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NUTRICAO EM SAUDE PUBLICA AP1

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROF. JOSÉ DE SOUZA HERDY
NUTRIÇÃO
Lohraine Raimundo Freitas de Paula
4902969
APLICAÇÃO PRÁTICA 1
Nutrição em Saúde Pública
Nova Iguaçu - RJ
2° semestre
2020
Modelos assistenciais de saúde no Brasil
No Brasil, a partir do século XX, podem ser identificados quatro modelos assistenciais16,34: o sanitário campanhista do início do século; o modelo clínico liberal ou médico assistencial privatista (baseado na concepção de saúde como uma mercadoria e não em função das necessidades de saúde da população); o modelo nacionalizador/reformista (que previa a reorganização e racionalização dos serviços sem mudança de concepção de saúde e de modo de intervenção no processo saúde-doença); e um modelo ainda em construção, que resgata os ideários da VIII Conferência Nacional de Saúde, de 1986, e do SUS, de 1990.
Atualmente os desafios para a atenção básica de saúde é de: 
O primeiro apontamento, inadequação de qualquer pretensão de centralização e homogeneização na formulação, gestão e avaliação das políticas para atenção básica à saúde. 
O Segundo apontamento: a disjunção ou o descompasso entre a formulação da política e sua implementação real, ou quando a centralização e complexidade da formulação da política tornam-se um problema. O que aponta para a necessária revisão do processo de formulação da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), centralizado e definidor de regras, rotinas e lógicas padronizadas para todo o país sem considerar suas dimensões continentais, a heterogeneidade e grande diversidade de municípios. Essa complexificação da formulação da política para a atenção básica à saúde, que em princípio poderia ser considerada como positiva, tropeça em pelos menos dois complicadores que acabam por anemiar sua potência. O primeiro, é que ela parece não considerar a diversidade dos 5.570 municípios brasileiros. Cerca de 73% têm menos de 20 mil habitantes, alguns com grandes carências de equipamentos de saúde, com controles muito diferentes de toda ordem de recursos, em particular, e só para exemplificar, o tamanho ou a completude de suas equipes de gestão locais. E que não contam com o necessário respaldo das Secretarias Estaduais de Saúde, consumidas com a gestão de serviços hospitalares e ambulatoriais especializados e incapazes de assumir a coordenação dos sistemas regionais de saúde e prestar apoio técnico aos municípios, em particular os de menor porte. Quando muito, contam com o apoio dos COSEMS, que não conseguem suprir efetivamente, e de forma regular, os pequenos municípios em suas necessidades e dificuldades. Esse parece ser um ponto relevante a ser considerado na reflexão sobre as dificuldades da implantação efetiva de uma rede de atenção básica à saúde 45,46. Outro complicador, ligado ao primeiro, é que o Ministério da Saúde opera com uma lógica de normalização, padronização e homogeneização que parece não
conseguir superar. Tal lógica, em princípio, tem sido justificada por ideias como “o sus é um só”, ou “os municípios sem diretrizes acabam reproduzindo o modelo médico hegemônico e oferecendo só consultas médicas”, entre outros “argumentos”. Tal fato, parece-nos, poderia ser chamado de ausência, por parte do Ministério da Saúde, de um “projeto singular de gestão”, capaz de dialogar com as especificidades loco regionais. Por outro lado, o viés de complexificação do projeto político para a atenção básica à saúde poderia ser visto como positivo ao fornecer suporte tecno-político para gestores e trabalhadores comprometidos com a defesa do SUS e a qualificação do cuidado. Assim, a complexidade e generosidade da política oficial, de algum modo, respaldaram experiências de cidades que levaram até o limite as propostas da PNAB, sinalizando até onde elas fazem avançar as mudanças necessárias, adiantando seus limites e problemas, em toda a sua complexidade. Do mesmo modo, se os avanços observados nas cidades maiores e mais desenvolvidas não podem ser usados como um exemplo geral para o Brasil, há muitos municípios pequenos onde “o que funciona como SUS” é exatamente a atenção básica à saúde, e não seria inadequado dizer que os ditames da política funcionariam como uma espécie de sinalizador de práticas mais cuidadoras, fazendo da rede de atenção básica à saúde território de defesa de direitos e de cidadania.
Terceiro apontamento: o isolamento da atenção básica à saúde e sua inserção periférica em relação ao sistema de saúde. Algumas iniciativas poderiam aumentar a capacidade de regulação e funcionamento da atenção básica à saúde como centro de comunicação e coordenação do cuidado no sistema de saúde. 1° fortalecer os mecanismos micro regulatórios locais, dando mais autonomia e resolutividade para as equipes 34,50. 2° medida seria criar instâncias reguladoras loco regionais com representantes da atenção básica à saúde e dos serviços especializados públicos, de representantes dos usuários e, quando for o caso, de prestadores privados. Tais instâncias reguladoras teriam um funcionamento regular como câmaras técnicas, instrumento inovador da gestão em saúde. Idealmente seria interessante adotar elementos da educação permanente para a formação dos membros dessa instância reguladora, partindo-se sempre de “estudos de caso” que evidenciassem dificuldades de usuários de conseguir a integralidade do cuidado. 3° e por fim, incorporar no funcionamento das equipes a escuta ou reconhecimento dos mapas do cuidado dos usuários, como apontado antes, para buscar, com base no reconhecimento dos fluxos reais utilizados e produzidos pelos trabalhadores e usuários, o aperfeiçoamento da regulação governamental/formal.
Quarto apontamento: o desafio de se produzir um novo trabalhador de saúde; a insuficiência de gestores, gerentes e trabalhadores preparados e aderidos a um projeto transformador do modelo assistencial vigente no nosso país.
Atualmente o Sistema Único de Saúde (SUS) é um modelo de assistência à saúde que implica numa nova formulação política e num desenho organizacional distinto dos serviços e das ações de saúde, com o objetivo de promoção, proteção e recuperação da saúde.  O SUS é definido como ÚNICO porque segue os mesmos princípios em todo o território nacional; está sob a responsabilidade dos governos federal, estadual e municipal.  Três princípios norteiam o SUS:  
        1 - Universalidade: a saúde é concebida como direito de todo e qualquer cidadão e como um dever do Estado. Portanto, todo e qualquer cidadão passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde e aqueles contratados pelo poder público.  
       2 - Equidade:  as diferenças individuais (econômicas e sociais) não podem apresentar impedimentos para o consumo de bens e serviços de saúde. Todo o cidadão que necessite de atenção à saúde deverá ter direito às ações e serviços em todos os níveis do sistema (desde os mais simples até os mais especializados), de acordo com a complexidade que cada caso requeira, sem privilégios e sem barreiras. 
       3 - Integralidade:  o homem deve ser visto como um ser integral, portanto as ações de saúde não podem ser compartimentalizadas, mas sim conjugadas de promoção, proteção e recuperação da saúde.
A agenda de alimentação e nutrição no Brasil
Como ciência, a origem do campo encontra-se associada à disciplina “Higiene Alimentar”, área de estudo constituída a partir de meados do século XIX nas faculdades de medicina e que, na década de 1930, possibilitaria a institucionalização acadêmica deste novo campo científico.
A importância dos marcos políticos da SAN tem como caráter multidisciplinar como a premissa do relevante e indiscutível papel dos profissionais do campo da ANSC na garantia do direito humano à alimentação saudável, um dos componentes do conjunto de condições e serviços necessários à prevenção de doenças, promoção, manutenção e recuperação da saúde e, consequentemente, melhoria da qualidade de vida de todos os brasileiros.
O modelo de transferência condicionada de renda representou uma mudança de paradigma na intervençãogovernamental no campo de alimentação e nutrição. A primeira iniciativa foi com o Programa Bolsa Alimentação (PBA), em 2001, substituído pelo Programa Bolsa Família (PBF), em 2003. Os impactos do PBF nas condições de vida e saúde das famílias beneficiárias envolvem: melhor acesso à atenção básica em saúde e a utilização dos serviços relacionados e redução do baixo peso ao nascer, da desnutrição e da mortalidade infantil.
Já no sentido crítico da transição nutricional brasileira, as conquistas significativas em relação ao declínio da desnutrição foram acompanhadas pelo crescimento de outros problemas nutricionais, como o aumento progressivo e expressivo do sobrepeso e da obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) relacionadas à alimentação e ao excesso de peso.
Os hábitos e as práticas alimentares têm se tornado importante determinantes das DCNT no país, incitando a valorização da educação alimentar e nutricional como uma estratégia a ser valorizada nas políticas públicas de saúde e segurança alimentar e nutricional. Guias alimentares têm sido publicados pelo Ministério da Saúde com o objetivo de apresentar diretrizes oficiais para a promoção da alimentação adequada e saudável. 
Desta forma, o processo de transição nutricional no Brasil trouxe consigo o desafio de atualização da agenda de alimentação e nutrição no SUS. Percebe-se que a transição nutricional aproximou a agenda da alimentação e nutrição aos serviços de saúde, facilitando o seu reconhecimento como parte de uma atenção integral à saúde.
Referências
· Um olhar sobre a agenda de alimentação e nutrição nos trinta anos do Sistema Único de Saúde (2018).
· Apontamentos sobre os desafios (ainda) atuais da atenção básica à saúde (2018).

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