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SISTEMA DE ENSINO
CONHECIMENTOS 
REGIONAIS DO 
ESTADO DO PIAUÍ
Conhecimentos sobre o Piauí – Parte II
Livro Eletrônico
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte II
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
Sumário
Conhecimentos Sobre o Piauí – Parte II ..................................................................................... 3
Introdução ao Tema ........................................................................................................................ 3
1. Região Nordeste .......................................................................................................................... 3
1.1. Regionalização do Nordeste ................................................................................................... 5
2. Atual Semiárido e o Polígono das Secas ................................................................................ 6
2.1. Polígono das Secas .................................................................................................................. 8
3. Relevo ............................................................................................................................................ 8
3.1. Depressão Periférica .............................................................................................................. 11
3.2. Entendendo uma Cuesta .......................................................................................................12
3.3. Chapadões do Alto-Médio Parnaíba .................................................................................. 14
3.4. Planalto Oriental da Bacia Sedimentar do Maranhão Piau ...........................................15
3.5. Relevo Ruiniforme ..................................................................................................................16
3.6. Baixos Planaltos do Médio – Baixo Parnaíba ...................................................................16
3.7. Tabuleiros Pré-Litorâneos .................................................................................................... 17
3.8. Planície Costeira ..................................................................................................................... 17
3.9. Considerações Finais ............................................................................................................ 18
4. Hidrografia ................................................................................................................................. 18
4.1. Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba....................................................................................20
4.2. As Bacias Difusas Litorâneas do Piauí .............................................................................. 27
5. Clima ............................................................................................................................................ 27
6. Vegetação do Piauí ................................................................................................................... 30
7. Recursos Naturais......................................................................................................................31
7.1. Bens Minerais para Construção Civil ................................................................................. 33
8. Problemas Ambientais no Piauí ............................................................................................. 35
9. Urbanização ............................................................................................................................... 37
Exercícios ........................................................................................................................................ 41
Gabarito ........................................................................................................................................... 54
Referências Bibliográficas .......................................................................................................... 55
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte II
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
CONHECIMENTOS SOBRE O PIAUÍ – PARTE II
Introdução ao tema
Querido(a) candidato(a), nesse momento iremos aprofundar nossos conhecimentos sobre 
os mais diversos aspectos geográficos da região piauiense. Esse módulo abrangerá em es-
pecial os critérios referentes a vegetação, clima, recursos minerais, relevo, recursos hídricos, 
dinâmica populacional, rede urbana e organização do espaço.
Mas para facilitar o estudo sobre tais assuntos, vamos iniciar nossa aula introduzindo as 
principais características do Nordeste. Dessa forma, partindo de uma escala macro para uma 
escala micro, poderemos ter uma compreensão melhor e facilitada sobre os aspectos referen-
tes ao Piauí. Estudar o Nordeste é ter pela frente um espaço geográfico complexo com suas 
grandes variedades naturais e sociais.
Inicialmente, é importante que você reconheça a localização do Nordeste dentro do territó-
rio brasileiro e as dinâmicas que o envolvem. Formado por nove estados é a região com maior 
quantidade de Unidades Federativas do país, sendo que o menor estado da Federação se en-
contra nessa área: o Sergipe.
1. regIão nordeste
Disponível em: <https://www.infoescola.com/geografia/regiao-nordeste/>. Acesso em: 22 mar. 2021.
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte II
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
Analisando o mapa você deve ter percebido que o Nordeste brasileiro está próximo a Linha 
do Equador. Lembre-se de que é nessa faixa terrestre que recebemos a maior incidência de 
raios solares, que determina os aspectos climáticos da região.
Então você deve estar se perguntando, esse é o motivo de ter altas temperaturas e haver 
áreas semiáridas? E eu te respondo que de ter altas temperaturas sim, mas das áreas semiá-
ridas não necessariamente. O Sertão será formado por dois grandes fenômenos naturais, pri-
meiro a formação do planalto da Borborema e o segundo a dinâmica das correntes marítimas 
que ocorrem na região.
Os elementos que compõem a região nordestina podem ser agrupados em diferentes 
níveis, formando assim sua regionalização. Um desses critérios são os elementos naturais 
como clima, vegetação, solo e relevo, que em conjunto produzem variadas paisagens. A ação 
humana também influencia na regionalização do Nordeste, pois o grau de desenvolvimento 
nas sub-regiões ocorreu de forma diferenciada. Algumas regiões se tornaram industriais e 
urbanizadas, enquanto outras se mantiveram na produção agrícola. Portanto, o conjunto dos 
fatores naturais e humanos criaram as sub-regiões nordestinas.
As sub-regiões nordestinas são classificadas de leste a oeste em Zona da Mata, Agreste, 
Sertão e Meio Norte. O clima dessa região é caracterizado como apresentado no organogra-
ma a seguir.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
Das características climáticas apresentadas sobre as sub-regiões nordestinas, podemos 
encontrar no território piauiense as que se referem a Sertão e Meio Norte. Dessa forma a re-
gião do estado do Piauí abrangem essas duas sub-regiões e apresentam diferentes paisagens.
1.1. regIonalIzação do nordeste
Disponível em: <https://conhecimentocientifico.r7.com/regiao-nordeste/>. Acesso em: 22 mar. 2021.
ZONA DA MATA: área litorânea que se estende do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia. 
O verão é seco e o inverno com bastante chuvas, permitindo o desenvolvimento de vários rios 
permanentes. Foi o bioma mais devastado do Nordeste, pois foi na costa nordestina que se 
desenvolveram os latifúndios açucareiros, o cultivo do cacau, o desenvolvimento urbano e a 
indústria.
AGRESTE: é uma faixa de transição climática entre o litoral úmido e o sertão seco. A forma 
de relevo que se destaca nessa sub-região é o Planalto da Borborema. Esse planalto impede a 
passagem das massar de ar úmidas provenientes do litoral nordestino causando em sua en-
costa oriental a condensação das partículas de água e, consequentemente, as chuvas orográ-
ficas (chuvas de relevo). No Agreste se desenvolveu ao longo dos anos a prática da pecuária e 
da agricultura de subsistência.
SERTÃO: maior sub-região nordestina, o Sertão é caracterizado por um clima semiárido 
com a Caatinga como vegetação típica. As chuvas ocorrem de forma irregular ao longo do ano 
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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e geram secas prolongadas. Essas longas de estiagem refletem várias consequências socioe-
conômicas para a população sertaneja.
MEIO NORTE: sub-região com clima tropical e intensas chuvas no verão. Nela é possível 
encontrar vários tipos de vegetação entre eles o Cerrado, Caatinga e Floresta Equatorial. As 
atividades econômicas se desenvolveram de acordo com a vegetação encontrada na região, 
destacando a policultura nas áreas mais úmidas e o extrativismo da mata dos cocais.
Conhecer e entender a relação dos aspectos físicos da região foi extremamente importan-
te para ocupá-la e desenvolvê-la. A organização do espaço nordestino está condicionada aos 
aspectos naturais e as atividades desenvolvidas desde a época colonial até as mais recentes 
políticas públicas. O povoamento do Nordeste teve como base uma economia primária vol-
tada para o mercado externo que variou ao longo do tempo, destacando-se o extrativismo do 
pau-brasil no litoral, os canaviais na região da Zona da Mata, a pecuária no interior, algodão no 
Meio Norte e o cacau no Sudeste da Bahia.
O PULO DO GATO
Muitas questões podem ser resolvidas com o conhecimento prévio da região Nordeste. Assim 
como no contexto histórico, a geografia pode ser aplicada em várias situações que englobam 
a mesma região. Fica a dica!
2. atual semIárIdo e o Polígono das secas
A maior parte da população brasileira associa o Nordeste com o clima seco do Sertão. Ao 
longo do nosso estudo, vimos que uma característica presente e marcante dessa sub-região 
são as chuvas distribuídas irregularmente e em pouca quantidade, gerando consequentemen-
te, longas estiagens.
Com o objetivo de desenvolver políticas públicas de apoio ao desenvolvimento da região, 
foi estabelecido em 2004 que novos critérios fossem criados para definir o que seria o Semiá-
rido. A princípio, segundo a Lei n. 7.827/1989, só era considerado semiárido áreas com preci-
pitações inferiores a 800 mm anuais, fato gerador para o Ministério da Integração considerar 
insuficiente para demarcar a região.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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Os novos critérios para delimitação do semiárido consistiu em três pilares:
Com esses novos critérios foram incorporados ao semiárido mais 102 municípios, entre 
elas as cidades piauienses de Alto Longá, Altos, Amarante, Arraial, Barra D’Alcântara, Barras, 
Batalha, Boa Hora, Boqueirão do Piauí, Brasileira, Cabeceiras do Piauí, Campo Maior, Capitão 
de Campos, Cocal, Cocal de Telha, Cocal dos Alves, Coivaras, Elesbão Veloso, Floriano, Franci-
nópolis, Francisco Ayres, Jardim do Mulato, Jatobá do Piauí, José de Freitas, Nossa Senhora 
de Nazaré, Novo Santo Antônio, Parnaguá, Passagem Franca do Piauí, Pau D’Arco do Piauí, 
Piripiri, Prata do Piauí, Regeneração, São Félix do Piauí, São Miguel da Baixa Grande, Sigefredo 
Pacheco e Várzea Grande.
Já o polígono das secas é uma área delimitada por legislação própria que vai além do se-
miárido, abrangendo o norte de Minas Gerais. Essa divisão é demarcada e agrupada por terem 
características próximas em relação a pluviosidade e as longas estiagens. Seu principal objeti-
vo é orientar as políticas públicas que visam combater os efeitos da seca.
PEGADINHA DA BANCA
Candidato(a), não se esqueça que a área do polígono da seca é diferente do território do semi-
árido. O examinador pode te induzir ao erro afirmando que essas áreas são sinônimas.
Porém, com o polígono das secas e os investimentos surgiu um outro termo chamado “in-
dústria da seca”. Esse termo se refere a atos de corrupção realizados por agentes públicos ou 
grandes fazendeiros das regiões que recebiam ajuda financeira do governo. O dinheiro desti-
nado para amenizar os efeitos da seca passaram a ser desviados e utilizados para outros fins.
Não é porque tem o termo indústria que está relacionado ao setor secundário. MUITA ATEN-
ÇÃO CANDIDATO(A)! Ele recebe esse nome de forma sarcástica, já que também gera dinheiro 
para os envolvidos, porém de forma ilegal e corrupta.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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2.1. Polígono das secas
Disponível em: < https://www.researchgate.net/figure/Figura-16-Poligono-das-secas-Fonte-CARVALHO-2006-O-
-semiarido-apresenta-ma_fig5_301354867>. Acesso em: 15 jun. 2021.
3. relevo
As representações geomorfológicas do Piauí são desenvolvidas, normalmente, em uma 
escala bastante reduzida, o que gera uma generalização das formas de relevo da região. A 
dinâmica climática associada a estrutura geológica é responsável pela criação das formas 
de relevo que, constantemente, continuarão a evoluir em interação com os demais elementos 
naturais. Portanto o Piauí é reflexo de condições litológicas e de atuação tectônica no passado, 
o qual se submeteu toda a estrutura geológica do Nordeste.
A análise do relevo do Piauí deve ser feita com a identificação por compartimento regio-
nal, observando dentro de cada unidade morfoestrutural. Nessa forma, encontram-se essas 
bases geológicas por grandes unidades litoestruturais e sedimentos, distribuindo-se da se-
guinte forma:
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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As regiões de embasamento cristalino, no Piauí, são datadas da era Pré-cambriana e são 
à faixa do Escudo Nordestino, localizado ao sul e sudeste da bacia sedimentar do Maranhão-
-Piauí. Portanto, elas são a continuidade das depressões sertanejas regionais que ocorrem em 
todo leste nordestino. Já a bacia sedimentar do Maranhão-Piauí com a sua posição intracratô-
nica favoreceu deposição sedimentar que, de acordo com as transgressões e regressões ma-
rinhas, sofreu oscilações. O seu rebaixamento está ligado às perturbações da crosta a partir 
do Pré-cambriano.
O que é uma posição intracatônica? Têm contorno oval ou arredondado, se formam em con-
tinente devido o resfriamento de plumas. As regiões consideradas tectonicamente estáveis, 
os conhecidos crátons são onde se desenvolvem este tipo de bacia. Veja na imagem a seguir.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
Disponível em: <https://www.sobregeologia.com.br/2019/09/bacias-sedimentares-conceitos-basicos-e.
html>. Acesso em: 10 jun. 2021.
A partir da identificação das grandes unidades estruturais e de depósitos, podemos clas-
sificar em grandes conjuntos de formas de relevo. Esse conjunto foi designado como com-
partimentos regionais, por unidades estruturais, onde se individualizaram as formas locais de 
relevo. Dessa forma, os critérios para esta classificação são de ordem estrutural, topográfica 
e de evolução. Observe a tabela que representa os compartimentos regionais identificados no 
relevo do Piauí.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/308696661_RELEVO_PIAUIENSE _uma_pro posta_de_
classificacao. Acesso em: 10 jun. 2021.
3.1. dePressão PerIférIca
Essa forma de relevo é presente em áreas ao sudeste e sul do Piauí. Segundo Lima, seus 
limites são ao norte com a porção sul da cuesta da Ibiapaba, conhecida como Serra Grande; 
ao leste com a chapada do Araripe; ao oeste com os Chapadões do Alto-Médio Parnaíba; ao 
sudeste com a Serra Dois Irmãos e ao sul com a Serra da Tabatinga (Lima, 1987). Essa região 
abrange uma área de aproximada de 39.000 km², em torno de 15,6% da área do estado.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
3.2. entendendo uma cuesta
Disponível em: http://www.cuestaadventure.com.br/news/80-cuesta.html>. Acesso em: 10 jun. 2021.
Sua topografia é característica de uma área deprimida, com um nível de base aproxima-
do à 300 m de altitude, entre os bordos da bacia sedimentar e as Formações Cretáceas dos 
planaltos.
A sua drenagem é realizada com interrupções, reflexo das condições do clima com baixos 
índices de chuvas mal distribuídas, associados às condições de impermeabilidade da estrutu-
ra geológica que, consequentemente, vai gerar a não contribuição para o abastecimento inter-
no de seus rios no período das estiagens.
Os processos erosivos representados pelos “sertões” cristalinos da região Nordeste que 
surgiram no passado, iniciaram o fornecimento de sedimentos para a formação da bacia se-
dimentar. Esse processo acontecia ora com maior intensidade, ora com menor intensidade às 
atividades tectônicas, oscilações do nível do mar e variações climáticas continentais.
Os solos das regiões cristalinas do Piauí, apresentam pouco intemperizados, portanto, são 
pouco profundos, com algumas exceções. Ocorrem, também áreas com possibilidades de sa-
linização, notadamente na bacia do rio Piauí, e com coberturas de cascalhos e seixos, observa-
dos nas rampas pedimentares e nos antigos terraços fluviais.
Devido as condições climáticas de pouca pluviosidade e grande amplitude térmica, ocorre 
o predomínio de intemperismo físico sobre o químico, interferindo na cobertura vegetal natural 
rarefeita, representada pelas caatingas. Essa vegetação não consegue proteger, eficientemen-
te, as rochas e os solos contra os impactos causados pelas chuvas torrenciais, verificando-se 
a retirada de regolito e de solos pela erosão laminar, em relação ao aprofundamento dos solos.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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A erosão laminar ocorre através do escoamento superficial difuso da água da chuva. Quando 
o escoamento se concentra através de linhas de fluxo bem definidas, três tipos de feições line-
ares podem ser geradas: sulcos, ravinas e boçorocas.
Disponível Em: http://www.sigrh.sp.gov.br/public/uploads/documents/6997/Processos_ Erosivos_nas_E 
ncostas.html#:~:text=A%20eros%C3%A3º%20laminar%20ºcorre%20atrav%C3%A9s,%3A%20sulcos%2C%20
ravinas%20e%20bo%C3%A7ºrocas.&text=A%20erosividade%20%C3%A9%20a%20habilidade,eros%-
C3%A3º%20(Hudson%2C%201961)>. Acesso em: 10 jun. 2021.
Foram classificados nesse compartimento como as formas de relevo locais os inselbergs 
(morros residuais cristalinos realçados pela erosão diferencial), pedimentos no contato da ba-
cia com as depressões periféricas e, ainda, vales encaixados por rios mais ativos no passado.
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3.3. chaPadões do alto-médIo Parnaíba
Essa forma de relevo compreende extensos planaltos ao sul do Piauí, dentro da unidade 
estrutural da bacia sedimentar do Maranhão-Piauí. Começa com o contato em áreas de de-
pressões cristalinas, sendo representada pelos planaltos que são chamados popularmente 
como “Serras” do Bom Jesus do Gurguéia, Semitumba, Vermelha, Uruçuí e Grande. Ele se limite 
com o Tocantins, o Maranhão e uma pequena parte da Bahia, precisamente no contato com as 
Serras Semitumba e Tabatinga.
Topograficamente, os planaltos são superfícies tabularesde estrutura horizontal, que tem 
altitudes que decrescem de sul para norte, sendo identificado regiões com aproximadamente 
700 metros ao sul e de 300 metros ao norte. Abrange uma área de aproximadamente 106.000 
km², ou seja, 42% da área do Estado e 50% da porção piauiense da bacia sedimentar.
Podemos identificar nesse ambiente três feições geomorfológicas diferentes, sendo elas:
Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/308696661_RELEVO_PIAUIENSE_ uma_proposta_de_
classificacao. Acesso em: 10 jun. 2021.
São nessas formas de relevo que se encontram o limite entre os rios perenes e temporá-
rios, tanto da área que ocupa a bacia hidrográfica do Parnaíba como de toda a bacia sedimen-
tar do Maranhão – Piauí. Limitado pelo rio Gurgueia, todos os rios à sua esquerda são perenes, 
enquanto os de sua direita são temporários.
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3.4. Planalto orIental da bacIa sedImentar do maranhão PIau
Essa forma de relevo localiza-se na bacia sedimentar do Maranhão – Piauí, no contato 
oriental com o Ceará. Tem uma área de aproximadamente 43.000 km², ou seja, 17,2% da área 
total do estado e 20,6% da porção piauiense da bacia sedimentar.
Topograficamente, essa área representa uma estrutura de cuesta. As variações altimétri-
cas são entre 900 metros nos pontos mais altos e um nível de base local em torno de 200 me-
tros. Formando assim, uma grande linha de cuesta, cujo front está voltado para as depressões 
sertanejas cearenses e o reverso para o Piauí.
Segundo Lima, apresenta-se mais uniforme ao norte, onde é denominada genericamente 
de “Serra da Ibiapaba” e ao sul, a partir do canyon ou boqueirão do rio Poti, é conhecida por 
“Serra Grande” (Lima, 1987). Interrompe-se nos limites físicos do sudeste piauiense, onde é 
encontra-se na Chapada do Araripe (Ceará/Pernambuco) que, em terras piauienses, faz-se re-
presentar por uma estreita faixa de sedimentos. A sudeste limita-se com as depressões perifé-
ricas e a oeste com os Baixos Planaltos do Médio-Baixo Parnaíba.
A composição do solo é formada, predominantemente, por arenitos e folhelhos, que fazem 
parte da composição das Formações Serra Grande, Pimenteiras e Cabeças. Na área constituí-
da pela Formação Serra Grande é a que se apresenta menos expressões de erosão areolar em 
relação às demais formações.
Nessa região há presença de grandes falhamentos regionais que deslocaram grandes 
quantidades de sedimentos. As principais falhas são conhecidas como Urbano Santos/Oeiras 
(ou falha do rio Canindé), a de Guaraciaba (ou de Jaibara/Porto Nacional), e a de Curimatá.
As formas de relevo estão representadas pelos reversos de cuestas, depressões e vales 
encaixados – destacando-se o canyon ou boqueirão do Poti. Importante destacar uma outra 
forma geomorfológica: a do tipo ruiniforme. Ela ocorre nos municípios de Castelo do Piauí/São 
Miguel do Tapuio e Picos, por exemplo, e representa afeição residual que se forma a partir do 
desgaste provocado pela erosão pluvial e/ou eólica.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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3.5. relevo ruInIforme
Disponível em: http://sigep.cprm.gov.br/sitio029/sitio029.pdf. Acesso em: 10 jun. 2021.
A área do reverso da cuesta em terras piauienses apresenta baixa umidade em relação à 
porção do estado do Ceará, em função da predominância das chuvas de relevo, atingindo so-
mente o seu front e reverso imediato (maiores altitudes do planalto).
3.6. baIxos Planaltos do médIo – baIxo Parnaíba
Essa forma de relevo tem início com as Formações Serra Grande e Pimenteiras ao norte do 
Estado. A noroeste corresponde à planície fluvial do Parnaíba, a leste limita-se com o Planalto 
Oriental da Bacia Sedimentar e, ao sul, com os Chapadões do Alto-Médio Parnaíba. Compreen-
de uma área de 61.000 km², em torno de 24,4% do total do Estado e 29,2% da bacia sedimentar 
na área piauiense.
Segundo Lima, sua litologia é constituída predominantemente pelos:
sedimentos Devonianos (arenitos e folhelhos) da Formação Longá; arenitos intercalados com folhe-
lhos datados do Carbonífero (Formação Piauí); arenitos, folhelhos, siltitos e calcários, das Forma-
ções Pedra de Fogo e Itapecuru, do Permiano ao Cretáceo; e uma mancha de sedimentos Terciários 
da Formação Barreiras, formando topo entre os rios Longá\Parnaíba. Destacam-se afloramentos de 
sill e diques Cretáceos de basaltos (alguns autores denomina-os como diabásio), na área sul desse 
compartimento, mapeados pelo RADAM (1973), como Formação Orozimbo, ocorrendo nos municí-
pios de Água Branca, São Pedro e adjacências, em maior expressão espacial. Em direção ao sul, nos 
municípios de Amarante, Floriano e Valença, esses afloramentos se tomam mais esparsos, como se 
pode observar em campo, não se conhecendo ainda os mapeamentos detalhados dessas manchas 
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de rochas básicas. Nas áreas desses afloramentos observa-se maior ocupação agrícola, pois esses 
solos minerais escuros desenvolvidos nessas rochas básicas, pela sua fertilidade natural, adquirem 
maior valor para utilização agrícola, sendo considerados como os melhores de todo o Estado.
LIMA, Iracilde Maria de Moura Fé. Relevo Piauiense: uma proposta de classificação. UFPI, 1987, p.21.
Essas formas de relevo podem ser denominadas como agrupamentos de mesas, os pla-
naltos rebaixados, os morros testemunhas tipo mesa e morrotes, as áreas deprimidas de acu-
mulação inundáveis e as planícies flúvio-lacustres dos rios Parnaíba e Longá. Os planaltos 
rebaixados podem ser chamados popularmente como Serra Grande, Serra do Grajaú, Serra da 
Lagoa Funda, Chapada Grande, Serra de São Pedro e Serra do Tabuleiro, entre outras.
Os rios nessas regiões apresentam um fluxo intenso, inundando periodicamente áreas nos 
cursos baixos onde têm seus fluxos represados pelo rio Parnaíba, em períodos de “cheias”. 
Representam a parte hídrica dessa área, os baixos cursos dos rios Canindé e Poti, de direção 
sudeste/noroeste, pequeno trecho (próximo à foz) do rio Itaueira, quase a totalidade da bacia 
do Longá e os trechos médio e baixo do rio Parnaíba (margem direita), que apresentam direção 
sul/norte.
3.7. tabuleIros Pré-lItorâneos
Essa forma de relevo está localizada ao norte do Piauí, fazendo limite com a planície cos-
teira ao norte, o rio Parnaíba a oeste, a bacia sedimentar ao sul e os afloramentos cristalinos a 
leste. As áreas com maiores altitudes atingem 60 metros. A sua abrangência é de aproximada-
mente 1.700 km², ou seja, 0,7% do total do Piauí.
Os sedimentos que se acumulam no litoral brasileiro são denominados de Série Barreiras. 
Esta série representa uma área de sedimentos de origem continental, que tem uma variação 
de seixos a argila. Ela recobre uma faixa de 50-30 km de largura entrea bacia sedimentar e o 
litoral como um glacis de acumulação, designado como tabuleiros em todo Norte e Nordeste 
do Brasil.
3.8. PlanícIe costeIra
Corresponde a uma faixa litorânea com pouca extensão e está localizada entre a baía das 
Canárias (foz do Parnaíba, limite com o Maranhão) e a barra do Timonha (limite com o Ceará). 
A faixa paralela à costa é composta pelo delta do Parnaíba, por dunas móveis e planícies, que 
resultam do trabalho combinado dos agentes marinho, eólico e fluvial.
As formações praiais entre o delta do Parnaíba e a Ponta de Anel na área de dunas móveis 
e restingas, apresenta-se alagada onde se encontram alguns mangues de pequena expressão. 
Também precisamos destacar os recifes areníticos de Itaqui, junto à praia do Coqueiro, que 
aparecem devido à baixa da maré.
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3.9. consIderações fInaIs
Podemos concluir que o relevo piauiense pode ser assim descrito como uma formação 
de rochas cristalinas do Pré-cambriano, correspondendo a aproximadamente 39.000 Km², ou 
seja, 15% da área piauiense e uma grande área da bacia do Maranhão-Piauí, formada por ro-
chas sedimentares que representam cerca de 209.000 Km², ou seja, 35% da bacia sedimentar 
e 83,5% da área piauiense.
O relevo do Piauí tem duas formações em destaque. A maior parte do território, nas regiões 
Sul, Sudeste, Sudoeste e Leste piauiense, apresentam as elevações de planaltos e chapadas, 
denominadas como Planalto da Bacia do Parnaíba. Já na porção norte do estado, predomina-
-se a Planície Costeira.
A topografia do Piauí é regular, apresentando 92% da sua extensão territorial com altitude 
inferior a 600 metros.
4. hIdrografIa
Inicialmente, é importante lembrar que o conhecimento e a conservação sobre a água, 
tornaram-se fundamentais para a sociedade, aliás ela é vital para a manutenção dos ecossis-
temas. Além de ser um bem indispensável para a humanidade, ela se constitui por ser um im-
portante suporte aos aspectos socioeconômicos. Infelizmente, o atual período histórico tem 
caracterizado por escassez, desperdício e redução da qualidade das águas principalmente em 
decorrência de seus usos de forma inadequada.
Atualmente, os recursos hídricos tornam-se limitantes ao desenvolvimento socioeconômi-
co não somente em relação à quantidade disponível, mas também pela sua qualidade. Aliás, 
nem toda a água presente na Terra está disponível para o consumo direto, uma vez que aproxi-
madamente 97,5% do seu volume é de águas salgadas, presentes nos oceanos e mares, e que 
apenas cerca de 2,5% são de água doce, encontrada nos lençóis subterrâneos, nos rios e lagos, 
na atmosfera e nas geleiras das altas montanhas e das regiões polares.
No Brasil, encontra-se uma grande quantidade de água doce que representam um volume 
aproximado de 12% do total mundial. O nosso país é destaque pela grande descarga de água 
doce de seus rios, que é estimada em cerca de 53% da água doce do continente Sul- Americano.
O estado de Piauí, geograficamente, está localizado numa faixa de transição entre as ca-
racterísticas climáticas da zona úmida da Amazônia e a semiaridez do Nordeste Oriental, ocor-
rendo, consequentemente, variações na ocorrência e na circulação das águas em seu território.
No território piauiense a ocorrência e a circulação das águas doces no meio ambiente es-
tão ligadas ao volume de águas subterrâneas, à presença de lagoas naturais, açudes e lagos 
de barragens geralmente construídos em vales fluviais. O sistema de redes fluviais em sua 
maior parte é interligado com o rio Parnaíba e, em pequena expressão espacial, por um conjun-
to de pequenos rios litorâneos.
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A quantidade de águas subterrâneas existente no estado é considerada grande, por estar 
localizado na Bacia Sedimentar do Parnaíba em mais de dois terços de sua área. Ela é supera-
da, no espaço brasileiro, apenas pela Bacia Sedimentar do Paraná e pela Bacia Sedimentar do 
Amazonas. No Estado do Piauí, o aquífero Poti-Piauí que está na bacia Sedimentar do Parnaí-
ba, detém a maior reserva explorável: 130 m3/s.
Disponível em: http://files.iracildefelima.webnode.com/200000130-6d7826e7ca/Cap.%203_livro%20Hid rogra-
fia%20do%20Piau%C3%AD.pdf. Acesso em: 13 jun. 2021.
Estudos recentes divulgados pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos (PIAUI/SEMAR, 
2010), sobre à disponibilidade das reservas de águas subterrâneas do Estado do Piauí, apre-
senta que poderá ser utilizado um volume de até 10 bilhões de m³/ano sem que comprometa 
ou rebaixe as águas dos aquíferos, num prazo de 50 anos seguidos.
O número de lagoas existentes no Piauí, localizadas desde o sul ao norte do estado, é 
considerado grande, sendo que algumas apresentam um armazenamento de água a partir de 
20.000 m³ de água e várias outras menores, com tamanhos variados.
Quando nos referimos a barragens construídas nos vales fluviais, identifica-se no Piauí 
vários reservatórios com capacidade para armazenamento de milhões de metros cúbicos de 
água. Destacando os que apresentam médio e grande porte, ou seja, que têm capacidade de 
armazenamento acima de 10.000.000 m3, foi contabilizado um total de 25 barragens, sendo a 
maior delas o da Boa Esperança, que barra o rio Parnaíba. Seu principal objetivo é a geração de 
energia elétrica e sua capacidade de armazenamento de água é estimada em 5.000.000.000 
m3, sendo quatro os municípios piauienses beneficiados por serem banhados por ela formado: 
Guadalupe, Porto Alegre do Piauí, Antônio Almeida e Uruçuí.
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Disponível em: http://files.iracildefelima.webnode.com/200000130-6d7826e7ca/Cap.%203_livro% 20Hidrogra-
fia%20do%20Piau%C3%AD.pdf. Acesso em: 13 jun. 2021.
4.1. bacIa hIdrográfIca do rIo Parnaíba
A Bacia Hidrográfica do rio Parnaíba é uma das 12 Regiões Hidrográficas do Brasil, segun-
do o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (Resolução n. 32, de 2003). Os estudos sobre 
essa bacia apresentam vários valores para a sua área, sendo que para o Piauí o valor aproxi-
mado é de 249.497 Km².
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fia%20do%20Piau%C3%AD.pdf. Acesso em: 13 jun. 2021.
Observar as áreas de abrangência dessa baciahidrográfica apresenta sua importância em 
possibilitar a identificação das águas que vão abastecer a maioria dos rios que compõem os 
sistemas de drenagem do espaço piauiense e todo o sistema hidrográfico do rio Parnaíba.
O Parnaíba é o maior rio perene da região nordeste do Brasil, tendo seu curso totalmente na 
região Nordeste. Sua extensão é de aproximadamente 1.450 Km, considerando suas nascen-
tes principais até a foz, no Oceano Atlântico, onde forma um grande delta em mar aberto. Em 
todo o seu curso Sul-Norte, forma-se o limite territorial com o estado do Maranhão, tornando-
-se, assim, um rio federal para efeito de gestão de suas águas.
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fia%20do%20Piau%C3%AD.pdf. Acesso em: 13 jun. 2021.
Durante o século XVI, esse rio recebia os nomes de Rio Grande dos Tapuios e Rio das Gar-
ças, porém o nome Parnaíba é atribuído ao bandeirante Domingos Jorge Velho, quando esteve 
na região no século XIX, supostamente em homenagem à sua cidade natal.
Esse rio é considerado historicamente importante para os piauienses, estando presentes 
nos símbolos oficiais do Estado do Piauí, como o hino e o brasão, no surgimento de muitas 
cidades e atividades ribeirinhas e na navegação por suas águas. Ao longo da história, esse rio 
foi um eixo do processo de colonização do Piauí e, também, integração comercial.
No estado do Piauí, os principais rios que compõem o sistema de drenagem da bacia hidro-
gráfica do rio Parnaíba são considerados como sistemas hidrográficos sub-regionais, devido a 
sua abrangência espacial e complexidade ambiental que caracterizam suas bacias hidrográfi-
cas. Na imagem a seguir são classificadas as sub-bacias hidrográficas do rio Parnaíba.
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fia%20do%20Piau%C3%AD.pdf. Acesso em: 13 jun. 2021.
Os rios são classificam seus trechos em alto, médio e baixo cursos, reconhecido de acordo 
com sua dinâmica. São observados indicadores como gradiente do leito, rupturas, quantidade 
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dos sedimentos transportados, entre outras que podem identificar o tipo de dinâmica fluvial 
que caracteriza cada trecho do rio. A classificação do rio Parnaíba ocorre da seguinte forma:
A vazão do rio Parnaíba recebe influência de fatores naturais que o torna perenes. Pode-
mos destacar localização de seu vale na faixa de alto regime pluviométrico, apresentando 
médias anuais em torno de 1.200 a 1.400 mm; o abastecimento por afluentes perenes em 
seu alto curso; em partes do trecho do médio e do baixo cursos o seu canal corta as rochas 
sedimentares, formando um dos maiores aquíferos regionais da bacia do Parnaíba. Mas, nos 
trechos do médio e do baixo cursos alguns de seus afluentes da margem piauiense apresenta 
regime temporário, principalmente porque têm suas nascentes e/ou a área do seu alto curso 
na faixa de clima semiárido e, ainda, porque parte de sua área se encontra na estrutura do em-
basamento geológico cristalino.
Podemos descrever um perfil geral das sub-bacias do Estado do Piauí, tendo como afluen-
tes do rio Parnaíba.
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grafia%20do%20Piau%C3%AD.pdf. Acesso em: 13 jun. 2021.
O rio Parnaíba apresenta uma grande variação no seu volume de água em seus diferentes 
trechos como em relação aos meses do ano mais chuvosos e mais secos.
As principais nascentes do rio Parnaíba estão na faixa próxima à linha da divisa territo-
rial dos estados do Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia, na Chapada das Mangabeiras. Essa 
Chapada é importante como uma área de recarga hídrica, não somente para o rio Parnaíba, 
também para os rios Tocantins e São Francisco, pois ela representa o divisor de águas dessas 
bacias hidrográficas, além de representar a divisa desses Estados.
Em sua nascente o rio recebe o nome de Riacho Água Quente, sendo chamado de Rio Par-
naíba a partir da foz do seu afluente denominado Riacho Curriola. Este riacho foi definido como 
o principal formador do rio Parnaíba, ao invés do riacho Curriola (ou Surubim). As característi-
cas do riacho Curriola são semelhantes ao riacho Água Quente. Somente a partir do encontro 
dos dois rios é que se forma o Rio Parnaíba. A bacia conjunta desses dois riachos é chamada 
de área das nascentes principais do rio Parnaíba.
Nessa região encontra-se a Chapada das Mangabeiras, com altitudes de 780 m. Em estu-
dos foi observado que nas estruturas dessas escarpas, formam-se muitas veredas, entre elas 
os três olhos d’água que dão início a formação do riacho Água Quente.
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fia%20do%20Piau%C3%AD.pdf. Acesso em: 13 jun. 2021.
Para preservar o patrimônio ambiental e seus recursos naturais, foi criado nesta área de 
nascentes em 2002 o Parque Nacional das Nascentes do rio Parnaíba, envolvendo vários mu-
nicípios dos Estados do Piauí, Maranhão e Tocantins, com uma área de 724.324,61 hectares 
(MMA/ICMBIO, 2011).
A foz do rio Parnaíba corresponde a um delta em mar aberto, através da formação de 
cinco largos canais. Esses canais formam quatro grandes ilhas: Grande de santa Isabel, das 
Canárias, do Caju e Grande do Paulino. Esses canais apresentam sedimentos arenoargilosos, 
mangues e dunas, surgindo cerca de 70 ilhas, através da interação entre o rio Parnaíba e o mar.
A área do delta é de aproximadamente de 2.700 km², A maior parte está localizada no Ma-
ranhão e apenas 35% na região do Piauí, formando pequenas ilhas e a Ilha Grande de SantaIsabel. Esta ilha está entre o canal principal do rio Parnaíba e o canal secundário do rio Igaraçu, 
enquanto do lado maranhense encontram-se as outras ilhas formadas entre esse canal princi-
pal e o rio Santa Rosa.
Os canais do rio Parnaíba que formam este delta no espaço piauiense e os rios que têm 
suas bacias hidrográficas nessa área litorânea e, também, desembocam no Oceano Atlânti-
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co, fazem parte dos sistemas fluviais dessa região do estado e são classificados como “rios 
litorâneos”.
Preocupado com a preservação do Delta, foi criada no litoral a Área de Proteção Ambiental 
Delta do Parnaíba (APA), pelo Decreto Federal de 28 de agosto de 1996, que englobam municí-
pios maranhenses, piauienses e cearenses. Os municípios piauienses que fazem parte dessa 
APA são os de Parnaíba, Luíz Correia, Ilha Grande de Santa Isabel e Cajueiro da Praia.
4.2. as bacIas dIfusas lItorâneas do PIauí
Os rios mais extensos que têm suas bacias na faixa litorânea piauiense e suas desemboca-
duras diretamente no Oceano Atlântico são o Portinho, o São Miguel, o Cardoso, o Camurupim 
e o Ubatuba.
O divisor de águas desses rios litorâneos faz limite com a bacia hidrográfica do rio Parnaíba 
nos topos do relevo da margem direita do Rio Piranji. Esse divisor de direção geral leste-oeste, 
permanece para o norte continuando a criar o limite entre a bacia do rio Portinho e os riachos 
que desaguam diretamente no rio Parnaíba, no trecho de jusante da foz do Piranji até a foz do 
rio Portinho, área considerada como final do Baixo Parnaíba (LIMA, 2017).
5. clIma
O Piauí está situado entre as sub-regiões meio norte e o sertão, que apresentam respec-
tivamente os climas úmidos e semiárido. Também ocorrem na região variações altimétricas 
diferenciadas como as altas chapadas do sul-sudoeste, sendo que a altitude é aproximada-
mente de 600 metros e vai diminuindo conforme se aproxima do Norte até chegar ao mínimo 
no litoral.
Nesse percurso encontram-se chapadas tubulares, com vertentes íngremes, vales interpla-
nálticos e superfícies de erosão. São 2.650 km de rios perenes, 68 lagoas perenes e 54 açudes 
de médio e grande porte e 50 açudes pequenos, além do lago de Boa Esperança que tem como 
principal objetivo à geração de energia. Candidato(a), todas essas características são fatores 
importantes para influenciar no clima do estado.
Os elementos climáticos que favorecem as precipitações no Piauí são complexos e man-
tém relação com vários sistemas de circulação atmosférica, agindo separadamente nas dife-
rentes regiões do estado. A esses fatores que dependem diretamente da circulação atmosféri-
ca geral se relacionam outros, como a proximidade do mar.
No sul do estado, o principal fenômeno que causa as chuvas são as entradas de frentes 
frias, formação das linhas de instabilidade auxiliada pelos Vórtices Ciclônicos do Atlântico Sul 
(VCAS), Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), Linha de Instabilidade (LI) e os ventos 
alísios provenientes do Sudeste.
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Na região norte o elemento principal que provoca as chuvas é a Zona de Convergência In-
tertropical (ZCIT), as brisas marítimas e terrestres, os ventos alísios de nordeste e os vórtices 
ciclônicos de altos níveis. Na região central as chuvas são ocasionadas pelas junções dos 
sistemas atuantes nas regiões sul e norte.
FONTE: MEDEIROS, R. M. CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE KÖPPEN PARA O ESTADO DO PIAUÍ – BRASIL. 
Revista de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Piauí., Vol.09, N.3, p.85.
Querido(a) aluno(a), é importante lembrar que alguns fatores climáticos são fundamentais 
para o clima do Piauí, como por exemplo, a radiação solar, a latitude e a altitude. A radiação 
solar é a fonte de energia mais importante para todos os tipos de climas, a latitude é decisiva, 
pois ela determina as características dos elementos climáticos do Piauí, tendo em vista a sua 
posição latitudinal. E a altitude é importante devido ao seu papel no comportamento da pres-
são, dos ventos e de sua temperatura ambiente.
Entre os fatores climáticos locais, destacam-se os naturais e os antrópicos. Os naturais, 
são importantes os seguintes: a vegetação, no controle da umidade do ar, da irradiação solar e 
das temperaturas do ar próximas à superfície. Outros fatores locais importantes são os rios e 
lagos, fator relevante na produção de conforto ambiental. A topografia, também deve ser con-
siderada como um fator climático local, pois interfere diretamente no padrão da temperatura 
do ar produzindo microclimas.
Os fatores antrópicos são aqueles que estão diretamente interligados com a ação humana. 
Podemos citar como exemplos dessas ações, o volume edificado, o traçado urbano e a imper-
meabilidade do solo. Porém, as influências de cada um desses fatores ocorrem a partir de sua 
interação com os elementos climáticos, típicos de cada espaço a ser considerado. Cada ação 
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antrópica, em um tempo e em um espaço específico, possibilita a ocorrência de uma nova re-
alidade microclimática.
Portanto, podemos concluir que as regiões do oeste e sudoeste do Piauí estão sob influ-
ência do clima Tropical (quente e úmido). As temperaturas nessas regiões variam entre 18ºC 
e 30ºC. O índice pluviométrico anual tem uma variação entre 1000 mm e 1800 mm. Esse tipo 
climático apresenta duas estações bem definidas: uma chuvosa que ocorre entre os meses de 
dezembro e maio e a seca que acontece entre junho e novembro.
Nas regiões leste e sudeste do Piauí encontra-se a maior parte dos municípios, aproxima-
damente 62% do estado, e tem como clima característico o semiárido. As precipitações variam 
de 500 a 800 mm, chovendo menos que o restante do território piauiense. As chuvas são irregu-
lares durante o ano, ocorrendo longos períodos de estiagem e altas temperaturas, que variam 
de 23ºC a 40ºC. As chuvas ocorrem durante o verão, entre os meses de dezembro e março.
FONTE: Mapa de precipitação do Piauí. Fonte: EMBRAPA (2004)
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Infelizmente, o Piauí registrou um aumento nas áreas secas de 79,29% para 92,11%, entre 
agosto e setembro de 2020. O percentual foi o maior desde novembro de 2014 (99,94%) e dei-
xou o estado com a maior áreacom seca grave do Nordeste, 7,19%. Ocorreu uma expansão da 
classificação seca fraca para o norte do estado e sua intensificação no extremo sul, onde pas-
sou à categoria de seca moderada. Os impactos continuam de curto e longo prazo no centro e 
sul e apenas de curto prazo nas demais áreas.
6. vegetação do PIauí
Por apresentar uma variedade climática, as formações vegetais do Piauí sofrem a influ-
ência dos domínios da Amazônia, do Planalto Central e do Nordeste. Dessa forma, a região é 
caracterizada por uma diversidade de ecossistemas, já que é uma zona de transição entre a 
floresta amazônica, os cerrados e o semiárido.
As formações vegetais do Piauí que se destacam são os Cerrado, Caatinga, Mata dos Co-
cais e Vegetação Litorânea (manguezais). As áreas dos cerrados são encontradas geografica-
mente em vários pontos do Piauí, porém a sua maior ocorrência é na região sudoeste e parte 
do sul piauiense, ampliando-se através de várias manchas na área de transição, nas regiões 
centro-leste e norte do Estado.
A caatinga compõe 28,4% da vegetação do Piauí e se encontra em 63 municípios piauien-
ses. Sua vegetação apresenta adaptações ao ambiente seco do Sertão Nordestino, com folhas 
grossas e pequenas e presença de espinhos em sua estrutura, que tem o objetivo de evitar 
a perda de água pela transpiração. No bioma encontra-se a presença de cactos, bromélias, 
arbustos e árvores de pequeno porte. Atualmente, a Caatinga é considerada um Patrimônio 
Nacional brasileiro.
A vegetação de Caatinga, típicas do semiárido nordestino, ocorrem a leste, no centro norte 
e no sudeste do Estado. Ela pode ser classificada como caatinga arbórea, arbustiva/arbórea ou 
arbustiva. Nas regiões de transição há contato do cerrado com a caatinga, mata seca decídua, 
mata estacional subdecídua, mata de babaçu e carnaúba.
Os manguezais e a vegetação litorânea estão presentes no litoral piauiense e são as for-
mações vegetais em menor número no estado. Essa baixa abundância dessas vegetações é 
explicada pela pequena extensão do litoral piauiense. Essas vegetações se desenvolvem em 
solos salinos, em ambientes inundados e com baixa quantidade de oxigênio. São adaptadas a 
esse tipo pedológico, e inclui raízes áreas, crescimento rápido das copas das árvores e espé-
cies retentoras de água.
Outro domínio existente na região é o do cerrado. Encontra-se nas regiões Sul e Norte do 
Estado, tem uma formação vegetal caracterizada pela presença de árvores de médio e peque-
no porte, que em geral, possuem troncos retorcidos e cascas grossas. Nas áreas próximas a 
rios, a vegetação se altera, apresentando árvores de grande porte e com folhas mais verdes. 
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Porém, a área vem passando por uma grande degradação ambiental, consequência da expan-
são agrícola, como por exemplo a região do MATOPIBA.
A mata dos Cocais está localizada na região Noroeste do Estado, próxima à divisa com o 
Maranhão, ela é considerada uma mata de transição entre a Floresta Amazônica e a Caatinga. 
Nela encontra-se palmeiras e árvores estacionais, com predomínio de carnaúba e babaçu, sen-
do essenciais para o sustento da população local.
Disponível em: https://www.preparatoriopodium.com.br/portal/wp-content/uploads/2020/04/SLIDES-HUDSON.
pdf. Acesso em: 15 jun. 2021.
7. recursos naturaIs
De uma maneira geral o Estado do Piauí é formado por duas regiões geológicas bem dife-
rentes. A primeira, encontra-se em menos de 20% do território do Piauí, é formada por um con-
junto de rochas ígneas e metamórficas. Vários tipos de rochas são encontradas nessa região, 
especialmente formados por rochas cristalinas como granitos, granito-gnaisses, migmatitos, 
xistos, quartzitos, mármores e calcários, filitos e ardósias.
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A segunda região é representada, em sua quase totalidade, pela grande Bacia Sedimentar 
do Piauí-Maranhão e pela pequena parte da borda ocidental da Chapada do Araripe e faixa 
marginal atlântica de rochas Tércio-Quaternárias.
Muitos jazimentos minerais, alguns já em fase de exploração, comprovam a sua potencia-
lidade, como as seguintes:
Jazidas de calcário dolomítico, encontradas em José de Freitas, Barro Duro, Antônio Almeida, Porto 
Alegre do Piauí e Santa Filomena;
Jazidas de argilas especiais, exploradas nos Municípios de Jaicós, Campo Grande do Piauí, São 
José do Piauí, Oeiras e Colônia do Piauí;
Jazidas de siltito e folhelhos (comercialmente conhecidos, respectivamente, como quartzito e ar-
dósia), para pisos e revestimento ornamental nos Municípios de Juazeiro do Piauí, Castelo do Piauí, 
Campo Maior, Piripiri, Pedro II e Piracuruca
Jazidas de opalas para adorno e artesanato, em Pedro II e Buriti dos Montes; jazidas de diamantes, 
encontradas nos garimpos de Gilbués e Monte Alegre do Piauí;
Jazidas de calcário, em Parnaíba e Buriti dos Lopes;
Jazida expressiva de Minerais Pesados, em Luís Correia; 
Jazidas de argilas para cerâmica vermelha, que fornecem as matérias-primas para as diversas cerâ-
micas em Teresina, Parnaíba, Altos, Valença do Piauí, Picos, Jaicós, Oeiras, Floriano, Canto do Buriti, 
Bom Jesus, Corrente, Campo Maior e muitos outros municípios piauienses;
Materiais de construção como areias, seixos, pedra para fundação, brita, etc., encontrados e explo-
rados principalmente no entorno das grandes cidades como Teresina, Parnaíba, Picos, Floriano e 
outras; jazidas de caulim, nos Municípios de Luzilândia e Palmerais.
Disponível em: http://www.cepro.pi.gov.br/download/200804/CEPRO16_6695f7c23c.pdf. Acesso 
em: 13 jun. 2021.
Mas, as mais importantes jazidas desta região, como também de todo o Piauí, são as re-
servas de água mineral, água potável de mesa e de água subterrânea.
No Piauí, a geologia apresenta um grande potencial mineral, em que se encontram minerais 
metálicas e não metálicas, ferrosas e não ferrosas, além de minerais gemológicos, todos de 
grande aplicação industrial. Também apresenta um imenso potencial de água subterrânea que 
pode e deve ser utilizado de forma sustentável no processo de desenvolvimento econômico e 
social do Estado do Piauí.
Entre as décadas de 1960 e começo da década de 1970, o Piauí não realizava grandes 
atividades mineralógicas em seu território, tal era o desconhecimento do seu subsolo. Tanto 
que até 1974/1975 as únicas substâncias minerais exploradas no Estado eram água mineral, 
argila, diamante e opala, e ainda assim com produções oficiais insignificantes.
Nos anos seguintes até os dias atuais, com a participação do governo, outras jazidas mi-
nerais vieram a ser exploradas, tornando o estado do Piauí com diversas minas em atividade.
Mármore: diversas jazidas de mármore estão localizadas na parte leste do Piauí, nas regi-
ões de Pio IX e Fronteiras. Estudos concluíram pela existência de reservas economicamente 
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exploráveis e comprovaram sua excelente qualidade. Porém, devido a diversos problemas, a 
produção dessas minas foi insignificante nos últimos anos.
Calcário: quando destinado para uso de insumo agrícola, para corrigir a acidez dos solos, é 
objeto de uma classificação que tem por base a porcentagem de óxidos de cálcio e magnésio 
contidos na rocha total. O primeiro moinho de calcário para fins agrícolas no Piauí foi instala-
do em 1975, no município José de Freitas. Em função da grande demanda, criaram mais dois 
moinhos nos Municípios de Demerval Lobão e São Raimundo Nonato. Porém, na segunda me-
tade da década de 1980 e durante a década de 1990, esses novos moinhos de calcário foram 
desativados e, nos dois últimos anos, o terceiro foi desativado no ano de 2004. Atualmente, 
as explorações de calcário para agricultura se processam nos Municípios de Antônio Almeida, 
Santa Filomena, Porto Alegre do Piauí, José de Freitas e Curimatá.
7.1. bens mIneraIs Para construção cIvIl
Areia: devido a sua grande utilidade, por ter um preço relativamente baixo e por ter em gran-
de abundância é a matéria-prima de maior consumo mundial na construção civil. São larga-
mente usadas junto ao concreto, argamassa e pavimentação. Tem inúmeras outras aplicações 
industriais, destacando-se a fabricação de vidros, cerâmica e cimento. Ocorrem ao longo dos 
principais cursos d’água, sendo os mais importantes aqueles situados nos terraços marginais, 
planícies aluviais e leitos dos rios Poti e Parnaíba.
Seixos: normalmente ocorrem nas rochas da Formação Pedra de Fogo, na forma de de-
pósitos tabulares, principalmente nos interflúvios entre os rios Poti e Parnaíba. As jazidas da 
Grande Teresina foram estimadas em 12.515.000 m³.
Brita: destacam-se no estado do Piauí as minas localizadas nos Municípios de Buriti dos 
Lopes, Lagoa do Piauí, Teresina, Monsenhor Gil, Floriano e Picos. A produção do estado girou, 
aproximadamente, no valor de 600.000 m³ entre os anos de 2001 a 2003, movimentando por 
volta de R$15 milhões/ano.
Argilas Plásticas e Refratárias: são conhecidas no Piauí, desde 1958, com jazida localiza-
das no Povoado Buriti do Rei, Município de Oeiras. Atualmente, está jazida encontra-se inexplo-
rável. O Município de Campo Grande vem explorando regularmente a argila ali existente para a 
fabricação de isoladores elétricos e produtos cerâmicos nobres.
Atapulgita: segundo estudo do CEPRO/PI:
Atapulgita é um mineral encontrado em determinado grupo de argilas na proporção de 70% a 80% 
e, por isso mesmo, empresta-lhe o nome. Trata-se de um silicato hidratado alumino-magnesiano, 
com uma estrutura peculiar que lhe confere propriedades especiais coloidais e sorcivas. É o mem-
bro principal de um Grupo de Argilas clarificantes, conhecido como “terra fuller”. Alguns represen-
tantes deste mineral apresentam-se fibrosos, com aspecto de papel ou mesmo couro, em função 
do entrelaçamento de suas fibras, enquanto outros se mostram compactos ou criptocristalinos. A 
atapulgita é um mineral relativamente raro. No Brasil são relatadas ocorrências em Minas Gerais, 
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em São Paulo, no Maranhão e no Piauí. As atapulgitas encontradas no Piauí situam-se no Município 
de Guadalupe e são conhecidas desde o início da década de 80, quando foram realizadas algumas 
análises sobre essas argilas, confirmando as suspeitas originais.
Disponível em: http://www.cepro.pi.gov.br/download/200804/CEPRO16_6695f7c23c.pdf. Acesso em: 13 jun. 
2021.
Água mineral: é a água que possui em sua composição sais minerais desenvolvidos e que 
são saudáveis. Apresentam propriedades terapêuticas e são consideradas seguras por não 
conterem germes patogênicos. A facilidade em encontrar água em grande parte do território 
do Piauí, fez com que proliferassem pequenos perfuradores, de forma despreparada tecnica-
mente, que perfuram poços desordenadamente na região. São necessárias ter medidas de 
controle, com o objetivo de diminuir o aumento destes “poços” clandestinos. Porém, o cadas-
tramento exigido pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais – SEMAR – nem sem-
pre é obedecido, tendo em vista que a fiscalização não é feita como deveria.
Vermiculita: as jazidas localizam-se no sudeste do Estado, no Município de Queimada 
Nova, próximas ao limite com Pernambuco. É um mineral do grupo das micas, utilizada como 
insumo agrícola, devido a sua propriedade de retenção de água e, também na construção civil, 
pelas suas características de expansão e de não ser inflamável.
Fosfato: a jazida no Piauí encontra-se no extremo Sul do estado, na região de Caracol, no 
limite com a Bahia, onde também ocorrem outras concentrações elevadas dessa substância 
mineral. Nessa região as reservas são consideradas de pequeno porte, pois foram detectadas 
apenas 1,5 milhão de toneladas, aproximadamente.
Quartzito/Ardósia: são encontrados em Juazeiro do Piauí, Castelo do Piauí, Piripiri e Pedro 
II e já são utilizados desde 1950. A comercialização da produção com o exterior tornou-se uma 
grande atividade, com bons resultados para o estado municípios.
Porém, não só de recursos minerais metálicos e não metálicos vive o Piauí. Há anos são 
realizadas pesquisas para a exploração de gás natural na Bacia do Parnaíba. Recentemente, 
os planos da Parnaíba Gás Natural para os anos seguintes estão se tornando realidade com 
a conclusão do sistema de exploração de 8,5 milhões de metros cúbicos de gás natural e a 
criação de um gasoduto de 70 quilômetros no estado do Maranhão, por parte de um consórcio 
liderado pela Fluor Corporation.
A empresa anunciou o fim dos serviços e disse que os trabalhos colocam o campo de Ga-
vião Branco em condições de operar comercialmente, além de permitir que o Gavião Branco 
Sudeste ainda opere no primeiro trimestre deste ano e os campos de Gavião Caboclo e Gavião 
Branco Norte no futuro. As atividades realizadas pela Parnaíba Gás Natural são consideradas 
peças importantes para o desenvolvimento futuro da bacia da Parnaíba.
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8. Problemas ambIentaIs no PIauí
As preocupações com a destruição do meio ambiente tornaram urgente a compreensão 
da temática ambiental. O aumento no índice de consumo e o processo de industrialização es-
gotam ao longo do tempo os recursos naturais, que levam milhões de anos para se recompor. 
Além de vários desastres naturais serem causados ou intensificados pela ação humana. É im-
portante que o processo seja participativo e sustentável, com cada um realizando a sua parte 
e respeitando o ciclo de cada ser existente no planeta.
Nas últimas décadas, as fontes hídricas têm sido ameaçadas pelas ações antrópicas, pois 
tornando-se parte dominante dos sistemas, têm uma tendência em sentido contrário à conser-
vação e manutenção do equilíbrio ambiental. Nas áreas urbanas, principalmente nas grandes e 
médias cidades, é nítido o aumento do índice de poluição. A fumaça de veículos, lixo nas ruas 
e grandes lixões, rios,lagoas e córregos contaminados por resíduos, chaminés de fábricas 
despejando gases tóxicos, essas e outras são causas do desequilíbrio ambiental (FEITOSA, 
sem data).
O Rio Parnaíba, por exemplo, já desempenhou um papel na navegação importante no pas-
sado. A partir de 1940, começou a passar por uma intensa degradação ambiental devido aos 
graves problemas ecológicos, como o uso inadequado das áreas ribeirinhas, o desmatamento 
de suas matas ciliares, as pressões exercidas nas nascentes, a ação de queimadas, lançamen-
to de substâncias poluentes em seu curso e o despejo de esgotos domésticos, problemas que 
vem cada vez mais se agravando.
Importante lembrar que as matas ciliares sofrem pressão pelo desenvolvimento das áreas 
urbanas, na construção de hidrelétricas, na abertura de rodovias, assim como para o cultivo de 
culturas agrícolas e de pastagens. Este processo de degradação, além de desrespeitar a legis-
lação, gera vários problemas ambientais. Elas servem como filtros, retendo defensivos agríco-
las, poluentes e sedimentos que seriam levados para o rio, afetando diretamente a quantidade 
e a qualidade da água, além da fauna e a população humana.
Outro problema que merece ser estudado é o assoreamento, que é derivado dos outros 
problemas mencionados. A extração da mata ciliar e da vegetação em torno do rio, favorecem 
para acabar com a perenidade do rio, intensificando o processo erosivo, resultando no assore-
amento do rio Parnaíba.
A emissão de esgotos in natura no rio Parnaíba é uma forma de degradação preocupante, 
inclusive sendo apontada por vários autores como uma das principais responsáveis pela con-
taminação das águas superficiais, resultando em sérios prejuízos à qualidade da água. O lan-
çamento de esgotos no rio gera um risco potencial para a população usuária das águas assim 
como para quem consome pescado deste recurso hídrico.
O processo de desertificação é outro problema que afeta milhares de piauienses, segundo 
levantamento governamental já são 15 municípios afetados no estado e é considerada a maior 
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área de solo degradado do país. A extensão da degradação equivale a cinco vezes o tamanho 
da cidade de São Paulo, segundo pesquisas da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Porém, os 
dados demonstram que o processo é reversível e que é possível o cultivo responsável na região.
O fenômeno concentra-se no Sul do Piauí pelo menos desde quando o homem começou a 
explorar a pecuária e agricultura na região. Sua ocorrência está relacionada ao solo que é extre-
mamente frágil, sofre com chuvas intensas e tem muitos animais pastoreando na mesma área. 
A desertificação leva à perda da área agricultável e ao assoreamento de riachos e rios, cau-
sando o abandono da terra e a migração do homem do campo para a cidade. A erosão pode 
chegar a tal nível que deixa o solo irrecuperável, tornando a terra imprestável para a agricultura.
Uma experiência realizada com sucesso no combate à desertificação foi a implementação 
do Projeto Viva Sucuruiú, em 2006, que revitalizou mananciais, recuperou áreas degradadas, 
além de capacitar agricultores e implementar o uso de tecnologia no manejo do solo.
O desmatamento também é uma das formas de degradação, principalmente nos biomas 
da Mata Atlântica, Mata dos Cocais e no Cerrado. Dois motivos principais podem ser destaca-
dos, sendo eles o desenvolvimento urbano e o crescimento de atividades agrícolas.
São cidades do Piauí que lideram o ranking de áreas destruídas na Mata Atlântica, segundo 
o relatório anual do instituto SOS Mata Atlântica. Destaca-se a cidade de Manoel Emídio, no 
Sul do Piauí e o município piauiense de Canto do Buriti também aparece no ranking, em ter-
ceiro lugar.
Também são duas cidades do Piauí que lideram o ranking dos municípios que mais des-
mataram o Cerrado, de acordo com relatório do Ministério do Meio Ambiente. Baixa Grande do 
Ribeiro (PI) e Uruçuí (PI) serão fiscalizados pela vigilância e medidas de recuperação das áreas 
degradadas.
Porém o Piauí, também tem suas ações preservacionistas. Ele foi o primeiro a regulamen-
tar o Acordo de Paris sobre os compromissos com a redução dos efeitos das mudanças cli-
máticas. Importante lembrar que fora da Amazônia, o Piauí é o estado que mais tem florestas 
naturais preservadas. Uma lei estadual obriga que os proprietários de áreas rurais preservem 
30% da área, dez pontos percentuais do exigido pela legislação federal, que é de 20%.
No Piauí encontram-se 32 parques com aproximadamente 3.200.000 hectares de preser-
vação obrigatória pelo setor público e há o programa Ativos Verdes, que tem o objetivo do 
desenvolvimento de ações pelos países signatários para diminuição da emissão de gases que 
provocam o efeito estufa. Atualmente, ele possui hoje mais de três milhões de hectares pro-
tegidos através da criação das Unidades de Conservação (UC), que representam mais de 12% 
do seu território. Esse percentual demonstra um aumento de 300%, só nos últimos dois anos. 
Podemos destacar também a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, que é o único 
Delta das Américas que deságua em mar aberto. Localizado na divisa entre Piauí e Maranhão, 
ele é o 3º maior do mundo. São mais de 70 ilhas, em uma área de 309.593,77 hectares, repletos 
de espelhos d´água, mangues, dunas, lagos e animais silvestres. Um rico ecossistema costeiro 
no estado.
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9. urbanIzação
A cidade tem sido o ambiente para onde migram grande parte das atividades e oportunida-
des, econômicas, sociais, e ou, culturais, fazendo com que a sociedade se torne cada vez mais 
urbana. O conceito de urbanização está atrelado a maior concentração de pessoas na zona 
urbana do que na zona rural, sendo considerado um fenômeno recente. Ele se intensificou, 
principalmente, após a Segunda Guerra Mundial, caracterizando como uma realidade global 
desde a segunda metade da década de 2000, quando a população urbana ultrapassou a popu-
lação rural.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Piauí tem a segun-
da menor taxa de urbanização do país, com um índice de 67%, ficando atrás apenas para o 
Maranhão que teve um índice de 58,9% da população em áreas urbanas. O Brasil apresentou 
um índice de 84,8%, sendo a região Nordeste quem apresentou menor taxa, 73,4%.
Em relação a capital Teresina, é uma cidade regionalmente importante devido à sua loca-
lização estratégica. Ela se localiza próximo as rodovias federais que interligam o Ceará, Mara-
nhão e Pará, e à capital federal, Brasília, e ao estado do Tocantins. Está próxima às margens do 
rio Parnaíba na confluência com o rio Poti. Sua população de 814.230 habitantes é classificada 
como 767.557 habitantes residentes na zona urbana e 46.673 habitantes na área rural.
Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Localizacao-do-Estado-do-Piaui-com-desta 
que-para-o-municipio-de-Teresina_fig1_312657808. Acesso em: 14 jun. 2021.
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