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Direito Processual Penal - Simulado 05 - Princípios aplicáveis às provas e a vedação das provas obtidas por meios ilícitos

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1
          Questão
	
	
	Magrillo, criminoso contumaz, foi abordado pela polícia, sob possível suspeita de prática do crime previsto no artigo 157, § 2º, I e II, do Código Penal. Conduzido à delegacia de polícia, mesmo sem estar em estado flagrancial e sem determinação judicial, foi instado a entrar em contato com os últimos terminais telefônicos que se encontravam gravados em seu celular. A conversa, então, foi gravada, com conhecimento de Magrillo, após ser determinado, pelo delegado, que ele efetuasse diálogos ditados pela própria autoridade policial e utilizasse o sistema de viva voz. Tal fato gerou a identificação de Magrillo como partícipe do crime. Nesse caso, a prova é:
		
	 
	ilícita, uma vez que, além de Magrillo se encontrar ilegalmente detido, não foi advertido pela autoridade policial de seu direito de não autoincriminação, garantia prevista na Carta Política Brasileira.
	
	Lícita, pois da árvore envenenada poderá ser colhido frutos bons, se a prova for colhida de uma fonte independente.
	
	lícita, porquanto, além de Magrillo assentir na empreitada de captação telefônica, é aplicável, ao caso, o princípio da proporcionalidade, em seu subprincípio da necessidade, pois se deve levar em consideração, na análise da nulidade, a gravidade do crime ora investigado.
	
	lícita, uma vez que a escuta por terceiro não está, segundo Supremo Tribunal Federal, inserida no conceito de interceptação telefônica e, destarte, não necessita de autorização judicial para ser viabilizada.
	
	ilícita, uma vez que a gravação clandestina autorizada por terceiro, mesmo quando este for vítima, está, segundo Superior Tribunal de Justiça, inserida no conceito de interceptação telefônica e, destarte, necessita de autorização judicial para ser viabilizada.
	Respondido em 04/10/2021 21:10:59
	
	
	 
		2
          Questão
	
	
	(2016 - FGV - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - Processual) Chega ao conhecimento do Ministério Público e da Polícia Civil que na casa de Tício estava escondido um facão que seria instrumento de crime de homicídio ocorrido no dia anterior, ainda sujo com sangue do autor e da vítima. O Ministério Público entra com pedido de busca e apreensão domiciliar, sendo deferido pelo juiz. Com base nisso, monta operação com a Chefia da Polícia Civil para cumprimento do mandado. Lá chegando, porém, deparam-se com policiais militares, que, sem mandado, aproveitaram que a residência estava vazia e encontraram o facão, que estava em cima da mesa da sala. A Polícia Civil formaliza o cumprimento do mandado e a apreensão do instrumento, oferecendo o Ministério Público denúncia em face de Tício. Em defesa prévia, o acusado alega a ilicitude da prova no que tange ao facão. No caso, é correto afirmar que:
		
	
	deve a prova ser mantida nos autos, pois a legislação apenas proíbe que constem dos autos a prova ilícita, mas não a ilegítima;
	
	a prova é válida, tendo em vista que havia flagrante delito quando os policiais ingressaram na residência de Tício;
	 
	a prova é válida, aplicando-se a ideia da descoberta inevitável e fonte independente.
	
	deve ser reconhecida a ilicitude da prova, já que os policiais ingressaram sem mandado na residência do réu, de modo que deve ser desentranhada dos autos;
	
	deve ser reconhecida a ilicitude da prova, em razão da aplicação da teoria do ¿Fruto da Árvore Envenenada¿;
	Respondido em 04/10/2021 21:09:36
	
	
	 
		3
          Questão
	
	
	Segundo a teoria dos frutos da árvore envenenada ou venenosa, no Direito Processual Penal,
		
	
	O vício de parte da sentença contamina-a inteiramente;
	
	A prova obtida mediante interceptação telefônica não pode ser utilizada em processo diverso daquele para o qual foi autorizada;
	 
	A obtenção de prova por meio ilícito contamina a prova que lhe é derivada, ainda que esta seja produzida de forma regular;
	
	Se produzida prova não prevista expressamente no Código de Processo Penal, não pode o juiz considera-la no momento da sentença, sob pena de nulidade;
	
	A declaração de nulidade de um ato processual gera a nulidade dos atos válidos que lhe são dependentes;
	Respondido em 04/10/2021 21:07:23
	
	
	 
		4
          Questão
	
	
	Sobre o princípio da comunhão da prova é CORRETO afirmar que:
 
		
	
	a prova pertence ao acusado
	
	a prova somente pertence ao Ministério Público
	
	a prova pertence à defesa
	 
	a prova, uma vez anexada ao processo, a todos pertence
	
	a prova não pertence ao Ministério Público
 
	Respondido em 04/10/2021 21:07:38
	
Explicação:
O princípio da comunhão das provas determina que uma prova produzida passa a ser do processo, pouco importando se o responsável pelo requerimento ou determinação de sua produção tenha sido o autor ou réu.
	
	
	 
		5
          Questão
	
	
	O inquérito policial
		
	
	ão exige forma especial, é inquisitivo e pode não ser escrito, em decorrência do princípio da oralidade.
	
	pode ser presidido pelo escrivão de polícia, desde que as diligências realizadas sejam acompanhadas pelo Ministério Público.
	 
	não é obrigatório para instruir a ação penal pública que poderá ser instaurada com base em peças de informação.
	
	será remetido a juízo sem os instrumentos do crime, os quais serão devolvidos ao indiciado.
	
	poderá ser arquivado por determinação da autoridade policial, desde que através de despacho fundamentado.
	Respondido em 04/10/2021 21:08:14
	
Explicação:
GABARITO: E - não é obrigatório para instruir a ação penal pública que poderá ser instaurada com base em peças de informação.
 
O IP é um procedimento de natureza administrativa, de forma necessariamente ESCRITA (art. 9º do CPP), presidido pela autoridade policial, que não poderá arquivá-lo (art. 17 do CPP).
Ao final do IP, seus autos serão remetidos ao Juiz com os instrumentos do crime, nos termos do art. 11 do CPP.
Embora seja de grande importância na maioria das vezes, o IP é um procedimento DISPENSÁVEL, ou seja, a ação penal pode ser ajuizada com base em outros elementos de convicção, como as peças de informação.
 
	
	
	 
		6
          Questão
	
	
	Chega ao conhecimento do Ministério Público e da Polícia Civil que na casa de Tício estava escondido um facão que seria instrumento de crime de homicídio ocorrido no dia anterior, ainda sujo com sangue do autor e da vítima. O Ministério Público entra com pedido de busca e apreensão domiciliar, sendo deferido pelo juiz. Com base nisso, monta operação com a Chefia da Polícia Civil para cumprimento do mandado. Lá chegando, porém, deparam-se com policiais militares, que, sem mandado, aproveitaram que a residência estava vazia e encontraram o facão, que estava em cima da mesa da sala. A Polícia Civil formaliza o cumprimento do mandado e a apreensão do instrumento, oferecendo o Ministério Público denúncia em face de Tício. Em defesa prévia, o acusado alega a ilicitude da prova no que tange ao facão. No caso, é correto afirmar que:
		
	
	a prova é válida, tendo em vista que havia flagrante delito quando os policiais ingressaram na residência de Tício;
	 
	a prova é válida, aplicando-se a ideia da descoberta inevitável e fonte independente.
	
	deve ser reconhecida a ilicitude da prova, em razão da aplicação da teoria do ¿Fruto da Árvore Envenenada¿;
	
	deve a prova ser mantida nos autos, pois a legislação apenas proíbe que constem dos autos a prova ilícita, mas não a ilegítima;
	
	deve ser reconhecida a ilicitude da prova, já que os policiais ingressaram sem mandado na residência do réu, de modo que deve ser desentranhada dos autos;

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