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P5 Mt3 Pr5 - Otite Média

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Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
1 
 
MCA, 65 anos, sexo feminino, branca, viúva, 
costureira, natural do Ceará, procura por atendimento 
médico relatando intensa dor no ouvido direito e 
perda de audição no lado esquerdo há 3 dias. 
Ao ser indagada pela médica, refere que há 10 
dias viajou de avião para a casa de sua neta em São 
Paulo e há 5 dias ficou muito resfriada, apresentando 
coriza hialina, obstrução nasal em báscula e espirros 
esporádicos; alega uso de descongestionante nasal 
por conta própria. 
No voo de volta para Recife, há 3 dias, sentiu 
intensa dor no ouvido direito e dor facial do tipo 
pressão. Desde então está com zumbido e perda da 
audição à esquerda. Refere ter histórico de otite com 
perda da audição sempre que fica gripada e que 
melhora sem tratamento, porém desta vez está 
diferente. 
Antecedentes Pessoais: Asma e rinite alérgica. 
Nega Diabetes. Tomou vacina da gripe este ano, pois é 
do grupo de risco. 
Exame Físico Geral apresenta-se corada, 
eupneica, orientada, hidratada, acianótica, anictérica, 
temperatura 37,8ºC. 
Exame Otorrinolaringológico: Otoscopia: lado 
direito com membrana timpânica íntegra e abaulada e 
com presença de bolhas por trás da MT e lado 
esquerdo há retração e opacificação da MT com 
horizontalização do cabo do martelo. Orofaringe ndn. 
Rinoscopia anterior com secreção muco-hialina e 
hipertrofia de cornetos inferiores. 
 
 
Dra. Mariza solicitou exames para melhor 
avaliação: 
-Raio X de Seios Paranasais que mostrou 
discreto espessamento de seios maxilares. 
-Audiometria com Perda do Tipo Condutiva 
bilateral com curva timpanométrica do Tipo B. 
Diante do Diagnóstico de Otite Média e 
Rinossinusiopatia a médica orienta a necessidade de 
iniciar tratamento para que não ocorram 
complicações decorrentes da otite, que embora raras 
podem ser graves. 
Prescreveu Amoxacilina + Clavulanato , 
Prednisolona , Desloratadina , orientou lavagem nasal 
e retorno ao ambulatório de otorrino. 
 
Objetivos: 
1. Definir os tipos de otite. 
2. Conhecer a anatomia e semiologia do 
ouvido e suas conexões (Correlacionar 
com as patologias). 
3. Entender a otite média (fisiopatologia, 
etiologia, quadro clínico, fator de risco, 
diagnóstico, tratamento) - Bactérias mais 
prevalentes e correlacioná-las com o 
tratamento escolhido. 
4. Citar as complicações da otite média 
5. Entender a audiometria (indicações, tipos 
de perda e curva timpanométrica). 
 
1. Definir os tipos de otite. 
A otite é toda inflamação em uma das regiões do 
ouvido (externa, média e interna) e pode ser o 
resultado de alergias ou da ação de vírus, bactérias e 
fungos. 
❖ Comum entre as crianças; 
❖ Diferentes tipos de otite e cada um precisa de 
um tratamento diferenciado; 
o Variam de acordo com a parte do 
ouvido afetada (externa, média ou 
interna) e seu tempo de duração 
(aguda ou crônica) 
❖ Os sintomas mais comuns das inflamações 
que acometem o sistema auditivo são dores 
muito fortes e tímpano avermelhado. Em 
casos mais graves, o tímpano inflamado pode 
se romper e provocar a eliminação de pus, o 
que aumenta o risco de a infecção se 
espalhar. 
o Sintomas como febre, náuseas e 
vômitos são comuns em crianças 
pequenas. Em bebês com meses de 
vida, o problema pode ser sinalizado 
simplesmente pela irritação ou pela 
dificuldade de dormir. 
Tipos de otite: 
1. Otite externa: 
Quando atinge o ouvido externo e alcança o pavilhão 
auricular e a porção mais externa do tímpano (do 
pavilhão auricular até o final do conduto auditivo). Se 
Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
2 
 
desenvolve por conta das bactérias que invadem a 
profundidade da pele ou devido ao acúmulo de 
umidade no ouvido interno, o que estimula o 
surgimento de fungos. 
Causas, além da umidade, que contribuem para o 
desenvolvimento da otite externa são brasões ou 
arranhões no canal auditivo; acúmulo de água no 
ouvido; sensibilidade a produtos de higiene pessoal 
(por exemplo: shampoo e sabonetes); agressões ao 
canal auditivo com hastes flexíveis, outros objetos ou 
até com o dedo; uso de dispositivos no ouvido (por 
exemplo: fones de ouvido e tampões). 
Tratamento: normalmente é receitado uso de 
analgésicos para alívio da dor de ouvido, pode ser 
usado medicamento em gotas para ser administrado 
diretamente na região. Pode ser feita limpeza no local 
e aplicar antibiótico no ouvido externo em situações 
mais graves. 
2. Otite média: Mais Comum 
Ouvido médio, região que estabelece relação com o 
nariz, afeta a parte média da orelha, que vai do 
tímpano até o final dos ossículos — martelo, bigorna e 
estribo; 
Costuma aparecer durante ou após resfriados, gripes 
e infecções respiratórias ou na garganta; 
Ela costuma ser dolorosa por conta da inflamação e 
do acúmulo de secreção nessa região; 
Causada por vírus ou bactérias e pode afetar um ou os 
dois ouvidos. Geralmente, as crianças são as mais 
afetadas em razão da menor imunidade e do 
posicionamento das estruturas anatômicas 
relacionadas à audição e os nadadores (contato 
frequente com a água); 
Pode se tornar crônica e levar à perda auditiva. Em 
casos extremos, é recomendada a cirurgia que drena 
o líquido e melhora consideravelmente a audição do 
paciente; 
Tratamento: Deve-se observar a causa, as vezes é 
necessário uso de anti-inflamatórios e analgésicos 
para alívio da dor, descongestionantes para reduzir a 
congestão nasal. Antibióticos podem ser receitados 
caso haja presença de sintomas, como vômitos, dores 
fortes e febre alta. É recomendado que não deixe 
acumular secreção nasal para que o nariz e a garganta 
não corram o risco de desenvolver inflamações. 
3. Otite interna: 
Atinge a porção mais complexa do ouvido: é 
justamente no ouvido interno que se encontram o 
labirinto e a cóclea, responsáveis pelo equilíbrio e pela 
audição. Essa região fica próxima de estruturas 
delicadas, como o nervo vestibular e o nervo auditivo, 
por isso, infecções nessa região são consideradas 
muito graves; 
Provoca inflamações e irritações no ouvido interno. 
Há grandes possibilidades de o indivíduo também ter 
problemas de labirintite, pois é possível que a 
infecção atinja o labirinto; 
Tratamento: Por ser considerada muito grave, o 
médico pode iniciar a internação do paciente para 
oferecer cuidados mais intensivos e controlar a 
infecção. 
4. Otite crônica: 
Quando a infecção perdura mais que 4 semanas; 
Causas mais frequentes são por perfuração do 
tímpano de longa data e disfunção da tuba auditiva. É 
comum ocorrer a piora no quadro de inflamação na 
otite crônica. Nesse caso, é necessária a consulta 
imediata com um especialista para avaliar o estado do 
paciente; 
Causada pelo bloqueio da tuba auditiva, responsável 
por conectar o ouvido médio à parte posterior do 
nariz, devido a lesões no ouvido. O quadro pode se 
agravar após uma infecção na garganta ou nariz, como 
no caso de resfriado, ou depois de entrar água no 
ouvido médio durante a natação ou um banho; 
Tratamento: Antibióticos tópicos e oral, evitar entrada 
de água no ouvido quando existe perfuração. 
5. Otite aguda ou de repetição: 
Tem duração de mais ou menos duas semanas, mas 
não é considerada um caso grave desse tipo da 
doença. No entanto, quando ela aparece mais de 
quatro vezes ao ano, é denominada otite de 
repetição; 
Desenvolve-se quando há excesso de muco e líquido 
no ouvido, o qual não é drenado naturalmente e, com 
isso, inicia-se um novo processo de infecção. A otite 
aguda ou de repetição também pode ser causada por 
vírus ou bactérias; 
Tratamento: Analgésicos e anti-inflamatórios, sprays 
nasais também podem ser receitados para ajudar no 
descongestionamento. 
 
 
Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
3 
 
2. Conhecer a anatomia e semiologia do ouvido e suasconexões (Correlacionar com as patologias). 
 
O limite da orelha externa é a membrana timpânica, 
que está na extremidade do meato acústico, 
separando-a da orelha média. A orelha média é uma 
cavidade que contêm os ossículos da audição, que 
conectam a membrana timpânica à orelha interna, 
através da janela oval. Esses ossículos são, de externa 
para internamente, o martelo, a bigorna, e o estribo. 
A membrana timpânica e a cadeia de ossículos 
transformam as vibrações sonoras em ondas 
mecânicas que avançam para a orelha interna. 
Ademais, a orelha média se comunica com a 
nasofaringe através da tuba auditiva ou Tuba de 
Eustáquio. Essa comunicação justifica o fato de que 
infecções na cavidade nasal podem se disseminar 
para a orelha média, ocasionando otites. Esse 
mecanismo é mais comum em crianças, uma vez que, 
anatomicamente, elas apresentam tubas auditivas 
mais horizontalizadas, o que facilita a migração de 
conteúdo da cavidade nasal para a orelha média. 
 
 
A tuba auditiva tem 3 funções principais em relação à 
orelha média: 
1. Proteção contra secreção e gradiente de 
pressão da nasofaringe; 
2. Drenagem e clearance de secreção da orelha 
média para a nasofaringe; 
3. Ventilação da orelha média para equalizar sua 
pressão com a pressão atmosférica. Esta é a 
função mais importante, porque a audição é 
melhor quando a pressão da orelha média é 
semelhante à pressão do conduto auditivo 
externo. 
Através da membrana timpânica, o principal ossículo 
que observamos é o martelo, o qual possui dois 
marcos notáveis à otoscopia: o seu cabo e o seu 
processo curto. Ao longo do cabo do martelo, em 
condições normais, há pequenos vasos sanguíneos. O 
local em que o tímpano encontra a extremidade do 
martelo é chamado de umbigo da membrana 
timpânica, de onde parte um reflexo luminoso 
denominado cone de luz. Acima do processo curto do 
martelo, situa-se a parte flácida da membrana 
timpânica. O restante do tímpano equivale à parte 
tensa. Lateralmente, podemos observar ainda um 
segundo ossículo: a bigorna. 
 
A orelha interna compreende a cóclea, os canais 
semicirculares e a extremidade distal do nervo 
vestibulococlear (NC VIII). Ela tem função relacionada 
à transmissão e transdução da energia sonora, 
convertendo-a em impulsos nervosos que são 
transmitidos para o cérebro. No entanto, ela não é 
visível no exame da otoscopia. 
O otoscópio é um instrumento semelhante a uma 
lanterna que possui formato cônico em sua cabeça 
para facilitar sua adequação à anatomia da orelha. Ele 
possui uma lente de aumento que permite a melhor 
visualização das estruturas anatômicas. 
O instrumento dispõe de uma série de espéculos de 
tamanhos variados que facilitam a acomodação do 
instrumento da orelha. O tamanho adequado do 
espéculo deve ser o maior que o meato acústico do 
paciente consiga acomodar com facilidade. É 
Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
4 
 
fundamental que o espéculo escolhido seja 
corretamente esterilizado antes do procedimento. 
O examinador deve solicitar que o paciente incline a 
cabeça para o lado contralateral ao examinado. Para 
facilitar a introdução do otoscópio, devemos realizar a 
retificação do meato acústico. Em adultos, isso 
consiste na tração delicada do pavilhão auricular 
para superior e posteriormente, afastando-o 
discretamente da cabeça. Em crianças, o pavilhão 
auricular deve ser tracionado para inferior e 
posteriormente. 
É importante apoiar a mão que segura o otoscópio na 
face do paciente, através do quinto dedo, para 
garantir que o instrumento acompanhe os 
movimentos da cabeça do paciente. 
A membrana timpânica normal é translúcida, 
brilhante (reflete a luz do otoscopio), com a cor 
semelhante a uma pérola, é tensa e tem a forma 
semelhante ao cone de um alto-falante, ligeiramente 
convexa, móvel. 
 
Por outro lado, ao observar o tímpano, o examinador 
deve estar atento à coloração, contornos e presença 
ou não de perfurações na membrana. 
Possíveis alterações: 
OTITE EXTERNA AGUDA: No exame físico, geralmente 
manifesta-se através de dor à movimentação do 
pavilhão auricular e trago. Na otoscopia, a otite 
externa aguda apresenta meato acústico 
edemaciado, estreitado, úmido, pálido e 
hipersensível. Eventualmente, o meato acústico pode 
apresentar hiperemia. 
OTITE MÉDIA AGUDA: No exame físico, geralmente 
manifesta-se através de dor à palpação do processo 
mastoide. Em geral, ela se manifesta na otoscopia 
através de abaulamento, opacidade (perda da 
translucidez) e hiperemia da membrana timpânica, e, 
quando de etiologia bacteriana, via acúmulo de 
secreção purulenta. 
PERFURAÇÃO DE MEMBRANA TIMPÂNICA: As 
perfurações da membrana timpânica podem ser 
causadas tanto por traumatismos diretos, quanto por 
infecções purulentas na orelha média. Elas podem 
estar associadas a sintomas como perda auditiva, dor, 
otorragia e vertigem. Essa perfuração geralmente é 
evidente na otoscopia, onde a membrana timpânica 
também se apresentará com mobilidade abolida e, em 
perfurações infecciosas, pode apresentar fibrose e 
tecido de granulação (associados à inflamação 
crônica). 
 
Alguns termos semiológicos: 
❖ OTALGIA: Dor de ouvido; 
❖ OTORREIA: Descarga pelo ouvido de 
diferentes tipos de secreções; 
o Sinal mais característico de otite 
média crônica colesteatomatosa 
(OMCC) e otite media crônica simples 
(OMCS) 
❖ OTORRAGIA: Hemorragia no ouvido; 
❖ HIPOACUSIA: Perda de audição; 
o Mergulho, hx familiar, trauma, febre, 
progressiva, condutiva. 
❖ VERTIGEM: Perda de equilíbrio causado pela 
sensação desagradável de se estar girando em 
um ambiente ou de ter o ambiente girando 
em torno de si, mesmo sem se mexer ou sair 
do lugar. 
❖ TINNITUS: Zumbido no ouvido; 
❖ ZUMBIDO: 
o Mais comum em patologias da orelha 
interna 
EXAME FÍSICO: 
Orelha externa: 
Inspeção: Observar presença de edema, vermelhidão, 
otorreia. Na otoscopia visualizar todo o conduto, 
limpar cerume, avaliar epitélio, tortuosidades. 
Palpação: Observar se dor a palpação, fistulas, edema. 
Orelha média: 
Inspeção e palpação: Observar se há presença de 
facies de dor, síndromes, abaulamentos, palpação 
cervical. 
Avaliação da tuba: 
1. Manobra de Valsava; 
a. os pacientes mantêm sua boca 
fechada e tentam forçar um sopro de 
Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
5 
 
ar para fora, através de suas narinas 
comprimidas pelo polegar e indicador 
(causando estalido nos ouvidos). 
2. Manobra de Tonybee 
a. Consiste na deglutição com a boca e 
nariz tapados, o que provoca uma 
diminuição da pressão na nasofaringe 
e na caixa timpânica. 
Consequentemente, na otoscopia 
simultânea, verifica-se a depressão da 
membrana timpânica, que retoma a 
sua posição inicial ao deglutir com a 
boca aberta. 
 
3. Método de Politzer. 
a. o médico introduz ar com uma seringa 
especial (inflaotalgia médio) em uma 
das narinas do paciente e bloqueia a 
outra enquanto o paciente deglute. 
Isto leva o ar à tuba auditiva e à 
orelha média. 
b. 
 
 
 
 
 
Orelha interna: Audição 
❖ Weber; 
o Teste clínico usado para audição e 
indica se a perda é de origem neural 
ou condutiva; 
o Posiciona o diapasão em vibração na 
linha mediana sobre o vértice do 
crânio. A posição dele pode ser em 
qualquer ponto na linha mediana, 
sobre a ponte do nariz, a fronte ou a 
maxila, no entanto, o resultado é 
melhor no vértice; 
o Normalmente o som é ouvido de 
modo igual nas duas orelhas, não 
sendo lateralizado; 
o Quando há assimetria, o paciente 
escuta melhor em um dos ouvidos, ou 
seja, há perda auditiva; 
o 
o Hipoacusia condutiva: na surdez 
condutiva, o som lateraliza para o 
lado afetado; 
o Hipoacusia neurossensorial: em 
pacientes com deficiência auditiva 
neurossensorial unilateral, o som não 
é ouvido do lado afetado, mas é 
ouvidoou localizado pela orelha não 
afetada. 
 
Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
6 
 
❖ Rinne; 
o Compara a percepção dos sons pelo 
ar e atraves da condução óssea pelo 
osso temporal, mais especificamente, 
do processo mastoide do osso 
temporal; 
o Posiciona o diapasão na ponta do 
processo mastoide do osso temporal, 
pergunta ao paciente se ele ouve o 
som e pedir-lhe que avise quando 
parar de ouvir, quando o som não for 
mais percebido pelo paciente, 
posicionar os braços do diapasão 
próximo ao ouvido do paciente e 
perguntar se ele ouve o som; 
o 
o Positivo: o paciente continua ouvindo 
o som (CA>CO) = Normal ou 
hipoacusia neurossensorial; 
o Negativo: o paciente continua sem 
ouvir o som. (CO>CA) = Hipoacusia 
condutiva. 
 
❖ Bing; 
❖ Bonnier: 
❖ Audiometria: 
❖ Eletrocócleografia: Avalia presença e 
conformação dos potenciais da Cóclea e n VIII 
3. Entender a otite média (fisiopatologia, etiologia, 
quadro clínico, fator de risco, diagnóstico, 
tratamento) - Bactérias mais prevalentes e 
correlacioná-las com o tratamento escolhido. 
A otite média é definida como uma inflamação da 
orelha média, independente de etiologia ou 
patogênese específicas. Uma vez que todos os 
espaços pneumatizados do osso temporal são 
contíguos, a inflamação da orelha média pode 
envolver também outros três espaços pneumatizados: 
mastóide, ápice petroso e células perilabirínticas. 
OTITE MÉDIA – é a inflamação do ouvido médio sem 
referência à etiologia ou patogenia; 
OTITE MÉDIA AGUDA (OMA) – é o rápido início de 
sinais e sintomas, como a otalgia e a febre, que 
acompanham a infecção aguda do território do ouvido 
médio; 
OTITE SEROSA – ou otite média com derrame ou 
efusão, é a inflamação do ouvido médio com uma 
coleção de líquido no interior do espaço da caixa do 
tímpano. Não existem sinais ou sintomas da otite 
média aguda e não há perfuração da membrana 
timpânica; 
EXSUDADOS TIMPÂNICOS – refere-se às 
características do líquido contido no interior do 
ouvido médio. Não necessariamente relaciona-se à 
etiologia, patogênese, patologia ou duração. Estes 
exsudados podem ser: 
❖ Serosos – líquido fino e aquoso; 
❖ Mucosos – líquido espesso, viscoso, mucoide. 
❖ Purulentos – presença de pus. 
❖ Mucopurulentos – uma combinação destes. 
↓
Otite média secretora (OMS) também conhecida 
como otite média crônica com efusão. 
É um processo inflamatório na orelha média com 
presença de líquido e membrana timpânica sem 
indícios de infecção aguda. 
A fisiopatologia da OMS envolve uma reação 
inflamatória inicial, como um quadro de otite média 
aguda, levando a produção de líquido na tuba 
auditiva. Essa cavidade preenchida com líquido sofre 
um desequilíbrio de pressão e, o bombeamento 
muscular piora ainda mais o quadro, aumentando a 
pressão negativa dentro da tuba, resultando na 
permanência do líquido dentro da tuba auditiva. 
A secreção é causada por uma reação inflamatória na 
orelha média, podendo ser mucoide, formada por 
exsudato sintetizado pelas glândulas secretoras, ou 
serosa, composta por transudato em consequência do 
aumento da permeabilidade capilar. 
Fisiopatologia: 
 
Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
7 
 
O processo infeccioso pode se disseminar além do 
ouvido médio por: periflebite ou tromboflebite, 
erosão óssea ou extensão direta por vias 
preexistentes, além da via hematogênica. 
Quando o paciente desenvolve um resfriado como, 
este leva a um processo infeccioso tanto na 
nasofaringe como na tuba auditiva, gerando um 
edema na tuba pela inflamação. Todo esse processo 
leva à disfunção tubária. 
A tuba auditiva tem as funções de equalizar a pressão 
com o ambiente e a drenagem de secreção. Na 
patologia, a pressão da orelha média fica cada vez 
mais negativa e isso favorece o acúmulo de 
secreções e consequentemente a colonização 
bacteriana. 
 
A disfunção do tubo de Eustáquio é o mais 
importante fator na fisiopatologia da OMA; ela 
atrapalha a drenagem da orelha média, que fornece 
proteção contra secreções nasofaríngeas, 
aumentando a pressão negativa no ouvido médio; a 
perda da aeração do ouvido médio e o acúmulo de 
efusões aumentam a probabilidade da ocorrência de 
OMA. 
Em crianças pequenas, a trompa de Eustáquio é curta 
e horizontal. À medida que os indivíduos envelhecem, 
a trompa de Eustáquio se amplia, dobra em 
comprimento, torna-se mais orientada verticalmente 
e se endurece, o que explica a diminuição da 
incidência de OMA em adultos. Normalmente, o tubo 
é fechado, mas abre-se durante a mastigação e a 
deglutição. 
Causas de disfunção da trompa de Eustáquio incluem 
rinite alérgica, rinite sazonal, infecções de vias aéreas 
superiores. Obstrução mecânica por adenoides 
hipertrofiadas também pode causar disfunção da 
trompa de Eustáquio. As crianças pequenas, que têm 
menor suporte fibrocartilágeno da trompa de 
Eustáquio, apresentam maior propensão para a OMA. 
A microbiologia das OMAs foi determinada por 
exames de culturas de orelha média, que foram 
positivas para vírus em 48 a 70% dos casos, com 
coinfecção viral e bacteriana ocorrendo entre 45 e 
66% das amostras. O vírus sincicial respiratório é o 
mais comum, mas o vírus da parainfluenza, o vírus da 
gripe, o rinovírus e o adenovírus também foram 
encontrados na orelha média das crianças. Os vírus 
aumentam a inflamação da orelha média, diminuem a 
função dos neutrófilos e diminuem a penetração de 
antibióticos no ouvido médio, piorando, assim, as 
infecções bacterianas. 
As causas mais comuns de infecção bacteriana é o 
Streptococcus pneumoniae, sendo os sorotipos 19 e 
14F os mais frequentes. Outras causas comuns 
incluem Haemophilus influenzae e Moraxella 
catarrhalis. O Streptococus pyogenes, o 
Staphylococcus aureus e as bactérias gram negativas 
são bem menos frequentes. 
O uso generalizado da vacina pneumocócica 
conjugada com sete valentes (PCV-7) e a subsequente 
vacina pneumocócica conjugada 13-valente (PCV-13) 
alteraram a frequência desses organismos comuns, 
com H. influenzae aumentando a frequência, 
particularmente em OMA persistentes e falhas de 
tratamento. Os recém-nascidos saudáveis tendem a 
ser infectados pelos mesmos agentes patogênicos que 
as crianças mais saudáveis. 
A miringite bolhosa é uma variante das OMA em que 
se verifica a presença de bolhas na membrana 
timpânica (MT) em até 5% dos casos de OMA em 
crianças menores de 2 anos. Embora, anteriormente, 
acreditava-se que pudesse ser causada por 
Mycoplasma pneumoniae, as culturas não encontram 
esse agente. A miringinite bolhosa é, portanto, 
tratada com os mesmos antibióticos. 
Mais de 70% das crianças com conjuntivite purulenta 
podem ter OMA, um complexo de sintomas descrito 
como síndrome da otite conjuntivite, que é 
predominantemente causada por H. influenza. Outros 
organismos menos comuns que podem causar OMA 
incluem Mycobacterium tuberculosis (sobretudo em 
crianças) e Chlamydia trachomatis (mais comumente 
observado em crianças <6 meses). 
↓
Geralmente, são precedidos de uma infecção de via 
aérea superior (IVAS). Acontece por uma disfunção da 
Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
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trompa de Eustáquio (tuba auditiva), a qual obstrui, e 
com isso prejudica a ventilação do ouvido médio. Isso 
faz com que se crie uma pressão negativa nesta 
câmara, estimulando a secreção de muco, que irá se 
acumular. Além disso, a IVAS pode favorecer a 
migração de bactérias da nasofaringe para a cavidade 
do ouvido médio. Com isso, as bactérias encontram-se 
em um meio excelente para sua proliferação, 
produzindo reação inflamatória e manifestando-se 
como uma OMA. 
O acúmulo de pus provoca abaulamento da 
membrana timpânica, que irá causar a otalgia 
(principal sintoma). 
Etiologia: 
As bactérias mais frequentemente identificadassão: 
S. pneumoniae (30-50%), H. influenza não tipável (25-
30%); e M. catarrhalis (10-15%). Porém esse perfil tem 
se modificado devido a introdução da vacina 
antipneumocócica no calendário vacinal. Em lactentes 
jovens que estão hospitalizados e em neonatos, pode-
se ter o envolvimento de outras bactérias causando a 
otite: Streptococcus do grupo A, Staphylococcus 
aureus e Gram-negativas. 
Dentre os vírus, destaca-se o Vírus Sincicial 
Respiratório (VSR), apesar de não ser muito 
esclarecido como este processo acontece. 
Agentes mais frequentes: (Bactérias) S. pneumoniae, 
H. influenza não tipável e M. catarrhalis; (Vírus) VSR 
Quadro clínico: 
O sintoma inicial habitual é a otalgia, muitas vezes 
com perda auditiva. Os lactentes podem 
simplesmente apresentar irritabilidade ou ter 
dificuldade para dormir. Febre, náuseas, vômitos e 
diarreia ocorrem, com frequência, em crianças 
pequenas. 
A otoscopia pode evidenciar abaulamento e 
hiperemia da membrana timpânica e perda do 
reflexo luminoso. A insuflação de ar (otoscopia 
pneumática) mostra mobilidade diminuída da 
membrana timpânica. Perfuração espontânea da 
membrana timpânica faz com que surja otorreia 
purulenta ou serossanguinolenta. 
 
Forte cefaleia, confusão ou sinais neurológicos focais 
podem ocorrer nos casos de disseminação 
intracraniana da infecção. Paralisia facial ou vertigem 
sugere extensão local para o canal do facial ou 
labirinto.
↓
 
A otoscopia é um exame fundamental para o 
diagnóstico. Nela é possível observar a membrana 
timpânica que, na OMA, se encontra convexa e 
abaulada, com coloração alterada (hiperemia difusa, 
opacificação e pontos esbranquiçados) e com perda 
da mobilidade (figura 1). Entretanto, nem sempre as 
alterações na otoscopia são de fácil visualização. 
O abaulamento é um dos sinais mais específicos para 
o diagnóstico da OMA, na otoscopia. 
Pode-se observar também a miringite bolhosa, que é 
caracterizado pela presença de bolhas e eritema na 
membrana timpânica. 
A otite média serosa será caracterizada pela presença 
de efusão (líquido) estéril dentro da orelha média. Na 
otoscopia, observa-se sinais de opacidade, cor 
esbranquiçada e perda da mobilidade. Geralmente 
não terá dor, apenas a sensação de ouvido cheio 
(plenitude aural). 
Existem exames complementares, como: 
timpanometria e impedanciometria acústica (para 
investigar a mobilidade e complacência timpânica); e 
timpanocentese com cultura (indicada em casos 
refratários e na presença de complicações). 
Fator de risco: 
❖ Baixo nível socioeconômico (seja por 
compartilharem conglomerados populacionais 
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9 
 
ou por não terem acesso adequado ao 
sistema de saúde); 
❖ Crianças institucionalizadas, visto que 
também têm maior incidência de infecção de 
vias aéreas superiores (IVAS). A incidência de 
otite média durante o ano acompanha a de 
IVAS, ou seja, é maior nos meses de inverno; 
❖ Cerca de 60% das crianças escolares com IVAS 
evoluem com OMA 
❖ Atualmente, estuda-se o papel de poluentes 
ambientais como possíveis fatores de risco 
para o desenvolvimento de OM (entre eles, a 
fumaça de cigarro). O fumo provoca a 
hiperplasia das células caliciformes, com 
hipersecreção da mucosa e diminuição do 
transporte mucociliar 
❖ Tasker et al (2002) postula que a Doença do 
Refluxo Gastroesofágico esteja associada à 
gênese da OMS pelo fato das efusões de 
ouvido médio conterem enzimas gástricas em 
91% das crianças 
❖ Os ambientais e os do hospedeiro são os mais 
significantes. No ambiental estão as IVAS, 
creche ou escola, uso de chupeta e o 
tabagismo passivo, neste último a fumaça e 
suas substâncias alteram a produção e a 
função mucociliar do epitélio respiratório. No 
do hospedeiro estão a idade, anormalidades 
craniofaciais, predisposição genética e DRGE. 
❖ Sexo predomina o masculino; 
❖ Tabagismo passivo 
Diagnóstico: 
Avaliação clínica 
O diagnóstico da otite média aguda geralmente é 
clínico, baseado na presença de dor aguda (em 48 
horas), abaulamento da membrana timpânica e, 
particularmente em crianças, a presença de sinais de 
efusão da orelha média na otoscopia pneumática. 
Exceto para o líquido obtido no caso de indicar-se 
miringotomia, as culturas não são geralmente feitas. 
Propedêuticas citadas no objetivo 2; 
Observa-se os sinais clínicos de otorreia e os sinais de 
inflamação, que são: 
❖ Sinais de efusão: alteração de cor da 
membrana timpânica: branca, amarela, âmbar 
ou azul; opacificação não provocada por 
cicatriz, mobilidade reduzida ou ausente. 
❖ Sinais de inflamação: abaulamento moderado 
a grave da membrana timpânica OU 
abaulamento leve da membrana timpânica + 
otalgia aguda (< 48h) OU abaulamento leve da 
membrana timpânica + eritema intenso da 
membrana timpânica. 
Tratamento: 
❖ Analgésicos 
❖ Às vezes, antibióticos 
❖ Raramente miringotomia 
Deve-se fornecer analgesia quando necessário, 
incluindo para crianças pré-verbais com 
manifestações comportamentais de dor (p. ex., puxar 
ou esfregar a orelha, choro ou inquietação excessivo). 
Analgésicos orais, como o paracetamol ou ibuprofeno, 
geralmente são eficazes; doses baseadas no peso são 
usadas para as crianças. Uma variedade de agentes 
tópicos está disponível por prescrição e de venda 
livre. Embora não estejam bem estudados, alguns 
agentes tópicos podem proporcionar alívio 
temporário, mas provavelmente por não mais de 20 a 
30 minutos. Agentes tópicos não devem ser usados 
quando há uma perfuração da membrana timpânica. 
Embora 80% dos casos tenham resolução espontânea, 
nos EUA costuma-se prescrever antibióticos. 
Antibióticos aliviam os sintomas mais rápido (apesar 
de os resultados após 1 a 2 semanas serem 
semelhantes) e podem reduzir a chance de perda de 
audição residual, sequelas labirínticas ou 
intracranianas. Entretanto, com o recente 
aparecimento dos microrganismos resistentes, as 
sociedades de pediatria recomendam só iniciar 
antibióticos para algumas crianças (como as crianças 
pequenas ou mais graves) ou para as crianças com 
otite média aguda recidivante (≥ 4 episódios em 6 
meses). 
Os casos de menor gravidade, desde que haja bom 
acompanhamento, podem seguramente ser 
observados por até 48 a 72 horas e tratados com 
antibióticos somente se nenhuma melhoria for vista. 
Fármaco Dose (por 
idade) 
Comentários 
Tratamento inicial 
Amoxicilina 
 
Duração de 10 
dias 
< 14 anos: 
40-45 mg/kg 
a cada 12 
horas 
> 14 anos: 
500mg, a 
cada 8 horas 
➢ 
Preferível se a criança tem 
um dos seguintes: 
❖ Recebeu 
amoxicilina nos 
últimos 30 dias; 
❖ Conjuntivite 
purulenta; 
❖ Otite média 
aguda recorrente 
não responsiva a 
amoxicilina 
Alérgicos a penicilina 
Cefdinir 14 mg/kg, 
Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
10 
 
uma vez ao 
dia ou 
7mg/kg a 
cada 12 
horas 
Ceftriaxona 
 
Duração de 3 
dias 
50 mg/kg IM 
ou IV em 
dose única – 
pode repetir 
em 72hrs 
Considerar 
particularmente para 
crianças com vômitos 
graves ou que não 
conseguem engolir 
líquidos antibióticos 
Casos resistentes 
Amoxicilina + 
clavulonato 
 
Duração de 10 
dias 
< 14 anos: 
40-45 mg/kg 
a cada 12 
horas 
≥ 14 anos: 
500mg, a 
cada 12 
horas 
 
 
 
Todos os pacientes recebem analgésicos (p. ex., 
paracetamol, ibuprofeno). 
Em adultos, vasoconstritores tópicos intranasais, tais 
como fenilefrina 0,25%, 3 gotas a cada 3 horas, 
melhoram a função tubária. Para evitar congestão 
reincidente, essas preparações não devem ser 
utilizadas por > 4 dias. Descongestionantes sistêmicos 
(p. ex., pseudoefedrina 30 a 60 mg por via oral a cada 
6 horas, de acordo com a necessidade) podem ser 
úteis. Os anti-histamínicos (p. ex., clorfeniramina 4 mg 
por via oral a cada 4 a 6 horas por 7 a 10 dias) podem 
melhorar a função da tuba auditiva em pessoas comalergia, mas devem ser reservados para os pacientes 
verdadeiramente alérgicos. 
Para as crianças, nem os anti-histamínicos ou 
vasoconstritores trazem benefício. 
A miringotomia pode ser feita por um especialista, nos 
casos de abaulamento da membrana timpânica, 
principalmente se houver dor grave ou persistente, 
febre, vômitos ou diarreia. Avaliação audiológica, 
timpanometria, aparência e mobilidade da membrana 
timpânica são monitoradas até que voltem ao normal. 
4. Citar as complicações da otite média 
Complicações da otite média aguda são incomuns. Em 
casos raros, a infecção bacteriana da orelha média se 
propaga localmente, resultando em mastoidite aguda, 
petrosite ou labirintite. 
A disseminação intracraniana é rara e, geralmente, 
provoca meningite; no entanto, abscesso cerebral, 
empiema subdural, abscesso epidural, trombose do 
seio lateral ou hidrocefalia são complicações 
possíveis. 
Mesmo com o tratamento antibiótico, as 
complicações intracranianas são de difícil resolução, 
especialmente em pacientes imunocomprometidos. 
❖ Perfuração timpânica; 
❖ Otite média serosa (com efusão); 
❖ Otite média crônica; 
❖ Mastoidite. 
5. Entender a audiometria (indicações, tipos de perda 
e curva timpanométrica). 
Visa avaliar a possibilidade de perda auditiva em 
pacientes de diversas idades. 
 
Pode ser realizado em qualquer idade a partir de dois 
anos, desde que o paciente possa mostrar 
espontaneamente que está ouvindo o estímulo. 
Normalmente, o exame é prescrito quando há a 
necessidade de avaliar a audição do paciente, 
também é indicado em idade escolar, em suspeita de 
perda auditiva ou quando ocorrem traumas, 
perfuração timpânica, uso excessivo de diversos 
medicamentos, infecções, história hereditária de 
perda auditiva, entre outras questões. 
 
Audiometria tonal: avalia a capacidade auditiva do 
paciente através de estímulos sonoros. É considerado 
um teste subjetivo porque depende das respostas do 
paciente aos estímulos auditivos fornecidos pelo 
avaliador, é um exame imprescindível para o 
diagnóstico, acompanhamento da evolução e 
tratamento de doenças da audição. 
 
Audiometria vocal: avalia a capacidade do paciente 
para compreender a fala e tem por objetivo detectar 
o limiar de recepção e do índice de reconhecimento 
da fala. É um teste complementar a audiometria 
tonal. 
 
Realizado em cabina isolada acusticamente, o 
paciente recebe um fone de ouvido e informa ao 
avaliador se ouve ou não os diferentes sons que são 
emitidos, em várias intensidades e frequências. De 
acordo com as respostas obtidas, é possível detectar 
se existe a alteração auditiva, assim como o grau e o 
tipo de perda auditiva. 
 
O resultado é expresso em um gráfico, denominado 
audiograma, que revela a capacidade auditiva do 
paciente. 
 
4 tipos de perda auditiva: 
Febre, Inflamação e Infecção | P5 Mt3 Pr2 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
11 
 
Perda auditiva condutiva 
Como o próprio nome diz, na perda auditiva condutiva 
o problema está na condução do som, existe alguma 
dificuldade para receber e/ou encaminhar o som de 
forma adequada pelo ouvido externo e ouvido médio. 
Pode ser reversível em muitos casos. Ocorre quando o 
tímpano foi perfurado, em malformações da orelha, e 
até mesmo por obstrução por cera, por exemplo. 
 
Perda auditiva neurossensorial 
Na perda auditiva neurossensorial o problema está no 
ouvido interno, com dano parcial ou total, das células 
sensoriais. O ouvido externo e médio pode estar em 
perfeito funcionamento, encaminhando 
adequadamente os sons, mas falta quem codifique os 
sinais sonoros para o nervo auditivo. Geralmente é 
irreversível. Ocorre por exemplo em casos de 
alterações congênitas (desde o nascimento), 
exposição a sons muito intensos, envelhecimento 
natural do ouvido. 
 
Perda auditiva mista 
Na perda auditiva mista há uma combinação de perda 
condutiva e neurossensorial, com problemas no 
ouvido externo e/ou médio e no ouvido interno. A 
alteração na condução do som pode ser reversível, 
mas geralmente o problema sensorial é permanente. 
Ocorre por exemplo em casos de infecções de ouvido 
crônicas, traumatismos. 
 
Perda auditiva neural 
A perda auditiva neural é resultante da ausência ou 
dano nervo auditivo. É permanente e pode ter 
resultados limitados com (re)habilitação auditiva, pela 
falha do nervo auditivo há grande dificuldade na 
transmissão dos sinais sonoros ao cérebro. 
 
Para descobrir se você tem perda auditiva e qual o 
tipo consulte sempre um médico 
otorrinolaringologista, ele pode solicitar exames 
audiológicos com fonoaudiólogo. Você pode buscar 
por clínicas e profissionais que atuam na área em 
nosso guia de clínicas. 
 
Surdez súbita é definida como uma perda auditiva 
neurossensorial, de pelo menos 30 dB, em três 
freqüências consecutivas, e instalada em até 72 horas. 
A curva timpanométrica normalmente é tipo A. 
Curvas tipo B falam a favor de perda auditiva 
condutiva, o que não é compatível com esta definição 
de Surdez súbita. 
Já as curvas tipo C geralmente indicam disfunção da 
tuba auditiva, que não necessariamente cursa com 
perda auditiva. 
 
 
 
 
Referências: 
 
 https://otorrinogarrafa.com.br/tipos-de-otite/ 
 
https://comunicareaparelhosauditivos.com/otite-
tipos-causas-tratamentos/ 
 
https://www.sanarmed.com/surdez-condutiva-ou-
neurossensorial-descomplicando-as-provas-de-rinne-
e-weber-colunistas 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-
garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-m%C3%A9dia-
e-da-membrana-timp%C3%A2nica/otite-
m%C3%A9dia-aguda 
 
https://www.eauriz.com.br/quais-sao-os-tipos-de-
perda-auditiva/ 
 
https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario
_34.pdf 
 
https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario
_36.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
https://otorrinogarrafa.com.br/tipos-de-otite/
https://comunicareaparelhosauditivos.com/otite-tipos-causas-tratamentos/
https://comunicareaparelhosauditivos.com/otite-tipos-causas-tratamentos/
https://www.sanarmed.com/surdez-condutiva-ou-neurossensorial-descomplicando-as-provas-de-rinne-e-weber-colunistas
https://www.sanarmed.com/surdez-condutiva-ou-neurossensorial-descomplicando-as-provas-de-rinne-e-weber-colunistas
https://www.sanarmed.com/surdez-condutiva-ou-neurossensorial-descomplicando-as-provas-de-rinne-e-weber-colunistas
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-m%C3%A9dia-e-da-membrana-timp%C3%A2nica/otite-m%C3%A9dia-aguda
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-m%C3%A9dia-e-da-membrana-timp%C3%A2nica/otite-m%C3%A9dia-aguda
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-m%C3%A9dia-e-da-membrana-timp%C3%A2nica/otite-m%C3%A9dia-aguda
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-m%C3%A9dia-e-da-membrana-timp%C3%A2nica/otite-m%C3%A9dia-aguda
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-m%C3%A9dia-e-da-membrana-timp%C3%A2nica/otite-m%C3%A9dia-aguda
https://www.eauriz.com.br/quais-sao-os-tipos-de-perda-auditiva/
https://www.eauriz.com.br/quais-sao-os-tipos-de-perda-auditiva/
https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_34.pdf
https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_34.pdf
https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_36.pdf
https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_36.pdf

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