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RESENHA FILME O PODER E A LEI

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE TERESINA – IEST. 
ASSOCIAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ – AESPI. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PIAUÍ –UNIFAPI. 
CURSO: BACHARELADO EM DIREITO. 
TURMA: DR4A58/DR5A58 
DISCENTE: MELQUISEDEC TELES DE OLIVRIRA E SOUSA 
 
 
 
RESENHA 
 
OBRA ANALISADA 
THE LINCOLN E LAWYER (O PODER E A LEI). Direção: Brad Furman. Produção de Lions 
Gate Entertainment. Canadá, 2011.1 DVD. 
 
ESTRUTURA DA OBRA 
 A presente obra é um filme de 119 minutos, tem como gênero a mistura de drama, 
suspense e ficção. O elenco tem como atores principais: Matthew McConaughey, Marisa Tomei 
e Ryan Phillippe. 
 
INTRODUÇÃO 
 O filme relata o drama vivenciado por Mick Haller (Matthew McConaughey), um 
advogado criminalista nada convencional da cidade de Los Angeles no estado da California, EUA, 
que tem em seu carro o escritório. Mick Haller é um advogado bastante ardiloso e quando o 
assunto envolve seus interesses pessoais e profissionais, Haller usa todos os meios necessários 
para atingir seus objetivos. 
Toda a astúcia de Haller é posta à prova quando surge o caso de um jovem que fora preso 
por um suposto crime de agressão e tentativa de estupro. Aparentemente, segundo a versão dos 
fatos narrados pelo jovem, o caso parecia de fácil solução, mas à medida que o tempo vai 
passando, novos fatos surgem e o que antes parecia simples se torna complexo e perigoso, pois 
vidas passam a depender da solução do caso. 
 
A OBRA 
 Mick Haller é um advogado criminalista que roda a cidade de Los Angeles em seu carro 
à procura e resolvendo casos de tráfico de drogas, posse de drogas, roubos, entre outros; casos 
esses que lhe rendem dinheiro de forma rápida e fácil, pois Haller é um advogado que utiliza uma 
boa oratória, inteligência e meios nada convencionais para atingir seus objetivos, meios nos quais 
podemos citar o suborno, mentiras, manipulações e outras práticas que visam garantir o sucesso 
dos seus propósitos. Haller tem sua rotina alterada quando é indicado para acompanhar o caso de 
um jovem chamado Louis Roulet, jovem rico de 32 anos da cidade de Beverly Hills, preso por 
agredir e tentar estuprar uma jovem de nome Regina Campo. 
Louis Roulet afirma para Haller que está sendo vítima de uma armação para sofrer um 
golpe, visto que Regina é uma garota pobre e viu nele a oportunidade de mudar de vida. O jovem 
é liberado após pagar uma fiança de 1 milhão de dólares, mas fica sendo monitorado pelo 
judiciário por meio do uso de uma tornozeleira eletrônica. Roulet é bastante categórico ao afirmar 
ser inocente e ao narrar os fatos ocorridos. Haller e Frank, seu investigador, começam a procurar 
por detalhes que possam ajudar na solução do caso e descobrem que Roulet havia mentido e 
omitido fatos que posteriormente viriam a influenciar negativamente no processo e assim Haller 
cobra de Roulet a verdade sob o sigilo absoluto que há entre advogado e cliente. Haller 
investigando o caso de Roulet, lembra de um outro caso que havia pego onde um jovem de nome 
James Martinez é acusado de estuprar e assassinar uma jovem chamada Donna Renteria. Martinez 
afirmara que era inocente, mas todos os indícios levavam a acreditar que fora ele quem cometeu 
o crime. Haller não deu muita atenção ao caso na época e propôs ao jovem assumir o crime para 
abrandar a pena. Martinez seria condenado a morte, mas se assumisse a autoria do crime a pena 
seria prisão perpétua com a possibilidade de progressão de regime, em 15 anos poderia gozar da 
liberdade condicional. 
Haller vai visitar Martinez na prisão de San Quentin e lhe faz algumas perguntas sobre o 
ocorrido e entre as perguntas, segundo o relato de Martinez que havia um jovem branco no bar na 
noite que Donna Renteria morreu, mostra a foto de Roulet e indaga se era a pessoa da foto que 
estava no bar. Martinez fica nervoso e encerra a visita levando a Haller acreditar que era Roulet 
quem estava no bar na noite do assassinato de Donna Renteria e que fora ele quem cometeu o 
crime e Martinez estaria cumprindo pena por um crime que não cometera. Ao chegar em casa 
Haller encontra Roulet dentro de seu domicílio e conversam sobre o processo. Roulet de forma a 
intimidar Haller fala de sua filha, fazendo menção do treino de futebol e dando a entender que 
sabia da rotina da pequena. Haller liga para Frank e pede para fazer uma investigação sobre a vida 
processual de Roulet. 
Frank é assassinado e Haller descobre que a arma usada no crime era de sua posse e tão 
logo cai a ficha que ele estava em uma armação que consistia em absolver Roulet e que sua vida 
e a de seus próximos estavam em jogo. Haller usa de toda a sua experiência e astúcia para absolver 
Roulet naquele processo que estava viciado e apresentava erros grotescos da promotoria. O 
advogado sagaz bola um plano para que após o julgamento Roulet fosse preso por eventuais 
crimes cometidos e pelo assassinato de Donna Renteria. Dessa forma, Haller, iria reparar o erro 
que cometera com Martinez. Roulet é preso, mas por influência de sua família é posto em 
liberdade que o leva a querer acertar as contas com Haller pela traição e armação. Muito esperto, 
Haller, consegue monitorar Roulet e descobre que o jovem estaria a caminho da casa de sua filha. 
Haller se adianta e quando Roulet chega, encontra o advogado à sua espera. O jovem se 
desentende com o advogado e é agredido por um grupo de motoqueiros que são clientes de Haller. 
O advogado vai para casa e encontra lá a mãe de Roulet que assume a autoria da morte 
de seu amigo Frank e armada atira contra Haller. Ele revida o tiro acertando a senhora e logo após 
aciona o serviço de emergência. O filme finaliza com Martinez solto, Roulet sendo processado 
por seus crimes e Haller voltando à sua rotina anterior, fazendo o que sempre fez. 
 
 
 
 
ANÁLISE DA OBRA 
 O filme “O poder e a lei” nos faz refletir sobre o modo de trabalho de um advogado 
criminalista que utiliza meios fora do padrão, nada ortodoxos para resolver suas questões. Um 
homem muito inteligente que cometera um erro com um cliente, não acreditando e não provando 
sua inocência diante de um crime bárbaro, por achar que todos que o procuram são potencialmente 
culpados. Tem a oportunidade de reparar o erro cometido quando surge o caso de um jovem que 
aparentemente leva a todos crerem em sua inocência, mas que no fim das contas não era. 
Prontamente observa-se a quebra de um princípio que o advogado deve ter ao pegar uma causa, 
acreditar em seu cliente e dar o máximo de si para provar a inocência dele. A correção desse caso 
só foi possível, porque Haller viu a semelhança dos processos de Roulet com o processo de 
Martinez e dificilmente isso ocorreria se fosse outro advogado defendendo os direitos de Roulet. 
 Observando esse fato, somos levados a imaginar e refletir sobre a quantidade de pessoas 
processadas e julgadas por crimes que não cometeram e se quer tem a sorte de uma revisão 
criminal ou o aparecimento de um fato equivalente ao descrito no filme. Nos faz enxergar os erros 
e vícios nos processos sob a perspectiva do quão é prejudicial para quem é injustiçado, erros que 
infelizmente acontecem a todo momento e ninguém está isento. O advogado conseguiu absolver 
seu cliente em face dos diversos erros cometidos principalmente pela promotoria. 
Outro aspecto bastante relevante tratado no filme é o sigilo profissional embasado na ética 
do advogado, sigilo esse que é absoluto e imutável, o advogado sabendo que seu cliente cometeu 
diversos crimes continuou a defender seus interesses e não o delatou para a polícia. Se assim 
tivesse feito teria arruinado sua carreira, pois absolutamente ninguém iria confiar no advogado ao 
contar suas ações sabendo que poderia, dependendo da gravidade do problema, ser denunciado à 
polícia. Observa-se ao final do filme, o exercício da autotutela, o advogado resolve seu conflito 
com o jovem criminoso de maneira adversa aos meios que deveriam ser utilizados,provocando o 
judiciário.

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