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Resumo e Lista de Exercícios Física III Fuja do Nabo P1 2019.1 1 Resumo 1. Cargas Elétricas Em distribuições contínuas de cargas, achamos a carga pelas seguintes integrais: I. Linear 𝑄 = #𝑑𝑞 = #𝜆 𝑑𝑙 Observe que o comprimento infinitesimal, em um trecho de circunferência de raio 𝑅 e comprimento angular 𝑑𝜃 vale: 𝑑𝑙 = 𝑅 𝑑𝜃 II. Superficial 𝑄 =+𝑑𝑞 =+𝜎. 𝑑𝐴 O elemento de área 𝑑𝐴 de um disco de raio 𝑅 vale: 𝑑𝐴 = 2𝜋𝑟 𝑑𝑟 III. Volumétrica 𝑄 =2𝑑𝑞 =2𝜌 . 𝑑𝑉 2 O elemento de volume 𝑑𝑉 na simetria esférica vale: 𝑑𝑉 = 4𝜋𝑟6𝑑𝑟 E, na simetria cilíndrica: 𝑑𝑉 = 2𝜋𝑟ℎ 𝑑𝑟 2. Força Elétrica A força elétrica entre duas cargas pontuais 𝑞8 e 𝑞6 tem módulo dado por: |𝐹| = 𝑘 |𝑞8||𝑞6| 𝑟6 = |𝑞8||𝑞6| 4 𝜋 𝜀= 𝑟6 Note a relação entre as constantes 𝑘 e 𝜀=: 𝑘 = 1 4𝜋𝜀= A direção e o sentido da força são iguais ao do versor �̂�, tal que: �̂� = 𝑟 𝑟 E 𝑟 = 𝑟6AAA⃗ − 𝑟8AAA⃗ , onde 𝑟6AAA⃗ é vetor da origem até a carga que sofre a força e 𝑟8AAA⃗ é o vetor da origem até a carga que exerce a força. Assim, o vetor força elétrica é: 3 𝐹68AAAAAA⃗ = 𝑘 𝑞8𝑞6�̂� 𝑟6 = 𝑘 𝑞8𝑞6𝑟 𝑟C Além disso, vale o Princípio da Superposição: “A força resultante em uma carga é a soma vetorial das forças exercidas sobre ela”. 3. Campo Elétrico a. Linhas de campo elétrico b. Definição O vetor campo elétrico é dado como: 𝐸A⃗ = 𝑘𝑞�̂� 𝑟6 = �⃗� 𝑞= Onde 𝑞 é a carga que exerce a força, 𝑞= é a carga de prova (carga que sofre a ação da força) e 𝑟 é a distância entre o ponto em que se quer achar o campo e a carga. c. Princípio de Superposição 4 “O campo resultante em uma carga de prova ou em um ponto é dado pela soma vetorial dos campos gerados pelas cargas ao seu redor.” d. Cálculo do campo para distribuições contínuas de carga Em distribuições contínuas de carga (como em corpos extensos), o módulo do campo elétrico é calculado por uma integral: 𝐸 = # 𝑘𝑑𝑞 𝑟6 = # 𝑑𝑞 𝑟64𝜋𝜖= Os casos mais comuns nas provas são: I. Campo elétrico gerado por um anel Seja um anel de raio 𝑎, com simetria em torno do eixo 𝑥, e a uma distância 𝑟 de um ponto 𝑃. 5 Um comprimento infinitesimal do anel, com densidade linear de carga 𝜆, tem carga infinitesimal 𝑑𝑞 = 𝜆𝑑𝑙. Assim, o módulo do campo elétrico gerado por esse trecho em um ponto é: 𝐸 = # 𝑘𝑑𝑞 𝑟6 = # 𝜆𝑑𝑙 𝑟64𝜋𝜖= Queremos saber o campo em um ponto 𝑃 localizado no eixo de simetria do anel. Por simetria, esse campo é a soma das componentes horizontais dos campos formados pelos trechos infinitesimais (componentes verticais se cancelam). Logo: 𝐸 = 𝐸I = # 𝜆𝑑𝑙 𝑟64𝜋𝜖= . cos𝛼 = # 𝜆𝑑𝑙 𝑟64𝜋𝜖= ⋅ 𝑥 √𝑥6 + 𝑎6 Substituindo 𝑟 = √𝑎6 + 𝑥6, temos: 𝐸I = 𝑥 (𝑎6 + 𝑥6)C/6 . 𝜆 4𝜋𝜖= # 𝑑𝑠 6UV = = 𝑥 (𝑎6 + 𝑥6)C/6 . 𝜆𝑎 2𝜖= ⇒ 𝐸A⃗ = 𝑥 (𝑎6 + 𝑥6)C/6 . 𝜆𝑎 2𝜖= 𝑥X II. Campo elétrico gerado por um disco Basta integrar, ao longo do raio, o campo gerado pelo anel. Assim, temos: 6 𝐸VYZ[ = 𝑥 (𝑟6 + 𝑥6) C 6 ⋅ 𝑞 4𝜋𝜖= 𝐸\]^_` = # 𝑥 (𝑟6 + 𝑥6)C/6 ⋅ 𝑑𝑞 4𝜋𝜖= Temos que escrever a integral em função do raio. Note que: 𝑑𝑞 = 𝜎 ⋅ 𝑑𝐴 Além disso: 2𝜋𝑟 ⋅ 𝑑𝑟 = 𝑑𝐴 Portanto, sendo 𝑎 o raio do disco: 𝐸 = # 𝑥 (𝑟6 + 𝑥6)C/6 . 𝜎𝑟. 𝑑𝑟 2𝜖= V = ⇒ 𝐸 = 𝜎 2𝜖= . a1 − 𝑥 √𝑥6 + 𝑎6 b III. Campo elétrico gerado por uma barra no eixo que passa pelo seu centro Seja uma barra de comprimento 𝐿 e um elemento infinitesimal 𝑑𝑥 da barra, a uma distância 𝑟 do ponto 𝑃 = (𝑥, 𝑦): 𝑑𝑟 2𝜋𝑟 7 O elemento infinitesimal de carga é 𝑑𝑞 = 𝜆𝑑𝑥: 𝐸 = # 𝑘𝑑𝑞 𝑟6 = # 𝜆𝑑𝑥 𝑟64𝜋𝜖= Mas, por simetria, o campo resultante é a soma das componentes verticais (as horizontais se anulam), logo: 𝐸 = 𝐸f = # 𝜆𝑑𝑥 𝑟64𝜋𝜖= ⋅ cos 𝜃 = # 𝜆𝑑𝑥 𝑟64𝜋𝜖= ⋅ 𝑦 g𝑦6 + 𝑥6 Substituindo 𝑟 = g𝑦6 + 𝑥6: 𝐸 = 𝜆𝑦 4𝜋𝜖= # 𝑑𝑥 (𝑦6 + 𝑥6) C 6 h/6 ih/6 ⇒ 𝐸A⃗ = 𝜆𝐿 2𝜋𝜖=𝑦g𝐿6 + 4𝑦6 𝑦X 4. Fluxo Elétrico O fluxo elétrico mede quanto do campo elétrico atravessa determinada área, e é calculado pela seguinte equação: 8 ΦZ = # 𝐸A⃗ ∙ 𝑑𝐴AAAAA⃗ ^lmZnoí_]Z Observe que 𝑑𝐴AAAAA⃗ é um vetor de área, e, por definição, é perpendicular à superfície. É importante saber que o fluxo positivo é aquele que sai da superfície, enquanto o negativo entra na superfície. 5. Lei de Gauss A Lei de Gauss é a lei que relaciona o fluxo elétrico em uma superfície fechada com a carga dentro dela, pela relação: ΦZ = q𝐸A⃗ ∙ 𝑑𝐴AAAAA⃗ = 𝑞]Yr 𝜀= Esta lei é essencial no cálculo do campo elétrico gerado por simetrias cilíndricas e esféricas. Para aplicar essa lei, é preciso escolher uma superfície fechada (como esfera ou cilindro), mais conhecida como superfície Gaussiana, que envolva total ou parcialmente (geometrias infinitas) a geometria que está gerando o campo elétrico. As geometrias mais frequentes em prova são: I. Esfera, Casca Esférica: Gaussiana Esférica 9 II. Plano Infinito, Fio Infinito: Gaussiana Cilíndrica a. Caso específico: Condutores em equilíbrio Nos condutores, a carga se concentra na superfície do material. Ou seja, se quisermos calcular o campo elétrico através de uma superfície contida nesse condutor, a carga interna será nula e, portanto, pela Lei de Gauss, o campo também. Entretanto, em superfície fora do condutor, a carga interna será a carga total e o campo não será nulo. b. Observação para a maioria das questões de Lei de Gauss Para facilitar os cálculos, as seguintes regras costumam valer para os casos estudados: I. 𝐸A⃗ será constante na superfície Gaussiana utilizada. Por isso, o vetor pode multiplicar a integral, visto que é constante; II. 𝐸A⃗ será paralelo ao vetor área. Neste caso, vale que 𝐸A⃗ ∙ 𝑑𝐴AAAAA⃗ = 𝐸 ⋅ 𝑑𝐴, então: 10 q𝐸A⃗ ∙ 𝑑𝐴AAAAA⃗ = q𝐸 ⋅ 𝑑𝐴 = 𝐸q𝑑𝐴 = 𝐸 ⋅ 𝐴 6. Energia Potencial Eletrostática a. Força eletrostática A força eletrostática é uma força conservativa, logo: I. O trabalho por ela exercido independe do caminho; II. Em um caminho fechado, o trabalho é nulo. b. Definição O trabalho que a força eletrostática exerce sobre uma carga para levá- la de um ponto A para um ponto B é dado por: ∆𝑈 = 𝑈u − 𝑈V = −𝑊Vu Outra forma de calcular este trabalho é: 𝑊Vu = # �⃗� ∙ 𝑑𝑙AAA⃗ w x = 𝑞= # 𝐸A⃗ ∙ 𝑑𝑙AAA⃗ w x Para calcular a energia potencial em um único ponto, utiliza-se: 𝑈u = 𝑈y = 0. Assim, a energia potencial em um único ponto é dada por: 𝑈V = 𝑞=𝑄 4𝜋𝜀= . 1 𝑟V 11 c. Cálculo da energia eletrostática A energia eletrostática de uma configuração de cargas é o trabalho necessário para formar a configuração, isto é, para trazer as cargas do infinito até suas posições finais. Para trazer a primeira carga, não é necessário nenhum trabalho, já que ela não está submetida a um campo ou a um potencial. Entretanto, uma vez em sua posição final, a primeira carga gera um campo e um potencial. Assim, para trazer as demais cargas, será necessário um trabalho e haverá uma contribuição na energia eletrostática total: 𝑈 = 1 2 { 𝑞]𝑞| 4𝜋𝜀=𝑟]| } ], |~] 7. Potencial Eletrostático O potencial é definido como: 𝑉 = 𝑈 𝑞= Partindo da definição, podemos deduzir que o potencial gerado por uma carga pontual é: 𝑉n = 𝑄 4𝜋𝜀= . 1 𝑟 12 Para potenciais elétricos, também vale o princípio da superposição. a. Diferença de potencial elétrico A diferença de potencial entre dois pontos 𝐴 e 𝐵 é: 𝑉w − 𝑉x = 𝑈u − 𝑈V 𝑞= = − #𝐸A⃗ ∙ 𝑑𝑙AAA⃗ u x b. Potencial emum único ponto Para achar o potencial em um ponto 𝐵, utilizamos o potencial no infinito (no caso em que este é nulo): 𝑉w − 𝑉y = − #𝐸A⃗ ∙ 𝑑𝑙AAA⃗ u y = # 𝐸A⃗ ∙ 𝑑𝑙AAA⃗ y u = 𝑉w c. Caso especial: Condutores Equilibrados Já vimos que, num condutor equilibrado, 𝐸A⃗ = 0A⃗ . Assim: 𝑉w − 𝑉x = −#0A⃗ ∙ 𝑑𝑙AAA⃗ u x = 0 ⇒ 𝑽𝑩 = 𝑽𝑨 d. Potencial gerado por uma distribuição contínua de cargas em um ponto 𝑃 13 𝑉� = # 𝑑𝑞 4𝜋𝜀=𝑟 Na prova, os casos mais comuns são: I. Anel Seja um ponto 𝑃, no eixo de simetria do anel (no caso abaixo, em 𝑧). O raio do anel é 𝑅: Sabemos que 𝑟 = √𝑅6 + 𝑧6, e que, no anel, 𝑟 é constante. Assim: 𝑉� = 1 𝑟4𝜋𝜀= #𝑑𝑞 = 1 √𝑅6 + 𝑧64𝜋𝜀= #𝑑𝑞 = 𝑄 √𝑅6 + 𝑧64𝜋𝜀= II. Disco Um disco é um anel de raio variável. Ou seja, basta integrar ao longo do raio a expressão que achamos para o anel: 𝑉� = 1 4𝜋𝜀= # 𝑑𝑞 √𝑟6 + 𝑧6 14 Sabemos que: 𝑑𝑞 = 𝜎𝑑𝐴 e 2𝜋𝑟 𝑑𝑟 = 𝑑𝐴 ⟹ 𝒅𝒒 = 𝝈𝟐𝝅𝒓𝒅𝒓 Assim, sendo 𝑅 o raio do disco: 𝑉� = 1 4𝜋𝜀= # 𝜎2𝜋𝑟𝑑𝑟 √𝑟6 + 𝑧6 � = = 𝜎 2𝜀= ⋅ �g𝑧6 + 𝑅6 − 𝑧 � III. Barra Seja uma barra de comprimento 2𝑎, distante 𝑟 de um ponto 𝑃 = (𝑥, 𝑦): Da figura percebemos que: 𝑟 = g𝑥6 + 𝑦6 e 𝑦 varia conforme o elemento infinitesimal escolhido. Assim: 𝑉� = 1 4𝜋𝜀= # 𝑑𝑞 g𝑥6 + 𝑦6 Também sabemos que 𝑑𝑞 = 𝜆𝑑𝑦, então: 15 𝑉� = 1 4𝜋𝜀= # 𝜆𝑑𝑦 g𝑥6 + 𝑦6 V iV = 𝜆 4𝜋𝜀= log √𝑥6 + 𝑎6 + 𝑎 √𝑥6 + 𝑎6 − 𝑎 e. Cálculo de 𝐸A⃗ partindo da fórmula de 𝑉: 𝐸A⃗ = −𝛻A⃗ 𝑉 = −� 𝜕𝑉 𝜕𝑥 �̂� + 𝜕𝑉 𝜕𝑦 �̂� + 𝜕𝑉 𝜕𝑧 𝑘 �� = − 𝑑𝑉 𝑑𝑟 �̂� 8. Capacitância Um capacitor é um componente eletrônico que serve principalmente para armazenar energia elétrica em um circuito. É formado por dois condutores com um isolante entre eles. Os condutores possuem cargas de sinais opostos e módulos iguais, o que gera uma diferença de potencial 𝑉. A capacitância vale: 𝐶 = |𝑄| |𝑉| a. Cálculo da capacitância: Podemos seguir os seguintes passos: I. Calcular o campo 𝐸A⃗ entre as superfícies, em geral pela Lei de Gauss; II. Calcular o potencial 𝑉 utilizando a expressão: 16 𝑉w − 𝑉x = − #𝐸A⃗ ∙ 𝑑𝑙AAA⃗ u x III. Calcular a capacitância 𝐶 pela fórmula: 𝐶 = |𝑄| |𝑉| b. Exemplos mais comuns em prova Abaixo estão os principais tipos de capacitores estudados: I. Capacitor de placas planas Pela Lei de Gauss, sabemos que o campo elétrico 𝐸 gerado por uma placa infinita é dado por: |𝐸| = 𝜎 2𝜀= O capacitor é formado por duas placas, e, na região entre as placas, as linhas de campo têm o mesmo sentido, de forma que: 𝐸A⃗ = 𝜎 𝜀= 𝑘� Observe que fora do capacitor, o campo gerado pelas placas se anula. 17 Calculando o potencial, temos: 𝑉u − 𝑉V = − #𝐸A⃗ ∙ 𝑑𝑙AAA⃗ u V ⇒ 𝑉\ − 𝑉= = − # 𝜎 𝜀= 𝑘� ∙ 𝑑𝑙 𝑘� \ = = − 𝑑𝜎 𝜀= Aplicando a fórmula da capacitância com 𝑄 = 𝜎𝐴: 𝐶 = |𝑄| |𝑉| = 𝑄𝜀= 𝑑𝜎 = 𝜎𝐴𝜀= 𝑑𝜎 = 𝐴𝜀= 𝑑 II. Capacitor Esférico Um capacitor esférico é formado por uma esfera maciça de raio 𝑎 e uma casca esférica de raio 𝑏, tal que 𝑏 > 𝑎 e as cargas dos corpos têm sinais opostos: 18 Pela Lei de Gauss, temos que: 𝐸A⃗ = 𝑄�̂� 4𝜋𝑟6𝜀= Calculando a diferença de potencial: 𝑉V − 𝑉u = # 𝑄�̂� 4𝜋𝑟6𝜀= ∙ 𝑑𝑟 �̂� u V = 𝑄(𝑏 − 𝑎) 4𝜋𝜀=𝑎𝑏 Falta só aplicar a fórmula da capacitância: 𝐶 = |𝑄| |𝑉| = 𝑄 𝑄(𝑏 − 𝑎) 4𝜋𝜀=𝑎𝑏 = 4𝜋𝜀=𝑎𝑏 𝑏 − 𝑎 III. Capacitor Cilíndrico Este capacitor é composto de um cilindro interno e uma casca cilíndrica externa, ambos com cargas opostas: 19 Pela Lei de Gauss, temos: 𝐸A⃗ = Q 𝜀=2𝜋𝑟𝐿 �̂� Calculando a diferença de potencial, temos que: 𝑉u − 𝑉V = − # Q 𝜀=2𝜋𝑟𝐿 �̂� ∙ 𝑑𝑟 �̂� u V = − Q 𝜀=2𝜋𝐿 ln 𝑏 𝑎 Por fim, aplicando a fórmula da capacitância: 𝐶 = |𝑄| |𝑉| = 𝑄 Q 𝜀=2𝜋𝐿 ln 𝑏𝑎 = 𝜀=2𝜋𝐿 ln 𝑏𝑎 d. Energia armazenada em um capacitor 𝑈 = 𝑄6 2𝐶 = 𝐶𝑉6 2 = 𝑄𝑉 2 20 e. Densidade de energia em um capacitor de placas paralelas 𝑢 = 1 2 𝜖=𝐸 6 f. Associação de capacitores I. Em paralelo 𝑄Z� = 𝑄8 + 𝑄6 + …+ 𝑄Y 𝐶Z� = 𝐶8 + 𝐶6 + …+ 𝐶Y II. Em série 𝑄Z� = 𝑄 1 𝐶Z� = 1 𝐶8 + 1 𝐶6 + …+ 1 𝐶Y g. Materiais dielétricos 21 Materiais dielétricos são materiais isolantes que podem estar entre as placas do capacitor. Nos cálculos, a presença desse material altera a constante 𝜺𝟎 para 𝑲𝜺𝟎, sendo 𝐾 a constante dielétrica do material. 22 Lista de Exercícios 1. Força e Campo Elétrico P1 2017, Física III Poli USP, Exercício 1 O campo elétrico sobre o eixo de simetria (eixo 𝑧) de um anel de raio 𝑟 e carga total 𝑄 > 0 é dado por: 𝐸A⃗VYZ[ = 1 4𝜋𝜀= ⋅ 𝑄𝑧 (𝑟6 + 𝑧6)C/6 𝑘A⃗ a. Calcule a força elétrica que o anel exerce sobre um fio retilíneo de comprimento 𝐿 e densidade linear de carga 𝜆 > 0, posicionado sobre o eixo 𝑧, conforme a figura 1. b. Calcule o campo elétrico sobre o eixo de simetria (eixo 𝑧) de um disco vazado com raio interno 𝑐 e raio externo 𝑑, carregado com uma densidade superficial de carga uniforme 𝜎 > 0, conforme a figura 2. 23 2. Campo Elétrico P1 2013, Física III Poli USP, Exercício 1a e P1 2014, Física III Poli USP, Exercício 1a a. Considere um bastão de comprimento ℎ e carregado com densidade linear uniforme de carga 𝜆 disposto conforme a figura. Calcule o vetor campo elétrico no ponto 𝑃8 de coordenadas (0, 𝑦, 0), para 𝑦 > 0. b. Uma barra semi-infinita, mostrada na figura ao longo do lado positivo do eixo horizontal 𝑥, possui carga positiva homogeneamente distribuída com densidade linear 𝜆. Determine o vetor campo elétrico num ponto 𝑃 = (0, 𝑦) sobre o lado positivo do eixo 𝑦. 24 3. Lei de Gauss P1 2016, Física III Poli USP, Exercício 2 Um fio infinito, isolante, com densidade linear de carga uniforme −𝜆 < 0, é colocado sobre uma placa infinita, isolante, com densidade superficial de carga uniforme 𝜎 > 0. Utiliza-se um sistema de coordenadas cartesianas tal que o fio está ao longo do eixo 𝑧 e a placa se estende no plano 𝑦𝑧, conforme a figura. a. Calcule o vetor campo elétrico produzido pela placa em todo o espaço. b. Calcule o vetor campo elétrico produzido pelo fio em todo o espaço. c. Determine os pontos 𝑃 ≡ (𝑥, 𝑦, 𝑧) do espaço onde a força que atua sobre uma partícula de carga 𝑄 é nula. 25 4. Lei de Gauss P1 2018, Física III Poli USP, Exercício 1 Um arranjo é formado por uma esfera condutora sólida de raio 𝑎, centrada no ponto 𝑂 na origem, eletrizada com carga −𝑄 envolvida por uma casca esférica condutora de raio interno 𝑏 e externo 𝑐 também eletrizada com carga −𝑄, conforme ilustrado na figura abaixo: a. Sendo 𝑟 a distância até a origem 𝑂, determine o vetor campo elétrico nas regiões 𝑟 < 𝑎, 𝑎 < 𝑟 < 𝑏, 𝑏 < 𝑟 < 𝑐 e 𝑟 > 𝑐. b. Determine a carga em cada uma das superfícies 𝑟 = 𝑎, 𝑟 = 𝑏 e 𝑟 = 𝑐 na situação de equilíbrio eletrostático. Justifique sua resposta. c. Determine as densidades superficiais de carga 𝜎V, 𝜎u e 𝜎_. 5. Lei de Gauss e Diferença de Potencial Elétrico P1 2018, Física III Poli USP, Exercício 3 Considere uma casca esférica (não condutora) que está centrada na origem 𝑃=. Ela é uniformemente carregada com carga 𝑄 > 0 e possui raio 𝑅, cujo centro situa-se a uma distância 𝑅 + 𝑑 de um plano infinito, 26 uniformemente carregado com uma densidade superficial 𝜎 > 0, conforme mostrado na figura abaixo. a. Determine ovetor campo elétrico em todo o espaço devido à casca esférica. b. Determine o vetor campo elétrico em todo o espaço devido à carga na superfície plana. c. Determine o vetor campo elétrico resultante ao longo do eixo 𝑦 > 0. d. Calcule a diferença de potencial 𝑉6 − 𝑉= entre os pontos 𝑃6 e 𝑃= localizados na superfície plana e no centro da casca, respectivamente. 6. Potencial Elétrico e Trabalho P1 2017, Física III Poli USP, Exercício 3 Considere um fio retilíneo de comprimento 𝐿, com densidade linear de carga 𝜆, posicionado conforme mostra a figura a seguir: 27 a. Calcule o potencial elétrico em um ponto 𝑃 sobre a parte positiva do eixo 𝑋 de coordenadas (𝑥, 0, 0), com 𝑥 > 𝐿. Assuma o potencial nulo no infinito. b. Calcule a componente 𝐸I do campo elétrico no ponto 𝑃. c. Qual é o trabalho de uma força externa para trazer uma carga de prova 𝑄 do infinito até o ponto 𝑃? 7. Capacitores P1 2017, Física III Poli USP, Exercício 4 Um capacitor é constituído de cilindro com raio 𝑎 e carga 𝑞 > 0 coaxial com uma casca cilíndrica fina de raio 𝑏 e carga −𝑞. O cilindro e a casca cilíndrica têm ambos altura 𝐿, conforme a figura 1. 28 a. Calcule o vetor campo elétrico dentro do capacitor, na região 𝑎 < 𝑟 < 𝑏. Despreze efeitos de borda. b. Calcule a capacitância do capacitor. c. Calcule a energia contida no interior de um cilindro de raio 𝑟 (𝑎 < 𝑟 < 𝑏) e altura 𝐿, coaxial com o capacitor, conforme a figura 2. 8. Capacitores e Dielétrico P1 2015, Física III Poli USP, Exercício 4 Três placas condutoras de área 𝐴 são espaçadas de 𝑑 por vácuo (região 1) e de 𝑑 por um material de constante dielétrica 𝑘 (região 3), como indicado na figura. A carga total na placa superior é igual a 𝑄 > 0, na placa do meio é igual a zero e na placa inferior é igual a −𝑄. Desconsidere a não uniformidade do campo elétrico perto das bordas. 29 a. Indique numa figura e calcule as densidades de carga nas superfícies das placas condutores. Calcule o vetor campo elétrico 𝐸A⃗ nas regiões 1, 2 e 3. Expresse suas respostas em termos de 𝜀=, 𝑄, 𝐴 e 𝜅. b. Calcule a capacitância do sistema de três placas. c. Calcule a densidade de carga de polarização no dielétrico. 30 Gabarito 1. a. �⃗� = «¬ U®¯ °8 n − 8 √n±²h± ³ 𝑘� b. 𝐸A⃗\]^_` = ´µ 6®¯ ° 8 √n±²_± − 8 √n±²\± ³ 𝑘A⃗ 2. a. 𝐸A⃗ = ¬¶ 6U®¯f ⋅ 8 g¶±²f± �̂� b. 𝐸A⃗ = ¬ U®¯f (−�̂� + �̂�) 3. a. 𝐸A⃗ = ´I 6®¯|I| �̂� b. 𝐸A⃗ = i¬ 6Un®¯ �̂� c. 𝑃 = °± ¬ U´ , 0, 𝑧³ 4. a. Para 𝑟 < 𝑎, 𝐸A⃗ = 0A⃗ ; para 𝑎 < 𝑟 < 𝑏, 𝐸A⃗ = i« Un±®¯ �̂�; para 𝑏 < 𝑟 < 𝑐, 𝐸A⃗ = 0A⃗ ; e para 𝑟 > 𝑐, 𝐸A⃗ = i« 6Un±®¯ �̂�. b. Em 𝑟 = 𝑎, Carga = −𝑄; em 𝑟 = 𝑏, Carga = 𝑄; e em 𝑟 = 𝑐, Carga = −2𝑄. c. 𝜎V = i« UV± , 𝜎u = « Uu± , 𝜎_ = i« 6U_± . 5. a. Em 𝑟 < 𝑅, 𝐸A⃗ = 0A⃗ , e em 𝑟 > 𝑅, 𝐸A⃗ = « Un±®¯ �̂� 31 b. 𝐸A⃗ = − ´ 6®¯ �̂�, para 𝑦 < 𝑑 + 𝑅, e 𝐸A⃗ = ´ 6®¯ �̂�, para 𝑦 > 𝑑 + 𝑅. c. Para 𝑦 < 𝑅, 𝐸A⃗ = − ´ 6®¯ �̂�; para 𝑅 < 𝑦 < 𝑅 + 𝑑, 𝐸A⃗ = °− ´ 6®¯ + « Uf±®¯ ³ �̂�; para 𝑦 > 𝑅, 𝐸A⃗ = ° ´ 6®¯ + « Uf±®¯ ³ �̂�. d. 𝑉6 − 𝑉= = ´ 6®¯ (𝑅 + 𝑑) + « U®¯ ° 8 �²\ − 8 � ³ 6. a. 𝑉 = − ¬ U®¯ ln °Iih I ³ b. 𝐸A⃗ I = ¬h U®¯I(Iih) c. 𝑊 = − «¬ U®¯ ln °Iih I ³ 7. a. 𝐸A⃗ = � 6Un®¯h 𝑟 b. 𝐶 = 6U®¯h ¸¹°º»³ c. 𝑈(𝑟) = � ± U®¯h ln °n V ³ 8. a. 𝜎^lm = « x , 𝜎]Yo = − « x , 𝜎¼Z]` = ± « x , 𝐸A⃗8 = − « x®¯ 𝑘�, 𝐸A⃗ 6 = 0A⃗ e 𝐸A⃗ C = − « ½x®¯ 𝑘� b. 𝐶 = ®¯x \ ° ¾ ¾²8 ³ c. 𝜎] = « x °½i8 ½ ³
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