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Prof. Msc. Juliana Munduruca � Realizar uma coloração significa colorir um microrganismo com um corante, para tornar algumas estruturas mais visíveis. � A fixação utiliza calor ou álcool para matar ou fixar os microrganismos em uma lâmina. � Um esfregaço é um filme delgado de material usado para o exame microscópico. � Os corantes são sais compostos de um íon positivo e um íon negativo, sendo que o colorido é conhecido como cromóforo. � A cor dos corantes básicos está no íon positivo e a dos corantes ácidos, no íon negativo. � Como as bactérias são carregadas negativamente em pH neutro, o íon positivo do corante básico irá corar as células bacterianas. � O íon negativo de um corante ácido irá corar o fundo de um esfregaço bacteriano, produzindo uma coloração negativa. Essa coloração é importante para a observação da forma geral da célula, tamanho e cápsula, pois a célula torna-se bem visível contra um fundo escuro contrastante. � É uma solução aquosa ou alcoólica de um único corante básico. � É usada é destacar todo o microrganismo, para que a forma celular e as estruturas básicas fiquem visíveis. � A coloração é aplicada ao esfregaço por um certo período de tempo, e então é lavada. A lâmina é seca e examinada. � Algumas vezes, uma substância química (mordente) é adicionada à solução para intensificar a coloração. � Funções do mordente: � Aumentar a afinidade de uma coloração a uma amostra biológica; � Revestir uma estrutura, tipo flagelo, para torná-la mais espessa e mais fácil de ver após ser corada. � Diferenciam as bactérias de acordo com suas relações aos corantes. � Ex: coloração de Gram e a coloração álcool-ácido resistente � As bactérias Gram-positivas e Gram-negativas absorvem de maneira idêntica o corante primário e o fixador, adquirindo uma coloração violeta devido à formação de um complexo cristal violeta-iodo, insolúvel, em seus citoplasmas. � O álcool descolorante dissolve a porção lipídica das membranas externas das bactérias Gram-negativas e o complexo cristal violeta-iodo é removido, descorando as células. � Por outro lado, o álcool descolorante desidrata as espessas paredes celulares das bactérias Gram-positivas e provoca a contração dos poros do peptideoglicano, tornando-as impermeáveis ao complexo; o corante primário é retido e as células permanecem coradas. � Em seguida, a amostra é tratada com um corante secundário, a fucsina básica. � Ao microscópio, as células Gram-positivas aparecerão coradas em violeta escuro e as Gram-negativas em vermelho ou rosa escuro. � O método de Gram é uma das mais importantes técnicas de coloração em microbiologia médica, porém os resultados não são universalmente aplicáveis, pois algumas células bacterianas coram-se fracamente ou não adquirem cor. � A reação de Gram é mas consistente quando usada em bactérias jovens, em crescimento e em culturas frescas. � A reação de Gram de uma bactéria pode fornecer informação valiosa para o tratamento da doença. � As bactérias gram-positivas tendem a ser mortas facilmente por penicilinas e cefalosporinas. � As bactérias gram-negativas geralmente são mais resistentes, pois os antibióticos não podem penetrar na camada de lipopolissacarídeo. � A coloração de Ziehl-Neelsen ou coloração álcool- ácido resistente se liga fortemente apenas a bactérias que possuem material céreo em suas paredes celulares. � Os microbiologistas usam essa coloração para identificar todas as bactérias do gênero Mycobacterium, incluindo os dois importantes patógenos: M. leprae (agente causador da lepra) e M. tuberculosis (agente causador da tuberculose). � Essa coloração também é indicada para identificar as linhagens patogênicas do gênero Nocardia. � Os micróbios álcool- ácido resistentes retêm a carbolfucsina após a descoloração com álcool-ácido e ficam vermelhos. � Os micróbios não- resistentes captam o contra corante azul de metileno e ficam azuis. � Os corantes especiais são usados para corar e isolar partes específicas dos microrganismos, como os endósporos e os flagelos, e para revelar a presença de cápsulas. � A coloração negativa é usada para tornar visíveis as cápsulas microbianas, pois estas são solúveis em água e não aceitam a maioria dos corantes biológicos. � Os endosporos não podem ser corados pelos métodos comuns pois os corantes não penetram em suas paredes. � A coloração para endosporos mais comumente usada é a técnica de Schaeffer-Fulton, utilizando o verde de malaquita como corante primário, fixação com calor e lavagem com água. A safranina é usada como contracorante. � Em um esfregaço corretamente preparado, os endosporos aparecem em verde dentro das células vermelhas ou rosadas. � Os flagelos bacterianos são estruturas de locomoção muito pequenas para serem vistos com um microscópio óptico sem coloração. � Um procedimento tedioso e delicado de coloração usa um mordente e um corante carbolfucsina para aumentar o diâmetro dos flagelos até que se tornem visíveis no microscópio óptico. � Os microbiologistas usam o número e arranjo de flagelos como auxílios diagnósticos.
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