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Insta: @camilapontesliberal ANORMALIDADES DAS VALVAS CARDIACAS - As valvas cardíacas são estruturas formadas basicamente por tecido conjuntivo, que se encontram à saída de cada uma das quatro câmaras do coração. - O coração possui quatro valvas: Aórtica/ Pulmonar/ Atrioventricular direita e esquerda. - As anormalidades valvares podem ser causadas por distúrbios congênitos ou por uma variedade de doenças adquiridas. - Todas as valvas cardíacas podem apresentar anormalidades, por exemplo: a. Estenose, que é a incapacidade em abrir-se completamente e b. Insuficiência ou regurgitação, que resulta da incapacidade da valva cardíaca em se fechar completamente. - Dependendo do grau de comprometimento da função valvar, os portadores da doença podem precisar colocar uma prótese valvar, tornando o paciente a ser de alto risco para a endocardite infecciosa (EI), que pode se manifestar após procedimentos odontológicos que geram bacteremias transitórias. - O endocárdio é um tecido que reveste o músculo cardíaco e os folhetos das valvas cardíacas. - EI é a causa mais comum de deformidade das valvas cardíacas. É uma infecção da superfície do endocárdio, especialmente o endocárdio valvar, mas que também pode acometer outras estruturas como as comunicações interventriculares e as próteses valvares. - Na maioria dos casos, é de origem bacteriana, mas muitos outros microrganismos podem causar a doença, inclusive fungos. - Doença rara, mas que causa sequelas graves e até mesmo o óbito. Estima-se 1 caso para cada 100 mil pessoas. - O período médio de incubação da EI é de 5-7 dias, mas na maioria dos casos os sinais e sintomas se manifestam após duas semanas - Como febre baixa, dores nas articulações, fadiga, sudorese e perda de peso. - Os estreptococos e estafilococos são responsáveis por mais de 80% dos casos de EI, por estarem presentes na pele e nas mucosas e pelo fato de aderirem mais facilmente às superfícies do que outras bactérias. - Aggregatibacter actinomycetemcomitans (Aa) é outra bactéria que pode provocar EI, que também está implicada na etiopatogenia das periodontites agressivas. - O piercing colocado na mucosa labial, na língua ou no freio lingual representa risco potencial para a EI, pois se cria uma “porta de entrada” para as bactérias penetrarem na circulação sanguínea, podendo chegar ao coração. Insta: @camilapontesliberal - Embora ainda não haja evidências baseadas em estudos controlados, especialistas não recomendam a realização de cirurgias eletivas no período de 14 dias após a colocação de balão de angioplastia, 30-45 dias após a implantação de stent metálico e 365 dias após a inserção de stent farmacológicoisso é baseado no fato de que os fatores de coagulação podem estar aumentados, especialmente se for interrompido o esquema medicamentoso com antiagregantes plaquetários. - O mecanismo de ação (MA) pelo qual os antibióticos previnem a EI não é conhecido. - Avaliar as características físicas, genéticas e imunológicas do paciente (e das bactérias), para um diagnóstico correto. - A base da profilaxia da endocardite infecciosa está fundamentada em três pilares: identificação dos pacientes com risco de desenvolver a doença, conhecimento dos procedimentos indutores de bacteremia e seleção do agente antimicrobiano mais adequado. - A interação entre cardiologista e dentista é fundamental para propiciar o melhor atendimento (seguro e adequado) e não só assegurar que não ser implicado em processo judicial pelo paciente ou sua família. PS: EI = ENDOCARDITE INFECCIOSA REGIMES ANTIBIÓTICOS PARA A PREVENÇÃO DA ENDOCARDITE INFECCIOSA REFERENCIA - Terapêutica medicamentosa em odontologia [recurso eletrônico] / Organizador, Eduardo Dias de Andrade. – Dados eletrônicos. – 3. ed. – São Paulo : Artes Médicas, 2014. Regime ou Condição Antibiótico Posologia: Dose única 30 a 60 min antes do procedimento Adultos Crianças Regime padrão/ Via oral Amoxicilina 2 g 50 mg/kg Alérgicos às penicilinas Cefalexina ou Clindamicina ou Azitromicina ou Claritromicina 2 g 600 mg 500 mg 500 mg 50 mg/kg 20 mg/kg 10 mg/kg 10 mg/kg Incapazes de fazer uso da medicação via oral Ampicilina ou Cefazolina 2 g IM ou IV 1 g IM ou IV 50 mg/kg IM ou IV para ambos Alérgicos às penicilinas e incapazes de fazer uso da medicação via oral Cefazolina ou Clindamicina 1 g IM ou IV 600 mg IM ou IV 50 mg/kg IM IV 20 mg/kg IM ou IV
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