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Ficha de Leitura I - Linguas Bantu - Edson Nhabomba

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Referencia Bibliográfica: INDE/MINED- Moçambique. Programa das Disciplinas do Ensino Basico III Ciclo. 2008, Maputo - Moçambique. 
Disciplina: Didáctica de Língua Bantu 
	Ficha de Leitura: 1
3o Ano
II – Semestre
	Estudante: Edson Francisco A. Nhabomba
	Curso: Ensino Básico – Pós – Laboral 
	Pág. 
	Conteúdo 
	Obs.
	
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150
151
A
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	1. Apresentação
Moçambique tem a Língua Portuguesa como língua oficial, e, língua de ensino oficialmente reconhecida. Contudo, Moçambique é um país multicultural e multilingue no qual coabitam cerca de vinte línguas moçambicanas de origem bantu, com as respectivas variedades dieléctricas, sendo cerca de 4 para cada língua. 
De acordo com INDE/MINED (2008), a introdução das línguas moçambicanas no ensino deve ser vista em duas vertentes, a de orientação linguística pedagógica e como direito da criança de aprender na sua língua materna. Garantindo assim, a valorização e manutenção da língua e da cultura, bem como o desenvolvimento da auto-estima, da identidade e da atitude mais positiva em relação a escola. 
2. A Introdução das Línguas Moçambicanas
 O processo de introdução das línguas moçambicanas no ensino, deu-se nos anos 90, todavia foi alicerçado pelos mateiras criados no I Seminário sobre Padronização da Ortografia de Línguas Moçambicanas que decorreu em 1988, onde fora padronizado a ortografia de 15 línguas.
Em 1990 o INDE, desenhou projecto de experimentação bilingue no ensino básico do primeiro grau, que foi denominada PEBIMO, que teve o seu inicio em 1993 e seu término em 1997. A experimentação supracitada decorreu nas províncias de Tete e Gaza em quatro (4) escolas públicas do 1o grau em cada província, onde foram introduzidas as seguintes línguas: Cinyanja/Português e Xixhangana/Português, respectivamente. 
Tendo resultados animadores, em 1997 o INDE, promoveu um debate de introdução de línguas moçambicanas no ensino básico, que envolveu diversas entidades. Neste debate foram propostas mais línguas para experimentação olhando para cobertura nacional, materiais escritos e ortografia padronizada, e são elas: Emakhuwa, Xirhonga, Xichangana, Cindau, Cisena, Cinyungwe e Cinyanja, foram ainda introduzidas: Tshwa, Yao, Makonde e Cwabo. 
Em 1999, realizou-se o II Seminário sobre Padronização da Ortografia de Línguas Moçambicanas, que veio confirmar, rectificar e acrescentar o que foi delimitado no I. A junção dos resultados de ambos seminários permitiu que se escolhesse com segurança as línguas a introduzir no ensino primário na primeira fase. 
Justificação para a utilização: as principais razões que justificam a utilização das línguas moçambicanas no ensino básico são: 
· Razões Linguístico Pedagógicas;
· Razões Culturais e de Identidade; e 
· A língua como Direito. 
· 
2.1. Introdução das Línguas Moçambicanas
Segundo INDE/MINED (2008), a experimentação surgiu no quadro das actividades da MINEDH, de resolver o panorama vivido no país naquela época, que se caracterizava por altas taxas de desistências e repetências, pressupondo-se que o facto da língua portuguesa ser a única língua de ensino – aprendizagem, pudesse ser uma das causas de tal situação. 
2.2. Modalidades de Introdução 
Para INDE/MINED (2008) apoud PCEB (1999), a introdução de línguas moçambicanas no ensino vai observar três modalidades, nomeadamente: 
· Programa de Educação Bilingue: Línguas Moçambicanas/Português L2;
· Programa de Ensino Monolingue em Português L2, com recurso as línguas locais. (Línguas Moçambicanas como Recurso) 
· Programa de Ensino Monolingue em Português L2 e línguas locais como disciplina. (Línguas Moçambicanas como Disciplina) 
3. Orientações Metodológicas Gerais. 
3.1. Ensino da L1 
De acordo com INDE/MINED (2008), A L1 quando usada como recurso, deve servir para explicar conceitos difíceis em disciplinas como Matemática, Ciências Naturais e Ciências Sociais, todavia ela não deve servir a todo momento para a traduzir conceitos de difícil compreensão em L2 por parte dos alunos. 
Idem, num contexto em que o meio de ensino é a língua portuguesa, a L1 também pode ser usada para avaliar o nível do conhecimento dos alunos no inicio ou no fim da aula, recorrendo a perguntas abertas. 
3.2. Ensino na L2
Parafraseando INDE/MINED (2008), Para que o aluno desenvolva a sua L2, o professor não deve traduzir a matéria da L2 para L1, pois assim eles prestaram mais atenção a tradução, ou seja, a língua que conhecem e não que se pretende ensinar. 
 Portanto, os métodos mais aconselháveis para o ensino da L2 (Português) são métodos que usam exclusivamente o Português durante uma certa aula, mas que esclarecem o contexto da matéria pelo uso de objectos, desenhos, gestos, acções e dramatização. 
Cada aula de L2 desenvolve a comunicação oral em Português. Quando os alunos tiverem algum domínio de oralidade, estarão prontos a começar a aprendizagem da leitura/escrita.

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