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…………………….…... Linfonodos e tireoide ……….....………………. Os linfonodos são órgãos encapsulados constituídos por tecido linfóide (linfócitos, células dendríticas, macrófagos e plasmócitos) e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto de vasos linfáticos. Eles funcionam como “filtros” da linfa, removendo partículas estranhas antes que a linfa retorne ao sistema circulatório sanguíneo. Linfonodos são estações de filtração da linfa. Responsáveis pela linfopoiese. Estabelece contato dos antígenos com macrófagos, cel B e T. Possíveis causas de linfadenomegalia …….. Aumento no número de linfócitos e macrófagos nas respostas aos antígenos. Infiltrações por células inflamatórias (linfadenites). Proliferação maligna “in situ” dos linfócitos e macrófagos. Ex: Linfoma. Infiltração por células malignas metastáticas. Infiltração dos linfonodos por macrófagos repletos de metabólitos nas doenças lipídicas. CHICAGO C- Câncer H- Hipersensibilidade I- Infecção C- Colagenoses/doenças reumatológicas A- Atipias – doenças linfoproliferativas G- Granulomatose O- Outras Mnemônica “ALL AGE” pode ser utilizada para auxiliar na lembrança dos principais dados da anamnese e exame físico de um paciente com alteração em linfonodo. Linfonodos ……………………………………………………. Occipitais : Região posterior da cabeça, dos lados da protuberância occipital em número de 1 a 3. Responsáveis pela drenagem da porção posterior do couro cabeludo. Mastoides ou pós-auriculares: Localizados sobre o processo mastoide, atrás da orelha em número de 2 Responsáveis pela drenagem do conduto auditivo externo, da pele da parte posterior da orelha e da pele da região temporal. A adenomegalia dolorosa desse grupo ocorre na rubéola e na mononucleose infecciosa. Pré-auriculares: Localizados adiante do trago Responsáveis pela drenagem das pálpebras, conjuntivas, da pele da região orbitária, do conduto auditivo externo e da face anterior do pavilhão da orelha. Sua inflamação está presente no sinal de Romaña, que consiste na infecção ocular pelas fezes do barbeiro, após sua picada, 1 no início da doença de Chagas, gerando conjuntivite e adenite pré-auricular. Cervicais profundos superiores: Localizados embaixo do ângulo da mandíbula Responsáveis pela drenagem da língua, amígdala e faringe Submandibulares: Localizados junto às glândulas submandibulares Responsáveis pela drenagem das glândulas submandibulares, da língua, da gengiva, do lábio inferior, do lábio superior, da comissura bucal, da bochecha e do ângulo interno do olho. Submentonianos : Localizados no triângulo submentoniano Responsáveis pela drenagem do lábio inferior, do assoalho da boca, da ponta da língua e da pele do queixo. Cervicais superficiais: Localizados acima do músculo esternocleidomastóideo Responsáveis pela drenagem do pavilhão auditivo e da parótida. Quando supurativos, sugerem linfadenite por micobactéria (escrofulose) Cervicais posteriores: Localizados no triângulo occipital entre o músculo omo-hióideo, trapézio e occipital São responsáveis pela drenagem do couro cabeludo. Podem sugerir rubéola e toxoplasmose. Cervicais profundos inferiores: Localizados na porção inferior do pescoço, abaixo do músculo omohióideo e atrás do músculo esternocleidomastóideo. Grupo júgulo-omo-hióideo, Grupo do escaleno, Grupo supraclavicular. Axilares : Região axilar Responsáveis pela drenagem da região torácica posterior, da mão, do antebraço, do braço, da porção superior do abdome e de parte da mama. O comprometimento unilateral é visto nos casos de tumores de mama, linfomas, infecções de extremidades superiores, doença da arranhadura do gato e brucelose. Supraepitrocleares : Localizados na face interna, em cima da tróclea Responsáveis pela drenagem do dedo mínimo, anular e a metade cubital do médio, palma da mão, na metade cubital, e antebraço. Seu comprometimento é visto na sarcoidose, sífilis secundária e hanseníase. Inguinais : Localizados na região inguinal e podem ser divididos em 2 grupos: superficiais e profundos Superficiais: responsáveis pela drenagem da pele da parede abdominal inferior, pele do pênis, escroto, vulva, mucosa da vagina, pele da região perineal e glútea e porção inferior do canal anal. Profundos: responsáveis pela drenagem da glande, pênis, clitóris e recebem a drenagem dos linfonodos superficiais. Poplíteos : Localizados abaixo da aponeurose profunda do cavo poplíteo e, portanto, difíceis de serem palpados, em número de 5 a 6. São responsáveis pela drenagem da articulação do joelho, da pele da perna, do pé, do tendão de Aquiles e de estruturas 2 profundas da pele. São palpáveis nas lesões da perna e do pé. −forma: oval ou redonda; −número: comprometimento localizado (definir número de linfonodos palpáveis em um mesmo grupo) ou generalizado (três ou mais grupos linfonodais comprometidos definir em cada um o número de linfonodos palpáveis); −consistência: fibroelástica ou pétrea; −tamanho: em centímetros; é necessário que o examinador saiba previamente o tamanho de sua polpa digital para, então, comparar e definir o tamanho do linfonodo na palpação; − sensibilidade: doloroso ou não; − mobilidade: móvel à palpação ou aderente aos planos profundos; − coalescência: em relação a outros linfonodos; − fistulização: presente ou ausente; − estado da pele: presença de sinais flogísticos (edema, calor, rubor e dor). Abordagem clínica ……………………………………….. Normalmente são fibroelásticos, móveis, indolores e têm até 1,0 cm (inguinais até 1,5 cm). Linfonodos endurecidos, fixos a planos profundos e em crescimento requerem investigaçao. Aumento requer investigação se recente, de etiologia desconhecida e se > 1,0 cm. Fatores importantes: idade < 40 anos, características físicas, localização e quadro clínico associado. Principais doenças ………………………………………. Cervicais posteriores: rubéola, toxoplasmose. Auriculares anteriores: infecções conjuntivas e olhos. Supraclaviculares: metástases de tumores intratorácicos, TGI, linfomas. Gânglio de Virchow: supraclavicular esquerda - Metástase TGI. Axilares unilaterais: neo de mama, linfomas, infecções MMSS, doençada arranhadura do gato. Inguinais bilaterais: DST. Escrofulose …………………………………………………… Tuberculose linfonodal 3 Ductos ……………………………………………………………. Ducto linfático direito drena a metade superior direita do tórax Seguintes regiões do corpo: lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, do membro superior direito, do pulmão direito, do lado direito do coração e da face diafragmática do fígado. Ducto torácico: Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. Sinal de troisier …………………………………………….. Gânglio de Virchow Achado semiológico de um linfonodo supraclavicular esquerdo aumentado e endurecido.É indicativo de cânceres abdominais, em particular do câncer gástrico. Mononucleose ………………………………………………. Amoxicilina= rash cutâneo A mononucleose infecciosa, também conhecida como doença do beijo, é uma doença contagiosa causada por um vírus da família do herpes chamado vírus Epstein-Barr (EBV), que é transmitido através da saliva. Tríade: Febre. Aumento dos linfonodos do pescoço. Dor de garganta Esplenomegalia- ruptura é raro porém possível. Mononucleose infecciosa X síndrome de mono-like: O primeiro é causado pelo Epstein-barr vírus. Já a síndrome de mono-like engloba todas doenças que podem cursar com dor de garganta, aumento de linfonodos, febre e aumento do baço. Entre elas destacam-se o HIV, citomegalovírus, linfomas e toxoplasmose. Portanto, ter mononucleose infecciosa é diferente de ter uma síndrome de mono like. Adenocarcinoma ulcerado ………………………… Linfoma de Hodgkin …………………………………….. Câncer que se origina no sistema linfático. A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se. A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones. Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos 4 https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/herpes-labial/ https://www.mdsaude.com/otorrinolaringologia/dor-de-garganta/ próximos, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo. A doença origina-se com maior frequência na região do pescoço e na região do tórax denominada mediastino. Tumores mediastino anterior: Tireoide Timoma Teratoma Linfoma Erisipela …………………………………………………………. A erisipela é uma condição inflamatória que atinge a derme e o panículo adiposo (tecido celular subcutâneo) da nossa pele, com grande envolvimento dos vasos linfáticos. Causada por bactérias que penetram por ferimentos na pele, como picadas de insetos e micoses. Pernas são a região mais atingida. Febre e diabetes Tireoide ………………………………………………………….. Glândula de consistência fibroelástica que repousa abaixo da cartilagem cricoide na região anterior do pescoço. Composta de dois lobos, que correm para cima margeando a cartilagem tireóidea de seus lados direito e esquerdo, ligados por um istmo central,conferindo-lhe um formato de “borboleta”. Assim, devem-se especificar: • volume/aumento– deve-se definir se ou aumento é global (a glândula está aumentada por inteiro) ou localizado (apenas determinada região encontra-se aumentada); • massas/nodulações – única ou múltipla; • consistência – fibroelástica (normal), endurecida, pétrea ou amolecida; • dor – registra-se quando o paciente refere dor ou hipersensibilidade, seja ela contínua, à palpação ou à deglutição. • sensibilidade A: osso hioide; B: cartilagem tireóidea; C: glândula tireoide . cartilagem tireóidea: principal ponto de referência, a proeminência laríngea (pomo de adão). 5 Exame físico da tireoide ……………………………... 1- Inspeção estática e dinâmica. 2- Palpação da tireoide. - Examinador posicionado em frente ao paciente. o paciente deve permanecer sentado enquanto o examinador, à sua frente, posiciona suas mãos em formato de “garra” sobre a loja tireóidea. Com o polegar, o examinador firma a traqueia na linha média enquanto palpa o lobo contralateral, realizando movimentos circulares com os dedos indicador e médio. Desse modo, com a mão direita, palpa-se o lobo esquerdo, e, com a esquerda, o lobo direito da glândula tireoide do paciente. - Examinador posicionado atrás do paciente. o paciente deve permanecer sentado enquanto o examinador, de pé atrás dele, posiciona suas mãos na região anterolateral de seu pescoço. Os polegares do examinador devem permanecer fixos na nuca do paciente, servindo como apoios enquanto o examinador realiza movimentos circulares com os dedos indicador, médio e anular para sentir a glândula 3- Ausculta. Sopros Bocio ………………………………………………………………. O termo bócio aplica-se para quando identifica-se um aumento da glândula tireóide de qualquer etiologia. Os bócios podem ser simétricos, assimétricos ou nodulares (uni ou multinodulares). Alteração que acontece devido à deficiência dos níveis de iodo → interfere diretamente na síntese de hormônios pela tireoide Sinal de Pemberton: O bócio multinodular pode causar obstrução da traquéia e quando retroesternal também a obstrução da veia cava superior. O sinal aparece quando se eleva o braço do paciente acima da cabeça. Esta manobra faz com que o paciente fique dispneico, com distensão das veias do pescoço, pletora facial ou com estridor. Tireoidite de Quervain: Eritema cervical, dor cervical, febre baixa- hipo ou hipertireoidismo Pontos chaves: Saber as características de um linfonodo inflamatório. Saber as características de um linfonodo neoplásico. 6 Saber todos os passos do exame físico dos linfonodos. Conhecer as principais cadeias de linfonodos e suas drenagens. Conhecer as principais síndromes clínicas relacionadas a tireoide. -Sd. de hipertireoidismo. -Sd. de hipotireoidismo. Saber todos os passos do exame físico da tireoide. Conhecer as principais manobras relacionadas a tireoide. Conhecer a tríade do bócio.7 8
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