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1 Orelha média ⤷ A primeira porção é a membrana timpânica ⤷ Quando fazemos a otoscopia observamos toda a orelha externa e a primeira porção da média, que é a membrana timpânica o Em alguns pacientes, por transparência, conseguimos observar o estribo o Normalmente o único ossículo que é visível todas as vezes é o cabo do martelo ⤷ Temos o músculo tensor do tímpano e o músculo tensor do estapédio, temos a caixa timpânica que é revestida por mucosa do tipo respiratório e nós temos a tuba auditiva, é a partir dela que vão ser geradas a maioria das doenças inflamatórias da orelha média ⤷ A orelha média fica localizada dentro do osso temporal, na fenda timpânica ⤷ O músculo elevador do véu palatino é o músculo que realmente participa de forma ativa na abertura da tuba auditiva o A tuba auditiva tem uma abertura virtual, ela é um tubo musculocartilaginoso com uma porção também óssea e a sua luz ela é virtual, fica o tempo todo fechada e só abre quando é solicitada A relação importante da orelha média com o nervo facial (NC VII) que emite o nervo corda do tímpano que passa por dentro da orelha média Proximidade dos vasos do pescoço (carótida, bulbo da jugular) com a orelha média, alguns pacientes acabam desenvolvendo um zumbido vascular (hum venoso) pela deiscência óssea ⤷ A bigorna está articulada ao martelo, ela possui um ramo longo (articulado ao estribo) e um ramo curto é um reparo anatômico importante para cirurgia do ouvido, porque ele está sempre olhando para o nervo facial ⤷ A platina do estribo ela fica articulada em cima da janela oval da orelha interna ⤷ A Pars flácida, ela tem esse nome porque só possui 2 camadas e a membrana timpânica é formada por 3 camadas, sendo mais flácida Martelo Bigorna Estribo 2 o É onde geralmente encontramos a formação de colesteatomas ⤷ Se a gente passa um eixo transversal e um longitudinal na membrana timpânica, o triângulo luminoso ele está sempre localizado no quadrante anteroinferior o Sua presença denota uma orelha saudável o Existem algumas poucas situações em que a orelha pode não estar doente e o paciente não ter o triângulo luminoso ▪ Ex. senescência (no paciente idoso o triângulo pode não estar presente por conta da diminuição do viço, do brilho natural dos tecidos), pacientes com rinite, tabagista (tabagista é um paciente mais secretivo, então sua orelha média vai estar sempre secretando mais do que o normal) ⤷ Por causa das diferenças anatômicas as crianças são mais susceptíveis a ter doenças da OM ⤷ Falta pneumatização da mastoide, a tuba auditiva da criança tem uma inclinação menor em relação ao eixo horizontal, a porção cartilaginosa é menor do que a porção óssea (é patente, vai estar aberta o tempo todo), é mais curta ⤷ No adulto, como a porção cartilaginosa já está mais desenvolvida, então a tuba auditiva consegue realmente fechar e só ser aberta quando solicitada ⤷ A função da tuba auditiva é drenagem das secreções que são produzidas pela mucosa da OM, equalizar as pressões, proteger a OI e OM Otite média aguda ⤷ É qualquer processo inflamatório do muco periósteo da OM, mucosite tubo timpânica ⤷ Ela tem um início súbito, é mais comum em criança, é de curta duração ⤷ Pode ser de origem viral ou bacteriana o >70-90% das OMA elas são de origens virais o Bactetiana: Streptococcus pneumoniae, Haemophillus influenzae e Moraxella catarrhalis ▪ São os mesmos germes que causam as rinossinusites agudas ⤷ Temos 2 picos de incidência o 6-24 meses ▪ Coincide com o período em que a criança está tomando leite na mamadeira, começa a frequentar creches ▪ 75% das crianças até 12 meses apresentaram pelo menos 1 episódio de OMA o 4-7 anos ▪ Período em que a criança começa a frequentar a escola ▪ 90% das crianças até 7 anos apresentaram pelo menos 1 episódio ⤷ Maior incidência no período do inverno o Pois aumenta a chance de doenças respiratórias ⤷ Temos uma IVAS com aumento da produção de secreção, edema da mucosa e, consequentemente, por conta do processo inflamatório dessa mucosa a gente vai acabar desencadeando uma disfunção da tuba auditiva (equalização, drenagem de secreções...) levando ao acúmulo de secreção dentro da orelha. Com o acúmulo de secreção dentro da orelha, começa a liberar mais citocinas inflamatórias, a secreção acumulada acaba virando meio de cultura para o crescimento bacteriano e isso leva a um processo infeccioso da OM. Ambientais Hospedeiro IVAS Idade Creche/ escola Anormalidades craniofaciais (adquiridas ou congênitas) Tabagismo passivo Predisposição genética Uso de chupeta, mamadeira DRGE Criança que vai para a creche antes dos 2 anos de idade (sistema imunológico ainda não está completamente desenvolvido), troca de germes, o uso de chupeta/mamadeira leva a alterações do arcabouço craniofacial levando a respiração oral e consequentemente a disfunção da tuba auditiva. Por ser uma tuba auditiva patente pode haver refluxo para a OM (amamentar semissentada para evitar esse refluxo) ⤷ O aleitamento materno é o único fator de proteção com evidência para doença de OM 3 ⤷ É um quadro súbito, caracterizado por otalgia intensa, pode ter ou não otorreia, febre, irritabilidade (sintomas inespecíficos de crianças que ainda não conseguem se comunicar) ⤷ É feito através de exame físico Na otoscopia veremos a membrana timpânica abaulada, hiperemia difusa por congestão dos vasos, alteração da transparência porque vai estar cheio de secreção na OM, aumento da vascularização Idade OMA com otorreia OMA bilateral sem otorreia OMA unilateral sem otorreia 6-24 meses ATB (Ceftriaxona) ATB ATB ou observação >2anos ATB ATB ou observação ATB ou observação Pacientes de 6-24 meses eles são um grupo de risco para complicações das OMA, a complicação mais comum é a meningite. Então, por mais que 70% dessas OMA sejam virais, em crianças abaixo dos 2 anos de idade, já entramos direto com ATB preventivo, que ultrapassem a BHE. Observação: paciente chegou com febre + dor no ouvido, nós prescrevemos sintomáticos e observa o comportamento da febre, como está o estado geral do paciente e aí aguardamos até ver a real necessidade de entrar com ATB o ATB: primeira escolha= Amoxicilina 80- 90mg/kg/dia o Analgesia, pois dói bastante Otite média aguda recorrente ou recidivante ⤷ 3 ou mais episódios de OMA em 6 meses ou 4 ou mais episódios de OMA em 12 meses ⤷ A conduta ainda não é consenso, então controlar o ambiente, controlar os fatores de risco para IVAS, fazer ATB (Amoxicilina 25mg/kg/dia) durante 6 meses o A professora prefere insistir no controle dos FR, tratar as doenças nasais e caso precise, tratar como primeiro episódio de uma OMA ⤷ Vacinação anti-influenza e antipneumocócica ⤷ Caso não surta efeito o tratamento, indicação de cirurgia com colocação de tubo de ventilação Otite média com efusão ⤷ Acontece quando existe a persistência de secreção dentro da OM, sem nenhum sinal ou sintoma de processo infeccioso o Mucoide, seroso, sanguinolento, purulento ⤷ Ela pode ser a fase de resolução de uma OMA, porque toda vez que eu tiver uma OMA eu vou passar pela fase de OM com efusão até ocorrer a resolução ⤷ E quando se está resfriada, a produção de secreção acaba aumentando, podendo encontrar líquido na OM e não necessariamente é um processo infeccioso ⤷ 50% dos lactentes até 1° ano de vida ⤷ 90% das crianças antes da idade escolar ⤷ A gente pode tratar de várias formas esse paciente, é importante que investigue toda a parte respiratória (se ele tem rinite, se é respirador oral, se tem algum motivo para não respirar bem, se existe alguma disfunção da tuba auditiva) ⤷ É a mesma fisiopatologiada OMA 1. Processo inflamatório de TA 2. Disfunção da tuba auditiva 3. Pressão negativa na OM 4. Acúmulo de secreções ⤷ A queixa vai ser disacusia ⤷ Vai apresentar atraso no desenvolvimento da fala e linguagem, uso de aparelhos com som alto, alterações comportamentais, plenitude auricular, tontura, déficit de atenção, causa sensação de perda auditiva ⤷ 3 semanas – Aguda o Tratamento clínico ⤷ 3 semanas- 3 meses – Subaguda o Tratamento clínico ⤷ >3 meses – Crônica o Colocação do tubo de ventilação ⤷ É feito pela otoscopia o Acúmulo de secreção retrotimpânica de coloração amarelo-palha, a membrana timpânica perde a sua mobilidade, na impedanciometria vamos encontrar uma curva tipo B ou tipo C 4 o Redução da transparência da membrana timpânica, bolhas ou nível hidroaéreo ⤷ Timpanometria Curva tipo B (+ comum), confirma casos suspeitos ⤷ Lançar mão de tratamento medicamentoso com corticoide nasal para tratar a disfunção tubária, as rinites ⤷ Observação clínica: até 3 meses a partir do diagnóstico ⤷ Duração >3meses a partir do diagnóstico o Miringotomia + colocação de tubo de ventilação com ou sem adenoidectomia Otite média crônica ⤷ São aquelas doenças da OM que evoluem com sinais e sintomas superior a 3 meses de evolução ⤷ É um processe inflamatório da OM que acomete a membrana timpânica e as cavidades anexas à tuba auditiva, com duração superior a 3 meses, associada a secreção, que pode ou não levar a perfuração da membrana timpânica ⤷ São classificadas em 2 grandes grupos o Não colesteatomatosa ▪ Não supurativa: vai ter uma supuração intermitente, o ouvido pode ter otorreia, mas ela não vai ser persistente • Vai acontecer quando o paciente tá resfriado, ou vai tomar banho de mar/piscina ▪ Supurativa: o paciente tem otorreia o tempo inteiro • É diagnóstico diferencial de colesteatomatosa o Colesteatomatosa nós temos um cisto epidérmico que se comporta como uma neoplasia, ele vai crescendo, vai erodindo as estruturas ósseas, invade base de crânio. Então é uma doença muito ruim que precisa ser tratada de forma bem agressiva ⤷ Teoria do continum: a OMA, OME e os diferentes tipos de OMC são apenas diferentes fases de um mesmo processo, porque todas elas começam com a disfunção da tuba auditiva e aí o paciente que tem essa disfunção crônica e não trata corretamente ele vai evoluir com uma cronificação da sua doença ⤷ É importante que a gente trate, use ATB adequadamente, principalmente na fase 1 (OMA) ou que a gente trate a OME também na fase aguda o Importante reconhecer essa associação das doenças respiratórias com as doenças da OM ⤷ Caso não consiga tratar na fase 1, paciente evolui para a fase 2 (irreversível), fase de cronificação ⤷ Fase 3 (irreversível) surgimento do colesteatoma Paciente respirador oral, disfunção tubária, tem uma OMA que não é tratada corretamente evoluindo com uma perfuração de MT e posteriormente evolui com a formação de um colesteatoma Criança respirador oral, ele vai ter uma OMA que vai evoluir para uma OM secretora que pode evoluir para uma OM atelectásica com retração da MT e posterior formação do colesteatoma ⤷ Se for OMC não supurativa: otorreia intermitente, história de IVAS ou contato com água, hipoacusia, perfuração timpânica ⤷ A principal característica da OMC é a perfuração da MT, que pode ter vários tamanhos, a localização pode ser tanto central como pode ser marginal ⤷ É clínico, porque fazemos a otoscopia e observamos a perfuração da MT + avaliação 5 audiométrica (mostra a perda tanto auditiva condutiva quanto mista) + exame de imagem TC (o diagnóstico de certeza para saber se tem colesteatoma ou não) o Vamos pedir quando tiver otorreia refratária ao TTO ou com suspeita de complicações (febre muito alta, convulsão, rigidez de nuca) ⤷ Vai depender do estado da orelha ⤷ O tratamento definitivo é cirúrgico ⤷ Orelha úmida o Limpeza o Cauterizações focais se tiver algum granuloma, algum pólipo de mucosa o Gotas ATB ▪ Neomicina e polimixina são ototóxicas, então usa ciprofloxacino ⤷ Não resolveu o Limpeza + frequente o Cauterizações focais o Gotas ATB o ATB sistêmico ⤷ Conseguimos uma orelha seca, então vamos orientar o paciente para o procedimento cirúrgico necessário, pode ser só da MT (timpanoplastia), só da OM (mastoidectomia) ou nos dois (timpanomastoidectomias) o Solicitar exames pré-operatórios Otite média crônica colesteatomatosa ⤷ É um cisto epidérmico que pode surgir de duas formas o Adquirida ▪ Primária: é a partir de uma retração da MT ⤏ invaginação epitelial ▪ Secundária: a uma perfuração timpânica marginal ⤏ migração epitelial o Congênito ▪ É quando ocorre falha na migração dos tecidos ▪ Restos embrionários de tecido epitelial na OM ▪ MT íntegra ⤷ Adquirida primária Essa MT está retraída, está atelectásica. Esperamos encontrar o colesteatoma na Pars flácida. A orelha ela tem mecanismos próprios de autolimpeza, um desses mecanismos é a renovação celular da pele. Então a pele descama e vai sendo renovada. Quando temos essas bolsinhas de retração da MT, partículas dessa descamação caem dentro da retração e aí elas são englobadas formando o colesteatoma ⤷ Adquirida secundária Nesse mesmo mecanismo de autolimpeza e descamação, partículas caem dentro da OM e essa epiderme é considerada um corpo estranho, então forma-se um granuloma de corpo estranho e a partir dele é formado um colesteatoma ⤷ Otorreia é bem fétida, purulenta, crônica, piossanguinolenta o Independente do tratamento o ouvido vai estar sempre supurando ⤷ Hipoacusia Aspecto nacarado, aspecto de furta cor ⤷ Clínico com a otoscopia + avaliação audiométrica (perda auditiva condutiva, perda auditiva mista) + exame de imagem TC ⤷ A indicação cirúrgica é a partir do primeiro momento do diagnóstico ⤷ Cirúrgico ⤷ Vai depender da idade, do estado da orelha contralateral, do tamanho do colesteatoma, se é um paciente que vai poder ser submetido a cirurgias outras vezes, se pode ter confiança no paciente para poder acompanhar
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