussões e a segunda, as cartas, telegramas, bilhetinhos, letreiros, cartazes, li- vros, folhetos, jornais, revista. Na comunicação não verbal ocorre a troca de sinais: olhar, gesto, postura, mímica. Comunicação por mímica: são os gestos das mãos, do corpo, da face, as caretas. Comu- nicação pelo olhar: as pessoas costumam se entender pelo olhar. Comunicação pela postura: o modo como nos sentamos, o corpo incli- nado para trás ou para frente, até mesmo a posição dos pés. Tudo isso na maioria das vezes é o nosso subconsciente transmitindo uma mensagem. Comunicação por ges- tos: pode ser voluntária, como um beijo ou um cumprimento. Mas também pode ser involuntária, como por exemplo, mãos que não param de rabiscar ou de mexer em algo. Isso é sinal de tensão e, ou nervosismo (CARVALHO E SERA- FIM, 1995). Existem vários canais através dos quais a comunicação se faz dentro de uma empresa. No quadro 16 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL abaixo encontramos alguns destes instrumentos ou canais que embora sejam úteis, apresentam qualidades, defeitos ou limitações. Figura 3 – Quadro de instrumentos – canais/meios de comunicação na empresa Instrumento Qualidade Defeitos ou limitações Conclusões Conversa informal Natural, prático e bilateral Pode facilmente degenerar em conversa sem objetivos. Instrumento essencial e de uso constante, precisa ser subordinado ao planejamento para não degenerar. Entrevista Bastante pessoal e natural. Permite comunicação recíproca. Pode ajudar a levantar o moral. É difícil encontrar ou preparar bons entrevistadores (trabalho estatístico, mais que técnico). Instrumento básico muito usado e, quando bem usado, de possibilidades ilimitadas. Aviso por sistema de alto-falantes Rápido. Permite à administração alcançar todos os empregados ao mesmo tempo. Impessoal, unilateral. Serve apenas para mensagens curtas. Embora não essencial, constitui auxílio valioso em algumas situações. Telefonema Muito útil. Prático. Bilateral. Rápido. Não permite a comunicação face a face. Indispensável. Reunião parlamentar Permite comunicação a um número limitado de pessoas. É unilateral e quase impessoal. Útil em determinadas situações. Seu uso deveria ser muito restrito. Reunião didática Instrumento muito útil ao treinamento empresarial. Exige o concurso de indivíduos técnicos e técnicas de ensino. São eficientes em alguns tipos de treinamento. Reunião de debate Permite comunicação nos dois sentidos. Bem liderada, leva a conclusões das quais o grupo participa e aceita. É difícil encontrar ou formar líderes de reuniões. É instrumentode inestimável valor em muitas situações. 17 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL Pesquisa de atitude e opinião É capaz de revelar assuntos interessantes e desconhecidos. Potencialmente represente um levantador do moral. É instrumento complexo, que demanda em geral, o concurso de especialistas para não incorrer em conclusões precipitadas. As revelações podem estar erradas. Instrumento de grande valor, quando usado com critério. Comunicação em quadro de aviso Rapidamente atinge grande número. Útil. Impessoal. Unilateral. Instrumento muito valioso. Comunicação nos envelopes de pagamento Geralmente desperta a atenção. Só permite comunicações muito breves. Instrumento útil para comunicações muito breves. Fonte: Hoyler (1970 apud Carvalho e Serafim, 1995, p. 83). Outros tipos de comunicações escrita são as atas, atestados, circu- lares, memorandos, ofícios, emails, bilhetes, carta comercial, carta ofici- al, circular, comunicado, contrato, convocação, declaração, edital, esta- tuto, exposição de motivos, letra de câmbio, nota promissória, ordem de serviço, procuração, protocolo, reci- bo, regulamento, telegrama (CAR- VALHO, 2003). Para Rocha (2008, p.1) existem três tipos de correspon- dência: particular, empresarial e ofi- cial. Por possuírem normas fixas de elaboração, as correspondências empresarial e oficial não apresen- tam grandes dificuldades para quem precisa redigi-las. Existem mesmo alguns modelos impressos prontos para serem preenchidos. É claro, en- tão, que trata-se de redações for- mais, que seguem normas prede- terminadas. Alguns aspectos, contu- do, podem ser modificados e as organizações podem inovar, segun- do suas necessidades, ou mesmo características particulares. Abaixo tem-se a definição dos tipos que são mais pertinentes aos objetivos deste momento do curso de Gestão de Equipes e Liderança. A ata é o documento em que se registram, de forma exata e metó- dica, as ocorrências, resoluções e decisões de assembleias, reuniões ou sessões realizadas por comissões, conselhos, etc. Ela tem valor jurí- dico, não admitindo rasuras nem modificações posteriores. Para evi- tar fraudes ou acréscimos nos espa- ços em branco, não existem pará- grafos ou alíneas, sendo o texto escrito continuamente. Geralmente 18 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL redigida por um secretário, em linguagem simples, clara, precisa e concisa e assinada por todos quan- tos estiverem presentes na reunião. O atestado é o documento, por meio do qual, a autoridade compro- va um fato ou situação de que tenha conhecimento, que geralmente não estão contidos em livros da admi- nistração. As circulares são ordens escri- tas, de caráter uniforme, expedidas a determinados funcionários, incum- bidos de certos serviços ou de de- sempenho de certas atribuições em circunstâncias especiais. Objetivam ordenar um serviço. Embora de redação única, são consideradas multidirecionais, destinadas a vários destinatários. O memorando é uma corres- pondência interna entre diretores e chefes de setores, comunicando as- suntos rotineiros. Caracterizam-se pela simplicidade, rapidez, clareza e concisão. O ofício, por ser uma corres- pondência oficial, só pode ser expedido por órgão público, mas seu destinatário pode ser além de outro órgão público, um particular. Geral- mente veicula matéria adminis- trativa, mas pode também conter mensagem de caráter social. Dentre as novas tecnologias encontram-se os e-mails como for- ma de comunicação mais comum, os quais utilizam a internet como meio de veiculação. Para que seu uso seja rápido e eficiente recomenda-se controlar a quantidade de men- sagens enviadas, enviando mensa- gens essenciais, curtas, evitando atrasos em responder e eliminando as mensagens inúteis (CARVALHO, 2003). Segundo Yuri (2006, p. 26) “hoje é senso comum que o e-mail se tornou a principal ferramenta de comunicação no ambiente corpo- rativo, já superando o telefone”, observando-se nos últimos anos, dentro das empresas, o contínuo desuso do papel, pois toda a comunicação era realizada com papéis, o que dificultava e atrasava ações e processos, além de aumentar os gastos com papel e até com impressões ou cópias. Além de ocupar muito espaço físico. O papel é o suporte por excelência do sistema burocrático. Este modelo, comprometido com o volume, com as estantes, com o tato, com a fisicidade, com a fixidez, com a lentidão, sobrevive no papel. O papel já cumpriu o seu papel na história da humanidade. Embora não vá desaparecer, nossa relação com ele estará mudada irrever- sivelmente. Hoje, as empresas ne- cessitam de modelos organizacio- nais mais abertos, leves, flexíveis e 19 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL dinâmicos (ROMAN, 1999 apud RODRIGUES, 2006, p. 48). O correio eletrônico agiliza o envio e o recebimento de informa- ções, além de ter uma linguagem muito mais simples, clara e direta fa- cilitando assim a comunicação entre os níveis hierárquicos. Com o e-mail as ações podem ser tomadas de for- ma imediatistas e sem um horário ou local fixo, isto é, se a pessoa aces- sar seu e-mail em casa após o expe- diente, ele pode resolver o assunto solicitado, sem estar na empresa (RODRIGUES, 2006, p. 48). Redes de comunicação No entendimento de Castro (2008, p. 4), as redes de comuni- cação são sistemas em que um conjunto de dispositivos, enlaces de comunicação e pacotes de software permitem que as pessoas e equi- pamentos possam trocar infor- mações. Historicamente as redes de comunicação nasceram com o telé- grafo de Morse em 1830. Passaram pelas linhas telefônicas ponto-a- ponto de Graham Bell (1876), as linhas comutadas por operadores humanos (séc. XIX), linhas comuta- das por dispositivos eletromagné- ticos (anos 90 do séc. XIX), estação de comutação computadorizada (anos 70 do séc. XX) e hoje as comunicações são feitas por satélites e as células. Sobre as redes de computa- dores, estas são entendidas como sistemas em que conjuntos de com- putadores e periféricos são interc- onectados, compartilhando recur- sos, com o intuito de executar tarefas (CASTRO, 2008). O objetivo inicial das redes de computadores era compartilhar recursos, confia- bilidade e economia de recursos financeiros. Comunicações escritas A comunicação de modo geral é a chave para o bom relacio- namento tanto no trabalho quanto fora dele, podendo ser ela, oral ou escrita. A comunicação escrita recebe o nome de “redação oficial” tendo uma padronização para cada situa- ção, visando facilitar e otimizar a comunicação entre todos. Na visão de Carvalho e Serafim (1995, p. 97) a comunicação escrita é produto do considerável aumento da distância entre os vários escalões hierárquicos da empresa e vem sendo utilizada cada vez mais pela administração, visando aproximar os funcionários envolvidos na dinâ- mica empresarial de hoje. Entretanto, quando essas co- municações não são elaboradas com 20 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL o devido cuidado necessário, elas acabam por distanciar as pessoas, uma vez que, como se sabe, por meio da escrita pode-se informar, analisar e persuadir, mas pode-se também frustrar ou aborrecer. Para Lacombe (2005, p. 240) citando Jack Welch, um dos exe- cutivos mais bem-sucedidos do final do século XX, é preciso investir na comunicação, pois tempo e dinheiro investidos na comunicação com os funcionários são os melhores invés- timentos em curto e longo prazo do desempenho empresarial, sendo a comunicação o caminho direto para a inovação. De qualquer maneira a comu- nicação escrita é formal e pode ser interna ou externa, podendo ainda acontecer através de diversos veícu- los de comunicação, sendo que cada umdeles terá uma funcionalidade diferente, afinal com vários tipos de ferramentas fica mais fácil atingir o público de maneira geral nos diver- sos níveis hierárquicos da empresa. Para cada ferramenta, haverá um tipo de linguagem, alguns serão sucintos, outros mais extensos e outros com mais figuras e gráficos. Para cada veículo é necessário um estudo para saber seu público dire- cionado, assim, trabalhando a lin- guagem fica mais fácil o enten- dimento das mensagens internas (FASCINA, 2006, p. 37). Mas Fascina (2006) alerta que o que não deve se esquecer é que as publicações escritas devem ter vá- rios tipos de matérias e assuntos, sendo todas voltadas sempre para os funcionários, no que tem-se a cor- roboração de Rego (1986, p. 130): “A mensagem na publicação interna escrita deve abranger os mais dife- rentes conteúdos e tipos de maté- rias, envolvendo as áreas do jornais- mo, educação, lazer etc.” Sobre os tipos de comunicação interna, Rego (1986, p. 42) apresen- ta os seguintes canais: Tempestivos (e-mails via in- ternet); Rápidos (boletins noticiosos); Simultâneos (conversas pes- soais ou telefônicas); Outros mais lerdos e com- plexos (canais impressos, jor- nais e revistas); Alguns que permitem visibili- dade, difusão e sentido de a- tração (reuniões gerais, even- tos, convocações, comunic- ados oficiais de impacto) e, Outros canais mais seletivos (relatórios técnicos e confi- denciais para determinada fai- xa de público). Já Clemen citado por Fascina (2006, p. 37) defende os canais de comunicação impressos, dizendo que são um dos produtos mais comuns nas empresas. Ele separa os canais de comunicação em: 21 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL 1. Canais impressos (Jornal In- terno, Revista Interna, Bole- tim Gerencial, Jornal Mural e Informativos dirigidos ou especiais); 2. Canais virtuais (Intranet, Jor- nais Digitais, Informes Virtu- ais, E-Mail Marketing, Ban- ners, Pop Ups, Hot Sites espe- ciais). Todos os canais de comu- nicação citados acima ficam caracte- rizados como comunicação formal, pois de alguma forma essas men- sagens passaram por uma triagem para então serem disseminas ao público. Os canais de comunicação im- pressos podem ser muito bem vindos nas organizações, sendo um modo de deixar os funcionários mais atentos ao que acontece dentro da empresa, não deixando as mensa- gens restritas apenas aos que tem acesso aos meios eletrônicos de comunicação (FASCINA, 2006). Outra divisão que pode ser feita nas ferramentas de comuni- cação é: Ferramentas escritas (Circula- res, Cartas Pessoais, Manuais, Quadro de avisos, Boletins, Panfletos, Jornais, Revistas, Relatórios e e-mails); Ferramentas orais (Reuniões de informação ou discussão, Conferências, Conversas, Em- trevistas e discursos, Telefo- nes e Rádio) e, Ferramentas aproximativas (Visitas, Eventos esportivos, Auditórios, Inaugurações, Co- memorações e Confraterni- zações). Quais São as Características da Comunicação Escrita? Ao elaborar as comunicações escritas é preciso adotar um estilo claro e objetivo, o qual se constitui, no entendimento de Carvalho e Se- rafim (1995, p. 89) na principal ca- racterística da comunicação empre- sarial. Essa clareza e objetividade en- volvem ainda, os seguintes aspectos: Emprego de frases certas; Escolha de frases que exijam construção gramatical com pontuação simplificada; Ado- ção de verbos de voz ativa; Revisão de frases e de pará- grafos, dando destaque à cla- reza do texto emitido; A comunicação escrita deve ser facilmente assimilada pelo destinatário; Sempre que possível, buscar a palavra ou a frase que trans- mita uma ideia pelo caminho mais curto possível. Além de observar estes aspec- tos, a linguagem escrita empresarial, deve ter a marca da própria organi- zação e conter informações de natu- 22 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL reza técnico-científica de interesse dos receptores que delas precisam tomar conhecimento. Abaixo encontram-se algumas definições para as características que devem impregnar uma comuni- cação escrita: Objetividade – dize com exatidão, apenas o necessário; o corte de adje- tivos e possessivos ajuda a alcançá- la; Clareza – característica ligada, de forma íntima, à objetividade. Escre- ver de modo claro pressupõe ideias claras; assim, antes de alinhar a mensagem no papel, é impres- cindível organizá-la de modo claro no pensamento; Concisão – expressar o pensa- mento de modo rápido, isto é, colo- car a mensagem no menor número de palavras, sem sacrificar ideias ou considerações que ajudem no seu entendimento; Precisão – é o elemento que direciona para a concisão, visto que o uso de termos exatos e infor- mações claras torna a comunicação precisa, não conduzindo a interpre- tações errôneas. Harmonia – é necessário ajustes de palavras na frase, e da frase no período, com todas as partes guar- dando relações entre si, criando unidade e coerência no texto; Correção – o respeito às normas e princípios do idioma é fator básico para a elaboração de uma redação técnica, sendo inadmissível qual- quer erro. A linguagem usada, com- preendida por pessoa de cultura mé- dia, não pressupõe escrita ou cons- truções incorretas; Polidez – as mensagens empresa- riais surgem para fins específicos, nem sempre agradáveis, o que não impede o uso de cortesia e discri- minação ao redigi-las. Faz parte desta polidez o emprego de palavras positivas, evitando-se as de sentido negativo, tais como “erro”, “culpa”, “negligência” ou “esquecimento” (PARANÁ, 2002, p. 15). Como exemplo pode-se citar que o conteúdo e a dinâmica de uma linguagem de vendas são bem diferentes da linguagem adminis- trativa. Como é a Linguagem da Comunicação Escrita? Na comunicação empresarial a escrita utilizada geralmente visa despertar a atenção do funcionário para o conteúdo da mensagem, criar-lhe interesse no cumprimento da instrução recebida e, finalmente, levá-lo a agir no cumprimento de sua missão. Desse modo, a comunicação escrita sob a forma de instruções, como cita em exemplo Carvalho e Serafim (1995, p. 98), é recomen- 23 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL dável quando o que se pede ao destinatário é uma ação complexa, exigindo providências precisas e padronizadas. Quais suas limitações, obstá- culos e medidas de supe- ração? Existem três limitações princi- pais ao uso das comunicações escritas: 1. Quando existem certas parti- cularidades que o emissor não deseja transmitir ao receptor, como, por exemplo, diretrizes ou procedimentos acerca de gestão de RH da empresa; 2. Quando se torna extremamen- te difícil colocar numa comu- nicação escrita todos os impre- vistos e eventualidades a que está sujeito o receptor; 3. Quando, com o tempo, a comunicação escrita tende a constituir-se num entrave pa- ra o dinamismo da ação gru- pal. Existem inúmeras situa- ções do dia-a-dia empresarial que não podem ser resolvidas, pura e simplesmente, recor- rendo-se ao manual de proce- dimentos (CARVALHO E SERAFIM, 1995, p. 99). Os mesmos autores acreditam que para que esses e outros proble- mas não prejudiquem as comunica- ções escritas na empresa, o inter- locutor deve proceder a uma clara diferenciação entre o que se pode identificar como instrução escrita compulsória e informações pura- mente opcionais. E ao mesmo tempo, os funcio- nários devem saber que as comuni- cações escritas, principalmente no que se referem à expedição de or- dens, estão sujeitas às revisões permanentes. Enfim, a cúpula da empresa deve delegar à gerência participativa poderes para agir, tomando de- cisões, quando necessário desde que as informações escritas sejam insu- ficientes e desatualizadas. Como obstáculos às comuni-cações escritas os ruídos mais co- muns foram assim classificados por Carvalho e Serafim (1995, p. 100): Ausência de clareza e obje- tividade nos textos comuni- cados; Comunicações contraditórias e até conflitantes; Excesso burocrático, dificul- tando a recepção às comu- nicações; Ausência de controle sobre as comunicações feitas; Confusão quanto ao sentido de certas palavras básicas da mensagem veiculada; Despreparo do receptor ao receber a mensagem; 24 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL Interpretações truncadas e errôneas, tanto do emissor como do receptor; Mensagens longas e cansa- tivas, sem conteúdo. Uma dica: pode-se planejar para superar os inúmeros obstáculos e distorções às suas comunicações escritas, tanto que o interlocutor deve saber planejar suas mensagens, buscando respostas adequadas às seguintes questões, conforme o quadro abaixo: O que desejo comunicar? Instruções? Alterações estruturais da unidade e da empresa? Rotinas de trabalho? Quem pretendo atingir? Toda a empresa? Somente alguns setores? Pessoalmente, a cada empregado? Que veículo devo utilizar? Reuniões? Cartazes e outros recursos audiovisuais? Memorandos? Fax? Telefone? Entrevistas individuais? Quais os meios de controle disponíveis para proceder ao “feedback” da comunicação? As comunicações/corres- pondências internas Comunicações internas são as interações, os processos de trocas, os relacionamentos dentro de uma empresa ou instituição. Também chamada de Endocomunicação, ela é responsável por fazer circular as informações, o conhecimento, de forma vertical, ou seja, da direção para os níveis subordinados; e hori- zontal, entre os empregados de mês- mo nível de subordinação (LEITE, 2008). Entende-se que a comuni- cação interna, que é praticada entre os funcionários, pode ser eficaz ou não, ou seja, pode causar efeitos positivos ou negativos nos seus receptores. Esses efeitos impactam no desenvolvimento da organização e hoje em dia ainda representa uma deficiência na maioria das em- presas. Os primeiros casos de comu- nicação interna apareceram entre 1960 e 1970, quando algumas em- presas implantaram ferramentas como house-organs ou jornais inter- nos e criaram uma premiação aos seus funcionários como, por exem- plo, “Prêmio Operário Padrão”. Em 1980 as empresas japonesas pós- guerra estavam crescendo e come- çavam a valorizar o “chão de fábri- ca”, na realidade os japoneses trabalhavam com o conhecimento de mercado, captando informações para o seu ramo de atividade e trabalhando em aperfeiçoamentos, sendo assim, chegando mais pró- ximo da necessidade do mercado (RODRIGUES, 2006, p. 27). A mesma autora infere que a lógica atual e futura é um número 25 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL crescente de empresas que desejam construir um relacionamento efetivo com os consumidores e parceiro, e isso vai depender em parte das forças e a forma de relacionamento construído entre a empresa e seus funcionários. Essa será uma forma de diferenciação competitiva para ganhar mercado. Para Pimenta (1999) e Clemen (2005) citados por Fascina (2006, p. 35) as ferramentas de comunicação interna podem ser divididas em comunicação formal e informal. A comunicação formal tem fontes con- fiáveis, é oficial, ou seja, desenvol- vida por níveis gerenciais e dentro dos parâmetros da empresa. Já a comunicação informal é aquela que não tem oficialidade em seu conteú- do, podendo ser contraditória e truncada, também conhecida como “rádio peão” ou “rádio corredor”. Uma de suas características é a velo- cidade com que são disseminadas. As publicações internas são, sobretudo, um meio de comunica- ção destinado a assegurar um fluxo satisfatório entre a direção e os fun- cionários, enquadrando-se den-tro do nível de comunicação estru-tural, cujo objetivo é o de criar e manter um clima coletivo favorável. Elas mostram aos empregados a política empresarial (REGO, 1986, p. 121). A comunicação interna é uma forma mais ampla de se relacionar com o público interno, isto é, é preciso considerar que, antes de ser um empregado, o indivíduo é um ser humano, é um cidadão. Portanto, não pode ser visto apenas como alguém que vai servir o cliente, ele busca interagir em virtude dos objetivos gerais da organização (KUNSCH, 2003 apud RODRI- GUES, 2006, p. 5). Para Alvarenga (2008) a comunicação interna amplia a visão do empregado, dando-lhe um co- nhecimento sistêmico do processo. As ações da empresa devem ter sentido para as pessoas, sendo ne- cessário que encontrem no processo de comunicação as justificativas pa- ra o seu posicionamento e compro- metimento. Deste modo, os empre- gados devem ser considerados par- ceiros, e estarem sempre bem infor- mados, pois assim estarão mais em- volvidos com a empresa e sua missão. O processo de comunicação interna precisa ser valorizado, e os 26 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL canais que ele dispõe (jornais, bole- tins, intranet, murais e etc.) neces- sitam ser disponibilizados de forma eficaz e atrativa, para que realmente cumpram sua missão de integrar todo o quadro funcional de uma organização (ALVARENGA, 2008). Portanto, conduzir um proces- so de aprimoramento da comuni- cação interna nas organizações pode ser altamente inteligente, pois, eliminando deficiências na comuni- cação provavelmente serão garan- tidos melhores resultados. Nesse sentido, Bueno e Mar- chiori citados por Leite (2008) com- cordam com Alvarenga (2008) que são três as importâncias básicas da comunicação interna para uma organização, a saber: 1. Os empregados são parceiros e quanto mais bem informados estiverem, mais envolvidos com aquela empresa, sua mis- são e seu negócio, eles estarão. A Comunicação interna am- plia a visão do empregado, dando-lhe um conhecimento sistêmico do processo; 2. Os empregados são os “me- lhores porta-vozes” da insti- tuição em que trabalham. Sua opinião sobre a organização vale muito para quem está de fora. Ele é o maior propa- gandista de sua organização; 3. Toda organização está inserida num mercado altamente com- petitivo. Com a globalização e a disseminação de novas tecnologias, a Comunicação Interna tem uma função importante, no sentido de fazer circular as informações novas, promover o debate e a interação entre os vários segmentos da organização e, sobretudo, capacitar os fun- cionários para os novos desafios. Enfim, comunicação interna é um setor planejado, com objetivos bem definidos, para viabilizar toda a interação possível entre a organi- zação e seus empregados, usando ferramentas da comunicação insti- tucional e até da comunicação mer- cadológica (KUNSCH, 1997, p.128 apud RODRIGUES, 2006, p. 34). Ela ocorre paralelamente com a comunicação externa da companhia. É a comunicação que engloba todos os setores da organização. “A comunicação interna deve contribuir para o exercício da cidadania e para a valorização do homem” (KUNSCH, 1997, p.128 apud RODRIGUES, 2006, p. 34). Ao praticar a comunicação, inicia-se um processo de trans- missão e recolhimento de informa- 27 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL ções, ideias e atitudes aos indiví- duos. E na empresa moderna ela é elemento fundamental na sua com- plexa estrutura econômica e admi- nistrativa, levando ao êxito qualquer empresa que opere com eficiência e racionalização os sistemas e canais de comunicação. No entendimento de Cahen (2005, p. 37) a comunicação empre- sarial e a interna, mais especi- ficamente não é a famosa co- municação de duas mãos, ou seja, uma via de duas mãos como muitos ainda supõem no mundo empre- sarial. Todas as mensagens, quer sejam boas ou ruins, circulam em várias direçõescomo num emara- nhado definido pelo mesmo autor como uma Teia de Aranha: “[...] daquelas bem grandes, com milhares de fios e várias aranhas, das grandes e cabe- ludas, espalhadas por ela. Per- ceba que existem uns quinze ou vinte fios básicos e centenas de subfios. Puxe qualquer um e veja o resultado. Pelo menos 30 vão se mexer, mandando 'ondas de choque' para quase todo o resto da teia. Este é o verda- deiro universo da comunicação empresarial. Cada fio é ligado a 'n' outros, e não se mexe em um sem mover 'x' outros - não se podendo esquecer que não são apenas as mensagens de uma empresa que estão circulando por ali (CAHEN, 2005, p. 38).” Esse seu conceito leva a perce- ber que realmente são vários os caminhos e as direções pelos quais passa a comunicação, não obstante, ao final, o objetivo é a transmissão da informação. 29 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL 3. A Comunicação Empresarial Estratégica comunicação empresarial não flui no vazio, não se realiza à margem das organizações, mas está umbilicalmente associada a um particular sistema de gestão, a uma específica cultura organizacional e que é expressão, portanto, de uma realidade concreta. Para que a comunicação em- presarial seja assumida como estra- tégica, haverá, pois, necessidade, de que essa condição lhe seja favoreci- da pela gestão, pela cultura e mesmo pela alocação adequada de recursos (humanos, tecnológicos e financei- ros), sem os quais ela não se realiza. A intenção ou o desejo apenas não produz a realidade. Logo, se esses pressupostos não estiverem devidamente satisfeitos, será pre- maturo concluir pelo caráter estraté- gico da comunicação empresarial. Mais ainda: a comunicação não será estratégica em função unicamente do trabalho mais ou menos com- petente dos profissionais de comu- nicação. Há exigências outras que, infelizmente, fogem ao seu controle. Segundo Bueno (2005) a apre- sentação, discussão e entendimento do que vem a ser comunicação em- presarial estratégica passa necessa- riamente pelo entendimento de três A 30 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL questões básicas: o que é estratégia nesse contexto; definir o ethos orga- nizacional brasileiro no qual se in- sere a prática comunicacional e em- tender como as próprias organi- zações têm propiciado as condições básicas para que a comunicação estratégica realmente prevaleça. Existem várias teorias sobre estratégia embora o conceito em sua essência se reporte aos meios para se vencer as guerras. Whittington (2002) lista quatro teorias sobre estratégia: a clássica, a evolucionista, a proces- sualista e a sistêmica, indicando as características de cada uma delas. Segundo Bueno (2005) é ilustrativo confrontá-las porque, assim, será possível entender, com maior luci- dez, o papel da comunicação e, quem sabe, postular, com maior propri- edade, o caráter estratégico da co- municação empresarial. A teoria clássica, certamente a mais difundida e mais presente na literatura, assume uma perspectiva essencialmente racional, voltada pa- ra a maximização do lucro, e se res- palda na tese de que um plane- jamento bem realizado permite a previsão de resultados a longo pra- zo. Admite, portanto, a estabilidade do mercado e do ambiente externo, de maneira geral, o que justifica a sua pretensão de exercer controle sobre os resultados. A teoria evolucionista inspira- se em Darwin (retira dele as ideias de seleção natural e de adaptação ao meio ambiente como garantia de sobrevivência) e, diferentemente da teoria clássica, aposta na impre- visibilidade do mercado e no sucesso das empresas “mais fortes”. Com- centra-se, particularmente, na redu- ção de custos, decisão que, ao ser tomada unilateralmente pelas em- presas, as torna menos vulneráveis ao ambiente em constante mudança. Se não se pode, de maneira precisa e competente, controlar os fatores externos, a saída será, dizem os evolucionistas, “fazer o trabalho de casa”. A teoria processualista tam- bém não aceita a racionalidade do planejamento de longo prazo, mas, diferentemente dos evolucionistas, não se julga refém do mercado. Ela vê como alternativa a interação com- petente dos executivos com o mundo dos negócios e julga que os resul- tados são obtidos de forma lenta e gradual, através de experimentação e aprendizado contínuos. Aposta, portanto, que a estratégia consiste na consolidação, a longo prazo, das competências internas das organi- zações. A teoria sistêmica é, de todas elas, a mais relativista e menos dogmática e assume que a estratégia depende do mercado, mas também 31 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL das condições sociais e da cultura das organizações. Admite que o pla- nejamento é possível e necessário, mas que precisa levar em conta fatores internos e externos às organizações e, de alguma forma, prevê os conflitos (que podem ser superados) entre as esferas global e local. Como se pode perceber, o problema não se resume apenas aos termos que explicitam o conceito de estratégia, mas à sua inserção mês- ma em teorias (e práticas) de admi- nistração ou gestão. De imediato, torna-se patente que a comunicação dita estratégica tem de estar asso- ciada a essa perspectiva teórica e que, portanto, os executivos e a própria literatura em comunicação empresarial, ao tratarem dela, não podem ignorar essa complexidade (BUENO, 2005). Craig e Grant (1999, p. 11) propõem, inclusive, uma distinção entre estratégia empresarial e es- tratégia corporativa, que, segundo eles, se reportam a dois níveis distintos de estratégia. Eles explicam essa diferença: A estratégia corporativa re- fere-se às decisões relativas aos negócios em que a empresa deve entrar e sair, e como deve distribuir os recursos entre os diferentes negócios em que está envolvida. A estratégia empresarial refere-se aos meios pelos quais a empresa busca vantagem competitiva em cada um de seus negócios mais importantes... Os dois principais níveis de estra- tégia também correspondem à estrutura organizacional da corpo- ração multiempresarial típica. A estratégia corporativa é de respon- sabilidade da matriz. A respon- sabilidade primária pela elaboração da estratégia empresarial fica com cada uma das divisões. Finalmente, as estratégias empresariais são arti- culadas em detalhes e implemen- tadas por meio de estratégias em nível funcional. Comunicação empresarial, a partir dessa distinção, estaria, prio- ritariamente, incluída nas estraté- gias empresariais e teria papel fun- damental, tanto na busca de eficácia na interação com os públicos de interesse (stakeholders) como no desenvolvimento de planos e ações que imprimam vantagem competi- tiva às organizações. Todos sabemos que, para muitos segmentos, a comunicação (prestígio da marca, identidade corporativa, imagem e reputação, visibilidade na mídia, etc.) é o instrumento de inteligência que contribui para moldar empresas líderes. Pode-se falar, então, em admi- nistração estratégica, aqui enten- dida como o conjunto amplo e diversificado de processos, cenários 32 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL e produtos (ações, planos, etc.) que permitem a uma organização obter resultados positivos em confor- midade com os seus objetivos (ou metas), missão, valores, etc. A defi- nição de uma estratégia está, geral- mente, sob a responsabilidade da alta administração. Vamos tomar partido e relaci- onarmos a comunicação estratégica com a teoria sistêmica, uma vez que esta maximiza a importância das condições sociais, dá ênfase à di- mensão cultural e aceita o planejamento multifatorial, ou seja, que não se limitaou prioriza a vertente meramente econômica ou financeira. Sob essa perspectiva teórica, fica subentendido que a admi- nistração estratégica não se resume a uma instância meramente opera- cional, embora, necessariamente, a inclua. Ela parte de uma leitura ampla do macroambiente (econômico, político, sociocultural e mesmo da legislação em vigor, o que é fundamental em determinados seg- mentos de atuação), incorpora o diagnóstico ou auditoria interna, tendo em vista a realidade do mercado (explicitação dos pontos fortes e fracos da organização) e estabelece procedimentos (ou mé- todos) sistemáticos de avaliação. Isso significa que a administração estratégica pressupõe análise per- manente dos resultados e admite reajustes de modo a garantir que os objetivos sejam cumpridos. A administração estratégica pressupõe um processo e não se re- duz a uma ação específica. Quando nos referimos à comu- nicação estratégica, temos, portan- to, que verificar se esses pressu- postos estão efetivamente presentes e se eles definem, na sua formu- lação, na sua implementação e, so- bretudo, em função do seu vínculo com o processo de gestão, essa condição singular. Concordamos com Bueno ao inferir que infelizmente a comuni- cação empresarial brasileira não atingiu ainda esse patamar. O plane- jamento em comunicação ainda não se respalda em cenários desenhados, frequentemente vislumbra a organi- zação individualmente, sem consi- derar a presença dos concorrentes; e apenas recentemente está buscando desenvolver metodologias que per- mitem avaliar, consistentemente, os resultados de suas atividades (asses- soria de imprensa, patrocínios, pu- blicações, etc.). Na verdade, a pró- pria definição dos stakeholders e o conhecimento detalhado de seu per- fil são esforços pouco usuais na comunicação empresarial. Privilegia-se, básica e priorita- riamente, a intuição dos executivos 33 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL (que imaginam saber o que o mercado e os públicos demandam ou apreciam), o que, convenhamos, não está em sintonia com uma perspectiva estratégica (BUENO, 2005). Para respaldar, com compe- tência, um processo de tomada de decisões, é necessário muito mais do que experiência profissional, intui- ção ou criatividade. A administração estratégica requer pesquisa, conhe- cimentos adquiridos através de sistematização permanente, monta- gem de bancos de dados inteligentes sobre mercados e concorrentes, gestão de conhecimento, etc. Na expressão comunicação estratégica, há que se considerar que a palavra estratégica é mais do que um mero adjetivo, trata-se de um conceito e depende, sobretudo, de um ambiente específico para que possa entrar em vigor. Ela se expressa ou se materializa apenas em determinadas culturas ou sistemas de gestão porque decorre de processo organizacional parti- cular, exatamente aquele calcado na chamada administração estratégica. A comunicação empresarial não se sustenta em ambientes orga- nizacionais em que essa perspectiva de planejamento esteja ausente. Ela só pode ser pensada, implantada e exercida, se a organização (empresa pública ou privada, ONG, entidade) adota e pratica a administração estratégica. Dificilmente, se poderia surpreender uma comunicação em- presarial estratégica numa organi- zação que fosse avessa a um sistema de gestão comprometido com esse paradigma organizacional. Na prática, é preciso admitir que são, infelizmente, poucas as organizações que levam a fundo a administração estratégica, exata- mente porque têm, sobretudo no Brasil, uma cultura de gestão centra- lizadora, que exclui do processo de definição de estratégias inúmeros públicos internos (BUENO, 2005). É preciso perceber que a concorrência acirrada e os desafios de um mundo em constante mudan- ça exigem uma nova postura, uma nova realidade. A você gestor de equipes e liderança, perceba que uma comu- nicação será tanto mais eficaz e eficiente se desenvolver as meto- dologias que a tornem verdadei- ramente estratégica, como a personalização dos contatos, poten- cializada pelas novas tecnologias, mas lembre-se, as formas de relacio- namento dependem do contexto social e cultural onde sua organiza- ção estiver inserida. Cada público, cada sociedade tem suas caracte- rísticas peculiares e devem ser, além de focados, respeitados. 34 35 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL 4. Referências Bibliográficas ALVARENGA, Mara Marciano. Comuni- cação interna nas organizações. Disponível em: <http://www.artigos.com/artigos/human as/educacao.> Acesso em: 04 nov. 2011. BAHIA, Juarez. Comunicação Empresa- rial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995. BALDISSERA, Rudimar. Comunicação Organizacional: o treinamento de recursos humanos como rito de passagem. São Leopoldo: UNISINOS, 2000. BUENO, Wilson da Costa. A Comunicação como espelho das culturas empresariais. 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