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PROCESSO CIVIL-TEORIA GERAL DOS RECURSOS

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Ana M. S. Santos (@anarouster) 
 
TEORIA GERAL DOS RECURSOS 
REGRA GERAL: O recurso será interposto (verbo que remete a recurso: interposição) 
ao juíz a quo (O MESMO QUE DEU A DECISÃO QUE AGORA SERÁ RECORRIDA). 
 MAS há exceção: No caso do Agravo de instrumento, será interposto no juízo ad 
quem. 
Depois de interpor o recurso, haverá a fase da admissibilidade que será feito pelo juízo 
ad quem (EXCETO o RE e RESP que terão duplo juízo de admissibilidade). Depois da 
admissibilidade, haverá o juízo de mérito, que será feito pelo juízo ad quem (O magistrado 
do tribunal). 
 Se o juiz que deu a decisão (primeira instância), negar provimento alegando 
intempestividade poderá haver reclamação, pois, essa admissibilidade de mérito é 
do juízo ad quem (O tribunal). Se o juiz de primeira instância usurpar essa 
competência do tribunal valerá Reclamação -> Vide ART. 988 do CPC. 
 
Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para: 
I - preservar a competência do tribunal; 
II - garantir a autoridade das decisões do tribunal; 
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo 
Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; 
IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução 
de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência; 
§ 1º A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento compete 
ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda 
garantir. 
§ 2º A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do 
tribunal. 
§ 3º Assim que recebida, a reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo 
principal, sempre que possível. 
 
§ 4º As hipóteses dos incisos III e IV compreendem a aplicação indevida da tese jurídica 
e sua não aplicação aos casos que a ela correspondam. 
§ 5º É inadmissível a reclamação 
I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada; 
II – proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com 
repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos 
extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias. 
(Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) 
§ 6º A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão proferida 
pelo órgão reclamado não prejudica a reclamação. 
O que é essa admissibilidade? Será feita a análise dos elementos do recurso. O recurso 
chega no Tribunal e é feita uma distribuição, onde se escolherá o relator do processo, e 
será ele que fará a admissibilidade desse recurso. Vide: ART 932 do CPC. 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem 
como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes; 
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência 
originária do tribunal; 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado 
especificamente os fundamentos da decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio 
tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça 
em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência; 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a 
decisão recorrida for contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio 
tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça 
em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência; 
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for 
instaurado originariamente perante o tribunal; 
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; 
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo 
de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a 
documentação exigível. 
 Esse relator poderá exercer a decisão monocrática e caso não seja satisfatória: 
Agravo interno contra decisão do relator. Se enquanto o processo estiver no 
tribunal e as partes optarem em fazer acordo: Será o próprio relator que 
homologará o acordo. 
 Poderá ser dado um juízo de admissibilidade negativo (art 932, III). Se o relator 
percebe vícios, como exemplo: Falta de documentos, preparo não recolhido etc. 
Antes de denegar a admissibilidade se abrirá prazo de 5 dias para sanar vícios (Art 
932, Parágrafo único). 
Mas e se o vício não for sanável? Exemplo: Feriado local no município A, mas não é 
feriado na capital sede do tribunal. Na petição quando interpôs o recurso, não foi juntado 
documento que comprove esse feriado, apenas citou-se tal fato na petição. O relator dará 
5 dias para sanar vício? NÃO. Pois, se entende que tal acontecimento é vício insanável. 
Entendimento consolidado no STJ. 
Se o recurso foi conhecido (chegou ao relator, o recurso foi aceito), mas se negou 
provimento (foi conhecido, mas se negou seu andamento): Se fez o Juízo de mérito. 
Poderá ocorrer o não provimento quando o recurso contrária súmulas, jurisprudências de 
tribunais superiores ou do próprio tribunal, quando o recurso contrária acordão em 
demanda repetitiva, ou precedentes obrigatórios. (Art. 932, IV). 
O relator pode dar provimento (juízo de mérito- Art 932, V) se a decisão recorrida (a 
decisão do juiz de primeira instância) é contrária as súmulas, jurisprudências, leis etc. 
No juízo de mérito irá se analisar as causas de pedir recursais e seus pedidos. Poderá ter: 
Error in procedendo (vício de atividade, aquele formal) nesse caso: Se buscará cassar a 
decisão da primeira instância. Error in judicando (vício de juízo, aquele de conteúdo) 
nesse caso se buscará a reforma da decisão da primeira instância. 
Se vícios de omissão: Se busca a integração da decisão ou seu clareamento (uma decisão 
mais clara). Nos casos em que a decisão do juiz foi obscura/omissa/rebuscada. 
 OBS: Despacho não é recorrível, pois não é decisão, ele é um mecanismo de 
impulso ao processo. Vide: Art. 1.001: Dos despachos não cabe recurso. 
Artigo de interesse: 
 Sobre a legitimidade recursal: 
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e 
pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. 
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a 
relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou 
que possa discutir em juízo como substituto processual. 
 Nas audiências de primeira instância quando o juiz profere sua decisão, será 
questionado por ele se as partes querem recorrer. Se a resposta for não, o processo 
segue o transito em julgado. Entretanto, se a parte no dia seguinte se arrepende e 
quer recorrer, esse desejo de interpor recurso será incompatível com tal pedido. 
 
 Segue a lógica abaixo: 
Existem fatos impeditivos e extintivos para se interpor recurso: 
Impeditivo: Desistência da ação, desistência do recurso, reconhecimento do pedido e 
renúncia ao direito em que se funda a ação. 
Extintivo: Renúncia do recurso e concordância da decisão. 
Outro exemplo: Se o juiz lhe condena a um pagamento enada é dito sobre a vontade de 
recorrer, ou simplesmente se omite tal desejo. Porém, no dia seguintese deposita a quantia 
que lhe foi atribuída a pagar sem nenhuma ressalva: A condenação foi aceita. Essa 
conduta não é compatível com a vontade de recorrer. 
 Sobre prazos: A regra geral é que os recursos sejam interpostos com 15 dias. 
 COM EXCEÇÃO do Embargos de Declaração (que serão 5 dias). 
 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, 
a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério 
Público são intimados da decisão. 
§ 1º Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta 
for proferida a decisão. 
§ 2º Aplica-se o disposto no art. 231 , incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso 
pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação. 
§ 3º No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou 
conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial. 
§ 4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada 
como data de interposição a data de postagem. 
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para 
responder-lhes é de 15 (quinze) dias. 
§ 6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do 
recurso. 
ART. 1003 § 4: Se o recurso foi remetido pelo Correio, vai considerar qual data para 
contagem do prazo? Vai contar da data que se fez a postagem no Correio. Não importa a 
data em que chegou o recurso no Tribunal. 
 Sobre o Preparo (valor pago para interpor recurso). Nem todos os recursos irão 
exigir o preparo e tem pessoas isentas (MP, fazenda pública, pessoas 
hipossuficientes são exemplos). Quando não se recolhe o preparo: Recurso não 
conhecido por conta da deserção (será um recurso deserto). 
Art. 1007 do CPC, significado de “Porte de remessa e retorno”: Quando o processo é 
físico ele pode se movimentar, ir de uma vara do interior ao tribunal na capital, esse 
transporte é pago. Mas não é cabível nos casos dos processos eletrônicos. (Art 1007 § 3). 
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido 
pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, 
sob pena de deserção. 
§ 1º São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos 
interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, 
pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal. 
§ 2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, 
implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-
lo no prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 3º É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos 
eletrônicos. 
§ 4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento 
do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu 
advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção. 
§ 5º É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive 
porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4º. 
§ 6º Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por 
decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo. 
§ 7º O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena 
de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o 
recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias. 
 Se foi feita uma guia errado no valor do preparo, haverá 5 dias para corrigir o 
valor. Se não houver pagamento, 5 dias para pagar o preparo em dobro, sob pena 
de deserção (§4°). 
Se houver um pagamento parcial, não haverá novo prazo para complementar valor. Se for 
provado que por justa causa (justo impedimento) que não se conseguiu pagar no prazo, 
haverá novo prazo de 5 dias para pagamento normal, sem ser dobrado. 
 Súmula 484 do STJ: Admite-se que o preparo seja efetuado no primeiro dia útil 
subsequente, quando a interposição do recurso ocorrer após o encerramento do 
expediente bancário. 
 Se poderá desistir do recurso? Sim. 
 Pode desistir da ação? Sim. Para desistir da ação se manifesta a vontade, e se 
produzirá efeitos com a homologação. Essa desistência pode ser a qualquer 
tempo? Sim, mas a depender da fase processual, a desistência só poderá ocorrer 
com a anuência do réu- Art 485 do CPC: Sentença terminativas + art 200, p.u. 
Artigos de interesse: 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa 
por mais de 30 (trinta) dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e 
regular do processo; 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo 
arbitral reconhecer sua competência; 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição 
legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
§ 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para 
suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 2º No caso do § 1º, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, 
e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos 
honorários de advogado. 
§ 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em 
qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. 
§ 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, 
desistir da ação. 
§ 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
§ 6º Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor 
depende de requerimento do réu. 
§ 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o 
juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. 
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de 
vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos 
processuais. 
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação 
judicial. 
E o recurso? Poderá desistir de forma unilateral. 
 Cabe OBS: Nos casos dos recursos repetitivos: 
Técnica de julgamento repetitivo, entenda: 
1- Temos STJ com vários recursos de mesma matéria em aguardo de julgamento. E 
temos os Tribunais estaduais e os Tribunais Regionais Federais também com 
recursos esperando para subir ao Tribunal Superior. 
2- O STJ percebendo os recursos de mesma matéria acumulados, será feita a selecão 
de alguns recursos do STJ, podendo ser selecionado também os que estão no TJ 
ou TRF. 
3- 3- Esse julgamento de seleção será realizado pelo Órgão Colegiado Maior. 
4- Desse julgamento terá um acordão que constituirá tese jurídica e que será aplicado 
a todos os processos da mesma matéria, tanto os do STJ, quando os TJ ou TRF. 
Essa tese será um precedente obrigatório, sendo aplicado as futuras matérias com 
o mesmo teor. 
 Esse julgamento não é súmula vinculante (essa é mais difícil de formar e de ser 
desfeita), e sim um precedente obrigatório. 
E se o seu recurso foi selecionado como amostra, mas a parte não quer mais recorrer e 
deseja desistir... Nesse caso, o CPC diz que a desistência é livre. No entanto, NÃO impede 
o julgamento do recurso. Sendo ojulgamento não aplicado a quem desistiu efetivamente, 
prevalecendo o interesse público. Vide: art. 998. 
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos 
litisconsortes, desistir do recurso. 
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja 
repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos 
extraordinários ou especiais repetitivos. 
 Enquanto se aguarda essa decisão, esses processos de mesma matéria do 
julgamento, tanto nas primeiras instancias quanto nas superiores serão suspensos 
(sobrestados). 
Artigos de interesse: Art 1036 a 1041 do CPC: Passo a passo das demandas repetitivas. 
Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais 
com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de 
acordo com as disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno 
do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1º O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal 
selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão 
encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins 
de afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, 
individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso. 
§ 2º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da 
decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que 
tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para 
manifestar-se sobre esse requerimento. 
§ 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º caberá apenas agravo 
interno. 
§ 4º A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do tribunal 
regional federal não vinculará o relator no tribunal superior, que poderá selecionar outros 
recursos representativos da controvérsia. 
§ 5º O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos 
representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito independentemente 
da iniciativa do presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem. 
§ 6º Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente 
argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida. 
Art. 1.037. Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a 
presença do pressuposto do caput do art. 1.036 , proferirá decisão de afetação, na qual: 
I - identificará com precisão a questão a ser submetida a julgamento; 
II - determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, 
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional; 
III - poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou 
dos tribunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia. 
§ 1º Se, após receber os recursos selecionados pelo presidente ou pelo vice-presidente de 
tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, não se proceder à afetação, o relator, 
no tribunal superior, comunicará o fato ao presidente ou ao vice-presidente que os houver 
enviado, para que seja revogada a decisão de suspensão referida no art. 1.036, § 1º. 
§ 3º Havendo mais de uma afetação, será prevento o relator que primeiro tiver proferido 
a decisão a que se refere o inciso I do caput. 
§ 4º Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de 1 (um) ano e terão preferência 
sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas 
corpus. 
§ 6º Ocorrendo a hipótese do § 5º, é permitido a outro relator do respectivo Tribunal 
superior afetar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia na forma do art. 
1.036 . 
§ 7º Quando os recursos requisitados na forma do inciso III do caput contiverem outras 
questões além daquela que é objeto da afetação, caberá ao tribunal decidir esta em 
primeiro lugar e depois as demais, em acórdão específico para cada processo. 
§ 8º As partes deverão ser intimadas da decisão de suspensão de seu processo, a ser 
proferida pelo respectivo juiz ou relator quando informado da decisão a que se refere o 
inciso II do caput 
§ 9º Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser 
julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá requerer o 
prosseguimento do seu processo. 
§ 10. O requerimento a que se refere o § 9º será dirigido: 
I - ao juiz, se o processo sobrestado estiver em primeiro grau; 
II - ao relator, se o processo sobrestado estiver no tribunal de origem; 
III - ao relator do acórdão recorrido, se for sobrestado recurso especial ou recurso 
extraordinário no tribunal de origem; 
IV - ao relator, no tribunal superior, de recurso especial ou de recurso extraordinário cujo 
processamento houver sido sobrestado. 
§ 11. A outra parte deverá ser ouvida sobre o requerimento a que se refere o § 9º, no prazo 
de 5 (cinco) dias. 
§ 12. Reconhecida a distinção no caso: 
I - dos incisos I, II e IV do § 10, o próprio juiz ou relator dará prosseguimento ao processo; 
II - do inciso III do § 10, o relator comunicará a decisão ao presidente ou ao vice-
presidente que houver determinado o sobrestamento, para que o recurso especial ou o 
recurso extraordinário seja encaminhado ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 
1.030, parágrafo único. 
§ 13. Da decisão que resolver o requerimento a que se refere o § 9º caberá: 
I - agravo de instrumento, se o processo estiver em primeiro grau; 
II - agravo interno, se a decisão for de relator. 
Art. 1.038. O relator poderá: 
I - solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na 
controvérsia, considerando a relevância da matéria e consoante dispuser o regimento 
interno; 
II - fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência 
e conhecimento na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento; 
III - requisitar informações aos tribunais inferiores a respeito da controvérsia e, cumprida 
a diligência, intimará o Ministério Público para manifestar-se. 
§ 1º No caso do inciso III, os prazos respectivos são de 15 (quinze) dias, e os atos serão 
praticados, sempre que possível, por meio eletrônico. 
§ 2º Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos 
demais ministros, haverá inclusão em pauta, devendo ocorrer o julgamento com 
preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos 
de habeas corpus. 
§ 3º O conteúdo do acórdão abrangerá a análise dos fundamentos relevantes da tese 
jurídica discutida. 
Art. 1.039. Decididos os recursos afetados, os órgãos colegiados declararão prejudicados 
os demais recursos versando sobre idêntica controvérsia ou os decidirão aplicando a tese 
firmada. 
Parágrafo único. Negada a existência de repercussão geral no recurso extraordinário 
afetado, serão considerados automaticamente inadmitidos os recursos extraordinários 
cujo processamento tenha sido sobrestado. 
 Art. 1.040. Publicado o acórdão paradigma: 
I - o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos 
especiais ou extraordinários sobrestados na origem, se o acórdão recorrido coincidir com 
a orientação do tribunal superior; 
 
II - o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de 
competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o 
acórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior; 
III - os processos suspensos em primeiro e segundo graus de jurisdição retomarão o curso 
para julgamento e aplicação da tese firmada pelo tribunal superior; 
IV -se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço público objeto 
de concessão, permissão ou autorização, o resultado do julgamento será comunicado ao 
órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, 
por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada. 
§ 1º A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de 
proferida a sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso 
representativo da controvérsia. 
§ 2º Se a desistência ocorrer antes de oferecida contestação, a parte ficará isenta do 
pagamento de custas e de honorários de sucumbência. 
§ 3º A desistência apresentada nos termos do § 1º independe de consentimento do réu, 
ainda que apresentada contestação. 
Art. 1.041. Mantido o acórdão divergente pelo tribunal de origem, o recurso especial ou 
extraordinário será remetido ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.036, § 1º 
. 
§ 1º Realizado o juízo de retratação, com alteração do acórdão divergente, o tribunal de 
origem, se for o caso, decidirá as demais questões ainda não decididas cujo enfrentamento 
se tornou necessário em decorrência da alteração. 
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do inciso II do caput do art. 1.040 e o recurso versar sobre 
outras questões, caberá ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, depois 
do reexame pelo órgão de origem e independentemente de ratificação do recurso, sendo 
positivo o juízo de admissibilidade, determinar a remessa do recurso ao tribunal superior 
para julgamento das demais questões. 
O relator fará o sobrestamento dos processos (Repetitivos). 
Art. 1.037. Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a 
presença do pressuposto do caput do art. 1.036 , proferirá decisão de afetação, na qual: 
I - identificará com precisão a questão a ser submetida a julgamento; 
II - determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, 
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território 
nacional; 
III - poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou 
dos tribunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia. 
§ 1º Se, após receber os recursos selecionados pelo presidente ou pelo vice-presidente de 
tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, não se proceder à afetação, o relator, 
no tribunal superior, comunicará o fato ao presidente ou ao vice-presidente que os houver 
enviado, para que seja revogada a decisão de suspensão referida no art. 1.036, § 1º . 
§ 3º Havendo mais de uma afetação, será prevento o relator que primeiro tiver proferido 
a decisão a que se refere o inciso I do caput . 
§ 4º Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de 1 (um) ano e terão preferência 
sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas 
corpus. 
§ 6º Ocorrendo a hipótese do § 5º, é permitido a outro relator do respectivo tribunal 
superior afetar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia na forma do art. 
1.036 . 
§ 7º Quando os recursos requisitados na forma do inciso III do caput contiverem outras 
questões além daquela que é objeto da afetação, caberá ao tribunal decidir esta em 
primeiro lugar e depois as demais, em acórdão específico para cada processo. 
§ 8º As partes deverão ser intimadas da decisão de suspensão de seu processo, a ser 
proferida pelo respectivo juiz ou relator quando informado da decisão a que se refere o 
inciso II do caput . 
§ 9º Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser 
julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá requerer o 
prosseguimento do seu processo. 
§ 10. O requerimento a que se refere o § 9º será dirigido: 
I - ao juiz, se o processo sobrestado estiver em primeiro grau; 
II - ao relator, se o processo sobrestado estiver no tribunal de origem; 
III - ao relator do acórdão recorrido, se for sobrestado recurso especial ou recurso 
extraordinário no tribunal de origem; 
IV - ao relator, no tribunal superior, de recurso especial ou de recurso extraordinário cujo 
processamento houver sido sobrestado. 
§ 11. A outra parte deverá ser ouvida sobre o requerimento a que se refere o § 9º, no prazo 
de 5 (cinco) dias. 
§ 12. Reconhecida a distinção no caso: 
I - dos incisos I, II e IV do § 10, o próprio juiz ou relator dará prosseguimento ao processo; 
II - do inciso III do § 10, o relator comunicará a decisão ao presidente ou ao vice-
presidente que houver determinado o sobrestamento, para que o recurso especial ou o 
recurso extraordinário seja encaminhado ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 
1.030, parágrafo único . 
§ 13. Da decisão que resolver o requerimento a que se refere o § 9º caberá: 
I - agravo de instrumento, se o processo estiver em primeiro grau; 
II - agravo interno, se a decisão for de relator. 
 
Recurso Adesivo: Precisa de uma sucumbência recíproca. Nesse caso, temos as duas 
partes que ganharam parcialmente o processo, e ambos também perderam parcialmente. 
A parte que vai se utilizar do recurso adesivo não pode ter utilizado a via principal, 
além disso esse recurso é acessório: Dependente. Ou seja, uma das partes resolve recorrer, 
e a outra também. Logo, essa outra irá "colar" seu recurso no recurso principal da outra 
parte. 
 Todo recurso admite a modalidade adesiva? Não. O recurso adesivo só poderá ser 
interposto nos casos dos recurso principal ser: Apelação/Recurso 
Extraordinário(RE) e Recurso Especial (RESP). 
 O Recurso adesivo terá os mesmos requisitos do recurso principal. O RA será 
interposto no prazo das contrarrazões do recurso principal. Vide: 997 do CPC. 
 
Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com 
observância das exigências legais. 
 
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá 
aderir o outro. 
 
§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe 
aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e 
julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o 
seguinte: 
 
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, 
no prazo de que a parte dispõe para responder; 
 
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso 
especial; 
 
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for 
ele considerado inadmissível. 
EXEMPLO: Sucumbência reciproca. A parte interpõe apelação no último dia do 
prazo. O autor será intimado para apresentar suas contrarrazões da apelação, e ele 
aproveitará e pedirá nas contrarrazões apelação adesiva (o RA). Pagará preparo e seguirá 
os ritos da apelação. Se a parte que interpôs o recurso principal desistir, esse recurso 
adesivo também será desistente, se houver vícios insanáveis no recurso principal, o RA 
também irá ruir. 
RECURSO EM ESPÉCIE 
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: 
I - apelação; 
II - agravo de instrumento; 
III - agravo interno; 
IV - embargos de declaração; 
V - recurso ordinário; 
VI - recurso especial; 
VII - recurso extraordinário; 
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; 
IX - embargos de divergência. 
Esquematização - Exemplo 
Vara cível comum: Temos a Petição inicial, com pedido liminar -> Foi 
distribuída/registrada e chegou ao juiz -> que deu uma decisão interlocutória positiva 1 
(cedeu a liminar, mas não é a sentença, o processo continua). -> Audiência (art. 334) -> 
Decisão interlocutória 2 -> Decisão interlocutória 3 -> Sentença. 
A decisão interlocutória 2 é uma multa pela parte não ter comparecido a audiência (334, 
parag. 8). Na interlocutória 3, o juiz indeferiu uma prova. E no fim, sentença. 
 O que se poderia fazer diantedas decisões interlocutórias ou da sentença? 
OBS: CPC diz que da decisão interlocutória que se encaixe no art. 1015 caberá agravo 
de instrumento. No exemplo, a decisão interlocutória 1 caberá nos moldes do art. 1015, 
tendo em 15 dias que interpor o Agravo de Instrumento. 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem 
sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua 
revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias 
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo 
de execução e no processo de inventário. 
 O agravo de instrumento é interposto diretamente no Tribunal (TJ). 
Certo, mas e as outras decisões interlocutórias? Foram três no total. Não caberá a elas 
agravo de instrumento, pois estão fora dos requisitos do art. 1015. 
O que fazer? Questionar em juízo isso depois, tem que esperar. Nesse caso, não haverá 
preclusão. Quando se fizer a apelação, elas serão questionadas na preliminar da apelação 
ou nas contrarrazões. 
Quanto a sentença: Se quer combater essa sentença, será feita a apelação. Então vai se 
questionar a sentença e abrir uma preliminar para questionar as decisões interlocutórias 
não agraváveis. Esse procedimento normalmente é feito pelo réu. Mas pode ser feito pelo 
autor, que mesmo ganhando seus pedidos, teve uma decisão interlocutória que lhe aplicou 
multa por ausência na audiência. Ele poderá nesse caso fazer uma apelação apenas 
questionando essa decisão interlocutória. 
A outra parte irá ser intimada para apresentar contrarrazões. 
 Assim, segue o processo para o tribunal -> Vai para uma turma -> Segue para 
relator. Esse relator poderá aplicar o art. 932. Negando provimento, dizendo que 
o recurso contrariava jurisprudência. Nesse caso, contra decisão monocrática de 
relator: Agravo interno. 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, 
bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes; 
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência 
originária do tribunal; 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado 
especificamente os fundamentos da decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio 
tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de 
Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência; 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso 
se a decisão recorrida for contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio 
tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de 
Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência; 
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for 
instaurado originariamente perante o tribunal; 
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; 
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o 
prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a 
documentação exigível. 
 Esse agravo interno será submetido a turma da qual ele participa (art. 1021). E daí 
terá como consequência um acórdão, que julgará o agravo interno e a apelação 
(tudo junto). 
Se o acórdão fere norma infraconstitucional: Recurso especial (RESP). 
Se norma constitucional: Recuso extraordinário(RE). 
Ambos interpostos perante o presidente ou vice presidente do tribunal recorrido (o TJ), 
que poderá negar seguimento. Diante de uma decisão unipessoal desse Presidente ou Vice 
do Tribunal negando seguimento ao recurso, se costuma dizer que "trancou" o RESP, ou 
"trancou" o RE. 
 Nesse caso: A decisão que foi unipessoal, que está baseada em tese jurídica que 
foi firmada em repercussão geral ou Recurso repetitivo: Contra essa decisão: 
Agravo interno para o próprio tribunal recorrido. 
 
Ou: 
 
 Se a decisão unipessoal foi firmada por outro motivo (vícios por exemplo): 
Agravo (art 1042). Se aceito, vai para o STJ. E contra decisão do STJ, caberá 
Embargos de Divergência. 
Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do 
tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo 
quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão 
geral ou em julgamento de recursos repetitivos. 
§ 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de 
origem e independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o 
regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de 
sobrestamento e do juízo de retratação. 
§ 3º O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) 
dias. 
§ 4º Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal 
superior competente. 
§ 5º O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso especial 
ou extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, ainda, o 
disposto no regimento interno do tribunal respectivo. 
§ 6º Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o 
agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido. 
§ 7º Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, e, 
havendo interposição conjunta, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. 
§ 8º Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça e, se for o caso, 
do recurso especial, independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao Supremo 
Tribunal Federal para apreciação do agravo a ele dirigido, salvo se estiver prejudicado. 
 O agravo do art 1042 é julgado pelo STJ (Se for relacionado ao RESP) ou ao STF 
(se for relacionado ao recurso extraordinário). 
Desse julgamento, haverá um acórdão, que nele será julgado o próprio agravo e já os 
recursos respectivos. 
Contra esse acordão: Embargos de divergência. 
APELAÇÃO: Combate a sentença e as decisões interlocutórias não agraváveis (Art. 
1009, p 1). Poderá ser qualquer sentença, em qualquer rito. 
OBS: Quando uma decisão interlocutória é suscitada na apelação propriamente, a outra 
parte já terá o prazo de contrarrazões p/ questionar. Mas, quando é nas contrarrazões que 
é suscitada a questão da decisão interlocutória não agravável, então a outra parte precisará 
ser intimada para também apresentar suas contrarrazões a respeito das decisões 
interlocutórias. A doutrina chama essa fase de “contrarrazões das contrarrazões". (1009, 
parag. 2). 
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. 
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se adecisão a seu respeito não 
comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas 
em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas 
contrarrazões. 
§ 2º Se as questões referidas no § 1º forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente 
será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas. 
§ 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas 
no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença. 
 Exemplo: Juiz nega gratuidade da justiça no pedido da petição inicial: Agravo de 
instrumento. Mas, e se ele nega na sentença? Apelação. 
 A apelação tem efeitos: Devolutivo; suspensivo; regressivo, desobstrutivo. 
Em caso de indeferimento ou negativa de liminar, caberá apelação. E o juiz poderá se 
retratar em 5 dias (efeito regressivo ou juízo de retratação). Esses efeitos poderão ser 
vistos no indeferimento da petição inicial (art 331) ou improcedência liminar do 
pedido (art. 332). 
OBS: Via de regra, a apelação quando é recebida, terá dois efeitos: devolutivo e 
suspensivo. Enquanto se recebe a apelação, a sentença não produzirá efeitos. 
OBS: Não tem efeito suspensivo: Agravo de instrumento (não tem efeito suspensivo, 
mas pode pedir), embargos de declaração, Recurso especial e Recurso extraordinário. 
Art. 1012: regra geral. Duplo efeito suspensivo e devolutivo. 
Exceções quanto ao efeito suspensivo: Art. 1012, parag. 1. Nessas hipóteses, a apelação 
não terá efeitos suspensivo. O efeito será apenas devolutivo e a sentença terá efeito 
imediato. Havendo uma execução provisória. 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. 
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos 
imediatamente após a sua publicação a sentença que: 
I - homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - condena a pagar alimentos; 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; 
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - decreta a interdição. 
§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório 
depois de publicada a sentença. 
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser 
formulado por requerimento dirigido ao: 
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua 
distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la; 
II - relator, se já distribuída a apelação. 
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o 
apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a 
fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação. 
 Mesmo quando a lei diz um recurso ou a própria apelação em determinados casos 
não tenha efeito suspensivo, pode pedir? Sim, pedido suspensivo impróprio (ou 
ope iudicis). Se alegará que caso não haja efeito suspensivo, poderá haver um 
dano de muito impacto ou até mesmo irreversível. Esse pedido para ter efeito 
suspensivo poderá ser interposto para o Tribunal para onde a apelação irá ou se já 
estiver no Tribunal (TJ), direto para o relator. (P. 3 do 1012). 
OBS: O efeito suspensivo nos recursos é chamado também de: Obstativo. É 
importante salientar ainda diferenças quanto as nomenclaturas: 
Ope legis (efeito suspensivo previsto em lei, o automático) 
Ope iudicis (quando se pede, terá o efeito suspensivo por decisão judicial). Art. 995. 
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou 
decisão judicial em sentido diverso. 
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do 
relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou 
impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso. 
Efeito devolutivo: Poderá haver recurso da sentença integral ou apenas de parte. Quando 
se entrega ao Tribunal, ele poderá se aprofundar no tema, e até buscar efeito de ordem 
pública (gerando um efeito translativo). Art. 1013: Efeito devolutivo por extensão. Quem 
recorre é que decidirá se o recurso é total ou se é parcial. Art. 1013, parag. 1 e 2: Efeito 
devolutivo por profundidade. 
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões 
suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde 
que relativas ao capítulo impugnado. 
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas 
um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. 
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir 
desde logo o mérito quando: 
I - reformar sentença fundada no art. 485 ; 
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido 
ou da causa de pedir; 
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; 
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. 
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se 
possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do 
processo ao juízo de primeiro grau. 
§ 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é 
impugnável na apelação. 
 Quando o Tribunal aprofunda o tema, poderá encontrar matérias de ordem 
pública, podendo se manifestar de ofício e reformar a decisão (inclusive isso pode 
piorar a situação de quem recorreu). Esse é o efeito devolutivo por profundidade, 
logo, se julgará ainda mais questões do que foi apresentado no recurso. 
Efeito desobstrutivo da apelação ou Teoria da causa madura (tcm). 
Esquematização- Exemplo: 
 
Petição inicial -> Juiz-> Decisão pela prescrição (sentença de improcedência liminar do 
pedido), aplicou o 332 do CPC + 206. Essa sentença é baseada no art. 487 do CPC, pois 
se está diante de uma decisão de resolução de mérito. 
Certo, mas o seu pedido se tratava de uma indenização que envolvia responsabilidade 
civil contratual. Quando se pede reparação de danos com base contratual, a prescrição é 
de 10 anos e Não de 3 anos. 
 Nesse caso, caberá apelação! O juiz poderia se retratar, mas caso não se retrate. 
Se pedirá a citação do réu para apresentar contrarrazões da apelação. 
OBS: Será citação quando é a primeira vez que a pessoa será convocada para apresentar 
suas contrarrazões. Se a pessoa já se manifestou no processo antes, a partir disso ela será 
intimada. 
Os autos vão para o Tribunal, que fará juízo de admissibilidade. Após, juízo de mérito do 
recurso. No TJ ou TRF, vamos supor que sua apelação é conhecida e provida. Os autos 
não retornarão a 1° instancia, pois, a causa já está madura. Não se exigirá provas, pois já 
constam no processo (não exige dilação probatória). O T julga o mérito da demanda, e 
julga o pedido principal da demanda de origem (que no exemplo, era a indenização). 
Certo, o normal é o TJ julgar o recurso e o processo retornar para primeira instancia para 
ser julgado, podendo apelar e ter todo o ciclo de idas e vindas: 1° instância -> 2° instância 
-> instância de novamente. 
Para respeitar a duração razoável do processo, o TJ julga. Mas existem discussões a 
respeito da violação do duplo grau de instrução; da supressão de instância etc. 
Art. 1013 (sobre a TCM). Basicamente a teoria da causa madura será aplicada quando 
todo o processo já se encontra com todas as provas prontas, em condições de pronto 
julgamento. 
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões 
suscitadas e discutidasno processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que 
relativas ao capítulo impugnado. 
 
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas 
um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. 
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir 
desde logo o mérito quando: 
I - reformar sentença fundada no art. 485 ; 
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do 
pedido ou da causa de pedir; 
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-
lo; 
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. 
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se 
possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do 
processo ao juízo de primeiro grau. 
§ 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é 
impugnável na apelação. 
 II: É o julgamento extra petita, quando se julga A, e recebe B (quando se dá algo 
fora do pedido). Nesse caso, caberá apelação, o TJ cassa a decisão de 1° instância, 
e o próprio TJ julgará o processo se á estiver pronto. 
 III: Se for Infra petita ou Cintra petita: Quando se esquece de julgar algum pedido. 
Caberia Embargos de declaração, no caso de omissão. Mas poderá se optar pela 
apelação. Se o TJ verificar que o processo está completo, poderá julgar o pedido 
que está faltando. 
 IV: Se juiz não fundamentar a decisão, poderá se apelar, e o Tribunal irá anular 
essa decisão e julgar no lugar (se o processo estiver pronto com todas as provas). 
Artigo de interesse 
Art. 489. São elementos essenciais da sentença: 
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do 
pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do 
processo; 
 
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; 
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe 
submeterem. 
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, 
sentença ou acórdão, que: 
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua 
relação com a causa ou a questão decidida; 
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua 
incidência no caso; 
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; 
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, 
infirmar a conclusão adotada pelo julgador; 
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus 
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles 
fundamentos; 
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela 
parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do 
entendimento. 
§ 2º No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais 
da ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma 
afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão. 
§ 3º A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus 
elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé. 
Apelação é diferente de Recurso Inominado. 
 Nos juizado especial não se apela da decisão. Contra a sentença caberá o Recurso 
Inominado. 
 
Recurso Inominado: 
 Está previsto na Lei 9099/95. Art. 41; 
 Tem prazo de 10 dias; 
 Preparo é recolhido no ato da interposição ou em até 48 horas. ; 
 Via de regra, tem efeito apenas devolutivo; 
 O julgamento é feito pela turma recursal, um conjunto de juízes de 1° instância; 
 Não admite a modalidade adesiva. 
Apelação: 
 Previsão no CPC; 
 Prazo de 15 dias; 
 Preparo é recolhido no ato de interposição; 
 Via regra terá duplo efeito (suspensivo e devolutivo); 
 Julgamento feito pelo Tribunal (TJ ou TRF) com desembargadores; 
 Admite a modalidade adesiva. 
AGRAVO DE INSTRUMENTO (AGI): Combate as decisões interlocutórias 
tradicionais; e as decisões interlocutórias de mérito (Ex. julgamento antecipado do 
mérito). Essas decisões interlocutórias poderiam vir em qualquer fase processual, como 
liquidação/execução por exemplo. 
 Tem prazo de 15 dias, e terá preparo. 
 Será interposto: Diretamente no Tribunal (TJ ou TRF) - Art. 1015 (artigo já citado 
completo); 
 Não admite a modalidade adesiva; 
 Não possui efeito suspensivo automático (tem que pedir); 
 Admite o efeito regressivo ou juízo de retratação (que será do juiz de 1 instância). 
OBS: Todos os prazos aqui citados, são prazos processuais e serão contados em dias 
úteis (art. 219) 
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-
ão somente os dias úteis. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais. 
 
Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída: 
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou 
a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou 
outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas 
aos advogados do agravante e do agravado; 
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, 
feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal; 
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis. 
§ 1º Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do 
porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais. 
§ 2º No prazo do recurso, o agravo será interposto por: 
I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo; 
II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias; 
III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento; 
IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei; 
V - outra forma prevista em lei. 
§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa 
a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, 
parágrafo único. 
§ 4º Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac-símile ou 
similar, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original. 
§ 5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos 
I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis 
para a compreensão da controvérsia. 
OBS: Quando o processo é físico, precisa instruir. Quando o processo tem origem numa 
cidade do interior por exemplo, o tradicional é que se agravará direto no Tribunal. Porém, 
ainda existem processo físicos, nesse caso o que será preciso? Vai ter que fazer cópias do 
processo, incluindo da petição até a decisão e ter em mãos seu agravo de instrumento e 
comprovante do pagamento do preparo. Diferente do processo eletrônico, que não 
precisará levar fisicamente esses autos ao Tribunal. 
Vamos supor: Tribunal é em Recife, o processo é em Bacurau (nome fictício, assista o 
filme). O Agravo de I. poderia ser interposto por Correio? Sim. Também existe o 
protocolo de distribuição, nesse caso, a própria comarca de Bacurau teria que remeter 
esse agravo de instrumento ao Tribunal (isso se processo físico, hoje já temos os processos 
eletrônicos). Se faltar documentos: 5 dias para sanar vício. 
OBS: O código, no art. 1017 cita fax e procedimentos que remetem aos processos físicos, 
o que denota que o CPC já está um tanto obsoleto, e não faz sentido atualmente. Tendo 
outras formas de atuação virtual. Mas sãomeios que podem ser ainda aplicados aos 
processos físicos existentes. 
Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da 
petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos 
documentos que instruíram o recurso. 
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará 
prejudicado o agravo de instrumento. 
§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no 
caput , no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento. 
§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2º, desde que arguido e provado 
pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento. 
 Se o processo é físico e se interpôs Agravo de instrumento: Terá 3 dias para 
comunicar ao juiz que deu a decisão sobre o recurso. Se for eletrônico não precisa. 
Se não comunicar ao juiz de origem (se o processo for físico), haverá 
inadmissibilidade do agravo de instrumento. 
No Art. 1019 O relator terá alguns poderes específicos. O relator poderá conceder tutela 
antecipada recursal, ou de evidencia. Ou efeito suspensivo pedido. 
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se 
não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV , o relator, no prazo de 5 (cinco) 
dias: 
 
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total 
ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão; 
II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, 
quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso 
de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, 
facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso; 
III - determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio 
eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 
(quinze) dias 
 Se a decisão do relator desagradar: Caberá agravo interno - art. 1021. 
AGRAVO INTERNO: Contra decisão monocrática ou unipessoal. 
 Prazo de 15 dias úteis; 
 Não tem preparo; 
 Admite retratação; 
 Não admite modalidade adesiva. 
OBS: Art. 1021, parag. 4 e 5: Sobre o abuso de direito, quando se interpõe o recurso com 
fim de protelar o processo, caberá uma multa contra o agravante. 
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo 
órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno 
do tribunal. 
§ 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os 
fundamentos da decisão agravada. 
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre 
o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator 
levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. 
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada 
para julgar improcedente o agravo interno. 
 
§ 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou 
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, 
condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento 
do valor atualizado da causa. 
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio 
do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário 
de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final. 
OBS: Protelar: Com fim de ganhar tempo, atrasar o procedimento de forma 
desnecessária. 
Sobre os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ED): Há também requisitos para sua 
interposição: 
 Há fundamentações específicas que a ele são vinculadas; 
 Prazo de 5 dias. Lembrando que se for o MP, Fazenda Pública, defensoria ou 
entidades conveniadas com a DP: O prazo é em dobro, ou seja, 10 dias; 
 Não tem preparo. 
Será fundamento com base: Erro material; omissão; contradição; obscuridade. 
 Não tem efeito suspensivo automático. Mas quando o ED é interposto interrompe 
o prazo para outros recursos: Efeito interruptivo do prazo. Dá para ganhar tempo. 
Quando se interpõe o ED, a outra parte precisa ser intimada? Tem prazo para 
contrarrazões? Regra geral não. Mas, o juiz poderá abrir prazo de 5 dias para se apresentar 
contrarrazões quando o ED ter potencial para efeitos infringentes ou modificativos da 
decisão. 
 Eis o que ocorre: Sentença omissa. O réu perdeu, mas um dos pedidos do autor 
não foi compreendido pelo juiz. O réu vai apelar, e o autor vai interpor ED. 
Quando o autor interpor o ED, o prazo para o outro apelar estará 
interrompido/suspenso, até que o ED seja julgado. 
Primeira se julgará o ED, e só a partir de sua decisão se começará o prazo para o outro 
apelar. Isso ocorrerá também no juizado especial. 
 
 
 
 
 
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC): É um recurso que é 
endereçado ao STF ou ao STJ. 
Art. 102 da CF + Art. 1027 do CPC 
Exemplo: Impetrado um Mandando de segurança ou Habeas Data ou Mandado de 
Injunção em Tribunal Superior. Quando um desses remédios é impetrado em qualquer 
Tribunal Superior (TST, STM, STJ,), e nasce um acordão denegatório (decisão colegiada 
que negou pedido) caberá o ROC ao STF. Art. 1027, I. 
OBS: O Recurso Ordinário Constitucional está atrelado a remédios constitucionais. 
OBS: Esse recurso tem preparo. E não admite modalidade adesiva. Também não tem 
efeito suspensivo automático (Regra) e seu prazo de impetração é de 15 dias. 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes 
e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos 
Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e 
do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais 
Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos 
Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; 
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos 
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; 
c) os habeas corpus , quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas 
mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, 
Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, 
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no 
art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes 
vinculados a tribunais diversos; 
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados; 
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de 
suas decisões; 
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da 
União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro 
ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União; 
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for 
atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou 
indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos 
órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça 
Federal; 
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas 
rogatórias; 
II - julgar, em recurso ordinário: 
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais 
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e 
Territórios, quando a decisãofor denegatória; 
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais 
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e 
Territórios, quando denegatória a decisão; 
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, 
de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; 
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, 
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito 
Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro 
tribunal. 
Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, 
cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o 
ingresso e promoção na carreira; 
II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a 
supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e 
segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, 
cujas decisões terão caráter vinculante. 
Dispositivos referente ao Recurso Ordinário Constitucional no CPC: 
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: 
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os 
mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando 
denegatória a decisão. 
II - pelo Superior Tribunal de Justiça: 
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais 
federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, 
quando denegatória a decisão; 
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo 
internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. 
§ 1º Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões interlocutórias 
caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do 
art. 1.015 . 
§ 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3º , e 1.029, § 5º . 
 Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, alínea “b”, aplicam-se, quanto 
aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à apelação 
e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1º Na hipótese do art. 1.027, § 1º , aplicam-se as disposições relativas ao agravo de 
instrumento e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. 
§ 2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea “a”, deve ser interposto 
perante o tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou vice-presidente 
determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as 
contrarrazões. 
 
§ 3º Findo o prazo referido no § 2º, os autos serão remetidos ao respectivo tribunal 
superior, independentemente de juízo de admissibilidade. 
 
 O ROC para o STJ é um pouco diferente do esquema para o STF: 
Exemplo: Impetração de Mandado de segurança na 1° instancia, na vara de Fazenda 
Pública -> Daqui teremos uma sentença -> Contra essa sentença caberá uma apelação ao 
STJ em 15 dias. 
 Qual o tempo do ROC chegar ao STF? não há prazo. 
 Se impetrar o Mandando de segurança em TJ ou TRF: Havendo decisão 
denegatória (que será um Acordão), nesse caso, acima do TJ ou TRF está o STJ. 
Art. 1027,II, A. 
 Possibilidade de Recurso Ordinário Constitucional para o STJ: Hipótese 1: 
Remédio constitucional. Hipótese 2: Causas internacionais. 
 Causa internacional quando existe ação de estado estrangeiro ou organismo 
internacional x pessoa (PJ ou PF) residente ou domiciliada no Brasil ou município 
brasileiro. Essas causas são propostas na Justiça Federal de 1° instancia (art 109, 
II da CF). Terá uma sentença, que poderá ser combatida com o Recurso Ordinário 
Constitucional para o STJ. O caminho normal seria um recurso para o TRF, mas 
como é causa internacional, vai para o STJ. 
 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: II - as causas entre 
Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada 
ou residente no País; 
 
 E se no meio do processo, o juiz federal dá uma decisão interlocutória agravável? 
Caberia um agravo de instrumento ao TRF ou ele vai ao STJ? Nesse caso: Caberá 
um agravo de instrumento ao STJ. Do STJ ainda caberá Recurso Extraordinário. 
 
OBS: A teoria da Causa madura poderá ser aplicada ao ROC. E também poderá ser pedido 
efeito suspensivo. 
RECURSOS EXCEPCIONAIS: RECURSO ESPECIAL E RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO: Visam a proteção ao direito Objetivo, a aplicação correta das leis 
e constituição. Suas causas de pedir não são livres, são recursos de fundamentação 
vinculada. 
 Art. 102 da CF 
 Art. 105 da CF 
 
 RE e RESP passam por duplo juízo de admissibilidade. Primeiro pelo Presidente 
do tribunal ou vice do tribunal recorrido e outro pelo juízo no STF ou STJ. 
 
 O RE e RESP poderá ser interposto quando esgotar todas a vias ordinárias 
(recursos comuns). 
Exemplo: Sentença -> Recurso de Apelação, onde se desenvolverá a tese jurídica de 
defesa pois houve a violação do código civil. - O acordão foi denegatório, mantendo a 
decisão, mas foi omisso na manifestação da tese jurídica. Nesse caso, deve ser 
apresentado o Embargo de Declaração (5 dias), buscando um prequestionamento. Esse 
prequestionamento é obrigatório para interpor RE e RESP. 
Se houve manifestação sobre os embargos: Haverá um novo Acordão, e dele caberá o 
RESP -> STJ. 
 Se Tribunal não se manifesta (negando ou positivando) o embargo e mantém a 
omissão. E é preciso prequestionar para interpor Re ou RESP. Nesse caso de 
manter a omissão, se entende que a matéria foi prequestionada 
(prequestionamento ficto art. 1025). RESP->STJ. 
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante 
suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam 
inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, 
contradição ou obscuridade. 
Outro exemplo: Sentença -> Apelação ao TJ com a tese de violação a norma 
infraconstitucional -> Acordão (houve presquestionamento) -> Contra esse acordão 
haverá RESP ao Presidente ou vice do Tribunal recorrido, que fará o juízo de 
admissibilidade de forma unipessoal. 
 Esse presidente ou vice pode negar o prosseguimento do recurso, se negando, é 
preciso saber o fundamento. Se o acordão recorrido está de acordo com uma tese 
jurídica de repercussão geral ou de Recurso Repetitivo ou ainda outras 
justificativas (intempestividade ou falta de preparo etc...). 
 Se ele negou com base em outras justificativas como intempestividade caberá 
Agravo (art 1042). Mas, se foi negado tendo como justificativa Repercussão geral 
ou RR: Haverá nesse caso Agravo Interno. 
 É exigência do RE demonstrar no recurso a repercussão geral. Essa repercussão 
geral é baseada na relevância social/econômica/política/jurídica e que seja de 
cunho que possa abranger um coletivo (que haja transcendência, ou seja, que não 
fique apenas no autor, repercutindo na coletividade). 
Requisitos de admissibilidade de ambos: Prequestionamento + Esgotamentos de 
instâncias. 
O Recurso extraordinário ainda tem um plus: Necessita também de repercussão geral 
que deve ser provada no recurso (a transcendência). O RESP não exige esse plus. 
 ESPECIAL: Sobre o prequestionamento (Súmula 98 do STJ) + Esgotamento 
de instancias ordinárias. 
 EXTRAORDINÁRIO: Prequestionamento + Repercussão geral (Art. 1035, 
parág. 3°) + esgotamento de instancias (Súmula 281 d STF). 
SÚMULA 281 - É INADMISSÍVEL O RECURSOEXTRAORDINÁRIO, 
QUANDO COUBER NA JUSTIÇA DE ORIGEM, RECURSO 
ORDINÁRIO DA DECISÃO IMPUGNADA. 
 Prazos de 15 dias, tem preparo e admitem modalidade adesiva. 
 
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá 
do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver 
repercussão geral, nos termos deste artigo. 
 
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de 
questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que 
ultrapassem os interesses subjetivos do processo. 
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para 
apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal. 
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que: 
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal; 
§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de 
terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno 
do Supremo Tribunal Federal. 
§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal 
determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, 
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território 
nacional. 
§ 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal 
de origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso 
extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o 
prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. 
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar 
entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de 
recursos repetitivos caberá agravo interno. 
§ 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de 
origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que 
versem sobre matéria idêntica. 
§ 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no 
prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que 
envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. 
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será 
publicada no diário oficial e valerá como acórdão. 
 
 Se a ofensa a CF for reflexa, ou seja: Quando a ofensa for indireta, quando não 
atinge diretamente artigo constitucional não caberá RE. Se fere lei ou Código 
civil/penal etc. e que se conecte a constituição, não vai direto ao STF, e sim ao 
STJ com o RESP (princípio da fungibilidade reciproca) – Arts. 1032 e 1033. 
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso 
especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) 
dias para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se 
manifeste sobre a questão constitucional. 
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput , o relator remeterá o 
recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá 
devolvê-lo ao Superior Tribunal de Justiça. 
 
 Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à 
Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da 
interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de 
Justiça para julgamento como recurso especial. 
 
 Cabe RESP contra decisão de acordão da turma recursal (do juizado)? Não 
cabe. Súmula 203 do STJ . Mas, caberá RE - Vide súmula 640 do STF. 
 
Não cabe RESP: Súmula 203 do STJ : Não cabe recurso especial contra decisão 
proferida por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais. 
 
Cabe RE: Súmula 640 do STF: Écabível recurso extraordinário contra decisão 
proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de 
juizado especial cível e criminal. 
 
 Qual motivo dessa diferença? Ler os arts. 102 da CF + 105 da CF. 
 
 O RESP e RE não possui efeito suspensivo automático. Mas há exceções: Quando 
se apresenta esses recursos poderá ser pedido o efeito suspensivo. Mas terão em 
uma única hipótese efeito suspensivo automático por força de lei: Quando RESP 
o RE foram interpostos para combater acordão que julgou IRDR - Art. 987,1° do 
CPC. 
 
Art. 987. Do julgamento do mérito do incidente caberá recurso extraordinário ou 
especial, conforme o caso. 
 
§ 1º O recurso tem efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão geral de 
questão constitucional eventualmente discutida. 
 
§ 2º Apreciado o mérito do recurso, a tese jurídica adotada pelo Supremo Tribunal 
Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça será aplicada no território nacional a 
todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de 
direito. 
OBS: Agravo de art. 1042 - Agravo em RE ou RESP: Tem a finalidade de destrancar 
esse RE ou RESP, com prazo de 15 dias, não tem preparo e não admite modalidade 
adesiva. Terá prazo para contrarrazões, sendo interposto ao Presidente ou vice do 
Tribunal de origem. 
OBS: O juizo de admissibilidade e mérito desse agravo será feito no juízo ad quem 
(no caso, STJ ou STF conforme o recurso). 
 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA -ART 1043 
Exemplo: Sentença -> Apelação para TJ -> Acordão negativo -> combatido com 
interposição de RESP ao STJ -> Acordão desfavorável a questão. Mas em pesquisa, se 
achou um julgamento do STJ idêntico ao caso em questão onde a pessoa ganhou. E a 
uniformização? Nesse caso, 15 dias para apresentar embargos de divergência. 
 Embargos de divergência não tem preparo e não admite modalidade adesiva. 
Deverá ser feito uma associação entre o seu acordão e o outro com decisão 
diferente. 
 A interposição de embargos de divergência podem ser utilizados para interposição 
no STJ ou STF. Se interposto no STJ, terá efeito interruptivo, interrompendo o 
prazo para interposição do recurso extraordinário. 
 
Técnica de ampliação de colegiado: Art. 942. Assumpção Neves afirma que isso 
seria como "Embargos infringentes cover". Lembrando que não existe mais embargos 
infringentes, isso explica o "cover". Para isso, siga o exemplo: 
Sentença-> Apelação-> Acordão (positivo ou negativo) dado por maioria de votos, 
ou seja, julgamento não unanime. Se buscará um julgamento uniforme, se requer mais 
desembargadores para elaborarem suas decisões. Com isso, se poderá sustentar 
oralmente para os novos membros. Assim, temos a ampliação do colegiado, se eram 
5, poderá se ampliar para 7 por exemplo. 
Nesse caso, caberá na apelação sempre que não unanime. Podendo ser o acordão 
acolhido ou não. 
Outro exemplo: 
Ação rescisória -> interposta no TJ-> Acordão de acolhimento-> Por voto de 2 a 1 
(por maioria). Essa técnica só caberá aqui quando tiver o acolhimento da ação. 
OBS: Poderá essa técnica ser feita na mesma sessão de julgamento. Só caberá em 
apelação, ação rescisória e agravo de instrumento quando houver reforma da decisão 
que julgar parcialmente (art 942).

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