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Roteiro de Artes Prof. Francisco Entre os extremos: do Rococó ao Neoclássico. • Estilo Rococó • Estilo Neoclássico Romantismo não tem época • Do Neoclássico ao Romântico: do objetivo ao subjetivo • Teatro Romântico • A dança clássica é romântica? Estilo Rococó Toda essa configuração anteriormente descrita possibilitou o surgimento do Rococó na França, marcando o século SVIII, especialmente o período de reinado dos reis Luís XV e Luís XVI, da dinastia Bourbon. Esse estilo representa, nas cenas cotidianas, a busca do prazer, sendo caracterizado por alegorias excesso de detalhes, representações da vida aristocrata e tons pastel, cores claras e douramento. Apesar de o Rococó ser muito criticado pelo seu escapismo (a aristocracia se refugiava em seus palácios e jardins, enquanto o povo vivia na mais extrema miséria), muitos estudiosos afirmam que esse estilo foi responsável por celebrar o amor e a família, registrando-o na arte. O Rococó teve início na França, sendo bem-aceito em Londres, na Alemanha, na Áustria e na Itália. Em Londres, a criação da Real Academia de Pintura no ano de 1768 contribuiu para a difusão desse estilo artístico. FRAGONARD, Jean-Honoré. "O balanço". As cenas idílicas ao ar livre foram marcantes no Rococó Estilo Neoclássico O Neoclassicismo teve início nas primeiras décadas do século XVIII e representou um retorno à cultura clássica. Os valores da cultura greco-romana voltaram a ser referência para o modo de vida e para os padrões estéticos. Para muitos, o excesso de rebuscamento decorativo e fútil do Rococó passou a ser considerado falta de decoro em relação à situação política e econômica que marcava a conjuntura europeia. Então, o retorno ao estilo mais simples e modesto, com sobriedade nas formas e voltado ao racional e ao necessário, passou a ser visto como um antídoto ao que estava sobrando. As pinturas produzidas no estilo neoclássico, quando comparadas ao rococó, foram marcadas pelas seguintes características: sobriedade, redução de ornamentos, colorido mais contido e exatidão dos contornos. Os avanços das descobertas arqueológicas em Herculano e Pompeia e as rendições de obras de viajantes, que relatavam cenas, costumes, hábitos e expressões artísticas produzidas em Roma e na Grécia durante a Antiguidade, contribuíram como estímulo e inspiração para os artistas do século XVIII. THORVALDSEN, Bertel. "As graças ouvindo o canto do cupido". O Neoclassicismo também foi marcado pelos temas históricos, pela valorização do patrimônio histórico nacional e pelo registro de acontecimentos considerados importantes para o século XVIII, período contemporâneo aos artistas. Durante o século XVIII, Período Neoclássico, a predominância de linha reta definia a arte marcada pela ordem e autoridade, pe la representação oficial, pela simplicidade e pela pureza. O Rococó representaria a curva; o Neoclassicismo, a reta. A obra O juramento dos Horácios retrata um tema da Roma Antiga de maneira sóbria, heroica e viril. De acordo com o historiador Tito Lívio, os três irmãos Horácios foram escolhidos pelo governo de Roma para desafiar os Curiácios, os campeões da cidade de Alba. Essa obra pode ser dividida em três partes, que podem ser localizadas pelos arcos em segundo plano. Do Neoclássico ao Romântico: do objetivo ao subjetivo No século XIX, desenvolveram-se novas perspectivas para as artes, que alteraram muitas das concepções estéticas que vigoraram durante o Neoclassicismo. Foi o período do Romantismo, movimente estético que influenciou, de diferentes maneiras, os artistas e as artes de praticamente todo o Ocidente, apesar das diferenças existentes na cultura de cada país. O romântico quase sempre aparece como uma reação e/ou oposição ao clássico/neoclássico e, em alguns aspectos, aproxima-se do barroco, como no resgate das cores e do contraste claro-escuro. Como vimos, os adeptos do Classicismo apreciavam a clareza, o rigor formal, a busca do equilíbrio e a organização racional, priorizando a forma e a estrutura geral em suas obras. Já os românticos valorizavam a espontaneidade, os sentimentos e a imaginação, dando preferência ao emocional. O artista clássico via a si próprio como um humilde artesão, que procurava chegar ao mais alto nível de perfeição técnica. Já o artista se sentia um ser solitário, reflexivo a respeito de sua existência e com uma visão de mundo centrada na sua individualidade. O artista traz à tona seu mundo interior Arte romântica Arte Neoclássica Os escritores do teatro romântico, ao mesmo tempo que assumiram uma liberdade criativa, colocando em cena interações e personagens de diferentes épocas e lugares, também se tornaram verdadeiros historiadores, dando a seus personagens as marcas de sua individualidade, os ares da época em que viveram, as características de seu país e os traços dos costumes locais. Personagens importantes, como reis, nobres e aristocratas, passaram a ser representados como indivíduos comuns, vistos sob a ótica de sua humanidade, de sua humanidade, de sua singularidade, por vezes bizarra, e até de suas deformidades de caráter. "The Black Crook". Charles M. Barras Teatro Romântico Todo esse romantismo diante da vida não estava restrito apenas aos pintores, estava presente na forma de ver o mundo em diversas áreas da experiência humana, o que tinha muita relação com o contexto histórico. O drama romântico, por exemplo, surgiu entre fins do século XVIII e começo do século XIX, em um momento em que a burguesia estava no centro das atenções e conquistava uma posição dominante não apenas em relação ao povo, mas, sobretudo, no tocante à aristocracia, que havia sido finalmente por ela subjugada. O teatro romântico refletia, em muitos aspectos, os gostos estéticos burgueses. Nessa época, apesar de as camadas populares desejarem ver em cena apenas ação, o teatro romântico, de certa forma, contrariou essa aspiração, buscando inspiração e trazendo de volta aspectos do Humanismo, uma vez que isso agradava à classe burguesa. "Teatro Drury Lane". Thomas Rowlandson A dança clássica é romântica? A dança da primeira metade do século XIX, com o seu lirismo poético, sua graciosidade e o aspecto etéreo de suas bailarinas, que pareciam flutuar acima do solo, foi uma das maiores expressões do Romantismo. No entanto, apesar de a dança desse período ser romântica, ela ficou conhecida como balé clássico, e isso não tem nada a ver com a época Neoclássica que vimos na pintura em termos temporais, mas, sim, com os princípios, pois esse gênero da dança buscava equilíbrio, harmonia, simetria e disciplina. O balé romântico valorizava a perfeição das linhas e dos movimentos, o que levou os historiadores e críticos a chamá-lo de "clássico". O início do Romantismo na dança é normalmente associado com a estreia, em 1827, da bailarina Marie Taglioni no balé La Sylphide, em Paris. Na primeira metade do século XIX, surgiu a ideia de criar um tipo de calçado que fez enorme sucesso, a sapatilha de pontas, pois ela dava condições para a bailarina realizar parte de sua performance nas pontas dos pés, algo inédito até então. No Romantismo, era comum o relacionamento, geralmente uma paixão que podia terminar em tragédia, entre seres humanos mortais e um ente sobrenatural. Nesse sentido, ao "deslizar" sobre o palco e dar saltos no ar com graciosos movimentos das pernas, as bailarinas criavam um efeito mágico, como se fossem de outra esfera, podendo levitar e desafiar as leis da natureza, o que encantava o público da época e causa fascínio até hoje. Clique para adicionar texto "Marie Taglioni como Bayadère" . Victoria and Albert Museum, Londres. Feito por: Gabriel Michaeli de Carvalho 2ano EM 2021. Professor: Francisco. Fim
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