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Estereótipos de personagens na Literatura Infantil e no filme Shrek Título: Estereótipos de personagens na Literatura Infantil e no filme Shrek Palavras-chave: Literatura Infantil – contos de fada – estereótipo – Shrek Introdução: Ainda que muitos não saibam, a produção cinematográfica Shrek foi baseada no livro de William Steig de 1990, e 5 anos depois, a DreamWorks iniciou a adaptação para o cinema. Shrek é um personagem gordo, verde, vive em um pântano sozinho e por ser ogro ele mesmo se isola das pessoas e do mundo, no entanto, sem menos esperar, seu lar é invadido por diversos personagens dos contos de fadas buscando refúgio pois Lorde Farquaad, governante de Duloc resolve expulsar todas as criaturas mágicas para a floresta, determinado a ter seu lar exclusivamente seu outra vez, Shrek vai ao encontro de Farquaad, faz um acordo com ele onde ao salvar a princesa, que está em um castelo presa e guardada por um dragão ele obterá de volta o pântano livre de todos. Diferente do que se espera nos contos de fadas, todos os personagens do filmes são extremamente diferentes do padrão até então conhecido: ao salvar a princesa Fiona, Shrek torna-se o herói da história, ainda que sendo um ogro gordo, verde, feio e porco. Por sua vez, a princesa salva, vive sob uma maldição onde ao pôr-do-sol, deixa de ser uma linda mulher magra de cabelos ruivos, para se tornar uma ogra verde e gorda, muito semelhante ao seu “herói”. O rei diferente do que se está acostumado ver, é um ser baixinho, chato e mau humorado que pretende ter a princesa como sua esposa sem ao menos saber quem realmente ela é. O feitiço que está sob Fiona só pode ser quebrado ao beijo de seu príncipe e verdadeiro amor, que no caso, não é Lorde Farquaad. O contraste da aparência física de todos os personagens são nítidos quando comparados ao que se está habituado ver: personagens bonitos, magros, ricos, elegantes que vivem em lindas casas e palácios, onde tudo e todos vivem em perfeita harmonia após a destruição do vilão no fim da história. Justificativa A literatura infantil não tem por objetivo apenas o entretenimento das crianças, sabe-se que por trás de toda obra, há todo um contexto histórico- cultural, uma bagagem trazida pelo autor onde queira ou não, existe uma influência sobre a formação da opinião de seus leitores, e no mundo onde a estética tem sido a maior prioridade na conduta social entre as pessoas, toda característica física de personagens da literatura infantil tem sido alvo de objeto de desejo dos leitores em tornarem-se pessoas idênticas aos heróis da literatura infantil. Toda menina quer ser bonita, cresce sonhando com seu príncipe encantado ( alguém bonito, rico, educado, romântico e de boa família) que virá num cavalo branco ( atualmente substituído por um carro novo), sempre baseada nos contos que lê desde muito pequena, e o que o filme Shrek mostra é a realidade da vida: pessoas se encontram, se tornam felizes apesar da diferença existente entre elas, tanto de aparência física, quanto de status social ( Shrek mora num pântano enquanto o pai de Fiona é um rei de um lindo lugar chamado Tão Tão Distante). Pode-se observar também que o papel da mulher passa a ser de independência, pois Fiona pode escolher com quem quer ficar no final, diferente do que sempre se observou quando a princesa é escolhida pelo príncipe encantado. E quando o príncipe sempre chega em um lindo cavalo branco, Shrek está sempre acompanhando de um burro falante que sonha ser um alasão. Objetivos Mostrar os pontos positivos mostrados no filme Shrek em contraposição ao padrão estético de personagens dos contos de fadas; Verificar a importância das atitudes dos personagens principais que são coisas que fazem parte realmente da vida cotidiana das pessoas. Fazer um comparativo entre personagens da Literatura Infantil e do filme, mostrando as diferenças entre eles, e as semelhanças com a vida real. Resultados esperados Contrastando o padrão existente na criação de personagens da Literatura Infantil, observar as semelhanças existentes entre eles e os personagens do filme e fazer um paralelo com o perfil da sociedade em que vivemos. Consulta Bibliográfica ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1994. GIROUX, Henry A. Os Filmes da Disney são bons para os seus filhos? In: STEINBERG, Shiley R.; KINCHELOE, Joe L.(org). Cultura Infantil, a construção corporativa da infância. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2004.