Buscar

APELAÇÃO (Processo Civil)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Art. 1.009 ao art. 1.014, NCPC 
 
A apelação é o recurso por excelência, porquanto é por meio dela que se insurge contra a sentença, que 
é o ato judicial que põe fim ao procedimento. 
OBS: Cuidado com o julgamento parcial do mérito, pois este não é uma sentença e sim uma decisão 
interlocutória, onde cabe o agravo, e não a apelação. 
1. Cabimento 
 
o Processos Incidentes 
o Processo cautelar 
o Processos em jurisdição voluntária 
o Procedimento executivo- ex: sentença executiva determina que já foi cumprida tal obrigação, ou que 
não há obrigação a ser cumprida. 
OBS: Não cabe apelação de sentenças em execução fiscal de valor igual ou inferior a 50 ORTN- cabem 
embargos infringentes de alçada. Trata-se de recurso que será julgado pelo próprio juízo prolator da 
sentença e deve ser interposto no prazo de dez dias, sem necessidade do preparo. É uma exceção do 
princípio do duplo grau. 
OBS: Causas entre Estado estrangeiro e município ou pessoa residente no Brasil (CF, Art. 105, inc. II, 
alínea “c”)- cabe Recurso Ordinário Constitucional. A competência do duplo grau é do STJ, e não dos 
TRFs ou dos TJs, mas tem a mesma função da apelação, só recebe a nomeação diferente. 
OBS: Decisão que decreta falência- cabimento de Agravo, pois este não tem efeito suspensivo – é uma 
exceção a regra, já que não cabe apelação. (Lei de Falências, art. 100) Se coubesse apelação, isso impediria 
que as execuções se iniciassem, e aí o processo se tornaria ineficiente. 
Art. 100- Da decisão que decreta a falência cabe agravo, e da sentença que julga a improcedência do 
pedido cabe apelação. 
 
2. Objeto da Apelação 
 
o Error in iudicando ou error in procedendo da sentença definitiva. 
o Error in iudicando ou error in procedendo da sentença terminativa (extingue sem resolver o mérito, 
não há coisa julgada). 
 
OBS: 
Error in iudicando - interpretação errada do direito sobre a questão de fato, normalmente recai sob 
direito material. Pede- se a reforma da sentença. 
Error in procedendo- normalmente recai sob direito processual. Pede- se a anulação da sentença. 
Essa interpretação só pode ser levada em consideração, no juízo do 1º grau, pois uma questão levada ao 
tribunal sobre citação inválida, ou seja, error in procedendo na sentença de 1º grau, acordando o tribunal 
com a validade da citação, e levando a questão ao STJ, o tribunal recai sob erro de julgamento, erro in 
iudicando, pois atinge questão de mérito. 
OBS: Resolução do mérito x Julgamento de mérito o juiz aprecia o mérito. 
 As partes entram em acordo, o juiz não chega a apreciar o mérito. 
 
 
3. Forma da interposição (Art. 1.010, NCPC) 
 
o Prazo: 15 dias, contados da intimação da sentença. 
o Petição escrita- inadmissibilidade da apelação oral. 
o Local de interposição- juízo que proferiu a sentença, juízo a quo. 
OBS: Equívoco na interposição e posição ambivalente da jurisprudência do STJ: 
o Recurso apócrifo- sem assinatura, (predominantemente, determina- se intimação da parte). 
o Oferecimento de razões anexas a interposição, pois pode ocorrer a preclusão. 
OBS: Necessidade de impugnar fundamentos adotados na sentença a fim de preencher o interesse 
recursal. 
 
OBS: Princípio da primazia do julgamento do mérito- só pode evitar o julgamento do mérito e conhecer o 
error in procedendo, se o defeito apontado causar prejuízo a alguém. 
o Formulação de pedido recursal. 
o Admissibilidade de correção de defeitos na fluência do prazo recursal. 
o 
OBS: E fora do prazo recursal, constatado o defeito, não se deve admitir a correção? Não. 
 
4. Efeitos da Apelação 
 
o Efeito devolutivo 
 
- A dimensão horizontal do efeito devolutivo (art. 1.013) e o §3º do art. 1.013. CPC. 
Essa é uma possibilidade que o Tribunal tem de queimar uma etapa, quando se depara com processos 
sem sentença de mérito. Por ex: o juiz de 1º grau decidiu extinguir o processo sem sentença de mérito, 
só que comete um error in iudicando. Com recurso para o tribunal pedindo a reforma da sentença, 
alegando incompetência do juiz. Poderia então haver a possibilidade do processo ser devolvido pra o 
1º grau, e o juiz reformar a sentença, correndo- se o risco de ter nova apelação. Então para da mais 
eficiência ao procedimento, o legislador diz que não precisa, que se a causa estiver em condições de 
imediato julgamento, o desembargador pode decidir logo sobre o mérito. Então é um processo sem 
sentença de mérito, ele chegou da apelação sem sentença de mérito. 
§ 3º Se a causa estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o 
mérito quando: 
I – reformar sentença fundada no art. 485 – antigo 267, sentença terminativa; 
II – decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa 
de pedir; 
III – constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; 
IV – decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. 
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, 
julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de 
primeiro grau. 
 
Tem como função impedir o pedido executivo 
Obs: Limites de aplicação da regra. Agora nesse julgamento novo que o Tribunal vai fazer, não pode 
haver: 
a) Formulação de novo pedido. 
b) Invocação de nova causa petendi. 
Pois se não vai exisitir uma nova demanda, ou o novo pedido vai servir para aditar a petição inicial 
fora do prazo. 
 
- Dimensão vertical do efeito devolutivo. 
(Ver em teoria dos recursos) 
As questões não decididas, mas debatidas (Art. 1013, §1º e §2º) ou que poderiam ter sido suscitadas 
e debatidas. 
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas 
e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao 
capítulo impugnado. 
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, 
a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. 
 
o Poder de cognição sobre questão de fato não submetida à primeira instância. 
Art. 1.014- As questões de fato, não propostas no juízo inferior, poderão ser suscitadas na apelação, 
se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior. 
Obs: Necessidade de produção de nova prova. 
Art. 972- Se os fatos alegados pelas partes dependerem de prova, o relator poderá delegar a 
competência ao órgão que proferiu a decisão rescindenda, fixando prazo de 1 (um) a 3 (três) meses 
para a devolução dos autos. 
 
o Efeito suspensivo 
 
Em regra, a interposição da apelação prorroga a suspensão dos efeitos da sentença. 
 
- Inaptidão para gerar efeito suspensivo (Art. 1012, §1º) da sentença que: 
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua 
publicação a sentença que: 
I – homologa divisão ou demarcação de terras; 
II – condena a pagar alimentos; (preserva o direito do alimentando). 
III – extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; (poderia 
paralisar o procedimento executivo). 
IV – julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; (poderia atrasar a arbitragem). 
V – confirma, concede ou revoga tutela provisória;d 
VI – decreta a interdição. 
§2º Nos casos do §1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de 
publicada a sentença. 
 
- Requerimento de efeito suspensivo pela parte - Art. 1012, CPC. 
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por 
requerimento dirigido ao: 
I – tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o 
relator designado para seu exame prevento para julgá-la; 
II – relator, se já distribuída a apelação. 
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante 
demonstrara probabilidade de provimento do recurso (tutela de evidência) ou se, sendo relevante 
a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação (tutela de urgência). 
 
o Efeito de retratação, ou efeito regressivo: 
 
Em caso de julgamento por improcedência prima facie, como não tem contraditório prévio, a parte 
autora pode convencer o juiz de 1º grau ao contrario na oportunidade do efeito de retratação da 
apelação, isso acontecendo, extingue- se a apelação, e determina a citação do réu, seguindo o curso 
normal do processo. Isso acontece também na sentença que extingue o processo sem julgamento do 
mérito por indeferimento da inicial, ou inépcia da inicial. 
 
5. Procedimento 
 
o Procedimento em primeira instância. 
- Interposição no juízo a quo em prazo de 15 dias. 
- Intimação para apresentação de contrarrazões – 15 dias (§1º 1010). 
- Havendo apelação adesiva, novo prazo para contrarrazões – 15 dias (§2º, 1010) 
- Remessa ao tribunal independente de juízo de admissibilidade (§3º, 1010). 
 
o Procedimento no tribunal. 
- Distribuição ao relator. 
- Conclusão ao relator. Dai, ele toma alguma das situações possíveis, ou ele decide 
monocraticamente, ou ele elabora o relatório para julgamento pelo órgão colegiado. Remete o 
processo para desembargador revisor, este apoia o visto, e assim pede dia de julgamento no tribunal. 
No procedimento de julgamento envolve a possibilidade de sustentação oral. 
- Possibilidade de juízo monocrático nas hipóteses do art. 932, inc. III a V. 
III – não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado 
especificamente os fundamentos da decisão recorrida; (o recurso não vai ter o mérito apreciado, 
significa o reconhecimento da invalidade do recurso). 
IV – negar provimento a recurso que for contrário a: (quando o recorrido ganhar) 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em 
julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência; 
V – depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão 
recorrida for contrária a: (quando o recorrido perder) 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em 
julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência. 
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado 
originariamente perante o tribunal; 
VII – determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; 
VIII – exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de cinco 
dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. 
OBS: a, b e c, do inciso IV, são precedentes obrigatórios. Art. 927 NCPC.

Continue navegando