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Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 1 MCA, 65 anos, sexo feminino, branca, viúva, costureira, natural do Ceará, procura por atendimento médico relatando intensa dor no ouvido direito e perda de audição no lado esquerdo há 3 dias. Ao ser indagada pela médica, refere que há 10 dias viajou de avião para a casa de sua neta em São Paulo e há 5 dias ficou muito resfriada, apresentando coriza hialina, obstrução nasal em báscula e espirros esporádicos; alega uso de descongestionante nasal por conta própria. No voo de volta para Recife, há 3 dias, sentiu intensa dor no ouvido direito e dor facial do tipo pressão. Desde então está com zumbido e perda da audição à esquerda. Refere ter histórico de otite com perda da audição sempre que fica gripada e que melhora sem tratamento, porém desta vez está diferente. Antecedentes Pessoais: Asma e rinite alérgica. Nega Diabetes. Tomou vacina da gripe este ano, pois é do grupo de risco. Exame Físico Geral apresenta-se corada, eupneica, orientada, hidratada, acianótica, anictérica, temperatura 37,8ºC. Exame Otorrinolaringológico: Otoscopia: lado direito com membrana timpânica íntegra e abaulada e com presença de bolhas por trás da MT e lado esquerdo há retração e opacificação da MT com horizontalização do cabo do martelo. Orofaringe ndn. Rinoscopia anterior com secreção muco-hialina e hipertrofia de cornetos inferiores. Dra. Mariza solicitou exames para melhor avaliação: -Raio X de Seios Paranasais que mostrou discreto espessamento de seios maxilares. -Audiometria com Perda do Tipo Condutiva bilateral com curva timpanométrica do Tipo B. Diante do Diagnóstico de Otite Média e Rinossinusiopatia a médica orienta a necessidade de iniciar tratamento para que não ocorram complicações decorrentes da otite, que embora raras podem ser graves. Prescreveu Amoxacilina + Clavulanato , Prednisolona , Desloratadina , orientou lavagem nasal e retorno ao ambulatório de otorrino. Objetivos: 1. Definir os tipos de otite. 2. Conhecer a anatomia e semiologia do ouvido e suas conexões (Correlacionar com as patologias). 3. Entender a otite média (fisiopatologia, etiologia, quadro clínico, fator de risco, diagnóstico, tratamento) - Bactérias mais prevalentes e correlacioná-las com o tratamento escolhido. 4. Citar as complicações da otite média 5. Entender a audiometria (indicações, tipos de perda e curva timpanométrica). 1. Definir os tipos de otite. A otite é toda inflamação em uma das regiões do ouvido (externa, média e interna) e pode ser o resultado de alergias ou da ação de vírus, bactérias e fungos. ❖ Comum entre as crianças; ❖ Diferentes tipos de otite e cada um precisa de um tratamento diferenciado; o Variam de acordo com a parte do ouvido afetada (externa, média ou interna) e seu tempo de duração (aguda ou crônica) ❖ Os sintomas mais comuns das inflamações que acometem o sistema auditivo são dores muito fortes e tímpano avermelhado. Em casos mais graves, o tímpano inflamado pode se romper e provocar a eliminação de pus, o que aumenta o risco de a infecção se espalhar. o Sintomas como febre, náuseas e vômitos são comuns em crianças pequenas. Em bebês com meses de vida, o problema pode ser sinalizado simplesmente pela irritação ou pela dificuldade de dormir. Tipos de otite: 1. Otite externa: Quando atinge o ouvido externo e alcança o pavilhão auricular e a porção mais externa do tímpano (do pavilhão auricular até o final do conduto auditivo). Se Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 2 desenvolve por conta das bactérias que invadem a profundidade da pele ou devido ao acúmulo de umidade no ouvido interno, o que estimula o surgimento de fungos. Causas, além da umidade, que contribuem para o desenvolvimento da otite externa são brasões ou arranhões no canal auditivo; acúmulo de água no ouvido; sensibilidade a produtos de higiene pessoal (por exemplo: shampoo e sabonetes); agressões ao canal auditivo com hastes flexíveis, outros objetos ou até com o dedo; uso de dispositivos no ouvido (por exemplo: fones de ouvido e tampões). Tratamento: normalmente é receitado uso de analgésicos para alívio da dor de ouvido, pode ser usado medicamento em gotas para ser administrado diretamente na região. Pode ser feita limpeza no local e aplicar antibiótico no ouvido externo em situações mais graves. 2. Otite média: Mais Comum Ouvido médio, região que estabelece relação com o nariz, afeta a parte média da orelha, que vai do tímpano até o final dos ossículos — martelo, bigorna e estribo; Costuma aparecer durante ou após resfriados, gripes e infecções respiratórias ou na garganta; Ela costuma ser dolorosa por conta da inflamação e do acúmulo de secreção nessa região; Causada por vírus ou bactérias e pode afetar um ou os dois ouvidos. Geralmente, as crianças são as mais afetadas em razão da menor imunidade e do posicionamento das estruturas anatômicas relacionadas à audição e os nadadores (contato frequente com a água); Pode se tornar crônica e levar à perda auditiva. Em casos extremos, é recomendada a cirurgia que drena o líquido e melhora consideravelmente a audição do paciente; Tratamento: Deve-se observar a causa, as vezes é necessário uso de anti-inflamatórios e analgésicos para alívio da dor, descongestionantes para reduzir a congestão nasal. Antibióticos podem ser receitados caso haja presença de sintomas, como vômitos, dores fortes e febre alta. É recomendado que não deixe acumular secreção nasal para que o nariz e a garganta não corram o risco de desenvolver inflamações. 3. Otite interna: Atinge a porção mais complexa do ouvido: é justamente no ouvido interno que se encontram o labirinto e a cóclea, responsáveis pelo equilíbrio e pela audição. Essa região fica próxima de estruturas delicadas, como o nervo vestibular e o nervo auditivo, por isso, infecções nessa região são consideradas muito graves; Provoca inflamações e irritações no ouvido interno. Há grandes possibilidades de o indivíduo também ter problemas de labirintite, pois é possível que a infecção atinja o labirinto; Tratamento: Por ser considerada muito grave, o médico pode iniciar a internação do paciente para oferecer cuidados mais intensivos e controlar a infecção. 4. Otite crônica: Quando a infecção perdura mais que 4 semanas; Causas mais frequentes são por perfuração do tímpano de longa data e disfunção da tuba auditiva. É comum ocorrer a piora no quadro de inflamação na otite crônica. Nesse caso, é necessária a consulta imediata com um especialista para avaliar o estado do paciente; Causada pelo bloqueio da tuba auditiva, responsável por conectar o ouvido médio à parte posterior do nariz, devido a lesões no ouvido. O quadro pode se agravar após uma infecção na garganta ou nariz, como no caso de resfriado, ou depois de entrar água no ouvido médio durante a natação ou um banho; Tratamento: Antibióticos tópicos e oral, evitar entrada de água no ouvido quando existe perfuração. 5. Otite aguda ou de repetição: Tem duração de mais ou menos duas semanas, mas não é considerada um caso grave desse tipo da doença. No entanto, quando ela aparece mais de quatro vezes ao ano, é denominada otite de repetição; Desenvolve-se quando há excesso de muco e líquido no ouvido, o qual não é drenado naturalmente e, com isso, inicia-se um novo processo de infecção. A otite aguda ou de repetição também pode ser causada por vírus ou bactérias; Tratamento: Analgésicos e anti-inflamatórios, sprays nasais também podem ser receitados para ajudar no descongestionamento. Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 3 2. Conhecer a anatomia e semiologia do ouvido e suasconexões (Correlacionar com as patologias). O limite da orelha externa é a membrana timpânica, que está na extremidade do meato acústico, separando-a da orelha média. A orelha média é uma cavidade que contêm os ossículos da audição, que conectam a membrana timpânica à orelha interna, através da janela oval. Esses ossículos são, de externa para internamente, o martelo, a bigorna, e o estribo. A membrana timpânica e a cadeia de ossículos transformam as vibrações sonoras em ondas mecânicas que avançam para a orelha interna. Ademais, a orelha média se comunica com a nasofaringe através da tuba auditiva ou Tuba de Eustáquio. Essa comunicação justifica o fato de que infecções na cavidade nasal podem se disseminar para a orelha média, ocasionando otites. Esse mecanismo é mais comum em crianças, uma vez que, anatomicamente, elas apresentam tubas auditivas mais horizontalizadas, o que facilita a migração de conteúdo da cavidade nasal para a orelha média. A tuba auditiva tem 3 funções principais em relação à orelha média: 1. Proteção contra secreção e gradiente de pressão da nasofaringe; 2. Drenagem e clearance de secreção da orelha média para a nasofaringe; 3. Ventilação da orelha média para equalizar sua pressão com a pressão atmosférica. Esta é a função mais importante, porque a audição é melhor quando a pressão da orelha média é semelhante à pressão do conduto auditivo externo. Através da membrana timpânica, o principal ossículo que observamos é o martelo, o qual possui dois marcos notáveis à otoscopia: o seu cabo e o seu processo curto. Ao longo do cabo do martelo, em condições normais, há pequenos vasos sanguíneos. O local em que o tímpano encontra a extremidade do martelo é chamado de umbigo da membrana timpânica, de onde parte um reflexo luminoso denominado cone de luz. Acima do processo curto do martelo, situa-se a parte flácida da membrana timpânica. O restante do tímpano equivale à parte tensa. Lateralmente, podemos observar ainda um segundo ossículo: a bigorna. A orelha interna compreende a cóclea, os canais semicirculares e a extremidade distal do nervo vestibulococlear (NC VIII). Ela tem função relacionada à transmissão e transdução da energia sonora, convertendo-a em impulsos nervosos que são transmitidos para o cérebro. No entanto, ela não é visível no exame da otoscopia. O otoscópio é um instrumento semelhante a uma lanterna que possui formato cônico em sua cabeça para facilitar sua adequação à anatomia da orelha. Ele possui uma lente de aumento que permite a melhor visualização das estruturas anatômicas. O instrumento dispõe de uma série de espéculos de tamanhos variados que facilitam a acomodação do instrumento da orelha. O tamanho adequado do espéculo deve ser o maior que o meato acústico do paciente consiga acomodar com facilidade. É Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 4 fundamental que o espéculo escolhido seja corretamente esterilizado antes do procedimento. O examinador deve solicitar que o paciente incline a cabeça para o lado contralateral ao examinado. Para facilitar a introdução do otoscópio, devemos realizar a retificação do meato acústico. Em adultos, isso consiste na tração delicada do pavilhão auricular para superior e posteriormente, afastando-o discretamente da cabeça. Em crianças, o pavilhão auricular deve ser tracionado para inferior e posteriormente. É importante apoiar a mão que segura o otoscópio na face do paciente, através do quinto dedo, para garantir que o instrumento acompanhe os movimentos da cabeça do paciente. A membrana timpânica normal é translúcida, brilhante (reflete a luz do otoscopio), com a cor semelhante a uma pérola, é tensa e tem a forma semelhante ao cone de um alto-falante, ligeiramente convexa, móvel. Por outro lado, ao observar o tímpano, o examinador deve estar atento à coloração, contornos e presença ou não de perfurações na membrana. Possíveis alterações: OTITE EXTERNA AGUDA: No exame físico, geralmente manifesta-se através de dor à movimentação do pavilhão auricular e trago. Na otoscopia, a otite externa aguda apresenta meato acústico edemaciado, estreitado, úmido, pálido e hipersensível. Eventualmente, o meato acústico pode apresentar hiperemia. OTITE MÉDIA AGUDA: No exame físico, geralmente manifesta-se através de dor à palpação do processo mastoide. Em geral, ela se manifesta na otoscopia através de abaulamento, opacidade (perda da translucidez) e hiperemia da membrana timpânica, e, quando de etiologia bacteriana, via acúmulo de secreção purulenta. PERFURAÇÃO DE MEMBRANA TIMPÂNICA: As perfurações da membrana timpânica podem ser causadas tanto por traumatismos diretos, quanto por infecções purulentas na orelha média. Elas podem estar associadas a sintomas como perda auditiva, dor, otorragia e vertigem. Essa perfuração geralmente é evidente na otoscopia, onde a membrana timpânica também se apresentará com mobilidade abolida e, em perfurações infecciosas, pode apresentar fibrose e tecido de granulação (associados à inflamação crônica). Alguns termos semiológicos: ❖ OTALGIA: Dor de ouvido; ❖ OTORREIA: Descarga pelo ouvido de diferentes tipos de secreções; o Sinal mais característico de otite média crônica colesteatomatosa (OMCC) e otite media crônica simples (OMCS) ❖ OTORRAGIA: Hemorragia no ouvido; ❖ HIPOACUSIA: Perda de audição; o Mergulho, hx familiar, trauma, febre, progressiva, condutiva. ❖ VERTIGEM: Perda de equilíbrio causado pela sensação desagradável de se estar girando em um ambiente ou de ter o ambiente girando em torno de si, mesmo sem se mexer ou sair do lugar. ❖ TINNITUS: Zumbido no ouvido; ❖ ZUMBIDO: o Mais comum em patologias da orelha interna EXAME FÍSICO: Orelha externa: Inspeção: Observar presença de edema, vermelhidão, otorreia. Na otoscopia visualizar todo o conduto, limpar cerume, avaliar epitélio, tortuosidades. Palpação: Observar se dor a palpação, fistulas, edema. Orelha média: Inspeção e palpação: Observar se há presença de facies de dor, síndromes, abaulamentos, palpação cervical. Avaliação da tuba: 1. Manobra de Valsava; a. os pacientes mantêm sua boca fechada e tentam forçar um sopro de Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 5 ar para fora, através de suas narinas comprimidas pelo polegar e indicador (causando estalido nos ouvidos). 2. Manobra de Tonybee a. Consiste na deglutição com a boca e nariz tapados, o que provoca uma diminuição da pressão na nasofaringe e na caixa timpânica. Consequentemente, na otoscopia simultânea, verifica-se a depressão da membrana timpânica, que retoma a sua posição inicial ao deglutir com a boca aberta. 3. Método de Politzer. a. o médico introduz ar com uma seringa especial (inflaotalgia médio) em uma das narinas do paciente e bloqueia a outra enquanto o paciente deglute. Isto leva o ar à tuba auditiva e à orelha média. b. Orelha interna: Audição ❖ Weber; o Teste clínico usado para audição e indica se a perda é de origem neural ou condutiva; o Posiciona o diapasão em vibração na linha mediana sobre o vértice do crânio. A posição dele pode ser em qualquer ponto na linha mediana, sobre a ponte do nariz, a fronte ou a maxila, no entanto, o resultado é melhor no vértice; o Normalmente o som é ouvido de modo igual nas duas orelhas, não sendo lateralizado; o Quando há assimetria, o paciente escuta melhor em um dos ouvidos, ou seja, há perda auditiva; o o Hipoacusia condutiva: na surdez condutiva, o som lateraliza para o lado afetado; o Hipoacusia neurossensorial: em pacientes com deficiência auditiva neurossensorial unilateral, o som não é ouvido do lado afetado, mas é ouvidoou localizado pela orelha não afetada. Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 6 ❖ Rinne; o Compara a percepção dos sons pelo ar e atraves da condução óssea pelo osso temporal, mais especificamente, do processo mastoide do osso temporal; o Posiciona o diapasão na ponta do processo mastoide do osso temporal, pergunta ao paciente se ele ouve o som e pedir-lhe que avise quando parar de ouvir, quando o som não for mais percebido pelo paciente, posicionar os braços do diapasão próximo ao ouvido do paciente e perguntar se ele ouve o som; o o Positivo: o paciente continua ouvindo o som (CA>CO) = Normal ou hipoacusia neurossensorial; o Negativo: o paciente continua sem ouvir o som. (CO>CA) = Hipoacusia condutiva. ❖ Bing; ❖ Bonnier: ❖ Audiometria: ❖ Eletrocócleografia: Avalia presença e conformação dos potenciais da Cóclea e n VIII 3. Entender a otite média (fisiopatologia, etiologia, quadro clínico, fator de risco, diagnóstico, tratamento) - Bactérias mais prevalentes e correlacioná-las com o tratamento escolhido. A otite média é definida como uma inflamação da orelha média, independente de etiologia ou patogênese específicas. Uma vez que todos os espaços pneumatizados do osso temporal são contíguos, a inflamação da orelha média pode envolver também outros três espaços pneumatizados: mastóide, ápice petroso e células perilabirínticas. OTITE MÉDIA – é a inflamação do ouvido médio sem referência à etiologia ou patogenia; OTITE MÉDIA AGUDA (OMA) – é o rápido início de sinais e sintomas, como a otalgia e a febre, que acompanham a infecção aguda do território do ouvido médio; OTITE SEROSA – ou otite média com derrame ou efusão, é a inflamação do ouvido médio com uma coleção de líquido no interior do espaço da caixa do tímpano. Não existem sinais ou sintomas da otite média aguda e não há perfuração da membrana timpânica; EXSUDADOS TIMPÂNICOS – refere-se às características do líquido contido no interior do ouvido médio. Não necessariamente relaciona-se à etiologia, patogênese, patologia ou duração. Estes exsudados podem ser: ❖ Serosos – líquido fino e aquoso; ❖ Mucosos – líquido espesso, viscoso, mucoide. ❖ Purulentos – presença de pus. ❖ Mucopurulentos – uma combinação destes. ↓ Otite média secretora (OMS) também conhecida como otite média crônica com efusão. É um processo inflamatório na orelha média com presença de líquido e membrana timpânica sem indícios de infecção aguda. A fisiopatologia da OMS envolve uma reação inflamatória inicial, como um quadro de otite média aguda, levando a produção de líquido na tuba auditiva. Essa cavidade preenchida com líquido sofre um desequilíbrio de pressão e, o bombeamento muscular piora ainda mais o quadro, aumentando a pressão negativa dentro da tuba, resultando na permanência do líquido dentro da tuba auditiva. A secreção é causada por uma reação inflamatória na orelha média, podendo ser mucoide, formada por exsudato sintetizado pelas glândulas secretoras, ou serosa, composta por transudato em consequência do aumento da permeabilidade capilar. Fisiopatologia: Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 7 O processo infeccioso pode se disseminar além do ouvido médio por: periflebite ou tromboflebite, erosão óssea ou extensão direta por vias preexistentes, além da via hematogênica. Quando o paciente desenvolve um resfriado como, este leva a um processo infeccioso tanto na nasofaringe como na tuba auditiva, gerando um edema na tuba pela inflamação. Todo esse processo leva à disfunção tubária. A tuba auditiva tem as funções de equalizar a pressão com o ambiente e a drenagem de secreção. Na patologia, a pressão da orelha média fica cada vez mais negativa e isso favorece o acúmulo de secreções e consequentemente a colonização bacteriana. A disfunção do tubo de Eustáquio é o mais importante fator na fisiopatologia da OMA; ela atrapalha a drenagem da orelha média, que fornece proteção contra secreções nasofaríngeas, aumentando a pressão negativa no ouvido médio; a perda da aeração do ouvido médio e o acúmulo de efusões aumentam a probabilidade da ocorrência de OMA. Em crianças pequenas, a trompa de Eustáquio é curta e horizontal. À medida que os indivíduos envelhecem, a trompa de Eustáquio se amplia, dobra em comprimento, torna-se mais orientada verticalmente e se endurece, o que explica a diminuição da incidência de OMA em adultos. Normalmente, o tubo é fechado, mas abre-se durante a mastigação e a deglutição. Causas de disfunção da trompa de Eustáquio incluem rinite alérgica, rinite sazonal, infecções de vias aéreas superiores. Obstrução mecânica por adenoides hipertrofiadas também pode causar disfunção da trompa de Eustáquio. As crianças pequenas, que têm menor suporte fibrocartilágeno da trompa de Eustáquio, apresentam maior propensão para a OMA. A microbiologia das OMAs foi determinada por exames de culturas de orelha média, que foram positivas para vírus em 48 a 70% dos casos, com coinfecção viral e bacteriana ocorrendo entre 45 e 66% das amostras. O vírus sincicial respiratório é o mais comum, mas o vírus da parainfluenza, o vírus da gripe, o rinovírus e o adenovírus também foram encontrados na orelha média das crianças. Os vírus aumentam a inflamação da orelha média, diminuem a função dos neutrófilos e diminuem a penetração de antibióticos no ouvido médio, piorando, assim, as infecções bacterianas. As causas mais comuns de infecção bacteriana é o Streptococcus pneumoniae, sendo os sorotipos 19 e 14F os mais frequentes. Outras causas comuns incluem Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis. O Streptococus pyogenes, o Staphylococcus aureus e as bactérias gram negativas são bem menos frequentes. O uso generalizado da vacina pneumocócica conjugada com sete valentes (PCV-7) e a subsequente vacina pneumocócica conjugada 13-valente (PCV-13) alteraram a frequência desses organismos comuns, com H. influenzae aumentando a frequência, particularmente em OMA persistentes e falhas de tratamento. Os recém-nascidos saudáveis tendem a ser infectados pelos mesmos agentes patogênicos que as crianças mais saudáveis. A miringite bolhosa é uma variante das OMA em que se verifica a presença de bolhas na membrana timpânica (MT) em até 5% dos casos de OMA em crianças menores de 2 anos. Embora, anteriormente, acreditava-se que pudesse ser causada por Mycoplasma pneumoniae, as culturas não encontram esse agente. A miringinite bolhosa é, portanto, tratada com os mesmos antibióticos. Mais de 70% das crianças com conjuntivite purulenta podem ter OMA, um complexo de sintomas descrito como síndrome da otite conjuntivite, que é predominantemente causada por H. influenza. Outros organismos menos comuns que podem causar OMA incluem Mycobacterium tuberculosis (sobretudo em crianças) e Chlamydia trachomatis (mais comumente observado em crianças <6 meses). ↓ Geralmente, são precedidos de uma infecção de via aérea superior (IVAS). Acontece por uma disfunção da Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 8 trompa de Eustáquio (tuba auditiva), a qual obstrui, e com isso prejudica a ventilação do ouvido médio. Isso faz com que se crie uma pressão negativa nesta câmara, estimulando a secreção de muco, que irá se acumular. Além disso, a IVAS pode favorecer a migração de bactérias da nasofaringe para a cavidade do ouvido médio. Com isso, as bactérias encontram-se em um meio excelente para sua proliferação, produzindo reação inflamatória e manifestando-se como uma OMA. O acúmulo de pus provoca abaulamento da membrana timpânica, que irá causar a otalgia (principal sintoma). Etiologia: As bactérias mais frequentemente identificadassão: S. pneumoniae (30-50%), H. influenza não tipável (25- 30%); e M. catarrhalis (10-15%). Porém esse perfil tem se modificado devido a introdução da vacina antipneumocócica no calendário vacinal. Em lactentes jovens que estão hospitalizados e em neonatos, pode- se ter o envolvimento de outras bactérias causando a otite: Streptococcus do grupo A, Staphylococcus aureus e Gram-negativas. Dentre os vírus, destaca-se o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), apesar de não ser muito esclarecido como este processo acontece. Agentes mais frequentes: (Bactérias) S. pneumoniae, H. influenza não tipável e M. catarrhalis; (Vírus) VSR Quadro clínico: O sintoma inicial habitual é a otalgia, muitas vezes com perda auditiva. Os lactentes podem simplesmente apresentar irritabilidade ou ter dificuldade para dormir. Febre, náuseas, vômitos e diarreia ocorrem, com frequência, em crianças pequenas. A otoscopia pode evidenciar abaulamento e hiperemia da membrana timpânica e perda do reflexo luminoso. A insuflação de ar (otoscopia pneumática) mostra mobilidade diminuída da membrana timpânica. Perfuração espontânea da membrana timpânica faz com que surja otorreia purulenta ou serossanguinolenta. Forte cefaleia, confusão ou sinais neurológicos focais podem ocorrer nos casos de disseminação intracraniana da infecção. Paralisia facial ou vertigem sugere extensão local para o canal do facial ou labirinto. ↓ A otoscopia é um exame fundamental para o diagnóstico. Nela é possível observar a membrana timpânica que, na OMA, se encontra convexa e abaulada, com coloração alterada (hiperemia difusa, opacificação e pontos esbranquiçados) e com perda da mobilidade (figura 1). Entretanto, nem sempre as alterações na otoscopia são de fácil visualização. O abaulamento é um dos sinais mais específicos para o diagnóstico da OMA, na otoscopia. Pode-se observar também a miringite bolhosa, que é caracterizado pela presença de bolhas e eritema na membrana timpânica. A otite média serosa será caracterizada pela presença de efusão (líquido) estéril dentro da orelha média. Na otoscopia, observa-se sinais de opacidade, cor esbranquiçada e perda da mobilidade. Geralmente não terá dor, apenas a sensação de ouvido cheio (plenitude aural). Existem exames complementares, como: timpanometria e impedanciometria acústica (para investigar a mobilidade e complacência timpânica); e timpanocentese com cultura (indicada em casos refratários e na presença de complicações). Fator de risco: ❖ Baixo nível socioeconômico (seja por compartilharem conglomerados populacionais Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 9 ou por não terem acesso adequado ao sistema de saúde); ❖ Crianças institucionalizadas, visto que também têm maior incidência de infecção de vias aéreas superiores (IVAS). A incidência de otite média durante o ano acompanha a de IVAS, ou seja, é maior nos meses de inverno; ❖ Cerca de 60% das crianças escolares com IVAS evoluem com OMA ❖ Atualmente, estuda-se o papel de poluentes ambientais como possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de OM (entre eles, a fumaça de cigarro). O fumo provoca a hiperplasia das células caliciformes, com hipersecreção da mucosa e diminuição do transporte mucociliar ❖ Tasker et al (2002) postula que a Doença do Refluxo Gastroesofágico esteja associada à gênese da OMS pelo fato das efusões de ouvido médio conterem enzimas gástricas em 91% das crianças ❖ Os ambientais e os do hospedeiro são os mais significantes. No ambiental estão as IVAS, creche ou escola, uso de chupeta e o tabagismo passivo, neste último a fumaça e suas substâncias alteram a produção e a função mucociliar do epitélio respiratório. No do hospedeiro estão a idade, anormalidades craniofaciais, predisposição genética e DRGE. ❖ Sexo predomina o masculino; ❖ Tabagismo passivo Diagnóstico: Avaliação clínica O diagnóstico da otite média aguda geralmente é clínico, baseado na presença de dor aguda (em 48 horas), abaulamento da membrana timpânica e, particularmente em crianças, a presença de sinais de efusão da orelha média na otoscopia pneumática. Exceto para o líquido obtido no caso de indicar-se miringotomia, as culturas não são geralmente feitas. Propedêuticas citadas no objetivo 2; Observa-se os sinais clínicos de otorreia e os sinais de inflamação, que são: ❖ Sinais de efusão: alteração de cor da membrana timpânica: branca, amarela, âmbar ou azul; opacificação não provocada por cicatriz, mobilidade reduzida ou ausente. ❖ Sinais de inflamação: abaulamento moderado a grave da membrana timpânica OU abaulamento leve da membrana timpânica + otalgia aguda (< 48h) OU abaulamento leve da membrana timpânica + eritema intenso da membrana timpânica. Tratamento: ❖ Analgésicos ❖ Às vezes, antibióticos ❖ Raramente miringotomia Deve-se fornecer analgesia quando necessário, incluindo para crianças pré-verbais com manifestações comportamentais de dor (p. ex., puxar ou esfregar a orelha, choro ou inquietação excessivo). Analgésicos orais, como o paracetamol ou ibuprofeno, geralmente são eficazes; doses baseadas no peso são usadas para as crianças. Uma variedade de agentes tópicos está disponível por prescrição e de venda livre. Embora não estejam bem estudados, alguns agentes tópicos podem proporcionar alívio temporário, mas provavelmente por não mais de 20 a 30 minutos. Agentes tópicos não devem ser usados quando há uma perfuração da membrana timpânica. Embora 80% dos casos tenham resolução espontânea, nos EUA costuma-se prescrever antibióticos. Antibióticos aliviam os sintomas mais rápido (apesar de os resultados após 1 a 2 semanas serem semelhantes) e podem reduzir a chance de perda de audição residual, sequelas labirínticas ou intracranianas. Entretanto, com o recente aparecimento dos microrganismos resistentes, as sociedades de pediatria recomendam só iniciar antibióticos para algumas crianças (como as crianças pequenas ou mais graves) ou para as crianças com otite média aguda recidivante (≥ 4 episódios em 6 meses). Os casos de menor gravidade, desde que haja bom acompanhamento, podem seguramente ser observados por até 48 a 72 horas e tratados com antibióticos somente se nenhuma melhoria for vista. Fármaco Dose (por idade) Comentários Tratamento inicial Amoxicilina Duração de 10 dias < 14 anos: 40-45 mg/kg a cada 12 horas > 14 anos: 500mg, a cada 8 horas ➢ Preferível se a criança tem um dos seguintes: ❖ Recebeu amoxicilina nos últimos 30 dias; ❖ Conjuntivite purulenta; ❖ Otite média aguda recorrente não responsiva a amoxicilina Alérgicos a penicilina Cefdinir 14 mg/kg, Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 10 uma vez ao dia ou 7mg/kg a cada 12 horas Ceftriaxona Duração de 3 dias 50 mg/kg IM ou IV em dose única – pode repetir em 72hrs Considerar particularmente para crianças com vômitos graves ou que não conseguem engolir líquidos antibióticos Casos resistentes Amoxicilina + clavulonato Duração de 10 dias < 14 anos: 40-45 mg/kg a cada 12 horas ≥ 14 anos: 500mg, a cada 12 horas Todos os pacientes recebem analgésicos (p. ex., paracetamol, ibuprofeno). Em adultos, vasoconstritores tópicos intranasais, tais como fenilefrina 0,25%, 3 gotas a cada 3 horas, melhoram a função tubária. Para evitar congestão reincidente, essas preparações não devem ser utilizadas por > 4 dias. Descongestionantes sistêmicos (p. ex., pseudoefedrina 30 a 60 mg por via oral a cada 6 horas, de acordo com a necessidade) podem ser úteis. Os anti-histamínicos (p. ex., clorfeniramina 4 mg por via oral a cada 4 a 6 horas por 7 a 10 dias) podem melhorar a função da tuba auditiva em pessoas comalergia, mas devem ser reservados para os pacientes verdadeiramente alérgicos. Para as crianças, nem os anti-histamínicos ou vasoconstritores trazem benefício. A miringotomia pode ser feita por um especialista, nos casos de abaulamento da membrana timpânica, principalmente se houver dor grave ou persistente, febre, vômitos ou diarreia. Avaliação audiológica, timpanometria, aparência e mobilidade da membrana timpânica são monitoradas até que voltem ao normal. 4. Citar as complicações da otite média Complicações da otite média aguda são incomuns. Em casos raros, a infecção bacteriana da orelha média se propaga localmente, resultando em mastoidite aguda, petrosite ou labirintite. A disseminação intracraniana é rara e, geralmente, provoca meningite; no entanto, abscesso cerebral, empiema subdural, abscesso epidural, trombose do seio lateral ou hidrocefalia são complicações possíveis. Mesmo com o tratamento antibiótico, as complicações intracranianas são de difícil resolução, especialmente em pacientes imunocomprometidos. ❖ Perfuração timpânica; ❖ Otite média serosa (com efusão); ❖ Otite média crônica; ❖ Mastoidite. 5. Entender a audiometria (indicações, tipos de perda e curva timpanométrica). Visa avaliar a possibilidade de perda auditiva em pacientes de diversas idades. Pode ser realizado em qualquer idade a partir de dois anos, desde que o paciente possa mostrar espontaneamente que está ouvindo o estímulo. Normalmente, o exame é prescrito quando há a necessidade de avaliar a audição do paciente, também é indicado em idade escolar, em suspeita de perda auditiva ou quando ocorrem traumas, perfuração timpânica, uso excessivo de diversos medicamentos, infecções, história hereditária de perda auditiva, entre outras questões. Audiometria tonal: avalia a capacidade auditiva do paciente através de estímulos sonoros. É considerado um teste subjetivo porque depende das respostas do paciente aos estímulos auditivos fornecidos pelo avaliador, é um exame imprescindível para o diagnóstico, acompanhamento da evolução e tratamento de doenças da audição. Audiometria vocal: avalia a capacidade do paciente para compreender a fala e tem por objetivo detectar o limiar de recepção e do índice de reconhecimento da fala. É um teste complementar a audiometria tonal. Realizado em cabina isolada acusticamente, o paciente recebe um fone de ouvido e informa ao avaliador se ouve ou não os diferentes sons que são emitidos, em várias intensidades e frequências. De acordo com as respostas obtidas, é possível detectar se existe a alteração auditiva, assim como o grau e o tipo de perda auditiva. O resultado é expresso em um gráfico, denominado audiograma, que revela a capacidade auditiva do paciente. 4 tipos de perda auditiva: Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 11 Perda auditiva condutiva Como o próprio nome diz, na perda auditiva condutiva o problema está na condução do som, existe alguma dificuldade para receber e/ou encaminhar o som de forma adequada pelo ouvido externo e ouvido médio. Pode ser reversível em muitos casos. Ocorre quando o tímpano foi perfurado, em malformações da orelha, e até mesmo por obstrução por cera, por exemplo. Perda auditiva neurossensorial Na perda auditiva neurossensorial o problema está no ouvido interno, com dano parcial ou total, das células sensoriais. O ouvido externo e médio pode estar em perfeito funcionamento, encaminhando adequadamente os sons, mas falta quem codifique os sinais sonoros para o nervo auditivo. Geralmente é irreversível. Ocorre por exemplo em casos de alterações congênitas (desde o nascimento), exposição a sons muito intensos, envelhecimento natural do ouvido. Perda auditiva mista Na perda auditiva mista há uma combinação de perda condutiva e neurossensorial, com problemas no ouvido externo e/ou médio e no ouvido interno. A alteração na condução do som pode ser reversível, mas geralmente o problema sensorial é permanente. Ocorre por exemplo em casos de infecções de ouvido crônicas, traumatismos. Perda auditiva neural A perda auditiva neural é resultante da ausência ou dano nervo auditivo. É permanente e pode ter resultados limitados com (re)habilitação auditiva, pela falha do nervo auditivo há grande dificuldade na transmissão dos sinais sonoros ao cérebro. Para descobrir se você tem perda auditiva e qual o tipo consulte sempre um médico otorrinolaringologista, ele pode solicitar exames audiológicos com fonoaudiólogo. Você pode buscar por clínicas e profissionais que atuam na área em nosso guia de clínicas. Surdez súbita é definida como uma perda auditiva neurossensorial, de pelo menos 30 dB, em três freqüências consecutivas, e instalada em até 72 horas. A curva timpanométrica normalmente é tipo A. Curvas tipo B falam a favor de perda auditiva condutiva, o que não é compatível com esta definição de Surdez súbita. Já as curvas tipo C geralmente indicam disfunção da tuba auditiva, que não necessariamente cursa com perda auditiva. Referências: https://otorrinogarrafa.com.br/tipos-de-otite/ https://comunicareaparelhosauditivos.com/otite- tipos-causas-tratamentos/ https://www.sanarmed.com/surdez-condutiva-ou- neurossensorial-descomplicando-as-provas-de-rinne- e-weber-colunistas https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e- garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-m%C3%A9dia- e-da-membrana-timp%C3%A2nica/otite- m%C3%A9dia-aguda https://www.eauriz.com.br/quais-sao-os-tipos-de- perda-auditiva/ https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario _34.pdf https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario _36.pdf https://otorrinogarrafa.com.br/tipos-de-otite/ https://comunicareaparelhosauditivos.com/otite-tipos-causas-tratamentos/ https://comunicareaparelhosauditivos.com/otite-tipos-causas-tratamentos/ https://www.sanarmed.com/surdez-condutiva-ou-neurossensorial-descomplicando-as-provas-de-rinne-e-weber-colunistas https://www.sanarmed.com/surdez-condutiva-ou-neurossensorial-descomplicando-as-provas-de-rinne-e-weber-colunistas https://www.sanarmed.com/surdez-condutiva-ou-neurossensorial-descomplicando-as-provas-de-rinne-e-weber-colunistas https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-m%C3%A9dia-e-da-membrana-timp%C3%A2nica/otite-m%C3%A9dia-aguda https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-m%C3%A9dia-e-da-membrana-timp%C3%A2nica/otite-m%C3%A9dia-aguda https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-m%C3%A9dia-e-da-membrana-timp%C3%A2nica/otite-m%C3%A9dia-aguda https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-m%C3%A9dia-e-da-membrana-timp%C3%A2nica/otite-m%C3%A9dia-aguda https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-m%C3%A9dia-e-da-membrana-timp%C3%A2nica/otite-m%C3%A9dia-aguda https://www.eauriz.com.br/quais-sao-os-tipos-de-perda-auditiva/ https://www.eauriz.com.br/quais-sao-os-tipos-de-perda-auditiva/ https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_34.pdf https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_34.pdf https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_36.pdf https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_36.pdf
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