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Disciplina Fundamentos do Direito Processual

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ROTEIRO PARA DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO DE CASO 
 
 
George Lucas Pimentel Ramos 
 
INTRODUÇÃO 
Neste Trabalho teremos as respostas de algumas questoes desenvolvidas, essas respostas serão 
respondidas, baseadas em um estudo de caso. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
Situação problema 01: 
Em seu art. 5.º, inciso LIV, a Constituição Federal de 1988 assevera que ninguém será privado da liberdade ou 
de seus bens sem o devido processo legal. O princípio do devido processo legal é uma das garantias mais 
amplas do direito constitucional, além de ser uma premissa essencial nas relações de caráter processual. 
Levando em consideração o mencionado princípio elabore texto abordando as garantias processuais dos 
indivíduos no Estado democrático de direito, apresentando, pelo menos, quatro prerrogativas constitucionais 
que se relacionam com o devido processo legal. 
 
O devido processo legal é uma garantia essencial com caráter subsidiário e geral em relação às demais 
garantias. As garantias processuais presentes no Estado democrático de direito e que lhe são inerentes são: 1 – o 
direito ao contraditório e à ampla defesa; 2 – o direito ao juiz natural; 3 – o direito a não ser processado e 
condenado com base em prova ilícita; e 4 – o direito a não ser preso senão por determinação da autoridade 
competente e na forma estabelecida pela ordem jurídica (Gilmar Mendes e Paulo Branco. Curso de Direito 
Constitucional. 8.ª ed., São Paulo: Saraiva, 2013). A Constituição Federal de 1988 arrola os princípios que 
estão consubstanciados no devido processo legal, como a inafastabilidade de jurisdição (art. 5.º, XXXV), a 
plenitude do contraditório e da ampla defesa (art. 5.º, LV), o direito ao juiz natural (art. 5.º, XXXVII, LIII e 
LIV) e a publicidade do processo (art. 5.º, LX). 
 
Sabe-se que no Estado democrático de direito existem garantias processuais dos indivíduos que possuem 
prerrogativas constitucionais relacionadas com o devido processo legal. A Carta Magna contém um rol dessas 
garantias inerentes do devido processo legal, nas quais destacam-se: a garantia de livre acesso ao Poder 
Judiciário; o direito à citação e ao conhecimento prévio do teor da acusação; o direito a um julgamento público 
e célere, sem dilações indevidas; o direito ao contraditório e à plenitude de defesa; bem como o direito ao 
silêncio e o direito de presença nos atos de interrogatório. 
Entre as prerrogativas constitucionais aplicáveis ao devido processo legal, podem-se citar: a garantia de livre 
acesso ao Poder Judiciário; o direito à citação e ao conhecimento prévio do teor da acusação; o direito a um 
julgamento público e célere, sem dilações indevidas; o direito ao contraditório e à plenitude de defesa (direito à 
autodefesa e à defesa técnica); o direito a não ser processado e julgado com base em leis posteriores ao fato; o 
direito à igualdade entre as partes; o direito de não ser processado com fundamento em provas revestidas de 
ilicitude; o direito ao benefício da gratuidade; o direito à observância do princípio do juiz natural; o direito ao 
silêncio; o direito à prova; o direito de presença nos atos de interrogatório. 
 
Situação problema 02: 
Em resposta a uma ação o réu apresenta contestação indicando elevado número de preliminares, questões de 
mérito e de direito, bem como petição instruída com centenas de documentos. Em razão da complexidade da 
resposta do réu, o juiz abriu prazo de 30 dias para manifestação do autor. Analisando a situação exposta indique 
qual o princípio processual foi violado de forma fundamentada. 
 
Tem-se como justificada eventual dilação de prazo para a prática do ato processual, em hipótese de feito 
complexo, porquanto, à luz do princípio da razoabilidade, os rigores temporais estabelecidos em lei devem ser 
mitigados. Irresignado, o réu recorre ao Tribunal questionando o posicionamento do juiz do caso. Nesse 
sentido, a imparcialidade do juiz se constitui garantia de justiça para os dois lados em litígio, sendo assim, 
desígnio para que a relação processual se instale validamente e se desenvolva de maneira natural. Nesse 
 
sentido, os doutrinadores afirmam que órgão jurisdicional deve ser subjetivamente capaz. 
Sendo imparcial, o juiz é isento e a isenção, tanto em relação às partes, quanto aos fatos da causa, é condição 
indeclinável do órgão da relação jurisdicional, para a realização de um julgamento justo. Nesse contexto, o juiz 
deve transcender as partes, colocando-se entre e acima dos contendores: é a primeira condição para que possa 
exercer sua função dentro do processo. 
 
 
 
Situação problema 03: 
A imparcialidade do juiz é, pois, pressuposto para que a relação processual se instaure validamente. Nesse 
sentido é que se diz que o órgão jurisdicional deve ser subjetivamente capaz. Explique em que consiste a 
imparcialidade do juiz, mencionando quatro exemplos de situações fáticas em que essa condição estaria 
comprometida/afastada. 
 
As causas de impedimento do juiz são aquelas indicadas no artigo 134, mais a prevista no artigo 136.
 
Está 
impedido de exercer suas funções no processo ou no procedimento , em primeiro lugar, o juiz que neles figure 
como parte ou interessado. 
 
Anota-se que no "conceito de parte, para esse fim, incluem-se também os terceiros intervenientes, em todas as 
suas formas; o opoente, litisdenunciado, nomeado à autoria, terceiro embargante, terceiro recorrente, chamado 
ao processo e assistente" 
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 – até porque, convém lembrar, tais pessoas, uma vez ingressando no processo, em 
contraditório, partes também são. 
Também está impedido o juiz que já interveio anteriormente no processo ou no procedimento com outra função 
(inciso II). Esse inciso prevê, na verdade, quatro causas distintas de impedimentos. 
Verifica-se o impedimento, em primeiro lugar, quando o juiz participado do processo ou procedimento como 
mandatário da parte, pois tal participação tem por objetivo assegurar a vitória do mandante. E como a sua 
participação anterior como mandatário já torna inequívoco o seu interesse no desfecho do processo, fica 
evidenciada a razão de seu impedimento. 
O juiz que anteriormente participou na formação da prova, como perito ou testemunha, igualmente está 
impedido de presidir o processo, já que viria a decidir "com base em seu conhecimento particular dos fatos, o 
que é vedado." É interessante observar que o Código não reputa causa impeditiva da atuação do juiz o fato de 
haver ele participado do processo na condição de órgão auxiliar. Explica-se: como a atuação desses servidores 
da justiça não é direcionada no sentido de influir no resultado da demanda, inexistiria motivo para proibir-se a 
atuação do juiz naquele processo em que anteriormente atuou nessa condição.

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