Buscar

PMSUS 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

OFICINA 02 – Epidemiologia dos problemas de saúde mental.
1. Compreender os fatores de risco e a epidemiologia dos principais transtornos mentais (ansiedade, depressão, TOC, transtorno bipolar e esquizofrenia) no Brasil e no mundo.
Os fatores de risco para problemas em saúde mental são amplamente conhecidos e incluem abusos sexuais e físicos vivenciados durante a infância; violência na família, na escola e na comunidade; assim como pobreza, exclusão social e desvantagem educacional. Doenças psiquiátricas, abuso de drogas por parte dos pais e violência conjugal também aumentam os riscos para o adolescente, assim como a exposição às alterações sociais e angústia psicológica que acompanham conflitos armados, desastres naturais e outras crises humanitárias.
ANSIEDADE
O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão, de acordo com a OMS. São 322 milhões de pessoas com depressão em todo o mundo – 4,4% da população e 18% a mais do que há dez anos. De acordo com a entidade, no Brasil, em 2015, eram 11,5 milhões com a doença e 18,6 milhões com transtorno de ansiedade.
Essas estatísticas são reflexos da dinâmica da sociedade moderna, que contribui para o surgimento de transtornos mentais e comportamentais, sobretudo a ansiedade, o estresse e a depressão, que se tornaram doenças muito comuns nos consultórios médicos. Essas doenças podem ser resultado da exposição a fatores de risco advindos da atividade laboral e também das relações construídas no ambiente de trabalho.
A competitividade no mercado de trabalho, somada ao medo do desemprego, induz as pessoas a se submeterem a condições de trabalho desumanas. Por exemplo, exposição a baixos salários, ambientes insalubres, ruídos e calor excessivo, ao acúmulo de funções, às jornadas de trabalho que excedem a carga horária suportável e ao regime em turnos alternantes; todos esses fatores favorecem o adoecimento dos trabalhadores.
Os principais fatores de risco que podem pesar no caso brasileiro incluem a situação econômica do país, os níveis de pobreza, desigualdade, desemprego e recessão. Além disso, existem fatores ambientais, como o estilo de vida em grandes cidades. 
No Brasil, os transtornos mentais e comportamentais são responsáveis pelo crescimento geral na concessão dos benefícios, tanto para o auxílio-doença acidentário quanto para o não acidentário. De 2004 para 2013, o número de auxílios-doença acidentários concedidos em razão deste tipo de enfermidade passou de 615 para 12.818. No total, houve um incremento da ordem de 1.964% para essa concessão.
DEPRESSÃO
A depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (23) referentes a 2015. Em 10 anos, de 2005 a 2015, esse número cresceu 18,4%. A prevalência do transtorno na população mundial é de 4,4%.
Já no Brasil, 5,8% da população sofre com esse problema, que afeta um total de 11,5 milhões de brasileiros. Segundo os dados da OMS, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina e o segundo com maior prevalência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que têm 5,9% de depressivos.
No panorama mundial, as mulheres são as principais afetadas: 5,1% são depressivas. Entre os homens, a taxa é de 3,6%. 
Segundo a OMS, a depressão é a doença que mais contribui com a incapacidade no mundo. Ela é também a principal causa de mortes por suicídio, com cerca de 800 mil casos por ano.
ESQUIZOFRENIA
Estudos epidemiológicos realizados ao redor do mundo apresentou uma taxa de prevalência de 0,9-11 por 1000 habitantes, entretanto a incidência em esquizofrenia é um pouco menor sendo 0,1-0,7 novos casos a cada 1000 habitantes.
Existe também uma discussão em relação ao início da doença entre o homem e a mulher, em geral nos homens os sintomas tendem a aparecer entre 18-25 anos e as mulheres em torno de 25-35 anos. No início da adolescência o índice entre homem e mulher é 2:1, entretanto quando são avaliados os pacientes acima de 50 anos esse índice percentual tende a se inverter sendo que aproximadamente 3% a 10% das mulheres desenvolvem a doença após os 45 anos. 
Estudos mostram que existe uma evolução maior em mulheres que fazem o tratamento da doença do que nos homens, isso pode ser devido à personalidade pré-mórbida comprometida, adaptação social e números de suicídios. 
A causa da esquizofrenia ainda é desconhecida, entretanto alguns fatores de risco como hereditariedade e a variação entre diversos tipos de culturas podem ser alguns fatores relacionados à etiologia da doença. Se houver um parente com esquizofrenia existe uma grande probabilidade de desenvolver a doença, por outro lado vale também destacar que o ambiente de convivência pode ser um fator de risco para desencadear esse transtorno psicótico.
2. Analisar os dados a partir da carga global de doenças no Brasil e no mundo.
3. Relacionar o consumo excessivo de álcool e os transtornos mentais.
A compulsão por drogas e álcool também figura como fator de influência para o surgimento de complicações no âmbito psicológico e mental. Tais vícios afetam a capacidade de concentração, de memória e sinalizam o mal desempenho das atividades cerebrais.
As perturbações decorrentes da relação entre o álcool e a saúde mental desafiam a saúde pública e exigem um controle mais eficiente desse problema. Tanto o álcool como o abuso de tóxicos comprometem a qualidade de vida dos usuários de todas as idades, gênero e classe socioeconômica.
A dificuldade em admitir a necessidade de ajuda especializada contribui para acentuar a doença e pode evoluir para quadros mais alarmantes. Os mais comuns são a incapacidade mental e a tentativa de suicídio entre jovens, principalmente.
Beber afeta nosso humor e saúde mental ?
Beber diminui a inibição. Normalmente, o consumo excessivo de álcool significa que a pessoa ficará menos constrangida em uma determinada situação. Além disso, o álcool pode dificultar a capacidade do nosso corpo para descansar, resultando na necessidade de trabalhar mais para quebrar o efeito do álcool no corpo. Esta interferência do álcool com os padrões de sono pode levar a uma redução do nível de energia. O álcool também deprime o sistema nervoso central, e isso pode fazer com que o humor se altere. Ele também pode ajudar a amortecer nossas emoções, fazendo com que talvez passamos a evitar o enfrentamento dos problemas difíceis na nossa vida. O álcool também pode revelar ou intensificar nossos sentimentos subjacentes, como evocando memórias do passado de trauma ou provocando quaisquer sentimentos reprimidos que estão associados com eventos dolorosos do passado ou presente. Essas memórias podem ser tão poderosas que criam uma ansiedade esmagadora, depressão ou vergonha. Reviver essas memórias e sentimentos sombrios, enquanto está sob a influência de álcool, pode representar uma ameaça para a segurança pessoal, bem como a segurança dos outros.
4. Entender como os transtornos mentais repercutem na qualidade de vida e na mortalidade precoce.
A saúde mental é um importante fator que possibilita o ajuste necessário para lidar com as emoções positivas e negativas.
Além de ser determinante para a estabilidade física, a saúde mental está relacionada à qualidade da interação individual e coletiva. No cenário atual, buscar alternativas que possibilitem a harmonia nessas relações é uma urgente necessidade.
Assim como a física, a saúde mental é uma parte integrante e complementar à manutenção das funções orgânicas. Nesse contexto, a promoção da saúde mental é essencial para que o indivíduo tenha a capacidade necessária de executar suas habilidades pessoais e profissionais.
5. Conhecer os desafios enfrentados pelas pessoas com transtornos mentais. 
O preconceito e estigma aparecem nas narrativas como consequências do diagnóstico de doença mental e um dos principais desafios a serem enfrentados no sentido da construção de processos de empoderamento e inclusão social desses sujeitos. Acreditam que o preconceitopode estar associado as antigas formas de tratamento.

Continue navegando