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Ação preventiva à falência e responsabilidade de sócio

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Universidade São Judas Tadeu 
Prática Empresarial 
Prof. Me Carlos Eduardo Witter 
Questões para peças prático-profissionais 
 
 
ATIVIDADE 3 
 
4. (OAB FGV XIX EXAME 2016) 
Cimbres Produtora e Exportadora de Frutas Ltda. aprovou em assembleia 
de sócios específica, por unanimidade, a propositura de medida judicial 
para evitar a decretação de sua falência, diante do gravíssimo quadro de 
crise de sua empresa. O sócio controlador João Alfredo, titular de 80% do 
capital social, instruiu o administrador Afrânio Abreu e Lima a contratar os 
serviços profissionais de um advogado. 
A sociedade, constituída regularmente em 1976, tem sede em Petrolina/PE 
e uma única filial em Pilão Arcado/BA, local de atividade inexpressiva em 
comparação com a empresa desenvolvida no lugar da sede. 
O objeto social é o cultivo de frutas tropicais em áreas irrigadas, o comércio 
atacadista de frutas para distribuição no mercado interno e a exportação 
para a Europa de dois terços da produção. Embora a sociedade passe 
atualmente por crise de liquidez, com vários títulos protestados no cartório 
de Petrolina, nunca teve necessidade de impetrar medida preventiva à 
falência. O sócio João Alfredo e os administradores nunca sofreram 
condenação criminal. 
Na reunião profissional com o advogado para coleta de informações 
necessárias à propositura da ação, Afrânio informou que a crise econômica 
mundial atingiu duramente os países europeus da Zona do Euro, seu 
principal e quase exclusivo mercado consumidor. As quedas sucessivas no 
volume de exportação, expressiva volatilidade do câmbio nos últimos 
meses, dificuldades de importação de matérias-primas, limitação de crédito 
e, principalmente, a necessidade de dispensa de empregados e encargos 
trabalhistas levaram a uma forte retração nas vendas, refletindo 
gravemente sobre liquidez e receita. 
Assim, a sociedade se viu, com o passar dos meses da crise mundial, em 
delicada posição, não lhe restando outra opção, senão a de requerer, 
judicialmente, uma medida para viabilizar a superação desse estado de 
crise, vez que vislumbra maneiras de preservar a empresa e sua função 
social com a conquista de novos mercados no país e na América do Norte. 
A sociedade empresária, nos últimos três anos, como demonstra o relatório 
de fluxo de caixa e os balancetes trimestrais, foi obrigada a uma completa 
reestruturação na sua produção, adquirindo equipamentos mais modernos 
e insumos para o combate de pragas que também atingiram as lavouras. 
Referidos investimentos não tiveram o retorno esperado, em razão da alta 
dos juros dos novos empréstimos, o que assolou a economia pátria, 
refletindo no custo de captação. 
Para satisfazer suas obrigações com salários, tributos e fornecedores, não 
restaram outras alternativas senão novos empréstimos em instituições 
financeiras, que lhe cobraram taxas de juros altíssimas, devido ao maior 
risco de inadimplemento, gerando uma falta de capital de giro em alguns 
meses. Dentro desse quadro, a sociedade não dispõe, no momento, de 
recursos financeiros suficientes para pagar seus fornecedores em dia. O 
soerguimento é lento e, por isso, é indispensável a adoção de soluções 
alternativas e prazos diferenciados e mais longos, como única forma de 
evitar-se uma indesejável falência. 
Elabore a peça adequada e considere que a Comarca de Petrolina/PE tem 
cinco varas cíveis, todas com competência para processar e julgar ações de 
natureza empresarial. (Valor: 5,00) 
Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. (OAB FGV XXV EXAME 2018) 
Demerval Lobo, ex-empresário individual enquadrado como 
microempresário, requereu e teve deferida a transformação de seu registro 
em Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), que foi 
enquadrada como microempresa. Alguns meses após o início das atividades 
da EIRELI (Sorvetes União EIRELI ME), o patrimônio de Demerval Lobo foi 
substancialmente diminuído, com sucessivas transferências de valores de 
suas contas particulares para as contas da pessoa jurídica, que já era titular 
do imóvel onde estava situada a sede. Por outro lado, as dívidas particulares 
de Demerval Lobo cresceram em proporção inversa, acarretando inúmeros 
inadimplementos com os credores. 
Gervásio Oliveira, um dos credores particulares de Demerval Lobo por 
obrigação contraída após a transformação do registro, ajuizou ação de 
cobrança para receber quantias provenientes de contrato de depósito. Logo 
após a citação do réu, o autor descobriu que as contas correntes do devedor 
tinham sido encerradas e o imóvel em que residia foi alienado para a EIRELI, 
tendo prova desse fato por meio de certidão do Registro de Imóveis da 
Comarca de Cocal, Estado do Piauí. 
A advogada de Gervásio Oliveira foi autorizada por ele a propor a medida 
judicial cabível, no curso da ação de conhecimento, para atingir o 
patrimônio da pessoa jurídica e, dessa forma, garantir o pagamento da 
dívida do devedor. Considere que a ação de cobrança tramita na 2ª Vara da 
Comarca de Campo Maior, Estado do Piauí. Elabore a peça processual 
adequada. 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam 
ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou 
transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. (OAB FGV XIII EXAME 2013) 
São Domingos Livraria e Papelaria Ltda. EPP, sociedade com filial em São 
Cristóvão/SE, teve sua falência requerida em 22 de janeiro de 2014 pelo 
Banco Pinhão S/A com fundamento no artigo 94, inciso I, da Lei nº 
11.101/2005. O juiz da Única Vara Cível da Comarca de São Cristóvão, 
Estado de Sergipe, recebeu a petição e determinou a citação por mandado 
do representante legal da sociedade e esta foi efetivada. 
Rosa Elze, advogada da sociedade ré, recebe cópia da petição inicial no dia 
seguinte ao da juntada do mandado ao processo para tomar as providências 
cabíveis e faz as seguintes anotações: 
a) o Banco Pinhão S/A é representado pelo Sr. Simão Dias, gerente 
empregado da agência do Banco em São Cristóvão; 
b) a requerida tem suas atividades de maior vulto no local da sua sede, 
Aracaju/SE, onde estão domiciliados os administradores e é o centro das 
decisões; 
c) o contrato social da devedora foi arquivado na Junta Comercial há vinte 
meses; 
d) o pedido foi instruído com os seguintes documentos: 
i. cheque de outra instituição financeira emitido em favor do 
requerente pela requerida na praça de Carira/SE, apresentado na 
praça de São Cristóvão/SE, no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), 
devolvido após segunda apresentação, sem ter sido levado a qualquer 
protesto, com fundamento no artigo 47, § 1º, da Lei nº 7.357/85; 
ii. duas notas promissórias à vista, cada uma no valor de R$ 10.000,00 
(dez mil reais), emitidas em 11/9/2010 e apresentadas para 
pagamento em 30/9/2011, figurando a requerida em ambas como 
endossante em branco; 
iii. uma duplicata de venda no valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil 
reais), vencida em 22/11/2013, não aceita, protestada por falta de 
pagamento para fins falimentares e acompanhada de comprovante de 
recebimento da mercadoria assinado pelo gerente da filial de São 
Cristóvão; 
iv. contrato de prestação de serviço com instrumento de confissão de 
dívida no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), constatando-se que não 
consta, no instrumento de protesto falimentar do contrato, certidão 
de ter sido pessoalmente intimado o representante legal da devedora 
no endereço conhecido, figurando assinatura de pessoa não 
identificada. 
v. cédula de crédito comercial, no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil 
reais), emitida pela requerida em 10/7/2010, vencida em 10/1/2011, 
submetida apenas ao protesto falimentar, lavrado em 16/1/2014. 
Sabendo que sua cliente não deseja efetuar pagamento via depósito em 
juízo para elidir o pedido, elabore a peça adequada

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