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Ana M. S. Santos (@anarouster) TEORIA GERAL DOS RECURSOS REGRA GERAL: O recurso será interposto (verbo que remete a recurso: interposição) ao juíz a quo (O MESMO QUE DEU A DECISÃO QUE AGORA SERÁ RECORRIDA). MAS há exceção: No caso do Agravo de instrumento, será interposto no juízo ad quem. Depois de interpor o recurso, haverá a fase da admissibilidade que será feito pelo juízo ad quem (EXCETO o RE e RESP que terão duplo juízo de admissibilidade). Depois da admissibilidade, haverá o juízo de mérito, que será feito pelo juízo ad quem (O magistrado do tribunal). Se o juiz que deu a decisão (primeira instância), negar provimento alegando intempestividade poderá haver reclamação, pois, essa admissibilidade de mérito é do juízo ad quem (O tribunal). Se o juiz de primeira instância usurpar essa competência do tribunal valerá Reclamação -> Vide ART. 988 do CPC. Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para: I - preservar a competência do tribunal; II - garantir a autoridade das decisões do tribunal; III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência; § 1º A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir. § 2º A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do tribunal. § 3º Assim que recebida, a reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo principal, sempre que possível. § 4º As hipóteses dos incisos III e IV compreendem a aplicação indevida da tese jurídica e sua não aplicação aos casos que a ela correspondam. § 5º É inadmissível a reclamação I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada; II – proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) § 6º A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão proferida pelo órgão reclamado não prejudica a reclamação. O que é essa admissibilidade? Será feita a análise dos elementos do recurso. O recurso chega no Tribunal e é feita uma distribuição, onde se escolherá o relator do processo, e será ele que fará a admissibilidade desse recurso. Vide: ART 932 do CPC. Art. 932. Incumbe ao relator: I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes; II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal; III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; IV - negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal; VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. Esse relator poderá exercer a decisão monocrática e caso não seja satisfatória: Agravo interno contra decisão do relator. Se enquanto o processo estiver no tribunal e as partes optarem em fazer acordo: Será o próprio relator que homologará o acordo. Poderá ser dado um juízo de admissibilidade negativo (art 932, III). Se o relator percebe vícios, como exemplo: Falta de documentos, preparo não recolhido etc. Antes de denegar a admissibilidade se abrirá prazo de 5 dias para sanar vícios (Art 932, Parágrafo único). Mas e se o vício não for sanável? Exemplo: Feriado local no município A, mas não é feriado na capital sede do tribunal. Na petição quando interpôs o recurso, não foi juntado documento que comprove esse feriado, apenas citou-se tal fato na petição. O relator dará 5 dias para sanar vício? NÃO. Pois, se entende que tal acontecimento é vício insanável. Entendimento consolidado no STJ. Se o recurso foi conhecido (chegou ao relator, o recurso foi aceito), mas se negou provimento (foi conhecido, mas se negou seu andamento): Se fez o Juízo de mérito. Poderá ocorrer o não provimento quando o recurso contrária súmulas, jurisprudências de tribunais superiores ou do próprio tribunal, quando o recurso contrária acordão em demanda repetitiva, ou precedentes obrigatórios. (Art. 932, IV). O relator pode dar provimento (juízo de mérito- Art 932, V) se a decisão recorrida (a decisão do juiz de primeira instância) é contrária as súmulas, jurisprudências, leis etc. No juízo de mérito irá se analisar as causas de pedir recursais e seus pedidos. Poderá ter: Error in procedendo (vício de atividade, aquele formal) nesse caso: Se buscará cassar a decisão da primeira instância. Error in judicando (vício de juízo, aquele de conteúdo) nesse caso se buscará a reforma da decisão da primeira instância. Se vícios de omissão: Se busca a integração da decisão ou seu clareamento (uma decisão mais clara). Nos casos em que a decisão do juiz foi obscura/omissa/rebuscada. OBS: Despacho não é recorrível, pois não é decisão, ele é um mecanismo de impulso ao processo. Vide: Art. 1.001: Dos despachos não cabe recurso. Artigo de interesse: Sobre a legitimidade recursal: Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual. Nas audiências de primeira instância quando o juiz profere sua decisão, será questionado por ele se as partes querem recorrer. Se a resposta for não, o processo segue o transito em julgado. Entretanto, se a parte no dia seguinte se arrepende e quer recorrer, esse desejo de interpor recurso será incompatível com tal pedido. Segue a lógica abaixo: Existem fatos impeditivos e extintivos para se interpor recurso: Impeditivo: Desistência da ação, desistência do recurso, reconhecimento do pedido e renúncia ao direito em que se funda a ação. Extintivo: Renúncia do recurso e concordância da decisão. Outro exemplo: Se o juiz lhe condena a um pagamento enada é dito sobre a vontade de recorrer, ou simplesmente se omite tal desejo. Porém, no dia seguintese deposita a quantia que lhe foi atribuída a pagar sem nenhuma ressalva: A condenação foi aceita. Essa conduta não é compatível com a vontade de recorrer. Sobre prazos: A regra geral é que os recursos sejam interpostos com 15 dias. COM EXCEÇÃO do Embargos de Declaração (que serão 5 dias). Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. § 1º Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for proferida a decisão. § 2º Aplica-se o disposto no art. 231 , incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação. § 3º No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial. § 4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem. § 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias. § 6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso. ART. 1003 § 4: Se o recurso foi remetido pelo Correio, vai considerar qual data para contagem do prazo? Vai contar da data que se fez a postagem no Correio. Não importa a data em que chegou o recurso no Tribunal. Sobre o Preparo (valor pago para interpor recurso). Nem todos os recursos irão exigir o preparo e tem pessoas isentas (MP, fazenda pública, pessoas hipossuficientes são exemplos). Quando não se recolhe o preparo: Recurso não conhecido por conta da deserção (será um recurso deserto). Art. 1007 do CPC, significado de “Porte de remessa e retorno”: Quando o processo é físico ele pode se movimentar, ir de uma vara do interior ao tribunal na capital, esse transporte é pago. Mas não é cabível nos casos dos processos eletrônicos. (Art 1007 § 3). Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. § 1º São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal. § 2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri- lo no prazo de 5 (cinco) dias. § 3º É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos. § 4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção. § 5º É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4º. § 6º Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo. § 7º O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias. Se foi feita uma guia errado no valor do preparo, haverá 5 dias para corrigir o valor. Se não houver pagamento, 5 dias para pagar o preparo em dobro, sob pena de deserção (§4°). Se houver um pagamento parcial, não haverá novo prazo para complementar valor. Se for provado que por justa causa (justo impedimento) que não se conseguiu pagar no prazo, haverá novo prazo de 5 dias para pagamento normal, sem ser dobrado. Súmula 484 do STJ: Admite-se que o preparo seja efetuado no primeiro dia útil subsequente, quando a interposição do recurso ocorrer após o encerramento do expediente bancário. Se poderá desistir do recurso? Sim. Pode desistir da ação? Sim. Para desistir da ação se manifesta a vontade, e se produzirá efeitos com a homologação. Essa desistência pode ser a qualquer tempo? Sim, mas a depender da fase processual, a desistência só poderá ocorrer com a anuência do réu- Art 485 do CPC: Sentença terminativas + art 200, p.u. Artigos de interesse: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: I - indeferir a petição inicial; II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; VIII - homologar a desistência da ação; IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e X - nos demais casos prescritos neste Código. § 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias. § 2º No caso do § 1º, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. § 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. § 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. § 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. § 6º Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu. § 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial. E o recurso? Poderá desistir de forma unilateral. Cabe OBS: Nos casos dos recursos repetitivos: Técnica de julgamento repetitivo, entenda: 1- Temos STJ com vários recursos de mesma matéria em aguardo de julgamento. E temos os Tribunais estaduais e os Tribunais Regionais Federais também com recursos esperando para subir ao Tribunal Superior. 2- O STJ percebendo os recursos de mesma matéria acumulados, será feita a selecão de alguns recursos do STJ, podendo ser selecionado também os que estão no TJ ou TRF. 3- 3- Esse julgamento de seleção será realizado pelo Órgão Colegiado Maior. 4- Desse julgamento terá um acordão que constituirá tese jurídica e que será aplicado a todos os processos da mesma matéria, tanto os do STJ, quando os TJ ou TRF. Essa tese será um precedente obrigatório, sendo aplicado as futuras matérias com o mesmo teor. Esse julgamento não é súmula vinculante (essa é mais difícil de formar e de ser desfeita), e sim um precedente obrigatório. E se o seu recurso foi selecionado como amostra, mas a parte não quer mais recorrer e deseja desistir... Nesse caso, o CPC diz que a desistência é livre. No entanto, NÃO impede o julgamento do recurso. Sendo ojulgamento não aplicado a quem desistiu efetivamente, prevalecendo o interesse público. Vide: art. 998. Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos. Enquanto se aguarda essa decisão, esses processos de mesma matéria do julgamento, tanto nas primeiras instancias quanto nas superiores serão suspensos (sobrestados). Artigos de interesse: Art 1036 a 1041 do CPC: Passo a passo das demandas repetitivas. Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça. § 1º O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso. § 2º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. § 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º caberá apenas agravo interno. § 4º A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do tribunal regional federal não vinculará o relator no tribunal superior, que poderá selecionar outros recursos representativos da controvérsia. § 5º O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito independentemente da iniciativa do presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem. § 6º Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida. Art. 1.037. Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a presença do pressuposto do caput do art. 1.036 , proferirá decisão de afetação, na qual: I - identificará com precisão a questão a ser submetida a julgamento; II - determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional; III - poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou dos tribunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia. § 1º Se, após receber os recursos selecionados pelo presidente ou pelo vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, não se proceder à afetação, o relator, no tribunal superior, comunicará o fato ao presidente ou ao vice-presidente que os houver enviado, para que seja revogada a decisão de suspensão referida no art. 1.036, § 1º. § 3º Havendo mais de uma afetação, será prevento o relator que primeiro tiver proferido a decisão a que se refere o inciso I do caput. § 4º Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de 1 (um) ano e terão preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. § 6º Ocorrendo a hipótese do § 5º, é permitido a outro relator do respectivo Tribunal superior afetar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia na forma do art. 1.036 . § 7º Quando os recursos requisitados na forma do inciso III do caput contiverem outras questões além daquela que é objeto da afetação, caberá ao tribunal decidir esta em primeiro lugar e depois as demais, em acórdão específico para cada processo. § 8º As partes deverão ser intimadas da decisão de suspensão de seu processo, a ser proferida pelo respectivo juiz ou relator quando informado da decisão a que se refere o inciso II do caput § 9º Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá requerer o prosseguimento do seu processo. § 10. O requerimento a que se refere o § 9º será dirigido: I - ao juiz, se o processo sobrestado estiver em primeiro grau; II - ao relator, se o processo sobrestado estiver no tribunal de origem; III - ao relator do acórdão recorrido, se for sobrestado recurso especial ou recurso extraordinário no tribunal de origem; IV - ao relator, no tribunal superior, de recurso especial ou de recurso extraordinário cujo processamento houver sido sobrestado. § 11. A outra parte deverá ser ouvida sobre o requerimento a que se refere o § 9º, no prazo de 5 (cinco) dias. § 12. Reconhecida a distinção no caso: I - dos incisos I, II e IV do § 10, o próprio juiz ou relator dará prosseguimento ao processo; II - do inciso III do § 10, o relator comunicará a decisão ao presidente ou ao vice- presidente que houver determinado o sobrestamento, para que o recurso especial ou o recurso extraordinário seja encaminhado ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.030, parágrafo único. § 13. Da decisão que resolver o requerimento a que se refere o § 9º caberá: I - agravo de instrumento, se o processo estiver em primeiro grau; II - agravo interno, se a decisão for de relator. Art. 1.038. O relator poderá: I - solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia, considerando a relevância da matéria e consoante dispuser o regimento interno; II - fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e conhecimento na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento; III - requisitar informações aos tribunais inferiores a respeito da controvérsia e, cumprida a diligência, intimará o Ministério Público para manifestar-se. § 1º No caso do inciso III, os prazos respectivos são de 15 (quinze) dias, e os atos serão praticados, sempre que possível, por meio eletrônico. § 2º Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais ministros, haverá inclusão em pauta, devendo ocorrer o julgamento com preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. § 3º O conteúdo do acórdão abrangerá a análise dos fundamentos relevantes da tese jurídica discutida. Art. 1.039. Decididos os recursos afetados, os órgãos colegiados declararão prejudicados os demais recursos versando sobre idêntica controvérsia ou os decidirão aplicando a tese firmada. Parágrafo único. Negada a existência de repercussão geral no recurso extraordinário afetado, serão considerados automaticamente inadmitidos os recursos extraordinários cujo processamento tenha sido sobrestado. Art. 1.040. Publicado o acórdão paradigma: I - o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos especiais ou extraordinários sobrestados na origem, se o acórdão recorrido coincidir com a orientação do tribunal superior; II - o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior; III - os processos suspensos em primeiro e segundo graus de jurisdição retomarão o curso para julgamento e aplicação da tese firmada pelo tribunal superior; IV -se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço público objeto de concessão, permissão ou autorização, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada. § 1º A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de proferida a sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso representativo da controvérsia. § 2º Se a desistência ocorrer antes de oferecida contestação, a parte ficará isenta do pagamento de custas e de honorários de sucumbência. § 3º A desistência apresentada nos termos do § 1º independe de consentimento do réu, ainda que apresentada contestação. Art. 1.041. Mantido o acórdão divergente pelo tribunal de origem, o recurso especial ou extraordinário será remetido ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.036, § 1º . § 1º Realizado o juízo de retratação, com alteração do acórdão divergente, o tribunal de origem, se for o caso, decidirá as demais questões ainda não decididas cujo enfrentamento se tornou necessário em decorrência da alteração. § 2º Quando ocorrer a hipótese do inciso II do caput do art. 1.040 e o recurso versar sobre outras questões, caberá ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, depois do reexame pelo órgão de origem e independentemente de ratificação do recurso, sendo positivo o juízo de admissibilidade, determinar a remessa do recurso ao tribunal superior para julgamento das demais questões. O relator fará o sobrestamento dos processos (Repetitivos). Art. 1.037. Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a presença do pressuposto do caput do art. 1.036 , proferirá decisão de afetação, na qual: I - identificará com precisão a questão a ser submetida a julgamento; II - determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional; III - poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou dos tribunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia. § 1º Se, após receber os recursos selecionados pelo presidente ou pelo vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, não se proceder à afetação, o relator, no tribunal superior, comunicará o fato ao presidente ou ao vice-presidente que os houver enviado, para que seja revogada a decisão de suspensão referida no art. 1.036, § 1º . § 3º Havendo mais de uma afetação, será prevento o relator que primeiro tiver proferido a decisão a que se refere o inciso I do caput . § 4º Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de 1 (um) ano e terão preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. § 6º Ocorrendo a hipótese do § 5º, é permitido a outro relator do respectivo tribunal superior afetar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia na forma do art. 1.036 . § 7º Quando os recursos requisitados na forma do inciso III do caput contiverem outras questões além daquela que é objeto da afetação, caberá ao tribunal decidir esta em primeiro lugar e depois as demais, em acórdão específico para cada processo. § 8º As partes deverão ser intimadas da decisão de suspensão de seu processo, a ser proferida pelo respectivo juiz ou relator quando informado da decisão a que se refere o inciso II do caput . § 9º Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá requerer o prosseguimento do seu processo. § 10. O requerimento a que se refere o § 9º será dirigido: I - ao juiz, se o processo sobrestado estiver em primeiro grau; II - ao relator, se o processo sobrestado estiver no tribunal de origem; III - ao relator do acórdão recorrido, se for sobrestado recurso especial ou recurso extraordinário no tribunal de origem; IV - ao relator, no tribunal superior, de recurso especial ou de recurso extraordinário cujo processamento houver sido sobrestado. § 11. A outra parte deverá ser ouvida sobre o requerimento a que se refere o § 9º, no prazo de 5 (cinco) dias. § 12. Reconhecida a distinção no caso: I - dos incisos I, II e IV do § 10, o próprio juiz ou relator dará prosseguimento ao processo; II - do inciso III do § 10, o relator comunicará a decisão ao presidente ou ao vice- presidente que houver determinado o sobrestamento, para que o recurso especial ou o recurso extraordinário seja encaminhado ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.030, parágrafo único . § 13. Da decisão que resolver o requerimento a que se refere o § 9º caberá: I - agravo de instrumento, se o processo estiver em primeiro grau; II - agravo interno, se a decisão for de relator. Recurso Adesivo: Precisa de uma sucumbência recíproca. Nesse caso, temos as duas partes que ganharam parcialmente o processo, e ambos também perderam parcialmente. A parte que vai se utilizar do recurso adesivo não pode ter utilizado a via principal, além disso esse recurso é acessório: Dependente. Ou seja, uma das partes resolve recorrer, e a outra também. Logo, essa outra irá "colar" seu recurso no recurso principal da outra parte. Todo recurso admite a modalidade adesiva? Não. O recurso adesivo só poderá ser interposto nos casos dos recurso principal ser: Apelação/Recurso Extraordinário(RE) e Recurso Especial (RESP). O Recurso adesivo terá os mesmos requisitos do recurso principal. O RA será interposto no prazo das contrarrazões do recurso principal. Vide: 997 do CPC. Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais. § 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro. § 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte: I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder; II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial; III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível. EXEMPLO: Sucumbência reciproca. A parte interpõe apelação no último dia do prazo. O autor será intimado para apresentar suas contrarrazões da apelação, e ele aproveitará e pedirá nas contrarrazões apelação adesiva (o RA). Pagará preparo e seguirá os ritos da apelação. Se a parte que interpôs o recurso principal desistir, esse recurso adesivo também será desistente, se houver vícios insanáveis no recurso principal, o RA também irá ruir. RECURSO EM ESPÉCIE Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: I - apelação; II - agravo de instrumento; III - agravo interno; IV - embargos de declaração; V - recurso ordinário; VI - recurso especial; VII - recurso extraordinário; VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; IX - embargos de divergência. Esquematização - Exemplo Vara cível comum: Temos a Petição inicial, com pedido liminar -> Foi distribuída/registrada e chegou ao juiz -> que deu uma decisão interlocutória positiva 1 (cedeu a liminar, mas não é a sentença, o processo continua). -> Audiência (art. 334) -> Decisão interlocutória 2 -> Decisão interlocutória 3 -> Sentença. A decisão interlocutória 2 é uma multa pela parte não ter comparecido a audiência (334, parag. 8). Na interlocutória 3, o juiz indeferiu uma prova. E no fim, sentença. O que se poderia fazer diantedas decisões interlocutórias ou da sentença? OBS: CPC diz que da decisão interlocutória que se encaixe no art. 1015 caberá agravo de instrumento. No exemplo, a decisão interlocutória 1 caberá nos moldes do art. 1015, tendo em 15 dias que interpor o Agravo de Instrumento. Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias; II - mérito do processo; III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ; XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. O agravo de instrumento é interposto diretamente no Tribunal (TJ). Certo, mas e as outras decisões interlocutórias? Foram três no total. Não caberá a elas agravo de instrumento, pois estão fora dos requisitos do art. 1015. O que fazer? Questionar em juízo isso depois, tem que esperar. Nesse caso, não haverá preclusão. Quando se fizer a apelação, elas serão questionadas na preliminar da apelação ou nas contrarrazões. Quanto a sentença: Se quer combater essa sentença, será feita a apelação. Então vai se questionar a sentença e abrir uma preliminar para questionar as decisões interlocutórias não agraváveis. Esse procedimento normalmente é feito pelo réu. Mas pode ser feito pelo autor, que mesmo ganhando seus pedidos, teve uma decisão interlocutória que lhe aplicou multa por ausência na audiência. Ele poderá nesse caso fazer uma apelação apenas questionando essa decisão interlocutória. A outra parte irá ser intimada para apresentar contrarrazões. Assim, segue o processo para o tribunal -> Vai para uma turma -> Segue para relator. Esse relator poderá aplicar o art. 932. Negando provimento, dizendo que o recurso contrariava jurisprudência. Nesse caso, contra decisão monocrática de relator: Agravo interno. Art. 932. Incumbe ao relator: I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes; II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal; III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; IV - negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal; VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. Esse agravo interno será submetido a turma da qual ele participa (art. 1021). E daí terá como consequência um acórdão, que julgará o agravo interno e a apelação (tudo junto). Se o acórdão fere norma infraconstitucional: Recurso especial (RESP). Se norma constitucional: Recuso extraordinário(RE). Ambos interpostos perante o presidente ou vice presidente do tribunal recorrido (o TJ), que poderá negar seguimento. Diante de uma decisão unipessoal desse Presidente ou Vice do Tribunal negando seguimento ao recurso, se costuma dizer que "trancou" o RESP, ou "trancou" o RE. Nesse caso: A decisão que foi unipessoal, que está baseada em tese jurídica que foi firmada em repercussão geral ou Recurso repetitivo: Contra essa decisão: Agravo interno para o próprio tribunal recorrido. Ou: Se a decisão unipessoal foi firmada por outro motivo (vícios por exemplo): Agravo (art 1042). Se aceito, vai para o STJ. E contra decisão do STJ, caberá Embargos de Divergência. Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. § 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de retratação. § 3º O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) dias. § 4º Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior competente. § 5º O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso especial ou extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, ainda, o disposto no regimento interno do tribunal respectivo. § 6º Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido. § 7º Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, e, havendo interposição conjunta, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. § 8º Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça e, se for o caso, do recurso especial, independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do agravo a ele dirigido, salvo se estiver prejudicado. O agravo do art 1042 é julgado pelo STJ (Se for relacionado ao RESP) ou ao STF (se for relacionado ao recurso extraordinário). Desse julgamento, haverá um acórdão, que nele será julgado o próprio agravo e já os recursos respectivos. Contra esse acordão: Embargos de divergência. APELAÇÃO: Combate a sentença e as decisões interlocutórias não agraváveis (Art. 1009, p 1). Poderá ser qualquer sentença, em qualquer rito. OBS: Quando uma decisão interlocutória é suscitada na apelação propriamente, a outra parte já terá o prazo de contrarrazões p/ questionar. Mas, quando é nas contrarrazões que é suscitada a questão da decisão interlocutória não agravável, então a outra parte precisará ser intimada para também apresentar suas contrarrazões a respeito das decisões interlocutórias. A doutrina chama essa fase de “contrarrazões das contrarrazões". (1009, parag. 2). Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. § 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se adecisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. § 2º Se as questões referidas no § 1º forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas. § 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença. Exemplo: Juiz nega gratuidade da justiça no pedido da petição inicial: Agravo de instrumento. Mas, e se ele nega na sentença? Apelação. A apelação tem efeitos: Devolutivo; suspensivo; regressivo, desobstrutivo. Em caso de indeferimento ou negativa de liminar, caberá apelação. E o juiz poderá se retratar em 5 dias (efeito regressivo ou juízo de retratação). Esses efeitos poderão ser vistos no indeferimento da petição inicial (art 331) ou improcedência liminar do pedido (art. 332). OBS: Via de regra, a apelação quando é recebida, terá dois efeitos: devolutivo e suspensivo. Enquanto se recebe a apelação, a sentença não produzirá efeitos. OBS: Não tem efeito suspensivo: Agravo de instrumento (não tem efeito suspensivo, mas pode pedir), embargos de declaração, Recurso especial e Recurso extraordinário. Art. 1012: regra geral. Duplo efeito suspensivo e devolutivo. Exceções quanto ao efeito suspensivo: Art. 1012, parag. 1. Nessas hipóteses, a apelação não terá efeitos suspensivo. O efeito será apenas devolutivo e a sentença terá efeito imediato. Havendo uma execução provisória. Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. § 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: I - homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição. § 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença. § 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por requerimento dirigido ao: I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la; II - relator, se já distribuída a apelação. § 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação. Mesmo quando a lei diz um recurso ou a própria apelação em determinados casos não tenha efeito suspensivo, pode pedir? Sim, pedido suspensivo impróprio (ou ope iudicis). Se alegará que caso não haja efeito suspensivo, poderá haver um dano de muito impacto ou até mesmo irreversível. Esse pedido para ter efeito suspensivo poderá ser interposto para o Tribunal para onde a apelação irá ou se já estiver no Tribunal (TJ), direto para o relator. (P. 3 do 1012). OBS: O efeito suspensivo nos recursos é chamado também de: Obstativo. É importante salientar ainda diferenças quanto as nomenclaturas: Ope legis (efeito suspensivo previsto em lei, o automático) Ope iudicis (quando se pede, terá o efeito suspensivo por decisão judicial). Art. 995. Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso. Efeito devolutivo: Poderá haver recurso da sentença integral ou apenas de parte. Quando se entrega ao Tribunal, ele poderá se aprofundar no tema, e até buscar efeito de ordem pública (gerando um efeito translativo). Art. 1013: Efeito devolutivo por extensão. Quem recorre é que decidirá se o recurso é total ou se é parcial. Art. 1013, parag. 1 e 2: Efeito devolutivo por profundidade. Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. § 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. § 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. § 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: I - reformar sentença fundada no art. 485 ; II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. § 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau. § 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação. Quando o Tribunal aprofunda o tema, poderá encontrar matérias de ordem pública, podendo se manifestar de ofício e reformar a decisão (inclusive isso pode piorar a situação de quem recorreu). Esse é o efeito devolutivo por profundidade, logo, se julgará ainda mais questões do que foi apresentado no recurso. Efeito desobstrutivo da apelação ou Teoria da causa madura (tcm). Esquematização- Exemplo: Petição inicial -> Juiz-> Decisão pela prescrição (sentença de improcedência liminar do pedido), aplicou o 332 do CPC + 206. Essa sentença é baseada no art. 487 do CPC, pois se está diante de uma decisão de resolução de mérito. Certo, mas o seu pedido se tratava de uma indenização que envolvia responsabilidade civil contratual. Quando se pede reparação de danos com base contratual, a prescrição é de 10 anos e Não de 3 anos. Nesse caso, caberá apelação! O juiz poderia se retratar, mas caso não se retrate. Se pedirá a citação do réu para apresentar contrarrazões da apelação. OBS: Será citação quando é a primeira vez que a pessoa será convocada para apresentar suas contrarrazões. Se a pessoa já se manifestou no processo antes, a partir disso ela será intimada. Os autos vão para o Tribunal, que fará juízo de admissibilidade. Após, juízo de mérito do recurso. No TJ ou TRF, vamos supor que sua apelação é conhecida e provida. Os autos não retornarão a 1° instancia, pois, a causa já está madura. Não se exigirá provas, pois já constam no processo (não exige dilação probatória). O T julga o mérito da demanda, e julga o pedido principal da demanda de origem (que no exemplo, era a indenização). Certo, o normal é o TJ julgar o recurso e o processo retornar para primeira instancia para ser julgado, podendo apelar e ter todo o ciclo de idas e vindas: 1° instância -> 2° instância -> instância de novamente. Para respeitar a duração razoável do processo, o TJ julga. Mas existem discussões a respeito da violação do duplo grau de instrução; da supressão de instância etc. Art. 1013 (sobre a TCM). Basicamente a teoria da causa madura será aplicada quando todo o processo já se encontra com todas as provas prontas, em condições de pronto julgamento. Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. § 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidasno processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. § 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. § 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: I - reformar sentença fundada no art. 485 ; II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá- lo; IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. § 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau. § 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação. II: É o julgamento extra petita, quando se julga A, e recebe B (quando se dá algo fora do pedido). Nesse caso, caberá apelação, o TJ cassa a decisão de 1° instância, e o próprio TJ julgará o processo se á estiver pronto. III: Se for Infra petita ou Cintra petita: Quando se esquece de julgar algum pedido. Caberia Embargos de declaração, no caso de omissão. Mas poderá se optar pela apelação. Se o TJ verificar que o processo está completo, poderá julgar o pedido que está faltando. IV: Se juiz não fundamentar a decisão, poderá se apelar, e o Tribunal irá anular essa decisão e julgar no lugar (se o processo estiver pronto com todas as provas). Artigo de interesse Art. 489. São elementos essenciais da sentença: I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem. § 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. § 2º No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão. § 3º A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé. Apelação é diferente de Recurso Inominado. Nos juizado especial não se apela da decisão. Contra a sentença caberá o Recurso Inominado. Recurso Inominado: Está previsto na Lei 9099/95. Art. 41; Tem prazo de 10 dias; Preparo é recolhido no ato da interposição ou em até 48 horas. ; Via de regra, tem efeito apenas devolutivo; O julgamento é feito pela turma recursal, um conjunto de juízes de 1° instância; Não admite a modalidade adesiva. Apelação: Previsão no CPC; Prazo de 15 dias; Preparo é recolhido no ato de interposição; Via regra terá duplo efeito (suspensivo e devolutivo); Julgamento feito pelo Tribunal (TJ ou TRF) com desembargadores; Admite a modalidade adesiva. AGRAVO DE INSTRUMENTO (AGI): Combate as decisões interlocutórias tradicionais; e as decisões interlocutórias de mérito (Ex. julgamento antecipado do mérito). Essas decisões interlocutórias poderiam vir em qualquer fase processual, como liquidação/execução por exemplo. Tem prazo de 15 dias, e terá preparo. Será interposto: Diretamente no Tribunal (TJ ou TRF) - Art. 1015 (artigo já citado completo); Não admite a modalidade adesiva; Não possui efeito suspensivo automático (tem que pedir); Admite o efeito regressivo ou juízo de retratação (que será do juiz de 1 instância). OBS: Todos os prazos aqui citados, são prazos processuais e serão contados em dias úteis (art. 219) Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se- ão somente os dias úteis. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais. Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída: I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal; III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis. § 1º Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais. § 2º No prazo do recurso, o agravo será interposto por: I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo; II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias; III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento; IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei; V - outra forma prevista em lei. § 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único. § 4º Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac-símile ou similar, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original. § 5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia. OBS: Quando o processo é físico, precisa instruir. Quando o processo tem origem numa cidade do interior por exemplo, o tradicional é que se agravará direto no Tribunal. Porém, ainda existem processo físicos, nesse caso o que será preciso? Vai ter que fazer cópias do processo, incluindo da petição até a decisão e ter em mãos seu agravo de instrumento e comprovante do pagamento do preparo. Diferente do processo eletrônico, que não precisará levar fisicamente esses autos ao Tribunal. Vamos supor: Tribunal é em Recife, o processo é em Bacurau (nome fictício, assista o filme). O Agravo de I. poderia ser interposto por Correio? Sim. Também existe o protocolo de distribuição, nesse caso, a própria comarca de Bacurau teria que remeter esse agravo de instrumento ao Tribunal (isso se processo físico, hoje já temos os processos eletrônicos). Se faltar documentos: 5 dias para sanar vício. OBS: O código, no art. 1017 cita fax e procedimentos que remetem aos processos físicos, o que denota que o CPC já está um tanto obsoleto, e não faz sentido atualmente. Tendo outras formas de atuação virtual. Mas sãomeios que podem ser ainda aplicados aos processos físicos existentes. Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso. § 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento. § 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput , no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento. § 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2º, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento. Se o processo é físico e se interpôs Agravo de instrumento: Terá 3 dias para comunicar ao juiz que deu a decisão sobre o recurso. Se for eletrônico não precisa. Se não comunicar ao juiz de origem (se o processo for físico), haverá inadmissibilidade do agravo de instrumento. No Art. 1019 O relator terá alguns poderes específicos. O relator poderá conceder tutela antecipada recursal, ou de evidencia. Ou efeito suspensivo pedido. Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV , o relator, no prazo de 5 (cinco) dias: I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão; II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso; III - determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias Se a decisão do relator desagradar: Caberá agravo interno - art. 1021. AGRAVO INTERNO: Contra decisão monocrática ou unipessoal. Prazo de 15 dias úteis; Não tem preparo; Admite retratação; Não admite modalidade adesiva. OBS: Art. 1021, parag. 4 e 5: Sobre o abuso de direito, quando se interpõe o recurso com fim de protelar o processo, caberá uma multa contra o agravante. Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. § 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada. § 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. § 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno. § 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. § 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final. OBS: Protelar: Com fim de ganhar tempo, atrasar o procedimento de forma desnecessária. Sobre os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ED): Há também requisitos para sua interposição: Há fundamentações específicas que a ele são vinculadas; Prazo de 5 dias. Lembrando que se for o MP, Fazenda Pública, defensoria ou entidades conveniadas com a DP: O prazo é em dobro, ou seja, 10 dias; Não tem preparo. Será fundamento com base: Erro material; omissão; contradição; obscuridade. Não tem efeito suspensivo automático. Mas quando o ED é interposto interrompe o prazo para outros recursos: Efeito interruptivo do prazo. Dá para ganhar tempo. Quando se interpõe o ED, a outra parte precisa ser intimada? Tem prazo para contrarrazões? Regra geral não. Mas, o juiz poderá abrir prazo de 5 dias para se apresentar contrarrazões quando o ED ter potencial para efeitos infringentes ou modificativos da decisão. Eis o que ocorre: Sentença omissa. O réu perdeu, mas um dos pedidos do autor não foi compreendido pelo juiz. O réu vai apelar, e o autor vai interpor ED. Quando o autor interpor o ED, o prazo para o outro apelar estará interrompido/suspenso, até que o ED seja julgado. Primeira se julgará o ED, e só a partir de sua decisão se começará o prazo para o outro apelar. Isso ocorrerá também no juizado especial. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC): É um recurso que é endereçado ao STF ou ao STJ. Art. 102 da CF + Art. 1027 do CPC Exemplo: Impetrado um Mandando de segurança ou Habeas Data ou Mandado de Injunção em Tribunal Superior. Quando um desses remédios é impetrado em qualquer Tribunal Superior (TST, STM, STJ,), e nasce um acordão denegatório (decisão colegiada que negou pedido) caberá o ROC ao STF. Art. 1027, I. OBS: O Recurso Ordinário Constitucional está atrelado a remédios constitucionais. OBS: Esse recurso tem preparo. E não admite modalidade adesiva. Também não tem efeito suspensivo automático (Regra) e seu prazo de impetração é de 15 dias. Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; c) os habeas corpus , quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados; f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União; h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; II - julgar, em recurso ordinário: a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisãofor denegatória; b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. Dispositivos referente ao Recurso Ordinário Constitucional no CPC: Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão. II - pelo Superior Tribunal de Justiça: a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. § 1º Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015 . § 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3º , e 1.029, § 5º . Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, alínea “b”, aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. § 1º Na hipótese do art. 1.027, § 1º , aplicam-se as disposições relativas ao agravo de instrumento e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. § 2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea “a”, deve ser interposto perante o tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as contrarrazões. § 3º Findo o prazo referido no § 2º, os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior, independentemente de juízo de admissibilidade. O ROC para o STJ é um pouco diferente do esquema para o STF: Exemplo: Impetração de Mandado de segurança na 1° instancia, na vara de Fazenda Pública -> Daqui teremos uma sentença -> Contra essa sentença caberá uma apelação ao STJ em 15 dias. Qual o tempo do ROC chegar ao STF? não há prazo. Se impetrar o Mandando de segurança em TJ ou TRF: Havendo decisão denegatória (que será um Acordão), nesse caso, acima do TJ ou TRF está o STJ. Art. 1027,II, A. Possibilidade de Recurso Ordinário Constitucional para o STJ: Hipótese 1: Remédio constitucional. Hipótese 2: Causas internacionais. Causa internacional quando existe ação de estado estrangeiro ou organismo internacional x pessoa (PJ ou PF) residente ou domiciliada no Brasil ou município brasileiro. Essas causas são propostas na Justiça Federal de 1° instancia (art 109, II da CF). Terá uma sentença, que poderá ser combatida com o Recurso Ordinário Constitucional para o STJ. O caminho normal seria um recurso para o TRF, mas como é causa internacional, vai para o STJ. Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; E se no meio do processo, o juiz federal dá uma decisão interlocutória agravável? Caberia um agravo de instrumento ao TRF ou ele vai ao STJ? Nesse caso: Caberá um agravo de instrumento ao STJ. Do STJ ainda caberá Recurso Extraordinário. OBS: A teoria da Causa madura poderá ser aplicada ao ROC. E também poderá ser pedido efeito suspensivo. RECURSOS EXCEPCIONAIS: RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO: Visam a proteção ao direito Objetivo, a aplicação correta das leis e constituição. Suas causas de pedir não são livres, são recursos de fundamentação vinculada. Art. 102 da CF Art. 105 da CF RE e RESP passam por duplo juízo de admissibilidade. Primeiro pelo Presidente do tribunal ou vice do tribunal recorrido e outro pelo juízo no STF ou STJ. O RE e RESP poderá ser interposto quando esgotar todas a vias ordinárias (recursos comuns). Exemplo: Sentença -> Recurso de Apelação, onde se desenvolverá a tese jurídica de defesa pois houve a violação do código civil. - O acordão foi denegatório, mantendo a decisão, mas foi omisso na manifestação da tese jurídica. Nesse caso, deve ser apresentado o Embargo de Declaração (5 dias), buscando um prequestionamento. Esse prequestionamento é obrigatório para interpor RE e RESP. Se houve manifestação sobre os embargos: Haverá um novo Acordão, e dele caberá o RESP -> STJ. Se Tribunal não se manifesta (negando ou positivando) o embargo e mantém a omissão. E é preciso prequestionar para interpor Re ou RESP. Nesse caso de manter a omissão, se entende que a matéria foi prequestionada (prequestionamento ficto art. 1025). RESP->STJ. Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade. Outro exemplo: Sentença -> Apelação ao TJ com a tese de violação a norma infraconstitucional -> Acordão (houve presquestionamento) -> Contra esse acordão haverá RESP ao Presidente ou vice do Tribunal recorrido, que fará o juízo de admissibilidade de forma unipessoal. Esse presidente ou vice pode negar o prosseguimento do recurso, se negando, é preciso saber o fundamento. Se o acordão recorrido está de acordo com uma tese jurídica de repercussão geral ou de Recurso Repetitivo ou ainda outras justificativas (intempestividade ou falta de preparo etc...). Se ele negou com base em outras justificativas como intempestividade caberá Agravo (art 1042). Mas, se foi negado tendo como justificativa Repercussão geral ou RR: Haverá nesse caso Agravo Interno. É exigência do RE demonstrar no recurso a repercussão geral. Essa repercussão geral é baseada na relevância social/econômica/política/jurídica e que seja de cunho que possa abranger um coletivo (que haja transcendência, ou seja, que não fique apenas no autor, repercutindo na coletividade). Requisitos de admissibilidade de ambos: Prequestionamento + Esgotamentos de instâncias. O Recurso extraordinário ainda tem um plus: Necessita também de repercussão geral que deve ser provada no recurso (a transcendência). O RESP não exige esse plus. ESPECIAL: Sobre o prequestionamento (Súmula 98 do STJ) + Esgotamento de instancias ordinárias. EXTRAORDINÁRIO: Prequestionamento + Repercussão geral (Art. 1035, parág. 3°) + esgotamento de instancias (Súmula 281 d STF). SÚMULA 281 - É INADMISSÍVEL O RECURSOEXTRAORDINÁRIO, QUANDO COUBER NA JUSTIÇA DE ORIGEM, RECURSO ORDINÁRIO DA DECISÃO IMPUGNADA. Prazos de 15 dias, tem preparo e admitem modalidade adesiva. Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo. § 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo. § 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal. § 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que: I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal; § 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. § 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional. § 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. § 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá agravo interno. § 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica. § 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. § 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será publicada no diário oficial e valerá como acórdão. Se a ofensa a CF for reflexa, ou seja: Quando a ofensa for indireta, quando não atinge diretamente artigo constitucional não caberá RE. Se fere lei ou Código civil/penal etc. e que se conecte a constituição, não vai direto ao STF, e sim ao STJ com o RESP (princípio da fungibilidade reciproca) – Arts. 1032 e 1033. Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional. Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput , o relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal de Justiça. Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial. Cabe RESP contra decisão de acordão da turma recursal (do juizado)? Não cabe. Súmula 203 do STJ . Mas, caberá RE - Vide súmula 640 do STF. Não cabe RESP: Súmula 203 do STJ : Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais. Cabe RE: Súmula 640 do STF: Écabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal. Qual motivo dessa diferença? Ler os arts. 102 da CF + 105 da CF. O RESP e RE não possui efeito suspensivo automático. Mas há exceções: Quando se apresenta esses recursos poderá ser pedido o efeito suspensivo. Mas terão em uma única hipótese efeito suspensivo automático por força de lei: Quando RESP o RE foram interpostos para combater acordão que julgou IRDR - Art. 987,1° do CPC. Art. 987. Do julgamento do mérito do incidente caberá recurso extraordinário ou especial, conforme o caso. § 1º O recurso tem efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão geral de questão constitucional eventualmente discutida. § 2º Apreciado o mérito do recurso, a tese jurídica adotada pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça será aplicada no território nacional a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito. OBS: Agravo de art. 1042 - Agravo em RE ou RESP: Tem a finalidade de destrancar esse RE ou RESP, com prazo de 15 dias, não tem preparo e não admite modalidade adesiva. Terá prazo para contrarrazões, sendo interposto ao Presidente ou vice do Tribunal de origem. OBS: O juizo de admissibilidade e mérito desse agravo será feito no juízo ad quem (no caso, STJ ou STF conforme o recurso). EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA -ART 1043 Exemplo: Sentença -> Apelação para TJ -> Acordão negativo -> combatido com interposição de RESP ao STJ -> Acordão desfavorável a questão. Mas em pesquisa, se achou um julgamento do STJ idêntico ao caso em questão onde a pessoa ganhou. E a uniformização? Nesse caso, 15 dias para apresentar embargos de divergência. Embargos de divergência não tem preparo e não admite modalidade adesiva. Deverá ser feito uma associação entre o seu acordão e o outro com decisão diferente. A interposição de embargos de divergência podem ser utilizados para interposição no STJ ou STF. Se interposto no STJ, terá efeito interruptivo, interrompendo o prazo para interposição do recurso extraordinário. Técnica de ampliação de colegiado: Art. 942. Assumpção Neves afirma que isso seria como "Embargos infringentes cover". Lembrando que não existe mais embargos infringentes, isso explica o "cover". Para isso, siga o exemplo: Sentença-> Apelação-> Acordão (positivo ou negativo) dado por maioria de votos, ou seja, julgamento não unanime. Se buscará um julgamento uniforme, se requer mais desembargadores para elaborarem suas decisões. Com isso, se poderá sustentar oralmente para os novos membros. Assim, temos a ampliação do colegiado, se eram 5, poderá se ampliar para 7 por exemplo. Nesse caso, caberá na apelação sempre que não unanime. Podendo ser o acordão acolhido ou não. Outro exemplo: Ação rescisória -> interposta no TJ-> Acordão de acolhimento-> Por voto de 2 a 1 (por maioria). Essa técnica só caberá aqui quando tiver o acolhimento da ação. OBS: Poderá essa técnica ser feita na mesma sessão de julgamento. Só caberá em apelação, ação rescisória e agravo de instrumento quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente (art 942).
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