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Atividade Individual Gestão de Tributos PPGGF FGV - Julio Cesar de Sousa Corradini

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ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz de atividade individual 
Disciplina: Gestão de Tributos Módulo: 8 
Aluno: Julio Cesar de Sousa Corradini Turma: 0821-1_3 
Tarefa: Estudo de Caso Planejamento Tributário – Empresa Sempre Varejo 
Introdução 
 
A empresa Sempre Varejo, do ramo do comércio, resolveu efetuar um planejamento tributário visando 
ser mais competitiva no mercado atual e maximizar os seus resultados. 
Por meio desse planejamento, a empresa espera entender que regime de tributação lhe é mais 
favorável e, desse modo, confirmar se o modelo atual proporciona uma situação favorável ou 
desfavorável junto aos seus concorrentes. 
 
Veja, a seguir, os números da Sempre Varejo relativos ao último período (ano completo – 20XX): 
 
Receita bruta: R$ 12.000.000,00; 
Mercadorias (passíveis de crédito – compra/custo): R$ 7.000.000,00; 
Tributos (ICMS etc.): R$ 3.000.000,00; 
Receita líquida: R$ 2.000.000,00; 
Despesas operacionais: R$ 1.000.000,00; 
Aluguel do galpão/loja da empresa = R$ 800.000,00 e 
Energia elétrica (empresa) = R$ 200.000,00. 
Lucro antes dos impostos: R$ 1.000.000,00. 
 
É importante observar que os resultados da empresa são constantes e foram praticamente idênticos 
ao longo dos últimos anos. 
Considerando esse contexto, suponha que você tenha sido chamado para liderar o planejamento 
tributário da Sempre Varejo e que tenha de reunir-se com a diretoria para responder a algumas 
perguntas. 
 
Questão 1 
A escolha pelos diferentes tipos de regime de apuração tributária impacta apenas os 
tributos diretos ou podem também impactar os tributos indiretos? Dê exemplos. 
 
A decisão de qual regime tributário adotar é uma das etapas mais importantes para o sucesso (ou 
não) de uma empresa. Uma escolha mal-feita nesta etapa do processo pode gerar percalços no 
caminho, como a necessidade do pagamento de um conjunto de impostos inadequados, 
comprometendo sensivelmente a saúde financeira do negócio, ou até mesmo gerando problemas 
fiscais com a Receita Federal. 
 
 
2 
 
 
Existem três tipos de regimes de tributação que podem ser adotados pelas empresas: Simples 
Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. O indicado é que a escolha seja feita e analisada por um 
contador, por experiência e conhecimento no assunto e pode oferecer a companhia as corretas 
instruções e saber qual a melhor opção para o tipo de negócio através de levantamentos e estudos de 
diversos fatores específicos de casa caso, como análise de porte do negócio, área de atuação, estudo 
de mercado, planejamentos de rendimento etc. 
 
Simples Nacional: neste regime tributário há duas grandes vantagens: uma se refere aos valores de 
alíquotas que são menores e a outra se refere à simplicidade da agenda tributária, facilitando o 
controle. Neste caso, enquadram-se empresas com receita bruta de até R$4,8 milhões. Este regime 
apresenta alíquotas reduzidas, pois há a união de oito impostos e contribuições: PIS, Cofins, IPI, 
ICMS, CSLL, ISS, IRPJ e, em alguns casos, INSS patronal. Entretanto, nem sempre este é o regime 
mais vantajoso, especialmente para empresas prestadoras de serviços, que recolhem à parte a 
contribuição do INSS e por isso suas alíquotas variam conforme a folha de pagamento. 
Lucro Real: este regime é obrigatório para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões e 
empresas com atividades voltadas para o setor financeiro. Neste caso, as alíquotas são calculadas 
com base no lucro real, ou seja, receita menos despesas. Por este motivo, é importante que a 
empresa seja organizada com suas contas. 
Lucro Presumido: No Lucro Presumido, assim como no anterior, qualquer empresa pode se 
cadastrar. Contudo, o seu faturamento anual neste regime tributário não pode ser superior a R$ 78 
milhões. Neste caso, o Imposto de Renda e a CSLL incidem sobre uma alíquota definida pela Receita 
Federal. 
 
Comparando Lucro Presumido e Lucro Real Com relação a tributos a serem recolhidos, as diferenças 
principais estão na apuração de quatro deles: IRPJ e CSSL sobre o lucro, e PIS e Cofins sobre 
faturamento. Com relação aos tributos sobre o lucro, enquanto no Lucro Real a base de cálculo é a 
partir do lucro apurado na contabilidade, com algumas adições e exclusões, no Lucro Presumido a 
base é obtida a partir da aplicação de percentuais pré-definidos sobre a receita da pessoa jurídica, por 
isso lucro presumido, já que “presume-se” que o lucro seja aquele. Se for diferente, não afetará esses 
dois tributos. 
 
Com relação aos tributos sobre o faturamento, no Lucro Presumido, o PIS e Cofins incidem sobre o 
faturamento. E na maioria dos casos, no Lucro Real incide também sobre o faturamento, porém com 
uma alíquota maior e possibilitando à empresa deduzir do valor a pagar créditos sobre suas 
aquisições. Assim, nesse segundo caso, a alíquota é maior, enquanto a base é menor. O Simples é um 
regime simplificado, no qual paga-se um tributo aplicando-se uma alíquota sobre o faturamento do 
mês e variando de acordo com a atividade e faturamento acumulado dos últimos seis meses, e 
substitui-se IRPJ (exceto sobre ganho de capital), CSSL, PIS, Cofins, ICMS, IPI, ISS e INSS parte da 
empresa em boa parte dos casos (não a parte do empregado). Várias apurações dão lugar a uma. 
Os diferentes tipos de regime tributário, suas definições e diferenças foram mostrados com a 
finalidade de entender o que e como cada um abrange o setor fiscal de cada companhia quando se 
escolhe um ou outro. Assim, nesse momento, se faz necessário entender o que são impostos Diretos 
e Indiretos para que assim entenda-se os impactos desses regimes em tais impostos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
Economicamente os impostos se dividem em: 
Diretos - São aqueles em que a pessoa que paga (contribuinte de fato) é a mesma que faz o 
recolhimento aos cofres públicos (contribuinte de direito). Exemploss: IRPJ, IRPF, IPVA, IPTU. 
Portanto impostos Diretos o ônus é suportado por quem tem relação direta com o fato gerador, 
incidindo sobre o patrimônio, lucro ou rendimentos. 
Indiretos – São aqueles em que a pessoa que paga não é a mesma que faz o recolhimento aos cofres 
públicos. Exemplos: ICMS, IPI, ISS, Pis, Cofins. 
Quanto aos impostos Indiretos o ônus é repassado a terceiro que não tem relação com o fato 
gerador, incidindo sobre industrialização, circularização e consumo. 
 
A empresa no decorrer de suas atividades é obrigada a prestar recolhimento ao fisco tanto de tributos 
Diretos como tributos Indiretos. 
Portanto a escolha do regime afeta tanto nos impostos diretos como nos indiretos. Por exemplo, se a 
empresa optar pelo Lucro Presumido, afetará tanto os diretos – IRPJ e CSLL – pela alíquota definida 
pela RF e os indiretos PIS/COFINS, que serão cumulativo. Se a empresa optar por Lucro Real, afetará 
os diretos – IRPJ e CSLL – pela base de cálculo do tributo e os indiretos PIS/COFINS pois passarão a 
ser não cumulativos 
 
Questão 2 
Acerca do IRPJ e da CSLL, qual regime de apuração tributária seria mais interessante à 
empresa Sempre Varejo, lucro real ou lucro presumido? 
 
Lucro Real 
 
Essa metodologia visa a apurar o real lucro obtido pela empresa no período (ou, pelo menos, 
o mais próximo da realidade possível). Tributa-se, por meio dessa sistemática, um eventual 
acréscimo no patrimônio da empresa. O lucro real é apurado a partir do resultado contábil ajustado pelas 
adições, exclusões ou compensações autorizadas pela legislação tributária nacional. 
 
Nesse regime tributário, o IRPJ tem como base de cálculo o lucro que realmente ocorreu na operação, e o 
CSLL, o valor do resultado do exercício antes da provisão para o IR. Suas alíquotas são de 15% sobre o 
lucro apurado, com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder R$ 20.000,00 (vinte mil reais) 
por mês - no caso do IRPJ – e 9%, no caso do CSLL. 
 
Assim, dos dados financeiros informados acima da Sempre Varejo, temos: 
 
 
 
 
 
4 
 
Lucro presumidoOutra sistemática existente no ordenamento brasileiro é a do lucro presumido. Essa 
sistemática, como o próprio nome diz, possibilita à legislação presumir certos lucros que a empresa 
teria com base nas suas atividades. 
 
A sistemática do lucro presumido simplifica bastante os cálculos que a empresa deve efetuar 
para apurar e recolher os seus tributos. Contudo, caso o lucro da empresa seja um lucro inferior ao 
presumido pela legislação, essa sistemática pode ser uma escolha nada favorável. Por outro lado, 
obviamente, se o lucro for superior ao presumido pela legislação, a empresa pode vir a recolher um 
valor inferior ao valor que seria devido caso estivesse apurando os seus tributos com base no lucro real. 
 
Nesse regime tributário, a base de cálculo do IRPJ é uma presunção veiculada pela legislação e da CSLL 
dependerá do tipo de atividade que a empresa faz parte, sendo 12% ou 32% da receita bruta. Suas 
alíquotas são de 15% sobre o lucro apurado, com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder 
R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por mês - no caso do IRPJ – e 9%, no caso do CSLL. 
 
Assim, dos dados financeiros informados acima da Sempre Varejo, temos: 
 
 
 
Portanto, diante dos cálculos acima demonstrados, o regime de tributação mais interessante à empresa 
Sempre Varejo é o Lucro Real, por ser um regime com uma carga tributária menor em R$29.600,00, que 
representa cerca de 8% a menos impostos a pagar. 
 
Questão 3 
Acerca do PIS e da Cofins, qual regime de apuração tributária seria mais interessante à 
empresa Sempre Varejo, lucro real ou lucro presumido? 
 
Lucro Real 
 
Essa metodologia visa a apurar o real lucro obtido pela empresa no período (ou, pelo menos, o mais 
próximo da realidade possível). Tributa-se, por meio dessa sistemática, um eventual acréscimo no 
patrimônio da empresa. O lucro real é apurado a partir do resultado contábil ajustado pelas adições, 
exclusões ou compensações autorizadas pela legislação tributária nacional. 
 
Sempre que a empresa optar pelo regime do lucro real, ela recolherá alíquotas que são do PIS igual a 
1,65% e Cofins igual a 7,6%. Na opção do lucro real, essa empresa poderá tomar créditos sobre 
algumas despesas e algumas mercadorias específicas, como gastos com energia elétrica, aluguel de 
equipamentos ou imóveis utilizados na atividade, desde que alugados de pessoas jurídicas etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
O ponto da discussão sobre quais despesas são passíveis de geração de crédito às empresas resta na 
essencialidade ou na relevância dessa despesa. Tributaristas entendem que apenas despesas 
obrigatórias, ou seja, despesas relevantes a atividade da empresa, as quais a empresa necessita 
imprescindivelmente para manter a sua operação, seriam passíveis desses créditos. 
 
Dessa maneira, é importante conhecer as despesas passíveis de crédito que a empresa possui, 
podendo variar de empresa para outra devido a diferentes tipos de operações. 
 
Assim, dos dados financeiros informados acima da Sempre Varejo, temos: 
 
 
 
Lucro Presumido 
 
Outra sistemática existente no ordenamento brasileiro é a do lucro presumido. Essa 
sistemática, como o próprio nome diz, possibilita à legislação presumir certos lucros que a empresa 
teria com base nas suas atividades. 
 
A sistemática do lucro presumido simplifica bastante os cálculos que a empresa deve efetuar 
para apurar e recolher os seus tributos. Contudo, caso o lucro da empresa seja um lucro inferior ao 
presumido pela legislação, essa sistemática pode ser uma escolha nada favorável. Por outro lado, 
obviamente, se o lucro for superior ao presumido pela legislação, a empresa pode vir a recolher um 
valor inferior ao valor que seria devido caso estivesse apurando os seus tributos com base no lucro 
real. 
 
Sempre que uma empresa optar pelo regime do lucro presumido, ela pagará alíquotas que serão de 
PIS igual a 0,65% e Cofins igual a 3,00%. No entanto, essa empresa não poderá tomar crédito sobre 
as despesas ou mercadorias que venham a ser dispendidas ou adquiridas. 
 
 
 
6 
 
 
Assim, dos dados financeiros informados acima da Sempre Varejo, temos: 
 
 
Portanto, diante dos cálculos acima demonstrados, o regime de tributação mais interessante à 
empresa Sempre Varejo é o Lucro Real, por ser um regime com uma carga tributária menor em 
R$68.000,00, que representa cerca de 16% a menos impostos a pagar. 
 
Questão 4 
Caso a empresa pense em optar pela sistemática do Simples Nacional, se possível, qual 
será a alíquota efetiva a ser aplicada sobre o faturamento mensal da mesma 
(considerando que a receita bruta dos últimos 12 meses é idêntica à receita bruta do ano 
de 20XX)? 
 
A Sempre Varejo não pode optar pela sistemática do Simples Nacional pela sua receita bruta 
ultrapassar o limite proporcional, sendo essa umas das condições de exclusão da empresa do regime 
do Simples Nacional, contidas nos arts. 28 a 32 da Lei Complementar nº 123/2006. 
 
O limite de receita bruta para que uma empresa possa adotar o Simples Nacional é de R$ 
4.800.000,00 e diante das condições apresentadas, de que a receita bruta dos últimos 12 meses é 
idêntica à receita bruta do ano de 20xx e tal receita foi de R$12.000.000,00, a empresa fica 
impossibilitada de adoção desse sistema tributário. 
 
Conclusão 
 
Por fim, vimos até aqui a relevância de analisar cuidadosamente qual regime tributário cada empresa 
deve adotar, levando em consideração a importância de não pagar tributos além do que é devido e da 
mesma forma que não pagar menos do que o devido, ou seja, ter a carga tributária adequada a seu 
tipo de negócio que encaixe no planejamento financeiro da empresa, refletindo um fluxo de caixa 
saudável e eficiente, gerando riqueza para a empresa. 
 
Diante dos valores apurados acima, fica evidente que a melhor escolha para a empresa Sempre 
Varejo é o sistema tributário do lucro real, onde em todas as apurações comparadas com o lucro 
presumido, o lucro real se mostrou mais vantajoso, com cargas tributárias menores. 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
Referencia Bibliografica 
 
Santos, Renan – Gestão de tributos. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2021 
 
R. JÚNIOR, JOSÉ CARLOS. Como escolher o regime tributário para sua empresa. Disponível em: 
https://conube.com.br/blog/regime-tributario/. Acesso em: 12 set. 2021.

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